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Slides de Aula - Unidade I Linguística

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Profa. Lilian Dal Cin
UNIDADE I
Linguística
 Demonstrar a relevância das reflexões sobre a linguagem, na perspectiva 
da linguística, para o ensino da língua materna ou segundas línguas.
 Levar o aluno a usar suas intuições linguísticas, relacionando-as aos conceitos 
da linguística teórica, no processo de análise da língua materna.
Objetivos gerais
 Desenvolver uma postura crítico-reflexiva em relação ao uso da língua.
 Analisar a língua nas diversas práticas sociais.
 Compreender o papel da linguística como instrumento de prática docente.
 Desenvolver a reflexão crítica sobre o ensino de línguas.
Objetivos específicos
 A primeira unidade tem por objetivo abordar a relação entre os estudos linguísticos 
e os fatores socioculturais. 
 É importante ressaltar a figura de Ferdinand de Saussure, linguista do século XIX, 
por apresentar a análise da língua como objeto de estudo científico e não 
especulativo. 
Linguagem e sociedade
 Saussure define a língua como objeto de estudo da linguística e não a fala, pois a 
língua é do âmbito social e possibilita a comunicação entre as pessoas de uma 
mesma sociedade linguística; é uma espécie de acordo entre todos os membros e 
nenhum integrante pode, individualmente, transformá-la.
 Língua: o sistema a ser descrito.
 Fala: uso individual desse sistema.
Linguística estruturalista
 Os adeptos das chamadas Teorias do Texto (Linguística Textual, Sociolinguística, 
Análise de Discurso, Pragmática) apresentam críticas ao modelo estruturalista, 
pois excluem de suas análises qualquer fator não linguístico. 
 As produções linguísticas são tomadas como produtos acabados, 
excluídos de suas condições de produção. 
Os limites dos estudos da linguística estruturalista
 Gerativismo é a teoria da linguagem desenvolvida por Chomsky 
no final da década de 50. 
 O poder de comunicação do ser humano, segundo Chomsky, seria resultado de 
ferramentas cognitivas gramaticais inatas: a criança nasce com essa competência.
Noam Chomsky e a gramática gerativa
 Competência: conhecimento do falante de um sistema linguístico, concebido 
por um conjunto de regras.
 Desempenho: o uso dessas regras, observado no comportamento do falante 
nativo.
 O desempenho pressupõe a competência, mas a competência não pressupõe 
o desempenho.
 Teorias estruturalistas: descritivas. 
 Teoria de Chomsky: explicativa. 
Chomsky: os conceitos de competência e de desempenho
 O interesse em investigar como linguagem e sociedade se relacionam surgiu a 
partir de trabalhos apresentados em um congresso organizado por William Bright
(1928-2006), linguista americano que se especializou na descrição de línguas 
nativas americanas. 
 O tema dos trabalhos apresentados é a diversidade linguística. 
Os primeiros estudos sociolinguísticos
a) A identidade social do emissor ou falante.
b) A identidade social do receptor ou ouvinte.
c) O contexto social.
d) O julgamento social distinto que os falantes fazem do próprio comportamento 
linguístico e dos outros.
Fatores relacionados à diversidade linguística
Indique a alternativa correta.
a) Saussure preferiu privilegiar o estudo da fala em detrimento da língua.
b) Nos estudos do estruturalismo houve a preocupação com o papel social 
da linguagem.
c) O objeto de estudo da teoria de Chomsky é o conhecimento linguístico adquirido 
pela interação entre o ambiente social e a informação genética.
d) O objeto de estudo da teoria de Chomsky é o conhecimento linguístico adquirido 
por meio do uso da norma culta.
e) O estruturalismo não considera que é em sociedade que 
o indivíduo adquire o sistema linguístico.
Interatividade
c) O objeto de estudo da teoria de Chomsky é o conhecimento linguístico adquirido 
pela interação entre o ambiente social e a informação genética.
Resposta
 Antes do surgimento da sociolinguística, trabalhos pioneiros relacionavam 
linguagem e sociedade.
 William Labov se destaca pelos seus estudos sobre as variedades linguísticas 
associadas a fatores como sexo, idade, ocupação e origem étnica.
Labov e as variedades linguísticas
Labov continua sendo uma referência para estudos de cunho sociolinguístico. 
