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Slides de Aula I

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Profa. Palma Rigolon
UNIDADE I 
Didática Específica
Ser professor de Língua Portuguesa e línguas estrangeiras
 Concepções de ensino-aprendizagem
Dimensões pedagógicas da sala de aula
 Relacional-interacional
 Organizacional
 Didático-epistemológica
 Crítico-dialógica
Conteúdos discutidos na disciplina
Práticas pedagógicas relacionadas a:
 Oralidade.
 Leitura.
 Produção textual.
 Literatura.
 Análise e reflexão linguística.
 Avaliação em Língua Portuguesa e línguas estrangeiras.
Conteúdos discutidos na disciplina
[...] Sou professor a favor da esperança que me anima apesar de tudo.
Sou professor contra o desengano que me consome e imobiliza.
Sou professor a favor da boniteza de minha própria prática, boniteza que dela some 
se não cuido do saber que devo ensinar, se não brigo por este saber, se não luto 
pelas condições materiais necessárias sem as quais meu corpo descuidado corre o 
risco de se amofinar e já não ser testemunho que deve ser lutador pertinaz, que 
cansa mas não desiste.
Paulo Freire
Ser professor de língua portuguesa e línguas estrangeiras
Concepção Behaviorista
Também chamada de comportamentalismo ou ambientalismo;
 Aula: lugar da repetição de comportamentos considerados corretos, à espera de 
que o aluno adquira hábitos que permitam a ele sempre acertar.
Concepções de ensino-aprendizagem
Detentor dos conhecimentos a serem 
reproduzidos pelos alunos; considera os 
conteúdos imutáveis; busca padrões de 
comportamento.
Papel do professor
Papel do aluno
Papel das práticas
em sala de aula
Papel do erro
Repetidor de conteúdos; sem espaço para 
argumentação e construção da autonomia.
Lineares; não favorecem conexão com 
necessidades reais dos alunos.
Usado para corrigir comportamentos e não para 
desenvolver a capacidade de pensar do aluno.
Concepções de ensino-aprendizagem
Concepção Construtivista
 A atenção recai sobre o aluno e em seu desenvolvimento individual, que depende 
do que já traz em mente e das operações mentais que é capaz de realizar;
 Contribuições de Piaget;
 Sala de aula como espaço para as investigações e pesquisas do aluno.
Concepções de ensino-aprendizagem
Concepções de ensino-aprendizagem
Estimula a pesquisa e o esforço do aluno; 
propõe situações-problema, respeitando a 
fase de desenvolvimento de cada aluno.
Papel do professor
Papel do aluno
Papel das práticas
em sala de aula
Investigador de conteúdos, a partir de 
competências individuais.
Favorecem descobertas individuais; 
provocam desequilíbrio sempre dentro do 
desenvolvimento maturacional e da fase 
evolutiva do aluno.
Usado para reorientar a aprendizagem do aluno, 
com foco nas suas necessidades individuais.
Papel do erro
Em relação à concepção construtivista, podemos afirmar que:
a) O aluno reproduz conhecimentos, com espaços para desenvolver a 
argumentação.
b) O aluno reproduz os conhecimentos selecionados pelos professores como os 
mais significativos para seu desenvolvimento;
c) O aluno desenvolve competências sócio-cognitivas, porém, individualmente.
d) O professor propicia aos alunos espaços para que criem, inventem, descubram 
sobre o objeto de conhecimento.
e) O professor considera os conteúdos preestabelecidos e 
imutáveis.
Interatividade 
Em relação à concepção construtivista, podemos afirmar que:
a) O aluno reproduz conhecimentos, com espaços para desenvolver a 
argumentação.
b) O aluno reproduz os conhecimentos selecionados pelos professores como os 
mais significativos para seu desenvolvimento;
c) O aluno desenvolve competências sócio-cognitivas, porém, individualmente.
d) O professor propicia aos alunos espaços para que criem, inventem, descubram 
sobre o objeto de conhecimento.
e) O professor considera os conteúdos preestabelecidos e 
imutáveis.
Resposta
Concepção sócio-histórico-cultural
 Aula: lugar da argumentação sobre os conteúdos de ensino e sobre seu papel 
social; espaço de desenvolvimento da autonomia pessoal e intelectual do aluno;
 Relevância dos estudos de Vygotsky.
