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GT 1 HIV

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GT 1 – HIV 
Isabella Rayane 
VÍRUS
É um retrovírus –são vírus de RNA, que através da enzima transcriptase reversa, são capazes de copiar seu genoma de RNA em uma dupla fita de DNA e integrarem-se ao genoma da célula hospedeira.
Gênero: Lentivírus
PROTEASE  QUEBRA PARA REPLICAR O VÍRUS PARA PROTEINA FUNCIONAIS.
Maior concentração de hiv: liquor 
Santuário do hiv: cérebro
VÍRUS
É constituído por:
Envoltório lipoproteico: membrana lipídica oriunda da membrana externa da célula do hospedeiro e duas glicoproteínas (gp41 e gp120).
gp120 (proteína de superfície)  garante a ligação do vírus com a célula do hospedeiro.
gp41 (transmembrana)  garante a entrada do vírus dentro da célula hospedera.
Matriz proteica: formada pela proteína p17
Capsídeo viral: composto pela proteína p24, e contém em seu interior material genético, RNAtransportador e as enzimas necessárias à replicação viral (transcriptase reversa, integrase e protease).
Genoma: Genes que codificam as proteínas estruturais (gag, pol e env).
O gene gag codifica a matriz proteica (p17), o capsídeo viral (p24) e as proteínas nucleares (p6 e p7). O gene pol (polimerase) codifica transcriptase reversa (RT ou p51/ p66), protease (PR ou p10) e integrase (IN ou p32). O gene env (envelope) da origem à proteína de transmembrana (gp41) e à proteína de superfície (gp120).
Genes que codificam proteínas não estruturais (tat, rev, nef, vif, vpu, e vpr), que são divididos em regulatórios (necessários a replicação viral) e acessórios (não são necessários).
Possui dois subtipos: HIV-1 (mais comum) e HIV-2 (infectividade e patogenicidade menor)
Possuem mecanismos de evasão da resposta imune:
Bloqueia inibidores inatos de vírus (como a APOBEC3G)
Infecta linfócitos TCD4 e, com isso, inibe o controle da imune celular
Evade dos anticorpos através de mutações constantes.
Adquire resistência aos antirretrovirais também em função das mutações
CICLO VIRAL
1. A infecção se inicia com a entrada do vírus na célula através da ligação da proteína de superfície gp120 com o CD4, um receptor de membrana que está presente na superfície de linfócitos T helper (TCD4), células dendríticas e macrófagos/monócitos.
2. A interação com o CD4 induz uma mudança conformacional na gp120, que expõe os sítios de ligação para dois correceptores presentes na célula do hospedeiro: CCR5 (para vírus macrofagotrópicos) e CXCR4 (para os que tem tropismo por linfócitos). Sem a ligação com os correceptores não ocorre a entrada do vírus na célula (não ocorre a infecção.
Obs: algumas pessoas tem não possuem o correceptor CCR5 e elas não podem ser infectadas. Houve casos de cura da AIDS no mundo correlacionado a isso, no qual o paciente devido a um linfoma precisou de um transplante de medula, contudo, foi transplantada uma medula que não tinha o correceptor CCR5, com isso, o paciente deixou de ter suas células CD4 infectadas e se curou.
3. Fusão do envoltório lipoproteico do vírus com a membrana da célula, que é mediada pelo gp41. Assim, o capsídeo (contendo proteínas e enzimas) e o material genético são liberados no citoplasma.
4. No citoplasma, o RNA viral é convertido em DNA pela enzima transcriptase reversa e ribonuclease H. A dupla fita de DNA formada é levada ao núcleo e integrada ao genoma da célula hospedeira, através da enzima integrase. O DNA viral permanecerá na célula enquanto ela estiver viva.
5. O DNA viral é transcrito em RNAm e, a partir dele, são produzidas as proteínas que irão compor a nova partícula viral. A enzima protease processa as proteínas produzidas tornando-as menores e capazes de realizar suas funções.
