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Direitos políticos Sufrágio universal: direito de votar e ser votado Democracia semidireta/participativa PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE (OU ANUALIDADE) ELEITORAL) Princípio da anterioridade (anualidade) eleitoral A lei que entrar em vigor só produzirá efeitos após um ano da sua data vigente. Tem como intuito impedir que as regras do “jogo eleitoral” sejam modificadas às vésperas da eleição para favorecer determinado candidato. A EC 107 de 2020 que determinava o adiamento das eleições municipais devido a pandemia é CONSTITUCIONAL, uma vez que não ofendeu o principio da igualdade. Todos foram desfavorecidos igualmente. A anterioridade eleitoral é cláusula pétrea. É uma garantia individual fundamental do cidadão-eleitor. Privação de direitos políticos É vedada a cassação de direitos políticos em qualquer hipótese. Direitos positivos: garantem a capacidade ao cidadão de participar no jogo democrático; Direitos negativos: impedem ou restringem essa participação; Privação Inelegibilidade Privação (perda ou suspensão): Apenas sentença judicial NÃO A RELATIVA Atualmente o inciso II esta sem aplicabilidade em razão do EPD Presos provisórios não tem o direito político suspenso ÚNICA HIPÓTESE DE PERDA Art 15, v. Improbidade administrativa O condenado por improbidade ficará com seus direitos políticos suspensos pelo prazo determinado pela LIA (lei de improbidade administrativa). Direitos de participação Ocorrem de forma direta, ou seja, sem intermédio de outras pessoas. Plebiscito: consulta prévia (convocação); Referendo: consulta posterior a aprovação (autorização). Ambos se realizam por decreto legislativo, expedido exclusivamente pelo Congresso Nacional Iniciativa popular para projetos de lei O projeto deve ser apresentado na Câmara dos Deputados O Congresso não é obrigado a aprovar o projeto Também pode ocorrer no âmbito das Assembleias Legislativas dos Estados-membros. A lei disporá sobre a iniciativa popular no projeto legislativo estadual Projetos de lei de interesse especifico do munícipio deverão ter manifestação de no mínimo 5% do eleitorado Não existe iniciativa popular para apresentação de PEC Propositura de ação popular Proposta exclusivamente pelo cidadão Tutela do patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, da moralidade administrativa, do meio ambiente e do patrimônio histórico e cultural, mediante anulação do ato lesivo. Ação em prol da sociedade como um todo; A comprovação de cidadania pelo autor deve ser feita no momento da propositura Direito de organizar e participar de partidos políticos Não é permitida candidatura avulsa, devendo o cidadão estar filiado a algum partido. Recall (revocação popular): Não existe na democracia brasileira; faz parte da americana. Consulta a opinião popular sobre a manutenção ou revogação do mandato político ou administrativo conferido a alguém. No caso da desaprovação ser confirmada nas urnas, o mandatário é destituído dos cargos. Alistamento eleitoral É a capacidade eleitoral ativa; Habilita-se ao pleno exercício da cidadania; Alistamento é obrigatório para os brasileiros alfabetizados e maiores de 18 anos e menores de 70 anos É facultativo para os analfabetos, para os maiores de 16 anos e menores de 18 anos e para os maiores de 70 anos Uma PEC pode pôr fim ao voto obrigatório e torna-lo facultativo, devido ao fato de a obrigatoriedade não ser petrificada (não ser clausula pétrea) Quem foi convocado a prestar serviço militar obrigatório Os quase-nacionais (portugueses equiparados a brasileiros) PODEM votar sem ter que se submeter a qualquer procedimento de naturalização NÃO SÃO TODOS OS MILITARES QUE SÃO INALISTAVEIS, APENAS AQUELES QUE ESTÃO EM SERVIÇO MILITAR OBRIGATÓRIO elegibilidade 1- Ter a nacionalidade brasileira “quase-nacionais” também podem se eleger Estar em pleno exercício dos direitos políticos Ter se submetido ao alistamento eleitoral Possuir domicilio eleitoral na