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Sistemas de Administração da Produção Eduardo Satiro Elias 2 - 48 Os Sistemas de Administração da Produção (SAP) são sistemas que disponibilizam e suportam informações do gerenciamento eficaz do fluxo de materiais, da utilização de mão de obra e dos equipamentos, e permitem a coordenação das atividades internas com as atividades dos fornecedores e distribuidores e a comunicação/interface com os clientes, no que se refere às suas necessidades operacionais. O ponto chave, nessa definição, é a necessidade gerencial de usar as informações para tomar decisões inteligentes! Os SAPs não tomam as decisões ou gerenciam sistemas, os administradores é que executam essas atividades; os SAPs têm a função de oferecer suporte a esses administradores para que eles possam executar sua função de forma adequada (VOLLMANN et. al., 1992). Slack (1991) sugere cinco prescrições práticas para o aumento da confiabilidade dos sistemas de manufatura: planejar à frente; controlar cuidadosamente a ocupação dos recursos; monitorar de perto o progresso das operações; aumentar a flexibilidade dos recursos e, desenvolver os seus fornecedores internos assim como se faz com os externos. 3 - 48 Tipos de sistemas Basicamente, existem três tipos de classificação dos sistemas de produção, sendo eles: • Produção por lotes. • Produção em linha ou contínua. • Produção por projeto. Logo, dentro dessas classificações, desenha-se o sentido da produção, que pode ser denominado de produção puxada ou produção empurrada, que, na prática, quer dizer que se a empresa produz para repor estoque, sem demanda de venda imediata, significa que a produção é empurrada e se produz para o cliente, a partir do pedido de venda já formalizado, torna-se puxada. 4 - 48 Saiba mais Produção puxada e empurrada são sentidos de produção que devem ser muito bem analisados, pois podem significar lucro ou prejuízo. Quer conhecer um pouco mais das suas características, de um modo mais descontraído? Acesse! https://www.youtube.com/ watch?v=i384kVDeFUM 5 - 48 https://www.youtube.com/watch?v=i384kVDeFUM https://www.youtube.com/watch?v=i384kVDeFUM Produção por lotes É uma produção limitada por produto, que está de acordo com os tipos de postos de trabalhos disponíveis, relacionada também ao aproveitamento de material, venda fechada, tempos de setup, entre outras características. Pode-se dizer que existem vantagens e desvantagens desse sistema: uma das vantagens é que se pode manter uma boa flexibilidade na linha de produção, reduzindo o custo em relação ao aproveitamento de matéria-prima, em por exemplo, atender a uma variedade do mix de produtos em tempo reduzido; já a desvantagem desenha-se quando o tempo de setup é muito alto entre o mix de produto, fazendo com que caia a produtividade. 6 - 48 Produção em linha (ou produção contínua) Está mais de acordo com empresas que contém uma produção com alto volume e que não possua variedades de produtos. A vantagem deste sistema, é que o leiaute pode ser montado para seguir uma produção contínua, com a finalidade de manter fluxo e ritmo contínuos, o que resulta em um melhor controle de produção, devido ao fato de a maioria dos processos estarem interligados. Essa vantagem diminui, por exemplo, os tempos de deslocamento e espera entre processos. Por outro lado, a desvantagem está em necessidades de manutenção ou setup, que podem ocasionar a parada da linha inteira. A produção em linhas está aliada à produção contínua, na qual se produzem determinados produtos sem modificação, por um longo período, em um ritmo de produção acelerado. Esse sistema de produção contínua, também chamado de fluxo em linha, apresenta uma sequência linear para se fazer o produto ou serviço, produtos esses que são bastante padronizados e fluem de um posto de trabalho a outro. 