Buscar

Trabalho 1 - 2o Bimestre 2020 1-1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

1) Quando ocorrerá o inventário judicial e quais os requisitos para que se proceda com o inventário extrajudicial?
R: O inventário é um processo em que se faz um levantamento de todos os bens deixados por determinada pessoa falecida. A partir do levantamento de todos os bens deixados, se faz uma avaliação destes e em seguida os bens são divididos entre os herdeiros, necessários ou testamentários. Este processo divide-se em judicial e extrajudicial.
O inventário obrigatoriamente deverá ser feito via judicial em havendo testamento ou interessado incapaz, consoante preceitua o artigo 610 do NCPC, que pode ser tanto amigável, quanto litigioso.
A Lei nº 11.441/2007 alterou o sistema tradicionalmente adotado no antigo direito processual civil brasileiro e passou a admitir a celebração de inventario e partilha extrajudicial, o qual foi mantido pelo novo CPC. Sempre que, não havendo testamento, sejam todos os herdeiros capazes e estejam de acordo quanto a partilha, caso em que tudo se fará por escritura pública.
2) O que é espólio?
R: O patrimônio do de cujus — o que inclui os seus ativos e passivos — comporá uma massa indivisa, que receberá o nome de espólio. Ele não tem personalidade jurídica, mas a lei lhe atribui capacidade de ser parte. Trata-se de um daqueles entes despersonalizados, aos quais a lei permite que figurem em juízo (art. 75, VII, do CPC).
3) Qual a finalidade do inventário?
R: A finalidade do inventário é a apuração do acervo de bens, direitos e obrigações da massa, a identificação dos herdeiros, e da parte que cabe a cada um para que, recolhidos os tributos, os bens possam ser partilhados entre eles
4) A presença do advogado é dispensável no inventário judicial e extrajudicial? Justifique. 
R: Sim. Para postular em juízo é necessário a presença de alguém legitimado, no caso, o advogado regularmente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil. No mais, mesmo que o inventário e partilha sejam feitos por escritura pública é indispensável que todos estejam assistidos por advogado, que pode ser comum ou não, nos termos do parágrafo segundo do art. 610, pois sem isso o tabelião não lavrará a escritura.
5) Qual a finalidade do inventário negativo?
R: O inventário tem cunho estritamente patrimonial e sua função está adstrita à regularizar a transmissão do patrimônio do de cujus aos seus sucessores. Se ele não deixa nenhum patrimônio, em princípio não haveria que se falar em inventário.
No entanto, doutrina e jurisprudência têm admitido a possibilidade de promover-se o inventário negativo, que não tem previsão legal. Sua finalidade é permitir aos herdeiros e sucessores demonstrar que o de cujus faleceu sem deixar nenhum bem, o que pode ser de grande relevância para que sejam afastados eventuais credores.
Também pode ser útil o inventário negativo para que o viúvo ou viúva possam contrair novas núpcias, sem incorrer nas restrições do art. 1.523, I, do CC.
6) O que é partilha? 
R: Se o inventário serve para enumerar os bens que compõem o acervo hereditário, a partilha presta-se a atribuir a cada herdeiro o quinhão que lhe corresponde. As finalidades são diferentes: pode haver inventário sem partilha. Só haverá partilha se houver mais de um herdeiro. Do contrário, a ele serão adjudicados todos os bens. 
7) Pode haver inventário sem partilha? Justifique.
R: Sim, pode haver inventário sem partilha quando há um único herdeiro, oportunidade em que ocorrerá a adjudicação dos bens da herança, ou na sucessão testamentária onde o autor da herança determinou o quinhão de cada herdeiro ou legatário.
8) Qual o prazo para a abertura de inventário?
R: O CPC, no art. 611, estabelece prazo para que o inventário seja aberto. Com isso, alterou-se o prazo de trinta dias, previsto no art. 1.796 do CC. Tal alteração resulta da Lei n. 11.441/2007, que alterou a redação originária do art. 983 do antigo CPC. Portanto, hoje o prazo é de dois meses, conforme artigo 611 do CPC.
9) Quem é o administrador provisório do inventário?
R: O inventário não é aberto no momento da morte do de cujus. Nesse ínterim já existe espólio, mas não inventariante, já que o inventário não foi instaurado.