6. O RNA genômico que irá compor os novos vírus é produzido da mesma forma que o RNAm.
7. Após a produção e montagem de todos os componentes virais, o vírus é liberado por brotamento.
EPIDEMIOLOGIA
Os primeiros casos da doença foram notificados em grupos de homossexuais – homens jovens, de classe social alta, moradores de grandes cidades nos EUA em 1981. Entretanto, com o decorrer dos anos houve mudanças no perfil epidemiológico, sendo comum também em heterossexuais e mulheres, além de usuários de drogas injetáveis e trabalhadores do sexo.
A incidência era maior em grandes cidades, porém houve um processo de “interiorização” da doença.
 Obs: em cidades do interior é comum “aleitamento cruzado”, que podem ser causas de infecção.
O aumento de mulheres infectadas resulta em um aumento do número de casos em crianças por transmissão vertical.
A faixa etária mais atingida é a de adultos jovens, que além de serem a população economicamente ativa, fazem parte do grupo de maior atividade sexual, contribuindo para a transmissão.
No Brasil, verifica-se um aumento da incidência de casos entre a população com mais de 50 anos em ambos os sexos. (devido aos medicamentos como viagra e sexo desprotegido)
Antes era uma doença com alta mortalidade e atualmente com a TARV (método terapêutico atual), há um aumento da expectativa e qualidade de vida dos pacientes, além de redução acentuada da morbidade (por redução das doenças oportunistas).
EPIDEMIOLOGIA
Os primeiros casos da doença foram notificados em grupos de homossexuais – homens jovens, de classe social alta, moradores de grandes cidades nos EUA em 1981. Entretanto, com o decorrer dos anos houve mudanças no perfil epidemiológico, sendo comum também em heterossexuais e mulheres, além de usuários de drogas injetáveis e trabalhadores do sexo.
A incidência era maior em grandes cidades, porém houve um processo de “interiorização” da doença.
 Obs: em cidades do interior é comum “aleitamento cruzado”, que podem ser causas de infecção.
O aumento de mulheres infectadas resulta em um aumento do número de casos em crianças por transmissão vertical.
A faixa etária mais atingida é a de adultos jovens, que além de serem a população economicamente ativa, fazem parte do grupo de maior atividade sexual, contribuindo para a transmissão.
No Brasil, verifica-se um aumento da incidência de casos entre a população com mais de 50 anos em ambos os sexos. (devido aos medicamentos como viagra e sexo desprotegido)
Antes era uma doença com alta mortalidade e atualmente com a TARV (método terapêutico atual), há um aumento da expectativa e qualidade de vida dos pacientes, além de redução acentuada da morbidade (por redução das doenças oportunistas).
TRANSMISSÃO
CONTATO SEXUAL (principal forma de contágio): qualquer forma de intercurso sexual na qual ocorra troca de fluidos entre os parceiros apresenta risco de transmissão do HIV. O vírus pode ser transmitido diretamente para o sangue (mucosa lesada, úlcera genitais) ou através da membrana mucosa. Corresponde de 75-85% das infecções.
O sexo anal receptivo  atividade sexual de maior risco pela maior probabilidade de trauma.
O risco de transmissão de HIV durante uma relação sexual é em torno de 0,1%. Sendo que em relações heterossexuais a chance de um homem infectado transmitir para uma mulher é maior do que o contrário (quem é receptivo tem sempre maior chance de se infectar por maior risco de trauma).
O sexo oral  é uma via de transmissão do vírus, embora seja incomum.
A transmissão do vírus é mais provável nos estágios de maior viremia (na infecção primária e na fase avançada), principalmente no pico de viremia (em torno do 24º dia de infecção).
O uso de antirretrovirais ajuda na diminuição do risco de transmissão, porém, não zera.
Homens circuncisados tem risco 60x menor de adquirir o vírus– diminui atrito  menor risco de trauma.
O uso de preservativos de látex reduz em quase 100% o risco de contágio.
