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Aula 13 Civil VI Identificação do Testamenteiro - inventariante deveres e requisitos a nomeação; inventário - formas de inventário URL

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Aula 13 Identificação do Testamenteiro - inventariante deveres e requisitos a nomeação; inventário - formas de inventário 
Testamenteiro x inventariante
1. O testamenteiro é constituído pelo próprio testador, sendo remunerado. A principal função do testamenteiro é dar cumprimento as disposições testamentárias. 
2. É possível que se nomeie testamenteiros (ou seja, várias pessoas, para que cumulada ou de forma substitutiva exerça a função de testamenteiro). 
3. O testamenteiro tem uma forte vinculação jurídica com a prestação de serviço dos bens que são objeto de disposição testamentária.
4. O inventariante, por outro lado, é nomeado pelo juiz, dentro do processo judicial ou extrajudicialmente quando se trata de processo extrajudicial. 
5. O inventariante não é remunerado, é nomeado de acordo com o rol de pessoas que são legitimadas pra tanto. 
6. Os herdeiros legítimos podem ter resistência em acatar a disposição feita pelo autor da herança, então testamenteiro irá defender o interesse de disposição feito pelo autor da herança. 
7. O testamenteiro também pode ocupar a posição de inventariante (testamenteiro universal). 
8. O testamenteiro exerce a função de testamenteiro de forma transitória. A prestação desse serviço deve durar 180 dias, se não for fixada prazo, ou até que ele termina as disposições testamentárias feitas pelo testador.
9. O testamenteiro pode ser removido. 
10. O inventariante tem sua previsão legal no art. 617 do CPC. 
11. O inventariante pode ser destituído dessa condição através de uma ação chamada incidente de remoção de inventariante. 
12. O inventário é um instrumento processual ou extraprocessual que visa a regularização do patrimônio sucedido, a identificação dos sucessórias, a quitação dos impostos e demais dívidas daquele inventariado e ao final a transmissão definitiva para os herdeiros com a partilha. 
Tipos de inventário
Inventário judicial comum (ou ordinário)
1. O inventário visa a regularização do bem e deve ser promovido no último domicílio do falecido, embora haja a possibilidade de mudar isso (excepcionalmente). 
2. O inventário é impulsionado pelo inventariante ou pelo testamenteiro universal.
3. Se existir um único herdeiro é preciso fazer o inventário? Sim. A partilha é apenas uma das utilidades do inventário, e só ocorrerá ao final do inventário. 
4. O processo de inventário se inaugura com uma peça chamada “pedido de abertura de inventário”, que tem por finalidade informar que houve o falecimento de determinada pessoa, dizer quando e em que local faleceu, e informar que ela tem bens e herdeiros e fazer o pedido de nomeação do inventariante. Essa pessoa deve comparecer ao cartório oficial da justiça para prestar o compromisso, quando declara que vai exercer a inventariança de forma honesta e proba. 
5. O inventário precisa ser feito em até 60 dias após a abertura da sucessão, se passou disso ainda pode dar entrada no inventário, mas a perda desse prazo sujeita dois grandes aspectos: primeiro, o pagamento de multa; segundo, a possibilidade de outra pessoa, que não os preferenciais, possa pedir a abertura do inventário e seja nomeado inventariante. 
6. A titularidade para requerer inventário é de quem esteja com a posse e administração dos bens. 
Art. 616. Têm, contudo, legitimidade concorrente:
I - o cônjuge ou companheiro supérstite;
II - o herdeiro;
III - o legatário;
IV - o testamenteiro;
V - o cessionário do herdeiro ou do legatário;
VI - o credor do herdeiro, do legatário ou do autor da herança;
VII - o Ministério Público, havendo herdeiros incapazes;
VIII - a Fazenda Pública, quando tiver interesse;
IX - o administrador judicial da falência do herdeiro, do legatário, do autor da herança ou do cônjuge ou companheiro supérstite.
Art. 617. O juiz nomeará inventariante na seguinte ordem:
I - o cônjuge ou companheiro sobrevivente, desde que estivesse convivendo com o outro ao tempo da morte deste;
II - o herdeiro que se achar na posse e na administração do espólio, se não houver cônjuge ou companheiro sobrevivente ou se estes não puderem ser nomeados;
III - qualquer herdeiro, quando nenhum deles estiver na posse e na administração do espólio;
IV - o herdeiro menor, por seu representante legal;
V - o testamenteiro, se lhe tiver sido confiada a administração do espólio ou se toda a herança estiver distribuída em legados;
VI - o cessionário do herdeiro ou do legatário;
VII - o inventariante judicial, se houver;
VIII - pessoa estranha idônea, quando não houver inventariante judicial.
