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Adilma Cabral Brito 
Neide Paz Brito 
 
 
 
 
 
 
 
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA: A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO
E REABILITAÇÃO
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PARAUAPEBAS- PA
2022 
 
Adilma Cabral Brito 
Neide Paz Brito 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA: A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO
E REABILITAÇÃO
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de 
Curso apresentado ao
 curso de 
Enfermagem, da Faculdade UNIPLAN
CENTRO UNIVERSITARIO, como parte
dos requisitos para a obtenção do título
de especialista. 
 
 
Orientadora: Profa. Yasmin Dantas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PARAUAPEBAS-PA
2022
Adilma Cabral Brito 
Neide Paz Brito 
 
 
 
 
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA: A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO
E REABILITAÇÃO
 
 
 
 
 
Projeto para o Trabalho de Conclusão de 
Curso apresentado ao
 curso de 
Enfermagem, da Faculdade UNIPLAN
CENTRO UNIVERSITARIO, como parte
dos requisitos para a obtenção do título
de especialista. 
 
 
 
Resultado: ____________ Média: ____________
 
 
Aprovado em: _____/_____/________.
 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA
 
 
 
_________________________________________________
Profª Orientadora 
 
 
 
__________________________________________________
Coordenador Geral
 
 
 
___________________________________________
 
Prof° Convidado (a)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico esse trabalho primeiramente a Deus por nunca ter
deixado eu fraquejar e por toda energia necessária para conclusão
deste curso.
Aos meus pais por estarem sempre acreditando em mim e me
incentivando a nunca desistir.
Ao meu esposo pelo companheirismo e paciência que teve
durante todos esses anos de curso.
Aos meus irmãos, por serem sempre meus maiores exemplos
de força e superação.
Aos meus filhos, por serem meus maiores motivos em
continuar lutando até o infinito. A minha colega de equipe pela
convivência, apoio e atenção nos momentos alegres e tristes.
 
AGRADECIMENTOS
 
 
Agradecemos à Deus, acima de tudo, pela oportunidade de existir e guiar
nossos passos rumo a mais esta realização, iluminando-nos e conduzindo-nos pelos
melhores caminhos para a concretização de todas estas conquistas.
Agradecemos de forma especial a todos aqueles que sempre estiveram ao
nosso lado nas mais diversas situações, dando-nos força em momentos difíceis e
permitindo que passássemos pelos mais árduos obstáculos e conseguíssemos
chegar a este importantíssimo ponto de nossa jornada.
Agradecemos aos nossos cônjuges, filhos, pais e amigos por nunca terem
desistido de nossos sonhos, em momentos que até nós mesmas pensamos em
desistir, fornecendo-nos uma sólida estrutura de sustentação e fortificando-nos nos
momentos de maior fragilidade. Vocês são parte importante desta conquista e
devem celebrar alegremente conosco. Amamos vocês de forma incondicional!
Um agradecimento especial também à professora Yasmin Dantas por toda sua
dedicação, colaboração e paciência durante o desenvolvimento deste trabalho, por
toda sua solicitude, sabedoria e inteligência, sempre à disposição e colaborando
para nossa formação acadêmica. Enfim, agradecemos com veemência a todos
aqueles que de alguma forma contribuíram para a nossa jornada.
Nossos muito obrigado a todos!
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“ Não fui que lhe ordenei? Seja forte e corajoso! Não se apavore, nem se
desanime pois o Senhor, o seu Deus estará com você por onde andar.”
 
(Josué 1:9)
 
 
RESUMO
 
O Transtorno do Espectro Autista trata-se de transtorno neurobiológico caracterizado
por dificuldade de interação social, déficit de comunicação e padrões
comportamentais restritos e estereotipados. A etiologia do transtorno ainda não foi
completamente desvendada, sendo, portanto, uma síndrome comportamental sem
um tratamento curativo. Nesse sentido, a mais importante forma de lidar com o TEA
é o diagnóstico precoce e a imediata reabilitação, sendo ela iniciada ainda na
primeira infância. Outrossim, os profissionais da saúde são fundamentais nesse
processo, já que podem identificar esses traços característicos, bem como orientar
os familiares sobre o tratamento e sanar as eventuais dúvidas que surgirão. Este
estudo visa a destacar a importância do diagnóstico e do processo de reabilitação no
TEA com base nos avanços científicos na área. A pesquisa caracteriza-se como
exploratória em que foram empregados os descritores: autismo, autismo e
enfermagem, diagnóstico precoce e tratamento, História do autismo e TEA. Foram
acessados aproximadamente 25 artigos durante esse período, sendo utilizados 14.
Conclui-se que a escolha do tratamento precoce e adequado é de extrema
importância para a criança. Ademais, a família deve ser participativa durante todo
esse período, estimulando o desenvolvimento da criança e demonstrando que é
possível ela ter uma vida saudável.
 
