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GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL Secretaria de Estado de Administração Pública Subsecretaria de Saúde, Segurança e Previdência dos Servidores Coordenação de Saúde e Segurança do Trabalho Manual de Saúde e Segurança do Trabalho 2012 Brasília, Patrimônio Cultural da Humanidade AGNELO SANTOS QUEIROZ FILHO Governador do Distrito Federal TADEU FILIPELLI Vice-Governador do Distrito Federal WILMAR LACERDA Secretário de Estado de Administração Pública LUCIANE KOZICZ REIS ARAÚJO Subsecretária de Saúde, Segurança e Previdência dos Servidores ROSYLANE NASCIMENTO DAS MERCÊS ROCHA Coordenadora de Saúde e Segurança do Trabalho ORGANIZAÇÃO DA POLÍTICA INTEGRADA DE ATENÇÃO À SAÚDE DO SERVIDOR PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL Subsecretaria de Saúde, Segurança e Previdência dos Servidores/SEAP Luciane Kozicz Reis Araújo Coordenação de Saúde e Segurança do Trabalho Rosylane Nascimento das Mercês Rocha Gerência de Promoção à Saúde do Servidor Joyce Pessoa Ferro Gerência de Segurança do Trabalho Rogério Campos Oliveira Gerência de Saúde Mental e Preventiva Synara Tadeu de Oliveira Ferreira Coordenação de Perícias Médicas Thays Rettore Orlando Cabral Zocratto Gomes Gerência de Perícias Médicas Flávia da Cunha Diniz Gerência de Epidemiologia e Estatística em Saúde Maviane Vieira Machado Ribeiro Coordenação de Previdência Jeane Fernandes de Medeiros Instituto de Previdência do Distrito Federal Francisco Jorgivan Machado Leitão Diretoria de Previdência Raquel Galvão Rodrigues da Silva Subsecretaria de Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde/SES Maria Natividade Gomes da Silva Teixeira Santana Diretoria de Saúde Ocupacional Sinval Antônio da Silva Subsecretaria de Gestão dos Profissionais de Educação/SEE Patrícia Rocha Lacerda Coordenação de Saúde Ocupacional Magda Patrícia de Castro GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL Secretaria de Estado de Administração Pública Subsecretaria de Saúde, Segurança e Previdência dos Servidores Coordenação de Saúde e Segurança do Trabalho Manual de Saúde e Segurança do Trabalho 2012 Brasília, Patrimônio Cultural da Humanidade Copyright © 2012 – Secretaria de Estado de Administração Pública – SEAP/GDF A reprodução do todo ou parte deste documento é permitida somente com a autorização prévia e oficial da SEAP/GDF. Título original: Manual de Saúde e Segurança do Trabalho Disponível em CD-ROM Tiragem desta edição: 150 exemplares Impresso no Brasil 1ª edição: 2012 Grupo de Trabalho constituído para realização deste manual: Responsável: Coordenadora de Saúde e Segurança do Trabalho Nome: Rosylane Nascimento das Mercês Rocha Membros: Joyce Pessoa Ferro – Gerente de Promoção à Saúde do Servidor Rogério Campos de Oliveira – Gerente de Segurança do Trabalho Synara Tadeu de Oliveira Ferreira – Gerência de Saúde Mental e Preventiva Dados Internacionais de catalogação na Publicação Manual de Saúde e Segurança do Trabalho / Editado por Rosylane Nascimento das Mercês Rocha. – Brasília: SEAP, 2012. 314 p. 1. Manual de Saúde e Segurança do Trabalho. I. Título. II. Secretaria de Estado de Administração Pública do Distrito Federal. “A Persistência é o caminho do êxito”. Charles Chaplin COORDENAÇÃO GERAL Luciane Kozicz Reis Araújo Subsecretária de Saúde, Segurança e Previdência dos Servidores AUTORES DESTE MANUAL Autor Coordenador: Rosylane Nascimento das Mercês Rocha Adriana Ito de Azevedo do Nascimento – Secretaria de Estado de Educação Adriano Sabino de Melo Alberto da Silva Braga Amanda Danyelle de A. Caldas Ana Rita Luiz Coelho – Secretaria de Estado do Trabalho Cecília Cardinale Lima de Melo Edilson S. Lourenço Barbosa - Secretaria de Estado de Governo Ermisson Bispo dos Santos Gertrudes Cleide Mendes Rocha Glauce Mara Gomes Ferreira Oliveira – Secretaria de Estado de Educação Jacqueline F. da Costa Marangoni Joyce Pessoa Ferro Júlio Jeferson Resende do Prado – Secretaria de Estado de Governo Karinne Tavares Borges Leonardo Pereira Bueno Luciene de Souza Morais Ramos Mello – Secretaria de Estado de Educação Magda Patrícia de Castro – Secretaria de Estado de Educação Marcus Antonius Gadelha Maciel Marta Araujo Lima Maurício José de Lima Maviane Vieira Machado Ribeiro Milena Camara Fernandes Rodrigues Naya Delana Batista Pedro Santiago dos Santos – IPREV DF Rogério Campos de Oliveira Ronaldo Campos Granjeiro – Secretaria de Estado de Educação Saulo Veras Machado – Secretaria de Estado de Saúde Sinval Antônio da Silva – Secretaria de Estado de Saúde Sonia Gerhardt Rezende Synara Tadeu de Oliveira Ferreira Tatiana Farias Moreira Thays Rettore Orlando Cabral Zocratto Gomes Yoná Cristina Prado Lôbo Agradecimentos a todos os servidores da Subsaúde que, por meio de contribuições diretas e indiretas, tornaram viável a conclusão da Política Integrada de Atenção à Saúde do Servidor e deste Manual de Saúde e Segurança do Trabalho: Abel Gonçalves Elaine Lyra Michael Barbosa Adir Almeida Eliseu Landim Mônica Eira Alessandra Ribeiro Fábio Ishikawa Nilson Campos Alexandre Omena Fernanda Rios Osvaldo Monteiro Aline Silva Fernando Pereira Pamela de Araujo Amarilis Mendes Flaudizia Moura Paulo Emiliano Bezerra Ana Claudia Lopes Gilmara Santos Pollyana Ferreira Ana Lucia Rezende Gledes Ferreira Rebeca Paz Andreia Stacciarini Hayla Nobrega Roberta Duarte Anne Graicy Souza Helena Souza Roberto Rodrigues Antonio Jorge Hélida Vaz Roberval de Melo Antonione Vieira Heline Titan Rodrigo Almeida Caroline Diniz Hizza Rodrigues Rosilene Sousa Cíntia Oliveira Inacia Medeiros Samantha Sato Clenia Monteiro Irineia Ferreira Sandra Freitas Cristina Xavier Jair Silva Shamanta Vieira Daiane Santos Janemary Mangabeira Sheyla Matos Dalvany Serracena Joyce Ribeiro Thaís Xavier Daniele Camargo Kalina Ramos Tiago Cavalcanti Debora Monteiro Kelly Vargas Valeria Fischer Denise Souto Leomar Weber Vanessa Fernandes Diana Oliveira Luciane Silva Vanessa Lima Douglas Amaral Marcela Nunes Vanessa Veras Edilene Carvalho Mª Auxiliadora Mourão Viviane de Paula Edson Queiroz Mª do P. Socorro Seabra Edvânia Silva Mª do P. Socorro Souza Agradecemos, igualmente, a equipe de Psicólogos que criaram o PADQ na Secretaria de Estado de Educação, servindo de modelo para outros órgãos públicos no Distrito Federal. AcylinaBastos Carneiro Campos. Alain Rossi Fonseca Analúcia S. Leppos Cássia Regina Chagas Eloísa Prata Lopes de Moura Heloísa de Abiahy Carneiro Cunha Vieira Lídice Dourado Dias Braga Luciene de Souza Morais Ramos Mello Maria Aparecida de Abreu Perea Sibele Lucchesi de Sá Vanessa Christiane Soublin de Vasconcelos Vânia Maria dos S. Firmino Luciane Kozicz Reis Araújo Subsecretária de Saúde, Segurança e Previdência dos Servidores APRESENTAÇÃO A prioridade do nosso Governo é uma gestão eficaz, verdadeira, transparente e participativa, com foco no cidadão. Para tanto, é preciso tratar o Servidor Público com honradez e dignidade, reconhecendo-o e valorizando-o, para que reúna condições de oferecer um serviço eficiente e de qualidade à sociedade. O Servidor Público do Distrito Federal é mão de obra preciosa. Ciente dessa condição, o Governo debruça o olhar sobre os Recursos Humanos e busca preservar a saúde e a integridade desse Servidor. Dessa forma, por intermédio da Secretaria de Estado de Administração Pública – SEAP, da Subsecretaria de Saúde, Segurança e Previdência dos Servidores – Subsaúde e da Coordenação de Saúde e Segurança do Trabalho – COSST, o Governo estabelece os dispositivos legais relacionados à Saúde e Segurança do Trabalho no âmbito do Distrito Federal. O Decreto nº 33.653, de 10 de maio de 2012, instituiu a Política Integrada de Atenção à Saúde do Servidor sustentada em três eixos: prevenção, promoção e vigilância em saúde; perícia médica oficial e previdência. A Portaria nº 55, de 21 de maio de 2012, instituiu o Manual de Saúde e Segurança do Trabalho estabelece diretrizes com o propósito de promover a prevenção, o diagnóstico precoce dos acidentes em serviço e as doenças profissionais e do trabalho, bem como as ações de melhoria das condições ambientais, organizacionais e relacionais de trabalho, em consonância com as especificidades dos diferentes órgãos da Administração Direta, Autárquica e Fundacional do Distrito Federal. Este Manual de Saúde e Segurança do Trabalho elenca 33 capítulos e contempla os seguintes riscos ocupacionais: físicos, químicos, biológicos, ergonômicos, de acidentes e psicossociais. Esta regulamentação materializa as inúmeras discussões, ideias e propostas, unifica o diálogo democrático com os servidores, representantes sindicais e sociedade civil, deixa de ser uma carta de intenção e simboliza de forma inconteste uma nova era, evidenciando, assim, as prioridades deste Governo que se responsabiliza pela Qualidade de Vida no Trabalho dos Servidores Públicos, deixando como legado uma Política de Estado indelével na história do Distrito Federal. Para obter informações adicionais e orientações sobre a execução desta legislação de saúde e segurança do trabalho, entre em contato com a Subsaúde por meio do e-mail: subsaude@seap.df.gov.br Wilmar Lacerda Secretário de Estado de Administração Pública Decreto Nº 33.653 de 10 de maio 2012. Institui a Política Integrada de Atenção à Saúde do Servidor Público do Distrito Federal. Institui a Política Integrada de Atenção à Saúde do Servidor Público do