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IMUNIDADE PASSIVA X ATIVA 
 Imunização ativa: Confere uma imunidade duradoura cujo contato com os antígenos estimula a produção 
constante de anticorpos. É um processo lento mas gera memória (ativa células B com antígenos timo-
dependentes). O contato pode ocorrer de forma natural com o agente infeccioso com ativação do sistema 
imune e resposta efetora. 
 PROBLEMA: pode haver uma rápida replicação do patógeno e surgir sintomas graves antes que haja a ativação 
do sistema imune e a produção de anticorpos. 
- Vacinação: contato artificial com o agente atenuado/morto > ativação do sistema imune e resposta efetora. 
A vacina ideal deve gerar uma resposta forte e duradoura, ser protetora tanto pra mãe quando para o feto, sendo 
livre de reação adversa. Além de ser estável, de baixo custo e aceitável para a vacinação em massa, a vacina também 
deve induzir anticorpos neutralizantes, evitar que outras células sejam infectadas e desenvolver uma resposta T e B 
forte. 
 Imunização passiva: o número de anticorpos no soro decai com o tempo. Apesar de ser uma imunidade 
imediata, ela é temporária e não produz memória. 
- Natural: o indivíduo adquire Igs prontos (placenta ou amamentação) 
- Artificial: transferência de anticorpos prontos de um indivíduo para outro (via endovenosa, geralmente). Essa 
estratégia de imunização requer que os anticorpos sejam produzidos em animais por imunização ativa para serem 
transferidos a outros animais. 
 
 
 
Obs.: As aves transferem as IgY séricas da galinha para a gema. Imunidade passiva natural 
Uma falha na transferência de anticorpos maternos para o filhote pode ser devido a intervenção humana, ao 
nascimento de animais fracos que pode acarretar no atraso na primeira amada (colostro, no caso), na baixa 
produção desse colostro e/ou aos baixos níveis de anticorpos maternos no sangue, a morte da mãe ou a uma 
lactação prematura. 
 
 
Obs.: Colostro – contém anticorpos IgG que, ao ser ingerido pelo bezerro caem na circulação sanguínea, conferindo 
uma proteção temporária ao animal. Com o tempo a concentração de anticorpos maternos decai no bezerro. Essa 
transferência passiva natural é importante pois, em vacas, a placenta cotiledonária não permite que os anticorpos 
atravessem. 
Para a COVID-19 estudaram o uso de 
soros de cavalos previamente inoculados 
com o vírus para a obtenção de 
anticorpos. Esses anticorpos seriam, 
então, purificados e utilizados como 
tratamento (soros hiperimunes) em 
pacientes infectados. 
Obs.: A degradação de Igs em espécies 
heterólogas é mais rápida pois ocorre 
uma maior ativação dos sistema imune e 
produção de Ig anti-anticorpo. 
 
 
 
ESTUDO DIRIGIDO 
1. Diferencie a imunização passiva da imunização ativa. 
2. Como ocorre a imunização ativa natural? Qual é a desvantagem desta? Cite um exemplo. 
3. A imunização ativa artificial é feita através da vacinação. Descreva as características essenciais para uma 
vacina ideal. 
4. Qual a diferença entre a imunização passiva natural e artificial? 
5. Em que pode implicar um tratamento com soro hiperimune? Explique o que ocorre nessa situação. 
6. A degradação de anticorpos ocorre na mesma frequência quando transferidos artificialmente entre uma 
mesma espécie e quando é feito entre espécies diferentes? Justifique. 
 
 
VACINAS 
 Imunização ativa artificial 
 Resposta lenta (15 dias), com geração de memória e aumento da quantidade de Igs a cada dose. 
 Vários tipos de vacina 
 
1) Atenuado: isolamento e cultivo do vírus em uma célula 
não-específica para a infecção. Dessa forma, o vírus muta 
para que ele possa crescer bem e se replicar nessas 
células não específicas. 
Essas mutações adquiridas o atenuam e ele passa a não 
se adaptar novamente as células humanas, podendo ser 
utilizado na vacina. Ou, o atenuamento também pode ser 
feito por técnicas de DNA recombinante, onde identifica-
se a região do DNA que codifica o fator de virulência que 
causa a infecção e a retira ou introduz mutações, 
deixando o patógeno seguro para ser utilizado. 
 
2) Inativado: o organismo é inativado por um tratamento 
químico ou por calor e é utilizado na vacina. Esse tipo de 
vacina é mais estável (não reverte para uma forma 
virulenta) e não necessita de refrigeração. No entanto, é 
uma vacina que necessita de estímulos (adjuvantes ou 
mais doses). 
 
