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Renato - Revisão para prova I 12-12

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Revisão para prova / Renato.
1. Comente e compare as visões de homem no estado de natureza de Hobbes, Locke e Rousseau.
Segundo Hobbes, os homens podem todas as coisas. Vivendo em um estado de natureza onde possuíam o direito de natureza. Sendo da liberdade de cada um utilizar o seu poder da forma que queria para preservar a si mesmo. O homem é governado pela sua própria razão, o que para ele, estaria o homem em um estado de guerra, de todos contra todos, pois cada um luta para obter o que quer (o homem é o lobo do homem). Já Locke, defende a ideia de que o estado de natureza é caracterizado pela mais perfeita liberdade e igualdade, onde os homens viviam em um estágio pré-social e pré-político. Diferente de Hobbes, para Locke o homem não está em um estado de guerra, havia uma relativa paz, mas existia a possibilidade de guerra por não ter um árbitro comum. Por fim, para Rousseau, o indivíduo em seu estado natural é bom (o bom selvagem), mas a sociedade o corrompe. Diz que a criação da propriedade gera escravidão e miséria, pois uns passam a trabalhar para outros.
2. O que seria a busca da “verdade efetiva das coisas” de que fala Maquiavel? 
Maquiavel, se preocupava em falar sobre o estado real, capaz de impor ordem. Rejeitando a tradição idealista traz consigo a busca pela realidade concreta, a busca da verdade efetiva das coisas. Essa busca, aborda como tema principal, como resolver o inevitável ciclo de estabilidade e caos. 
Maquiavel provoca uma ruptura com saber repetido por séculos, onde põe fim a ideia de uma ordem natural e eterna. A ordem, segundo ele, deve ser construída pelos homens para evitar o caos e a barbárie, porem ela não é eterna, existindo a ameaça de que seja desfeita. 
3. Como a Virtú (virtude) e a fortuna podem influir na aquisição e manutenção de um principado?
Antigamente a imagem da fortuna era vincula a imagem de uma deusa boa, que possuía bens desejados pelos homens (honra, riqueza, gloria e poder, por exemplo). Para alcançar as graças de uma deusa, também mulher, era necessário se mostrar um homem de “verdadeira virilidade” e grande coragem. Quanto maior a virtú apresentada pelo homem, mais fácil seria alcançar a fortuna. 
Essa visão foi derrotada pelo cristianismo, a fortuna passou a ser semelhante a um “poder cego”. Assim, O poder que nasce da própria natureza humana e encontra seu fundamento na força é reduzido. Tratando-se da sabedoria no uso da força, da utilização virtuosa da força. O governante não é o mais forte, pois não apresenta condições de se manter no poder, mas de demonstrar que possui virtú, assim mantem o domínio, e pelo menos o respeito dos governados. Sem virtú, sem boas leis, geradoras de boas instituições e sem boas armas, um poder rival pode se impor. 
A qualidade exigida do príncipe que deseja se manter no poder é a sabedoria de agir conforme as circunstancias. Devendo, pelo menos, aparentar possuir as qualidades valorizadas pelos governados. A relação entre aparência e essência sobrepõe a distinção entre virtudes e vícios. Mas o que conta é “o triunfo das dificuldades na manutenção do estado. Os meios para isso nunca deixarão de ser julgados honrosos, e todos os aplaudirão” (O príncipe, cap. XVIII).
4. Em Hobbes o homem tem direito natural a todas as coisas, pois todas as coisas podem ajudá-lo na sua conservação, assim sendo, como Hobbes trata sobre a propriedade privada? 
O homem é governada por sua própria razão, e nesse estado de natureza, tem de usar meios para proteger sua vida contra seus inimigos, pois não há propriedade, nem domínio, nem distinção entre meu e teu, só pertencendo a cada um o que for capaz de conseguir e pelo período que puder manter. Assim, nem a garantia da própria vida se tem, e para salvar-se foi necessário a criação de um pacto assinado entre os homens, de submeterem-se a um árbitro, um poder, cria-se o Estado e com ele o poder soberano e absoluto.