Distrito Federal. O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 100, incisos VII e XXVI, da Lei Orgânica do Distrito Federal, DECRETA: Art. 1º Fica instituída, no âmbito do Governo do Distrito Federal, a Política Integrada de Atenção à Saúde do Servidor Público do Distrito Federal. Parágrafo único. A Política a que se refere este Decreto atenderá aos servidores estatutários, ativos, da Administração Púbica Direta, Autárquica e Fundacional. Art. 2º Para os efeitos deste Decreto, considera-se: I - Saúde e Segurança do Trabalho do Servidor: valor social público, para o qual concorrem fatores ambientais, sociais, psicológicos, políticos, econômicos e organizacionais, que afetam o bem estar dos servidores públicos estaduais no ambiente de trabalho; II - Risco Ocupacional: tem por base a frequência, o grau de probabilidade e as consequências da ocorrência de um determinado evento, por meio da ação de fatores de risco, isolados ou simultâneos, geradores de dano futuro imediato ou remoto à saúde do servidor, classificados, em função de sua natureza, concentração, intensidade e tempo de exposição, como físicos, químicos, biológicos, ergonômicos de acidentes e psicossociais; III - Desempenho Global da Saúde Ocupacional: aferição de resultados mensuráveis, relativos ao controle dos riscos à saúde e à segurança no trabalho do servidor público distrital; IV - Equipes Multiprofissionais de Saúde e Segurança do Trabalho: grupo de servidores tecnicamente habilitados, com a função de executar as ações de Saúde e Segurança do Trabalho na Administração Pública Distrital; V - Vida Laboral Plena: compreende o período de tempo contado desde a data da admissão do servidor até a sua inatividade. Art. 3º Compete à Secretaria de Estado de Administração Pública, por intermédio da Subsecretaria de Saúde, Segurança e Previdência dos Servidores, órgão de coordenação em saúde, segurança e previdência dos servidores, realizar estudos, normatizar, propor diretrizes, planejar, controlar e auditar as ações em matéria de saúde, segurança do trabalho e de regime próprio de previdência dos servidores públicos estatutários da Administração Direta, Autárquica e Fundacional do Distrito Federal. Art. 4 Aos demais órgãos da Administração Direta, Autárquica e Fundacional do Distrito Federal compete efetivar as atividades de execução e operacionalização das ações de saúde, segurança e previdência normatizadas pelo órgão central e demais atribuições afins previstas na legislação. Art. 5 A política a que se refere o artigo 1º sustentar-se-á em três eixos, a saber: I - prevenção, promoção e vigilância em saúde: ações com o objetivo de intervir no processo de adoecimento do servidor, tanto no aspecto individual quanto nas relações coletivas no ambiente de trabalho; II - perícia médica oficial: ato pericial com o objetivo de avaliar o estado de saúde do servidor para o exercício de suas atividades laborais; III - previdência: ações com o objetivo de propor diretrizes e políticas voltadas para a concessão de benefícios previdenciários aos servidores públicos estatutários. Art. 6º A Política Integrada de Atenção à Saúde do Servidor Público tem como objetivo, princípios e metas: I - desenvolver e dar execução a um sistema de gestão da saúde e segurança do trabalho, visando reduzir e/ou eliminar os riscos aos quais os servidores públicos distritais possam estar expostos quando da realização das suas atividades; II - implementar, manter e melhorar continuamente a gestão da Saúde e Segurança do Trabalho do servidor; III - implementar o monitoramento dos indicadores organizacionais e de riscos psicossociais preditores de futuros adoecimentos para subsidiar ações preventivas; IV - promover e preservar a saúde do conjunto dos servidores públicos distritais; V - fomentar o comprometimento e as ações dos órgãos da administração pública distrital voltadas à melhoria do desempenho global da saúde ocupacional; VI - integralizar as ações nas áreas de saúde e segurança no trabalho; VII - promover a cooperação interinstitucional entre os órgãos da Administração Direta, Autárquica e Fundacional, por meio do Acordo de Cooperação, estimulando a busca de soluções consorciadas e compartilhadas; VIII - viabilizar e coordenar o conjunto de ações de segurança no trabalho; IX - priorizar a proteção da saúde dos servidores públicos distritais; X - implementar a Comissão de Segurança do Trabalho nos órgãos da Administração Direta, Autárquicae Fundacional do Distrito Federal para atuar em conjunto com as equipes multiprofissionais de Saúde e Segurança do Trabalho; XI - promover a prevenção, recuperação e reabilitação física, psicológica, social e profissional; XII - proporcionar orientação e capacitação para as equipes multiprofissionais de Saúde e Segurança do Trabalho. Art. 7º Compõem a Política Integrada de Atenção à Saúde do Servidor Público do Distrito Federal: I - Sistema Integrado de Saúde e Segurança do Trabalho do Servidor Público Distrital; II - Projetos e ações destinados à promoção, recuperação e reabilitação da Saúde e Segurança do Trabalho do servidor; III - Sistema Informatizado de Gestão de Recursos Humanos referentes aos módulos de perícia médica oficial e Saúde e Segurança do Trabalho do servidor; IV - Equipes multiprofissionais de Saúde e Segurança do Trabalho, atuantes em cada órgão da Administração Pública Direta, Autárquica e Fundacional do Distrito Federal; V - Acordo de Cooperação Técnica entre os órgãos atendidos e a Secretaria de Estado de Administração Pública; VI - Relatórios de execução das ações das Equipes Multiprofissionais SST. Art. 8º Cabe ao Governo do Distrito Federal, por intermédio dos órgãos da Administração Pública Distrital e sob a orientação e supervisão da Secretaria de Estado da Administração Pública, adotar mecanismos e práticas administrativas visando: I - proporcionar aos servidores públicos estaduais condições salubres de trabalho e monitoramento dos ambientes, desde o início de suas atividades até a sua saída, visando reduzir ou eliminar o impacto dos riscos sobre sua saúde; II - melhorar as condições de Saúde e Segurança do Trabalho dos servidores públicos distritais; III - reduzir o absenteísmo; IV - prevenir acidentes em serviço, doenças profissionais e do trabalho; V - adquirir e fornecer equipamentos de proteção, individual e coletiva, de acordo com os riscos ocupacionais a que estão expostos os servidores, capacitando-os para o manejo e uso dos mesmos. Art. 9º Fica instituído, no âmbito da Secretaria de Estado de Administração Pública, o Sistema de Seccionais de Saúde e Segurança do Trabalho - SSST, com oito seccionais. §1º Cada seccional será integrada por um conjunto de órgãos e entidades atendidos pela Secretaria de Estado de Administração Pública, agrupados conforme o grau de risco e quantitativo de servidores. §2º O Sistema de Seccionais será composto por equipes multiprofissionais compostas por médico do trabalho, engenheiro de segurança do trabalho, psicólogo, assistente social, enfermeiro do trabalho, técnico de segurança do trabalho e técnico de enfermagem do trabalho. §3º Cada órgão será atendido pelo Programa de Saúde e Segurança do Trabalho, por adesão, na medida em que firmar Acordo de Cooperaração Técnica, em que se comprometerá a disponibilizar estrutura física e recursos materiais adequados à execução das atividades das equipes. Art. 10. Fica instituído, no âmbito da Secretaria de Estado de Educação, o Sistema de Pólos de Saúde e Segurança do Trabalho – SPSST, com seis pólos. §1º Os Pólos serão integrados por Diretorias Regionais de Ensino, segundo critério geográfico. §2º O Sistema de Pólos será composto por equipes multiprofissionais pertencentes à Gerência de Saúde Ocupacional e Segurança do Trabalho, formadas por médico do trabalho, psicólogo, fonoaudiólogo, enfermeiro do trabalho, assistente social, engenheiro de segurança do trabalho, técnico de segurança do trabalho e técnico de enfermagem do trabalho. Art. 11. Ficam instituídos, no âmbito da Secretaria de Estado de Saúde, os Núcleos de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho - NSHMT, com dezenove núcleos. §1º Cada núcleo ficará localizado em uma Regional de Saúde que atenderá a regional ou um conjunto de estabelecimentos de saúde por meio das equipes multiprofissionais. §2º Os núcleos serão compostos por equipes multiprofissionais formadas por médico do trabalho, engenheiro de segurança do trabalho, assistente social, psicólogo, assistente social, enfermeiro do trabalho, técnico de segurança do trabalho e técnico de enfermagem do trabalho, subordinados tecnicamente à Diretoria de Saúde Ocupacional. Art. 12. A Secretaria de Estado de Administração Pública, por intermédio do Conselho de Saúde e Segurança do Trabalho - CSST, órgão colegiado, de caráter consultivo e natureza permanente, presidido pelo Secretário de Estado de Administração Pública do Distrito Federal, terá por finalidade atuar na formulação, implantação e controle da execução da Política Integrada de Atenção à Saúde do Servidor Público, em conjunto com a Subsecretaria de Saúde, Segurança e Previdência dos Servidores, elaborando estratégias de ação conjunta e diretrizes no processo de construção em toda a sua amplitude, como uma política de Estado permanente, no âmbito dos órgãos e entidades do Distrito Federal, bem como nas autarquias e fundações do Distrito