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2 A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE NO ENSINO-APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL QUEM ESTÁ TENDO DIFICULDADE OU ESTÁ SEM TEMPO PARA FAZER O TCC ME CHAMA NO WHATSAPP, SERÁ UM PRAZER TE AJUDAR 44 98808-4199. SOBRENOE, Nome1 RU: ORIENTADOR (A) RESUMO O estudo tem como objetivo compreender a forma lúdica no preencher das necessidades dos alunos em relação ao desenvolvimento e relacionamento evidenciando o ensino e aprendizagem na alfabetização. Focalizando a brincadeira e o jogo como recursos didáticos numa fascinante arte do simplesmente fazendo sorrir compilando com a educação e aprendizagem numa estratégia de importância para a alfabetização. Para tal buscou em pesquisas atuais, sustento para a materialidade do estudo com trajetória investigativa qualitativa e bibliográfica. De início a literatura da alfabetização foi esmiuçada com intuito de reflexão tendo a possibilidade de encaixe de dinâmicas estrategicamente disponíveis ludicamente com garantia de aceitação pelos alunos da modalidade. Evidenciou o domínio do jogo e o poder da brincadeira, no qual o professor admite uma nova maneira de ensino permitindo trabalhar os diferentes conceitos, por meio de atuais concepções da eficácia do brincar na alfabetização. Com tudo se aposta na praticabilidade de aprendizados significativos ancorados em qualificados conteúdos formando assim novas formas de planejamentos comprovando a eficiência e resolutividade no desenvolver de um aprendizado prazeroso. Palavras- chave: Educação. Lúdico. Brincadeira. Ensino. Aprendizagem. 1 Aluna do curso de Licenciatura em Letras no Centro Universitário Internacional UNINTER. Artigo apresentado como Trabalho de Conclusão de Curso. Letras - 2022. 3 1. INTRODUÇÃO As crianças da atualidade além de comportamento diferente também têm um comportamento conforme a realidade de nossos dias, ou seja, se molda adequando a sociedade em que vive. Em busca de diferentes formas de aprendizado é de pretensão deste estudo, demonstrar a competência da formação lúdica para incentivar uma verdadeira estrutura para desenvolvimento de uma aprendizagem e uma formação, tendo na alfabetização uma complexidade de edificações pertinentes e equilibrada para a aquisição dos conhecimentos. Ambiciona que a criança ao brincar desenvolva o relacionamento social aprimorando a percepção. O estudo tem como objetivo compreender a forma lúdica no preencher das necessidades dos alunos em relação ao desenvolvimento e relacionamento com visão no ensino aprendizagem nas primeiras experiências acadêmicas das crianças, ou seja, na alfabetização. O ensaio tem como tema central as competências da brincadeira e do jogo como recursos didáticos numa fascinante arte do simplesmente fazendo sorrir compilando com a educação e aprendizagem numa estratégia de importância para a alfabetização. Para tal buscou em pesquisas atuais sustento para a materialidade do estudo com trajetória investigativa qualitativa e bibliográfica. De início, ao discernir a Alfabetização, pode-se afirmar que nunca se pensou tanto em melhoria na educação, principalmente na modalidade alfabetização, pois na atual perspectiva com pensamento na ideia da normatização da educação em rumo os valores, formas de expressão e ao ensino e a aprendizagem buscam em ideias e concepções para qualificar tanto o professorado quanto uma melhor e agradável forma de aguçar o interesse dos alunos. Alunos estes bem diferenciados das crianças de antigamente, que traz na mochila uma tecnologia que empurra o docente a práticas e metodologias excepcional para dar continuidade ao desenvolvimento desta criança, neste sentindo o trabalho aposta na ludicidade como proposta e experimento na prática proporcionando uma considerável aprendizagem e consequentemente um avaliado desenvolvimento. A compreensão do conhecimento construindo uma prática pedagógica de 4 maneira consciente críticas e reflexivas seguidas de exemplos de técnicas lúdicas, e pedagógicas certificam a potencialidade para a formação da identidade quanto para melhoria para a intervenção ao ensino, aprendizagem e desenvolvimento. Optou-se para que essa pesquisa fosse realizada, a análise de dados bibliográficos, através de sites, autores e acervos que trabalham com o assunto. Após tal seleção, buscou-se estruturar a pesquisa em autores que mais conhecem o assunto, bem como, selecionar informações que possam auxiliar no desenvolvimento da educação infantil. Dessa forma, autores como Piaget, Vygotsk foram de fundamental importância. 