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4 Processo Penal II Absolvição sumária e audiência de instrução 14 03 2023

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Processo penal 
1. Absolvição sumária:
· Atipicidade 
· Excludente de ilicitude
· Excludente de culpabilidade, salvo inimputabilidade 
· Extinção de punibilidade (art. 107 do CP e outros)
2. Audiência de instrução
· Oitiva vítima
· Oitiva testemunha acusação
· Oitiva testemunha defesa
· Oitiva perícia
· Acareação
· Reconhecimento coisas/pessoas
· Interrogatório
· Diligências 
· Alegação final
· Sentença 
1. A nomenclatura “sumário” se refere a “antes da produção de provas”.
2. As hipóteses de absolvição sumária estão no art. 397, CPP; e as hipóteses de absolvição de mérito no art. 386.
3. Entre o recebimento da ação penal e a ocorrência da audiência de instrução, o prazo é de 60 dias (se não ocorrer nesse prazo, porém, não gera nulidade, é prazo impróprio).
· Porém se o réu estiver preso, a demora vai contra o devido processo legal; a prisão será ilegal e deverá se relaxada. 
4. Na prática, entretanto, o sujeito é deixado bastante tempo preso, dependendo das circunstâncias (antecedentes, periculosidade, etc.) o sujeito pode ser deixado mais tempo ou menos tempo preso.
5. Na audiência de instrução a defesa deve falar depois da acusação, sempre.
6. Acareação: é para verificar quem está mentindo.
7. A vítima não é testemunha é depoente, portanto, não presta o compromisso de falar a verdade; já os peritos e testemunhas devem prestar o compromisso de dizer a verdade.
8. Depois que as testemunhas são qualificados, surge para as partes a possibilidade de contraditar a testemunha, ou seja, em vez de ela ser testemunha passa a ser depoente. O depoimento do depoente para o convencimento do juiz tem menos valor que a testemunha, obviamente. 
9. Realizada contradita o juiz vai abrir pra parte contraria se manifestar sobre a contradita. Em seguida o Juiz decide se acata ou não a contradita. Se acatar a manterá como testemunha. 
10. A testemunha deve falar apenas o que viu ou ouviu, não achismos. E isso será dito a testemunha. Será dito também que se ela mentir poderá responder por crime de falso testemunho. A partir daí é perguntado pra ela se se compromete a dizer a verdade; se ela se compromete, o juiz dirá “testemunha advertida e compromissada, passemos ao depoimento”. 
11. Oitiva:
· Primeiro a acusação pergunta;
· Depois a defesa;
· Depois o juiz, sobre esclarecimento sobre o que já foi dito (o juiz não pode inovar na pergunta).
Nota: se a parte quiser fazer uma interferência no ato, ela fala “excelência, pela ordem!”, então o juiz para o ato e dá oportunidade pro advogado falar. 
12. Interrogatório: dependendo do doutrinador se divide em 3 partes:
· Pessoal: o juiz pergunta nome, identidade, CPF, etc. (características individuais do agente). O agente é obrigado a responder.
· Fato: o juiz vai ler a ação penal e passará para a acusação que fará suas perguntas, em seguida a defesa fará. Aqui vigora o princípio da não incriminação. O sujeito, portanto, pode ser calar (se quiser mentir, mente, mas em tese não deve fazer isso, tendo em vista que existe uma vertente que defende que a pena deve ser agravada na dosimetria, caso o réu minta – é uma tese em ascensão). 
Nota: pelo princípio da não autoincriminação o juiz não pode exigir que o réu não minta. Nesse caso, o advogado deve advertir, pela ordem, que o princípio da incriminação, pelo posicionamento majoritário, continua sendo absoluto, não encontra nenhuma restrição, e que portanto o réu pode responder como quiser. Se o juiz diz que o posicionamento jurídico é outro, o advogado adverte o cliente para que ele fique calado e não responda nada. O advogado poderá arguir a nulidade do ato, pois o juiz está fazendo um posicionamento minoritário e impedindo o depoimento. 
· Auto defesa: o princípio da ampla defesa é dividido em dois: defesa técnica e autodefesa. Alguns juízes depois que fazem a narrativa do fato, perguntam para o sujeito se quer dizer alguma coisa em sua defesa. Nesse momento muitos réus demonstram arrependimento – e o juiz pode, em função disso, se sensibilizar e aplicar uma pena menor.

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