 
 
Como um exemplo de uso da técnica de atenuação por cultura de células podemos citar o vírus da 
peste bovina (atenuado em cultura de células de coelho) e o vírus da cinomose canina (cultivado em células 
renais caninas, uma vez que apresenta preferência para a replicação em células linfoides). 
 
 
 
Obs.: Os adjuvantes são substâncias adicionadas as vacinas para que haja o aumento de sua 
imunogenicidade, ou seja, que ocorra uma maior probabilidade de se gerar uma resposta imune e produção 
de anticorpos ao particular o antígeno vacinal. Existem 3 tipos de adjuvantes, os de depósito (que provocam 
uma remoção mais lenta do antígeno levando a uma resposta imune mais prolongada também), os 
particulados (que aumentam a apresentação do antígeno) e os imunoestimuladores (estimulam os 
receptores TLRs). Esses 2 últimos levam ao aumento da produção de citocinas pelas APC e, 
consequentemente, ao aumento da resposta de células TH, acarretando no aumento da imunidade mediada 
por essas células, bem como no aumento da produção de anticorpos. 
 
Ex.: Al2OH3 – gera um precipitado junto ao antígeno (gera partículas do antígeno) levando a uma maior 
resposta e produção de anticorpos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3) Vacinas de subunidade: são criadas a partir de antígenos purificados de patógenos (antígenos 
recombinantes, polissacarídeos ou epítopos imunodominantes) ou por toxinas inativadas (toxóides). Geralmente são 
administradas com adjuvantes para que aumente sua imunogenicidade. A presença de antígenos específicos 
diminuem as ocorrências de reações adversas da vacinação, porém esse tipo de vacina é difícil de se desenvolver. 
- TOXÓIDE: É uma toxina produzida pelo patógeno que 
foi inativada. Possui os epítopos antigênicos mas não 
causam danos. 
 
- ANTÍGENOS RECOMBINANTES: Proteína antigênica do 
patógeno. Identificam no genoma qual é o gene 
codificador dessa proteína e ele é retirado e colocado 
em um PLASMÍDEO >>>> geram clones em bactérias que 
passam a produzir grandes quantidades dessas 
proteínas. 
As ptn depois são purificadas e usadas na vacina. 
 
- Vacinas de subunidade purificadas: Os polissacarídeos na superfície de patógenos que dificultam a 
fagocitose. Os polissacarídeos são utilizados como antígeno para a produção de anticorpos. Dessa forma, Igs 
se ligam a essa superfície e ativam o complemento (via clássica) opsonizando e facilitando a fagocitose e lise 
do organismo. É UM ANTÍGENO TIMO-INDEPENDENTE (possui baixa afinidade pela célula B e não gera 
memória) então ADICIONAM UM ANTÍGENO PROTEICO (TOXÓIDE) AO POLISSACARÍDEO 
CONJULGADO = polissacarídeo + toxóide = maior afinidade por célula B e memória. 
 
- Vacinas de subunidade com epítopos imunodominantes de célula B e T: Nesse tipo de vacina há epítopos 
reconhecidos POR AMBOS OS TIPOS DE CÉLULA que são usados na composição do imunizante. Eles são 
ligados a uma matriz ou são incorporados a micelas de proteínas, vesículas lipídicas (lipossomas) ou a 
complexos imunoestimulantes. 
 
 *QuilA: melhora a resposta (adjuvante) 
Por entrarem pela via endógena, esses 
antígenos são apresentados por MHC I – TCD8. 
Podemos dizer que essa forma de vacina 
também é capaz de promover uma IMUNIDADE 
CITOTÓXICA (produção de células TCD8 de 
memória). 
4) Vacinas de DNA: Para se fazer as vacinas de DNA utilizam um plasmídeo com o gene codificador de uma 
proteína antigênica característica do patógeno para o qual se quer imunizar. Esse plasmídeo ao entrar no organismo 
alcança as células dendríticas, entrando em seu cromossoma etranscrevendo essas proteínas que serão 
apresentadas via MHC II e MHC I, ativando células T (resposta TCD4 e TCD8). As DC também podem passar a secretar 
essas proteínas antigênicas que são diretamente reconhecidas por BCRs, estimulando a célula B. Dessa forma, essa 
vacina é interessante pois estimula uma resposta humoral e celular. Apresenta como vantagens que a proteína 
antigênica é expressa e sua forma natural no hospedeiro, havendo uma apresentação prolongada desse antígeno; é 
estável (não necessita de refrigeração) e um mesmo plasmídeo pode ser usado para codificar proteínas de diversos 
patógenos. No entanto, vacina de DNA podem apresentar uma menor imunogenicidade em humanos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5) Vacinas com vetores recombinantes: Na fabricação desse tipo de imunizante há a inserção, em 
um vírus/outro patógeno atenuado, de um gene para o antígeno de interesse em uma recombinação 
homóloga e seleção. Em seguida, os vetores são purificados e estão prontos para serem utilizados na 
composição das vacinas. 
Essas vacinas são eficazes pois geram uma forte resposta (B e T), geralmente não precisam de reforço e não 
há a possibilidade de reversão para a forma virulenta. No entanto, precisam de refrigeração e a imunidade 
pode se dar mais para o próprio vetor do que para o antígeno para qual foi inserido o gene. 
- Os genes inseridos nos vetores são individuais e codificam antígenos-chave de patógenos virulentos. 
- Dessa forma, organismo atenuado serve como um vetor, replicando-se dentro do hospedeiro que recebeu 
a vacina e, assim, expressando o produto do gene para o antígeno proteico ou de patógenos para qual foi 
modificado. 
- Exemplo: vacina de raiva produzida na Bélgica. 
 
