Buscar

Sistemas de Administração da Produção

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 48 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 48 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 48 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Sistemas de Administração 
da Produção
Eduardo Satiro Elias 
2 - 48
Os Sistemas de Administração 
da Produção (SAP) são sistemas 
que disponibilizam e suportam 
informações do gerenciamento 
eficaz do fluxo de materiais, 
da utilização de mão de obra e 
dos equipamentos, e permitem 
a coordenação das atividades 
internas com as atividades dos 
fornecedores e distribuidores e 
a comunicação/interface com os 
clientes, no que se refere às suas 
necessidades operacionais. 
O ponto chave, nessa definição, 
é a necessidade gerencial de 
usar as informações para tomar 
decisões inteligentes! 
Os SAPs não tomam as decisões 
ou gerenciam sistemas, os 
administradores é que executam 
essas atividades; os SAPs têm 
a função de oferecer suporte 
a esses administradores para 
que eles possam executar sua 
função de forma adequada 
(VOLLMANN et. al., 1992). 
Slack (1991) sugere cinco 
prescrições práticas para o 
aumento da confiabilidade 
dos sistemas de manufatura: 
planejar à frente; controlar 
cuidadosamente a ocupação dos 
recursos; monitorar de perto 
o progresso das operações; 
aumentar a flexibilidade dos 
recursos e, desenvolver os seus 
fornecedores internos assim 
como se faz com os externos. 
3 - 48
Tipos de sistemas
Basicamente, existem três tipos de classificação dos sistemas 
de produção, sendo eles: 
• Produção por lotes.
• Produção em linha ou contínua.
• Produção por projeto.
Logo, dentro dessas classificações, desenha-se o sentido 
da produção, que pode ser denominado de produção puxada 
ou produção empurrada, que, na prática, quer dizer que se a 
empresa produz para repor estoque, sem demanda de venda 
imediata, significa que a produção é empurrada e se produz para 
o cliente, a partir do pedido de venda já formalizado, torna-se 
puxada. 
4 - 48
Saiba mais
Produção puxada e empurrada são 
sentidos de produção que devem 
ser muito bem analisados, pois 
podem significar lucro ou prejuízo. 
Quer conhecer um pouco mais das 
suas características, de um modo 
mais descontraído? Acesse! 
 https://www.youtube.com/
watch?v=i384kVDeFUM
5 - 48
https://www.youtube.com/watch?v=i384kVDeFUM
https://www.youtube.com/watch?v=i384kVDeFUM
Produção por lotes 
É uma produção limitada por produto, que está de acordo com 
os tipos de postos de trabalhos disponíveis, relacionada também 
ao aproveitamento de material, venda fechada, tempos de setup, 
entre outras características. Pode-se dizer que existem vantagens 
e desvantagens desse sistema: uma das vantagens é que se pode 
manter uma boa flexibilidade na linha de produção, reduzindo o 
custo em relação ao aproveitamento de matéria-prima, em por 
exemplo, atender a uma variedade do mix de produtos em tempo 
reduzido; já a desvantagem desenha-se quando o tempo de setup 
é muito alto entre o mix de produto, fazendo com que caia a 
produtividade. 
6 - 48
Produção em linha (ou produção contínua)
Está mais de acordo com empresas que contém uma 
produção com alto volume e que não possua variedades 
de produtos. A vantagem deste sistema, é que o leiaute 
pode ser montado para seguir uma produção contínua, 
com a finalidade de manter fluxo e ritmo contínuos, o 
que resulta em um melhor controle de produção, devido 
ao fato de a maioria dos processos estarem interligados. 
Essa vantagem diminui, por exemplo, os tempos de 
deslocamento e espera entre processos. Por outro lado, 
a desvantagem está em necessidades de manutenção 
ou setup, que podem ocasionar a parada da linha 
inteira. 
