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QUEM TEM DIREITO AO SALÁRIO MATERNIDADE?
O salário-maternidade é o benefício previdenciário pago à segurada gestante, adotante ou que tenha realizado aborto não criminoso, durante o período de afastamento de suas atividades, no prazo de vinte e oito dias antes e noventa e um dias após o parto.
O salário-maternidade será devido ao adotante do sexo masculino, para adoção ou guarda para fins de adoção.
Algumas decisões já vêm reconhecendo o direito do pai receber o benefício, quando a mãe se ausenta do seu dever familiar, e abandona a criança, por exemplo.
O requisito essencial para a concessão do benefício é a qualidade de segurada, pois a jurisprudência já vem assentando que não é preciso que a segurada se encontre em atividade laboral ao tempo do parto, desde que conserve a qualidade de segurada, pouco importando eventual situação de desemprego.
Para a segurada empregada não se exige cumprimento de carência.
Para as seguradas contribuintes individuais e segurada facultativa, o prazo de carência é de dez contribuições mensais.
Para a segurada especial, em regime de economia familiar, é devido o benefício desde que comprove o exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua, nos doze meses imediatamente anteriores ao início do benefício.
QUAL A DATA DO BENEFÍCIO POR INCAPACIDADE PERMANENTE?
Dependendo do caso, o início do recebimento do benefício pode variar de acordo com as possibilidades abaixo:
Segurado que já recebe auxílio-doença e passará a receber a aposentadoria por invalidez
Nesse caso, o trabalhador que já recebia o benefício não ficará sem receber por nenhum período, tampouco receberá o valor duplicado, ocorrerá apenas o acréscimo de 9% em seu salário benefício, tendo em vista que valor da aposentadoria por invalidez corresponde a 100% e o auxílio-doença a 91% da média do salário de contribuição.
Segurado empregado com carteira assinada que contribui mensalmente para a previdência e aposentou-se por invalidez
Nesse caso o benefício será concedido a partir de 15 dias, tendo em vista que o primeiro período é pago pelo empregador.
Empregado doméstico, trabalhador avulso, contribuinte individual, facultativo ou especial
Começará a receber a partir da data da incapacidade, ou data da DER (Data de entrada do Requerimento).
IMPORTANTE: O benefício deverá ser pago enquanto persistir a incapacidade, obrigando o segurado a submeter-se a uma nova perícia médica (INSS) a cada dois anos, até que atinja 60 anos, idade a partir da qual o segurado estará dispensado dessa exigência.
A Aposentadoria por Invalidez ou Aposentadoria por Incapacidade Permanente, é o benefício concedido pelo INSS aos trabalhadores e segurados que sofrem de algum tipo de incapacidade permanente ou sem cura, que o impossibilite totalmente para qualquer trabalho ou atividade laborativa que lhe garanta a sua subsistência.
O QUE ACONTECE SE O CONTRIBUINTE INDIVIDUAL APOSENTADO POR INVALIDEZ RECUPERAR A CAPACIDADE PARA O TRABALHO?
O cancelamento ou a cessação da aposentadoria por invalidez pode ocorrer porque o segurado retornou às suas atividades laborais, em decorrência do seu falecimento, ou ainda por decisão do INSS, ao declarar que o segurado está apto para o trabalho, submetendo-o à perícia e cancelando seu benefício.
O VALOR DA APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE PERMANENTE PODE SOFRER ALGUM ADICIONAL QUANDO O SEGURADO NECESSITAR DE UMA ASSISTÊNCIA PERMANENTE?
o aposentado que necessitar de assistência de terceiros pode se valer da benesse de acréscimo de 25% no salário de sua aposentadoria, mas como saber se é o seu caso?
Tal benefício é conhecido como “grande invalidez”.
Conheça os casos em que o segurado tem direito ao acréscimo de 25%:
· Cegueira total;
· Perda de no mínimo 9 (nove) dedos da mão;
· Paralisia dos dois braços ou das duas pernas;
· Perda dos membros inferiores, acima dos pés, quando a prótese for impossível;
· Amputação de uma das mãos e de dois pés, ainda que a prótese seja possível;
· Perda de um membro superior e outro inferior, quando a prótese for impossível;
· Alteração das faculdades mentais com grave perturbação da vida orgânica e social;
· Doença que exija permanência contínua no leito;
· Incapacidade permanente para as atividades da vida diária.