7 - 48 As características desse sistema são: facilitar o planejamento detalhado; permitir dividir as operações de montagem; facilitar medidas corretivas e a verificação diária da produção; exigir máquinas e ferramentas altamente especializadas e dispostas em sequência. Assim, o produto é mantido em produção por um longo período sem sofrer modificações, o que viabiliza o planejamento em longo prazo, já que as despesas e investimentos em ferramentas e dispositivos de produção podem ser depreciados em longo prazo (TEIXEIRA, NASCIMENTO, OLHER, 2013). 8 - 48 Produção por projeto É muito conhecida como produção customizada, ou seja, as empresas que optam por esse sistema são aquelas que atendem o cliente de acordo com a demanda especifica de cada um, e sendo assim, não têm um prazo fixo para entrega. Esse sistema possui a vantagem de ter um valor agregado maior, pois se trata de produção específica e um atendimento diferenciado, tanto na venda como no pós-venda. Porém, as desvantagens são até maiores, pois nele necessita-se de uma engenharia especializada para criar um projeto novo a cada venda, o que demanda tempo: e se esse elemento não for respeitado, pode-se perder vendas com prazo muito alto para entrega e, dependendo o produto, tem-se dificuldade de orçar, determinar prazo de entrega e assim o planejamento de compra fica engessado ao projeto. 9 - 48 Outra característica importante, é que com ele pode- se estar sujeito à sazonalidade, não sendo possível manter estoque, dificultando, inclusive, a implantação de padronização de processos devido à variabilidade dos produtos. Nesse último sistema, podemos dizer que para implantar e fazer rodar um PPCP, é preciso maior atenção devido à complexidade do processamento de informações, que pode ser exemplificado da seguinte forma: imagine você, no PPCP, tendo que iniciar o processo de compra e produção de um projeto que está em 30% de desenvolvimento, mas não tendo garantia de que algum item comprado não sofrerá alteração até o fim do projeto; complicado né? Retomando o conceito de sentido de produção, já mencionado anteriormente, é importante salientar que a produção empurrada é um sistema em que a produção executa o que foi programado, baseada em previsões de vendas, normalmente através de um sistema MRP (Material Requirement Planning), que você estudará a seguir. Nesse modelo, a produção de uma fábrica se inicia antes mesmo do recebimento do pedido do cliente. 10 - 48 O Japão é um país extremamente pequeno em território, se comparado aos Estados Unidos da América, por exemplo, por isso, não é coerente que no Japão se gaste espaço com estoque parado, pois se paga muito caro pelo terreno. Já nos EUA, o aluguel de um galpão em local afastado dos grandes centros urbanos pode ser bem barato e não encarecer muito o valor final da mercadoria. Por isso há uma diferença essencial na produção industrial dos dois países: em virtude da sua cultura e ambiente geográfico. Já a produção puxada (do inglês pull system) não utiliza estoques, sendo o cliente o fator-chave para determinar o início da produção. Aqui, mesmo estando com a matéria-prima pronta para a fabricação, a produção se inicia apenas quando o pedido é realizado pelo cliente. Ao contrário da produção empurrada, a preocupação de entrega desse modelo é mais qualitativa, e não quantitativa. 11 - 48 É de suma importância reforçar que, a produção puxada é uma técnica Lean para reduzir desperdícios nos processos produtivos. E a sua aplicação permite que um novo produto seja iniciado somente quando há uma demanda do cliente. Além disso, existe, explicitamente, um limite de trabalho em progresso. Dessa forma, cada processo produtivo “puxa” as unidades produzidas no processo anterior. 