Teoria da Literatura OK

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Requisição: 5076829 Matricula: 744562 Data: 04/01/2023 12:06 Página: 1/8
Prova presencial regular
Curso: 12 MESES - SEGUNDA LICENCIATURA EM LETRAS - PORTUGUÊS - UNIFACVEST EAD
Módulo: 1 Grupo: 220
Município: NOVA SERRANA - MG
Disciplina(s): 100934 - TEORIA DA LITERATURA I
Nome: 744562 - TATIANE FERNANDA SOUSA DE JESUS
Data: ___/___/_________ Hora:___|___|___
Assinatura do aluno: ________________________________________________________
 Preencha o gabarito abaixo com X na coluna correta. Atente para a coluna de numeração e das alternativas.
Questões A B C D E
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
1 )
Para o crítico literário Hans Robert Jauss, a distância estética se apresenta entre o que era esperado dos
autores por seus contemporâneos assim como por seus leitores e o que efetivamente era produzido em
suas obras. Essa característica tornava a obra literária emancipatória, pois contrariava as expectativas e
preconceitos de uma época. Considerando a obra emancipatória, como é possível que ela quebre os
preconceitos e limitações do leitor?
A )
Ao utilizar a linguagem para a causar estranhamento, a obra instiga o leitor a buscar mais conhecimento e se emancipar das
amarras sociais a que está atrelado.
B ) Por tornar-se de fácil acesso, dada a reprodução em massa, a variedade de emoções que se instauram no leitor por meio da
catarse possibilita a compreensão filosófica das questões que afligem a sociedade, tornando possível a reflexão dos paradigmas
sociais.
C ) Por ser inovadora quanto a pensamentos e expectativas em relação ao funcionamento da sociedade, a obra produz efeito
catártico no leitor que, assumindo a posição de parceiro do texto, assimila as ideias nele presente como possibilidades para si.
D )
As concepções políticas apresentadas nas obras de determinados períodos literários serão responsáveis pelo engajamento
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político e luta de classes por parte dos leitores burgueses.
E )
Ao conscientizar o público da luta de classes, faz com que o leitor se torne politicamente engajado e ciente de seu papel como
agente de transformação na sociedade.
2 ) Platão, em A República, ao apresentar estudos sobre a mimesis, apresenta tipos de falas em uma
narrativa. São elas:
A ) O poeta fala em seu nome. O poeta fala para expressa-se. O poeta fala em nome do seu leitor.
B ) O poeta fala em seu nome. O poeta fala em nome de outrem. O poeta fala em seu nome e em nome de outrem.
C ) O poeta fala em nome de outrem e seu nome. O poeta fala em seu nome. O poeta fala para em nome do seu leitor.
D ) O poeta fala em nome de outrem. O poeta fala para denunciar outrem. O poeta falar para defender-se.
E ) O poeta fala em nome do seu leitor. O poeta fala para expressar sua realidade. O poeta fala em nome de outrem.
3 )
Tzvetan Todorov, ao analisar os tipos de narradores que estão presentes em uma obra literária concluiu:
"o narrador pode saber maios que as personagens, tanto quanto elas, ou até menos" (ZILBERMAN, 2018,
p. 80). Oscar Tacca, por sua vez, ao embasar seus estudos em Todorov, afirmou que "o narrador está
sempre presente em todas as narrativas, já que alguém fala ao ser contada uma história. O narrador é,
pois, uma consciência narradora, que detém um conhecimento, ao contrário do leitor, que o ignora. As
diferenças entre os narradores estabelecem-se desde esse patamar, já que o narrador pode saber mais,
tanto quanto ou menos que o leitor. Assim, para Tacca há três tipos de narradores:
A ) Narrador onisciente, narrador equisciente e narrador personagem
B ) Narrador onisciente, narrador personagem e narrador deficiente.
C ) Narrador onisciente, narrador personagem e narrador deficiente.
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D ) Narrador onisciente, narrador observador e narrador protagonista.
E ) Narrador onisciente, narrador equisciente e narrador deficiente.
4 ) Sobre os papéis actanciais identificados por Greimas, selecione a asserção CORRETA sobre suas
definições:
A ) Provas: qualificativa, principal, glorificante.
B ) Dano, Provas e Reintegração.
C ) Estado Inicial, Processo, Resultado.
D ) Sujeito/Objeto; Destinador/Destinatário; Adjuvante/Oponente.
E ) Carência a ser suprida - Tarefa a cumprir; Processo de cumprimento da tarefa - resultado: tarefa cumprida, Processo de
supressão da carência - carência suprimida.
5 )
O Formalismo Russo teve início nas primeiras duas décadas do século XX. Entre os diversos nomes de
estudiosos das artes, que se manifestaram na modernidade, Viktor Chklovsky, estudioso em Literatura,
destacou-se ao ir contra os pensamentos de Aristóteles em relação a arte e a teoria da mímese. Para
Chklovsky, a arte:
A )
A única área artística em que há presença da mímese é a escrita, pois o público ao entrar em contato com uma obra literária,
remeterá aos seus conhecimentos de mundo. Esses pensamentos não ocorrem na presença de outras obras artísticas.