Vale lembrar que o referido acréscimo é pessoal e intransferível, se encerrando com a morte do beneficiário.
APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE PERMANENTE SEMPRE EXIGIRÁ A CARÊNCIA?
A carência exigida para a concessão da aposentadoria por invalidez é de 12 contribuições mensais, porém, em algumas situações o segurado fica isento desta obrigação.
Quando a incapacidade do segurado for originada por acidente de qualquer natureza, mesmo sem ter nenhuma relação com o seu trabalho ou doença profissional, não será exigida a carência de 12 contribuições mensais.
Segurados especiais também estão isentos, devendo comprovar exercício de atividade rural nos doze meses imediatamente anteriores ao requerimento do benefício.
Outra situação que exclui a obrigação da carência se dá quando o segurado foi acometido por alguma das doenças e afecções especificadas na lista que a cada três anos é elaborada pelos órgãos competentes.
É importante destacar que a lista não exclui outras doenças, ainda que não constem no rol, sendo possível aposentar-se por invalidez se a lesão ou doença for considerada grave, incapacitante e irreversível.
 
Lista de doenças graves que isentam o segurado do período de carência:
As doenças que atualmente isentam o segurado do cumprimento da carência são as seguintes:
· Tuberculose ativa;
· Hanseníase;
· Alienação mental;
· Neoplasia maligna;
· Cegueira;
· Paralisia irreversível e incapacitante;
· Cardiopatia grave;
· Mal de Parkinson;
· Espondiloartrose anquilosante;
· Nefropatia grave;
· Estado avançado da doença de Paget (osteíte deformante);
· Síndrome da Imunodeficiência Adquirida — AIDS;
· Contaminação por radiação com base em conclusão da medicina especializada;
· Hepatopatia grave.
O QUE É PERÍODO DE GRAÇA? EM QUAIS HIPÓTESES ELE OCORRERÁ?
O artigo 15 da Lei 8.213/91 estabelece as hipóteses em que a pessoa mantém a qualidade de segurando independente de contribuições. Estas hipóteses são as que oportunizam o chamado período de graça, objeto do presente artigo.
Inicialmente, relembramos que a qualidade de segurado corresponde ao vinculo entre o segurado e o Regime Geral da Previdência Social (RGPS). Considerando se tratar de um sistema contributivo, este vínculo é comprovado por meio do recolhimento das contribuições.
Entre este período em que o segurado deixa de verter contribuições ao RGPS até que se vincule a novo emprego ou perca a qualidade de segurado, está presente o período de graça.
Desta forma, conforme esclarece o autor Leonardo Cacau Bradbury, o período de graça é o lapso temporal em que o segurado ainda mantém a sua qualidade de segurado, bem como os benefícios inerentes a esta qualidade, sem que esteja desempenhando uma atividade laboral nem realizando o recolhimento de contribuições.
O objetivo é permitir que o segurado possa nesse espaço de tempo buscar sua reinserção no mercado de trabalho sem que precise contribuir para o RGPS para ter direito aos benefícios previdenciários.
A partir desta introdução, vamos adentrar nas hipóteses trazidas pela legislação, para estabelecer o prazo do período de graça para cada caso ali elencado.
· Quem está em gozo de benefício previdenciário: Não há limite de prazo para o segurado que está recebendo benefício previdenciário, durante este período em que durar a manutenção do benefício, este não perde a qualidade de segurado. Neste caso, havendo a cessação do benefício, se inicia a contagem do período de graça no primeiro dia do mês seguinte ao da cessação. Contudo, há a exceção do auxílio-acidente, tendo em vista que este é caracterizado como uma indenização e não um substitutivo de renda do segurado, portanto, não é considerado para fins de período de graça.
· O segurado que deixar de exercer atividade remunerada ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração: O período de graçaé de 12 (doze) meses após o recolhimento da última contribuição quando o segurado deixa de exercer atividade laboral remunerada, estiver licenciado ou suspenso. Importante destacar que no caso dos segurados em que a contribuição é recolhida pelo empregador, caso o empregador não efetue o recolhimento, é suficiente que haja comprovação do desempenho de atividade remunerada, tendo em vista que o fato da empresa não efetivar o recolhimento das contribuições não pode prejudicar os direitos do empregado. Desta forma, nestes casos, o início do período de graça passa a contar do término da relação de trabalho.
