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Aula de PPR da Prof Lígia (Voz 57) 
Modelo Mestre 
Relembrando as etapas: tudo começou com a moldagem de estudo (leva o modelo de estudo no delineador para que possamos fazer o planejamento), dentro do delineamento iremos determinar o eixo de inserção, traçar o equador protético, fazer a calibração construir os planos guia, confeccionar as coroas guia, e registrar o eixo com a placa, agora constrói na boca do paciente os preparos para receber a prótese (preparo de boca 2 – confecção dos nichos, das retenções, e dos planos guia, aonde coloca a coroa guia para fazer o desgaste do dente do paciente), com o paciente pronto faz a moldagem para obter o modelo mestre (vai ter preparo, os nichos devem estar bem visíveis, vai ter que ser um modelo bem preciso, pois é ele que será enviado ao laboratório, para que a estrutura metálica possa ser confeccionada). 
Como obter o Modelo Mestre ou Modelo de Trabalho? Em PT, a moldagem de trabalho é a moldagem funcional, ela que origina o modelo de trabalho aonde será feita a polimerização da prótese, em PT ela foi feita com silicona de condensação ou pode ser usada a pasta Zoe (é um material rígido, mas, como no caso só vai moldar mucosa pode usá-la), no caso da PT pode ser usado qualquer elastômero, contato que tenha uma moldeira individual para que esse material seja utilizado. No caso da moldagem para obtenção do modelo mestre, utiliza-se também materiais elastoméricos, pode usar a pasta ZOE em algumas situações, não pode moldar dente com ela. O que vai diferenciar qual tipo de técnica usar é o tipo de paciente, o tipo de prótese que irá ser feito. Prótese dentosuportada utiliza-se uma técnica diferente quando a mucosa está envolvida, pois quando ela está presente tem que fazer uma moldagem chamada de funcional, então a mucosa estando presente ela será vista como área chapeável. 
Os modelos de estudo vão ser usados em todas as etapas de planejamento, tanto o delineador quanto com relação a quais componentes vão ser utilizados na prótese. Já o modelo mestre ou de trabalho vai apresentar todos os preparos protéticos feitos na boca do paciente, como os nichos, as retenções, o plano guia. Então, vamos ter 2 casos: dentosuportado e dentomucososuportada. 
- dentosuportado: toda biomecânica da prótese vai ficar sobre os dentes, a mucosa não participa. Não vai ter nenhum espaço de extremidade livre, provavelmente só tem espaço intercalar. 
O objetivo da moldagem de trabalho é originar um modelo que vai ser enviado para o laboratório para construir as armações metálicas, então esse processo laboratorial é difícil, não é fácil de achar mão de obra. É um modelo feito a partir de um molde com material mais preciso, deve copiar todos os preparos protéticos realizados. 
A partir da moldagem de estudo obtém-se um modelo de estudo, o qual passa pelo planejamento (tipos de componentes que serão usados e todo o delineamento), a partir daí vai para a boca do paciente fazer o preparo de boca 2, ou seja, construir nichos, retenções, fazer desgaste de coroa guia, e depois faz a moldagem de trabalho. No caso aonde temos uma prótese dentosuportado a técnica preconizada é a técnica do reembasamento, ou seja, primeiro molda com a silicone pesado depois molda com silicone fluido, faz alivio na parte pesada para criar espaço para o material fluido. Com que tipo de moldeira faz essa técnica? Moldeira de estoque! Pois para moldar com material pesado precisa de uma moldeira relativamente grande para pode caber a massa pesada. Pode ser silicone de condensação ou de adição. 
A partir da técnica de reembasamento, obtém um modelo mestre ou modelo de trabalho, aonde podemos observar todos os preparos protéticos realizados no paciente. Esse modelo vai para o laboratório, e de lá ele retorna com a armação metálica. 
Qual o material que parece gesso e é resistente a altas temperaturas? É o material refratário. O protético duplica o modelo mestre com esse material para poder injetar a liga na forma líquida, se isso for injetado no modelo comum ele irá quebrar. No momento em que ele duplica, se o modelo estiver contaminado com grafite, por exemplo, isso vai contaminar o modelo refratário e vai interagir com o metal gerando bolhas. Todo o planejamento e as marcações são feitas no modelo de estudo! 
O que manda para o técnico do laboratório? Manda o modelo mestre, o modelo de estudo todo planejado e desenhado, e manda a placa de transferência, porque se ele tiver qualquer dúvida sobre como posicionar os grampos, por exemplo, ele pode colocar a placa no modelo, leva ao delineador e checa se a posição está correta. Ele vai encerar o modelo mestre, tudo o que está em metal foi feito antes em cera, então para o técnico saber aonde finaliza o grampo ele põem o modelo no delineador, marca aonde fica o ponto de retenção e vai encerando. 