Concepções de ensino-aprendizagem
Concepções de ensino-aprendizagem
Provoca conflitos, dando suporte aos alunos; 
medeia tais situações, orientando os alunos na 
busca de consensos fundamentados.
Papel do professor
Papel do aluno
Papel das práticas em 
sala de aula
Ativo, capaz de desenvolver argumentos e 
expor ideias; consciente da necessidade de 
buscar informações para complementar 
conhecimentos.
Pressupõem interação entre o aluno, os 
conhecimentos e os outros; priorizam 
discussões e negociação de significados.
Etapa da aprendizagem; orienta 
as intervenções do professor.
Papel do erro
 Correspondem ao trabalho realizado pelo professor desde o momento do 
planejamento da ação didática à ação efetiva em sala de aula.
 Dimensões:
 Relacional-interacional.
 Organizacional.
 Didático-epistemológica.
 Crítico-dialógica.
Dimensões pedagógicas da sala de aula
 Contempla a relação professor-aluno e todas as possibilidades de interação que 
ocorrem em aula, em virtude das escolhas metodológicas do professor.
Dimensão relacional-interacional
AULA
Espaço de 
relações 
colaborativas 
entre professor 
e alunos
amplo espaço para 
discussão sobre 
posicionamentos e 
pontos de vista
movimento de expansão 
das funções mentais superiores
(VYGOTSKY, 1934) que provocam 
aprendizagem e desenvolvimento.
Ligada à sistematização do conhecimento e à divisão de trabalho (funções e 
responsabilidades) em sala de aula:
 Planejamento de aulas;
 Seleção de conteúdos;
 Organização de atividades e tarefas;
 Avaliação do processo.
 Importante! Aluno e professor têm papéis de responsabilidade no 
desenvolvimento dos planejamentos de trabalho.
Dimensão organizacional
Diz respeito a dois aspectos:
Didática na sala de aula
Aspecto epistemológico
Dimensão 
Didático-epistemológica
Como utilizar os diferentes 
instrumentos e materiais 
disponíveis ao ensino?
Como o aluno aprende? Todos os 
alunos aprendem da mesma maneira? 
Como considerar os conhecimentos 
prévios dos alunos?
Foco em dois conceitos:
 Crítico
 Dialógico
 Pensamento crítico: não ocorre porque desejamos; não é científico por opção do 
pensante.
 Caracteriza-se por um movimento do indivíduo para encontrar relevância e razão 
para o pensar, articuladas ao seu arcabouço de conhecimentos.
Dimensão
Crítico-dialógica
 Dialógico: movimento marcado pela relação entre o eu e o outro, ambos 
considerados como sujeitos sociais.
 Foco na interação, em questionamentos e na argumentação em busca de 
consensos.
Dimensão
Crítico-dialógica
Em relação às dimensões pedagógicas da sala de aula, podemos afirmar:
a) A dimensão relacional-interacional focaliza a interação professor-alunos, 
com foco na autoridade do professor.
b) A dimensão organizacional focaliza a sistematização que ocorre na sala de aula, 
relacionada a planejamentos e organização de conteúdos e atividades.
c) A dimensão didático-epistemológica focaliza o conhecimento do aluno.
d) A dimensão crítico-dialógica focaliza o pensar crítico individual.
e) A dimensão pedagógica focaliza as intervenções do professor.
Interatividade 
Em relação às dimensões pedagógicas da sala de aula, podemos afirmar:
a) A dimensão relacional-interacional focaliza a interação professor-alunos, 
com foco na autoridade do professor.
b) A dimensão organizacional focaliza a sistematização que ocorre na sala de aula, 
relacionada a planejamentos e organização de conteúdos e atividades.
c) A dimensão didático-epistemológicafocaliza o conhecimento do aluno.
d) A dimensão crítico-dialógica focaliza o pensar crítico individual.
e) A dimensão pedagógica focaliza as intervenções do professor.
Resposta
 É pela oralidade que as relações de sala de aula se tornam mais dialógicas ou 
menos dialógicas.
 Atividades que desenvolvem a oralidade:
 Pesquisas em grupo com foco na tomada de decisões;
 Resolução de problemas que exijam verbalização;
 Planejamento oral de textos;
 Exposição oral sobre temas pesquisados;
 Debates.