A produção em linhas está aliada à produção contínua, 
na qual se produzem determinados produtos sem 
modificação, por um longo período, em um ritmo 
de produção acelerado. Esse sistema de produção 
contínua, também chamado de fluxo em linha, 
apresenta uma sequência linear para se fazer o 
produto ou serviço, produtos esses que são bastante 
padronizados e fluem de um posto de trabalho a outro. 
7 - 48
As características desse sistema são: facilitar o planejamento 
detalhado; permitir dividir as operações de montagem; facilitar 
medidas corretivas e a verificação diária da produção; exigir máquinas 
e ferramentas altamente especializadas e dispostas em sequência. 
Assim, o produto é mantido em produção por um longo período sem 
sofrer modificações, o que viabiliza o planejamento em longo prazo, 
já que as despesas e investimentos em ferramentas e dispositivos 
de produção podem ser depreciados em longo prazo (TEIXEIRA, 
NASCIMENTO, OLHER, 2013).
8 - 48
Produção por projeto
É muito conhecida como produção customizada, 
ou seja, as empresas que optam por esse sistema 
são aquelas que atendem o cliente de acordo com a 
demanda especifica de cada um, e sendo assim, não 
têm um prazo fixo para entrega. 
Esse sistema possui a vantagem de ter um valor 
agregado maior, pois se trata de produção específica 
e um atendimento diferenciado, tanto na venda 
como no pós-venda. Porém, as desvantagens são até 
maiores, pois nele necessita-se de uma engenharia 
especializada para criar um projeto novo a cada 
venda, o que demanda tempo: e se esse elemento 
não for respeitado, pode-se perder vendas com 
prazo muito alto para entrega e, dependendo o 
produto, tem-se dificuldade de orçar, determinar 
prazo de entrega e assim o planejamento de compra 
fica engessado ao projeto.
9 - 48
Outra característica importante, é que com ele pode-
se estar sujeito à sazonalidade, não sendo possível 
manter estoque, dificultando, inclusive, a implantação 
de padronização de processos devido à variabilidade dos 
produtos. 
Nesse último sistema, podemos dizer que para implantar 
e fazer rodar um PPCP, é preciso maior atenção devido à 
complexidade do processamento de informações, que pode 
ser exemplificado da seguinte forma: imagine você, no PPCP, 
tendo que iniciar o processo de compra e produção de um 
projeto que está em 30% de desenvolvimento, mas não 
tendo garantia de que algum item comprado não sofrerá 
alteração até o fim do projeto; complicado né?
Retomando o conceito de sentido de produção, já 
mencionado anteriormente, é importante salientar que a 
produção empurrada é um sistema em que a produção 
executa o que foi programado, baseada em previsões de 
vendas, normalmente através de um sistema MRP (Material 
Requirement Planning), que você estudará a seguir. Nesse 
modelo, a produção de uma fábrica se inicia antes mesmo 
do recebimento do pedido do cliente. 
10 - 48
O Japão é um país extremamente pequeno em território, 
se comparado aos Estados Unidos da América, por exemplo, 
por isso, não é coerente que no Japão se gaste espaço com 
estoque parado, pois se paga muito caro pelo terreno. Já nos 
EUA, o aluguel de um galpão em local afastado dos grandes 
centros urbanos pode ser bem barato e não encarecer muito o 
valor final da mercadoria. Por isso há uma diferença essencial 
na produção industrial dos dois países: em virtude da sua 
cultura e ambiente geográfico.
 Já a produção puxada (do inglês pull system) não utiliza 
estoques, sendo o cliente o fator-chave para determinar o 
início da produção. Aqui, mesmo estando com a matéria-prima 
pronta para a fabricação, a produção se inicia apenas quando 
o pedido é realizado pelo cliente. Ao contrário da produção 
empurrada, a preocupação de entrega desse modelo é mais 
qualitativa, e não quantitativa. 