Segundo Hobbes, com a criação do estado a propriedade privada que coincidia com o estado de natureza, agora se dissolve na propriedade pública, onde, o direito da propriedade só existe, no estado, mediante a tutela estatal, a propriedade não é um direito natural. Diferenciando do estado de natureza que é dado, apenas, o direito a posse e que deve ser garantida pelo próprio homem.
5. Por que para Hobbes a guerra civil seria o retorno ao estado de natureza
Para Hobbes, o estado de natureza garantia aos homens direito da liberdade de utilizar o próprio poder da forma que cada um queria, sendo governado pela própria razão humana. Sendo dessa forma, o homem estaria então em um estado de guerra de todos contra todos, pois ali estaria semeada a discórdia e suas principais causas (competição, desconfiança, e gloria). Mesmo sabendo que com a criação do Estado a possibilidade de guerra civil é menor, o conflito não está eliminado, mas garante a existência de um árbitro comum, com legitimidade para criar leis e usar a força para diminuir esse conflito e arbitra-lo. Existindo liberdade em tudo que a lei permitir e em tudo que a lei não regular. O valor principal não é a liberdade, e sim a ordem, que só permitiu possível formação da sociedade, após o contrato. 
6. Comente a frase: “Locke afirma que os homens se juntam em sociedades políticas e submetem-se a um governo com a finalidade principal de conservarem, suas propriedades.” 
O homem se encontra no estado de natureza completamente livre, sendo o senhor de seu corpo e de sua propriedade, é igual a todos os outros homens e não se sujeita a outro se não ele mesmo. Para Locke a união humana, se dá para a mutua conversação da vida, da liberdade e para garantir suas propriedades. Assim, surge a junção nas sociedades políticas, submetidas a um governo, para preservar a propriedade, onde o trabalho se torna o fundamento original da propriedade e da acumulação.
7. Para Locke (1973), quais as três condições para garantir a propriedade que faltavam no estado de natureza?
Para Locke, primeiro faltava uma lei estabelecida, firmada, conhecida, recebida e aceita por todos. Segundo, faltava um juiz conhecido, com autoridade para resolver as questões de acordo com a lei conhecida. Terceiro e último, faltava um poder que apoiasse a sentença quando justa, executando-a. 
8. Qual ideia Rousseau difundiu que marcou uma posição bem diferente do espirito de sua época?
Rousseau em sua época, ocupou uma posição diferenciada por representar uma ruptura com a ideia até então atual dada pelos filósofos do século da luz. “O restabelecimento das ciências e das artes teria contribuído para aprimorar o costume?’’ surpreendendo na resposta dessa questão, garantiu Rousseau que não, pois “se nossas ciências são inúteis no objeto que se propõem, são ainda mais perigosas pelos efeitos que produzem’’. As ciências e as artes, embora tenham contribuído para a corrupção dos costumes, poderão desempenhar um papel importante na sociedade, o de impor que a corrupção seja maior ainda.
9. Discuta o pacto social em Rousseau.
Em Rousseau, “o homem nasce livre, e por toda parte encontra-se aprisionado. O que se crê senhor dos demais, não deixa de ser mais escravo do que eles”. Rousseau, coloca todo poder do soberano nas mãos do povo, tratando-se de um pacto pautado na alienação total da vontade particular para constituir-se na igualdade do povo. Os homens depois de terem perdido sua liberdade natural, necessitariam ganhar em troca a liberdade civil, sendo o pacto social um mecanismo para isso. Compreendendo que obedecer à lei que se escreve para si mesmo seria um ato de liberdade, pois o povo é o agente do processo de elaboração das leis e de seu comprimento. 
10. O que é vontade geral em Rousseau?
É necessário que a legitimidade permaneça ou então que se refaça a cada instante. Para existir o corpo político, há a necessidade de realização dessa vontade. O povo passa então a ser representado, esse exercício da vontade geral por meio de representantes significa uma sobreposição de vontades. Ninguem pode querer por outro e quando isso ocorre, a vontade de quem a delegou não maisexiste e não mais é considerada. A soberania se torna inalienável e Rousseau reconhece a necessidade de representantes a nível de governo, mesmo que a tendência de um representante seja agir em nome de si mesmo e não em nome do povo que ele está representando por meio da vontade geral.

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