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Acidente Vascular Cerebral - Resumo


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Acidente Vascular Encefálico 
Os Acidentes Vasculares Encefálicos/Cerebrais (AVC/AVE) podem ser causados pela 
deficiência de fornecimento sanguíneo ao tecido encefálico (Isquêmico) ou extravasamento 
de sangue no tecido pelo rompimento de um vaso (Hemorrágico). Não é possível distinguir 
clinicamente de qual tipo se trata, sendo necessário exames complementares. 
Isquêmico: 
Correspondem a 80%-85%* dos 
casos de AVC, sendo destes 44% atribuíveis 
a aterosclerose 21% a embolia e 20% a 
doença de pequenos vasos 
A depender do nível do 
envolvimento dos vasos pode-se sugerir 
diferentes causas: 
• Envolvimento simultâneo de mais
de mais de uma distribuição
vascular sugere embolia de origem
proximal.
• Com o envolvimento de apenas um
único território vascular pode
ser sugestivo tanto de uma
aterosclerose quanto de uma de
uma Embolia proximal.
• O envolvimento de apenas uma
artéria penetrante pode sugerir
doença intracraniana de pequenos
vasos ou ainda doença arterial
externo-oclusiva proximal ou 
ainda embolia 
Fatores de Risco 
• Hipertensão Arterial
• Fibrilação atrial
Diabetes
• Tabagismo
• Etilismo
• Estenose carotídea
• Anemia falciforme
Acidente isquêmico 
transitório (AIT) 
 É uma disfunção neurológica 
causado por uma breve isquemia focal 
que não chega a levar a uma lesão 
tecidual. Seus sintomas são parecidos 
com os de um AVC Isquêmico, 
persistindo por menos de 24h. Os 
pacientes que sofreram uma AIT estão 
sobre risco aumentado de sofrerem um 
AVC isquêmico e devem ser observados 
pelos dias ou semanas seguintes. 
1
Manifestações Clínicas 
As manifestações clínicas 
dependem da artéria ocluída e área 
afetada pela isquemia** 
• Artéria Carótida Interna
Os sintomas podem várias 
de acordo com as variações de 
desenvolvimento do polígono de 
Willis, aqueles com um ciclo de 
Willis incompleto podem ter 
perdas sensitivas e motoras 
contralaterais em face, braços e 
pernas. 
Com artéria comunicante 
anterior intacta a perna pode ser 
poupada, caso ela esteja ausente 
no lado oposto ao da lesão, a 
perna ipsolateral também pode 
ser afetada. Em caso de oclusão da 
artéria oftálmica pode causar 
perda da visão ipsolateral. 
• Artéria coróidea anterior
Déficits motores, 
sensitivos e visuais 
contralaterais, podendo ocorrer 
apenas os déficits visuais 
isoladamente. 
• Artérias Cerebrais
A oclusão do segmento A1 
da artéria cerebral anterior em 
caso de defeitos no seguimento do 
lado oposto pode levar a 
envolvimento das pernas 
bilaterais, abulia e incontinência 
urinaria. 
 A oclusão da artéria 
cerebral média frequentemente 
acomete face e braços 
contralaterais, quando ocorre no 
lado dominante pode levar a 
afasia, a oclusão dos seus ramos 
pode ainda levar a síndromes 
parciais. 