11 - 48
É de suma importância reforçar que, 
a produção puxada é uma técnica Lean 
para reduzir desperdícios nos processos 
produtivos. E a sua aplicação permite que 
um novo produto seja iniciado somente 
quando há uma demanda do cliente. Além 
disso, existe, explicitamente, um limite de 
trabalho em progresso. Dessa forma, cada 
processo produtivo “puxa” as unidades 
produzidas no processo anterior.
12 - 48
MRP – (Material Requirements Planning) - Planejamento 
das Necessidades de Materiais
13 - 48
O MRP surgiu no final da década 
de 60, nos Estados Unidos, 
quando diversas indústrias se 
depararam com a necessidade 
de contar com um sistema 
automatizado a fim de planejar 
a alocação dos recursosnecessários para dar andamento 
a uma produção, não apenas 
suficiente, mas de qualidade 
(AGHAZADEH, 2003). Somente 
a partir da década de 70, o MRP 
passou a ser informatizado, 
possibilitando realizar o 
cálculo das necessidades de 
materiais de forma mais ágil e 
eficiente (KRAJEWSK; RITZMAN; 
MALHOTRA, 2009).
Com a popularização do 
uso da técnica de cálculo de 
necessidades de materiais e 
com mais pesquisas sendo feitas 
quanto à aplicação prática dos 
princípios do MRP a situações 
práticas de produção, não 
tardou que alguns pesquisadores 
percebessem que a mesma lógica 
de cálculo de necessidades 
poderia, com pouco esforço 
adicional, ser utilizada para 
o planejamento de outros 
recursos de produção (como as 
necessidades de mão de obra 
e equipamentos), além dos 
materiais. 
14 - 48
O MRP consegue, então, prever 
a quantidade de materiais 
necessários na linha de produção 
para atender a uma determinada 
demanda. O sistema faz cálculos 
complexos, que incluem o 
volume da produção, o tempo de 
fabricação e as matérias-primas 
usadas. Integrado ao setor de 
vendas, o MRP consegue prever 
quando os materiais necessários 
no estoque atingirão nível de 
escassez, fornecendo assim as 
informações necessárias para a 
tomada de decisões. 
Para rodar o MRP, necessita-se 
de uma estrutura de produtos, 
que detalha os componentes e 
as quantidades necessárias para 
formar um produto, conhecida 
na indústria por bill of materials 
(BOM). Você já conhecia esse 
conceito? Vamos entendê-lo!
Antes, precisamos entender 
que ao longo da história do 
desenvolvimento industrial, o 
MRP evoluiu para o MRP II, e 
em seguida, acoplou todos os 
planejamentos em um só, se 
tornando o ERP, como mostra a 
imagem a seguir:
15 - 48
Figura 1 - Evolução do MRP ao ERP
Fonte: adaptado de Martins (2005)
ERP
MRP I MRP II Roteiros e centros de 
trabalho – Lista de 
materiais – 
Planejamento de 
materiais – Plano 
Mestre de Produção – 
Gestão de estoque 
MRP – 1970 
Controle de lotes – 
Gestão de vendas – 
Controle de 
fabricação – Controle 
de ordens – Gestão 
financeira 
Roteiros e centros de 
trabalho – Lista de 
materiais – 
Planejamento de 
materiais – Plano 
Mestre de Produção – 
Gestão de estoque
MRP II – 1980 
Controle de lotes – 
Gestão de vendas – 
Controle de 
fabricação – Controle 
de ordens – Gestão 
financeira
Roteiros e centros de 
trabalho – Lista de 
materiais – 
Planejamento de 
materiais – Plano 
Mestre de Produção – 
Gestão de estoque
Logística – Qualidade 
– Gestão de 
operações – Gestão 
de receitas – 
Manutenção – Gestão 
de engenharia
O MRP I e II é parte de um grande sistema 
integrado de ERP – ERP – MRP I – MRP II
ERP – 1990 
16 - 48
O MRP gera ordens de compra para os itens que devem 
ser adquiridos de fornecedores externos e ordens 
de fabricação para as sub-montagens que devem 
ser produzidas internamente, nos diversos setores 
da organização. Para o MRP executar os cálculos da 
quantidade e das datas de compras e de fabricação dos 
produtos e de suas partes, a organização precisa manter 
um rigoroso controle de informações dos estoques. 