Práticas pedagógicas relacionadas à oralidade
O desenvolvimento de atividades orais em sala de aula requer do professor um 
planejamento que possibilite o desenvolvimento das capacidades de linguagem 
(DOLZ et al., 1993):
 Capacidades de ação – necessárias para que o aluno conheça o contexto no qual 
irá se apresentar;
 Capacidades discursivas – conhecimento dos diferentes modelos discursivos;
 Capacidades linguístico-discursivas – conhecimento das diferentes organizações 
textuais.
Práticas pedagógicas relacionadas à oralidade
 Esquema para o trabalho com sequências didáticas
Práticas pedagógicas relacionadas à oralidade
MÓDULO DE
RECONHECIMENTO
MÓDULOS DE
ATIVIDADE/EXERCÍCIOS
APRESENTAÇÃO
DA SITUAÇÃO DE
COMUNICAÇÃO
Pesquisa
Leitura
Análise Linguística
I 2 n
PRODUÇÃO
INICIAL
PRODUÇÃO
FINAL
 Leitura (KOCH, 2006): atividade de produção de sentido que toma como base a 
interação autor-texto-leitor.
 Sujeitos: atores/construtores sociais, sujeitos ativos que – dialogicamente – se 
constroem e são construídos no texto.
Práticas pedagógicas relacionadas à leitura
O que dizem os autores Geraldi (1997) e Solé (2007) sobre leitura: 
Práticas pedagógicas relacionadas à leitura
GERALDI SOLÉ
 Leitura como busca de 
informação.
 Leitura para estudo do 
texto.
 Leitura como pretexto 
para outra atividade.
 Leitura como ato de 
fruição.
 Aspectos discutidos 
antes da Leitura.
 Aspectos discutidos 
durante a Leitura.
 Aspectos discutidos 
depois da Leitura.
Segundo Riolfi (2010), leitura exige:
 Sucessivas operações de retroação em relação a questões suscitadas pelo texto;
 Recuperação das pistas interpretativas do texto a partir dos elementos 
extratextuais e dos elementos presentes na linha de argumentação do texto;
 Desconstrução da aparência higienizada da superfície textual a partir de
observação minuciosa do texto. 
Práticas pedagógicas relacionadas à leitura
 Para escrever necessitamos de um trabalho rigoroso com os recursos que a 
língua oferece (RIOLFI, 2010).
 Para escrever é preciso ter o que dizer; pressupõe uma razão para fazê-lo.
 Produção textual exige planejamento de atividades que ofereçam aos alunos 
subsídios linguísticos para seus textos.
Práticas pedagógicas relacionadas à produção textual
Orientações de Oliveira (2010) para a atividade de produção textual:
 escolher tema e objetivo que se pretende alcançar com o texto;
 conhecer elementos do contexto de produção;
 ativar conhecimentos prévios;
 escolher informações considerando o possível leitor;
 organizar sequência de informações;
 conhecer características do gênero textual escolhido para produção;
 redigir versão preliminar;
 revisar e reescrever até a versão final.
Práticas pedagógicas relacionadas à produção textual
Em relação às atividades orais em sala de aula, destacamos as capacidades de 
linguagem (DOLZ et al., 1993):
a) Capacidade de ação – relacionada à descrição do contexto e ao conhecimento 
do gênero.
b) Capacidade de ação – relacionada ao conhecimento do texto em si.
c) Capacidade discursiva – mobilizada de a partir do contexto de produção.
d) Capacidade discursiva – relacionada à forma de organização de debates e 
situações argumentativas.
e) Capacidade linguístico-discursiva – relacionada às 
questões linguísticas.
Interatividade 
Em relação às atividades orais em sala de aula, destacamos as capacidades de 
linguagem (DOLZ et al., 1993):
a) Capacidade de ação – relacionada à descrição do contexto e ao conhecimento 
do gênero.
b) Capacidade de ação – relacionada ao conhecimento do texto em si.
c) Capacidade discursiva – mobilizada de a partir do contexto de produção.
d) Capacidade discursiva – relacionada à forma de organização de debates e 
situações argumentativas.
e) Capacidade linguístico-discursiva – relacionada às 
questões linguísticas.
Resposta
Aspecto controverso no ensino de língua e literatura:
 Língua, literatura e escrita são trabalhadas como sendo áreas separadas umas 
das outras.