A presença de IST, especialmente as que cursam com úlceras genitais estão fortemente associadas a trasmissão do HIV.
TRANSMISSÃO
Através do SANGUE: compartilhamento de agulhas, hemotransfusões, acidentes no ambiente de trabalho. 
É a via mais efetiva em transmitir o HIV. Pq?  alta concentração viral encontrada no sangue (maior que em quaisquer outros fluidos corporais) + pela introdução direta do vírus na corrente sanguínea.
A transmissão do vírus através da transfusão sanguíneadiminuiu drasticamente após a triagem sorológica feita nos bancos de sangue (1:1.100.000). A possibilidade residual de transmissão do HIV por transfusão sanguínea se deve à existência de doadores no período de janela imunológica (fase indetectável em testes sorológicos).
O compartilhamento de agulhas ocorre frequentemente nos grupos de usuários de drogas injetáveis, que são, em sua maioria jovens do sexo masculino. Nesse grupo, a transmissão pode ocorrer de duas formas: direta através do compartilhamento do equipamento de injeção e indireta ao praticarem sexo sem proteção. A forma indireta ocorre, pois, o efeito da droga dificulta a escolha de parceiros, o uso de preservativos e a prevenção de contato com secreções.
OBS: Hoje se trabalha com a redução de danos (se não é possível fazer com que o paciente pare de usar drogas, o ideal é tentar reduzir os danos: fornecer informações, métodos de desinfecção para evitar contaminação e até oferecer a própria agulha do paciente).
O uso de medicamentos por via parenteral, realizados em serviços de saúde ou não, também pode levar à contaminação, desde que realizados sem as técnicas corretas de assepsia.
Os profissionais de saúde também são um grupo de risco de contaminação pelo vírus, devido o alto contato com sangue, secreções e fluidos no ambiente de trabalho. Entretanto, em função das medidas de precaução, a taxa de contaminação atualmente encontra-se baixa.
TRANSMISSÃO
TRANSMISSÃO VERTICAL  intra-útero, durante o parto ou através da amamentação
É a forma mais comum de aquisição do vírus pelas crianças.
Pode ser afetada por diversos fatores como: estágio da infecção da mãe, idade materna, duração e tipo de parto.
As taxas de transmissão em países desenvolvidos variam entre 15-25% e nos países em desenvolvimento de 25-35%.
A utilização de antrorretrovirais durante a gestação, o parto e o pós-parto reduz significativamente as chances de transmissão, pois, diminui a replicação e a carga viral.
O aleitamento materno por mães HIV positivo é desaconselhado pelo risco de transmissão.
Vias menos comuns:
Transplante de órgãos
Diálise
Inseminação artificial
RESUMO
TRANSMISSÃO
Relação sexual desprotegidas (heterossexual ou homossexual).
Sangue.
Vertical, da mãe infectada para o feto durante a gestação ou durante o trabalho de parto.
Aleitamento materno
Recepção de órgãos ou sêmen de doadores não testados.
Reutilização e compartilhamento de seringas e agulhas.
Acidente ocupacional - instrumentos perfurocortantes contaminados com sangue ou secreções.
SUSCETIBILIDADE
Gays ou bissexuais.
Mulheres profissionais do sexo.
Usuários de drogas.
FORMAS DE PREVENÇÃO
Uso de camisinha nas relações sexuais.
Prevenção da transmissão vertical com AZT e outros antirretrovirais na gestação e no parto.
Evitar que mães HIV positivas amamentem seus filhos.
Não usar sangue e hemoderivados testados e positivos para o HIV.
FATORES DE RISCO PARA A EVOLUÇÃO DA AIDS
Síndrome retroviral aguda sintomática com mais de 2 semanas de duração.
Infecções transfusionais têm o pior prognóstico.
Idade parece ser determinante para a evolução das pessoas mais idosas.
Fatores genéticos.
Desnutrição.
Coinfecções com vírus das hepatites B e C e outras infecções virais sistêmicas.
Presença de IST (ulceras)  aumenta chance de contaminação.