12 - 48 MRP – (Material Requirements Planning) - Planejamento das Necessidades de Materiais 13 - 48 O MRP surgiu no final da década de 60, nos Estados Unidos, quando diversas indústrias se depararam com a necessidade de contar com um sistema automatizado a fim de planejar a alocação dos recursosnecessários para dar andamento a uma produção, não apenas suficiente, mas de qualidade (AGHAZADEH, 2003). Somente a partir da década de 70, o MRP passou a ser informatizado, possibilitando realizar o cálculo das necessidades de materiais de forma mais ágil e eficiente (KRAJEWSK; RITZMAN; MALHOTRA, 2009). Com a popularização do uso da técnica de cálculo de necessidades de materiais e com mais pesquisas sendo feitas quanto à aplicação prática dos princípios do MRP a situações práticas de produção, não tardou que alguns pesquisadores percebessem que a mesma lógica de cálculo de necessidades poderia, com pouco esforço adicional, ser utilizada para o planejamento de outros recursos de produção (como as necessidades de mão de obra e equipamentos), além dos materiais. 14 - 48 O MRP consegue, então, prever a quantidade de materiais necessários na linha de produção para atender a uma determinada demanda. O sistema faz cálculos complexos, que incluem o volume da produção, o tempo de fabricação e as matérias-primas usadas. Integrado ao setor de vendas, o MRP consegue prever quando os materiais necessários no estoque atingirão nível de escassez, fornecendo assim as informações necessárias para a tomada de decisões. Para rodar o MRP, necessita-se de uma estrutura de produtos, que detalha os componentes e as quantidades necessárias para formar um produto, conhecida na indústria por bill of materials (BOM). Você já conhecia esse conceito? Vamos entendê-lo! Antes, precisamos entender que ao longo da história do desenvolvimento industrial, o MRP evoluiu para o MRP II, e em seguida, acoplou todos os planejamentos em um só, se tornando o ERP, como mostra a imagem a seguir: 15 - 48 Figura 1 - Evolução do MRP ao ERP Fonte: adaptado de Martins (2005) ERP MRP I MRP II Roteiros e centros de trabalho – Lista de materiais – Planejamento de materiais – Plano Mestre de Produção – Gestão de estoque MRP – 1970 Controle de lotes – Gestão de vendas – Controle de fabricação – Controle de ordens – Gestão financeira Roteiros e centros de trabalho – Lista de materiais – Planejamento de materiais – Plano Mestre de Produção – Gestão de estoque MRP II – 1980 Controle de lotes – Gestão de vendas – Controle de fabricação – Controle de ordens – Gestão financeira Roteiros e centros de trabalho – Lista de materiais – Planejamento de materiais – Plano Mestre de Produção – Gestão de estoque Logística – Qualidade – Gestão de operações – Gestão de receitas – Manutenção – Gestão de engenharia O MRP I e II é parte de um grande sistema integrado de ERP – ERP – MRP I – MRP II ERP – 1990 16 - 48 O MRP gera ordens de compra para os itens que devem ser adquiridos de fornecedores externos e ordens de fabricação para as sub-montagens que devem ser produzidas internamente, nos diversos setores da organização. Para o MRP executar os cálculos da quantidade e das datas de compras e de fabricação dos produtos e de suas partes, a organização precisa manter um rigoroso controle de informações dos estoques. Logo, o que envolve no planejamento das necessidades de materiais são: • Roteiro e centro de trabalho. • BOM (bill of materials) ou Lista de materiais, adquirido através da explosão da estrutura do produto. • Plano Mestre de Produção. • Datas previstas à demanda de cada material. • Gestão do estoque, a fim de nivelar o estoque de acordo com a demanda. 