Logo, o que envolve no planejamento das necessidades 
de materiais são: 
• Roteiro e centro de trabalho.
• BOM (bill of materials) ou Lista de materiais, 
adquirido através da explosão da estrutura do produto.
• Plano Mestre de Produção.
• Datas previstas à demanda de cada material.
• Gestão do estoque, a fim de nivelar o estoque 
de acordo com a demanda.
17 - 48
Você sabia que os primeiros programas de MRP 
rodavam em computadores de grande porte que 
chegavam a trabalhar durante todo um final de 
semana para calcular as necessidades de materiais? 
Dependendo da estrutura do produto, esse 
processamento pode demorar muito tempo, e por esse 
motivo, para implantar o MRP, a empresa deve estar 
devidamente preparada, tanto a nível intelectual, quanto 
ao nível sistemático, pois sabe-se que sem pessoas 
devidamente treinadas o sistema não roda. 
18 - 48
Saiba mais
Novos tipos de abordagem sempre 
enriquecem nosso horizonte 
de conhecimento, não é? Então 
aproveite essa abordagem de 
gestão, acessando: 
https://www.youtube.com/
watch?v=zYuS_62cvlc
19 - 48
https://www.youtube.com/watch?v=zYuS_62cvlc
https://www.youtube.com/watch?v=zYuS_62cvlc
Para fazer com que o sistema 
calcule todas as necessidades, é 
necessário que todos os devidos 
cadastros no sistema estejam 
certos, como: lote econômico, 
ponto de pedido, lote mínimo, 
estoque de segurança, lead 
time, se o item é atendido via OP 
(fabricado) ou via OC (comprado), 
se o item é abastecido via 
kanban (manualmente através do 
cartão), se ele entra ou não na 
programação MRP, se os pedidos 
estão firmes e congelados na 
carteira de pedidos, se as OPs 
estão devidamente abertas; ou 
seja, são inúmeros os parâmetros 
para estar cadastrados e 
alinhados entre si, pois o 
sistema vai obedecer ao que 
foi cadastrado, e como um 
parâmetro pode gerar inúmeras 
saídas, um simples erro de 
cadastro pode desencadear toda 
uma confusão nas necessidades 
geradas! 
Portanto, o objetivo é, com 
o auxílio de um sistema 
informatizado, organizar quanto 
e quando os materiais seriam 
necessários à produção planejada, 
sempre com um mínimo de 
estoque possível!
20 - 48
Veja que, com o aumento da capacidade de processamento da 
informática, o MRP, originalmente criado para o controle de materiais, 
foi naturalmente estendido para outras áreas da empresa. 
Mas existem algumas perguntas-chaves que são fundamentais para 
habilitar o MRP, tais como: 
21 - 48
Para responder as perguntas anteriores, é necessário 
obter três relatórios para análise, tais como: 
a) Plano Mestre de Produção. 
b) Lista de Materiais. 
c) Contagem de Estoque. 
22 - 48
Saiba mais
PMP: como calcular 
acompanhando a demanda? 
Acesse e descubra! 
https://www.youtube.com/
watch?v=n8RjlFCp1tI
23 - 48
https://www.youtube.com/watch?v=n8RjlFCp1tI
https://www.youtube.com/watch?v=n8RjlFCp1tI
Figura 2 - Operação do MRP
Fonte: adaptado de Moreira (2008)
Com a análise dos relatórios que o sistema MRP fornece, é 
adquirido o controle de estoque dos componentes, a programação 
da produção a curto prazo para os componentes necessários e o 
planejamento das necessidades de capacidade em um nível mais 
detalhado. 
