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@laismazzini 
 
Armazenagem 
As organizações se utilizam do processo de armazenagem para atender as necessidades dos 
clientes, sendo assim, a armazenagem é uma estratégia da organização perante o nível de 
serviço definido junto ao seu mercado. 
A armazenagem inclui todas as atividades de um ponto destinado à guarda temporária e à 
distribuição de materiais. 
A estocagem é uma parte da armazenagem, é a guarda física dos produtos ou materiais. Uma 
das atividades do fluxo de materiais no armazém e ponto destinado à locação estática dos 
materiais. Dentro de um armazém, podem existir vários pontos de estocagem. 
Segundo Pozo (2002), a armazenagem serve de apoio ao desempenho das atividades primárias 
da logística, envolvendo a administração dos espaços necessários para manter os materiais 
estocados que podem ser na própria fábrica, como também em locais externos (centros de 
distribuição). Ainda, envolve a localização, dimensionamento, arranjo físico, equipamentos e 
pessoal especializado, recuperação de estoque, projeto de docas ou baías de atracação, 
embalagens, manuseio, necessidade de recursos financeiros e humanos, entre outros. 
Os objetivos da armazenagem são: 
• Maximizar o uso do espaço. 
• Permitir acesso fácil ao uso do material. 
• Garantir condições adequadas de estocagem do material. 
• Controlar os estoques e as atividades de armazenagem. 
• Minimizar avarias, perdas e roubos. 
• Permitir uma movimentação eficiente do material. 
• Permitir a utilização efetiva de mão de obra e equipamentos. 
• Separar os materiais de uma maneira rápida e confiável. 
• Despachar rapidamente os materiais aos seus destinos. 
Para Ballou (2007), existem quatro razões básicas para a armazenagem, sendo elas: 
• Reduzir o custo de transporte e produção: esta se daria por meio da compensação, ou 
seja, manteria um estoque em locais estratégicos, minimizando os demais custos. 
• Coordenação de suprimentos e demanda: garantir o atendimento da demanda, por 
meio da disponibilidade de suprimentos. 
• Necessidade de produção: para alguns produtos específicos a exemplo de queijos, 
vinhos e bebidas alcoólicas, é requerido um período de maturação ou envelhecimento, 
o que ocasiona a necessidade de armazenagem durante o processo. 
• Considerações de marketing: buscando uma melhor disponibilidade do produto ao 
mercado, deixando-o mais próximos do consumidor e gerando melhor atendimento 
com relação a prazos, gerando efeito positivo nas vendas. 
Rago (2002) aponta alguns novos instrumentos da armazenagem, sendo eles: 
• verticalização e gestão dos estoques, 
• automatização e automação na armazenagem e 
• endereçamento móvel. 
@laismazzini 
 
Moura (1997) define que são cinco os elementos da armazenagem, sendo eles: 
• Materiais ou produtos: os bens que passarão pelo processo de armazenagem, 
podendo ser matéria-prima, subconjuntos e/ou componentes, produtos em 
processo, produtos acabados etc. 
• Recursos humanos: relativo à mão de obra (profissional) alocada no processo de 
armazenagem, tais como: conferente, almoxarife, operador de empilhadeira, 
operador de separação etc. 
• Equipamentos de movimentação e armazenagem: são os equipamentos utilizados 
para a movimentação dos materiais ou produtos com o intuito de disponibilizá-los 
no local de destino, podendo ser o estoque, a produção, carregamento do 
transporte, e assim por diante (será aprofundado na próxima seção). Já os 
equipamentos de armazenagem (ou de estocagem) são as estruturas geralmente 
disponíveis para a guarda física dos materiais ou produtos, o equipamento mais 
comum é o porta paletes, mas ainda nesta seção veremos outros equipamentos. 
• Estruturas: são referentes à estruturação dos fluxos de informações e de materiais. 
Quais as etapas do processo de armazenagem e como é realizada a 
comunicação/interação entre as atividades? Geralmente o processo é subsidiado 
pela tecnologia da informação (TI), para que exista maior rapidez e assertividade. 
• Espaço/edifício: diz respeito ao local de armazenagem. A armazenagem pode ser 
feita em armazém, galpão e/ou pátio, podendo ser este espaço físico próprio ou de 
terceiros. 
Ballou (2007) define outros fatores que devem ser considerados com relação ao espaço físico 
na armazenagem: 
• Localização de depósitos: inicialmente deve-se definir a região geográfica, depois 
definir o sítio específico (cidade, bairro etc.) considerando os fatores potenciais da 
região, assim como custos, regulamentações locais, recursos humanos, entre 
outros. 
• Dimensionamento: é necessário definir a área do depósito para atender a 
demanda e a estratégia da organização. A capacidade do local garante uma melhor 
gestão, porém, não significa que quanto maior é melhor, mas sim que deve ter 
condição de suportar as necessidades da organização. 
Ballou (2007) define que os depósitos prestam quatro principais serviços aos usuários, sendo 
eles: 
• Abrigo de produto: armazéns providenciam proteção para as mercadorias, além de 
longas listas de serviços associados, como manutenção dos registros (inventário), 
rotação de estoques e reparos. 
• Consolidação: se as mercadorias são originárias de diversas fontes (locais 
diferentes), a empresa pode economizar no transporte se as entregas forem 
agregadas/ consolidadas. 
• Transferência e transbordo: é desagregar ou fracionar quantidades transferidas em 
grandes volumes para as quantidades menores demandadas pelo cliente. Esta 
atividade é oposta à da consolidação. 
• Agrupamento: um uso especializado para depósitos é o agrupamento de itens por 
produto. 
@laismazzini 
 