 
 
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Explicação do gráfico: A quantidade de anticorpos maternos no soro dos filhotes dificulta a vacinação. No 
gráfico temos a relação onde, quanto menor for a quantidade de Ig materno no soro, maior será a resposta a 
vacina. Esses anticorpos no soro, advindos da imunidade passiva (placenta ou amamentação), neutralizam os 
antígenos vacinais, dificultando uma melhor resposta imune em decorrência da vacinação. Essa 
neutralização se daria pela inibição resultante da ligação dos anticorpos maternos aos FcR de linfócitos B, o 
que bloquearia a sinalização dos BCRs e impediria a ativação de células B e posterior formação de Igs. 
Os anticorpos maternos, mesmo em pequenas concentrações, também poderiam mascarar os epítopos 
vacinais, impedindo o reconhecimento e ativação por parte das células B. Dessa forma, a vacinação 
prematura será ineficiente, devemos aguardar cerca de 6 meses para estabelecer o protocolo vacinal nesses 
animais – uma vez que os anticorpos maternos serão degradados com o passar do tempo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Obs.: Não chega a ser 100% da população que ficará 
imunizada após a aplicação da mesma vacina, a maioria 
produz resposta imune eficiente. Uma minoria produz uma 
resposta inferior e, portanto, insuficiente para uma 
imunização. E, por outro lado, uma minoria também pode 
produzir uma resposta imune exacerbada e ficar bem 
protegida. 
 
 
 
 
 Imunidade de rebanho: Acontece quando grande parte da população foi imunizada e há o impedimento 
da circulação do agente infeccioso. Por não circular, aqueles que não se vacinaram também estarão, de 
certa forma, protegidos. 
 
Obs.: A falha na imunização pode se dar por administração incorreta da vacina, seja por uma via inadequada, 
por inativação da vacina viva devido ao armazenamento errado ou por ter sido aplicada em um animal 
protegido passivamente (anticorpos maternos no soro que neutralizam os antígenos presentes na vacina). Ou, 
ainda, a imunização poderá ser falha em animais responsivos se este já estiver infectado pelo patógeno com 
o qual se vacinou; se houver erros no organismo/cepas usadas na vacina ou, então, por uso de antígenos não 
protetores. Por outro lado, mesmo que a vacina tenha sido administrada de maneira correta, o animal pode 
ser irresponsivo a ela – apresentando uma imunidade passiva prévia; sendo imunossuprimido; por possuir 
uma variação biológica ou, até mesmo, pela vacina ser a incorreta. 
 
 
ESTUDO DIRIGIDO 
 
1. Quais são os tipos existentes de vacinas? 
2. Como pode ocorrer a atenuação de patógenos para a utilização em vacinas? Cite as vantagens e 
desvantagens desse tipo de imunizante. 
3. Diferencie atenuação de inativação. Quais são as vantagens de se fabricar uma vacina de vírus 
inativado quando comparamos com vacinas de organismos atenuados? 
4. Explique em que se baseia a estratégia vacinal, as vantagens e desvantagens de vacinas de DNA. 
5. O que é e como ocorre a imunidade de rebanho? 
6. O que são e para que servem os adjuvantes? Explique com suas palavras. 
7. Por qual motivo não devemos vacinar os animais logo após o nascimento? 
8. Como polissacarídeos podem ser utilizados como epítopos vacinais em vacinas de subunidades se 
eles são classificados como antígenos timo-independentes? 
9. Quais são os outros tipos de epítopos que podem ser utilizados em vacinas de subunidade? Explique 
resumidamente cada um deles.

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