Analise, na imagem da sequência, os insumos e os resultados na 
operação do sistema MRP:
Plano Mestre de 
Produção 
Lista de materiais 
Relatórios de Controle 
de Estoque 
Controle de estoque 
MRP Programação da produção
Planejamento detalhado 
das necessidades e 
capacidades
24 - 48
Mas, devido a grande mudança do comportamento 
das empresas e seus respectivos clientes, ou seja, 
do mercado, a forma como o MRP é estruturado 
necessitou de algumas atualizações: assim, em 1980, 
surgiu o MRP II, com o objetivo de trazer melhorias 
para a ferramenta, permitindo uma possível análise 
das necessidades de materiais por meio da avaliação 
de demanda nas áreas financeira, engenharia, pessoas 
e equipamentos, conseguindo uma análise mais eficaz 
do planejamento de produção.
25 - 48
MRP II - Planejamento dos Recursos de Produção
 O MRP II é uma extensão do MRP, com a inclusão de recursos, 
como mão de obra, equipamentos e instalações, que prevê uma 
sequência de cálculos, verificações e decisões, visando chegar 
a um plano de produção que seja viável, tanto em termos de 
disponibilidade de materiais como de capacidade produtiva.
É considerado um software complexo, porém com reações 
positivas em relação à alteração de itens, principalmente em itens 
do Plano Mestre de Produção. 
Corrêa e Gianesi (1993) listam os módulos principais no MRP II 
que serão descritos a seguir:
26 - 48
Módulo de Planejamento da Produção (production planning) 
Esse módulo visa auxiliar a decisão dos planejadores quanto aos 
níveis agregados de estoques e produção. Devido à agregação e 
quantidade de dados detalhados, é usado para um planejamento 
de longo prazo (MOURA JUNIOR, 1996). 
27 -48
Módulo de Planejamento Mestre de Produção (MPS) 
É um plano desagregado de produção de produtos 
individualizados, retirado do plano de produção 
agregado, e tem como objetivo auxiliar a decisão dos 
usuários quanto aos planejamentos das quantidades 
de itens de demanda independente a serem produzidas 
e níveis de estoques a serem mantidos. Através de 
uma análise da RCCP (Rough-Cut Capacity Planning – 
planejamento da capacidade de médio prazo), é possível 
determinar a viabilidade, a grosso modo, dos planos de 
produção quanto à capacidade de produção. 
28 - 48
Módulo de Cálculo de Necessidades de Materiais (MRP) 
É baseado em um registro básico que representa a posição 
e os planos referentes à produção e estoque de cada item, 
sendo eles: matéria-prima, produto em processo ou produto 
acabado; ao longo do tempo, também chamado de período 
a período. O registro básico do MRP compreende o período 
considerado para o planejamento, as necessidades brutas 
de cada item, os recebimentos programados para reposição 
de estoque ou produção, o estoque disponível, o plano de 
liberação de ordens de produção, o tempo de ressuprimento 
de cada item e o tamanho dos lotes.
O recurso MRP II funciona a partir do Plano Mestre de 
Produção que define os estoques de materiais, verificando as 
disponibilidades dos recursos, para somente após executar a 
ordem de compras e posterior ordem de produção. 
29 - 48
Figura 3 - Operação do MRP
Fonte: do Autor (2022)
Na Figura a seguir, você poderá analisar a funcionalidade do MRP II:
Plano Mestre
Estoque de materiais 
Ordens de Compra
Ordens de produção
Lista de materiais 
Mão de obra 
Disponibilidade de equipamentos 
30 - 48
Os benefícios e vantagens 
na utilização do MRP II 
relacionam-se à redução de 
custos e níveis de estoque, 
melhorias nos serviços de 
qualidade prestados ao cliente, 
comprometimento com os 
prazos na entrega, maior 
coordenação e controle da 
produção e feedback dos dados 
e controle online abrangendo 
toda a rapidez e agilidade de 
resposta à demanda, além 
de melhorias na tomada de 
decisão para as atividades 
dentro da organização. 
