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Compilação de material sobre desenho técnico 
 
 
1 
 
 
O resumo a seguir é uma compilação que serve apenas como referência 
para o acompanhamento das aulas expositivas. 
 
Ele não esgota o tema desenho técnico! 
 
Para obter informações mais detalhadas e estudar para as provas, 
consultar a bibliografia da disciplina e as normas técnicas listadas abaixo. 
 
 
 
LISTA DE NORMAS DA ABNT PARA DESENHO TÉCNICO: 
Normas ABNT para Desenho Técnico: 
NBR 8196 – Emprego de escalas em desenho técnico; 
NBR 8402 – Execução de caracteres para escrita em desenho técnico; 
NBR 8403 – Aplicação de linhas em desenho – Tipos de linhas – Largura das linhas; 
NBR 13142 – Desenho técnico - Dobramento de cópia; 
NBR 10067 – Princípios gerais de representação em desenho técnico – vistas e cortes; 
NBR 10068 – Folha de desenho – leiaute e dimensões; 
NBR 10126 – Cotagem em desenho técnico; 
NBR ISO 10209-2 – Documentação técnica de produto – Parte 2: Termos relativos aos 
métodos de projeção; 
NBR 10582 – Conteúdo da folha para desenho técnico; 
NBR 10647 – Desenho técnico – Terminologia; 
NBR 12298 – Representação de área de corte por meio de hachuras em desenho 
técnico; 
 
 
 
 
 
 
 
Compilação de material sobre desenho técnico 
 
 
2 
 
1. INTRODUÇÃO 
Antes mesmo da linguagem falada, a expressão gráfica foi a primeira forma de 
comunicação humana. Desde os primórdios da civilização o homem utilizou o desenho 
como instrumento de comunicação. Mesmo depois da introdução da linguagem escrita o 
desenho continua sendo uma forte expressão na comunicação humana. 
 
2. CONCEITO 
O desenho é a ciência e a arte de representar, graficamente objetos e ideias através de 
linhas, cores e formas à mão livre ou com instrumentos, podendo esses serem em meio 
físico ou digital. É uma descrição gráfica que nos fornece, mediante linhas, a imagem de 
um objeto que dificilmente poderia ser explicado com palavras. 
3. CLASSIFICAÇÃO 
3.1. Desenho Técnico 
É uma forma de linguagem normatizada. Foi criado pela necessidade de se representar 
objetos técnicos de maneira clara. Ele é a linguagem usada entre engenheiros, 
tecnólogos, técnicos, desenhistas, projetistas, técnicos de processos, preparadores de 
máquinas, inspetores da qualidade, ferramenteiros, oficiais de manutenção, compradores 
e vendedores técnicos além de outros profissionais qualificados. Pode ser desenvolvido 
de forma rigorosa (com instrumentos) ou por croqui (desenho à mão livre), lembrando 
que mesmo o croqui deve ser bem apresentado e seguir as regras de proporção e outras 
normas que o torne legível. 
 
Compilação de material sobre desenho técnico 
 
 
3 
 
 
Croquis de um corte longitudinal 
 
Planta de projeto de elétrica 
 
 
 
Compilação de material sobre desenho técnico 
 
 
4 
 
3.2. Desenho Artístico 
É a representação gráfica da livre expressão da criatividade, podendo ser classificado em 
natural, abstrato, ornamental e publicitário. 
3.3. Desenho Projetivo 
É a representação de figuras sólidas, ou seja, de três dimensões, em um plano. 
 
3.4. Desenho Geométrico 
É a representação gráfica com precisão absoluta, de figuras planas, ou seja de até duas 
dimensões. Baseia-se portanto na geometria plana. 
 
 
 
 
Compilação de material sobre desenho técnico 
 
 
5 
 
4. NORMAS TÉCNICAS 
Conjunto de documentos, normalmente produzido por um órgão oficialmente creditado 
para tal, que tem como objetivo estabelecer regras, diretrizes, ou características acerca 
de uma atividade específica, produto, material, processo ou serviço. 
www.iso.org 
 
www.abnt.org.br 
 
A entidade internacional responsável pela normatização é a ISO - "International 
Organization for Standardization", onde estão agremiadas entidades de 163 países. O 
Brasil é representado na ISO pela ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. 
As normas Brasileiras são anotadas pela sigla NBR - Normas Brasileiras Registradas. 
Exemplos: NBR 10647 - Desenho técnico - Norma geral. Em alguns casos o número da 
norma vem seguido da data de sua publicação: NBR 8403/84 - Aplicação de linhas em 
desenhos - Tipos de linhas - Largura de linhas. 
Outras normas da ABNT para desenho técnico: 
NBR 8196 – Emprego de escalas em desenho técnico; 
NBR 8402 – Execução de caracteres para escrita em desenho técnico; 
NBR 8403 – Aplicação de linhas em desenho – Tipos de linhas – Largura das linhas; 
NBR 13142 – Desenho técnico - Dobramento de cópia; 
NBR 10067 – Princípios gerais de representação em desenho técnico – vistas e cortes; 
NBR 10068 – Folha de desenho – leiaute e dimensões; 
NBR 10126 – Cotagem em desenho técnico; 
NBR ISO 10209-2 – Documentação técnica de produto – Parte 2: Termos relativos aos 
métodos de projeção; 
NBR 10582 – Conteúdo da folha para desenho técnico; 
NBR 10647 – Desenho técnico – Terminologia; 
NBR 12298 – Representação de área de corte por meio de hachuras em desenho 
técnico; 
Na falta de norma brasileira para um determinado assunto, poderemos usar a norma ISO 
ou outra norma conhecida e internacionalmente aceita, como a DIN - "Deutsches Institut 
für Normung", da Alemanha. 
 