O linguista brasileiro Marcos Bagno inicia sua novela sociolinguística intitulada 
“A língua de Eulália” (1997) citando Labov:
“O serviço mais útil que os linguistas podem prestar hoje é varrer a ilusão da 
‘deficiência verbal’ e oferecer uma noção mais adequada das relações entre dialetos 
padrão e não padrão.”
(William Labov, The Logic of 
Non-standard English, 1969)
Bagno e Labov
 A linguística moderna tem por objeto de estudo a linguagem verbal humana, 
entendida como uma capacidade do ser humano e da vida em sociedade. 
 Determina a primazia da língua oral sobre a língua escrita. 
 Trabalha com dados verificáveis por meio da observação. 
 Por essa perspectiva teórica, a sociolinguística é definida como a área dos estudos 
da linguística que trata das relações entre linguagem e sociedade. 
Sociolinguística e área de atuação 
O ponto de partida da sociolinguística é: 
a) descrever e analisar a língua falada no contexto em que ela ocorre; 
b) verificar de que modo fatores da natureza linguística e extralinguística (fatores 
sociais e contextuais) estão correlacionados ao uso das variantes nos diferentes 
níveis da gramática de uma língua: fonética, morfologia e sintaxe.
Ponto de partida da sociolinguística
 As línguas variam conforme o espaço geográfico, havendo semelhanças 
entre elas. Por exemplo, o espanhol, o italiano, o francês e o português são 
provenientes do latim. 
 Dentro de um mesmo país podem existir povos que falam idiomas diferentes 
daquele utilizado como língua oficial (indígenas) do país ou povos de diferentes 
regiões que falam idiomas distintos (como o basco, falado no norte da Espanha).
Aspectos relacionados às variedades linguísticas
 As variedades linguísticas estão presentes dentro da própria comunidade 
linguística: indivíduos que orientam seu comportamento verbal por um mesmo 
conjunto de regras.
 Os níveis de linguagem dizem respeito às variedades linguísticas. Há regras para 
o uso da língua, mas regras que variam conforme as situações comunicativas do 
falante que determinam o uso mais ou menos formal da língua.
Variedades linguísticas
Os níveis de variação são determinados por fatores extralinguísticos em conjunto 
com fatores linguísticos que determinam os tipos de variações linguísticas:
 Diatópicas: são variações que diferenciam os falantes regionais.
 Diafásicas: têm em vista a situação de maior ou menor grau de formalidade 
no uso da língua.
Os níveis de variação linguística
Indique a alternativa correta.
a) O termo extralinguístico indica os fatores linguísticos observados no uso da língua.
b) A sociolinguística procura verificar o uso das variantes em um só nível da 
gramática: a fonética.
c) Dentro de um país não existem povos que falem outra língua que não a oficial.
d) Os sociolinguistas se interessam pela homogeneidade no uso da língua.
e) A perspectiva variacionista considera que não existem variedades melhores 
ou piores. 
Interatividade
e) A perspectiva variacionista considera que não existem variedades melhores 
ou piores.
Resposta
 É possível observar uma variação lexical para um mesmo elemento do mundo 
representado em uma língua.
 O uso de diferentes palavras para um mesmo elemento pode ocorrer em função da 
região do falante (variação diatópica). Por exemplo, jerimum e abóbora nomeiam o 
mesmo objeto. 
 No nível fonético, uma mesma palavra pode ter diferentes pronúncias. 
Por exemplo, a pronúncia do /r/ no Rio de Janeiro e em São Paulo. 
Variação diatópica
 A comunidade linguística de cada região garante a manutenção de uma 
determinada forma de falar como um registro de sua identidade.
 O sotaque é um traço de pronúncia responsável por reações bem diversas entre 
os falantes; aceitação,incômodo, surpresa ou estranhamento. 
Variação diatópica e identidade
“As atitudes linguísticas não estão delimitadas apenas por fronteiras geográficas, 
mas também por fronteiras sociais. Não assumimos características linguísticas 
daqueles de quem, de algum modo, não gostamos ou daqueles de quem queremos 
nos distanciar ou ainda daqueles com quem não queremos ser parecidos.”
(BELINE, 2002, p.129)
Reflexão sobre as variações linguísticas
Na variação diafásica os modos de falar podem variar segundo o contexto social 
em que os falantes se encontram:
 um falante não tem o mesmo comportamento linguístico quando está conversando 
com amigos em um bar e quando entrevistado para uma proposta de emprego.
