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PEDIATRIA 5 I - DIARREIA AGUDA

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Diarreia Aguda 
PEDIATRIA 
 
DEFINIÇÕES: 
 DIARREIA: Evacuações amolecidas; líquidas; > 3x/dia OU mudança do padrão* 
• *RNs em AME pode avacuar até 10x/dia de forma fisiológica (reflexo gastrocólico). 
 DIARREIA AGUDA: Até 14 dias. Principal causa é infecciosa. Geralmente é autolimitada. 
 DIARREIA PERSISTENTE: 14-30 DIAS 
 DIARREIA CRÔNICA: > 30 DIAS. 
 
COMPLICAÇÕES: 
 DESIDRATAÇÃO  DESNUTRIÇÃO 
 
FORMAS CLÍNICAS 
 DIARREIA AGUDA AQUOSA 
 DISENTERIA: SANGUE; PUS; MUCO 
 
MECANISMO: 
 OSMÓTICA 
→ Acúmulo intraluminal de solutos 
 → Melhora com jejum 
 → Principal mecanismo das diarreias por vírus 
 SECRETÓRIA 
 → Secreção ativa de eletrólitos 
 → Mantida no jejum 
 INVASIVO 
 → Inflamação; Pode haver erosão a mucosa colônica; menor absorção; 
 → Pode levar a disenteria; 
__ = Diarreia Aquosa / __ = Disenteria (sangue, pus e muco) 
ETIOLOGIA 
DIARREIA AQUOSA 
 
 ROTAVÍRUS 
• Mecanismo osmótico (clássico): achatamento vilositário;  dissacaridase; 
o Vírus com tropismo para a vilosidade do intestino, causando um achatamento; 
Os enterócitos restantes não são maduros o suficiente liberam pouca 
dissacaridase; 
• Mecanismo secretor: Enterotoxina 
• Pode causar DIARREIA GRAVE em < 2 anos. 
o Objetivo da vacina é reduzir a incidência das formas graves. A primeira infecção 
é a mais grave. 
• Vômitos e diarreia 
o Geralmente o vômito é o primeiro sintoma, durante as primeiras 24h, seguido 
pela diarreia após. → Gastroenterite Viral Aguda 
 OUTROS VÍRUS: 
 NOROVÍRUS → SURTOS! 
  ADENOVÍRUS 
 
 E. COLI 
Existem vários tipos de E. coli que podem causar diarreia, e por isso pode haver vários padrões 
de apresentação clínica. 
• ENTEROTOXIGÊNICA → Diarreia secretória; Não é comum em países desenvolvidos; 
“diarreia do viajante (Turista)”. 
• ENTEROPATOGÊNICA → Diarreia Persistente; 
• VIBRIÃO COLÉRICO → Diarreia secretória; toxina muito violenta que leva à uma 
secreção muito elevada de sódio (perda de > 90mEq/L e outros eletrólitos; 
o Diarreia com aspecto de água de arroz 
 Parasitas: giárdia 
• Podem causar diarreia aquosa, mas é bem menos frequente. 
• Dentre as parasitoses a mais comum é pela giárdia. 
DISENTERIA 
→ Qualquer agente que causa disenteria pode causar diarreia aquosa; 
 Shigella 
• Principal causa de disenteria 
• Invasão: febre, dor abdominal, tenesmo (COLITE -> diarreia baixa). 
• Sintomas neurológicos: podem preceder o quadro diarreico. 
o Crise convulsiva 
• Síndrome hemolítico-urêmica pela toxina de shiga, causando lesão do glomérulo. 
o TRÍADE: IRA (oligúria, edema, aumento de Cr e ureia), TROMBOCITOPENIA 
(petéquia, hemorragias), ANEMIA HEMOLÍTICA MICROANGIOPÁTICA 
(palidez,  hemoglobina, presença de esquizócitos no sangue periférico devido 
ao trauma sofrido pela hemácia). 
 Campylobacter 
• Principal causador de disenteria em países desenvolvidos 
• Síndrome de Guillain-Barré → Principal causa! 
o Reação cruzada dos anticorpos com a bainha de mielina 
 E. coli 
→ ENTEROINVASIVA (EIEC) 
→ ÊNTERO-HEMORRÁGICA (HEIEC/STEC): PRINCIPAL CAUSA DE SD. HEMOLÍTICA 
URÊMICA (SHU); DISENTERIA SEM FEBRE – Não tem invasão intestinal, a hemorragia 
ocorre por enterotoxina. Tbm produz a toxina de shiga. 
 → SHU (O157:H7) 
 SALMONELLA 
• Tem maior incidência de bacteremia. Maior risco de gravidade em: 
o Hemoglobinopatia s (falciforme) -> Pode causar osteomielite 
o Imunodeprimidos 
o < 3 meses 
o Nesses grupos, o ideal é smp fazer coprocultura quando á chance de ser 
salmonella, para prescrever o atb específico. 
 Parasitas: ENTAMOEBA HISTOLYTICA 
• Pouco comum na população pediátrica. 
 