circunscrição na qual deseja concorrer as eleições Prazo de seis meses no domicilio e estar com a filiação deferida no mesmo prazo Havendo fusão ou filiação de partidos, será considerada a data de filiação no partido de origem. Estar filiado a algum partido político É vedado o registro de candidatura avulsa, ainda que o requerente tenha filiação. Militares de carreira não podem se filiar a partidos enquanto estiverem na ativa, sendo esta suprida pelo pedido de registro de candidatura após prévia escolha em convenção partidária. Somente militares alistáveis serão elegíveis Analfabetos não possuem elegibilidade passiva. “agregação”: militar que fica temporariamente desincumbido de suas obrigações Ter a idade mínima exigida pelo cargo A referência de idade se da no dia da posse, exceto no caso de vereador, em que se dará no dia de registro da candidatura Inelegibilidade (quando alguém tem sua capacidade eleitoral passiva impedida) Quem não pode se alistar como eleitor (estrangeiros e conscritos) reeleição A reeleição é autorizada uma só vez para o mesmo cargo de Chefia do Executivo. É proibido que exerça o cargo por três ou mais vezes consecutivas. Esse entendimento foi implementado pelo Poder Reformador por meio da PEC nº 16. Só existe para chefes do executivo (presidente, governador, prefeito) É vedado “prefeito itinerante/profissional”: prefeito só poderá exercer dois mandatos consecutivos, ainda que o terceiro seja em município diferente. Desincompatibilização A desincompatibilização só afeta chefes do executivo O prazo é de até seis meses A desincompatibilização não é necessária na reeleição Inelegibilidade reflexa A inelegibilidade reflexa parte dos chefes do EXECUTIVO e atinge as pessoas próximas a eles. Esse inciso não se aplica ao Poder Legislativo (deputado, senador, vereador, etc.) O termo cônjuge também abrange uniões estáveis, seja homo ou heteroafetiva Deve-se observar a circunscrição abrangida. Em caso de governadores, nenhum parente poderá se eleger para cargo dentro daquele determinado estado X, porém poderá se eleger em um estado diferente. É possível a elegibilidade de parentes ou cônjuges quando o chefe do executivo DESINCOMPATIBILIZAR EM ATÉ SEIS MESES ANTES DO PLEITO. A inelegibilidade persiste até o mandato subsequente Essa sumula não é válida em casos de morte. Anotações gerais É possível a edição de lei complementar para estabelecer outros casos de ilegibilidade, além dos previstos na CF/88 Candidatos condenados por órgãos colegiados, ainda que sem decisão definitiva, ficarão inelegíveis A lei da ficha limpa é compatível com a CF/88 Inelegibilidade não é pena, portanto não cabe o princípio da irretroatividade da lei Ação de impugnação de mandato eletivo (aime) Perda do mandato de candidato eleito mediante fraude, corrupção ou abuso de poder econômico. Ação proposta perante a Justiça Eleitoral no prazo decadencial (não há interrupção/suspensão) de quinze dias, a contar da data da diplomação Deve ser instruída com provas, tramitando em segredo de justiça e respondendo o autor se temerária ou de má-fé Legitimidade para propositura: Ministério Público Eleitoral Partidos Políticos Coligações Candidatos que concorreram às eleições ELEITORES NÃO POSSUEM LEGITIMIDADE PARA PROPOSITURA DA AÇÃO Partidos políticos Pessoas jurídicas de direito privado Plena autonomia administrativa Segregam cidadãos com ideologias e interesses em comum que se associam voluntariamente Assegura a autenticidade do sistema representativo e defende os direitos fundamentais definidos na CF/88 Relevante e fundamental canal para os cidadãos se aproximaram do poder político e influenciarem suas decisões Foram institucionalizados pela primeira vez na Constituição de 1946 antes existiam apenas agremiações regionais Partidos políticos – Princípios É livre a criação, fusão e incorporação de partidos políticos Deve-se observar os seguintes princípios: Soberania nacional Regime democrático Pluripartidarismo Direitosfundamentais da pessoa humana