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18/10/2019 1 Prof. Dr. Giovani Jacob Kolling Disciplina: Bioquímica 18/10/2019 2 Metabolismo Introdução ao metabolismo Metabolismo refere-se a soma das mudanças químicas que ocorrem nas células, tecidos e organismos. Responsável pela organização molecular, obtenção de energia e síntese/degradação de moléculas específicas Atividade celular altamente coordenada envolvendo sistemas multienzimáticos = vias metabólicas. Catabólicas Quebra de nutrientes orgânicos: proteínas, polissacarídeos, lipídeos = CO2, NH3 e água ATP, redução NADH, NADPH e FADH2 e calor Anabólicas Produção de produtos finais complexos a partir de precursores simples - biossíntese, ex. síntese de proteínas a partir dos aminoácidos Necessitam de energia – ATP, NADH e FADH2 Vias metabólicas centrais envolvidas na síntese e degradação de carboidratos, lipídeos e aminoácidos ATP (Trifosfato de adenosina - responsável pelo armazenamento de energia em suas ligações químicas) NAD (nicotinamida adenina dinucleótido - usado como "transportador de eletrons" nas reações metabólicas de oxi-redução, tendo um papel preponderante na produção de energia para a célula). Coenzima derivada da vitamina B3. NADPH (fosfato de dinucleotídeo de adenina e nicotinamida é uma coenzima semelhante ao NAD. É o aceptor de elétrons nas reações da via das pentoses- fosfato e na transformação de malato em piruvato pela ação da enzima málica, havendo redução de NADP+ a NADPH. Está envolvida nas vias de síntese de ácidos graxos e glicerol). FAD (dinucleótido de flavina e adenina - utilizado em reações de transferência eletrônica e transporte de energia). FADH (O FADH é uma molécula transportadora de energia metabólica, sendo utilizada como substrato na fosforilação oxidativa mitocondrial). SIGNIFICADOS 18/10/2019 3 Via metabólica – transformação de uma molécula ou um grupo de moléculas relacionadas Metabolismo Catabolismo Hidrólise moléculas complexas em unidades simples Conversão dessas unidades em intermediários metabólicos – acetil-coenzima A (CoA) = ATP. Reações exergônicas. Oxidação da CoA – via final ciclo do ácido cítrico = ATP via fosforilação oxidativa Anabolismo Moléculas pequenas se unem em moléculas complexas Reações endergônicas, gasto energia, via ATP Reduções químicas - NADPH Poucos precursores formando vários produtos poliméricos ou complexos - divergente Vários moléculas degradadas formando poucos produtos finais - convergente http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwi1nNLQ_7HMAhXBHpAKHdAoDdsQjRwIBw&url=http://dicasmarombeiros.blogspot.com/2013/08/como-o-metabolismo-influencia-na.html&bvm=bv.120853415,d.Y2I&psig=AFQjCNGr3fu4tSvLuqL3aqURo-xMYmqVAA&ust=1461955710265895 http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwi1nNLQ_7HMAhXBHpAKHdAoDdsQjRwIBw&url=http://dicasmarombeiros.blogspot.com/2013/08/como-o-metabolismo-influencia-na.html&bvm=bv.120853415,d.Y2I&psig=AFQjCNGr3fu4tSvLuqL3aqURo-xMYmqVAA&ust=1461955710265895 18/10/2019 4 Processo de conversão das ligações químicas de moléculas ricas em energia que poderão ser usadas nos processos vitais. Pode ser respiração anaeróbica respiração aeróbica É o processo de obtenção de energia mais utilizado pelos seres vivos. RESPIRAÇÃO CELULAR 18/10/2019 5 ETAPAS DA RESPIRAÇÃO CELULAR I- GLICÓLISE – Quebra da glicose III- CADEIA RESPIRATÓRIA – Produção de