Federal. Art. 13. São atribuições da Secretaria de Administração Pública, por intermédio do Conselho de Saúde e Segurança do Trabalho e da Subsecretaria de Saúde, Segurança e Previdência dos Servidores: I - opinar acerca dos protocolos dos exames médicos periódicos, tendo por base a idade, o sexo, a atividade exercida e o grau de exposição do servidor a riscos nos ambientes de trabalho; II - supervisionar a realização desses exames pelos órgãos e entidades no âmbito da Administração Direta, Autárquica e Fundacional do Distrito Federal; III - propor normas complementares à aplicação deste Decreto; IV - propor procedimentos para preservação do sigilo das informações sobre a saúde do servidor, restringindo o acesso apenas ao próprio servidor ou a quem este autorizar legalmente, e aos profissionais de saúde responsáveis. Art. 14. Os servidores, nos termos do art. 1º, serão submetidos a exames médicos periódicos, conforme diretriz estabelecida pela Subsecretaria de Saúde, Segurança e Previdência dos Servidores. §1º A realização de exames médicos periódicos terá como objetivo prioritário o monitoramento da saúde dos servidores devido a possíveis riscos existentes no ambiente de trabalho e a doenças ocupacionais ou profissionais. §2º Na hipótese de acumulação lícita de cargos públicos, o exame deverá ser realizado com base no cargo que possuir atribuições de maior exposição a riscos no ambiente de trabalho. §3º Os exames médicos periódicos serão realizados conforme os seguintes intervalos de tempo: I - bienal, para os servidores públicos com idade entre dezoito e quarenta e cinco anos; II - anual, para os servidores públicos com idade acima de quarenta e cinco anos; III - anual ou em intervalos menores, para os servidores públicos expostos a riscos que possam implicar desencadeamento ou agravamento de doença ocupacional ou profissional, bem como para os portadores de doenças crônicas. Art. 15. Os servidores serão submetidos, até o final de 2014, obedecendo às dotações orçamentárias existentes, a exames periódicos, que compreendem a avaliação clínica e os seguintes exames complementares: I - hemograma completo; II - glicemia; III - urina tipo I (elementos Anormais e Sedimentoscopia - EAS); IV - creatinina; V - colesterol total e triglicérides; VI - AST (Transaminase Glutâmica Oxalacética - TGO); VII - ALT (Transaminase Glutâmica Pirúvica - TGP); VIII - citologia oncótica (Papanicolau), para mulheres; IX - oftalmológico, para servidores com mais de quarenta e cinco anos de idade; X - pesquisa de sangue oculto nas fezes (método imunocromatográfico), para servidores com mais de cinquenta anos; XI - mamografia, para servidoras com mais de cinquenta anos; XII - PSA, para servidores com mais de cinquenta anos. XIII - exame de videolaringoscopia para professores(a critério clínico); XIV - outros considerados necessários pelo Médico do Trabalho. Parágrafo único. O exame de citologia oncótica será anual para mulheres que possuam indicação médica e, caso haja dois exames seguidos com resultados normais num intervalo de um ano, poderá ser feito a cada três anos, até a aposentadoria. Art. 16. Os servidores que, em razão do desempenho de suas atividades, são expostos a raios X ou a substâncias radioativas serão submetidos à avaliação médico ocupacional e a exames médicos complementares a cada seis meses. Art. 17. Os servidores expostos a agentes químicos serão submetidos a exames específicos de acordo com as dosagens de indicadores biológicos previstos em normas expedidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego ou pelo Ministério da Saúde. Art. 18. Os servidores expostos a outros riscos à saúde serão submetidos a exames complementares previstos em normas de saúde, a critério da Subsecretaria de Saúde, Segurança e Previdência dos Servidores. Art. 19. Os exames médicos periódicos serão executados por instituições especializadas, contratadas especificamente para tal fim. Parágrafo único. Os dados dos exames periódicos comporão prontuário eletrônico ou arquivo físico, junto com os periciais, para fins coletivos de vigilância epidemiológica e de melhoria dos processos e ambientes de trabalho, sendo garantido o sigilo e a segurança das informações individuais, de acordo com o previsto em código de ética médica expedido pelo Conselho Federal de Medicina. Art. 20. Se o servidor se opuser a realizar os exames, a recusa deverá ser por ele consignada formalmente ou reduzida a termo. Art. 21. As despesas decorrentes deste Decreto serão custeadas pelo Governo do Distrito Federal, com recursos destinados à assistência médica dos servidores públicos, nos limites das dotações orçamentárias consignadas para a Secretaria de Estado de Administração Pública. Art. 22. Os Programas de Prevenção de Riscos Ocupacionais – PPRA e de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO serão regulamentados por ato do Secretário de Estado de Administração Pública. Art. 23. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 10 de maio de 2012. 124º da República e 53º de Brasília AGNELO QUEIROZ Portaria Nº 55, de 21 de maio de 2012 Institui o Manual de Saúde e Segurança do Trabalho do Servidor Público do Distrito Federal e a Cartilha de Orientações a Gestores de Dependentes Químicos, no âmbito da Administração Direta, Autárquica e Fundacional do Distrito Federal. O SECRETÁRIO DE ESTADO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 105, da Lei Orgânica do Distrito Federal, à vista do Decreto n.º 33.653, de 10 de maio de 2012, RESOLVE: Art. 1º Ficam instituídos o Manual de Saúde e Segurança do Trabalho do Servidor Público do Distrito Federal e a Cartilha de Orientações a Gestores de Dependentes Químicos, no âmbito da Administração Direta, Autárquica e Fundacional do Distrito Federal, cujo teor estará disponível no sítio eletrônico da Secretaria de Estado de Administração Pública: www.seap.df.gov.br. Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. WILMAR LACERDA SUMÁRIO CAPÍTULO I - Das Disposições Iniciais ............................................................................................... 20 Acordo de Cooperação Técnica ...................................................................................................... 22 CAPÍTULO II - Das Equipes Multiprofissionais de Saúde e Segurança do Trabalho – SST ............... 26 Tabela de Risco .............................................................................................................................. 33 Dimensionamento de Equipe .......................................................................................................... 39 CAPÍTULO III - Do Programa de Prevenção aos Riscos Ambientais – PPRA .................................... 40 Laudo Técnico das Condições do Ambiente de Trabalho .............................................................. 48 Perfil Profissiográfico Previdenciário ............................................................................................ 52 CAPÍTULO IV - Da Comissão de Segurança do Trabalho – CST........................................................ 63 CAPÍTULO V - Equipamento de Proteção Individual – EPI e Equipamento de Proteção Coletiva – EPC ........................................................................................................................................................ 66 Catálogo de EPI e EPC ................................................................................................................... 68 Modelo de Ficha de Controle de EPI.............................................................................................. 92 Modelo Sugerido - Recibo de Entrega de EPI ................................................................................ 93 CAPÍTULO VI - Protocolo de Investigação de Acidente em Serviço .................................................. 94 Requerimento de Apuração de Acidente em Serviço ..................................................................... 97 Laudo Técnico Pericial ................................................................................................................... 98 Relatório de Investigação e Análise de Acidente ........................................................................... 99 CAPÍTULO VII - Do Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional – PCMSO ..................... 101 Termo de Recusa .......................................................................................................................... 109 Relação dos Exames Laboratoriais e/ou Procedimentos Exigidos ............................................... 110 Modelo de ASO ............................................................................................................................ 111 CAPÍTULO VIII - Diretrizes e Parâmetros Mínimos para Avaliação e Acompanhamento da Audição .............................................................................................................................................................. 113 CAPÍTULO IX - Programa de Prevenção de Perdas Auditivas – PPPA ............................................. 120 ANEXO I ...................................................................................................................................... 