Compilação de material sobre desenho técnico 
 
 
6 
 
 
Desenho técnico possui uma linguagem universal 
5. INSTRUMENTOS PARA DESENHO 
Os instrumentos básicos para o desenvolvimento/ construção de um desenho técnico são 
listados a seguir: 
5.1. Lápis ou lapiseira: 
Apresentam internamente o grafite ou mina, que tem grau de dureza variável, classificado 
por letras, números ou a junção dos dois. 
Classificação por números Classificação por letras Classif. por nº e letras 
Nº 1 – Macio – Linha cheia 
Nº 2 – Médio – Linha média 
Nº 3 – Duro – Linha fina 
B – Macio, equivale ao grafite nº 
1 
HB – Médio, equivale ao grafite 
nº 2 
H – Duro, equivale ao grafite nº 
3 
2B, 3B...até 6B – 
Muito macios 
2H, 3H...até 9H – 
Muito duros 
 
As lapiseiras apresentam graduação quanto à espessura do grafite, sendo as mais 
comumente encontradas as de número 0,3 – 0,5 – 0,7 e 1,0. 
 
 
 
Compilação de material sobre desenho técnico 
 
 
7 
 
5.2. Papel: 
Blocos, cadernos ou folhas avulsas de cor branca e sem pautas. A ABNT segue o 
dimensionamento da série "A", cujas dimensões e nomenclatura são as seguintes: 
 
 
 
 
 
 
Compilação de material sobre desenho técnico 
 
 
8 
 
5.3. Régua: 
Em acrílico ou plástico transparente, graduada em cm (centímetros) e mm (milímetros) 
5.4. Par de esquadros: 
Em acrílico ou plástico transparente e sem graduação. O esquadros são destinados ao 
traçado e não para medir, o que deve ser feito com a régua. Um deles tem os ângulos de 
90°, 45° e 45° e o outro os ângulos de 90°, 60° e 30°. Os esquadros formam um par 
quando, dispostos como na figura, têm medidas coincidentes. 
 
5.5. Borracha: 
Branca e macia, preferencialmente de plástico sintético. Para pequenos erros, usa-se 
também o lápis-borracha. 
5.6. Compasso: 
Os fabricados em metal são mais precisos e duráveis. O compasso é usado para traçar 
circunferências, arcos de circunferências (partes de circunferência) e também para 
transportar medidas. Numa de suas hastes temos a ponta seca e na outra o grafite, que 
deve ser apontado obliquamente (em bisel). Ao abrirmos o compasso, estabelecemos 
uma distância entre a ponta seca e o grafite. Tal distância representa o raio da 
circunferência ou arco a ser traçado. 
5.7. Transferidor: 
Utilizado para medir e traçar ângulos, deve ser de material transparente (acrílico ou 
plástico) e podem ser de meia volta (180°) ou de volta completa (360°). 
5.8. Computador e impressora: 
Atualmente os desenhos técnicos são desenvolvidos por meio de softwares dos mais 
variados tipos. Os sistema mais utilizado é o CAD - "Computer Aided Design". O software 
CAD mais conhecido é o AutoCAD, criado e desenvolvido pela Autodesk. Outro software 
que se tem tornado bastante popular para o desenvolvimento de desenhos é o Google 
SketchUp.Embora ele não apresente a versatilidade para desenhos técnicos que os 
softwares CAD oferecem, sua agilidade para construção de elementos tridimensionais faz 
que muitos usuários o utilizem para esta finalidade. É importante lembrar que ao usar um 
software como ferramenta, o desenho é produzido em formato digital e, desta forma, fica 
 
Compilação de material sobre desenho técnico 
 
 
9 
 
restrito à visualização em um computador ou outro dispositivo eletrônico. Portanto, é 
fundamental a utilização de uma impressora ou plotter (impressora de grande formato) 
para que o desenho seja efetivamente produzido em meio físico. 
 
Exemplo de tela do software AutoCAD 
 Dica: Download gratuito das últimas versões completas dos softwares da Autodesk! 
 Cadastrar no site: students.autodesk.com (Autodesk Education Community). 
 
Exemplo de desenho desenvolvido no software Google SketchUp 
 
 
 
 
Compilação de material sobre desenho técnico 
 
 
10 
 
6. PROJEÇÕES ORTOGONAIS 
Projeção é um desenho que representa ou esboça um objeto tridimensional sobre uma 
superfície bidimensional. É traçada em um plano como se o objeto estivesse sendo 
observado por uma certa posição. Em engenharia, o tipo de projeção mais comum é 
chamado de Projeção Ortogonal. A projeção ortogonal de um objeto em plano de 
projeção é chamada de vista ortográfica. Podemos representar múltiplas vistas de 
direções diferentes de forma sistemática da forma de objetos 3D. A projeção ortogonal é 
uma representação bidimensional de um objeto tridimensional. Na engenharia, no 
processo de fabricação, é necessária uma descrição completa e clara da forma e do 
tamanho de um objeto projetado para ser concebido. Cada vista fornece determinadas 
informações, a vista frontal mostra a verdadeira grandeza e forma de superfícies que são 
paralelas à frente do objeto. A figura abaixo mostra a ordem da projeção ortogonal no 1º 
Diedro (ABNT). 
 
 
Seis vistas principais: Vista frontal (VF); Vista superior (VS); Vista lateral esquerda (VLE); 
Vista lateral direita (VLD); Vista posterior (VP); Vista inferior (VI). 
 
 
 
 
 
Compilação de material sobre desenho técnico 
 
 
11 
 
6.1. Rebatimento do plano de projeção 
A uma região limitada por dois semiplanos e numeradas ordinariamente no sentido anti-
horário chamamos de diedro. O método de representação de objetos através de um 
diedro é conhecido como "mongeano" por ter sido criado pelo matemático francês, 
considerado o pai da geometria descritiva, Gaspar Monge (1746 - 1818). 
 
Sistema Mongeano 
 
Cada diedro é a região limitada por dois semiplanos perpendiculares entre si. Os diedros 
são numerados no sentido anti-horário. 
A maioria dos países adotam a projeção ortográfica no 1o diedro. No Brasil, a ABNT 
recomenda a representação no 1o diedro. Entretanto, alguns países, como por exemplo 
os Estados Unidos e o Canadá, representam seus desenhos técnicos no 3o diedro. 
 
 
 
 
 
Compilação de material sobre desenho técnico 
 
 
12 
 
A figuras abaixo mostram como se faz o rebatimento dos três principais planos de 
projeção. Imagine que os planos estão ligados por dobradiças. Conserve fixo o plano 
vertical e abra os outros planos de projeção conforme mostra a figura. Note que na vista 
ortográfica a vista frontal (VF) representa a projeção do objeto no plano vertical (PV). A 
vista superior (VS) representa a projeção no objeto no plano horizontal e a vistal lateral 
esquerda (VLE) representa a projeção do objeto no plano lateral (PL). 
 
