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TEORIA DA LITERATURA I (3)

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Requisição: 2937040 Matricula: 540560 Data: 03/12/2020 08:31 Página: 1/8
Prova presencial regular
Curso: 48 MESES - LICENCIATURA LETRAS PORTUGUÊS - UNIFACVEST EAD
Módulo: 2 Grupo: 193
Município: VIDEIRA - SC
Disciplina(s): 100934 - TEORIA DA LITERATURA I
Nome: 540560 - ANA PAULA GAIO
Data: ___/___/_________
Assinatura do aluno: ________________________________________________________
 Preencha o gabarito abaixo com X na coluna correta. Atente para a coluna de numeração e das alternativas.
Questões A B C D E
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
1 )
Ao observar a relação entre escritores e os acontecimentos de seu tempo, o filósofo e sociólogo Walter
Benjamin identificou uma personalidade de artistas a qual associou com o conceito de flâneur, pois tais
personalidades se distanciavam das correntes comerciais de produção e mantinham-se fieis à proposta de
retratar a realidade das multidões. Sobre o autor flâneur, é possível inferir:
A ) Autores assim reconhecidos são pessoas anônimas, as quais terão reconhecimento de suas obras apenas caso produzam
alguma mudança na sociedade.
B )
Para Benjamin, o flâneur é uma figura anônima, que vive disperso em meio à multidão, característica que dá autonomia de criação
ao autor assim denominado.
C ) Poetas que pertencem à classe de pequenos burgueses são lutadores pelas questões pertinentes ao proletariado.
D ) Os autores assim denominados vivem com plena consciência de sua situação característica avessa à da burguesia.
Requisição: 2937040 Matricula: 540560 Data: 03/12/2020 08:31 Página: 2/8
E ) Tal personalidade diz respeito aos autores burgueses, que se mantêm fechados entre quatro paredes durante a criação de
suas obras.
2 )
Além do caráter engajado contra as desigualdades sociais que a literatura pode tomar, estereótipos
negativos e alienadores também podem vir a ser reforçados pela e intensificados pela indústria cultural.
Podem ser considerados exemplos dessas representações passivamente aceitas e erroneamente
propagadas pelo público:
A ) O exotismo oriental e ingenuidade de povos da África.
B ) A opressão da mulher na sociedade patriarcal.
C ) A manutenção da classe operária pela burguesia.
D ) O posicionamento inconformista ou transgressor diante de normas e regras vigentes.
E ) A luta de classes.
3 )
Segundo Yuri Lotman, a arte contém elementos intrínsecos que a singularizam no quesito comunicação,
mas ao ser diferenciada a noção de linguagem e língua é necessário definir quais são essas
características por meio da reflexão sobre o elemento linguístico da arte. Para Lotman
A ) A língua utilizada tanto na arte quanto na comunicação cotidiana possui características iguais.
B ) se toda comunicação utiliza língua, a se destaca por conter elementos significativos em todas as esferas.
C ) A comunicação só é efetiva se apresentar linguagem verbal, pois assim o leitor entenderá com precisão o que o autor do texto
quis transmitir.
D ) A comunicação não precisa necessariamente utilizar língua, na arte os elementos significativos ficam por conta do
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conhecimento prévio do leitor.
E ) Se toda comunicação utiliza língua, na arte essa se evidencia ao transmitir a significação em um só nível da obra.
4 ) De acordo com o esquema de fatores da comunicação verbal desenvolvido por Roman Jakobson, quais
elementos compõem esse processo?
A ) Remetente, Código, Linguagem, Objetivo, Meio, Receptor.
B ) Emissor, Discurso, Apelo, Tema, Conexão, Receptor.
C ) Emissor, Contexto, Intertexto, Intenção, Mensagem, Receptor.
D ) Remetente, Contexto, Mensagem, Contato, Código, Destinatário.
E ) Enunciador, Literariedade, Poética, Contato, Intertexto, Interlocutor.