2. METODOLOGIA Para que se concretize uma pesquisa, com objetivos de ganhos de aprendizado, é necessária a utilização de metodologias existentes, possibilitando a obtenção de informações e dados, que enriqueçam o tema proposto. Definido a pesquisa como marco principal a realização de qualquer trabalho acadêmico e fonte de conhecimentos, que segundo Kourganoff (1990) “Pesquisa é o conjunto de investigações, operações e trabalhos intelectuais ou práticos que tenham como objetivo a descoberta de novos conhecimentos, a invenção de novas técnicas e a exploração ou a criação de novas realidades”. Pois ainda Demo (1997, p.34), define que a pesquisa “no dia a dia das pessoas, como expressões educativas, significa a capacidade de andar de olhos abertos, de ler criticamente a realidade, reconstruir as condições de participação histórica, informa-se adequadamente”. Decorrendo o ganho e riqueza de novos saberes. Sendo assim esse trabalho utilizou procedimentos baseados por materiais bibliográficos, pois é através de algo já existente que fundamenta o trabalho proposto. Utilizando nesse trabalho o procedimento da Pesquisa Bibliográfica que segundo, (apud PÁDUA, 2004), “A Pesquisa bibliográfica é fundamentada nos conhecimentos de biblioteconomia, documentação e bibliografia; sua finalidade é colocar o pesquisador em contato com o que já se produziu a respeito do seu tema de pesquisa”. 5 Com essas informações (Marconi e Lakatos (2003) afirmam que Pesquisa bibliográfica: compreende toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo, desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, material cartográfico etc., até meios de comunicação orais: rádio, gravações em fita magnética e audiovisuais: filmes e televisão. Partindo das citações acima, o objetivo desse trabalho, é a amostragem das causas do distanciamento da família dos ambientes escolares, sendo causado pelo capitalismo e consumismo, na qual os pais tem pouco tempo para participação na vida dos filhos. Foi utilizado o procedimento da pesquisa bibliográfica, utilizando livros, livros virtuais, revistas, monografias, artigos científicos, considerando o que seja primordial de um trabalho científico, ou seja, contribuindo para uma formação pedagógica, para nós como futuros pedagogos e proporcionando a classe acadêmica uma matéria de auxilio a pesquisas. 3. A EDUCAÇÃO E A LUDICIDADE O alcance a uma educação de qualidade é direito da criança e deverá contemplar tanto os aspectos relacionados aos cuidados como as questões pedagógicas que promovem a aprendizagem e o crescimento. A universalização transcreveu este direito por intermédio de análise das funções próprias desta educação, que deve ser tratado com seriedade e comprometimento por gestores, professores e intelectuais da educação. A educação ocupa o espaço de esperança na dinâmica da sociedade. Família, escola e sociedade são chamadas a compor uma unidade em prol deste desafio, que requer um rever contínuo de crenças e valores. A escola em parceria com a família e a sociedade tem o papel de desenvolver a formação da criança para a cidadania, envolvendo conhecimentos, atitudes, habilidades, valores, formas de pensar e agir contextualizadas ao social para quepossa participar de sua transformação. Conforme o pensamento de Piaget (1998, p. 35), cada ato de inteligência é definido pelo equilíbrio entre duas tendências: assimilação e acomodação. Na assimilação, o sujeito incorpora eventos, objetos ou situações dentro de fonemas de pensamento, que 6 constituem as estruturas mentais organizadas. Na acomodação, as estruturas mentais existentes reorganizam-se para incorporar novos aspectos do ambiente externo. Durante o ato da inteligência, o sujeito adapta-se às exigências do ambiente externo, enquanto ao mesmo tempo, mantém sua estrutura mental intacta. O brincar, neste caso, é indicado pela primazia da