Infecção aguda  trasnsmite mais. 
Picos de viremia: tranmite mais. 
Homem circuncizado  fator protetor. 
HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA
1. INFECÇÃO PRIMÁRIA E FASE AGUDA
Ao adquirir o HIV por via sexual, a primeira célula ao entrar em contato com o vírus é a CÉLULA DENDRÍTICA DA MUCOSA GENITAL OU RETAL. Essa célula captura o vírus, entra na corrente linfática e chega nos tecidos linfoides (linfonodos, baço, placas de peyer do intestino), onde se encontra a maior concentração de linfócitos TCD4 – o principal alvo do vírus.
A disseminação do vírus ocorre primeiro para os linfonodos regionais e depois sistemicamente. Nos tecidos linfoides, o HIV infecta os linfócitos T CD4 e se replica continuamente, gerando novos vírus. Essa fase inicial de replicação dura de 7 a 21 dias, período no qual o RNA viral não pode ser detectado no plasma sanguíneo. Depois, os novos vírus são lançados na corrente sanguínea, disseminando-se por outros órgãos e provocando  primeiro pico de viremia, que ocorre por volta de 21-28 DIAS APÓS A EXPOSIÇÃO PELO HIV  PODE APARECER ATE 3 – 6 MESES.
SINTOMAS DE MONONUCLEOSE  EXANTEMA, FEBRE, MAL ESTAR.
DURAÇÃO: 2 A 4 SEMANAS.
DURAÇÃO MAIOR QUE DUAS SEMANAS  PIOR PROGNÓSTICO. 
Concomitante à viremia, ocorre uma queda transitória do número de células T CD4.
OBS: Nessa fase o CD4 pode cair até 500, se cair mais de 500 ele pode desenvolver infecções oportunistas e isto está relacionado com o pior prognóstico.
Dependendo do volume da infecção, do subtipo de vírus e da competência imunológica do hospedeiro, o paciente poderá ou não apresentar manifestações clínicas (Síndrome Retroviral Aguda), com manifestações inespecíficas como febre, mal-estar, diarreia, rash-cutâneo.
O vírus HIV tem vários mecanismos para se evadir do reconhecimento do Sistema Imune Inato, uma vez que ele é capaz de bloquear receptores inatos de vírus, além de destruir o controle da imunidade celular por meio da deficiência de LCD4 infectados e LTCD8 não infectados. 
Nos linfonodos  os vírus alteram sua arquitetura, destruindo os centros germinativos e diminuindo a função imunológica.
Com a viremia, pode haver intensa migração do vírus para o Sistema Nervoso Central.
O vírus pode ser detectado pela PCR 7 dias após infecção, e pelos testes ELISA e Western-blot apenas após 22-27 dias.
6 meses
Quanto mais tempo essa fase demora pior o prognóstico
AGUDA:
PCR HIV 
TESTE RAPIDO.  SE NEGATIVO E SUSPEITAR REPETIR EM 28 DIAS.
O que faz cair cd4???
Cd 4 remanescentes ativam cd8
Cd 8 e citotóxico destroem os cd4 infectados 
Ai entra na fase de latencia
Periodo de latência: 5 a 7 anos  máximo 10 anos 
2. RESPOSTA IMUNE
A primeira resposta  do organismo à presença do vírus é a ativação da imunidade inata, que reconhece a existência de um patógeno e responde com a produção de citocinas. 
Na fase aguda  há uma diminuição transitória do número de células TCD4 que acompanha o pico de viremia. 
Em seguida há uma recuperação do número de células em função da ativação parcial de LT citotóxicos (são ativados pelos LTCD4 remanescentes), que conseguem conter, em parte, a replicação viral e reduzir a viremia, isso faz com que os sintomas da Síndrome Retroviral aguda desapareçam. 
Com isso, instala-se o período de latência clínica, em que o paciente não manifesta sintomas, a replicação viral é lenta e as células TCD4 diminuem gradativamente.