moléculas de ATP II- CICLO DE KREBS - Conjunto de reações que formam CO2 - H2O - NADH2 - FADH2 LOCAIS DA RESPIRAÇÃO CELULAR 3ª FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA 1ª. GLICÓLISE HIALOPLASMA M I T O C Ô N D R I A S Líquido citoplasmático = Citosol = Hialoplasma 18/10/2019 6 grego (glykys = açúcar e lysis = quebra) GLICÓLISE GLICÓLISE grego (glykys = açúcar e lysis = quebra) Quebra de uma molécula de glicose (6C) liberando duas moléculas de piruvato (3C) através de uma série de reações enzimáticas Porque a glicose ? Papel central no metabolismo Muito similar nos mais diversos organismos Ocorre no plasma citoplasmático 18/10/2019 7 Nos organismos anaeróbios (e mesmo nos aeróbios, em certas circunstâncias), pelo contrário, a glicólise é prosseguida por um outro processo designado por fermentação. Nos organismos aeróbios constitui o segmento inicial da degradação da glicose, sendo essencialmente prosseguida pelo processo a que, globalmente se atribui a designação de respiração celular. GLICÓLISE Quando esse processo não envolve consumo de oxigênio molecular e por isso é chamado de fermentação anaeróbica. A fermentação é um processo de transformação de uma substância em outra, produzida a partir de microorganismos, tais como fungos, bactérias, ou até o próprio corpo, chamados nestes casos de fermentos. Exemplo de fermentação: - açúcares das plantas em álcool, - processo de fabricação da cerveja (álcool etílico e CO2) produzidos a partir do consumo de açúcares presentes no malte - obtido através da cevada germinada. GLICÓLISE 18/10/2019 8 GLICÓLISE Processo usado no preparo da massa do pão/ bolo: fermentos das leveduras/ fungos - consomem o açúcar (amido) da massa do pão, liberando CO2 , que aumenta o volume da massa. Exemplos: 1. Iogurte (fermentação láctica): lactobacilos, produzem ácido lático; 2. Pão e cerveja (fermentação alcoólica): fungos (anaeróbicos facultativos), que produzem no final álcool; 3. Vinagre (fermentação acética): consiste numa reação química, onde ocorre a oxidação parcial do álcool etílico, obtendo o ácido acético. Outro exemplo: nos músculos, a quando da atividade fisica intensa e na ausência de oxigênio, com a formação de lactato (ácido láctico). Quebra Glicose 2 moléculas piruvato - 3C 10 etapas Citosol 2 Etapas 5 primeiras: Fase preparatória ou fase de investimento Formas fosforiladas são sintetizadas à custa de gasto de ATP. Aprisionamento e desestabilização da glicose. Aumenta conteúdo de energia dos intermediários. Produto final: Gliceraldeído-3-fosfato 5 finais: Fase de pagamento ou fase de produção de energia. Formação de duas moléculas de ATP e 2 NADH por glicose utilizada Produto final: Piruvato * 2 ATPs foram consumidos 18/10/2019 9 GLICÓLISE - FASE PREPARATÓRIA glicose glicose-6-fosfato frutose-6-fosfato frutose-1,6-difosfato gliceraldeído-3-fosfato diidroxiacetona fosfato hexoquinase FOSFOFRUTOQUINASE glicose glicose 6-fosfato Fase Preparatória Fosforilação da glicose e sua conversão em gliceraldeído 3-fosfato 18/10/2019 10 glicose glicose 6-fosfato frutose 6-fosfato Fase Preparatória Fosforilação da glicose e sua conversão em gliceraldeído 3-fosfato Glicose-6-fosfato é convertida num processo de isomerização em frutose-6-fosfato, para que, assim, se possua um sítio de entrada para a frutose da dieta na glicólise. glicose glicose 6-fosfato frutose 6-fosfato frutose 1,6-bifosfato