· O segurado que estiver acometido de doença de segregação compulsória: Doença de segregação compulsória se caracteriza como aquela que visa a proteção da saúde pública, exigindo que o segurado se afaste do convívio social. Dessa forma, o termo inicial é considerado o término do isolamento do segurado, sendo o período de graça de 12 (doze) meses.
· Segurado recluso ou retido: Para este segurado, o período de graça se inicia após o livramento do segurado, sendo o período de 12 (doze) meses.
· Segurado conscrito: É aquele que presta serviço militar, sendo que após o licenciamento possui 3 (três) meses de período de graça.
· Segurado facultativo: Após a cessação das contribuições, possui 6 (seis) meses à título de período de graça
O QUE SIGNIFICA SALÁRIO DE BENEFÍCIO?
O Salário de Benefício é o valor usado como base para o cálculo do valor de benefício que o segurado do INSS vai receber. Em geral, associamos o Salário de Benefício ao cálculo do valor da aposentadoria. Porém, ele também é utilizado para o cálculo de outros benefícios de prestação continuada, como o auxílio acidente.
Por enquanto, o conceito continua abstrato. Nos próximos tópicos, ele vai se tornar mais fácil de entender, conforme você descobre como o Salário de Benefício se diferencia de outros “salários”, para que ele serve e como é utilizado.
Salário de Benefício serve como base para o cálculo do valor do benefício de prestação continuada. Em termos mais simples, ele é a referência para calcular quanto você receberá de aposentadoria ou de auxílio acidente, por exemplo.
É muito importante entender que o Salário de Benefício é uma referência. Ele não corresponde, necessariamente, ao valor do benefício. Na prática, é possível (e até comum) que o valor do benefício fique abaixo do Salário de Benefício.
8-QUANDO O AUXÍLIO ACIDENTE SERÁ DEVIDO?
O Auxílio-Acidente é um benefício previdenciário indenizatório do INSS.
Ele será devido aos segurados que sofrerem qualquer categoria de acidente que resulte em sequelas ou, então, que diminua a capacidade laborativa do trabalhador.
As sequelas devem ser permanentes e, também, deverá haver prejuízo na vida profissional do trabalhador.
A partir das sequelas, a capacidade laboral do segurado somente será reduzida. Na prática, ele ainda conseguirá trabalhar, mesmo com a redução de capacidade.
A lei não estabelece um grau mínimo de redução na capacidade de trabalho do segurado para que ele tenha direito ao benefício.
Por ora, a regra é simples. 
Se uma redução permanente ocorrer, você terá direito ao Auxílio-Acidente.
Quem tem direito ao Auxílio-Acidente?
Primeiro, preciso explicar que somente algumas categorias de segurados têm direito ao Auxílio-Acidente:
· Empregados urbanos ou rurais;
· Segurados especiais;
· Empregados domésticos;
· Trabalhadores avulsos.
Atenção: contribuintes individuais e facultativos não têm direito ao Auxílio-Acidente.
Sendo assim, você precisará cumprir os seguintes requisitos para ter acesso ao benefício:
· Qualidade de segurado: 
· Estar contribuindo para o INSS;  
· Ou estar no período de graça.
· Ter sofrido acidente ou, então, adquirido doença de qualquer natureza, relacionados ou não ao trabalho;
· Redução parcial e permanente da capacidade para o trabalho;
· Relação entre o acidente sofrido e a redução da capacidade laboral, o chamado nexo causal.
Observação: não há a necessidade de cumprir período de carência para ter direito ao Auxílio-Acidente. 
Ou seja, você não precisará ter um tempo mínimo de recolhimento previdenciário.
Neste caso, se você começar sua vida profissional hoje, e sofrer um acidente de trabalho amanhã, que reduza a sua capacidade de trabalho permanentemente, o seu direito ao Auxílio-Acidente já estará garantido.
O nexo causal, que é a relação entre causa e efeito, melhor dizendo, entre o acidente e a redução da sua capacidade de trabalho, será comprovado por meio de um perito do INSS. 
A comprovação deverá ser feita no momento da perícia médica.