126 CAPÍTULO X - Programa de Saúde Vocal da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal .............................................................................................................................................................. 127 ANEXO I ...................................................................................................................................... 128 ANEXO II ..................................................................................................................................... 129 CAPÍTULO XI - Programa de Prevenção de Hipertensão Arterial e Doenças Crônico-Degenerativas .............................................................................................................................................................. 134 CAPÍTULO XII - Diretrizes de Saúde Mental Preventiva .................................................................. 138 CAPÍTULO XIII - Programa de Prevenção de Riscos Psicossociais– PPRPS .................................. 140 CAPÍTULO XIV - Programa de Avaliação Psicológica – PAPSI ...................................................... 142 CAPÍTULO XV - Programa de Atenção ao Dependente Químico – PADQ ...................................... 144 CAPÍTULO XVI - Programa de Prevenção do Assédio Moral – PPAM ............................................ 148 CAPÍTULO XVII - Programa de Preparação para o Período Pós-Carreira ........................................ 150 CAPÍTULO XVIII - Semana Itinerante de Saúde Mental ................................................................... 152 CAPÍTULO XIX - Das Edificações .................................................................................................... 154 CAPÍTULO XX - Segurança em Instalação e Serviços em Eletricidade ............................................ 156 Glossário ....................................................................................................................................... 165 Zona de Risco e Zona Controlada ................................................................................................ 167 Treinamento/Curso Básico de Segurança em Instalações e Serviços com Eletricidade .............. 169 Treinamento/Curso Complementar de Segurança no Sistema Elétrico de Potência .................... 171 CAPÍTULO XXI - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais ................ 172 CAPÍTULO XXII - Máquinas e Equipamentos................................................................................... 174 Motosserras ................................................................................................................................... 177 Cilindros de Massa ....................................................................................................................... 179 CAPÍTULO XXIII - Caldeiras e Vasos de Pressão ............................................................................. 181 ANEXO I A Currículo Mínimo para "Treinamento de Segurança na Operação de Caldeiras" ... 193 ANEXO I B Currículo Mínimo para "Treinamento de Segurança na Operação de Processo" .... 194 ANEXO II Requisitos para Certificação do Serviço Próprio de Inspeção de Equipamentos ...... 195 ANEXO III ................................................................................................................................... 196 ANEXO IV Classificação de Vasos de Pressão ........................................................................... 197 CAPÍTULO XXIV - Ergonomia .......................................................................................................... 199 CAPÍTULO XXV - As Condições e o Meio Ambiente de Trabalho na Construção .......................... 203 Especificações de Segurança para Cabos de Fibra Sintética ........................................................ 238 Glossário ....................................................................................................................................... 239 CAPÍTULO XXVI - Explosivos .......................................................................................................... 246 CAPÍTULO XXVII - Líquidos Combustíveis e Inflamáveis .............................................................. 251 CAPÍTULO XXVIII - Trabalhos a Céu Aberto .................................................................................. 257 CAPÍTULO XXIX - Proteção Contra Incêndios ................................................................................. 258 Manual Técnico para Extintores de Incêndio Portáteis ................................................................ 261 Modelo de Ficha de Inspeção em Extintores ................................................................................ 271 CAPÍTULO XXX - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho .............................. 272 CAPÍTULO XXXI - Resíduos Industriais ........................................................................................... 278 CAPÍTULO XXXII - Sinalização de Segurança ................................................................................. 279 CAPÍTULO XXXIII - Saúde e Segurança no Trabalho em Serviços de Saúde .................................. 283 CAPÍTULO XXXIV - Modelo Proposto de Anexo Contratual........................................................... 308 REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 313 20 Manual de SST/DF CAPÍTULO I Das Disposições Iniciais 1. As diretrizes deste Manual, relativas à Saúde e Segurança do Trabalho – SST, são de observância obrigatória pelos órgãos e entidades da Administração Pública Direta, Autárquica e Fundacional do Distrito Federal. 2. A observância das diretrizes contidas neste Manual não desobrigam os órgãos e as entidades da Administração Pública Direta, Autárquica e Fundacional do Distrito Federal do cumprimento de outras disposições que, com relação à matéria, sejam incluídas em códigos de obras ou regulamentos sanitários do Distrito Federal. 3. Compete à Secretaria de Estado de Administração Pública – SEAP: I - normatizar, planejar, controlar, organizar, supervisionar, fiscalizar e auditar as ações de Saúde e Segurança do Trabalho realizadas pelas Equipes Multiprofissionais de SST da Administração Pública Direta, Autárquica e Fundacional do Distrito Federal; II - implantar e manter sistema de indicadores de saúde do servidor no Sistema Integrado de Gestão de Recursos Humanos – SIGRH, outro que o substitua ou equivalente; e III - promover a articulação entre os órgãos e as entidades da Administração Direta, Autárquica e Fundacional do Distrito Federal visando à celebração de convênios para desenvolver ações em saúde e segurança do trabalho. 4. Compete aos órgãos e às entidades da Administração Direta, Autárquica e Fundacional do Distrito Federal: I - cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre saúde e segurança do trabalho; II - implementar o programa Distrital de Saúde e Segurança do Trabalho mediante as Equipes Multiprofissionais, com base em critérios definidos pela Secretaria de Estado de Administração Pública – SEAP e assinatura do Acordo de Cooperação Técnica conforme Anexo I deste Capítulo; III - executar melhorias em ambientes de trabalho, conforme recomendações da Equipe Multiprofissional do órgão central; IV - adotar medidas para eliminar ou neutralizar riscos do ambiente de trabalho que possam ocasionar danos à saúde do servidor; V - exigir o cumprimento da Lei Complementar 840 de 23 de dezembro de 2011, do Decreto nº 33.653 de 10 maio de 2012 e, da Portaria do MTE nº 3.214/1978 e da legislação internacional pertinente, no que couber. VI - elaborar ordens de serviço sobre Saúde e Segurança do Trabalho, dando ciência aos servidores por meio de comunicados, cartazes ou meios eletrônicos; VII - informar aos servidores sobre: a) os riscos ocupacionais que possam originar-se nos locais de trabalho; b) os meios para prevenir e limitar tais riscos e as medidas adotadas pelo órgão; c) os resultados dos exames médicos e de exames complementares de diagnóstico a que os servidores forem submetidos; d) os resultados das avaliações ambientais realizadas nos locais de trabalho; VIII - permitir que representantes dos servidores acompanhem a fiscalização dos preceitos legais e regulamentares em Saúde e Segurança do Trabalho; e IX - determinar procedimentos que deverão ser adotados em caso de acidente ou doença relacionada ao trabalho. 21 Manual de SST/DF 5. Caberá ao servidor: I - cumprir as disposições legais e regulamentares sobre SST, inclusive as ordensde serviço expedidas pelo órgão; II - usar o Equipamento de Proteção Individual – EPI e o Equipamento de Proteção Coletiva – EPC fornecido pelo órgão; III - submeter-se aos exames médicos previstos em legislação; e IV - colaborar com os órgãos e as entidades da Administração Pública Distrital na aplicação da legislação. 