assimilação sobre a acomodação. Lembremos que estamos vivendo os primeiros anos de um novo milênio, um tempo propicio para recomeço, novas tentativas e escolhas. É chegada a hora de assumir o comando dessa embarcação em direção ao futuro. Não podemos esperar que as novas gerações modificassem o que está errado e se não despertarmos para o fato de que cabe a nós, desde já dar exemplo. Para isso, nossos pensamentos e ações devem ser um nisto de altruísmo, capacidade de doação e amor ao próximo. (CHALITA, 2003 p. 11) Nos estudos de Piaget (1998) é possível verificar a importância dos estágios do desenvolvimento infantil que são as fases: sensório-motora, pré-operatória, operatório- concreta e operatório-formal. De acordo com este autor, na fase sensório-motora, que vai do zero até o terceiro ano de idade, o interesse da criança se volta para a exploração sensório-motora do mundo físico. Ela adquire nesta fase uma maior autonomia na manipulação dos objetos e na exploração de espaços. Outro marco fundamental deste estágio é o desenvolvimento da função simbólica da linguagem. No que consiste ao jogo, neste estágio a criança brinca sozinha, sem utilização da noção de regras. Assim, ao final terá conseguido atingir uma forma de equilíbrio, isto é, deverá desenvolver recursos pessoais para resolver uma série de situações através de uma inteligência explícita, ou sensório-motora. A fase pré-operatória (dos 2 aos 5 ou 6 anos aproximadamente) a criança estará desenvolvendo ativamente a linguagem, o que lhe dará possibilidades de, além de se utilizar à inteligência prática decorrente dos esquemas sensoriais-motores formados na fase anterior, iniciar a capacidade de representar uma coisa por outra, ou seja, formar esquemas simbólicos. Isto será conseguido tanto a partir do uso de um objeto como se fosse outro, de uma situação por outra ou ainda de um objeto, pessoa ou situação por uma palavra. O alcance do pensamento irá aumentar, obviamente, mas lenta e gradualmente, e assim a criança continuará bastante egocêntrica e presa às ações. Nesta etapa ela já é capaz 7 de adquirir a noção da existência de regras e começa a jogar com outras crianças jogos de faz de conta, brincadeiras de roda, fantoche etc. Na fase das operações concretas (dos 7 aos 11 anos aproximadamente), na qual se constata também a frequência à escola, será marcada por grandes aquisições intelectuais. Observa-se nos estudos de Piaget (1998) que neste período ocorre um declínio do egocentrismo intelectual e um crescente incremento do pensamento 11 lógico formal. A criança terá um conhecimento real, correto e adequado de objetos e situações da realidade externa, e poderá trabalhar com eles de modo lógico. Nesta importante etapa, as crianças aprendem as regras dos jogos e jogam em grupos. Esta é a fase dos jogos de regras como futebol, damas, ludo, amarelinha, dominó etc. envolvendo principalmente atividades de cooperação e discussão. Na fase operatório-formal (dos 12 anos em diante) a inteligência da criança manifesta progressos notáveis, começa a raciocinar logicamente e já é capaz de pensar sobre os acontecimentos a sua volta. Na adolescência que é o período entre a infância e idade adulta, caracteriza-se pelo desenvolvimento biológico, psicológico e social. Nesta etapa, jogos envolvendo o raciocínio lógico, estratégias e a criticidade tendem a chamar a atenção dos adolescentes. Embora tais estágios enfatizem principalmente a maturação do sistema nervoso e a experiência com objetos concretos, Piaget (1998) em seus estudos ressalta a interação social como condição necessária para o desenvolvimento intelectual. Assim, para que a criança possa se desenvolver física e cognitivamente, torna-se importante que ela seja incluída em atividades grupais, sendo o jogo neste caso, um significativo instrumento para o seu crescimento. Para Kishimoto (1999, p. 38 apud ROJAS, 2009, p. 73) a ação do desenvolvimento da criança tem o seguinte significado: A utilização do jogo e das brincadeiras potencializa a exploração e a construção do conhecimento por contar com a motivação interna, típica do lúdico, mas o trabalho pedagógico requer a oferta de estímulos externos e a influencia de parceiros, bem como a sistematização