Fora os acidentes de trabalho, as doenças adquiridas ao longo do tempo e decorrentes do trabalho também irão garantir o direito ao Auxílio-Acidente.
A Lesão por Esforço Repetitivo (LER) é um exemplo clássico de doença do trabalho.
PRINCÍPIOS DA SEGURIDADE SOCIAL
Universalidade da Cobertura e do atendimento
Trata-se de uma norma programática, que pode ser desdobrada em duas, veja:
· Universalidade da cobertura
→ Universalidade objetiva
→ Riscos sociais
Todos os riscos sociais (infortúnios da vida) receberão a cobertura da seguridade social. Exemplo: trabalhador que caiu de cima de um prédio alto e morre. Nesse caso, a morte por ser um infortúnio da vida, deve estar coberta pela seguridade social.
· Universalidade do atendimento
→ Universalidade subjetiva
→ Pessoas
Todas as pessoas residentes no país têm direito ao atendimento da seguridade social.
Perceba com atenção como já caiu na prova da CESPE (TRF5 – Juiz Federal - 2015):
A universalidade de cobertura restringe-se ao aspecto objetivo da seguridade social, ao passo que a universalidade de atendimento, ao aspecto subjetivo. Certo ou errado? 
Errado! O que torna a questão errada é a palavra “restringível”. O princípio da universalidade da cobertura e do atendimento não é restringível. Pelo contrário, ele é universal, não é mesmo?!
Uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais
Esse princípio traduz a ideia de que não pode haver discriminação entre as populações urbanas e rurais. É importante lembrar, nessa senda, que nem sempre houve uniformidade entre essas populações, vez que a uniformidade é diretriz trazida pela CF de 1988. Para isso, basta lembrar da Lei Funrural (surgida apenas na década de 1960), altamente discriminatória, eis que enquanto os empregados urbanos ganhavam um salário mínimo de benefício; os rurais, apenas a metade.
A propósito já caiu na CESPE (DPE – Defensor Púbico - 2013) a seguinte assertiva:
O princípio da uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais sempre norteou a seguridade social brasileira, e, desde a criação da previdência social no país, não há discriminação entre trabalhadores urbanos e rurais. Certo ou Errado? 
Errado, pois até a CF de 1988 não havia uniformidade.
· Equivalência dos benefícios → o valor pecuniário deverá ser equivalente.
Diz respeito à necessidade de o valor pecuniário (econômico) entre a população urbana e rural ser equivalente. A CF de 1988 não usou o termo “igual”, pois nem mesmo entre a população urbana os valores dos benefícios são iguais. Em relação à aposentadoria, por exemplo, os valores que cada pessoa recebe varia de acordo com os fatores que influenciam no cálculo do benefício.
· Equivalência dos serviços → Bem imaterial → qualidade do serviço
A equivalência dos serviços não possui relação com a prestação pecuniária. Essa equivalência pode ser vista como um bem imaterial posto à disposição do beneficiário da seguridade social, a qual se relaciona com a qualidade do serviço a ser prestado. Isso quer dizer, em suma, que a qualidade do serviço prestado à população urbana deve ser a mesma da prestada ao rural.
Seletividade e distributividade na prestação de serviços
· Seletividade na prestação de serviços
Significa que o legislador deve selecionar os riscos sociais que maior sofrimento estão causando para a população e também a sua devida prestação.
· Distributividade na prestação dos serviços
Diz respeito à necessidadede o Sistema de Seguridade Social atuar como elemento distribuidor de renda, o que só pode ser feito nos termos da Lei. Exemplo disso, é a previsão constitucional de que o salário-família e o auxílio-reclusão sejam concedidos apenas aos dependentes do segurado de baixa renda.
Sobre essa assunto, a CESPE (TRF 5 – Juiz federal – 2015) considerou certa a seguinte frase:
A distributividade na prestação dos serviços visa evitar, entre outros efeitos, a concentração de atendimento em certas regiões do país em detrimento de outras.
Isso se deve ao fato de a distributividade ser entendida como um sistema realizador da justiça social, sendo instrumento da desconcentração de riquezas. Nesse sentido, especialmente os mais necessitados devem ser contemplados com as prestações da seguridade social. Por essa razão, ainda que uma região arrecade menos que outra, estará coberta pela seguridade social, com fundamento nesse princípio.