6. Para fins de aplicação deste Manual, considera-se: I. Órgão da Administração Pública Distrital: Unidade de atuação integrante da Administração Direta com estrutura, competência própria, quadro de servidores, poderes funcionais, mas sem possuir personalidade jurídica; II. Entidades da Administração Pública Direta, Autárquica e Fundacional do Distrito Federal: Órgãos da administração indireta constituídos por lei para prestarem serviços essencialmente públicos, típicos ou atípicos da administração pública; III. Servidor público civil: Aquele que em razão de ter sido aprovado em concurso público exerce cargo ou função pública na Administração Direta, Autárquica e Fundacional do Distrito Federal; IV. Empregado público: Ocupante de emprego público provido por concurso público (art. 37, II, Constituição da República), contratado sob o regime do Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943 (Consolidação das Leis do Trabalho – CLT); V. Unidades de Saúde Ocupacional: Unidade de referência em saúde e segurança do trabalho da Administração Pública Direta, Autárquica e Fundacional do Distrito Federal; VI. Unidades desconcentradas de saúde e segurança do trabalho: Referem-se às Seccionais de Saúde e Segurança do Trabalho – SSST da Secretaria de Estado de Administração Pública; os Núcleos de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho – NSHMT da Secretaria de Estado de Saúde e, os Polos de Saúde e Segurança do Trabalho – PSST da Secretaria de Estado de Educação. VII. Unidade de Perícias Médicas: local de atendimento centralizado que é responsável pelo atendimento dos servidores da Administração Pública Direta, Autárquica e Fundacional do Distrito Federal, no qual o servidor ou empregado está lotado e para onde deve dirigir-se para realização de perícias médicas. Referem-se à Coordenação de Perícias Médicas da Subsaúde/SEAP, Coordenação de Saúde Ocupacional – SEE e Diretoria de Saúde Ocupacional/SES. 7. As Equipes Multiprofissionais de SST deverão estar lotadas nas Unidades de Saúde e Segurança do Trabalho das Secretarias de Estado de Administração Pública, Saúde e Educação. 8. As dúvidas suscitadas e os casos omissos verificados na execução deste Manual serão dirimidos pela Secretaria de Estado de Administração Pública – SEAP. 22 Manual de SST/DF ANEXO ÚNICO Acordo de Cooperação Técnica ACORDO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA nº _______ / 20xx ACORDO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA QUE ENTRE SI CELEBRAM A SECRETARIA DE ESTADO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – SEAP/DF, O ÓRGÃO ----------------------------, PARA A CRIAÇÃO DA (Unidade de referência em Saúde e Segurança do Trabalho), PREVISTO NO ARTIGO 7º DO DECRETO Nº 33.653, de 10 de maio de 2012. A Secretaria de Estado de Administração Pública, doravante denominado SEAP, inscrita no CNPJ nº _______, com sede no Anexo do Palácio do Buriti, 6º Andar – Brasília/DF – CEP: 70.306.918, representada pelo Secretário de Estado de Administração Pública – ________________, de nacionalidade ___________, (situação civil), inscrito no CPF sob o n° ______________ o (--------- NOME DO ÓRGÃO---------), doravante denominado (--------------), inscrito no CNPJ n° _______, com sede (endereço completo), Cidade – UF, CEP: _______, representado pelo (nome do dirigente), de nacionalidade ___________, (situação civil), inscrito no CPF sob o n° ______________, resolvem celebrar o presente Acordo de Cooperação Técnica, documento este constante do Processo nº ___________, sujeitando-se os partícipes, no que couber, as disposições contidas no Decreto nº 33.653, de 10 de maio de 2012. CLÁUSULA PRIMEIRA – DO OBJETO O presente Acordo de Cooperação Técnica tem por objeto a execução de ações e atividades de prevenção aos agravos, promoção e acompanhamento da saúde dos servidores, perícia médica oficial e previdência, com vista a garantir a implementação da Política Integrada de Atenção à Saúde do Servidor Público do Distrito Federal, instituída pelo Decreto nº 33.653, de 10 de maio de 2012. CLÁUSULA SEGUNDA – DOS OBJETIVOS O objeto do presente Acordo será cumprido mediante a realização de ações conjuntas, onde se buscará: I. potencializar o resultado das ações de saúde desenvolvidas pela equipe multidisciplinar da unidade seccional no órgão atendido; II. atender prontamente às recomendações dos relatórios produzidos pelas equipes multidisciplinares dos órgãos e proceder às medidas de correção; III. propiciar aos partícipes o uso racional de materiais, equipamentos, força de trabalho, imóveis, instalações e contratos, dentro dos princípios da eficiência, eficácia e efetividade; e IV. otimizar recursos orçamentários. CLÁUSULA TERCEIRA – DAS OBRIGAÇÕES Ficam obrigados os partícipes a promover a articulação entre as unidades de gestão de pessoas e as ações de prevenção e promoção de saúde nos órgãos e entidades envolvidos, de acordo com as 23 Manual de SST/DF contrapartidas estabelecidas para a realização das ações previstas neste Acordo, necessárias à consecução dos objetivos propostos na Política Integrada de Atenção à Saúde do Servidor. CLÁUSULA QUARTA – DAS COMPETÊNCIAS I - COMPETE CONJUNTAMENTE AOS PARTÍCIPES: a. desenvolver, elaborar e prover apoio técnico e logístico aos programas e projetos a serem definidos para a implementação do presente Acordo; b. disponibilizar dados e informações técnicas necessárias à implantação dos programas e projetos; c. acompanhar e avaliar os resultados alcançados nas atividades programadas, visando sua otimização e /ou adequação, quando necessário; d. conduzir todas as atividades com eficiência e dentro de práticas administrativas, financeiras e técnicas adequadas; e. indicar os membros da Comissão de Segurança no Trabalho no prazo de cinco dias úteis após a assinatura do Acordo de Cooperação Técnica para supervisionar as ações ajustadas no presente Acordo; f. disponibilizar pessoal para compor a força de trabalho da Unidade do Sistema de Seccionais de Saúde e Segurança do Trabalho – (Número); g. disponibilizar recursos materiais, equipamentos, imóveis e instalações; h. disponibilizar sistema informatizado nas unidades de atendimento para uso da equipe multidisciplinar; e i. aprovar os procedimentos técnicos e operacionais necessários à implantação do Plano de Trabalho. II - COMPETE À SECRETARIA DE ESTADO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, EM CONSONÂNCIA COM O CONSELHO DE SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO a. coordenar e integrar ações e programas nas áreas de prevenção, promoção e vigilância em saúde; perícia médica oficial, previdência e acompanhamento da saúde dos servidores públicos da Administração Direta, Autárquica e Fundacional do Distrito Federal; b. definir a diretrizes da Política de Saúde e Segurança do Trabalho; c. definir a diretrizes da Política de Saúde Mental Preventiva; d. editar normas para a uniformização e padronização de procedimentos em perícia médica oficial e dos programas de atenção à saúde do servidor; e e. dar publicidade das informações sobre a Política Integrada de Atenção à Saúde do Servidor. III - COMPETE AS EQUIPES MULTIDISCIPLINARES DA UNIDADE DO SISTEMA DE SECCIONAIS DE SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO – 01; a. elaborar e assessorar na implementação do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA b. informar os riscos profissionais que possam se originar nos locais de trabalho e os meios paraprevenir e limitar tais riscos, contribuindo assim para melhoria do ambiente de trabalho; c. elaborar, implementar e coordenar o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO, bem como realizar o Relatório Anual, no âmbito dos órgãos partícipes do presente Acordo; d. realizar exames médicos ocupacionais; e. atuar na prevenção aos agravos, promoção e acompanhamento da saúde: ações com objetivo de intervir no processo de adoecimento dos servidores, tanto nos aspectos individuais como nas relações coletivas no ambiente de trabalho; 24 Manual de SST/DF f. executar ações de vigilância para avaliar os ambientes e a organização de trabalho, com a emissão de relatório ambiental contendo recomendações de mudança no contexto de trabalho, visando a promoção à saúde, no âmbito dos órgãos partícipes do presente Acordo; g. avaliar ambientes de trabalho com finalidade de gerar relatórios para a melhoria do ambiente; h. emitir laudos técnicos (Laudo Técnico das Condições do Ambiente de Trabalho – LTCAT) para fins de concessão de adicionais de insalubridade e periculosidade; i. realizar exames médicos ocupacionais; j. acompanhar e avaliar o processo de readaptação do servidor readaptado; k. acompanhar e avaliar o processo de trabalho do servidor com deficiência; l. executar as atividades pactuadas neste instrumento, com fiel obediência ao plano de trabalho; e m. assessorar na execução dos cronogramas de ações dos programas elaborados. CLÁUSULA QUINTA – DO PLANO DE TRABALHO Os objetivos, justificativas, desenvolvimento, etapas e cronograma para a execução dos trabalhos encontram-se estabelecidos no Plano de Trabalho anexo, que foi aprovado pelos partícipes e fazem parte integrante deste instrumento, para todos os fins e efeitos jurídicos. CLÁUSULA SEXTA – DA COORDENAÇÃO E EXECUÇÃO DAS ATIVIDADES A Unidade do Sistema de Seccionais de Saúde e Segurança do Trabalho (Número); manterá, durante a vigência do presente Acordo, Médico do Trabalho, como coordenador dos trabalhos das respectivas equipes técnicas. CLÁUSULA SÉTIMA – DA SUPERVISÃO As ações pactuadas no Acordo de Cooperação Técnica serão supervisionadas pela Comissão de Segurança do Trabalho dentro dos órgãos partícipes com o apoio da Secretaria de Estado de Administração Pública. As ações ajustadas no Acordo de Cooperação Técnica serão avaliadas quanto ao cumprimento de seus objetivos, após um ano contado de sua assinatura, quando serão utilizados os critérios de avaliação