LATENCIA CLINICA  NÃO É LATENCIA CLINICA VIREMICA
MANIFESTAÇÃO CLINICA: LINFADENOPATIA GENERALIZADA PERSISTENTE  MESES. 
Há também a atuação da resposta imune humoral. Os LTB diferenciam-se em plasmócitos e iniciam a produção de anticorpos específicos contra o HIV, que são identificados no sangue e fluidos corporais em 4 semanas a 6 meses após a infecção pelo HIV (Janela Imunológica ou Janela Sorológica).
Apesar de presentes, os anticorpos neutralizantes são produzidos em níveis insuficientes para combater o vírus. Além disso, o HIV é capaz de evadir dos anticorpos através de mutações constantes.
A desregulação das células T leva à hiperproliferação de células B e consequente hipergamaglobulinemia. Entre as imunoglobulinas liberadas por células B estão os autoanticorpos – responsáveis por alterações autoimunes encontradas em indivíduos HIV positivo  PLAQUETOPENIA E LEUCOPENIA
3. PERÍODO DE LATÊNCIA CLÍNICA
Após a fase aguda, sintomática ou assintomática, o paciente entra na fase crônica assintomática da infecção pelo vírus, em que o sistema imune controla parcialmente a replicação viral. 
É uma fase de latência clínica, pois, o paciente não manifesta sintomas. Entretanto, não ocorre latência virológica. O vírus continua se multiplicando, de forma lenta e persistente, principalmente, em LTCD4 dos centros germinativos de linfonodos, malt.galt que passam a ser o maior reservatório do HIV.
O LTCD4 são progressivamente depletados.
O paciente continua transmitindo o vírus pelo sangue, esperma e secreções vaginais.
Essa fase costuma durar vários anos (em torno de 10).
SE O PATAMAR DA CARGA VIRAL ESTABILIZA MAIS ALTO (CARGA MAIS ALTA)  PIOR PROGNOSTICO E ENCURTAR LATENCIA. 
ANEMIA POR DOENÇA CRÔNICA. DESNUTRIÇÃO (FERROPRIVA)
PRÉ – AIDS E AIDS
4. SINDROME PRÉ-AIDS
Com a evolução da doença, o número de LTCD4 nos gânglios vai diminuindo por esgotamento dos centros germinativos e a carga viral plasmática aumenta progressivamente. Assim, a imunidade do indivíduo diminui e surgem as primeiras infecções oportunistas.
Quando essas doenças começam a ocorrer, prevê-se uma evolução para AIDS em menos de 2 anos.
Candidiase oral e vaginal.
Gengivite 
5. AIDS
Definida por queda de LTCD4 < 200 ou presença de doença definidora de AIDS. A carga viral está alta.
QUADRO CLÍNICO
1. INFECÇÃO AGUDA
Período de incubação: 2-4 semanas
1. INFECÇÃO AGUDA: é definida como as primeiras semanas da infecção pelo HIV, até o aparecimento dos anticorpos anti-HIV (soroconversão), que costuma ocorrer em torno da 4ª semana após a infecção.
40% dos pacientes em fase aguda são assintomáticos. O restante pode apresentar o quadro de Síndrome Retroviral Aguda no período de 2-4 semanas após a infecção:
O paciente apresenta sintomas inespecíficos: febre, linfodenomegalia, cefaleia, mialgias, rash cutâneo, artralgias, cansaço e faringite.
Em pacientes com resposta inflamatória mais exacerbada, pode ocorrer sintomatologia mais intensa com: vômitos, diarreia, náuseas, gengivites, candidíase oral, ulcerações mucocutâneas (boca, esôfago, genitálias).
As manifestações têm duração média de 2 semanas.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: deve ser feito com a mononucleose infecciosa e com outras infecções que se manifestam com uma Síndrome mononucleose-símile: sífilis secundária, citomegalovirose, toxoplasmose, gonococcemia, dengue, paracoccidioidomicose aguda, tuberculose.