 
Representação ortográfica de um objeto no Sistema Mongeano no 1o diedro 
Ao projetarmos um objeto nos planos de projeção, os conceitos de projetividade fazem-se 
importantes, ou seja: observador, linhas projetantes, objeto e planos de projeção, neste 
exemplo, dispostos na projeção relativa ao 1º diedro. Devem ser executadas tantas vistas 
quantas forem necessárias à caracterização da forma da peça, sendo preferíveis vistas 
em corte ou seções, ao emprego de grande quantidade de linhas tracejadas. 
Vista frontal: é a projeção vertical do objeto. Essa vista representa a face anterior do 
objeto, e é projetada no plano posterior ou de costas do 1º diedro. A vista frontal é a 
principal vista de um objeto, em caso de escolha de representação em uma só vista do 
objeto, esta será a vista frontal. Deverá ser dotada do maior número de detalhes 
possíveis. Geralmente esta vista representa a peça na sua posição de utilização. 
Vista superior: é a projeção horizontal do objeto, e representa a sua face superior. Essa 
vista, poderá, junto a vista lateral esquerda completar a interpretação do objeto. É 
representada no plano inferior do 1º diedro. 
Vista lateral esquerda: é a projeção ortogonal do objeto em um plano de perfil ou plano 
lateral. É representada no plano lateral direito. 
Seis vistas ortográficas: as três vistas principais (frontal, superior e lateral esquerda) 
podem eventualmente não representar suficientemente a forma de objetos mais 
 
Compilação de material sobre desenho técnico 
 
 
13 
 
complexos. Além de outros recursos a serem estudados posteriormente, pode-se 
aumentar o número de vistas para seis, conforme a norma NBR 10067/87 da ABNT. 
 
 
Representação das 6 vistas ortográficas no 1o diedro 
 
 
 
 
 
Compilação de material sobre desenho técnico 
 
 
14 
 
7. PERSPECTIVAS 
Quando olhamos para um objeto, temos a sensação de profundidade e relevo. O 
desenho, para transmitir essa mesma ideia, precisa recorrer a um modo especial de 
representação gráfica: a perspectiva. 
A perspectiva é uma técnica de desenho projetivo utilizada para facilitar a compreensão 
volumétrica. No desenho técnico, assumem papel importante na representação gráfica de 
objetos, proporcionando ao profissional ótima forma de comunicação e visualização de 
detalhes nem sempre conseguidos em vistas em um só plano. As perspectivas tem como 
principal objetivo a representação gráfica em três dimensões de objetos. Permite ainda 
proporcionar uma visão realista, principalmente para leigos que não dominam a técnica 
do desenho projetivo. 
 
 
 
 
Compilação de material sobre desenho técnico 
 
 
15 
 
No ambiente profissional as perspectivas tem seu lugar quando o desenho em vistas 
ortográficas não são suficientes para a interpretação plena de objetos, como por exemplo 
no desenho de dutos ou tubulações industriais e algumas estruturas metálicas. Os 
principais tipos de perspectivas usadas em desenho técnico são: 
 
Comparando as três formas de representação, nota-se que a perspectiva isométrica é a 
perspectiva que dá a sensação de menor deformação do objeto. Perspectivas cônicas 
são mais utilizadas em projetos arquitetônicos e de interiores. Já as perspectivas 
isométrica e cavaleira, são mais utilizadas em desenhos mecânicos. Exemplos práticos: 
 
Perspectiva cônica Perspectiva cavaleira Perspectiva isométrica 
 
7.1. Perspectivas cônicas 
As perspectivas cônicas são as mais comumente associadas à ideia de perspectiva, pois 
são aquelas que mais se assemelham ao fenômeno perspéctico assimilado pelo olho 
humano. Elas ocorrem quando o observador não está situado no infinito, e portanto todas 
as retas projetantes divergem dele. Trabalha-se com o conceito de pontos de fuga. 
 
 
 
 
Compilação de material sobre desenho técnico 
 
 
16 
 
7.2. Perspectiva cavaleira 
A perspectiva cavaleira é também chamada de perspectiva cavalheira, porque os 
desenhos das praças militares eram, geralmente, executados em projeção cilíndrica e o 
aspecto obtido dava a impressão de que o desenho havia sido colhido da cavaleira, obra 
alta de fortificação sobre a qual assentam baterias. 
A perspectiva cavaleira possui três eixos perpendiculares entre si onde as medidas 
podem ser tomadas. Na representação do desenho, dois eixos são perpendiculares (um 
traçado na horizontal e outro na vertical), pois pertencem ao plano paraleloàs faces do 
prisma que envolve a figura. O terceiro eixo, que representa a profundidade, pode estar a 
qualquer ângulo em relação ao eixo horizontal, sendo geralmente mais usados 30º, 45º e 
60º. 
 
Perspectiva cavaleira 
Sistema de redução da perspectiva cavaleira 
Ângulo 30o 45o 60o 
Redução 2/3 1/2 1/3 
 
7.3. Perspectiva isométrica 
Iso (mesma) e métrica (medida), indica que 
a perspectiva isométrica conserva as 
proporções das dimensões do objeto 
representado. Também é a perspectiva 
que apresenta o traçado com menor 
deformação. A perspectiva isométrica é 
uma perspectiva axonométrica onde os 
raios projetantes são ortogonais a um 
plano vertical de projeção. Os eixos x, y e z 
têm a mesma inclinação em relação ao 
plano vertical. As projeções dos eixos 
formam entre si ângulos de 120o. 
 
 
 
Compilação de material sobre desenho técnico 
 
 
17 
 
A perspectiva isométrica é uma perspectiva axonométrica onde a projeção ortogonal é 
feita sobre um plano perpendicular à diagonal de um cubo, onde as arestas são paralelas 
aos três eixos principais. Para construí-la basta adotar uma única escala para os três 
eixos. 
 