E importante: para uma 
funcionalidade bem-sucedida 
do sistema, se faz necessário 
uma acuracidade alta dos 
dados alimentados no controle 
de estoque e o uso constante 
de computadores para análise 
e emissão dos relatórios 
necessários, com o objetivo de 
obter os resultados esperados!
31 - 48
ERP (Enterprise Resource Planning) - 
Planejamento dos Recursos Empresariais
 O sistema MRP é parte do chamado sistema ERP 
(Enterprise Resource Planning), que é o sistema maior, 
cujo o objetivo é o de integrar vários processos de uma 
organização, inclusive o próprio MRP! 
Na imagem da sequência, você poderá analisar o fluxo 
de funcionamento do ERP e como ele integra os vários 
processos:
32 - 48
Figura 4 - Funcionamento do ERP 
Fonte: do Autor (2022)
Pessoal de 
vendas Cliente
Pedido de 
vendas 
Ordens de 
Compra Fornecedor 
Administra-
tivo 
Contabilida-
de
Preço de 
venda 
Manutenção 
industrial 
CustosCapacidade de fábrica 
MRP II 
Produção Qualidade
Folha de 
pagamento 
Ordens de 
produção 
Contas a 
pagar
Fluxo de 
caixa 
Estoque de 
matéria- 
prima 
MRP I 
Estoque de 
produto 
Acabado 
Análise de 
crédito 
Liberação de 
estoque 
Faturamento
Transporte/ 
Entrega 
Contas a 
receber 
ERP (Enterprise Resource Planning) 
ERP
33 - 48
Integração
Com a utilização 
de um sistema 
ERP, conseguimos 
obter um fluxo 
integrado de 
informações e 
processos. 
Confiabilidade 
O sistema 
congrega as 
informações e 
compromissos 
oficiais da 
empresa, evitando 
duplicidade de 
dados. 
Acessibilidade
Qualquer usuário, 
com os devidos 
acessos, poderá 
verificar 
informações no 
sistema. 
Previsibilidade 
O sistema, ao integrar 
as informações 
relativas aos 
compromissos 
assumidos, dá a visão 
de atendimento das 
demandas e 
informações 
financeiras.
Formalidade
A Companhia (e todos 
os seus 
colaboradores) 
entende quando uma 
informação é oficial e 
quando é o momento 
de agir.
O sistema ERP possui algumas características básicas, que são: 
Mas é importante que você tenha claro que o MRP não será 
solução para todos os problemas da organização, embora seja uma 
ferramenta que trará inúmeros benefícios. O ERP/MRP, baseado 
nas vantagens e características já mencionadas, deve levar a 
organização a patamares de desempenho e eficiência melhores, 
mas os resultados serão tão bons quanto a qualidade das 
informações que colocarmos no sistema. 
34 - 48
Em uma implementação, quanto 
mais rápido for o aprendizado, 
mais rápido virão os ganhos: fica 
a dica!
Os benefícios dos sistemas 
ERP/MRP só podem ser obtidos 
na etapa de utilização se, após 
a implementação, a empresa 
mantiver o foco e esforços na 
obtenção dos resultados. A 
etapa de utilização realimentará 
a etapa de implementação, 
com novas necessidades que 
possivelmente serão atendidas 
por reconfigurações de sistema 
ou alterações de parâmetros já 
estabelecidos. 
A implementação de um sistema 
ERP nem sempre é tarefa fácil, 
envolvendo, em geral, uma curva 
de aprendizado de até 24 meses!
As novas soluções técnicas 
requerem o envolvimento de 
pessoas que estejam dispostas a 
alterar seus comportamentos e 
formas de pensar. Quase sempre, 
os esforços para mudar falham 
porque algumas organizações 
não reconhecem a importância 
do “componente humano 
na mudança” e deixam de 
administrá-lo com atenção.
35 - 48
Saiba mais
E por mencionar o fator humano nas 
mudanças de organizações, parece 
importante valorizá-lo a partir de 
outras perspectivas, você concorda? 