A medida que a viremia diminui e a carga viral se estabiliza (pela ação dos LT citotóxicos), os sintomas desaparecem.
A síndrome retroviral aguda precede a elevação dos anticorpos, sugerindo que as manifestações dessa fase são mediadas por células imunológicas e por citocinas pró-inflamatórias.
Nessa fase, como ainda não ocorreu soroconversão, testes sorológicos anti-HIV não são úteis para diagnóstico.
Nos testes laboratoriais, observa-se linfopenia às custas de linfócito.
2. SOROCONVERSÃO
elevação dos anticorpos
3. PERÍODO DE LATÊNCIA CLÍNICA
• Assintomático
• 50 a 70% dos pacientes infectados podem apresentar linfadenopatia generalizada persistente.
O tempo de duração dessa fase depende do setpoint do paciente.
A o fim da latência pode acontecer mais rápido com comportamentos de risco, uso de drogas e álcool.
Plaquetopenia e anemia podem aparecer no final dessa fase.
4. INFECÇÃO SINTOMÁTICA INICIAL (PRÉ-AIDS)
CD4 entre 200-300.
Paciente pode apresentar: 
sintomas constitucionais, 
candidíase oral e vaginal, 
leucoplasia pilosa
Herpes zoster
quelite angular
Gengivite
ulceras recorrentes na boca
infecções respiratórias altas e de repetição.
5. AIDS
É definido como portador de AIDS o paciente HIV positivo, que:
Tenha uma contagem de linfócitos TCD4 menor 200.
Apresente uma doença definidora de AIDS com qualquer nível de TCD4.
Há um pico de viremia.
OBS: o HIV está associado a incidência aumentada de doenças cardio e cerebrovasculares, doença renal e hepática. A infecção pelo HIV leva a inflamação crônica, que ativa o sistema de coagulação e outras cascatas inflamatórias, culminando na alteração do perfil de lipoproteínas e aumento de aterosclerose.
EXPLICANDO OS SINTOMAS 
Emagrecimento: o HIV impede que o corpo absorva os alimentos/nutrientes de forma correta, aumenta o processo inflamatório no corpo e o gasto energético. Ocorre uma atrofia das vilosidades intestinais, defeitos na maturação celular intestinal, assim como a própria ativação da imunidade intestinal que gera um estado inflamatório.
Linfadenopatia: os linfonodos crescem excessivamente em decorrência da replicação viral exacerbada (aumento da produção de linfócitos). Tende a desaparecer após a fase aguda até mesmo sem tratamento.
Diarreia: pode ser causada por vírus, bactérias, fungos e até pelo próprio HIV. Preditor de redução da qualidade de vida e em caso de doença avançada por HIV tende a aumentar a mortalidade. Porém, pode ser causada até por medicamentos.
Febre: ocorre devido a produção de citocinas pelo TCD4
Náuseas e Vômitos: podem ser causados por medicamentos (ritonavir (inibidor da proteases) é um dos principais) causas metabólicas (insuficiência supra renal, uremia, hipercalcemia), doença do sistema nervoso central, doença do trato gastrointestinal (esofagite de refluxo, gastrite)
Manifestações Esofágicas: podem ser observadas desde a infecção aguda até o estágio avançado, e estão relacionadas às múltiplas infecções oportunistas, como candidíase, vírus herpes simples, CMV ou úlceras aftosas.
Desnutrição: conhecida como síndrome consumptiva, ocorre quando há  perda involuntária de peso maior que 10% do peso basal em período de 6 a 12 meses. É caracterizada pela atrofia dos músculos e depleção da massa magra corporal.
DOENÇAS DEFINIDORAS DE AIDS 
surgem com CD4<200
5 principais:
PNEUMONIAS
PNEUMONIA (PCP) ▪ Pneumonias bacterianas são 10 a 25 vezes mais comuns em pacientes infectados pelo HIV do que em pacientes não infectados, podendo ocorrer independente da faixa de CD4. 
 Quanto menores os valores de CD4, principalmente com <200 células/mm³ mais frequente a ocorrência de pneumonia. 