B ) Não mimetiza a realidade, pois o público deve esperar encontrar em uma obra de arte algo que jamais tenha visto antes.
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C )
A arte mimetiza a arte e o público deve ter ciência de que encontrará, independentemente da obra artística, algo que remete seu
conhecimento prévio.
D )
O termo mímese só deve ser utilizado ao comparar obras de diferentes épocas, a fim de analisar estruturas de escritos clássicos e
contemporâneos. A mímese não condiz com a realidade do público, pois é um termo técnico.
E )
A arte só é imitada em outras áreas, no caso da Literatura, a escrita depende totalmente da imaginação do escritor; em
consequência, não consegue ser fiel à realidade do público.
6 )
A Literariedade proposta pelo formalismo russo diferencia o discurso cotidiano do literário por meio de
características particulares ao uso de cada um desses discursos, como é possível verificar-se na tabela
abaixo:
Sobre tais discursos, é possível firmar que:
A )
O discurso cotidiano e o literário se confundem visto que ambos demonstram o uso incomum da língua, evidenciando dessa forma
a opacidade da comunicação humana em função da riqueza linguística.
B )
A fidelidade do discurso cotidiano aos fatos e figuras históricas torna essa forma de discurso gratuita, assim como outros tipos de
discursos escritos que reportem a um conteúdo exterior.
C )
A significação requer maior atenção do emissor na produção do discurso cotidiano, visto que há o interesse em produzir a
mensagem fidedigna quanto aos fatos históricos. A riqueza do discurso provém das relações de sentido entre signo e significante,
tornando o discurso menos transparente.
D )
O discurso literário não se compromete com a veracidade de fatos históricos, permitindo assim a ressignificação dos signos neles
contidos. Essa característica marca o texto literário como gratuito, podendo conservar-se ao longo do tempo e proporcionar novas
interpretações a cada leitura.
E )
No discurso cotidiano, todos os elementos são significativos, o que torna os signos do discurso elementos plurissignificativos.
Sendo assim, a pluralidade de contextos no discurso, assim como a transparência dos significados, torna-se evidente ao dar
atenção ao que se requer do leitor para a devida interpretação da mensagem.
7 )
Por meio de análises e estudos sobre o conceito de Teoria da Literatura, sabe-se que Literatura pode ser
definida como ciência, pois é uma "área de conhecimento que requer peritos (técnicos) detentores sobre
de competência para exercê-la" (ZILBERMAN, 2018, p. 9). Partindo do pressuposto que essa ciência tem
como material de estudo obras literárias, é correto afirmar:
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A )
Apesar de priorizar os textos escritos, Literatura também pode ser manifestada de maneira oral, como foram os casos das
epopeias de Homero: Odisseia e Ilíada.
B )
Qualquer texto, independentemente de gênero, pode ser considerado Literatura, sem quehaja análise de um técnico da área para
confirmar seu real valor.
C ) Literatura são apenas textos transmitidos de forma escrita.
D )
O termo Literatura é um tanto quanto inexato para definir com propriedade seu material de estudo, pois ora ressalta a importância
dos textos orais, ora defende que textos como cordel e causos não são manifestações literárias.
E ) As obras literárias escritas têm mais valor por que os textos expressados pela forma oral.
8 )
Em decorrência da modernidade e questionamento do cânone literário, o professor e crítico literário Harold
Bloom conceitua a influência que tais autores modernos sofrem dos canônicos, mesmo quando em vias de
criticar ou realizar interpretações das obras originais. Tal processo é definido como:
A ) Influências poéticas frutíferas.
B ) Angústia da influência.
C ) Releitura perversa.
D ) Processo de desconstrução.
E ) Distorção canônica.
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9 )
"Eram quase nove horas quando a campainha retiniu com pressa. Julgou que seria Joana de volta, foi
abrir com um castiçal, e recuou vendo Juliana, amarela, muito alterada.
- A senhora faz favor de me dar uma palavra?
Entrou no quarto atrás de Luísa, e imediatamente rompeu, gritando, furiosa:
- Então a senhora imagina que isto há de ficar assim? A senhora imagina que por o seu amante se safar,
isto há de ficar assim?
- Que é, mulher? - fez Luísa, petrificada.
- Se a senhora pensa, que por o seu amante se safar, isto há de ficar em nada? - berrou.
- Oh mulher, pelo amor de Deus!...
A sua voz tinha tanta angústia que Juliana calou-se.