Oclusões na artéria 
cerebral posterior pode levar a 
infartos talâmicos que levam a 
hemianestesia e ataxia 
contralateral, caso lese o núcleo 
subtalâmico pode levar ainda a 
hemibalismo contralateral 
• Artéria Vertebral e Basilar
Oclusão da artéria basilar 
pode levar a síndrome do 
encarceramento. A oclusão da 
artéria cerebelar superior pode 
levar a ataxia truncal devido a 
infarto do vérmis cerebelar 
2
Manifestações clílicas de doença cerebrovascular isquêmica 
ARTÉRIA OCLUÍDA MANIFESTAÇÕES CÚNICAS TÍPICAS IMPORTANTES• 
Artéria carótida interna P,e.rda visual ipsolate.ral 
Síndrome da artéria cerebral média ipsolate:-al 
Artéria coré!dea anterior Hemiparesia contralateral 
Comprometimento sensorial contra.lateral 
�.feitos do campo visual contra.lateral 
Artéria cerebral anterior Paresia da perna contralateral > braço 
Defieii sensorial da perna contralate.ral > braço 
Artéria cerebral média Hemiparesia contralateral afetando rosto e braço> perna 
Deficit sensorial contra.lateral afetando rosto e braço> perna 
�.feito de campo visual contralateral 
Afasia (hemisfério dominante) 
Negligência hemiespacial contralateral (hemisfério não dominante ou domin.mte) 
Artéria cerebral posterior Hemianopsia homônima contralateral (ou quadrantanopsia homônima superior ou inferior) 
Deficiis sensoriais contra.laterais (envolvimento talânuco) 
Topo da artéria basilar P,e.rda da vis.ão �ntral bilateral 
Confusão 
Artéria basilar Defieii de nervo craniano ipsolateral 
Hemiparesia contralateral 
Comprometimento sensorial contra.lateral afetando o braço e/ou a pema 
Defieii de coordenação 
Artéria vertebral,. artéria cerebelar posterior inferior Comprometimento sensorial ipsolateral sobre o rosto 
Disfagia 
Síndrome de Home.r ipsolateral 
At.uia 
Artéria cerebela.r superior At.uia da marcha 
At.uia dos membros ipsolaterais 
Fraqueza confrakte.ral variável dos membros 
3
Hemorrágico 
Corresponde a cerca de 20% dos 
casos de Acidentes Vasculares Cerebrais, 
destes cerca de ¾ correspondem a 
hemorragias intracranianas e ¼ a 
hemorragias subaracnóidea sendo destes 
cerca de 80% causados pela ruptura de um 
aneurisma 
 Manifestações Clínicas 
O AVC Hemorrágico intracraniano 
é clinicamente indistinguível do AVC 
Isquêmico, exceto que no inicio a sua 
evolução tende a ser mais violenta todavia 
tal fato é pouco útil, no caso de 
hemorragia subaracnóidea seu sintoma 
clássico se define como uma cefaleia 
“explosiva” intensa normalmente 
generalizada mas que pode ser referida 
como dor focal no local de rompimento 
do aneurisma. 
Os sintomas de AVC Hemorrágico 
Subaracnóideo ainda podem ser: 
• Rigidez de nuca
• Perda de consciência
• Náuseas e/ou vômitos
• Dor nas costas ou na perna
• Fotofobia
Nas Intracranianas a cefaleia 
costuma ser progressiva apresenta ainda 
vomitas e uma depressão do nível de 
consciência, porém em casos fulminantes 
pode levar a morte cerebral em um 
período de 6 horas após o inicio do quadro 
Exames iniciais 
• Tomografia Computadorizada
ou Ressonância logo que
esteja estabilizado
• Eletrocardiograma com 
urgência
• Hemograma
• Contagem de plaquetas
• Tempo de protrombina
• Nível Glicêmico
• SPO2
• Toxicológico em caso de
suspeita de abuso de
substâncias
Achados de imagem normais são 
comuns na TC no AVC isquêmico sendo 
a RM mais sensível nesses casos, A 
RM é ainda mais sensível para 
visualizar o tronco cerebral e o 
cerebelo. 
TC é o exame de escolha por ser 
mais rápido e excluir de modo 
fidedigno hemorragia cerebral, 
diagnosticando AVC isquêmico por 
exclusão em casos de TC normais ao 
4
combinar os exames com o quadro 
clínico. 
Em caso de diagnóstico de AVC 
Isquêmico deve se avaliar a 
trombólise de preferencias nas 
primeiras 4,5 horas 
Referencias 
BRUNELLI, João Pedro Farina et al. Manejo agudo do AVC isquêmico: da emergência 
à alta hospitalar. Acta méd.(Porto Alegre), 2015. 
GOLDMAN, Lee; AUSIELLO, Dennis Arthur; SCHAFER, Andrew I. (Ed.). Goldman-
Cecil. Tratado de medicina interna. Elsevier Health Sciences, 2021. 
GUYTON, A.C. e Hall J.E.– Tratado de Fisiologia Médica. Editora Elsevier. 13ª ed., 
2017. 
ROCCO, José Rodolfo (Ed.). Semiologia médica. Elsevier Brasil, 2011. 
SILVERTHORN, D. Fisiologia Humana: Uma Abordagem Integrada, 7ª Edição, Artmed, 
2017. 
*divergência em algumas literaturas
** Nem todas as artérias que podem ser acometidas estão incluídas no texto 
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