Para Ballou (2007), existem cinco tipos básicos de armazéns, estes relacionados aos tipos de 
produtos: 
• Armazéns de commodities: especializam-se no manuseio e armazenagem de produtos 
padrões (commodities), exemplos: madeira, algodão, tabaco etc. 
• Armazéns para granéis: especializam-se no manuseio e armazenagem de produtos 
granelizados, exemplos: produtos químicos, xaropes etc. 
• Armazéns frigorificados: são depósitos refrigerados. Servem para guardar perecíveis, 
como frutas, vegetais, comidas refrigeradas e/ou congeladas, além de alguns produtos 
químicos e farmacêuticos. 
• Armazéns para utilidades domésticas e mobiliários: seus principais clientes são 
empresas que distribuem miudezas de uso caseiro e não os fabricantes de móveis. 
• Armazéns de mercadorias em geral: Amplo leque de itens, não exigindo as facilidades 
ou equipamentos especializados. 
Os fluxos de operações de um armazém estão diretamente ligados à configuração de 
instalação, ou leiaute (em inglês, layout), que estabelece a relação física entre as atividades do 
armazém. 
➢ A preocupação maior na hora de projetar o leiaute de uma instalação de armazenagem 
e/ou distribuição de cargas é com o volume e a velocidade do fluxo de produtos. Tem 
que haver e ser mantida uma alta taxa de movimentação entre os setores da 
instalação. 
➢ Usualmente encontraremos em armazéns os leiautes nos fluxos “U” ou “I”. 
Fluxo em “U”: são os mais utilizados, onde os produtos entram pelo recebimento, passam pela 
estocagem nos fundos do armazém e dirigem-se à expedição que está localizada próxima ao 
recebimento, do mesmo lado do prédio (MOURA, 1997). 
 
Fluxo em “I”: operação com o fluxo atravessando o armazém, geralmente utilizada somente 
para operações cross docking ou operações nas quais os períodos de pico de recebimento e 
expedição coincidem (MOURA, 1997). 
 
@laismazzini 
 
 
Recebimento: são todas as atividades envolvidas no fato de aceitar materiais para serem 
armazenados. Incluem: receber e atracar o veículo, fazer checklist e descarregar o veículo, 
receber o material físico e fiscal, conferir a carga, identificar e distribuir o material. 
Put away: atividades de pré-packaging (paletização, repaletização, aplicação de filmes 
plásticos, colocação de etiquetas etc.), leitura do código debarras, definição do local de 
endereçamento do material, movimentação do palete até a área de estocagem. 
Picking: é a retirada dos itens em estoque para o atendimento de uma demanda específica. 
Coleta, separação e preparação de pedidos segundo a necessidade de cada cliente. 
Stage out: local destinado aos materiais ou produtos que estão em processo de expedição com 
a finalidade de otimizar o uso dos equipamentos de movimentação, mão de obra e a 
capacidade de transporte do veículo de carga. 
Cross docking: operação de rápida movimentação de produtos acabados para a expedição, 
entre fornecedores e clientes. Transbordo sem estocagem. 
Expedição: é a última fase do ciclo do armazém antes do carregamento e embarque do 
produto para o cliente ou entrega do material para a produção. 
 