5 )
"Eram quase nove horas quando a campainha retiniu com pressa. Julgou que seria Joana de volta, foi
abrir com um castiçal, e recuou vendo Juliana, amarela, muito alterada.
- A senhora faz favor de me dar uma palavra?
Entrou no quarto atrás de Luísa, e imediatamente rompeu, gritando, furiosa:
- Então a senhora imagina que isto há de ficar assim? A senhora imagina que por o seu amante se safar,
isto há de ficar assim?
- Que é, mulher? - fez Luísa, petrificada.
- Se a senhora pensa, que por o seu amante se safar, isto há de ficar em nada? - berrou.
- Oh mulher, pelo amor de Deus!...
A sua voz tinha tanta angústia que Juliana calou-se.
Mas depois de um momento, mais baixo:
- A senhora sabe bem que se eu guardei as cartas, para alguma coisa era! Queria pedir ao primo da
senhora que me ajudasse! Estou cansada de trabalhar, e quero o meu descanso. Não ia fazer escândalo,
o que desejava é que ele me ajudasse... Mandei ao hotel esta tarde... O primo da senhora tinha
desarvorado! Tinha ido pro lado dos Olivais, para o inferno! E o criado ia à noite com as malas. Mas a
senhora pensa que me logram? - E retomada pela sua cólera, batendo com o punho furiosamente na
mesa: - Raios me partam, se não houver uma desgraça nesta casa, que há de ser falada em Portugal!
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- Quanto você quer pelas cartas, sua ladra? Disse Luísa, erguendo-se direita, diante dela.
Juliana ficou um momento interdita.
- A senhora ou me dá seiscentos mil-réis, ou eu não largo os papéis! - respondeu, empertigando-se."
QUEIRÓS, E. O Primo Basílio. São Paulo: Ed. Abril, 2010.
No trecho citado do livro O Primo Basílio, tem-se o momento em que a criada Juliana dá início à
chantagem à personagem Luísa por sua relação extraconjugal com Basílio, situação responsável por levar
Luísa a um fim trágico.
Considerando o trecho citado e os conceitos de A. J. Greimas a respeito dos actantes da narrativa, pode
se classificar as personagens, diante da situação de ameaça, da seguinte forma:
A ) Juliana é o sujeito da ameaça, pois é o agente originador do obstáculo na vida de Luísa.
B ) O montante financeiro pedido por Juliana é o destinatário da narrativa.
C ) Luísa é o destinador da ameaça pois sofrerá as consequências da ação da criada.
D ) Juliana é o adjuvante da ação pois facilita as condições em que Luísa se encontra.
E ) Luísa é o oponente pois dificulta a ascensão social de Juliana.
6 )
A Literariedade proposta pelo formalismo russo diferencia o discurso cotidiano do literário por meio de
características particulares ao uso de cada um desses discursos, como é possível verificar-se na tabela
abaixo:
Sobre tais discursos, é possível firmar que:
A )
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A fidelidade do discurso cotidiano aos fatos e figuras históricas torna essa forma de discurso gratuita, assim como outros tipos de
discursos escritos que reportem a um conteúdo exterior.
B )
O discurso cotidiano e o literário se confundem visto que ambos demonstram o uso incomum da língua, evidenciando dessa forma
a opacidade da comunicação humana em função da riqueza linguística.
C )
A significação requer maior atenção do emissor na produção do discurso cotidiano, visto que há o interesse em produzir a
mensagem fidedigna quanto aos fatos históricos. A riqueza do discurso provém das relações de sentido entre signo e significante,
tornando o discurso menos transparente.
D )
No discurso cotidiano, todos os elementos são significativos, o que torna os signos do discurso elementos plurissignificativos.
Sendo assim, a pluralidade de contextos no discurso, assim como a transparência dos significados, torna-se evidente ao dar
atenção ao que se requer do leitor para a devida interpretação da mensagem.