Parágrafo único. O inventariante, intimado da nomeação, prestará, dentro de 5 (cinco) dias, o compromisso de bem e fielmente desempenhar a função.
7. Depois de nomeado o inventariante, este fará uma petição chamada “primeiras declarações”, num prazo de 20 dias de sua nomeação, que indicará todo o rol patrimonial e todo o rol de herdeiros conhecidos do inventariante. Se ele assim não proceder poderá ser removido da condição de inventariante.
8. Feitas as primeiras declarações já se sabe quem são os herdeiros. Agora se passará a citar os herdeiros interessados, como também a fazenda nacional, estadual e municipal. Em seguida, não havendo manifestação de interesse público por ninguém, passa-se a avaliação dos imóveis, que é feito pela secretaria da fazenda estadual. O valor é arrecadado, e é feito o recolhimento. 
9. Então o inventariante passará a cotejar a satisfação de dívidas de credores que estejam relacionadas com esse inventário.
10. Em seguida passará para a partilha, que vai desconstituir o saisine e dividir o patrimônio remanescente para os herdeiros de forma o mais igual possível. 
11. Feita a partilha será expedido o formal de partilha, um documento que permite a cada herdeiro regularizar a sua propriedade daquela parte que lhe coube. 
12. Dessa regra geral de inventário se difere as outras modalidades de inventário.
Arrolamento sumário e arrolamento comum
Art. 659. A partilha amigável, celebrada entre partes capazes, nos termos da lei, será homologada de plano pelo juiz, com observância dos arts. 660 a 663 .
§ 1º O disposto neste artigo aplica-se, também, ao pedido de adjudicação, quando houver herdeiro único.
§ 2º Transitada em julgado a sentença de homologação de partilha ou de adjudicação, será lavrado o formal de partilha ou elaborada a carta de adjudicação e, em seguida, serão expedidos os alvarás referentes aos bens e às rendas por ele abrangidos, intimando-se o fisco para lançamento administrativo do imposto de transmissão e de outros tributos porventura incidentes, conforme dispuser a legislação tributária, nos termos do § 2º do art. 662 .
Art. 664. Quando o valor dos bens do espólio for igual ou inferior a 1.000 (mil) salários-mínimos, o inventário processar-se-á na forma de arrolamento, cabendo ao inventariante nomeado, independentemente de assinatura de termo de compromisso, apresentar, com suas declarações, a atribuição de valor aos bens do espólio e o plano da partilha.
§ 1º Se qualquer das partes ou o Ministério Público impugnar a estimativa, o juiz nomeará avaliador, que oferecerá laudo em 10 (dez) dias.
§ 2º Apresentado o laudo, o juiz, em audiência que designar, deliberará sobre a partilha, decidindo de plano todas as reclamações e mandando pagar as dívidas não impugnadas.
§ 3º Lavrar-se-á de tudo um só termo, assinado pelo juiz, pelo inventariante e pelas partes presentes ou por seus advogados.
§ 4º Aplicam-se a essa espécie de arrolamento, no que couber, as disposições do art. 672 , relativamente ao lançamento, ao pagamento e à quitação da taxa judiciária e do imposto sobre a transmissão da propriedade dos bens do espólio.
§ 5º Provada a quitação dos tributos relativos aos bens do espólio e às suas rendas, o juiz julgará a partilha.
Se poderá fazer o pedido de abertura de sucessão e as primeiras declarações em um só ato. Mas tanto o arrolamento sumário como o comum, possuem alguns requisitos.
Para o arrolamento sumário todos os sucessores devem ser capazes e a partilha deve ser cômoda, amigável (art. 659, CPC). 
Jáo arrolamento comum (art. 664, CPC), a limitação é quantitativa, ou seja, só é possível quando o valor patrimonial seja no máximo de mil salários mínimos. Não é feito judicialmente, mas perante o tabelião do cartório de notas. E não pode nesse contexto ter testamento; todos os herdeiros devem ser maiores e capazes e não pode haver briga quanto a partilha. 
Testamento negativo 
Serve quando não tem bens para ser inventariado. Isso e feito para liberar da condição de pendência para novo casamento e também porque irá delimitar o marco temporal de que o patrimônio que será adquirido dali pra frente não tem vinculação com o inventário (então não poderá ser responsabilizado por uma dívida).

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