 
Sequência para construção de uma perspectiva isométrica 
 
 
Compilação de material sobre desenho técnico 
 
 
18 
 
Arestas não isométricas, são representadas fora da sua verdadeira grandeza. Considerar 
um sólido primitivo para facilitar a confecção do desenho. Esses elementos são oblíquos 
porque possuem linhas que não são paralelas aos eixos isométricos. 
 
 
Marcação de ângulos em perspectiva 
 
 
 
 
 
Compilação de material sobre desenho técnico 
 
 
19 
 
7.4. Desenho de circunferência em perspectivas 
 
7.5. Interseção de superfícies 
Determinação da interseção de duas faces sendo uma delas uma superfície não plana. 
 
 
 
 
 
 
Compilação de material sobre desenho técnico 
 
 
20 
 
8. TIPOS DE LINHAS 
O desenho técnico, devido a sua aplicação na indústria, necessita de informações 
precisas que impossibilitem dúvidas ao fabricante. Definitivamente seria impossível 
visualizar corretamente desenhos técnicos se não houvessem as convenções das linhas. 
 
8.1. Largura (espessura) de linhas 
 A relação entre as larguras de linhas largas (grossa) e estreita (fina) não deve ser 
inferior a 2. 
 As larguras das linhas devem ser escolhidas, conforme o tipo, dimensão, escala e 
densidade de linhas no desenho, de acordo com o seguinte escalonamento: 0,13; 
0,18; 0,25; 0,35; 0,50; 0,70; 1,00; 1,40 e 2,00 mm. 
 Para diferentes vistas de uma peça, desenhadas na mesma escala, as larguras 
das linhas devem ser conservadas. 
 
Segundo a NBR 8403 - Aplicação de linhas em desenhos - Tipos de linhas - Larguras das 
linhas: "o espaçamento mínimo entre linhas paralelas (inclusive a representação de 
hachuras) não deve ser menor do que duas vezes a largura da linha mais larga, 
entretanto recomenda-se que esta distância não seja menor do que 0,70 mm". 
 
 
 
 
Exemplo do emprego de diferentes linhas em desenho técnico 
 
 
 
 
Compilação de material sobre desenho técnico 
 
 
21 
 
8.2. Classificação das linhas 
a) quanto à largura: 
• larga (grossa) 
• estreita (fina) 
 
b) quanto à forma: 
• contínua 
• tracejada 
• traço-ponto 
 
As linhas se classificam apenas quanto a largura e quanto a forma. Existem dez tipos de 
linhas utilizadas em desenho técnico. A seguir serão mostrados uma tabela e um 
desenho que juntos apresentarão detalhadamente os tipos de linhas e suas aplicações. 
 
Traçado Denominação 
Aplicação geral (ver 
figuras abaixo da tabela) 
A 
 
Contínua larga A1 contornos visíveis 
A2 arestas visíveis 
B 
 
Contínua estreita B1 linhas de interseção 
imaginárias 
B2 linhas de cotas 
B3 linhas auxiliares 
B4 linhas de chamadas 
B5 hachuras 
B6 contornos de seções 
rebatidas na 
própria vista 
B7 linhas de centros curtas 
C 
 
Contínua estreita a mão 
livre (A) 
C1 limites de vistas ou 
cortes parciais ou 
interrompidas se o limite 
não coincidir com linhas 
traço e ponto (ver Figura 
1c) 
D1 esta linha destina-se a 
desenhos confeccionados 
por máquinas (ver 
Figura 1d)) 
D 
 
Contínua estreita em 
ziguezague (A) 
E 
 
Tracejada larga (A) E1 contornos não visíveis 
E2 arestas não visíveis 
F1 contornos não visíveis 
F2 arestas não visíveis 
F 
 
Tracejada estreita (A) 
G 
 
Traço e ponto estreita G1 linhas de centro 
G2 linhas de simetrias 
G3 trajetórias 
 
Compilação de material sobre desenho técnico 
 
 
22 
 
Traçado Denominação 
Aplicação geral (ver 
figuras abaixo da tabela) 
H 
 
Traço e ponto estreita, larga 
nas extremidades e na 
mudança de direção 
H1 planos de cortes 
J 
 
Traço e ponto largo J1 Indicação das linhas ou 
superfícies com indicação 
especial 
K 
 
Traço dois pontos estreita K1 contornos de peças 
adjacentes 
K2 posição limite de peças 
móveis 
K3 linhas de centro de 
gravidade 
K4 cantos antes da 
conformação (ver Figura 
1f) 
K5 detalhes situados antes 
do plano de corte (ver 
Figura 1e) 
(A)
 Se existirem duas alternativas em um mesmo desenho, só deve ser aplicada uma opção. 
Nota: Se forem usados tipos de linhas diferentes, os seus significados devem ser explicados no 
respectivo desenho ou por meio de referência às normas específicas correspondentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Compilação de material sobre desenho técnico 
 
 
23 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Compilação de material sobre desenho técnico 
 
 
24 
 
Se ocorrer coincidência de duas ou mais linhas de diferentes tipos, devem ser 
observados os seguintes aspectos, em ordem de prioridade (ver figura abaixo): 
1) arestas e contornos visíveis (linha contínua larga, tipo de linha A); 
2) arestas e contornos não visíveis (linha tracejada, tipo de linha E ou F); 
3) superfícies de cortes e seções (traço e ponto estreitos, larga nas extremidades e na 
mudança de direção; tipo de linha H); 
4) linhas de centro (traço e ponto estreita, tipo de linha G); 
5) linhas de centro de gravidade (traço e dois pontos, tipo de linha K); 
6) linhas de cota e auxiliar (linha contínua estreita, tipo de linha B). 
 
 
Coincidência de linhas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Compilação de material sobre desenho técnico 
 
 
25 
 
9. HACHURAS 
Hachuras são linhas estreitas (finas) e, sempre que possível, inclinadas à 45º para a 
direita ou para esquerda em relação às linhas principais de contorno ou eixos de simetria. 
A Norma Brasileira que trata de hachura é a NBR 12298. 
 
 
Traçados corretos Traçados incorretos 
 
As hachuras, em uma mesma peça, são traçadas sempre numa mesma direção: 
 
 
 
Em desenhos de conjunto, em peças adjacentes, as hachuras devem ser feitas em 
direções opostas ou espaçamentos (densidade da hachura) diferentes: 
 
 
 
 
 
No caso de seções de peças de espessuras finas, as hachuras podem ser omitidas e, 
nesse caso, ser enegrecida. Em desenhos de conjunto, as peças dever ser separadas 
por um espaço denominado linha de luz, distanciando as peças em 1mm. 
 