Então, que tal pensar o fator humano 
e a ergonomia, na Industria 4.0? 
Acesse!
https://www.youtube.com/
watch?v=eXUUOU12r-g
36 - 48
https://www.youtube.com/watch?v=eXUUOU12r-g
https://www.youtube.com/watch?v=eXUUOU12r-g
Vale ressaltar a importância de refletir que as soluções do passado, 
que antes davam certo, podem não ser adequadas para os dias de 
hoje; então, precisamos realmente desaprender certas coisas, para dar 
lugar a outras novas!
Desconstruir e construir!
Prosseguindo nessa linha de raciocínio, quer conhecer um plano de 
implementação de um sistema MRP? Observe um exemplo ilustrativo:
Apoio da alta 
direção 
Comunicação 
interna 
Treinamento
Apoio de 
consultoria em 
sistemas
Comprometimento 
das lideranças 
Acurácia e 
integridade 
Existem alguns fatores que são críticos na implementação de um 
sistema ERP/MRP e que devem ser atentamente observados:
37 - 48
DIAGNÓSTICO
Prazo 
(h)
Data 
início
Data 
fim Responsável Status
Análise do escopo
Levantamento do organograma: 
Nomes e Responsabilidades
Reunião com vendas e revisão do 
fluxograma do processo
Reunião com engenharia do 
produto e revisão do fluxograma do 
processo 
Reunião com PCP e revisão do 
fluxograma do processo
Reunião com PCM e revisão do 
fluxograma do processo
Reunião com produção e revisão 
do fluxograma do processo
38 - 48
PLANEJAMENTO 
Prazo 
(h)
Data 
início
Data 
fim Responsável Status
Formação do grupo de projeto: 
formação dos usuários-chave, 
que responderão pelo setor 
dentro do projeto 
Revisão do processo de 
planejamento de vendas 
(Vendas e PCP)
Revisão do processo de 
planejamento de demanda e 
política de estoques (Vendas e 
Industrial)
Revisão do processo de 
programação de produção 
(Vendas, PCP, produção) 
Revisão das listas técnicas
Revisão dos parâmetros de 
suprimentos (lead times de 
fornecimento, lotes mínimos de 
compra, unidades)
39 - 48
PLANEJAMENTO 
Prazo 
(h)
Data 
início
Data 
fim Responsável Status
Revisão dos parâmetros de vendas 
(lead times de fornecimento, 
preço, lotes mínimos)
Revisão dos parâmetros de MRP 
(estoque mínimo e máximo de 
material acabado, matéria-prima, 
inspeção da qualidade etc.)
Revisão dos parâmetros de custos 
(criar os que não possuem)
Revisão do processo de 
programação de produção 
(Vendas, PCP, produção) 
Revisão daslistas técnicas
Revisão dos parâmetros de 
suprimentos (lead times de 
fornecimento, lotes mínimos de 
compra, unidades)
40 - 48
EXECUÇÃO 
Prazo 
(h)
Data 
início
Data 
fim Responsável Status
Definição dos responsáveis por 
executar os cadastros
Estabelecimento de um 
processo formal (escrito) para 
cadastramento (definição de 
fluxo) de itens (PA e MP)
Ajuste (caso necessário) do 
processo de planejamento de 
vendas (Vendas e PCP)
Ajuste (caso necessário) do 
processo de planejamento de 
demanda e política de estoque 
(Vendas e Industrial
Ajuste (caso necessário) do 
processo de programação da 
produção (Vendas, PCP, produção)
Cadastramento dos BOMs no 
sistema
41 - 48
EXECUÇÃO 
Prazo 
(h)
Data 
início
Data 
fim Responsável Status
Cadastramento dos parâmetros 
de suprimentos (lead times de 
fornecimento, lote mínimo e 
múltiplo de compra, unidades)
Cadastramento dos parâmetros 
de venda (lead times de 
fornecimento, preço e lote 
mínimo)
Cadastramento dos parâmetros 
de MRP (estoque mínimo e 
máximo de produto acabado 
e matéria-prima (lead times 
de fornecimento, tempos de 
inspeção da qualidade etc.)
