Buscar

Aula de dentística III

Prévia do material em texto

5º aula de dentística III – AP2
Técnicas de Moldagem/Cimentação
Técnica Dupla Moldagem 
De único passo: vai levar o material pesado e o leve de uma única vez. 
De dois passos: leva primeiro o material pesado, espera ele tomar presa, remove e depois faz a moldagem com material leve. 
Indicações: gengiva inserida com pelo menos 2mm de altura – pois fica difícil fazer uma moldagem satisfatória da área e a introdução de fio retrator, quando tem menos que 2mm, pode causar recessão gengival; 
presença de sulcos que permitam a introdução do fio retrator; 
qualquer tipo de preparo; 
O afastamento gengival pode ser feito com fio duplo ou simples, é preferível fazer com o duplo porque coloca-se 2 fios intrasucularmente, afastando bem a gengiva, quando coloca só um fio, ele tem diâmetro mais delgado, na hora de fazer moldagem esse fio tende a ser retirado, com isso a gengiva tem uma tendência de colabar sobre a área do preparo. 
O que é mais indicado é você colocar primeiro o fio de menor diâmetro, normalmente o 000, e depois coloca um fio maior, o 00. Remove o 00 na hora de fazer a moldagem, deixando só o primeiro que foi introduzido para garantir que a gengiva está afastada, tendo uma área para o material de moldagem entrar. 
Quando você faz a moldagem de dois passos: faz a moldagem primeiro com o material pesado, pega uma maxi ou minicut, desgasta o preparo, quando tiver quase no momento de moldar, você remove o primeiro fio e já injeta com a ponta aplicadora do material de moldagem dentro do término do preparo. 
Moldagem em áreas anteriores, quando você tem menos que 2mm de gengiva, você causar um trauma/ recessão. Um outro tipo de afastamento gengival menos agressivo é o fio de algodão, causa isquemia. Causa um trauma menos, mas, afasta menos a gengiva, só pode ser utilizado em dentes anteriores. 06m
Outro material que podemos usar são os vasoconstritores (adrenalina, noradrenalina, epinefrina), primeiro coloca o fio dentro do sulco e depois coloca o vasoconstritor, quando você molha o fio, ele aumenta de volume o que torna mais difícil de manter esse fio intrasucularmente. Muitos fios já vêm com vasoconstritores. 
Existe uma contra-indicação médica prescrita para pessoas que tem distúrbios cardiovasculares, pressão alta, arritmia, doenças cardíacas, diabetes, hipertireoidismo e arteriosclerose. Acredita-se que esses vasoconstrictores colocados intrasucularmente podem causar intercorrências cardiopatas durante o procedimento. Não precisa usar sempre, pode usar quando a gengiva estiver muito sangrante. 
O filme plástico (PVC) cria alívio relativamente uniforme, melhorando o escoamento do material fluído. Coloca esse filme na moldeira e molda, para que quando você remova a moldeira já esteja com o alívio feito, mas isso deixa a moldagem irregular. 
- Moldagem dupla sem fio: quando o término do preparo estiver supragengival, não precisa fazer área de retenção com o fio, você já consegue ver toda a área externa. A própria recessão que o paciente tem já causa um afastamento mais do que suficiente. 
- Dupla moldagem com alívio – molda com a consistência pesada, tira o material e depois molda com o material leve. 
- Moldagem dupla simultânea – leva os materiais leve e pesado ao mesmo tempo, para fazer esse tipo de moldagem você vai ter que estar manipulando o leve e o auxiliar o pesado, leva na área do preparo, enquanto o material leve ainda está fluído, você coloca o material pesado e molda a mesma área, então não faz alívio. Faz duas moldagens ao mesmo tempo. 
-> Técnica do Fio Retrator
Os fios retratores tem uma numeração, vai do 000 ou 3. São meios mecanoquímicos de retenção gengival. 
Leva o 1º fio, absorve a umidade, faz com que a gengiva se afaste para que o material de moldagem consiga entrar no término do preparo. Usar um instrumental para colocar o fio, pode usar espátula de resina composta, depois leva o 2º fio em posição. Se você remover os dois fios, percebe-se que a gengiva rapidamente volta. Se você só remover um fio e deixar o outro no lugar, o afastamento fica melhor. 