E )
O discurso literário não se compromete com a veracidade de fatos históricos, permitindo assim a ressignificação dos signos neles
contidos. Essa característica marca o texto literário como gratuito, podendo conservar-se ao longo do tempo e proporcionar novas
interpretações a cada leitura.
7 )
Para o filósofo György Lukács, é indispensável que o artista demonstre originalidade na produção de sua
obra. Uma vez que a sociedade se encontra em constante mutação, o artistadeve apreender tais
mudanças e transmiti-las por meios inovadores, sendo responsável por criações revolucionárias. A
respeito da originalidade nas obras para Lukács, é possível afirmar:
A ) As revoluções nas representações artísticas são as grandes responsáveis pelas transformações da sociedade, e não o
contrário.
B )
O artista original é aquele que representa de formas variadas e inovadoras situações vivenciadas pela geração anterior à dele,
pois assim registrará a sociedade de maneira mais fiel que os documentos históricos.
C )
O conteúdo das obras de arte não está diretamente relacionado à originalidade do artista; a originalidade se encerra na
adequação das obras às escolas literárias e gêneros textuais produzidos naquele momento histórico.
D )
O artista deve inovar constantemente nas formas em que suas obras se apresentam, independentemente de seu conteúdo, pois,
do contrário, o público receberá apenas representações obsoletas da sociedade.
E )
As obras originais são as que representam os novos dilemas da sociedade, e não são categorizadas como inovadoras por si só,
mas por retratarem as novas situações que se apresentam.
8 )
A Teoria Literária consegue relacionar a tragédia de Sófocles, Édipo Rei, com assuntos da
contemporaneidade, assim os aspectos de regras estruturais da era clássica são postos em segundo
plano, abrindo espaço a critérios formais da atualidade. Como por exemplo:
A )
O valor de tragédia se dá, na Teoria da Literatura contemporânea, por meio da condução da trama, na qual o autor buscou deixar
a tragédia da obra no fim da narrativa, com objetivo de prender a atenção do leitor.
B )
Por Édipo ser um personagem que está em busca de si, acaba sofrendo grandes consequências por isso. A psicanálise inspirou-
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se na tragédia grega para dar nome a uma terapia analítica e explicar o desejo de filho pela mãe, assim foi nomeado o Complexo
de Édipo.
C )
A Teoria de Literatura se preocupa com a mensagem que a obra transmite ao público, pois se a narrativa não condizer com a
realidade dos seus leitores, a obra deixará de existir.
D )
A condução da trama, é um dos principais fatores valorizados pela Teoria da Literatura, pois se a obra não seguir a estrutura de
"começo, meio e fim", expondo a tragédia apenas no final da narrativa, e não logo na primeira parte da obra, o leitor perderá o
interesse na leitura.
E )
A Teoria de Literatura defende a linguagem da tragédia, pois mesmo alguns personagens apresentando baixa condição social, a
linguagem culta deve ser valorizada em um texto, pois é a linguagem utilizada pelo público de leitores que receberá a obra.
9 )
Ao analisar a obra clássica Édipo Rei, de Sófocles, com viés de técnico em Literatura, o especialista não
apenas analisará a narrativa, história contada, mas será capaz de analisar características próprias dos
textos clássicos. Entre diversas características da Literatura Clássica, ao estudar Édipo Rei, é possível
destacar que:
A )
Apesar dos escritores clássicos defenderem a presença dos deuses em seus escritos e sempre os idolatrarem nas obras, a
tragédia de Sófocles traz um protagonista que não respeitou os deuses, mas saiu impune sobre esse ato.
B )
Aristóteles se equivocou ao definir Édipo Rei como "a tragédia mais perfeita entre as que conheceu na Atenas do seu tempo", pois
a obra desrespeita diversas regras de estrutura de Literatura da época.
C ) Os deuses são valorizados na obra de Sófocles e, como são seres divinos, aparecem na obra perdoando o protagonista e
mudando seu destino no fim da narrativa.