Compilação de material sobre desenho técnico 
 
 
26 
 
 
 
As hachuras devem ser interrompidas quando da necessidade de se fazer alguma 
anotação na área hachurada: 
 
 
 
 
9.1. Tipos de hachuras 
As hachuras servem para determinar as partes da peça que são maciças e que foram 
atingidas pelo plano de corte. Mas a hachura também é utilizada para determinar o tipo 
de material que será utilizado para a fabricação da peça ou, no caso de desenhos de 
arquitetura ou civil, para diferenciar superfícies e indicar acabamento. 
 
 
 
 
 
 
 
Compilação de material sobre desenho técnico 
 
 
27 
 
10. ESCALA 
Escala é a razão entre a medida de um comprimento representado no desenho e a 
medida real desse comprimento. Ou seja, é a relação de dimensões entre o desenho e o 
objeto representado. 
 
Por convenção, usamos na operações com escalas, a seguinte simbologia: 
 
d = dimensão do desenho 
D = dimensão do objeto 
1/Q = escalaEstabelecendo a relação entre as dimensões do objeto com as do desenho, temos: 
d/D = 1/Q 
 
São três os tipos de escala: 
 Redução: quando são menores que a unidade. Ex.: 1/2 
 Ampliação: quando são maiores que a unidade. Ex.:2/1 
 Natural: quando são iguais a unidade. Ex.:1/1 
 
 
Antes que o desenho seja feito é necessário observar as dimensões reais do objeto. 
Existem objetos que podem ser desenhados em tamanho real, mas alguns são grandes 
demais, não cabem no formato do papel e precisam ser reduzidos. Outros são pequenos 
demais, dificultam a análise dos detalhes e precisam ser ampliados. O desenho em 
escala mantém as medidas lineares do objeto mas também permite que essas medidas 
sejam aumentadas ou diminuídas proporcionalmente. Já as medidas angulares 
permanecem inalteradas mesmo em escalas de ampliação ou redução. 
 
Outro detalhe que deve ser observado em relação à escala de um desenho é o volume 
de informações que serão passadas. Não faz sentido, por exemplo, representar um 
objeto em uma escala muito ampliada sem que não haja informação suficiente para ser 
mostrada. O mesmo se aplica ao inverso, representar em escala pequena algo que 
demande um grande volume de informações, pois nesse caso o desenho pode ficar 
poluído. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Compilação de material sobre desenho técnico 
 
 
28 
 
As escalas podem ser: 
 
Numéricas: quando representadas por uma razão ou fração, geralmente decimal. 
Ex.: 1/10,1/1000. 
 
Gráficas: muito utilizadas em mapas ou em situações onde é importante manter no 
desenho uma referência gráfica das dimensões representadas (ex.: desenhos não 
cotados). 
 
 
Escalas recomendadas: 
 
Redução Natural Ampliação 
 
1 : 2 
1 : 5 
1 : 10 
1 : 20 
1 : 50 
1 : 100 
1 : 200 
1 : 500 
1 : 1.000 
1 : 2.000 
1 : 5.000 
1 : 10.000 
 1:1 
2 : 1 
5 : 1 
10 : 1 
20 : 1 
50 : 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Compilação de material sobre desenho técnico 
 
 
29 
 
Escalímetro: é um instrumento de medição com réguas graduadas que nos permitem 
determinar sem cálculos as dimensões do desenho, conhecendo-se as do objeto, ou 
vice-versa. 
 
 
 
 
Com o mesmo escalímetro é possível trabalhar na mesma régua com escala diferentes, 
desde que seja feita a compensação proporcional. Ex.: na régua da escala de 1/20, é 
possível trabalhar com proporções na escala de 1/2, 1/200 etc. O mesmo pode ser feito 
com às demais réguas das faces do escalímetro. 
 
 
 
Compilação de material sobre desenho técnico 
 
 
30 
 
 
Relação da ampliação e redução com a escala 
 
 
11. CALIGRAFIA TÉCNICA 
O desenho técnico não se faz somente pelo uso de linhas e desenhos. Também utiliza-se 
da linguagem escrita representada em letras e algarismos. A caligrafia técnica, 
estabelecida após estudos de legibilidade e de execução, é a simplificação máxima do 
“desenho” de letras e números. Tal simplificação busca evitar os riscos de dupla 
interpretação das informações que elas trazem. 
 
ABCD abcd - 12347 ABCD abcd - 1234 
Caligrafia técnica Romano Outros 
 
De acordo com a NBR 8402 - Execução de caracter para escrita em desenho técnico, os 
caracteres devem apresentar as seguintes características: 
 ser claramente distinguíveis entre si para evitar qualquer troca ou algum desvio 
mínimo da forma ideal; 
 para reprodução e microfilmagem deve ser observada a distância entre caracteres 
de, no mínimo, duas vezes a largura da linha; 
 para facilitar a escrita, deve ser utilizado a mesma largura de espessura de linha 
para letras maiúsculas e minúsculas; 
 devem ser escritos de forma que as linhas se cruzem ou se toquem, 
aproximadamente, em ângulo reto; 
 
Com relação ao tamanho dos caracteres, as seguintes sugestões práticas podem ser 
adotadas como hierarquia: 
 títulos, somente maiúsculas com 6mm de altura; 
 subtítulos, maiúsculas de 3,5mm de altura; 
 notas em geral e dimensões, maiúsculas de 2,5mm de altura. 
 
 
 
 
 
Compilação de material sobre desenho técnico 
 
 
31 
 
12. COTAS 
Para confeccionar qualquer objeto é preciso ter o conhecimento tanto da forma quanto 
das dimensões. As medidas (valores numéricos) indicadas em desenho técnico são as 
dimensões que o objeto deve ter depois de produzido e recebe o nome de cotas. A 
fabricação de um objeto, a partir do desenho técnico exige uma interpretação correta das 
cotas indicadas. Se as cotas estiverem erradas ou houver uma interpretação errada, o 
objeto ficará errado também. 
 