TRATAMENTO DA DIARREIA AGUDA 
 PRIORIDADE: PREVENÇÃO E TRATAMENTO DA DESIDRATAÇÃO 
→ SOLUÇÕES GLICOSSALINAS ORAIS! Na doença diarreica o mecanismo de absorção de 
sódio acoplado com glicose permanece intacto. 
Soro Caseiro: Colher específica OU 1 copo de água de 200ml de água + 1 pitada de sal + 
um punhado (ou 8 pitadas) de açúcar. Ajuda a evitar a desidratação/manter hidratada. 
Solução Reidratante Oral – SRO 
→ SOLUÇÕES CRISTALOIDES E.V 
AVALIAÇÃO DA HIDRATAÇÃO 
 
Tem que ter pelo menos 2 alterações para considerar cada uma das classificações. 
 PLANO A: 
• Aumentar a ingestão hídrica (soluções caseiras) após cada evacuação diarreica; pode 
usar a SRO. 
o < 1 ano: 50-100ml 
o > 1 ano: 100-200ml 
• Manter dieta habitual – correção apenas se erros graves. 
• Orientar sinais de gravidade (irritabilidade, sedenta, etc). 
• Zinco (10 dias) – REDUZ RISCO DE RECORRÊNCIA nos próximos 3 meses (reduz risco 
de desnutrição. 
 PLANO B: 
• TRO – UNIDADE DE SAÚDE 
• SRO – Quantidade: 
o Conforme aceitação. 
o Volume: 75 ml/kg em 4h 
• Alimentação: manter aleitamento materno 
• Reavaliação frequente 
• HIDRATADA: ALTA COM PLANO A (Com SRO) 
• VOMITO: Não é contraindicação 
 PLANO C: 
• Hidratação venosa (OMS) 
o SF 0,9% - 100 ml/kg (10% do peso corporal) 
 
• TRO tão logo seja possível 
• Reavaliação após 3-6h → se hidratada, pode dar alta. 
 
RECOMENDAÇÃO CDC – 20ml/kg em alíquotas. 
 
TRATAMENTO COM ANTIMICOBRIANOS 
• SHIGELOSE: ATB se DISENTERIA + GRAVE COMPROMETIMENTO DO ESTADO 
GERAL 
o Febre,  RNC 
o TTO: Ceftriaxona/ciprofloxacina 
o Se disenteria sem febre e BEG – provavelmente é E. coli enterohemorrágica. Se 
tratar com atb pode aumentar o risco de SHU. 
• SALMONELA COM FATOR DE RISCO 
• CÓLERA (Azitromicina) 
 
OUTRAS MEDIDAS 
• Antieméticos: não recomendados 
o OBS: Ondansetrona no plano B! 
• Probióticos: avaliar? 
• Racecadotrila (tiorfan)? 
o  volume das evacuações 
o Questionável 
• NA DIARREIA PERSISTENTE 
o AVALIAR REDUÇÃO DE LACTOSE!* 
OBS: INTOLERANCIA À LACTOSE 
• Intolerancia 1ª, 2ª (lesão na diarreia infecciosa) 
• Lactose não digerida 
o Diarreia – fezes explosivas 
o Fermentação no cólon 
▪ Ácidos orgânicos (hiperemia perianal) 
▪ Gases (metano/H2)

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