17 - 48 Você sabia que os primeiros programas de MRP rodavam em computadores de grande porte que chegavam a trabalhar durante todo um final de semana para calcular as necessidades de materiais? Dependendo da estrutura do produto, esse processamento pode demorar muito tempo, e por esse motivo, para implantar o MRP, a empresa deve estar devidamente preparada, tanto a nível intelectual, quanto ao nível sistemático, pois sabe-se que sem pessoas devidamente treinadas o sistema não roda. 18 - 48 Saiba mais Novos tipos de abordagem sempre enriquecem nosso horizonte de conhecimento, não é? Então aproveite essa abordagem de gestão, acessando: https://www.youtube.com/ watch?v=zYuS_62cvlc 19 - 48 https://www.youtube.com/watch?v=zYuS_62cvlc https://www.youtube.com/watch?v=zYuS_62cvlc Para fazer com que o sistema calcule todas as necessidades, é necessário que todos os devidos cadastros no sistema estejam certos, como: lote econômico, ponto de pedido, lote mínimo, estoque de segurança, lead time, se o item é atendido via OP (fabricado) ou via OC (comprado), se o item é abastecido via kanban (manualmente através do cartão), se ele entra ou não na programação MRP, se os pedidos estão firmes e congelados na carteira de pedidos, se as OPs estão devidamente abertas; ou seja, são inúmeros os parâmetros para estar cadastrados e alinhados entre si, pois o sistema vai obedecer ao que foi cadastrado, e como um parâmetro pode gerar inúmeras saídas, um simples erro de cadastro pode desencadear toda uma confusão nas necessidades geradas! Portanto, o objetivo é, com o auxílio de um sistema informatizado, organizar quanto e quando os materiais seriam necessários à produção planejada, sempre com um mínimo de estoque possível! 20 - 48 Veja que, com o aumento da capacidade de processamento da informática, o MRP, originalmente criado para o controle de materiais, foi naturalmente estendido para outras áreas da empresa. Mas existem algumas perguntas-chaves que são fundamentais para habilitar o MRP, tais como: 21 - 48 Para responder as perguntas anteriores, é necessário obter três relatórios para análise, tais como: a) Plano Mestre de Produção. b) Lista de Materiais. c) Contagem de Estoque. 22 - 48 Saiba mais PMP: como calcular acompanhando a demanda? Acesse e descubra! https://www.youtube.com/ watch?v=n8RjlFCp1tI 23 - 48 https://www.youtube.com/watch?v=n8RjlFCp1tI https://www.youtube.com/watch?v=n8RjlFCp1tI Figura 2 - Operação do MRP Fonte: adaptado de Moreira (2008) Com a análise dos relatórios que o sistema MRP fornece, é adquirido o controle de estoque dos componentes, a programação da produção a curto prazo para os componentes necessários e o planejamento das necessidades de capacidade em um nível mais detalhado. Analise, na imagem da sequência, os insumos e os resultados na operação do sistema MRP: Plano Mestre de Produção Lista de materiais Relatórios de Controle de Estoque Controle de estoque MRP Programação da produção Planejamento detalhado das necessidades e capacidades 24 - 48 Mas, devido a grande mudança do comportamento das empresas e seus respectivos clientes, ou seja, do mercado, a forma como o MRP é estruturado necessitou de algumas atualizações: assim, em 1980, surgiu o MRP II, com o objetivo de trazer melhorias para a ferramenta, permitindo uma possível análise das necessidades de materiais por meio da avaliação de demanda nas áreas financeira, engenharia, pessoas e equipamentos, conseguindo uma análise mais eficaz do planejamento de produção. 25 - 48 MRP II - Planejamento dos Recursos de Produção O MRP II é uma extensão do MRP, com a inclusão de recursos, como mão de obra, equipamentos e instalações, que prevê uma sequência de cálculos, verificações e decisões, visando chegar a um plano de produção que seja viável, tanto em termos de disponibilidade de materiais como de capacidade produtiva. É considerado um software complexo, porém com reações positivas em relação à alteração de itens, principalmente em itens do Plano Mestre de Produção. Corrêa e Gianesi (1993) listam os módulos principais no MRP II que serão descritos a seguir: 26 - 48 Módulo de Planejamento da Produção (production planning) Esse módulo visa auxiliar a decisão dos planejadores quanto aos níveis agregados de estoques e produção. Devido à agregação e quantidade de dados detalhados, é usado para um planejamento de longo prazo (MOURA JUNIOR, 1996). 