A principal bactéria causadora é o Streptococcus pneumoniae (pneumococo)→ Pode ocorrer mesmo com imunidade boa.
Pneumonia por um fungo chamado Pneumocystis jirovecii (causa a pneumocistose)→ Ocorre em geral quando o CD4 está menor que 200 células/ mm³. Comum nas crianças e nos pacientes sem tratamento adequado. 
Pneumonia viral, por vírus como o influenzae e o SARS-CoV-2 pode ocorrer mesmo com imunidade boa. 
Pneumonia por tuberculose→ mais comum quando há  imunidade.
TBP - EXTRAPULMONAR
Mycobaterium tuberculosis, pelas suas características patogênicas, aumenta a replicação viral, acelerando a evolução natural da infecção por HIV e elevando o índice de mortalidade da aids sendo a taxa de óbito da coinfecção no Brasil, de 20%. 
Brasil, aproximadamente 15% dos pacientes com tuberculose são soropositivos: MS→ pedido de sorologia para o HIV para todos os pacientes com tuberculose. 
doentes com a contagem de células CD4 acima de 350/mm3, a clínica é igual à dos pacientes imunocompetentes→ Sintomas de infecção respiratória alta, com tosse inicialmente irritativa, depois produtiva por mais de 3 semanas. Febre de 37,5ºC ou mais, diária, vespertina, com sudorese noturna, astenia, anorexia, perda de peso. pacientes com menos de 350 células CD4/mm3→ imagens radiológicas podem dificultar o diagnóstico, mostrando infiltrados intersticiais para-hilares ou nas bases e até, quando não há resposta inflamatória para o bacilo, uma radiografia normal. 
As formas extrapulmonares e disseminadas→ mais complexas para o diagnóstico. 
Qualquer órgão pode ser atingido, sendo os mais frequentes o fígado, o baço, o sistema nervoso central (meningoencefalites e/ou tuberculomas), a medula e o sistema geniturinário. 
A maioria dos doentes apresenta os sintomas prolongados de febre vespertina, sudorese noturna, astenia, anorexia e emagrecimento.
Tuberculose pulmonar  tb disseminada - miliar no pulmão  definidora
CANDIDÍASE OROESOFAGIANA 
Infecções por Candida sp. atingem 80% a 90% dos pacientes com aids 
Podem ocorrer de forma transitória em 10% dos doentes com soroconversão recente e são comuns nas mucosas também na fase pré-aids. 
A apresentação mais frequente→ candidíase de orofaringe  Formam-se placas pseudomembranosas brancas de diferentes diâmetros na mucosa oral, nas gengivas, na região peridental, no palato, na mucosa geniana, de fácil remoção, indolores, rodeadaspor um halo de hiperemia. 
Ao serem retiradas, deixam uma superfície avermelhada, às vezes hemorrágica. o Causam uma sensação desagradável na boca, dificultando a degustação dos alimentos e contribuindo para a anorexia. 
Na língua, a glossite dá alterações gustativas, ardência e dor. 
Outras formas de candidíase oral: queilite angular com eritema e fissuras nos cantos da boca, as formas hiperplásicas e a forma atrófica eritematosa. 
estágios mais avançados da imunossupressão→ pode invadir o esôfago e o trato digestório até o ânus. 
As candidíases esofagianas e traqueais são critérios de aids. 
O fungo pode causar sepse e, raramente, atingir o sistema nervoso central, formando abscessos
NEUROTOXOPLASMOSE
Mais frequente das infecções oportunistas que atingem o SNC. 
causada por um protozoário intracelular obrigatório, o Toxoplasma gondii, de baixa patogenicidade. 
Os pacientes com aids adoecem nas fases graves da imunodeficiência quando o T CD4+ está abaixo de 100 células/mm3 de sangue, devido à reativação de infecção latente na maioria dos casos 
encefalite abscedada→ forma mais frequente 
Durante 2 semanas ou mais, o paciente apresenta febre, cefaleia intensa e constante, alterações de comportamento, fotofobia, sinais de intensidade variável e progressivos de localização, como monoplegia, hemiplegia espástica, síndromes cerebelares, crises convulsivas, confusão mental, obnubilação e coma. 