A administração provisória da herança caberá, portanto, na seguinte ordem: ao cônjuge ou companheiro supérstite, ao herdeiro que tiver na posse de cada um dos bens da herança, ou o mais velho entre estes. No caso de sucessão testamentária, a administração provisória caberá ao testamenteiro nomeado pelo testador na declaração de última vontade. Por último, se nenhuma destas pessoas puder administrar, será nomeada uma pessoa de confiança do juiz, que promoverá a administração dos bens do espólio até que o inventariante preste seu compromisso.
10) Qual é a diferença entre o administrador provisório e o inventariante?
R: Aberto o inventário, o juiz nomeará inventariante, que passará a exercer as suas atribuições após prestar compromisso. Ele substitui o administrador provisório, que até então estava incumbido de zelar pelo espólio, e administrar os bens. Não há nenhum óbice a que aquele que já vinha exercendo a função de administrador provisório seja nomeado inventariante. 
11) Segundo o CPC quem pode ser inventariante?
R: De acordo com o art. 617 do CPC, poderá ser inventariante, na seguinte ordem: I - o cônjuge ou companheiro sobrevivente, desde que estivesse convivendo com o outro ao tempo da morte deste; II - o herdeiro que se achar na posse e na administração do espólio, se não houver cônjuge ou companheiro sobrevivente ou se estes não puderem ser nomeados; III - qualquer herdeiro, quando nenhum deles estiver na posse e na administração do espólio; IV - o herdeiro menor, por seu representante legal; V - o testamenteiro, se lhe tiver sido confiada a administração do espólio ou se toda a herança estiver distribuída em legados; VI - o cessionário do herdeiro ou do legatário; VII - o inventariante judicial, se houver; VIII - pessoa estranha idônea, quando não houver inventariante judicial.
12) Quais são as atribuições do inventariante?
R: São várias as atribuições do inventariante, enumeradas no art. 618, do CPC: I - representar o espólio ativa e passivamente, em juízo ou fora dele, observando-se, quanto ao dativo, o disposto no art. 75, § 1º ; II - administrar o espólio, velando-lhe os bens com a mesma diligência que teria se seus fossem; III - prestar as primeiras e as últimas declarações pessoalmente ou por procurador com poderes especiais; IV - exibir em cartório, a qualquer tempo, para exame das partes, os documentos relativos ao espólio; V - juntar aos autos certidão do testamento, se houver; VI - trazer à colação os bens recebidos pelo herdeiro ausente, renunciante ou excluído; VII - prestar contas de sua gestão ao deixar o cargo ou sempre que o juiz lhe determinar; VIII - requerer a declaração de insolvência.
As atribuições do art. 618 decorrem de lei, e independem de autorização judicial e da prévia ouvida dos interessados.
Mas o art. 619 do CPC enumera três incumbências do inventariante, que diferem das anteriores, porque pressupõe autorização judicial, após a ouvida dos interessados: I - alienar bens de qualquer espécie; II - transigir em juízo ou fora dele; III - pagar dívidas do espólio.
13) O inventariante pode ser removido ou destituído? Em quais hipóteses?
R: O inventariante perderá o cargo quando for removido ou destituído. A remoção ocorrerá como punição ao inventariante que não cumprir a contento as suas funções, deixando de praticar ato que lhe incumbia. O art. 622 do CPC enumera as hipóteses de remoção. Todas estão atreladas ao mau desempenho das funções pelo inventariante, que, por culpa ou dolo, não se desincumbe a contento de suas tarefas. O rol legal não pode ser considerado taxativo.
Já a destituição se verificará não em razão de culpa, mas em decorrência de um fato externo ao processo, não ligado ao exercício da função, mas que impede o inventariante de a continuar exercendo.
14) O que são as primeiras declarações do processo de inventário?
R: O art. 620 do CPC enumera o que as primeiras declarações devemconter. Delas, lavrar-se-á termo circunstanciado, que será assinado pelo juiz, escrivão e inventariante. Resumidamente, as primeiras declarações fornecerão informações sobre o morto, sobre o cônjuge e o regime de bens, sobre os herdeiros e sua qualidade, bem como sobre todos os bens que compõem o espólio 
15) No processo de inventário, o que ocorre na fase de impugnações e avaliação dos bens?
R: Somente depois de concluídas todas as citações correrá o prazo comum de quinze dias, para que os citados possam impugnar as primeiras declarações, apresentadas pelo inventariante. De acordo com o art. 627, do CPC, cabe às partes: arguir erros e omissões; reclamar contra a nomeação do inventariante ou contestar a qualidade de quem foi incluído no título de herdeiro.