Relembrando a técnica do reembasamento: passa por uma moldagem inicial com material pesado, exemplo silicone de adição, nesse caso tem uma apresentação diferente, ele tem a massa base e a massa catalisadora, então pega a mesma quantidade de uma e a mesma da outra e mistura até obter uma mistura homogênea, leva em uma moldeira de estoque na boca do paciente, todo material fluído molda melhor que material pesado, então a pasta leve copia detalhes que não foram copiados na primeira moldagem com a massa pesada. Para que possa utilizar materiais leves, faz alívios, tira bastante material, cria um espaço bem grande para o material fluido, deixando pequenas referências de posicionamento, de preferência nas pontas de cúspides. E então coloca-se o material fluido, ele deve preencher toda a moldeira, é interessante leva-lo ao dente pois isso minimiza a formação de bolhas, então se eu levo o material de encontro a superfície do dente antes de levar a moldeira cheia de material minimizo a formação de bolhas. 
Com o molde pronto, vaza o gesso tipo IV, porque ele é mais resistente, tem menos porosidade porque o cristal é menor por isso ele copia melhor e tem menos expansão que os outros gessos. Esse gesso sempre vai ser utilizado para modelos de trabalho. 
Toda vez que tiver uma situação dentosuportado a técnica de eleição é a técnica de reembasamento, material pesado e leve. Temos que obter uma cópia de todos os preparos, deve ser nítida, não pode ter bolhas, nem falhas, não pode ter espaços vazios ao redor do preparo porque se isso ocorrer, principalmente com relação aos nichos, esse molde vai ser rejeitado! Deve-se repetir o molde! Ponta de cúspide em contato com a moldeira também é motivo para rejeitar um molde, bolhas, espaços vazios na região da borda palatina aonde vão ter os conectores maiores também são motivos, rasgamento, insuficiência de detalhes. É melhor moldar de novo do que mandar o modelo ruim, pois a armação metálica volta do laboratório errada. O silicone de adição pode ser vazado em até 7 dias, mas isso não pode ser feito com o silicone de condensação, o qual tem uma hora para ser vazado. 
Lembrando que em prótese, os modelos devem ser bem copiados, com base adequada e bem recortados! E muito cuidado na hora de fazer o recorte do gesso, caso corte um pouco do dente é necessário repetir a moldagem! 
- Dentomucososuportada: aonde geralmente tem extremidades livres, uma ou duas, ou mesmo espaços intercalares muito amplos, terá técnica diferente de moldagem. É feita a moldagem funcional, a qual tem a função de estabelecer o limite da área chapeável, e no caso das extremidades livres, essa moldagem é muito importante para minimizar o efeito de alavanca, é aquele efeito de que quando o paciente morde com a parte posterior da prótese e ele sente que ela balança um pouco, isso sempre vai acontecer devido a resiliência da mucosa. Se a moldagem funcional não for feita, terá uma desadaptação maior entre a base da prótese e o rebordo, quanto maior a desadaptação mais o paciente vai sentir o movimento de alavanca. À medida que molda e deixa prótese mais próxima dos tecidos, o paciente sente esse movimento com menor intensidade, mas ele vai sentir de qualquer forma. Com o tempo,o osso reabsorve, então precisa trocar a prótese ou reembasar. 
Sempre que tivermos a participação da mucosa na biomecânica da prótese, iremos precisar utilizar a técnica da moldagem funcional. Então tem o objetivo de obter a máxima extensão dos bordos periféricos, ou seja, determinar os limites da área chapeável, sem interferência da função da musculatura, registrar as áreas de suporte (quando o paciente morde), e registrar áreas dos dentes para mantê-los em posição. 
Os materiais utilizados são: godiva (utilizada para fazer a moldagem funcional dos bordos, estabelecendo o limite da área chapeável, não faz vedamento, porque diferentemente da PT não é vedado tudo, para em certos pontos), pasta de oxido de zinco e eugenol só poderá ser utilizada na área de mucosa, sem dente, e os elastômeros, silicone de condensação, de adição, poliéter, polissulfeto. 
3 técnicas para PPR dentomucososuportado: temos a técnica aonde será utilizada a moldeira individual (é confeccionada uma moldeira de resina acrílica, ajusta no paciente, faz moldagem periférica e depois molda com silicone); 
Técnica de moldagem com a boca fechada- são realizados 2 momentos de moldagem, primeiro molda pela técnica de reembasamento e segundo, após a montagem dos dentes, realiza a moldagem funcional; 
Técnica de M.Craken ou técnica do modelo dividido – é mais complexa, a moldagem funcional é feita antes da prova dos dentes. 