27 -48 Módulo de Planejamento Mestre de Produção (MPS) É um plano desagregado de produção de produtos individualizados, retirado do plano de produção agregado, e tem como objetivo auxiliar a decisão dos usuários quanto aos planejamentos das quantidades de itens de demanda independente a serem produzidas e níveis de estoques a serem mantidos. Através de uma análise da RCCP (Rough-Cut Capacity Planning – planejamento da capacidade de médio prazo), é possível determinar a viabilidade, a grosso modo, dos planos de produção quanto à capacidade de produção. 28 - 48 Módulo de Cálculo de Necessidades de Materiais (MRP) É baseado em um registro básico que representa a posição e os planos referentes à produção e estoque de cada item, sendo eles: matéria-prima, produto em processo ou produto acabado; ao longo do tempo, também chamado de período a período. O registro básico do MRP compreende o período considerado para o planejamento, as necessidades brutas de cada item, os recebimentos programados para reposição de estoque ou produção, o estoque disponível, o plano de liberação de ordens de produção, o tempo de ressuprimento de cada item e o tamanho dos lotes. O recurso MRP II funciona a partir do Plano Mestre de Produção que define os estoques de materiais, verificando as disponibilidades dos recursos, para somente após executar a ordem de compras e posterior ordem de produção. 29 - 48 Figura 3 - Operação do MRP Fonte: do Autor (2022) Na Figura a seguir, você poderá analisar a funcionalidade do MRP II: Plano Mestre Estoque de materiais Ordens de Compra Ordens de produção Lista de materiais Mão de obra Disponibilidade de equipamentos 30 - 48 Os benefícios e vantagens na utilização do MRP II relacionam-se à redução de custos e níveis de estoque, melhorias nos serviços de qualidade prestados ao cliente, comprometimento com os prazos na entrega, maior coordenação e controle da produção e feedback dos dados e controle online abrangendo toda a rapidez e agilidade de resposta à demanda, além de melhorias na tomada de decisão para as atividades dentro da organização. E importante: para uma funcionalidade bem-sucedida do sistema, se faz necessário uma acuracidade alta dos dados alimentados no controle de estoque e o uso constante de computadores para análise e emissão dos relatórios necessários, com o objetivo de obter os resultados esperados! 31 - 48 ERP (Enterprise Resource Planning) - Planejamento dos Recursos Empresariais O sistema MRP é parte do chamado sistema ERP (Enterprise Resource Planning), que é o sistema maior, cujo o objetivo é o de integrar vários processos de uma organização, inclusive o próprio MRP! Na imagem da sequência, você poderá analisar o fluxo de funcionamento do ERP e como ele integra os vários processos: 32 - 48 Figura 4 - Funcionamento do ERP Fonte: do Autor (2022) Pessoal de vendas Cliente Pedido de vendas Ordens de Compra Fornecedor Administra- tivo Contabilida- de Preço de venda Manutenção industrial CustosCapacidade de fábrica MRP II Produção Qualidade Folha de pagamento Ordens de produção Contas a pagar Fluxo de caixa Estoque de matéria- prima MRP I Estoque de produto Acabado Análise de crédito Liberação de estoque Faturamento Transporte/ Entrega Contas a receber ERP (Enterprise Resource Planning) ERP 33 - 48 Integração Com a utilização de um sistema ERP, conseguimos obter um fluxo integrado de informações e processos. Confiabilidade O sistema congrega as informações e compromissos oficiais da empresa, evitando duplicidade de dados. Acessibilidade Qualquer usuário, com os devidos acessos, poderá verificar informações no sistema. Previsibilidade O sistema, ao integrar as informações relativas aos compromissos assumidos, dá a visão de atendimento das demandas e informações financeiras. Formalidade A Companhia (e todos os seus colaboradores) entende quando uma informação é oficial e quando é o momento de agir. O sistema ERP possui algumas características básicas, que são: Mas é importante que você tenha claro que o MRP não será solução para todos os problemas da organização, embora seja uma ferramenta que trará inúmeros benefícios. O ERP/MRP, baseado nas vantagens e características já mencionadas, deve levar a organização a patamares de desempenho e eficiência melhores, mas os resultados serão tão bons quanto a qualidade das informações que colocarmos no sistema. 