estabelecidos, divulgados e compartilhados pela Subsecretaria de Saúde, Segurança e Previdência dos Servidores – Subsaúde em consonância com o Conselho de Saúde e Segurança. CLÁUSULA OITAVA – DOS RECURSOS FINANCEIROS As obrigações assumidas pelos partícipes, visando à execução do presente Acordo de Cooperação Técnica, serão custeadas pelos pactuantes, de acordo com as disponibilidades previstas em seus orçamentos, quer no que se refere à interveniência das equipes técnicas, quer no uso de materiais e equipamentos. Não haverá transferência voluntária de recursos entre os partícipes para a execução do Acordo de Cooperação Técnica. As despesas necessárias à plena execução do objeto ajustado tais como serviços de terceiros, pessoal, deslocamentos, comunicação entre os órgãos e outras que se fizerem necessárias, correrão por conta de dotações específicas constantes nos orçamentos dos partícipes. CLÁUSULA NONA – DA AÇÃO PROMOCIONAL Em qualquer ação promocional relacionada com o objeto do Acordo de Cooperação Técnica será obrigatoriamente destacada a participação dos partícipes. Fica vedado aos partícipes utilizar, nos empreendimentos resultantes do Acordo de Cooperação Técnica, nomes, símbolos e imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos. Os resultados técnicos, bem como todo e qualquer desenvolvimento decorrente de trabalhos realizados no âmbito do Acordo de Cooperação Técnica, serão atribuídos aos órgãos partícipes. CLÁUSULA DÉCIMA – DA VIGÊNCIA DO ACORDO 25 Manual de SST/DF O Acordo de Cooperação Técnica terá vigência de quatro anos, a contar da data de assinatura, podendo ser prorrogado, mediante Termo Aditivo, desde que haja interesse dos partícipes. CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA – DA PUBLICAÇÃO A publicação do extrato do Acordo de Cooperação Técnica no Diário Oficial do Distrito Federal será providenciada pela Secretaria de Estado de Administração Pública, até o quinto dia útil do mês subsequente ao de sua assinatura. CLÁUSULA DÉCIMA SEGUNDA – DO FORO As questões, dúvidas e litígios decorrentes da implantação do Acordo de Cooperação Técnica serão dirimidos administrativamente no âmbito das entidades envolvidas. Os casos omissos serão tratados pela Procuradoria Geral do Distrito Federal. E, por estarem justos e contratados, firmam o presente em 3 (três) vias, de igual teor e forma para um só efeito, na presença das testemunhas abaixo assinadas. Brasília – DF, ____/____/_____. ____________________ ____________________ Pela Seap Pelo Órgão x ____________________ ____________________ Pelo Órgão x Pelo Órgão x TESTEMUNHAS: 1) __________________________________ __________________ Nome: CPF nº 2) __________________________________ __________________ Nome: CPF nº 26 Manual de SST/DF CAPÍTULO II Das Equipes Multiprofissionais de Saúde e Segurança do Trabalho – SST 1. As Secretarias de Estado de Administração Pública, Saúde e Educação designarão, obrigatoriamente, Equipes Multiprofissionais de SST, com a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade do servidor em seu local de trabalho. 2. As Equipes Multiprofissionais de SST poderão ser integradas por médico do trabalho, engenheiro de segurança do trabalho, técnico de segurança do trabalho, enfermeiro do trabalho, técnico de enfermagem do trabalho, psicólogo, assistente social e fonoaudiólogo. 2.1. Caberá às Equipes Multiprofissionais de SST desenvolver as ações propostas neste Manual, assim como proceder levantamentos para subsidiar a emissão de laudos técnicos, Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA e Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO. 3. Para fins deste Capítulo, os profissionais referidos no item 2 deverão obrigatoriamente apresentar os seguintes documentos: I. médico do trabalho: certificado de conclusão de curso de especialização em Medicina do Trabalho, em nível de pós-graduação, ou certificado de residência médica em área de concentração em Saúde do Servidor ou denominação equivalente, reconhecida pela Comissão Nacional de Residência Médica, do Ministério da Educação – MEC, ambos ministrados por universidade ou faculdade que mantenha curso de graduação em Medicina; Título de Especialista conferido pela AMB/ANAMT ou três anos comprovados de experiência profissional na área. II. engenheiro (ou arquiteto) de segurança do trabalho: certificado de conclusão de curso de especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho, em nível de pós-graduação; III. técnico de segurança do trabalho: certificado de conclusão de curso de qualificação de Técnico de Segurança do Trabalho, ministrado por instituição especializada reconhecida e autorizada pelo MEC, com registro no Ministério do Trabalho e Emprego – MTE; IV. enfermeiro do trabalho: certificado de conclusão de curso de especialização em Enfermagem do Trabalho, em nível de pós-graduação, ministrado por universidade ou faculdade que mantenha curso de graduação em Enfermagem; V. técnico de enfermagem do trabalho: certificadode conclusão de curso de qualificação de Técnico de Enfermagem do Trabalho, ministrado por instituição especializada, reconhecida e autorizada pelo MEC; VI. psicólogo: certificado de conclusão de curso de graduação em Psicologia; VII. assistente social: certificado de conclusão de curso de graduação em Serviço Social; e VIII. fonoaudiólogo: certificado de conclusão de curso de graduação em Fonoaudiologia. 3.1. Todos os profissionais integrantes de Equipe Multiprofissional de SST deverão possuir, obrigatoriamente, o registro profissional expedido pelo órgão competente. 4. As atribuições das Equipes Multiprofissionais de Saúde Ocupacional, comuns a todos os profissionais, são as seguintes: I. planejar e executar programas de prevenção de acidentes em serviço, doenças profissionais e do trabalho nos ambientes, com a participação dos servidores; 27 Manual de SST/DF II. promover debates, encontros, campanhas, seminários, palestras, reuniões, treinamentos e utilizar outros recursos de ordem didática e pedagógica com o objetivo de divulgar procedimentos de segurança e higiene do trabalho; III. articular-se, colaborar e estabelecer parcerias com órgãos e entidades ligadas à prevenção de acidentes em serviço, doenças profissionais e do trabalho; IV. participar de seminários, treinamentos, congressos e cursos visando o intercâmbio e aperfeiçoamento profissional; V. participar da inspeção e avaliação das condições de trabalho com vistas à prevenção e controle dos danos à saúde dos servidores; VI. analisar informações estatísticas relativas a acidentes em serviço, doenças profissionais e do trabalho para fins de planejamento, implementação e avaliação de programas de saúde ocupacional; VII. realizar discussões de casos clínicos ocupacionais; VIII. realizar pesquisas visando à construção e ampliação do conhecimento científico em relação à saúde ocupacional; IX. fazer avaliação funcional das atividades desenvolvidas pelo servidor; X. promover relações sociais de trabalho de forma saudável, visando maior conforto, saúde, eficiência e segurança no desempenho das atividades profissionais; XI. manter relatório das atividades da Equipe Multiprofissional com banco de dados atualizados, emitindo relatórios periódicos; XII. ministrar treinamentos pertinentes à saúde e segurança do trabalho; XIII. promover e propor cursos de capacitação, em parceria com a área de gestão de pessoas, de forma a abranger os servidores que estejam expostos a agentes nocivos à saúde; XIV. desenvolver programas e ações de prevenção ao uso de tabaco, álcool e outras drogas; XV. desenvolver programas e ações de promoção de saúde, prevenção e reabilitação profissional de acordo com as características de cada local de trabalho, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida e diminuir o absenteísmo; XVI. mapear e monitorar o desempenho funcional dos servidores com deficiência; XVII. desenvolver programa de preparo à aposentadoria; XVIII. promover o Dia de Prevenção de Acidente em Serviço; XIX. promover a Semana Itinerante de Saúde Mental Preventiva; XX. atuar nas Comissões de Segurança do Trabalho; XXI. executar ações em parceria com o Plano de Assistência à Saúde do Servidor; e XXII. seguir orientações e normatizações da Secretaria de Estado de Administração Pública – SEAP. 4.1. As atividades comuns a todos os profissionais que compõem as Equipes Multiprofissionais serão desenvolvidas respeitando as atribuições e habilitações específicas de cada profissão. 5. O dimensionamento das Equipes Multiprofissionais vincula-se à gradação do risco da atividade principal (Quadro I) e ao número total de servidores e/ou ao somatório dos órgãos e entidades, podendo servir de base o Quadro II. 6. Os órgãos e as entidades da Administração Direta, Autárquica e Fundacional do Distrito Federal serão atendidos por Equipe Multiprofissional dimensionada de forma viável à administração pública para atender plenamente à execução dos programas e ações propostos no item 4. 6.1. Os órgãos e as entidades contarão com auxílio da SEAP no planejamento e organização do dimensionamento das Equipes Multiprofissionais, bem como na articulação com os demais órgãos para o atendimento das necessidades relativas à saúde e segurança do trabalho. 6.2. Os órgãos e as entidades obrigados a constituir Equipe Multiprofissional deverão contar ainda com 1 (um) assistente administrativo. 