Para cotar ou interpretar desenho técnico é preciso conhecer seus componentes e quais 
as suas funções. Os três elementos que compõe a cota são: 
 Cota: valor numérico que corresponde à medida. 
 Linha de cota ou de medida: linha que mostra a extensão da cota 
 Linhas auxiliares, de extensão ou chamada: são linhas que delimitam a linha 
de cota e se aproximam do desenho (sem tocá-lo) para facilitar o entendimento da 
relação entre a cota e o desenho. 
 
 
 
Cota total: dada apenas para evitar cálculos, é derivada de cotas parciais apresentadas 
no desenho. Indica o comprimento, a largura e a altura do objeto. 
Cota parcial: essencial para a fabricação da peça. Indica medidas das partes da peça. 
 
 
Compilação de material sobre desenho técnico 
 
 
32 
 
As unidades de medidas adotadas variam de acordo com a área técnica do desenho: 
 
Área técnica Unidade 
Desenho Mecânico Milímetro (mm) 
Desenho de Estruturas Metro (m) 
Desenho Arquitetônico Centímetro (cm) ou Metro (m) 
Desenho Topográfico Metro (m) 
Desenho Cartográfico Quilômetro (km) 
 
Quando todas as cotas do desenho forem expressas na mesma unidade, é dispensado o 
uso do símbolo da unidade. 
 
12.1. Distancias a serem respeitadas em cotagem 
 A linha auxiliar deve ser ligeiramente afastada da linha de contorno do desenho (2 
a 3 mm); 
 A linha de auxiliar deve ultrapassar a linha de cota (3 a 5 mm); 
 A cota deve ficar afastada em cerca de 10mm do objeto que está sendo cotado; 
 As linhas de cota paralelas devem ser espaçadas igualmente a uma distância em 
cerca de 10mm; 
 Em desenhos maiores, as linhas de cota ficam afastadas entre si e da linha de 
contorno do desenho de 10 a 20 mm, conforme o bom senso do desenhista e das 
normas da empresa; 
12.2. Regras gerais 
 As cotas devem ser indicadas com a máxima clareza para que possam ter apenas 
um interpretação; 
 Colocar as cotas prevendo sua utilização futura na construção de modo a evitar 
cálculos pelo operário; 
 A altura dos algarismos é uniforme dentro do mesmo desenho. Em geral usa-se a 
altura de 2,5 a 3 mm; 
 As cotas prevalecem sobre as medidas calculadas com base no desenho; 
 As linhas auxiliares pode se interceptar; 
 Os ângulos serão medidos em graus, exceto em desenhos de arquitetura, em 
coberturas e rampas, que devem ser indicados em percentual; 
 Colocar linhas de cota preferencialmente fora da figura ou elemento; 
 Não traçar linha de cota como continuação da linha da figura; 
 
12.3. Regras para cotagem 
 A cota deve ser posicionada acima de linha de cota horizontal e à esquerda de 
linha de cota vertical. 
 
 
Compilação de material sobre desenho técnico 
 
 
33 
 
 A cota deve estar, sempre que possível, centralizada em relação à linha de cota e 
não deve tocá-la. 
 
 
 
 
 
 A cota deve ser disposta na direção da linha de cota. 
 
 
 As linhas de cota não devem se cruzar com outras linhas, com exceção das linhas 
imaginárias (linhas de centro e de simetria). 
 
 
 O cruzamento das linhas de cota deve ser evitado, porém, se isso ocorrer, não 
devem ser interrompidas no ponto do cruzamento. 
 
Compilação de material sobre desenho técnico 
 
 
34 
 
 
 
 
 
 
 A cota deve ser indicada na vista que mostra mais claramente a forma do 
elemento. 
 
 
 As cota devem ser apresentadas em tamanho que as torne facilmente legível. 
 
 
 A linha de cota não deve ser interrompida, mesmo que o elemento o seja. 
 
 
 
Compilação de material sobre desenho técnico 
 
 
35 
 
 Deve-seutilizar a cota total sempre que possível, com a finalidade de evitar 
cálculos. 
 
 Mesmo aparecendo em mais de uma vista, cada elemento da peça deve ser 
cotado apenas uma vez. 
 
Cotar apenas o indispensável, 
evitando repetir cotas e símbolos 
 
 
 Com relação às formas do objetos, deve-se observar a seguinte simbologia: 
 
 ESF 
R R ESF 
Diâmetro Diâmetro Esférico Quadrado Raio Raio Esférico 
 
 
 
 
 
Se as formas estiverem visivelmente definidas, os símbolos de diâmetro e quadrado 
podem ser suprimidos. 
 
Compilação de material sobre desenho técnico 
 
 
36 
 
 Em objetos que têm furo redondo são necessárias duas cotas de tamanho: 
diâmetro e profundidade; e duas de localização. 
 
 
 
Formar de cotar furos redondos: 
 
 
 
Com auxilio de linhas de 
chamada 
Com a linha de cota 
diretamente dentro do 
elemento 
Com uma seta quebrada 
indicando a aresta e 
apontando para o centro 
 
 Quando o furo é muito pequeno, prolonga-se a linha de cota para que o texto 
fique externo às linhas auxiliares: 
 
 
 
 
 
Compilação de material sobre desenho técnico 
 
 
37 
 
 
 Em objetos com furos quadrados são necessárias cotas de comprimento, largura 
e profundidade e, como nos círculos, duas cotas de localização: 
 
 
 
 As cotas de arcos e ângulos apresentam símbolos específicos. Para as cotas de 
corda não há necessidade de simbologia: 
 
 
Os elementos angulares podem ser cotados de diversas formas utilizando para tal, cotas 
lineares e angulares: 
 
Chanfro com uma cota 
Linear X Angular 
Chanfro com duas cotas 
lineares 
Chanfro com uma cota 
linear e outra angular 
 
Escareado com uma cota 
Linear X Angular 
Escareado com duas cotas 
lineares 
Escareado com uma cota 
linear e outra angular 
 
Compilação de material sobre desenho técnico 
 
 
38 
 
 Em objetos com elementos semicircular, uma cota de raio e uma de posição são 
suficientes para representação: 
 
Se o raio for pequeno, as seguintes formas de cotagem podem ser utilizadas: 
 
 
No prolongamento da linha de 
cota para o lado convexo 
Com a seta indicando 
o arco 
No prolongamento da linha de 
cota para o lado côncavo 
 
Se o arco for muito grande, a cotagem pode ser feita das seguintes formas: 
 
 
Com o centro na linha de simetria Com o centro fora da linha de simetria. A 
linha pode ser usada como referência para 
locação do centro do raio 
 
As regras e elementos de cotagem apresentados neste material são básicos e não 
esgotam as formar utilizadas no cotidiano profissional. Para um estudo mais 
aprofundado, recomenda-se a leitura da NBR 10126 - Cotagem em desenho técnico. 
 