34 - 48 Em uma implementação, quanto mais rápido for o aprendizado, mais rápido virão os ganhos: fica a dica! Os benefícios dos sistemas ERP/MRP só podem ser obtidos na etapa de utilização se, após a implementação, a empresa mantiver o foco e esforços na obtenção dos resultados. A etapa de utilização realimentará a etapa de implementação, com novas necessidades que possivelmente serão atendidas por reconfigurações de sistema ou alterações de parâmetros já estabelecidos. A implementação de um sistema ERP nem sempre é tarefa fácil, envolvendo, em geral, uma curva de aprendizado de até 24 meses! As novas soluções técnicas requerem o envolvimento de pessoas que estejam dispostas a alterar seus comportamentos e formas de pensar. Quase sempre, os esforços para mudar falham porque algumas organizações não reconhecem a importância do “componente humano na mudança” e deixam de administrá-lo com atenção. 35 - 48 Saiba mais E por mencionar o fator humano nas mudanças de organizações, parece importante valorizá-lo a partir de outras perspectivas, você concorda? Então, que tal pensar o fator humano e a ergonomia, na Industria 4.0? Acesse! https://www.youtube.com/ watch?v=eXUUOU12r-g 36 - 48 https://www.youtube.com/watch?v=eXUUOU12r-g https://www.youtube.com/watch?v=eXUUOU12r-g Vale ressaltar a importância de refletir que as soluções do passado, que antes davam certo, podem não ser adequadas para os dias de hoje; então, precisamos realmente desaprender certas coisas, para dar lugar a outras novas! Desconstruir e construir! Prosseguindo nessa linha de raciocínio, quer conhecer um plano de implementação de um sistema MRP? Observe um exemplo ilustrativo: Apoio da alta direção Comunicação interna Treinamento Apoio de consultoria em sistemas Comprometimento das lideranças Acurácia e integridade Existem alguns fatores que são críticos na implementação de um sistema ERP/MRP e que devem ser atentamente observados: 37 - 48 DIAGNÓSTICO Prazo (h) Data início Data fim Responsável Status Análise do escopo Levantamento do organograma: Nomes e Responsabilidades Reunião com vendas e revisão do fluxograma do processo Reunião com engenharia do produto e revisão do fluxograma do processo Reunião com PCP e revisão do fluxograma do processo Reunião com PCM e revisão do fluxograma do processo Reunião com produção e revisão do fluxograma do processo 38 - 48 PLANEJAMENTO Prazo (h) Data início Data fim Responsável Status Formação do grupo de projeto: formação dos usuários-chave, que responderão pelo setor dentro do projeto Revisão do processo de planejamento de vendas (Vendas e PCP) Revisão do processo de planejamento de demanda e política de estoques (Vendas e Industrial) Revisão do processo de programação de produção (Vendas, PCP, produção) Revisão das listas técnicas Revisão dos parâmetros de suprimentos (lead times de fornecimento, lotes mínimos de compra, unidades) 39 - 48 PLANEJAMENTO Prazo (h) Data início Data fim Responsável Status Revisão dos parâmetros de vendas (lead times de fornecimento, preço, lotes mínimos) Revisão dos parâmetros de MRP (estoque mínimo e máximo de material acabado, matéria-prima, inspeção da qualidade etc.) Revisão dos parâmetros de custos (criar os que não possuem) Revisão do processo de programação de produção (Vendas, PCP, produção) Revisão daslistas técnicas Revisão dos parâmetros de suprimentos (lead