Superada a fase de impugnação, passar-se-á à de avaliação dos bens do espólio. O juiz nomeará um perito, se na comarca não houver avaliador judicial (CPC, art. 630). A avaliação de bens tem duas finalidades principais: permitir o cálculo dos impostos, que tem por base de cálculo o valor dos bens; verificar a correção da partilha, para que nenhum sucessor fique prejudicado. O perito ou avaliador apresentará o laudo, e os interessados poderão apresentar impugnações que o juiz decidirá, mandando fazer nova avaliação se a primeira contiver vícios.
16) Como se procede a fase de últimas declarações na fase judicial do processo de inventário?
R: Depois de concluída a fase de avaliações, será lavrado o termo de últimas declarações, cuja finalidade é permitir que o inventariante tenha a oportunidade de completar, emendar ou corrigir as primeiras.
Prestadas as últimas declarações, as partes serão ouvidas no prazo comum de dez dias. Havendo impugnações, o juiz as decidirá, determinando as correções necessárias. Com as últimas declarações, estará concluída a fase do inventário.
17) Como opera-se o pagamento do ITBI e ITCMD no processo de inventário?
R: Depois de prestadas as últimas declarações, será feito o cálculo dos impostos mortis causa e inter vivos. O primeiro tem por fato gerador a transmissão dos bens da herança em decorrência da morte ou da doação de bens do espólio.
A base de cálculo é o valor dos bens na data da sua avaliação, e a alíquota deve ser a vigente na data da abertura da sucessão, nos termos das Súmulas 112 e 113 do STF. A base de cálculo abrangerá todos os bens, móveis ou imóveis, da herança, mas não inclui a meação do cônjuge supérstite, já que esta não integra a herança.
O imposto inter vivos só será devida se houver transmissão onerosa de bens imóveis. Não incide, portanto, sobre a doação, sobre a qual recai o imposto causa mortis. Será devido, se, por exemplo, for atribuída ao meeiro ou a algum dos herdeiros, bens imóveis que ultrapassem a quota que lhe seria devida por força de lei.
Havendo renúncia à herança, o renunciante não pagará o imposto causa mortis, que será devido por aqueles a quem a herança for atribuída. Mas se houver renúncia translativa, quando o herdeiro recebe a herança mas a cede a terceiros, haverá incidência de dois tributos: o causa mortis, decorrente do recebimento, e o inter vivos, derivado da cessão posterior.
18) O que é o instituto da colação no processo de inventário?
R: Regulamentada pelo direito material (arts. 2.002 a 2.012 do CC), a colação e instituto jurídico destinado a igualar as legítimas, obrigando os descendentes e donatários a trazer ao inventário os bens recebidos em doação. O momento de realizar a colação é após apresentada as primeiras declarações, quando os herdeiros e interessados forem intimados (Art. 627 CPC). 
19) O que é o instituto da sonegação no processo de inventário?
R: Ocorre sonegação quando um herdeiro maliciosamente oculta um bem do inventário ou da colação, ato que naturalmente gera um prejuízo aos demais herdeiros.
A sanção ao sonegador é a perda do direito sucessório sobre o objeto sonegado ou, se o bem não estiver mais em seu poder, terá que pagar ao espólio o valor acrescido de perdas e danos. Tratando-se do inventariante, além dessa sanção, será removido da inventariança, que só poderá ocorrer após a apresentação das últimas declarações, porque até esse momento a lei permite a indicação do bem (art. 636 do CPC).
20) Como deve proceder o herdeiro preterido em um processo de inventário?
R: Aquele que acredita ser herdeiro (herdeiro preterido) e que não consta das primeiras declarações naturalmente não será citado, mas poderá até o momento da partilha requerer o seu ingresso no processo de inventário. 
Havendo elementos suficientes, o juiz decidirá. Havendo necessidade de instrução probatória, a discussão será remetida as vias ordinárias, cabendo ao terceiro o ingresso da ação de petição de herança no prazo de 30 dias como forma de manter a reserva de seu quinhão.
Caso o sujeito só tenha conhecimento da demanda após a partilha, poderá ingressar com ação ordinária contra os herdeiros aquinhoados e pedir a anulação da partilha nos termos dos arts. 657 e 658 do CPC.

Continue navegando