28 Manual de SST/DF 6.3. A Secretaria de Estado da Educação – SEE contará com 1 (um) fonoaudiólogo integrando as Equipes Multiprofissionais. 7. Os órgãos e as entidades da Administração Direta, Autárquica e Fundacional do Distrito Federal deverão promover periodicamente treinamentos previstos em lei, abordando no mínimo os seguintes assuntos: I. estudo do ambiente, das condições de trabalho, bem como dos riscos originados do processo produtivo; II. metodologia de investigação de acidentes em serviço, de doenças profissionais e do trabalho; III. noções sobre acidentes em serviço e doenças profissionais e do trabalho decorrentes de exposição a riscos existentes; IV. noções sobre a DST/AIDS e medidas para sua prevenção; V. noções sobre controle do tabagismo, álcool e outras drogas; VI. noções sobre legislação previdenciária e relativa à saúde e segurança no trabalho; VII. princípios gerais de higiene do trabalho e de medidas de controle dos riscos; VIII. noções de primeiros socorros; e IX. outros assuntos necessários ao exercício das atribuições que lhes forem delegadas. 7.1. O treinamento terá carga horária de 20 (vinte) horas e deverá ser realizado durante o expediente normal do órgão ou da entidade. 7.2. O treinamento poderá ser ministrado pela Equipe Multiprofissional. 8. Nas unidades descentralizadas da Secretaria de Estado da Saúde – SES, denominadas Regionais de Saúde, haverá um Núcleo de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho – NSHMT, totalizando dezenove núcleos, que atenderá a regional ou um conjunto de estabelecimentos de saúde por meio das equipes multiprofissionais, subordinadas tecnicamente à Diretoria de Saúde Ocupacional da SES – DF. 8.1. Nos Núcleos de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho mencionados no item anterior, deverão estar presentes o técnico de segurança do trabalho e o técnico de enfermagem do trabalho em todos os turnos de trabalho, respeitando o dimensionamento necessário. 9. Os órgãos e as entidades da Administração Direta, Autárquica e Fundacional do Distrito Federal que possuam outros serviços de medicina do trabalho e engenharia de segurança poderão integrá-los com Equipes Multiprofissionais constituindo um serviço único. 10. As Equipes Multiprofissionais ficam obrigadas a elaborar e remeter à SEAP o plano de trabalho anual, conforme determina o art. 2º do Decreto nº 33.653, de 10 de maio de 2012. 11. Os relatórios elaborados e emitidos pelas Equipes Multiprofissionais deverão ser encaminhados aos gestores dos correspondentes órgãos e entidades atendidos e às Unidades de Saúde Ocupacional da SEAP, SES e SEE – DF. 11.1. O titular de cada órgão e entidade será responsabilizado quando as recomendações expressas da Equipe Multiprofissional não forem atendidas, expondo, assim, os servidores a riscos de acidentes, doenças profissionais e do trabalho. 11.2. Os casos omissos serão dirimidos pela SEAP. 12. As atribuições específicas dos profissionais das Equipes Multiprofissionais de Saúde Ocupacional são as seguintes: I - do médico do trabalho: 29 Manual de SST/DF a) realizar exames de avaliação da saúde dos servidores (admissionais, periódicos, de retorno ao trabalho, mudança de função e demissionais/exoneração.), incluindo a história médica, história ocupacional, avaliaçãoclínica e laboratorial, avaliação das demandas profissiográficas e cumprimento dos requisitos legais vigentes; b) diagnosticar doenças e acidentes relacionados com o trabalho, incluindo a gestão do processo de reabilitação física e profissional nos órgãos; c) realizar perícia ambiental e identificar os principais fatores de risco presentes no ambiente de trabalho decorrentes do processo organizacional do trabalho e as principais consequências ou danos para a saúde dos servidores; d) identificar as principais medidas de prevenção e controle dos fatores de riscos presentes nos ambientes e condições de trabalho, inclusive a correta indicação do uso dos Equipamentos de Proteção Individual – EPI e Coletivo – EPC; e) avaliar e opinar sobre o potencial tóxico de risco ou o perigo à saúde em relação aos produtos químicos quanto à sua toxicidade; f) elaborar pareceres e/ou laudos técnicos; e g) desenvolver suas atividades, aplicando normas e procedimentos de biossegurança. II - do engenheiro de segurança do trabalho: a) planejar e contribuir para a implementação do sistema de gestão de saúde e segurança do trabalho e gerenciamento e controle de riscos ocupacionais da vida laboral plena do servidor; b) supervisionar, coordenar e orientar tecnicamente os serviços da segurança do trabalho, visando à prevenção dos acidentes em serviço, doenças profissionais e do trabalho que afetem a saúde laboral do servidor; c) antecipar, identificar, mensurar, analisar, mapear e especificar sistemas de controle que visem à eliminação, redução ou controle dos agentes de riscos físicos, químicos, biológicos e ergonômicos, via ações e medidas de proteção coletiva e individual, organização do trabalho e sinalizações, medidas educativas e administrativas, assegurando-se de sua qualidade e eficiência; d) inspecionar as condições de segurança dos locais de trabalho, instalações e equipamentos, processo e organização do trabalho, insumos e produtos finais, visando detectar desconformidades que afetem o meio ambiente, a proteção contra incêndio e as boas práticas da higiene, do conforto e das condições sanitárias que possam gerar danos à promoção e proteção da saúde do servidor; e) realizar perícias ambientais, programas, pareceres e laudos técnicos sobre a exposição dos servidores a fatores de riscos físicos, químicos, biológicos e ergonômicos, identificando as atividades, ambientes e operações insalubres e perigosas, bem como medidas de controle; f) participar da elaboração de projetos de sistemas de segurança e projetos de obras dos ambientes, instalações e equipamentos, opinando do ponto de vista da segurança do trabalho, antecipando os riscos e indicando dispositivos para a segurança ocupacional; g) opinar e participar da especificação para aquisição de substâncias e equipamentos cuja manipulação, armazenamento, transporte ou funcionamento possam apresentar riscos, acompanhando o controle de seu recebimento e expedição; h) prestar informações e participar da capacitação dos servidores relativos à saúde e segurança do trabalho, instruindo-os sobre os riscos existentes nos ambientes de serviço, suas consequências à saúde e adoção de medidas de controle para a prevenção dos agravos; i) participar do monitoramento dos indicadores de segurança do trabalho e da saúde do servidor, bem como recomendar e contribuir na implementação de ações corretivas nas causas que possam afetar negativamente o desempenho destes indicadores; e j) elaborar programa de gerenciamento de resíduos sólidos e líquidos. III - do técnico de segurança do trabalho: a) informar ao gestor e aos servidores, por meio de parecer técnico, sobre os riscos existentes nos ambientes de trabalho, bem como orientá-los sobre as medidas de eliminação e neutralização; 30 Manual de SST/DF b) analisar métodos e processos de trabalho e identificar fatores de risco de acidentes em serviço, doenças profissionais e do trabalho e a presença de agravos à saúde do servidor, propondo sua eliminação ou seu controle; c) executar normas de segurança referentes a projetos de construção, aplicação, reforma, arranjos físicos e de fluxos, com a fiscalização de medidas de segurança e higiene do trabalho, inclusive por empresas terceirizadas; d) indicar, solicitar e inspecionar equipamentos de proteção contra incêndio e outros materiais considerados indispensáveis, de acordo com a legislação vigente, dentro das qualidades e especificações técnicas recomendadas, avaliando seu desempenho; e) elaborar relatório técnico de não-conformidade para os órgãos e/ou entidades que não cumprirem as normas de segurança e higiene do trabalho; f) realizar levantamento técnico com descrição de riscos físicos, químicos, biológicos, das atividades/operações perigosas e do local de trabalho do servidor; e g) informar à Comissão de Segurança do Trabalho as não conformidades identificadas nas atividades e no ambiente de trabalho dos servidores durante a jornada laboral. IV - do enfermeiro do trabalho: a) estudar as condições de saúde ocupacional da instituição, efetuando observações nos locais de trabalho e discutindo-as com a Equipe Multiprofissional; b) participar no planejamento, execução e avaliação dos programas de prevenção de acidentes em serviço, de doenças ocupacionais e não ocupacionais, do estudo das causas de absenteísmo, de estudos epidemiológicos, c) convocar servidores para avaliação médico-pericial da capacidade laborativa, nos casos de acidente em serviço e doença profissional e do trabalho; d) participar do planejamento de programas de controle de doenças transmissíveis e não-transmissíveis dos servidores; e) participar do planejamento de programas de imunização de interesse ocupacional; f) participar da elaboração e desenvolvimento de programas de avaliação da saúde dos servidores; g) supervisionar, coordenar e orientar tecnicamente os serviços de enfermagem do trabalho; h) auxiliar na implantação dos planos de emergência; i) auxiliar os outros profissionais da Equipe Multiprofissional em todos os programas e ações preventivas e de promoção à saúde do servidor; j) desenvolver