de conceitos em outras situações que jogos ou brincadeiras. Corroborando com isso, Froebel (1782-1852) apud Almeida (1995, p. 23): 8 (...). estabelece que a pedagogia deve considerar a criança como atividade criadora, e despertar, mediantes estímulos suas faculdades próprias para criação produtiva. Na verdade, com Froebel se fortalece os métodos lúdicos na educação. O grande Educador faz do jogo uma arte, um admirável instrumento para promover a educação para as crianças. A natureza quer que as crianças sejam crianças antes de serem homens. Se quisermos perturbar essa ordem, produzimos frutos precoces, que não terão maturação nem sabor e não tardarão em corromper-se; teremos jovens doutores e crianças velhas. (ROSSEAU, 1998, p. 17). Os jogos simbólicos surgem no segundo ano de vida da criança com o aparecimento da representação e da linguagem. Segundo Oliveira (1988, p. 47), na teoria piagetiana, a brincadeira de faz de conta é inicialmente uma atividade solitária envolvendo a utilização de símbolos e brincadeiras sociodramáticas, já os símbolos coletivos não aparecem senão no terceiro ano de vida. Neta fase o faz de conta precoce envolve elementos que variam com o tempo como: comportamento descontextualizado, como dormir, comer; realizações com outros, como dar de comer ou fazer dormir; uso de objetos substitutos, como blocos no lugar de bonecas e combinações sequências imitando ações que desenvolvem o fazem de conta. Segundo as concepções de Oliveira (2007, p. 159): O jogo simbólico ou faz de conta, particularmente, é ferramenta para a criação da fantasia, necessária às leituras não convencionais do mundo. Abre caminho para a autonomia, a criatividade, a exploração e significados e sentidos. Atua também sobre a capacidade da criança de imaginar e de representar, articulada com outras formas de expressão. São jogos, ainda, instrumentos para aprendizagem de regras sociais. Em suma, Piaget (1998) assegura que o desenvolvimento do jogo progride de processos puramente individuais e símbolos privados que derivam da estrutura mental da criança e que só por eles podem ser explicados. Assim, é possível verificar que para Piaget (1998) a interação social implica transformação e contatos com instrumentos físicos e/ou simbólicos mediadores do processo de ação. Esta concepção reconhece o papel do jogo para formação do sujeito, atribuindo-lhe um espaço importante no desenvolvimento das estruturas psicológicas. Piaget (1998), tanto a brincadeira como o jogo é essencial para contribuir no processo de aprendizagem, afirma, portanto que os programas lúdicos na escola são berço obrigatório das atividades intelectuais da criança, sendo indispensável a pratica educativa, pois enriquecem e contribuem para o desenvolvimento intelectual. 9 Evidencia as características infantis, ao apontar a importância da linguagem e da percepção, que envolvem sentidos e significados no mundo,visto pela criança. A mágica, o sonho e a fantasia eclodem no imaginário infantil e são traduzidos pelos movimentos, pelos gestos, espontaneamente revelados em ações ingênuas e até involuntárias.(Vygotsky, 1991 p.45) Já nas Concepções de Vygotsky (1991) ele classifica o brincar em três fases. Durante a primeira fase a criança começa a se distanciar de seu primeiro meio social, representado pela mãe, começa a falar, andar e movimentar-se em volta das coisas. Pode-se dizer que esta fase se estende até em torno dos sete anos. A segunda fase é caracterizada pela imitação, a criança copia os modelos dos adultos. A terceira fase é marcada pelas convenções que surgem de regras e convenções a elas associadas. Segundo Vygotsky (1991), o lúdico influencia enormemente o desenvolvimento da criança. “É através do jogo que a criança aprende a agir, sua curiosidade é estimulada, adquire iniciativa e autoconfiança, proporciona o desenvolvimento da linguagem, pensamento, interação e da concentração.” Percebe-se com isto que no ato de jogar, o sujeito desenvolve a capacidade imaginativa, possibilitando a construção de relações entre o imaginário pleno e o real. Elegendo a aprendizagem como processo principal do desenvolvimento humano, Vygotsky (1991, p. 35) afirma que: A brincadeira cria para as crianças uma zona de