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correlação anatomofuncional

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CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO LUCAS 
 
 
 
 
 
INGRID TEIXEIRA CARPENEDO 
 
 
 
 
 
 
CORRELAÇÃO ANATOMO-FUNCIONAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
PORTO VELHO - RO 
2023 
1. POR QUE OS ACIDENTES VASCULARES CEREBRAIS 
ISQUÊMICOS PODEM SE MANIFESTAR DE DIVERSAS FORMAS? 
O acidente vascular cerebral (AVC) difere a sua manifestação de acordo 
com o tipo e região encefálica atingida. Sabe-se que a via de entrada sanguínea no 
cérebro são as artérias vertebrais e carótidas que se comunicam por meio do Polígono 
de Willis, este trata-se de uma anastomose arterial das artérias vertebrais até que 
formem a artéria basal, fornecendo assim, fluxo sanguíneo para os hemisférios 
cerebrais. 
Com isso se o AVC ocorrer a partir dos ramos da artéria carótida interna, 
os sintomas são cegueira de um olho, paralisia de membro (inferior ou superior) e 
fraqueza, já quando o mesmo ocorre em ramos das artérias vertebrais os sintomas 
mais comuns são visão duplicada, tontura, perca da visão de um dos olhos. 
Geralmente, AVC’s são causados por embolia (coágulo de sangue), 
aterosclerose (obstrução do fluxo sanguíneo por placas de gordura) e hemorragia 
intracerebral (sangramento de vasos da pia-máter ou do encéfalo). 
Se sabe ainda que, um AVC pode ser isquêmico ou hemorrágico, o primeiro 
caso pode ser decorrente de um embolismo (obstrução da circulação nas artérias 
cerebrais) e o primeiro sintoma é a cefaleia, já no segundo caso, refere-se ao 
rompimento de um vaso que conduz sangue ao cérebro, o que provoca a hemorragia 
intra tecidual ou meníngea. 
2. QUAIS AS CORRELAÇÕES ANATOMO-FUNCIONAIS? 
 Dependendo da área e artérias atingidas teremos as manifestações 
(síndromes) clinicas. 
Ao atingir a Artéria Cerebral Anterior será possível observar a perda 
sensorial contralateral, alterações do funcionamento esfincteriano anal e vesical, 
manifestações mentais (em AVC bilateral são mais nítidas e estáveis), hemiparesia 
contralateral mais acentuada no membro inferior e alterações comportamentais (AVC 
do lobo frontal intenso. Quando o AVC acomete a Artéria Cerebral Média os sintomas 
são afasia (caso o hemisfério dominante seja lesado), hemiplegia e/ou hemiparesia 
contralateral acentuada na face e membro superior, hemianópsia homônima, 
hemihipostesia, apraxia e alexia. Quando a obstrução (AVC) ocorre na Artéria 
Cerebral Posterior o paciente apresenta síndromes sensoriais talâmicos, memória 
alterada (lesão bilateral), hemianópsia homônima, síndrome de Anton, cegueira 
cortical (lesão bilateral dos lobos occipitais associado a agnosia), dislexia sem agrafia, 
hemiplegia fugaz e ataxia. Ao ocorrer um AVC na Artéria Carótida Interna, o paciente 
irá apresentar hemiplegia contralateral com hemipostesia e afasia, isquemia retiniana 
com obnubilação ou perda da visão no olho homolateral e inconsistência no momento 
da oclusão. No AVC da Artéria Basilar o paciente apresenta hemiplegia contraleteral 
ou tetraplegia, paralisia facial, disartria e disfagia, síndrome de Hormes homolateral, 
perda de consciência e presença de vertigem. Já no AVC da Artéria Vertebrobasilar, 
o paciente apresentará sinais de lesão de nervos cranianos e de conexões 
cerebelosas homolaterais com sinais sensitivos e motores nos membros 
contralaterais, síndrome de Weber, paralisia homolateral do nervo óculo-motor comum 
e hemiplegia contralateral. 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
BVS – Acidente Vascular Cerebral no contexto emergencial; Revisão Integrativa. 
CANCELA, Diana Manuela Gomes. O acidente Vascular Cerebral; principais 
consequências e reabilitação.

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