estratégias de motivação dos servidores à promoção da saúde e prevenção de acidentes e doenças ocupacionais e estimulá-los a adotar comportamento preventivo durante o trabalho, por meio da utilização dos recursos disponíveis, tais como filmes, slides, cartazes e publicações. V - do técnico de enfermagem do trabalho: a) apoiar os outros profissionais da Equipe Multiprofissional em suas atividades; b) participar no planejamento e na organização do cronograma elaborado para a realização dos exames admissionais/periódicos/reabilitação/demissionais; c) executar o cronograma planejado, acolhendo e orientando os servidores na realização dos exames ocupacionais; d) realizar acolhimento dos servidores e prepará-los para os procedimentos e exames periódicos; e) divulgar aos servidores a realização de cursos, palestras e outras atividades promovidas pela Equipe Multiprofissional; f) executar e participar dos cursos e palestras promovidos pela Equipe Multiprofissional; g) assessorar e participar de programas e atividades de enfermagem do trabalho; h) executar e participar de programas de controle das doenças transmissíveis e não transmissíveis dos servidores; i) executar e participar de programas de avaliação da saúde dos servidores; e 31 Manual de SST/DF j) executar programas de higiene e segurança do trabalho e de prevenção de acidentes e de doenças profissionais. VI - do psicólogo: a) analisar o processo de trabalho para descrição e sistematização dos comportamentos requeridos no desempenho de cargos e funções, com o objetivo de subsidiar ou assessorar as diversas ações da Administração Direta, Autárquica e Fundacional; b) realizar avaliaçãopsicológica e emitir pareceres para acompanhamento do servidor durante a vida laboral; c) participar da formulação e implantação de programas e projetos relativos ao processo organizacional do trabalho, com relação ao absenteísmo, readaptações e remoções, por meio da integração psicossocial dos indivíduos e grupos de trabalho; d) elaborar diagnósticos psicossociais dos locais de trabalho e executar ações relativas à saúde mental no trabalho, com o objetivo de prevenir a ocorrência de acidentes em serviço, doenças profissionais e do trabalho; e) acompanhar a formulação e implantação de projetos de mudanças no processo de trabalho; f) realizar treinamento e desenvolvimento de grupos, visando à promoção da qualidade de vida no trabalho; g) encaminhar e orientar os servidores quanto ao atendimento adequado no âmbito da saúde mental; h) executar a Semana Itinerante de Saúde Mental; i) executar o Programa de Atenção ao Dependente Químico; j) executar o Programa de Pós-Carreira; VII - do assistente social: a) auxiliar na seleção e treinamento de pessoal; b) realizar visitas domiciliar, hospitalar e local de trabalho para subsidiar o estudo de caso em análise; c) acolher e entrevistar o servidor antes do exame médico-pericial; d) orientar e apoiar o servidor no seu retorno ao trabalho e auxiliar na gestão do processo de reabilitação física e profissional nos órgãos; e) viabilizar exame/consulta social com especialistas que não atendem na rede pública; f) encaminhar o servidor para Tratamento Fora do Domicílio – TFD, para exame, consulta e internação, quando o município não dispuser dos recursos necessários; g) viabilizar o auxílio-transporte para tratamento de saúde dentro e fora do município, decorrente de acidente em serviço, doença profissional e doença do trabalho; h) realizar entrevista para conhecer os indicadores socioprofissional, econômico e cultural dos servidores em tratamento de saúde, decorrentes de acidente em serviço, doença profissional e doença do trabalho; i) viabilizar, em conjunto com a Equipe Multiprofissional, mecanismos de intervenção para prevenir e recuperar a saúde dos servidores; j) acompanhar e analisar, em conjunto com a Equipe Multiprofissional, os servidores em licença para tratamento de saúde; e k) realizar visita ao local de trabalho com a Equipe Multiprofissional para avaliar com a chefia a atuação do servidor. VIII - do fonoaudiólogo: a) desenvolver trabalho de prevenção no que se refere à área da comunicação escrita e oral, voz e audição; b) realizar exame audiométrico e avaliação e emitir parecer fonoaudiológico nas áreas de comunicação oral e escrita, voz e audição; c) realizar terapia fonoaudiológica dos problemas de comunicação oral e escrita, voz e audição relacionados com o trabalho; 32 Manual de SST/DF d) realizar o aperfeiçoamento dos padrões de voz e fala; e) ministrar palestra sobre o uso correto da voz e outras práticas fonoaudiológicas; f) participar da orientação e do planejamento escolar, inserindo aspectos preventivos ligados a assuntos fonoaudiológicos; e g) elaborar e executar o Programa de Conservação Auditiva – PCA. 15. Os profissionais integrantes das Equipes Multiprofissionais de SST deverão pertencer, obrigatoriamente, ao quadro de pessoal da administração pública. 16. As Equipes Multiprofissionais de SST deverão ser coordenadas, obrigatoriamente, por Médico do Trabalho ou Engenheiro de Segurança do Trabalho, segundo os requisitos especificados no item 3 deste Capítulo. 17. A carga horária dos profissionais integrantes das Equipes Multiprofissionais deverá ser de acordo com o regime de trabalho adotado pela administração pública. 18. Ao profissional especializado em Segurança e em Medicina do Trabalho fica vedado o exercício de outras atividades no órgão, durante o horário de sua atuação na Equipe Multiprofissional. 19. As Equipes Multiprofissionais de SST deverão manter entrosamento permanente com as Comissões de Segurança do Trabalho/CST, dela valendo-se como agente multiplicador, e deverão estudar suas observações e solicitações, propondo soluções corretivas e preventivas. 20. Os órgãos e as entidades da Administração Direta, Autárquica e Fundacional do Distrito Federal são responsáveis pelo fiel cumprimento deste Manual, devendo assegurar, como um dos meios para concretizar tal responsabilidade, o exercício profissional dos componentes das Equipes Multiprofissionais de Saúde Ocupacional. 21. A lotação das Equipes Multiprofissionais de Saúde Ocupacional será nos setoriais de gestão de pessoas da Secretarias de Estado de Administração Pública – SEAP, de Saúde – SES e de Educação – SEE para a qual prestaram concurso, sob Coordenação Técnica Central da Subsecretaria de Saúde, Segurança e Previdência dos Servidores, vinculada à SEAP. 33 Manual de SST/DF QUADRO I Tabela de Risco CÓDIGOS DE DENOMINAÇÃO GRAU DE RISCO AGRICULTURA, PECUÁRIA, PRODUÇÃO FLORESTAL, PESCA E AQUICULTURA 01.1 Produção de lavouras temporárias 3 01.5 Pecuária 01.70-9 Caça e serviços relacionados 3 PRODUÇÃO FLORESTAL 02.1 Produção florestal - florestas plantadas 02.10-1 Produção florestal - florestas plantadas 3 02.2 Produção florestal - florestas nativas 02.20-9 Produção florestal - florestas nativas 4 02.3 Atividades de apoio à produção florestal 02.30-6 Atividades de apoio à produção florestal 3 PESCA E AQUICULTURA 03.1 Pesca 03.11-6 Pesca em água salgada 3 03.12-4 Pesca em água doce 3 03.2 AQUICULTURA 03.21-3 Aquicultura em água salgada e salobra 3 03.22-1 Aquicultura em água doce 3 IMPRESSÃO E REPRODUÇÃO DE GRAVAÇÕES 18.1 Atividade de impressão 18.11-3 Impressão de jornais, livros, revistas e outras publicações periódicas 3 18.12-1 Impressão de material de segurança 3 18.13-0 Impressão de materiais para outros usos 3 18.2 Serviços de pré-impressão e acabamentos gráficos 18.21-1 Serviços de pré-impressão 3 18.22-9 Serviços de acabamentos gráficos 3 18.3 Reprodução de materiais gravados em qualquer suporte 18.30-0 Reprodução de materiais gravados em qualquer suporte 3 MANUTENÇÃO, REPARAÇÃO E INSTALAÇÃO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS 33.1 Manutenção e reparação de máquinas e equipamentos 33.11-2 Manutenção e reparação de tanques, reservatórios metálicos e caldeiras, exceto para veículos 3 33.12-1 Manutenção e reparação de equipamentos eletrônicos e ópticos 3 33.13-9 Manutenção e reparação de máquinas e equipamentos elétricos 3 33.14-7 Manutenção e reparação de máquinas e equipamentos da indústria mecânica 3 33.15-5 Manutenção e reparação de veículos ferroviários 3 33.16-3 Manutenção e reparação de aeronaves 3 33.17-1 Manutenção e reparação de embarcações 3 33.19-8 Manutenção e reparação de equipamentos e produtos não especificados anteriormente 3 33.2 Instalação de máquinas e equipamentos 33.21-0 Instalação de máquinas e equipamentos industriais 3 33.29-5 Instalação de equipamentos não especificados anteriormente 3 COLETA, TRATAMENTO E DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS; RECUPERAÇÃO DE MATERIAIS 38.1 Coleta de resíduos 38.11-4 Coleta de resíduos não perigosos 3 38.12-2 Coleta de resíduos perigosos 3 38.2 Tratamento e disposição de resíduos 38.21-1 Tratamento e disposição de resíduos não perigosos 3 38.22-0 Tratamento e disposição de resíduos perigosos 3 38.3 Recuperação de materiais 38.31-9 Recuperação de materiais metálicos 3 38.32-7 Recuperação de materiais plásticos 3 38.39-4 Recuperação de materiais não especificados anteriormente 34 Manual de SST/DF CÓDIGOS DE DENOMINAÇÃO GRAU DE RISCO DESCONTAMINAÇÃO E OUTROS SERVIÇOS DE GESTÃO DE RESÍDUOS 39.0 Descontaminação e outros serviços de gestão de resíduos 39.00-5 Descontaminação e outros serviços
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