desenvolvimento proximal que não é outra coisa senão a distância entre o nível atual de desenvolvimento, determinado pela capacidade de resolver independentemente um problema, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado através da resolução de um problema, sob a orientação de um adulto, ou de um companheiro mais capaz. Nessa perspectiva, é importante, conhecermos quais os comportamentos que são esperados em cada faixa etária, levando-se em conta o ambiente social e cultural da criança, para assim, saber se está ocorrendo um desenvolvimento saudável ou não. Investigamos e analisamos a forma positiva que se desenvolve o aprendizado na educação infantil de forma lúdica. O processo de ensino-aprendizagem é identificado como aquele em que há o envolvimento do aluno, professor, assunto e instituição. Sendo assim, tanto os alunos, 10 como os professores e instituições de ensino, devem discutir e experimentar novas alternativas para aumento da eficácia e da eficiência desse processo. São vários os mediadores possíveis, mas certamente o educador é o principal deles, cabendo-lhe mediações pedagógicas profissionais competentes frente à cultura. Assim, ele se torna um canal entre a cultura contextualizada do produtor da obra e do objeto de conhecimento: arte e o fluidor, provocando mudanças qualitativas de conhecimentos dessa cultura pelo aprendiz (MARTINS, 1999, p. 112). De acordo com o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (BRASIL, 1998, p. 23, v.01): Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidado, brincadeiras e aprendizagem orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural. A organização pedagógica exige uma profunda reflexão como explica seu papel social, implicando a diversidade. De modo, que a mais ampla e profunda instituição de ensino educa um desenvolvimento social e sólido á respeito da diversidade que esta possui. Aplicando na integra seus objetivos e atingindo as determinações burocráticas e pedagógicas com êxito, pois a universidade não pode estar fora ou a parte da sociedade, ela como espaço social deve desenvolver os pontos sociais, políticos, econômicos e culturais. 3.1. A RELAÇÃO DOS BRINQUEDOS COM A INFÂNCIA O brinquedo é tão essencial no cotidiano da criança que às vezes, parece que sempre foi valorizado, mas nem sempre foi assim. No brinquedo a gente exercita o que Nietzsche denominou vontade de poder. O Brinquedo é qualquer desafio que a gente aceita pelo simples prazer do desafio sem nenhuma utilidade. São muitos os desafios. Alguns são desafios que tem a ver com a habilidade e a força física. Outro tem a ver com nossa capacidade para resolver problemas lógicos. Já os 11 quebra-cabeças são desafios à nossa paciência e à nossa capacidade de reconhecer padrões. A criança tem dentro de si potencial e este emerge nas situações de sua vida, e nestes momentos, o indivíduo apresenta ao mundo seu ritmo e sua harmonia. E o brinquedo nada mais é do que a linguagem da criança. (LOPES. 1994, p, 89) Ele sofreu muitas transformações ao longo dos anos, pois o brinquedo era uma diversão onde não tinha olhos críticos e educativos e sim apenas de diversão as crianças. Ao passar dos tempos o brinquedo foi descoberto com uma principal fonte de descoberta da criança, pois juntamente com jogos transforma a mente das crianças além de desenvolver seu senso de critico em relação à sociedade que ela vive. Aliando a utilização de materiais educativos, que domina dons, ao canto e às ocupações manuais elabora-se uma proposta que o brinquedo é uma grande relevância a criança. (FROEBEL, 1782, p.87). É brincando que a gente se educa e aprende. Cada professor deve ser um mágico, tornando a brincadeira um ato de magia, pois bons professores serão aqueles que gostaram de brincar na sua infância que enfrentaram desafios ao aprender brincando. Pois professores que nunca brincaram não sabem o poder de um brinquedo. Quem brinca sabe a alegria se encontra em resolver uma dificuldade através de letras, palavras, números, formas, bichos, maquinas rios, estrelas, comidas, musicas, todos são desafios onde à criança tem o fascínio de descobrir através de suas mãos, através de seu próprio pensar não de pensamentos já construídos, onde