Mas depois de um momento, mais baixo:
- A senhora sabe bem que se eu guardei as cartas, para alguma coisa era! Queria pedir ao primo da
senhora que me ajudasse! Estou cansada de trabalhar, e quero o meu descanso. Não ia fazer escândalo,
o que desejava é que ele me ajudasse... Mandei ao hotel esta tarde... O primo da senhora tinha
desarvorado! Tinha ido pro lado dos Olivais, para o inferno! E o criado ia à noite com as malas. Mas a
senhora pensa que me logram? - E retomada pela sua cólera, batendo com o punho furiosamente na
mesa: - Raios me partam, se não houver uma desgraça nesta casa, que há de ser falada em Portugal!
- Quanto você quer pelas cartas, sua ladra? Disse Luísa, erguendo-se direita, diante dela.
Juliana ficou um momento interdita.
- A senhora ou me dá seiscentos mil-réis, ou eu não largo os papéis! - respondeu, empertigando-se."
QUEIRÓS, E. O Primo Basílio. São Paulo: Ed. Abril, 2010.
No trecho citado do livro O Primo Basílio, tem-se o momento em que a criada Juliana dá início à
chantagem à personagem Luísa por sua relação extraconjugal com Basílio, situação responsável por levar
Luísa a um fim trágico.
Considerando o trecho citado e os conceitos de A. J. Greimas a respeito dos actantes da narrativa, pode
se classificar as personagens, diante da situação de ameaça, da seguinte forma:
A ) Luísa é o destinador da ameaça pois sofrerá as consequências da ação da criada.
B ) Luísa é o oponente pois dificulta a ascensão social de Juliana.
C ) Juliana é o sujeito da ameaça, pois é o agente originador do obstáculo na vida de Luísa.
D ) Juliana é o adjuvante da ação pois facilita as condições em que Luísa se encontra.
E ) O montante financeiro pedido por Juliana é o destinatário da narrativa.
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10 ) Para Aristóteles, a catarse sumariza o conhecimento e a liberdade, o que a torna adequada para as
obras artísticas. Tendo em vista esse conceito apresentado pelo filósofo, tem-se que o aprendizado por
meio da catarse se dá
A ) a partir do momento em que os valores políticos apresentados na obra são absorvidos pelo leitor ou espectador.
B ) com a experimentação de situações e emoções sem precisar vivenciá-las de fato.
C ) quando a plateia se torna parte do espetáculo por meio de recursos de distanciamento.
D ) por intermédio da leitura, que influenciará o leitor a vivenciar situações correspondentes no mundo real.
E ) pela vivência real das mesmas situações que as da obra artística.
11 )
Mikhail Bakhtin, ao contrário do que diziam os formalistas, defendia que "a língua não correspondia a um
sistema desgastado banal e desprovido de elementos sociais" (ZILBERMAN, 2018, p. 14), a linguagem
era, por sua vez, uma manifestação mutável, plural e dinâmica. Para confirmar sua teoria, Bakhtin
apresenta suas propriedades da comunicação linguística:
A )
Psicanálise - analisar elementos dos textos que traduziam pensamentos inconscientes do autor. Antropologia - analisar a
mensagem que o autor buscava transmitir por meio da perspectiva simbólica.
B )
Polifonia - presença de diversas falas em uma só expressão. Sociologia da Literatura - analisar o texto com base no meio, raça e
momento histórico em que o leitor está inserido, pois esses são três fatores primordiais na comunicação linguística.
C )
Hibridismo - defende as mestiçagens linguísticas provenientes de diferentes elementos da cultura. Linguística - defende os
elementos linguísticos presentes na obra, reconhece as características do gênero em que a obra está inserida e aproxima as
singularidades de escrita do autor com o estruturalismo.
D )
Hibridismo - mistura de elementos da linguística que conseguem se livrar de alguns códigos da comunicação. Polifonia - diversas
interpretações para uma apenas uma expressão.
E )
Polifonia - presença de diversas falas no interior de uma expressão que apresenta ser uniforme. Hibridismo - defende que há
elementos de diferentes fontes no interior de uma cultura, uma espécie de mistura linguística na qual nenhum código pode se
salvar.
12 )
Yuri Lotman adota uma perspectiva estruturalista e presume que a atividade de análise de um texto deve
ser desenvolvida em três etapas, identifique-as:
I. Descrição do texto literário, considerando os eixos paradigmático e sintagmático, isto é, as repetições e
as combinações.
II. Interpretação do significado dos procedimentos empregados.
III. Identificação de elementos semânticos, que buscam os sentidos na comunicação.
IV. Interpretação do significado de elementos externos, ou seja, o contexto em que a obra está inserida.
V. Identificação dos elementos transgressivos, visando a estabelecer a identidade - ou singularidade - de
uma obra, reveladora de seu valor estético.
Descrição estrutural do texto, identificando elementos técnicos do poema, como métrica, rima e
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sonoridade.
A ) I, III e VI.
B ) I, IV.
C ) II, V e VI.
D ) I, II e V.
E ) II, IV e VI.