Cadastramento dos parâmetros 
de custos (criar os que não 
possuem)
42 - 48
IMPLEMENTAÇÃO 
Prazo 
(h)
Data 
início
Data 
fim Responsável Status
Simulação dos processos dentro 
o ERP (MRP)
Ajustes necessários
Formulação de procedimentos
Validação do sistema
Quadro 1 - Plano de implementação do MRP
Fonte: do Autor (2022)
43 - 48
Saiba mais
Você conhece bem o ERP na nuvem? 
Acesse e conheça cinco cases de 
sucesso!
https://sevenit.com.br/erp-na-nuvem-
conheca-5-cases-de-sucesso/
44 - 48
https://sevenit.com.br/erp-na-nuvem-conheca-5-cases-de-sucesso/
https://sevenit.com.br/erp-na-nuvem-conheca-5-cases-de-sucesso/
Referências
AGHAZADEH, S. MRP contributes to a company’s profitability. Assembly Automation, v. 
23, n. 3, p. 257-265, 2003.
CORRÊA, H.; GIANESI, I. Just in time, MRP II e OPT: um enfoque estratégico. São Paulo: 
Atlas, 1993. 
KRAJEWSKI, L.; RITZMAN, L.; MALHOTRA, M. Administração de Produção e Operações. 
8. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009.
MOURA Jr, A. N. C. Novas Tecnologias e Sistemas de Administração da Produção – 
Análise do Grau de Integração e Informatização nas Empresas Catarinenses. 76 f. 
Dissertação (Mestrado) - Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 1996. 
SLACK, N.D.C. The Manufacturing Advantage. : London: Mercury Books, 1991. 
TEIXEIRA, Ítala Moraes; NASCIMENTO, Viviane Aparecida do Nascimento; OLHER, Bruno 
Silva. O estudo do tempo: gerenciando a produção em lotes de confecções. Revista 
Eletrônica da Faculdade Metodista Granbery http://re.granbery.edu.br - ISSN 1981 0377 
Curso de Administração - N. 15, jul/dez. 2013. Disponível em: http://re.granbery.edu.br/
artigos/NDk3.pdf. Acesso em 20 dez. 2021.
VOLLMANN, T.E. et. al. Manufacturing Planning and Control Systems. 3rd Edition. Irwin. 
Illinois. 1992. 
45 - 48
SENAI – DEPARTAMENTO REGIONAL DE SANTA CATARINA
Fabrizio Machado Pereira
Diretor Regional do SENAI/SC e Diretor de Educação e Tecnologia da FIESC  
Adriana Paula Cassol
Gerente Executiva de Educação 
Thiago Korb 
Gerente de Educação Básica e Profissional
Rômulo Thales Azevedo
Gerência de Educação Profissional – GEDUP 
REDE DIGITAL 
Fabiano Bachmann
Gerente Executivo da Rede Digital
Gisele Umbelino
Coordenadoria de Desenvolvimento de Recursos Digitais 
Fernanda Laurentino Inácio
Coordenadoria de Modelos de Negócios Digitais
Fernanda Kempner Moreira
Líder de Projeto
Eduardo Satiro Elias
Elaboração
46 - 48
Pâmella Rocha Flores da Silva
Projeto Educacional
Tatiana Daou Segalin
Roger Humphreys
Projeto Web gráfico
Produção dos Recursos Educacionais
Equipe de Desenvolvimento de Recursos Digitais - CRD
_________________________________________________________________
Discovery Ltda.
MSL Traduções
Revisão ortográfica, gramatical e normalização
IStock Photo
Banco de Imagens  
Lince Vídeo Producões Ltda.
Produção Audiovisual
47 - 48

Continue navegando