Partidos políticos – valores nacionais Soberania nacional Regime democrático Pluripartidarismo Direitos fundamentais da pessoa humana Partidos políticos – preceitos Deverão ter caráter nacional Evita partidos com projetos regionais/locais O partido deve ter a aprovação de UM MÍNIMO de eleitores em pelo menos NOVE ESTADOS DA FEDERAÇÃO o apoiamento deve ser coletado no período de DOIS ANOS Não poderão estar subordinados ou receber recursos de governo/entidade estrangeiro Protege a soberania nacional e os interesses do país Os partidos têm direito ao fundo partidário e acesso gratuito à rádio e televisão (direito de antena) Cláusula de barreira restringe o acesso do partido ao fundo partidário e ao direito de antena (cláusula aplicada progressivamente até atingir seu topo em 2030) Deverão prestar contas à Justiça Eleitoral Afasta o abuso de poder econômico Deve prestar conta de qualquer recurso que venha a receber, bem como de todos os gastos realizados no processo eleitoral Só será plenamente aplicável a partir de 2030. mneumônico 313215 Só terão direito a recursos do fundo partidário e direito de antena os partidos que cumprirem os requisitos da cláusula de barreira Regime de transição da cláusula de barreira até 2030 Partidos que não cumprirem a cláusula de barreira NÃO SERÃO AUTOMATICAMENTE EXTINTOS Poderão continuar existindo sem recursos do fundo partidário e sem o direito de antena É possível que um parlamentar seja eleito concorrendo com um partido que não respeite a cláusula de barreira, desde que após eleito se filie a um partido que cumpra a cláusula, sem perda de mandato A filiação a novo partido não será considerada para fins de distribuição dos recursos de fundo partidário e direito de antena Desfiliação e infidelidade partidária resultarão na perda de mandato dos parlamentares eleitos pelo sistema PROPORCIONAL, salvo justa causa Essa regra não se aplica aos parlamentares eleitos por partidos que não cumprem a cláusula de barreira Aqui NÃO entra SENADORES (eleitos pelo sistema majoritário) Partidos políticos – preceitos Deverão ter seu funcionamento parlamentar de acordo com a lei Representação no Legislativo para: Usufruir do direito de liderança Participar da divisão proporcional da composição das mesas de comissões É VEDADO QUE OS PARTIDOS POLÍTICOS SE UTILIZEM DE ORGANIZAÇÕES PARAMILITARES Agrupamento ilícito de pessoas que se espelham em preceitos das Forças Armadas e utilizam armas para atuarem em fins distintos do interesse público Atuam como um poder paralelo à sociedade É VEDADO AO PARTIDO MINISTRAR INSTRUÇÃO MILITAR/PARAMILITAR, UTILIZAR-SE DE ORGANIZAÇÃO DA MESMA NATUREZA E ADOTAR UNIFORME PARA SEUS MEMBROS Crime INAFIANÇAVEL E IMPRESCRITÍVEL A criação do Partido exige que: Grupo de pessoas estabeleça seus atos constitutivos e os registrem no Cartório Civil de Pessoas Jurídicas Em seguida, registre seu estatuto no TSE. A AQUISIÇÃO DE PERSONALIDADE JURÍDICA SE DA NO MOMENTO DO REGISTRO NO CARTÁRIO, e não com o registro no TSE Liberdade e autonomia partidária Partido político tem ampla autonomia para: Definir sua estrutura interna, organização e funcionamento Adotar os critérios de escolha e o regime das suas coligações eleitorais Sem obrigatoriedade de vinculação das candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal Seus estatutos devem estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária Os partidos políticos não poderão sofrer ingerências (intromissões) estatais indevidas em seu âmbito interno Anotações gerais Partidos políticos podem adotar o regime de suas coligações nas eleições majoritárias, VEDADA A SUA CELEBRAÇÃO NAS ELEIÇÕES PROPORCIONAIS Eleições de deputado federal, estadual e vereador não são admitidas coligações Até a data de publicação da EC/22 acima, partidos que não preencheram a cota mínima de recursos ou destinaram os valores mínimos em razão de sexo/raça em eleições anteriores ficarão livres de sanções
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