Conceito de cross docking, pode ser definida como uma operação de cruzamento de docas, ou 
seja, a mercadoria chega no CD e, sem estocar o produto, ele já é separado em lotes menores e 
despachado, em uma operação também conhecida como baldeação. 
 
@laismazzini 
 
Outro modelo de operação é o transit point (algo como ponto de transição), a operação é a 
consequência da tradução ao pé da letra do termo, o CD passa a ser apenas uma unidade de 
passagem da mercadoria, a qual não é estocada, apenas fragmentada em unidades menores já 
previamente estabelecidas, ou seja, com a destinação certa, apenas como um ponto de 
transição dentro das rotas de entrega. 
Temos o sistema merge in transit, o produto passa a ser montado ao longo da cadeia, os 
componentes chegam separados e o local físico (CD) é utilizado para o agrupamento destes e 
posterior montagem, de acordo com o pedido dos clientes. 
Alguns equipamentos de armazenagem apresentados: 
• Estrutura porta paletes: é o sistema mais universal para o acesso direto e unitário a 
cada palete. Se transformando em uma solução ótima para armazéns nos quais é 
necessário armazenar produtos paletizados com grande variedade de referências. A 
distribuição e a altura das estantes se determinam em função das características das 
empilhadeiras, dos elementos de armazenagem e das dimensões do local. 
• Drive-in: Através do drive-in a armazenagem é feita por acumulação, o que facilita a 
máxima utilização do espaço disponível, tanto em superfície como em altura. Estantes 
adequadas para produtos homogêneos com baixa rotação e grande quantidade de 
paletes por referência. 
• Estrutura dinâmica: são um sistema ideal para armazéns de produtos perecíveis 
aplicável a qualquer setor da indústria ou da distribuição (alimentação, setor 
automobilístico, indústria farmacêutica, química etc.) As estantes são constituídas por 
uma plataforma de roletes, com uma ligeira inclinação que permite o deslizamento dos 
paletes, por gravidade e a velocidade controlada, até o extremo oposto. 
• Push back: é um sistema de armazenamento por acumulação que permite armazenar 
até quatro paletes em profundidade a cada nível. Todos os paletes de um mesmo nível, 
com exceção da última, se assentam sobre um conjunto de carros que se deslocam, 
por empurro, sobre os carros de rodagem. Ideal para armazenagem de produtos de 
média rotação, com dois ou mais paletes por referência. 
• Flow-rack: Sistema similar ao das estruturas dinâmicas, porém, sua utilização não é 
para paletes, e sim para unidades menores, geralmente caixas. 
• Cantiliver: é utilizada para a armazenagem de unidades de carga de grande longitude 
ou com medidas variadas, se caracterizam por uma estrutura muito simples, composta 
por colunas e uma série de braços em balanço, sobre os quais se depositam a carga. 
Em função da altura e do peso da mercadoria pode-se eleger entre a estante leve ou a 
pesada. Ambas oferecem a possibilidade de situar os níveis de um lado, somente, ou a 
ambos os lados da estrutura. A manipulação da carga pode realizar-se manualmente, 
quando é de pouco peso, ou mediante empilhadeira e meios de elevação apropriados, 
quando são pesadas. 
• Armazéns autoportantes: são grandes obras de engenharia, nas quais as próprias 
estantes fazem parte do sistema construtivo do edifício, junto com as laterais e a 
cobertura. As estantes suportam as cargas das mercadorias e dos diversos elementos 
da construção, além disso, os esforços gerados pelos meios de movimentação de carga 
e dos agentes externos: força do vento, sobrecarga da neve, movimentos sísmicos etc. 
A altura destes armazéns somente está limitada pelas normas locais ou pela altura de 
elevação das empilhadeiras ou trans elevadores. Pode-se construir armazéns com mais 
de 30 m de altura. 
@laismazzini 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referência: Processos logísticos - Leonardo Ferreira Rodrigo Furlan de Assis Luis Fernando 
Chiacherine Valdir Esposito Cristiano de Almeida Bredda Romeu Marcelo Kurth

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