ele aprende por se obrigado, a criança que brinca é livre para buscar seu conhecimento, e são desafios do professor ensinar brincando. Professor bom não é aquele que dá uma aula perfeita, explicando a matéria. Professor bom é aquele que transforma a matéria em brinquedo e seduz o aluno a brincar. Depois de seduzido o aluno, não há quem o segure. (ALVES, 1876, p.102) Na escola, atual acredita ser possível o professor se soltar e brincar como forma de difundir os conteúdos. Ou seja, o professor precisa selecionar situações importantes dentro da vivência em sala de aula; perceber o que sentiu como sentiu e de que forma isso 12 influencia o processo de aprendizagem, além de compreender que no vivenciar, no brincar, a criança é mais espontânea. Sem dúvida, os conteúdos podem ser trabalhados com o uso do jogo. A criança pode trabalhar ou fixar um conteúdo com a atividade lúdica. Mas, para isso, o jogo é uma das estratégias e não a única. (FRIEDMANN, 2003, p, 84). O trabalho com brincadeiras deve ser realizado de maneira diferente nos ensinos infantil e fundamental. No fundamental é mais formal, voltado para as vivências curriculares. É mais fácil para o professor do infantil falar de brincadeiras, enquanto o educador do fundamental precisa de mais estratégia. Mas nos dois ensinos é importante brincar suprindo as dificuldades dos alunos ao conteúdo através de brincadeiras e jogos. Mas é com Froebel (1782-1852) que o jogo é desenvolvido na pré-escola, onde as atividades como jogo de bola, cubo e cilindro, jogos de montar influenciam no desenvolver da criança dentro da escola. Sobre brincar na Educação Infantil, considera-se que é uma parte fundamental da aprendizagem e do desenvolvimento nos primeiros anos de vida. As crianças brincam instintivamente e, portanto, os adultos devem aproveitar essa inclinação “natural” como um gancho para o desenvolvimento. Maria Montessori (1985) também inicia seus conceitos de metodologia do brincar nessa época, com objetivode programar a educação sensorial. A educação sensorial desenvolve as sensações que uma criança pode desenvolver no ato de brincar, além de que essa metodologia é usada no ensino destinado também as crianças com deficiências mentais. A proposta de Montessori (1985) é que os materiais sensoriais sejam utilizados de acordos com classificações encaixes sólidos, blocos maciços, pedaços de madeiras pintados. Esse material favorece a atividade motora, através do esforço e da memória muscular para a realização dos exercícios, bem como o desenvolvimento visual pela distinção das diferenças nas graduações. O material sensorial é construído por uma serie de objetos agrupados seguindo uma determinada qualidade dos corpos tais como cor, forma, dimensão, grau de aspereza, peso, temperatura, etc. (MONTESSORI, 1985, p, 165). 13 O material montessorianos tem o objetivo de complementar o brincar para a aquisição da cultura através da vida pratica, ou da educação sensorial. Os materiais se completam se interligam em objetivo de que a criança brincando possa atingir um nível de aprofundamento cultural e das possibilidades de variação. O homem se constrói trabalhando, efetuando trabalhos manuais nos quais mão é o instrumento da personalidade, o órgão da inteligência e da vontade individual, que edifica a própria existência perante o ambiente (MONTESSORI, 1985, p, 220). Um dos maiores expoentes do método sensorial foi Froebel (1782-1852) onde ele determina que através de atividades infantis (brincar) ela desenvolve os acessos mentais na elaboração de noções e conceitos. O contato direto com animais, plantas e natureza ou produtos humanizados que desenvolvem o poder intuitivo, são conteúdos essências a vida da criança. A criança será estimulada e recebera direções para efetivar as atividades, dos professores o exemplo, o modelo, as normas estabelecidas que devam ser as suas próprias ações através da observação para posterior execução e criação. (FROEBEL, 1782, p, 09). No Brasil esses brinquedos senso motores, e eletrônicos chegam à década de 80, com a criação de brinquedotecas, congressos e uma produção cientifica relacionada ao tema, onde empresários querendo aumentar seu faturamento começaram a se interessar pelo tema BRINQUEDO. O