 A linguagem usada em determinado contexto pode ser responsável pela 
impressão que o falante causa em seu interlocutor.
Variação diafásica
 A variação diafásica (nível de escolaridade) também pode determinar variantes 
do uso da língua.
 É importante ressaltar que o limite da variação individual se estabelece pelo 
contato do falante com outros falantes de sua comunidade.
Nível de escolaridade
Variação diatópica
 Plano lexical: trem (português brasileiro) e comboio (português europeu).
 Plano fonético: “prêmio” com pronúncia aberta ou fechada.
 Diferentes regiões: “arretado”(nordeste) e “aborrecido”(sudeste).
Exemplos de variação diatópica e social
Classe social: as variedades podem ocorrer no nível fonético, com troca 
de /r/ por /l/ (pobrema):
 No uso de gírias.
 Na diferença de sexo.
 Grau de formalidade. 
(Não sabíamos/a gente não sabia).
Exemplos de variação social
Indique a definição correta para a variação diafásica.
a) Os modos de falar podem variar segundo o contexto social em que os falantes 
se encontram.
b) Os modos de falar podem variar segundo a morfologia.
c) Os modos de falar são observados apenas segundo o grau de escolaridade.
d) Os modos de falar são observados apenas segundo a classe social.
e) Os modos de falar devem ser desconsiderados.
Interatividade
a) Os modos de falar podem variar segundo o contexto social em que os falantes 
se encontram.
Resposta
 Além das variações estudadas, existe um outro tipo de variação linguística que se 
dá em função da posição dos termos em uma oração: variação sintática. 
 Para verificar a sua ocorrência, é necessária uma equivalência dos termos, como 
no caso das palavras “jerimum” e “abóbora” para nomear um mesmo objeto. 
Reflexões sobre a variação sintática
1. Eu não quero.
2. Quero não.
3. Não quero não.
 A terceira ocorrência no uso do advérbio de negação não apresenta equivalência 
com as outras ocorrências, pois confere mais ênfase ao sentido da oração.
Questões variacionistas
 É fundamental que o professor conheça os estudos relacionados à variação 
linguística, pois ela está prevista nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs). 
 A variação deve ser considerada um fato real e incontestável, inerente 
ao fenômeno linguístico, por isso não pode ser ignorada. 
Variação linguística e ensino da língua portuguesa
 A expressão linguística é uma forma de interação social: os falantes podem 
julgar de maneira positiva ou negativa seus interlocutores a partir do modo 
como falam.
 O ensino da língua pode promover mais respeito à diversidade social e regional.
Estudo das variações linguísticas e diversidade social
 Se a prática pedagógica de ensino da língua se preocupar em ensinar somente 
uma variedade como correta (norma culta), desconsiderando outros modelos que 
fogem ao modelo imposto, ela acaba por excluir alunos.
 Cabe aos professores garantir que todo conhecimento trazido por estudos 
linguísticos sobre a diversidade não seja descartado.
Variações linguísticas e inclusão
 É importante considerar, como nos aponta Bagno, que o chamado preconceito 
linguístico surgiu a partir de uma grande confusão histórica entre os termos 
língua e gramática normativa.
Variedades linguísticas e preconceito linguístico
 As gramáticas normativas dão prioridade à forma, seja ela escrita ou oral: os textos 
dos alunos devem enquadrar-se em estruturas prontas, muito distantes da língua 
utilizada por eles.
Gramática normativa: foco na forma
 No contexto da linguística moderna, as variedades linguísticas são apenas 
diferenças observadas nos vários usos que os falantes fazem da língua: 
diferenças e não deficiências. 
 É necessário aceitar e valorizar as produções dos alunos como usos 
reais da língua.
 A norma culta é uma das variedades para determinados contextos de uso.
Linguística: foco no conteúdo
Podemos afirmar que o estudo das variedades linguísticas propicia:
a) O reconhecimento da importância dos estudos da gramática tradicional.
b) O reconhecimento da primazia da norma culta.
c) O reconhecimento do empobrecimento da língua pelo uso da norma popular.
d) O reconhecimento de diferentes formas de uso da língua.
e) O reconhecimento da importância dos estudos da gramática gerativa.
Interatividade
d) O reconhecimento de diferentes formas de uso da língua.
Resposta
ATÉ A PRÓXIMA!

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