Fase Preparatória Fosforilação da glicose e sua conversão em gliceraldeído 3-fosfato a célula investe outra molécula de ATP para fosforilar a frutose-6- fosfato e convertê-la em frutose- 1,6-bifosfato 18/10/2019 11 glicose glicose 6-fosfato frutose 6-fosfato frutose 1,6-bifosfato gliceraldeído 3-fosfato diidroxiacetona fosfato Fase Preparatória Fosforilação da glicose e sua conversão em gliceraldeído 3-fosfato a frutose -1,6 - bisfosfato é clivada em duas trioses: gliceraldeído-3- fosfato e dihidroxiacetona fosfato O gliceraldeído-3-fosfato e a dihidroxiacetona fosfato são isômeros (enzima triosefosfato isomerase). Ocorre então a conversão da dihidroxicetona P em gliceraldeído 3P, a única triose que pode continuar sendo oxidada. gliceraldeído-3-fosfato 1,3-bifosfoglicerato 3-fosfoglicerato 2-fosfoglicerato fosfoenolpiruvato piruvato PIRUVATO QUINASE ENOLASE Fase de Pagamento 18/10/2019 12 gliceraldeído 3-fosfato (2) 1,3-bifosfoglicerato(2) Fase de Pagamento Conversão oxidativa do gliceraldeído 3-fosfato a piruvato e a formação acoplada de ATP e NADHoxidação e fosforilação cada gliceraldeído-3- fosfato é oxidado pelo NAD e fosforilado por um fosfato inorgânico, dando origem a 1,3- Bifosfoglicerato (1,3 BPG). gliceraldeído 3-fosfato (2) 1,3-bifosfoglicerato (2) 3-fosfoglicerato (2) Fase de Pagamento Conversão oxidativa do gliceraldeído 3-fosfato a piruvato e a formação acoplada de ATP e NADHoxidação e fosforilação primeira reação de formação de ATP (fosforilação a nível do substrato) A 1,3 BPG transfere um grupo fosfato para uma molécula de ADP dando origem a uma molécula de ATP e a 3-fosfoglicerato. Primeira etapa que sintetiza ATP diretamente na via. 18/10/2019 13 gliceraldeído 3-fosfato (2) 1,3-bifosfoglicerato (2) 3-fosfoglicerato (2) 2-fosfoglicerato (2) Fase de Pagamento Conversão oxidativa do gliceraldeído 3-fosfato a piruvato e a formação acoplada de ATP e NADHoxidação e fosforilação primeira reação de formação de ATP (fosforilação a nível do substrato) a enzima fosfoglicerato muda a posição do grupo fostato, dando origem a 2- fosfoglicerato (grupo fosfato ligado ao carbono 2). gliceraldeído 3-fosfato (2) 1,3-bifosfoglicerato (2) 3-fosfoglicerato (2) 2-fosfoglicerato (2) fosfoenolpiruvato (2) Fase de Pagamento Conversão oxidativa do gliceraldeído 3-fosfato a piruvato e a formação acoplada de ATP e NADHoxidação e fosforilação primeira reação de formação de ATP (fosforilação a nível do substrato) O 2-fosfoglicerato é desidratado formando fosfoenolpiruvato (PEP), um composto altamente energético. 18/10/2019 14 gliceraldeído 3-fosfato (2) 1,3-bifosfoglicerato (2) 3-fosfoglicerato (2) 2-fosfoglicerato (2) fosfoenolpiruvato (2) piruvato (2) Fase de Pagamento Conversão oxidativa do gliceraldeído 3-fosfato a piruvato e a formação acoplada de ATP e NADHoxidação e fosforilação primeira reação de formação de ATP (fosforilação a nível do substrato) segunda reação de formação de ATP (fosforilação a nível do substrato) enzima piruvato cinase transfere do grupo fosfato do fosfoenolpiruvato para uma molécula de ADP, formando-se então uma molécula de ATP e piruvato Por cada molécula de gliceraldeído-3-fosfato produz-se duas moléculas de ATP, na glicólise são produzidos ao todo: 4 ATPs e gastos 2. O saldo energético é de 2 moléculas de ATP e 2 NADH por molécula de glicose.
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