D ) Independentemente da condição social das personagens, a linguagem permanece culta e elevada, pois é uma característica
das obras clássicas.
E ) Sófocles desrespeitou a lei das três unidades, pois a ação da obra foca em dois eventos: a fuga de Édipo da sua antiga família
e a descoberta do assassinato do Rei Laio.
10 )
Após a guerra e a descolonização da África e Ásia, esses continentes tiveram a chance de ver alguns
países emergentes se reerguer. Essas nações começaram então buscar marcas identitárias e étnicas. Em
consequência, a Literatura também sofreu mudanças, causando certa estranheza aos defensores da
Teoria da Literatura e História da Literatura, pois não tinham material suficiente para analisar as obras
produzidas nesses países. A partir desses novos manifestos literários, deu-se a origem dos Estudos Pós-
Coloniais, que analisava:
A )
Se deveriam considerar como Literatura obras que não se baseavam em teorias literárias do passado e não tinham história
literária em seu país. Como era um novo estilo de Literatura, os teóricos apresentavam-se receosos à qualidade das obras
apresentadas.
B )
Como uma Literatura sem identidade e estrutura temática poderia ser de fato considerada manifestação artística, pois os escritos
desses países que estavam em ascensão não buscavam seguir nenhuma regra de estrutura literária já existente.
C )
Temas como identidade nacional e cultural e trocas culturais, que precisavam ser novamente estudados para que os técnicos
literários dessem conta da situação atual. Os estudiosos tiveram de retomar conteúdos de obras clássicas em que as
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manifestações de identidade nacional e cultural estavam presentes.
D )
Meios de implantar as características presentes em obras clássicas, estrutura e temas em uma Literatura que não seguia nenhum
padrão já visto ou estudado por técnicos da área.
E )
Como estruturar a Literatura em uma nova nação. Os estudiosos buscavam moldar os escritores dos países emergentes para que
suas obras seguissem determinadas regras e apresentassem características semelhantes aos escritos dos países vizinhos.
11 )
Tzvetan Todorov, ao analisar os tipos de narradores que estão presentes em uma obra literária concluiu:
"o narrador pode saber maios que as personagens, tanto quanto elas, ou até menos" (ZILBERMAN, 2018,
p. 80). Oscar Tacca, por sua vez, ao embasar seus estudos em Todorov, afirmou que "o narrador está
sempre presente em todas as narrativas, já que alguém fala ao ser contada uma história. O narrador é,
pois, uma consciência narradora, que detém um conhecimento, ao contrário do leitor, que o ignora. As
diferenças entre os narradores estabelecem-se desde esse patamar, já que o narrador pode saber mais,
tanto quanto ou menos que o leitor. Assim, para Tacca há três tipos de narradores:
A ) Narrador onisciente, narrador personagem e narrador deficiente.
B ) Narrador onisciente, narrador equisciente e narrador personagem
C ) Narrador onisciente, narrador observador e narrador protagonista.
D ) Narrador onisciente, narrador equisciente e narrador deficiente.
E ) Narrador onisciente, narrador personagem e narrador deficiente.
12 )
O cânone literário estabeleceu-se por meio de divisões estilísticas e cronológicas, reunindo artistas
criadores de determinados gêneros que se tornaram referência para outros de sua época. Entretanto, para
os modernistas, a sacralidade associada ao cânone literário foi substituída por uma atitude mais crítica e
humorada pois os artistas acreditavam que o cânone podia e devia sofrer novas alterações.
Para a desconstrução do cânone, os artistas modernos passaram a:
A ) Dar continuidade às tendências bem-sucedidas de escritores canônicos.
Requisição: 2937040 Matricula: 540560 Data: 03/12/2020 08:31 Página: 8/8
B ) Contestar a relevância histórica das obras canônicas.
C ) Fixar romances históricos.
D ) Contestar a qualidade das obras canônicas.
E ) Parodiar autores canônicos.

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