A cotagem de elementos de arquitetura não é muito diferente da utilizada em 
desenho mecânico. Para o entendimento da diferença entre as formas utilizadas, 
recomenda-se a leitura da NBR 6492 - Representação de projetos de arquitetura. 
Além da representação de cotagem, a norma aborda a utilização de linhas, 
caracteres (letras e números), escala, representação de hachuras e simbologias 
utilizadas em projetos de arquitetura. 
 
 
Compilação de material sobre desenho técnico 
 
 
39 
 
 
13. CORTE 
Existem peças ou objetos que precisam ser desenhados, mas tem elementos internos 
complexos. Nesses casos, o sistema de desenho baseado nas vistas representadas por 
linhas contínuas para elementos visíveis e linhas tracejadas para elementos não visíveis, 
faz com que os desenhos fiquem mais complexos e difíceis de serem entendidos. O 
recurso utilizado para eliminar essa dificuldade de interpretação e mostrar elementos 
internos de peças complexas com maior clareza é a representação em corte. 
 
Corte ou vista em corte é a representação em projeção ortogonal de um objeto ou peça 
onde uma de suas partes foi cortada e removida e deixando visível a parte interior. Isso é 
feito através da passagem de um ou mais planos de corte (planos secantes imaginários). 
As superfícies criadas pela interseção desses planos com a peça são diferenciadas das 
demais por terem no seu interior linhas de hachuras. As linhas que delimitam essas 
superfícies são chamadas de linhas de contorno de corte e são ótimas para cotar. 
 
 
Representação em vista Representação em corte 
 
Os cortes também servem para facilitar a visualização da estrutura interna de conjuntos 
mecânicos e seu funcionamento, além de facilitar a cotagem e indicação dos detalhes. 
Ao desenhar ou interpretar cortes em peças, deve-se atentar para algumas regras: 
 A representação em corte só é utilizada quando a complexidade dos detalhes 
internos da peça torna difícil sua compreensão por meio da representação normal; 
 Os cortes são representados quando se quer mostrar elementos internos de 
peças ou elementos que não são visíveis na posição do observador; 
 Os cortes em desenhos técnicos são imaginários; 
 Os cortes são feitos por um plano de corte também imaginário. 
 
O desenho de um objeto pode incluir um ou mais cortes e/ou seções de vários tipos, 
conforme o que for necessário para o entendimento da representação e cotagem e/ou 
indicação. O conhecimento e uso adequados de todos os tipos de cortes e seções, em 
geral, diminui o número de vistas necessárias do desenho. 
 
 
 
Compilação de material sobre desenho técnico 
 
 
40 
 
13.1. Representação do corte 
Conforme foi dito anteriormente, os cortes são feitos por um plano de corte imaginário 
que corta uma peça com o objetivo de mostrar os elementos internos. 
 
Os planos de corte devem ser indicados em qualquer vista da peça por linhas de corte 
correspondentes, exceto em vistas cortadas onde a linha de corte não pode ser 
representada. As linhas de centro e de simetria (traço-ponto estreita) devem ser 
representadas em vistas cortadas. 
 
As linhas de corte possuem setas nas extremidades que indicam o sentido de 
observação do corte e são colocadas as letras maiúsculas repetidas que dão nome ao 
corte. No exemplo abaixo o nome dado ao corte é AA, cujo nome é representado abaixo 
da vista cortada. 
 
Tanto as letras das indicações dos planos de corte como a identificação da vista cortada 
devem ser maiores e mais grossas que os algarismos das cotas do desenho. As setas de 
indicação do plano de corte devem ser maiores que as das cotas. 
 
 
 
 
Vistas cortadas podem ser desenhadas próximas às vistas da peça ou podem substituí-
las. Os cortes podem ser representados em qualquer das vistas do desenho técnico 
mecânico. A escolha da vista onde o corte é representado depende dos elementos que 
se quer destacar e da posição de onde o observador imagina o corte. 
 
 
 
 
Compilação de material sobre desenho técnico 
 
 
41 
 
13.2. Tipos de corte 
Dependendo da informação que se deseja mostrar em um desenho, Pode-se optar por 
um ou mais tipo de representação de corte. Os tipos mais utilizados são os seguintes: 
 
Corte total: é aquele em que o plano de corte atinge toda a extensão da peça. O corte 
total utiliza dois tipos de planos de corte: longitudinal e transversal, sendo que o plano de 
corte longitudinal pode ser vertical ou horizontal. 
O plano de corte vertical é paralelo ao plano de projeção vertical e utilizado no corte 
da vista frontal. O plano de corte horizontal é paralelo ao plano de projeção 
horizontal e utilizado no corte da vista superior. 
 
 
O plano de corte transversal é paralelo ao plano de projeção lateral e utilizado no 
corte da vista lateral, conforme mostrado na figura abaixo. 
 
 
Dependendo do grau de complexidade da peça, é necessário desenhar mais de um corte 
 
 
 
 
 
Compilação de material sobre desenho técnico 
 
 
42 
 
O Corte parcial é utilizado para representar elementos internos localizados em uma 
determinada parte da peça. 
Regras específicas: 
 A linha de ruptura delimita o local do corte deixando visíveis os elementos 
internos. 
 Devem ser representados com linhas tracejadas os elementos internos 
localizados nas partes que não foram atingidas pelo corte parcial. 
 Pode existirmais de um corte parcial numa mesma vista de um desenho técnico. 
 Não é necessário denominar o corte parcial. 
 