Bom material de moldagem hidrofílico – poliéter. Hidrofóbico – silicona de adição. 
Se o preparo for só por vestibular, o fio retrator será colocado apenas nessa área. 
Técnica do fio duplo – coloca o 1º fio, depois o segundo fio, no momento da moldagem vamos remover o 2º fio e molda. O material entra intrasucularmente. Às vezes, acontece de você retirar o material de moldagem e o fio sair junto. 
É importante, na moldagem, ter uma boa visão do término do preparo. Se não der pra ver o término, a moldagem terá que ser refeita. 
· Cimentação 
O cimento é qualquer massa usada para unir superfícies duras homogêneas ou para preencher cavidades. Tem como objetivo: retenção (a peça fica mais unida ao preparo) e selamento (selar o espaço entre dente e prótese).
O cimento vai unir a estrutura do dente com a peça protética. Quando a coroa vai assentar no dente, vai ficar um pequeno espaço, entre 20 e 50 micrometros, esse espaço é suficiente para a entrada de bactérias. Se tiver esse espaço, pode ter infiltração, trazendo vários problemas ao paciente, como mal hálito, não consegue fazer higienização, causa cárie secundária, retração gengival. 
Alguns cimentos são mais retentivos que outros, porém, não podemos confiar apenas no cimento, mas também no próprio preparo. Tem que seguir as diretrizes do preparo. É um erro achar que o cimento vai suprir todos os defeitos cometidos antes. 
Cimentos para cimentação: até 1950, o único cimento que tinha era o OZE, ainda é utilizado como cimento pós-cirúrgico. 
Cimento Fosfato de Zinco – foi o primeiro cimento definitivo, usado até hoje. É um bom cimento, não pode ser utilizado em todos os tipos de próteses de coroas unitárias. Tem desvantagem com relação aos cimentos resinosos, ele não tem adesão com a estrutura dentária ou com a coroa protética, ele funciona como material de vedação. 
Cimento de ionômero de vidro – tipo I, tipo II, tipo III e tipo IV. Cimento puro de IV é usado para cimentar alguma coisa? Sim, mas não mais peças protéticas, é usado para cimentar bandas ortodônticas. 
Para cimentação de coroas usamos o cimento de ionômero de vidro modificado por resina, a liberação de flúor dele é menor. 
Existem os cimentos resinosos, CIV modificado por resina e compômeros – cimentos autoadesivos. 
Cimento com cura química e dual, pois a luz não chega em todo o cimento, o cimento que será fotoativado vai ser o que está exposto, próximo a linha de cimentação, o restante da presa que ele vai ter é química. Cimentos para cimentação vão ser químicos ou dual. 
Existem alguns cimentos resinosos que além de ser dupla ativação (foto e químico ativado), eles também são autoadesivos - compômeros. Lava, seca a área do preparo, e coloca o cimento sem fazer nenhum tipo de preparo na área. 
· Cimentação temporária – é aquela que você vai cimentar, por exemplo, a sua provisória porque o objetivo é remover a provisória da boca do paciente e depois cimenta a peça definitiva. Cimento temporário não serve apenas para cimentar coroas provisórias, mas também para coroas definitivas, pois corre o risco de alguma distorção, e com o cimento provisório, é feita a rechecagem dos pontos de oclusão, tira esse cimento e coloca o definitivo. 
Cimentar coroas provisórias com cimento definitivo – quando o paciente for se ausentar por um tempo. 
Cimento “temporário” é a característica desse material, e não do tipo de cora que você está cimentando, se é temporária ou definitiva. 
Agentes cimentantes – mantêm coroas provisórias ou definitivas, avaliar a aparência e função da prótese, garantem equilíbrio do complexo dentinopulpar (a dentina não vai ficar exposta ao meio bucal), tem facilidade de remoção.
Os mais usados são Hidróxido de Cálcio (Hydro C), como cimento temporário, e óxido de zinco, com ou sem eugenol. 
3 tipos mais comuns de cimentos definitivos: fosfato de zinco, ionômero de vidro e resinoso.

Continue navegando