brinquedo tem oscilado ao longo dos tempos. Principalmente nos momentos de critica e reformulação da educação, são lembrados como alternativas interessantes para a solução de problemas da pratica pedagógica. (PIAGET, 1998, p, 73) A importância do brinquedo vem se transformando ao longo dos tempos, reformulando a educação e tendo alternativas praticas para resolver alguns problemas pedagógicos dentro da educação, pois o jogo é muito importante no desenvolvimento do intelecto da criança. O brinquedo é essencial na vida da criança. De inicio tem-se o jogo de exercício que é aquele em que a criança repete uma determinada situação por puro prazer, por ter apreciado seus efeitos. (PIAGET,1998,p.112). 14 Para ele o brincar constitui uma condição para desenvolvê-lo da criança, onde ela pode assimilar e transformar a realidade de cada um. 3.2. O OLHAR DO DOCENTE SOBRE O BRINCAR O ato de brincar não é apenas disponibilizar vários brinquedos pelo chão da sala, é preciso haver intenções e objetivos com determinada atividade senão a brincadeira torna- se apenas um passatempo, a respeito disso Fortuna (2011) diz que a simples oferta de certos brinquedos já é o começo do projeto educativo. A presença do educador nas brincadeiras é muito importante e estimulante para a criança, não apenas tornando a brincadeira interessante, mas muitas vezes, mostrando como se brinca e apontando as regras de tal atividade, diante dessa ideia Fortuna (2011) diz que a interação criança-criança na brincadeira é fundamental, também é importante a interação da criança com o educador. O papel do brinquedo no desenvolvimento, por meio do qual Vygotsky (1968-1934) pontua a imprescindibilidade de entendermos, antes de qualquer outra coisa, que a brincadeira satisfaz determinadas necessidades da criança. É a partir desse esclarecimento que teremos as bases necessárias para a posterior compreensão dos possíveis motivos que são eficazes para que o ato de brincar seja colocado em ação. Além disso, seguindo a indicação do autor, é também via esse entendimento que se poderá chegar à compreensão de como a criança avança de um estágio de desenvolvimento a outro, ou seja, de como se dá o processo de seu desenvolvimento psíquico. Todo avanço está conectado com uma mudança acentuada nas motivações, tendências e incentivos. Aquilo que é de grande interesse para um bebê deixa de interessar uma criança um pouco maior. A maturação das necessidades é um tópico predominante nessa discussão, pois é impossível ignorar que a criança satisfaz certas necessidades no brinquedo. Se não entendemos o caráter especial dessas necessidades, não podemos entender a singularidade do brinquedo como uma forma de atividade. (VYGOTSKY 1998, p, 106). Segundo Vygotsky (1998) a ideia de que a imaginação é o componente essencial do brincar da criança. Conforme pontua, a imaginação é um processo novo para a criança; representa uma forma especificamente humana de atividade consciente, não está 15 presente na consciência de crianças muito pequenas e está totalmente ausente em animais. Sendo assim, cabe-nos a pergunta: de onde provém a imaginação? Como surge a capacidade de imaginar da criança? Como todas as funções da consciência, ela surge originalmente da ação. “O velho adágio de que o brincar da criança é a imaginação em ação deve ser invertido; podemos dizer que a imaginação, nos adolescentes e nas crianças em idade pré- escolar, é o brinquedo sem ação” (VYGOTSKY, 1998, p, 106). Outro elemento de fundamental importância para a inserção cultural da criança, apontado pelo autor, é a apropriação da linguagem escrita. No texto A pré-história da linguagem escrita ele enfatiza que tal linguagem é: É constituída por um sistema de signos que designam os sons e as palavras da linguagem falada, os quais, por sua vez, são signos das relações e entidades reais. Gradualmente, esse elo intermediário (a linguagem falada) desaparece e a linguagem escrita converte-se num sistema de signos que simboliza diretamente as entidades reais e as relações entre elas. (VYGOTSKY, 1998 p.108) Mas o domínio dessa linguagem ou desse “sistema complexo de signos” não está simplesmente na atividade mecânica e externa da criança, conforme muitos psicológicos