Técnica com a moldeira individual -> Modelo de estudo, planejamento, preparo de boca 2, paciente preparado. Com o modelo de estudo, confecciona a moldeira individual, com essa moldeira pronta faz o ajuste dela na boca do paciente para ela não machucar, quando ela estiver pronta para ser usada, faz a moldagem funcional, faz a moldagem de bordo e depois a moldagem com silicone por dentro. Na região dos dentes deve ser feito um alívio. Sobre esse modelo que foi feito o técnico faz a armação da prótese. 
Técnica de moldagem com a boca fechada – o paciente está pronto, molda pela técnica do reembasamento para obter o modelo mestre e manda para o técnico fazer a armação metálica, prova a armação metálica na boca do paciente, toma o registro intermaxilar, monta no articular o coloca os dentes, quando os dentes estão montados o paciente prova a prótese para observar se está tudo em posição, se o paciente consegue ocluir, se ele consegue falar. Aprovada essa parte do tratamento, faz a moldagem funcional com o paciente mordendo as duas bases de prova. 
Basicamente, a diferença de uma para outra é que na primeira, depois que faz o modelo de estudo já constrói a moldeira individual e faz a moldagem funcional, depois disso manda construir a armação metálica, registra no articulador, monta e prova os dentes, depois de tudo aprovado manda para fazer a polimerização da prótese. Já na segunda técnica, faz a confecção do modelo mestre a partir da técnica de reembasamento, manda fazer a armação metálica, faz a moldeira individual parcial na região de rebordo, faz o registro, monta no articular, prova os dentes no paciente e aí sim realiza a moldagem funcional pela técnica da boca fechada, depois polimeriza, instala e faz o controle. 
Na técnica da moldeira individual temos que aliviar o dente com cera ou silicone. 
- modelo de estudo, alivio, constrói a moldeira individual, toda ela é ajustada, ela pode ser perfurada para reter o silicone, faz a moldagem de bordo com godiva estabelecendo o limite da área chapeável, e depois coloca dentro um elastômero, pode ser poliéter, silicone de condensação, silicone de adição, desde que seja feito retenção mecânica ou aplicação de adesivo, passado dentro e fora da moldeira. Obtém o modelo de trabalho e é um modelo funcional. Não precisa mais moldar, só precisa fazer essa moldagem. 
Na moldagem com boca fechada terá que ser construída uma moldeira também, só que ela será parcial. Faz alivio com cera para que a resina não entre em área retentiva, posiciona a armação metálica de volta ao modelo, sendo que essa cera não pode atrapalhar o assentamento da armação, e sobre esse alivio e com a armação em posição constrói-se a moldeira individual parcial, somente na região de extremidade livre ou área de mucosa, ela é construída na armação metálica para que possamos fazer a moldagem de boca fechada. Sobre a base de resina constrói os planos de orientação, para tomar registro intermaxilar, para ajustar suporte labial, altura do sorriso, corredor bucal, tudo isso é feito no plano de orientação. Depois disso, é montado no articulador, monta os dentes, faz a prova no paciente. Na área de extremidade livre usa a godiva para determinar o limite da área chapeável, tira a cera que estava aliviando, passa o adesivo nessa região, manipula o silicone fluido, coloca dentro da base que serve de moldeira, preenche toda a base, leva em posição garantindo que todos os apoios estejam dentro dos nichos, e pede para o paciente fechar a boca. Polimeriza, manda a prótese de volta, ajusta no paciente e controla. 
A ultima técnica é mais complexa, requer recorte do modele. Técnica de Mc. Craken ou técnica do modelo dividio – se parece com a moldagem de boca fechada devido a sequencia dos procedimentos: modelo de trabalho, determinação da área chapeável, alivio com cera, posiciona a armação metálica e constrói as bases com resina acrílica, só que a moldagem de bordo e a moldagem com silicone serão feitas antes de montar os dentes, o paciente nesse caso não pode morder, pois ele não tem os dentes, o paciente fica com a boca aberta. Depois de moldar, pega o modelo mestre aonde foi confeccionada a armação metálica, e com uma serra de gesso recorta as extremidades livres, coloca o molde em posição, com a cera cria uma parede no modelo, checa se todos os componentes estão bem posicionados, vaza o gesso tipo IV, tem uma parte do modelo mestre original e parte de extremidades livres com modelo novo, originado pela técnica de M. Craken. Não pode haver nenhuma descontinuidade do modelo antigo com a parte do modelo novo, deve ser contínuo. É uma moldagem funcional realizada somente em extremidade livre associada ao modelo mestre antigo. 
Depois de tudo isso faz a montagem de dentes, prova e polimeriza. 
3 técnicas de moldagem: moldeira individual, boca fechada e modelo recortado!

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