A coriorretinite pode ser diagnosticada no exame de fundo de olho em mais da metade dos pacientes
Sarcoma de kaposi
Linfoma não hodking
CA de colo uterino em mulheres jovens
NK  tem receptor cd4  tbm são infectadas 
As NK não células que atua nas neoplasias. Como os NK estão infectados vao afetar nas neoplasias.
Intracelulares obrigatórios  doenças oportunistas  TCD4 PODE VIRAR t HELPER  RESPOSTA TH1  NECESSARIA PARA COMBATER INFECCAI INTRACELULARES (CELULAR)  SE MEU TCD4 ESTA BAIXO  NÃO VOU TER RESPOSTA EFICIENTE.
As outras doenças parasitarias tem respostas pelo TCD4 que estão afetados. 
Elisa e teste rápido detectam P24  tem janela diagnostica menor. 
DIAGNÓSTICO
Confirma-se diagnóstico com:
Elisa positivo + WB sequencial positivo  na mesma amostra. 
Em seguida, deve-se realizar um novo Elisa, com uma amostra diferente, para anular as possibilidades de troca de amostra. Se o segundo Elisa vier positivo, o diagnóstico está confirmado.
Dois testes rápidos positivos de marcas diferentes, realizados com amostras diferentes.
Obs: em pacientes com exposição de risco os testes deverão ser repetidos em 1, 3 e 6 meses.
Exames para avaliação e acompanhamento:
Contagem de linfócitos CD4+: feita por meio da citometria de fluxo.
Os valores normais são de 800 a 1000 células/mm3.
Indicações para realização: estadiamento da doença e monitorização do tratamento.
A imunossupressão leva à inversão na relação de linfócitos CD4 e CD8.
Carga viral do HIV: avalia o prognóstico da infecção e risco de transmissão vertical; útil na monitorização do tratamento.
WB  não faz na fase aguda pq não tem anticorpo!!!!
EXAMES
Deverão ser solicitados na 1a consulta: VDRL, anti-HAV IgG, anti-HCV, anti-HBs, radiografia de tórax PA e perfil
Deverão ser solicitados para acompanhamento: hemograma, TGO/TGP, ureia, creatinina, glicemia de jejum, colesterol total e frações, triglicerídeos, urina rotina, EPF, carga viral e CD4.
PROFILAXIA
Pré-exposição: utilizada em indivíduos que estão sempre expostos (como profissionais do sexo e/ou usuários de drogas). É um comprimido diário cujo objetivo é evitar a infecção.
Pós-exposição: Pode ser tomado em até 72h pós-exposição, contudo, sua eficácia é maior se tomar com duas horas. O uso deve ser feito por 28 dias.
Tratamento:
2 inibidores da transcriptase reversa análogos de nucleosideos + 1 inibidor da integrase. EX: tenofovir + lamivudina + dolutegravir
Profilaxia:
comportamental
AZT (azidotimidina) + lamivudina - iniciar em até 72h após exposição por 28 dias
TRATAMENTO
Ofereço tratamento x tratar
Oferecer: ofereço para todos
Tratar: eu trato quem é risco: cardiopata, gestante, hepatite, carga viral acima de 100.000, cd4 abaixo de 500.
Grávida com HIV deve iniciar imediatamente TARV, deve ser realizado teste no 1º semestre, repetir no 3º semestre e na hora do parto.
Em relação, ao manejo do recém nascido deve-se realizar clampeamento precoce  cordão umbilical e profilaxia com AZT (baixo risco: AZT por 28 dias por via oral - parto normal ou alto risco: AZT + 2 antiretrovirais com parto cesário). Além disso, contraindicar aleitamento materno ou cruzado.
GRÁVIDAS

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