apontam. Para Vygotsky (1998) exige um longo processo de desenvolvimento de funções comportamentais complexas por isso o autor ressalta a importância na compreensão da pré-história da linguagem escrita na criança. Há que se pensar inicialmente no aparecimento do gesto como um “signo visual para a criança”. Nele, está contida a sua futura escrita, pois “como se tem corretamente dito, os gestos são a escrita no ar, e os signos escritos são, frequentemente, simples gestos que foram fixados” (VYGOTSKY, 1998 p.106). Sendo assim, a criança, quando da realização dos primeiros desenhos e rabiscos, apresenta mais a materialização dos gestos do que propriamente um desenho no verdadeiro sentido que lhe atribuímos. Isto porque os desenhos iniciais surgem como resultado dos gestos manuais da criança, sendo que os traços por ela desenhados constituem somente um suplemento a essa representação gestual. 16 Além do desenho, a brincadeira constitui-se num outro importante fator para o desenvolvimento da linguagem escrita. O mesmo autor ressalta que, uma vez compreendido que a atividade de brincar atua de forma específica e singular no desenvolvimento da criança, e que esse atuar implica pensar nas apropriações que ela vai fazendo em relação ao mundo circundante. Subentende-se,também, a importância de tal atividade para o domínio da linguagem escrita, desenvolvendo assim o intelecto das crianças através do brincar de forma simples atuando na escrita de forma definida, buscando superar seus obstáculos no mundo atual desenvolvendo seus sentidos e estruturando seus conceitos da primeira maneira que foi incentivada na brincadeira, na observação de objetos que possibilitem uma visualização ao mundo atual que vivemos. E com tantos fatores relacionados à importância do brincar temos que difundir ideias, e buscar alguns conceitos para realizar essa tarefa de brincar com crianças, onde ela possa expor seus sentimentos e conhecimentos de forma livre. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS A presente pesquisa buscou através de um estudo bibliográfica, analisar a importância dos jogos e brincadeiras para a educação infantil, visto que tais atividades não tem apenas a função de trazer lazer, mas também, visa ensinar. No ambiente escolar, o jogo é visto como uma ferramenta importante, pois, de acordo com os teóricos aqui trabalhados, entendemos que auxiliam no desenvolvimento cognitivo, social, emocional e físico-motor da criança. Nota-se que o professor, pode incluir a ludicidade tanto para trabalhar a parte física, aonde as crianças brincam, como também, trabalhar a interação social e a expressão oral, escrita e corporal, dando ênfase ao lúdico, objetivando o aprendizado, como por exemplo, recursos pedagógicos, ajudando na escrita e na leitura, podendo o educador usar, por exemplo, quebra-cabeças de letras e números, fazendo uso também de tecnologias por meio de softwares educativos, auxilio de músicas, ábacos, brinquedo esse indispensável no ensino de números, símbolos geométricos, entre outros. Salienta-se que 17 o professor pedagogo pode usar o lúdico para explorar da criança criatividade, colocando- os como criadores de seus próprios brinquedos. A presente pesquisa também evidenciou por citações de autores a relevância uma atuação docente comprometida, fundamentando a importância da criança em participar de uma aprendizagem consciente e futuramente sucessora em consonância a uma educação alimentada com metodologias e dinâmicas que acolhe as crianças da contemporaneidade Ou seja, o ensinar, nos dias de hoje, conta com auxilio de variados recursos pedagógicos, mas chega-se um momento em que se precisa tomar certa cautela com a ludicidade, ela é sim importante, pois possibilita a criança o direito de brincar e é aliada essencial no desenvolvimento do ensino – aprendizagem para aplicação dos conteúdos e o resultado é sempre esperado, na qual vincula o desenvolvimento cognitivo da criança e fica claro que a criança não só precisa como deve brincar e fazer da brincadeira a maior oportunidade de desenvolvimento e ampliação de conhecimentos, habilidades motoras e aspectos sociais e emocionais. REFERÊNCIAS ALMEIDA, P. 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