times de fornecimento, lotes mínimos de compra, unidades) 40 - 48 EXECUÇÃO Prazo (h) Data início Data fim Responsável Status Definição dos responsáveis por executar os cadastros Estabelecimento de um processo formal (escrito) para cadastramento (definição de fluxo) de itens (PA e MP) Ajuste (caso necessário) do processo de planejamento de vendas (Vendas e PCP) Ajuste (caso necessário) do processo de planejamento de demanda e política de estoque (Vendas e Industrial Ajuste (caso necessário) do processo de programação da produção (Vendas, PCP, produção) Cadastramento dos BOMs no sistema 41 - 48 EXECUÇÃO Prazo (h) Data início Data fim Responsável Status Cadastramento dos parâmetros de suprimentos (lead times de fornecimento, lote mínimo e múltiplo de compra, unidades) Cadastramento dos parâmetros de venda (lead times de fornecimento, preço e lote mínimo) Cadastramento dos parâmetros de MRP (estoque mínimo e máximo de produto acabado e matéria-prima (lead times de fornecimento, tempos de inspeção da qualidade etc.) Cadastramento dos parâmetros de custos (criar os que não possuem) 42 - 48 IMPLEMENTAÇÃO Prazo (h) Data início Data fim Responsável Status Simulação dos processos dentro o ERP (MRP) Ajustes necessários Formulação de procedimentos Validação do sistema Quadro 1 - Plano de implementação do MRP Fonte: do Autor (2022) 43 - 48 Saiba mais Você conhece bem o ERP na nuvem? Acesse e conheça cinco cases de sucesso! https://sevenit.com.br/erp-na-nuvem- conheca-5-cases-de-sucesso/ 44 - 48 https://sevenit.com.br/erp-na-nuvem-conheca-5-cases-de-sucesso/ https://sevenit.com.br/erp-na-nuvem-conheca-5-cases-de-sucesso/ Referências AGHAZADEH, S. MRP contributes to a company’s profitability. Assembly Automation, v. 23, n. 3, p. 257-265, 2003. CORRÊA, H.; GIANESI, I. Just in time, MRP II e OPT: um enfoque estratégico. São Paulo: Atlas, 1993. KRAJEWSKI, L.; RITZMAN, L.; MALHOTRA, M. Administração de Produção e Operações. 8. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009. MOURA Jr, A. N. C. Novas Tecnologias e Sistemas de Administração da Produção – Análise do Grau de Integração e Informatização nas Empresas Catarinenses. 76 f. Dissertação (Mestrado) - Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 1996. SLACK, N.D.C. The Manufacturing Advantage. : London: Mercury Books, 1991. TEIXEIRA, Ítala Moraes; NASCIMENTO, Viviane Aparecida do Nascimento; OLHER, Bruno Silva. O estudo do tempo: gerenciando a produção em lotes de confecções. Revista Eletrônica da Faculdade Metodista Granbery http://re.granbery.edu.br - ISSN 1981 0377 Curso de Administração - N. 15, jul/dez. 2013. Disponível em: http://re.granbery.edu.br/ artigos/NDk3.pdf. Acesso em 20 dez. 2021. VOLLMANN, T.E. et. al. Manufacturing Planning and Control Systems. 3rd Edition. Irwin. Illinois. 1992. 45 - 48 SENAI – DEPARTAMENTO REGIONAL DE SANTA CATARINA Fabrizio Machado Pereira Diretor Regional do SENAI/SC e Diretor de Educação e Tecnologia da FIESC Adriana Paula Cassol Gerente Executiva de Educação Thiago Korb Gerente de Educação Básica e Profissional Rômulo Thales Azevedo Gerência de Educação Profissional – GEDUP REDE DIGITAL Fabiano Bachmann Gerente Executivo da Rede Digital Gisele Umbelino Coordenadoria de Desenvolvimento de Recursos Digitais Fernanda Laurentino Inácio Coordenadoria de Modelos de Negócios Digitais Fernanda Kempner Moreira Líder de Projeto Eduardo Satiro Elias Elaboração 46 - 48 Pâmella Rocha Flores da Silva Projeto Educacional Tatiana Daou Segalin Roger Humphreys Projeto Web gráfico Produção dos Recursos Educacionais Equipe de Desenvolvimento de Recursos Digitais - CRD _________________________________________________________________ Discovery Ltda. MSL Traduções Revisão ortográfica, gramatical e normalização IStock Photo Banco de Imagens Lince Vídeo Producões Ltda. Produção Audiovisual 47 - 48
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