Irredutibilidade do valor dos benefícios
Esse princípio aduz que as prestações devem manter o seu valor original. Em regra, em uma acepção mais ampla, é preciso entender que a CF/1988 protege o beneficiário contra a irredutibilidade do valor real e nominal dos benefícios. Entretanto, o STF interpreta esse princípio de forma mais restritiva, de modo que a irredutibilidade diz respeito apenas ao valor nominal dos benefícios.
Mas por que se pode afirmar que da CF é possível extrair uma interpretação mais ampla? Porque assim dispõe o parágrafo 4º, do artigo 201, em que é assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios definidos em lei.
O que se deve cuidar na hora da prova? 
Se a questão não fizer menção à jurisprudência, estará se referindo à irredutibilidade que visa à preservação do valor real e nominal dos benefícios. Por outro lado, se a questão se basear em jurisprudência, trata-se apenas de irredutibilidade do valor nominal. 
Por essa razão, a questão abaixo foi considerada errada pela CESPE (AGU – ADVOGADO – 2015), veja:
Conforme a jurisprudência do STF, a irredutibilidade do valor dos benefícios é garantida constitucionalmente, seja para assegurar o valor nominal, seja para assegurar o valor real dos benefícios, independentemente dos critérios de reajuste fixados pelo legislador ordinário.
Sintetizando:
EQUIDADE NA FORMA DE PARTICIPAÇÃO NO CUSTEIO
A equidade é a igualdade material, ou seja, aquela que respeita as diferenças. Está relacionada ao princípio da capacidade contributiva, a qual cada pessoa deve contribuir, conforme sua capacidade.
Veja exemplo desse princípio dado pela CESPE (TRT 5 – Juiz do trabalho - 2013):
Excetuados determinados setores da economia, verifica-se, no financiamento da seguridade social, que os empregadores, em geral, pagam uma contribuição previdenciária incidente sobre folha de remuneração de pessoal, em percentual superior ao deduzido dos vencimentos dos trabalhadores respectivos. Essa diferenciação decorre da equidade na forma de participação no custeio.
Diversidade da base de financiamento
Significa que a seguridade social terá diversas fontes de financiamento/receita/custeio. A CF de 1988 foi a primeira a utilizar esse termo. 
A CESPE (INSS – Analista do Seguro Social – 2008) já considerou certa a seguinte assertiva: 
A importância da proteção social justifica a ampla diversidade da base de financiamento da seguridade social. Com o objetivo de expandir ou de garantir a seguridade social, a lei poderá instituir outras fontes de financiamento, de acordo com o texto constitucional.
Para melhor entendimento desse princípio vamos analisar o artigo 195, CF:
A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
· Forma indireta: mediante recursos provenientes dos entes federativos
· Forma direta: contribuições sociais
4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I.
Duas observações devem ser feitas a respeito desse artigo e de seu quarto parágrafo:
1. São somente as fontes previstas do caput do artigo 195 que existem? Não, existem outras, conforme menciona o parágrafo 4º.
2. O parágrafo 4º refere que a “lei” poderá criar outras fontes, mas que espécie de lei é essa, ordinária ou complementar? Trata-se de lei complementar, veja:
Quando se tratar de contribuições sociais previstas no artigo 195, poderão ser criadas as respectivas fontes por meio de lei ordinária. Por outro lado, quando se tratar de outras fontes, nos termos do parágrafo 4º, do mesmo dispositivo, deverão ser criadas por meio de lei complementar, pois assim determina o artigo 154, I.
Caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados.
O que você deve cuidar em relação a esse princípio é que o examinador, por vezes, irá alterar as palavras-chaves:
· Democrático
· Descentralizado
· Gestão quadripartite 
· Quatro segmentos da sociedade: 
1. Trabalhadores
2. Empregadores
3. Aposentados
4. Governo
Fundamentação: 
194, da Constituição Federal. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.
Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base nos seguintes objetivos:
I - universalidade da cobertura e do atendimento;
II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais;
III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;
IV - irredutibilidade do valor dos benefícios;
V - eqüidade na forma de participação no custeio;
VI - diversidade da base de financiamento;
VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados.
Fonte: O quadro esquematizado e o resumo têm por fontes as aulas do professor Hugo Goes e a análise das questões da banca CESPE.

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