Consequências:
 Componente curricular Língua Portuguesa visto como aquele que se dedica ao 
ensino da Gramática apenas.
Práticas pedagógicas relacionadas à literatura
Cereja (2005) discute o ensino da literatura:
 Foco nas unidades temáticas – que possibilitam seleção de leituras, confrontando 
autores e gêneros;
 Foco nos gêneros literários – que possibilita o estudo evolutivo dos gêneros e sua 
relação com o contexto social;
 Foco na historiografia literária acadêmica e escolar – que permite a aproximação 
entre textos e autores de diferentes épocas, ampliando a visão diacrônica da 
literatura.
Práticas pedagógicas relacionadas à literatura
Martins (2010) discute o ensino da literatura:
 Foco na intertextualidade – com atividades envolvendo diferentes textos que 
dialogam;
 Foco na interdisciplinaridade – solicitando a presença de diferentes áreas do 
conhecimentos para impulsionar as discussões sobre os textos;
 Foco na transversalidade – destacando os temas transversais que perpassam os 
textos;
 Foco na intersemiose – destacando a relação que os textos estabelecem com as 
demais linguagens.
Práticas pedagógicas relacionadas à literatura
Atividades de análise linguística sugerem:
 descobrir como se organizam os eventos linguísticos.
Envolvem:
 desconstruir o evento linguístico para entender suas partes constituintes, suas 
funções, as relações que estabelecem umas com as outras, os efeitos de sentido 
que causam nos interlocutores, as escolhas lexicais.
Práticas pedagógicas relacionadas à análise e reflexão linguística
 Avaliação formativa – aquela que integra o pensamento crítico dos protagonistas: 
professor e alunos.
 Segundo Méndez (2002), as práticas avaliativas devem estar a serviço dos 
protagonistas do processo ensino-aprendizagem.
Avaliação em língua portuguesa e línguas estrangeiras
 Avaliação em relação à leitura: tem como objetivo saber como a competência 
leitora dos alunos está se desenvolvendo.
 Avaliação em relação à produção textual: têm como base critérios baseados nas 
características dos gêneros textuais trabalhados e em seu papel social.
Avaliação em língua portuguesa e línguas estrangeiras
 Avaliação em relação à oralidade: considera aspectos extralinguísticos e 
linguístico-discursivos.
 Avaliação em relação à análise linguística: recorre aos demais componentes e 
conta com a observação perspicaz do professor sobre o desempenho do aluno.
Avaliação em língua portuguesa e línguas estrangeiras
De acordo com Cereja (2005), o trabalho com literatura em sala de aula:
a)Deve focalizar unidades temáticas voltadas a textos literários apenas.
b)Deve focalizar unidades temáticas diversas, gêneros literários e historiografia 
literária.
c)Deve focalizar apenas gêneros literários e estudar suas características sociais e 
culturais.
d)Deve focalizar textos de diferentes épocas para focalizar a diacronia nos textos.
e)Deve focalizar textos narrativos e dissertativos.
Interatividade 
De acordo com Cereja (2005), o trabalho com literatura em sala de aula:
a)Deve focalizar unidades temáticas voltadas atextos literários apenas.
b)Deve focalizar unidades temáticas diversas, gêneros literários e historiografia 
literária.
c)Deve focalizar apenas gêneros literários e estudar suas características sociais e 
culturais.
d)Deve focalizar textos de diferentes épocas para focalizar a diacronia nos textos.
e)Deve focalizar textos narrativos e dissertativos.
Resposta
Bons professores, como a aranha, sabem que lições, essas teias de palavras, não 
podem ser tecidas no vazio. Elas precisam de fundamentos. Os fios, por finos e 
leves que sejam, têm de estar amarrados a coisas sólidas: árvores, paredes, 
caibros. Se as amarras são cortadas, a teia é soprada pelo vento, e a aranha perde 
a casa. Professores sabem que isso vale também para as palavras [e tudo o que se 
faz com elas]: separadas das coisas [de seu contexto de uso], elas perdem seu 
sentido. Por si mesmas, elas não se sustentam. Como acontece com a teia de 
aranha, se suas amarras às coisas sólidas são cortadas, elas se tornam sons 
vazios: nonsense...
Rubem Alves
Bons professores de língua portuguesa e línguas estrangeiras
ATÉ A PRÓXIMA!

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