 
 
 
Corte em desvio: é utilizado em peças que, para mostrar todos os elementos internos, 
precisariam de cortes feitos por dois ou mais planos de corte coplanares. Para evitar a 
repetição de vistas com cortes diferentes, utiliza-se o corte em desvio. 
 
Exemplo de cortes coplanares 
 
 
 
Compilação de material sobre desenho técnico 
 
 
43 
 
No corte em desvio o plano de corte pode mudar de direção quantas vezes for necessário 
a fim de visualizar ao mesmo tempo e num mesmo corte elementos internos situados em 
planos de corte diferentes. Assim, na mesma vista representada em corte, todos os 
elementos são vistos como se estivessem no mesmo plano. 
 
 
Em um corte em desvio a leitura da vista frontal isoladamente não permite identificar o 
trajeto percorrido pelo plano de corte. Portanto, a escolha da vista onde será indicada a 
linha de corte é importante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Compilação de material sobre desenho técnico 
 
 
44 
 
Se uma peça possuir dois ou mais elementos iguais e alinhados num plano perpendicular 
ao de corte, o plano de corte deverá passar por um deles. Nesse tipo de situação não é 
necessário mais cortes para mostrar os outros elementos, porque são iguais ao primeiro. 
 
É importante ter em mente que na vista em que é representado um corte em desvio, os 
detalhes internos são vistos como se pertencessem a um único plano, embora na 
realidade pertençam a planos diferentes. 
 
 
 
 
 
Corte rebatido: é uma forma de representação utilizada quando uma peça possui 
detalhes excêntricos distribuídos em uma parte de revolução. Nesse caso, é necessário 
fazer um corte composto por dois planos concorrentes. Na representação do corte um 
dos planos sofrerá uma rotação até coincidir com o outro, ou seja, é feito um rebatimento 
do plano. 
 
 
Rebatimento na vista lateral esquerda Rebatimento na vista frontal 
 
 
 
 
Compilação de material sobre desenho técnico 
 
 
45 
 
Meio-corte: utilizado para representar elementos internos de peças simétricas. A peça 
apresenta apenas a metade em corte e a outra metade é a vista. Isso permite a análise 
dos elementos externos e internos em uma única vista. 
 
Representação do meio-corte em perspectiva 
 
 
Representação do meio-corte em projeção ortogonal 
 
Regras específicas: 
 A linha de simetria é a linha que divide ao meio, a vista representada em meio 
corte; 
 A metade da peça atingida pelo plano de corte é simétrica à outra metade; 
 Como a peça é simétrica, não há necessidade de repetir, na metade não atingida 
pelo plano de corte, as representações dos elementos internos com linhas 
tracejadas; 
 Os centros de elementos devem ser indicados com linha de centro mesmo na 
metade da peça que não foi atingida pelo plano de corte; 
 A representação em meio-corte não exige a indicação do plano de corte; 
 As demais vistas são representadas normalmente sem haver a indicação. 
 
 
 
 
Compilação de material sobre desenho técnico 
 
 
46 
 
 Sempre que a linha de simetria for 
horizontal, o corte será representado 
na parte inferior. 
 Sempre que a linha de simetria 
for vertical, o corte será 
representado à direita. 
 
 
 
14. SEÇÃO 
A seção pode ser entendida como um corte simplificado ou uma forma de representar a 
parte maciça de uma peça representando sua forma. 
 
Ao observar o desenho acima onde um corte e uma seção da mesma peça são 
colocados lado a lado, é possível notar as seguintes semelhanças e diferenças: 
Semelhanças: Em ambos os casos há um representação de cortes na peça. Eles 
apresentam indicação do plano de corte e as partes maciças atingidas pelo corte são 
hachuradas. 
Diferenças: No desenho em corte, a vista onde o corte é representado mostra outros 
elementos da peça, além da parte maciça atingida pelo corte. No desenho em seção, 
mostra-se apenas a parte cortada. A indicação do corte é feita pela palavra corte, seguida 
de duas letras maiúsculas repetidas, enquanto que a identificação da seção é feita pela 
palavra seção, também seguida de duas letras maiúsculas repetidas. 
 
 
 
 
Compilação de material sobre desenho técnico 
 
 
47 
 
14.1. Representação da seção 
Assim como nos cortes, existem várias formas de representar uma seção: 
Seções fora da vista: podem ser representadas próximas da vista e ligadas por linha 
"traço e ponto" ou em posições diferentes. No último caso, as seções devem ser 
identificadas pelo nome. É importante notar que na mesma vista podem ser 
representadas várias seções. 
 
Exemplo de seções ligadas diretamente à vista 
 
Exemplo de seções ao lado da vista e com indicação de nome 
Nos exemplos apresentados é possível notar duas linhas em diagonal sobre superfícies 
do desenho. Essas linhas indicam que há uma superfície plana obtida a partir de 
superfície cilíndrica. 
Seção dentro da vista: a seção pode ser representada rebatida dentro da vista, desde 
que não prejudique a interpretação do desenho. Observe a próxima perspectiva em corte 
e, ao lado, sua representação em vista ortográfica, com a seção representada dentro da 
vista. 
 
Para representar o contorno da seção dentro da vista, usa-se a linha contínua estreita. A 
parte maciça é representada hachurada. Quando a seção aparece rebatida dentro das 
vistas do desenho técnico, ela não vem identificada pela palavra seção, seguida de letras 
 
Compilação de material sobre desenho técnico 
 
 
48 
 
do alfabeto. Na seção dentro das vistas também não aparece a indicação do plano de 
corte. 
Seção interrompendo a vista: quando a seção é representada interrompendo as vistas 
do desenho técnico, ela não vem identificada pela palavra seção, seguida pelas letras do 
alfabeto. Na seção interrompendo as vistas não aparece a linha indicativa de corte. A 
interrupção da vista é feita pela linha de ruptura. 
 
Seções enegrecidas: são utilizadas quando a área da seção é a de um perfil de pouca 
espessura. Nesse caso, ao invés de se representarem as hachuras, o local é enegrecido. 
As seções enegrecidas podem ser representadas: dentro das vistas, fora das vistas, ou, 
ainda, interrompendo as vistas, conforme mostram as figuras abaixo. 
 
 
 
Dentro da vista Fora da vista Interrompendo a vista

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