Palavras-chave: Autismo. Transtorno do Espectro Autista. Diagnóstico. Reabilitação
 
 
ABSTRACT
 
Autism Spectrum Disorder is a neurobiological disorder characterized by difficulty in
social interaction, communication deficit and restricted and stereotyped behavioral
patterns. The etiology of the disorder has not yet been completely unraveled, and it
is, therefore, a behavioral syndrome without a curative treatment. In this sense, the
most important way to deal with ASD is early diagnosis and immediate rehabilitation,
starting in early childhood. Furthermore, health professionals are fundamental in this
process, as they can identify these characteristic traits, as well as guide family
members about the treatment and resolve any doubts that may arise. This study aims
to highlight the importance of diagnosis and rehabilitation process in ASD based on
scientific advances in the area. The research is characterized as exploratory in which
the descriptors were used: autism, autism and nursing, early diagnosis and
treatment, History of autism and ASD. Approximately 25 articles were accessed
during this period, 14 of which were used. It is concluded that the choice of early and
appropriate treatment is extremely important for the child. In addition, the family must
be participatory throughout this period, stimulating the child's development and
demonstrating that it is possible for them to have a healthy life.
 
Keywords: Autism. Autism Spectrum Disorder. Diagnosis. Rehabilitation
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO
 
1. Transtorno do Espectro Autista: a importância do diagnóstico e
reabilitação 9
2. A importância do diagnóstico precoce e da reabilitação para o desenvolvimento da
criança com TEA 11
3. JUSTIFICATIVA 12
4. OBJETIVOS 13
4.1 OBJETIVO GERAL 13
4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 13
5 METODOLOGIA 14
6 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO 15
8 REFERÊNCIAS 18
 
� 
�
9
 
1. Transtorno do Espectro Autista: a importância do diagnóstico e reabilitação 
 
O Autismo tem como prólogo o termo grego “autós” cujo significado é “por si
mesmo”, ou seja, trata-se de um estado mental patológico, em que o sujeito tende a
prender-se em si mesmo absorto do mundo externo (FERNANDES, 1965). Esta
característica ímpar instigou o psiquiatra Eugen Bleuler a cunhar, em 1908, o termo
para descrever um paciente diagnosticado como esquizofrênico, o qual vivia imerso
em seu próprio mundo. Neste contexto, o também psiquiatra Leo Kanner, 30 anos
depois, construiu a visão mais moderna do autismo, imputando-lhe características
próprias observadas, como, por exemplo, a obsessão pela rotina, a dificuldade em
interagir socialmente, as estereotipias e a ecolalia. Atualmente, após o conceito do
autismo passar por outras ressignificações, a condição ganhou o título de TEA-
Transtorno do Espectro Autista- por abranger vários níveis de comprometimento,
desde indivíduos com severa deficiência intelectual, até outros que levam a vida de
maneira completamente comum, com total independência. 
 O TEA é um transtorno multifatorial cujo mecanismode causa ainda não foi
completamente desvendado. Nesse sentido, inúmeros estudos genéticos, como o
JAMA Psychiatry de 2019, apontam a causa genética em até 99% dos indivíduos
investigados, sendo 81% hereditária, e o restante (1%) é de fatores ambientais
devido a exposição a agentes intrauterinos, a saber: uso de drogas, infecções e
traumas durante a gestação. Idem, o MSSNG dos Estados Unidos publicado na
revista Nature Neuroscience, o maior programa de estudos genéticos em autismo do
mundo, afirmou que testes genéticos podem detectar em mais de 50% dos casos o
transtorno, dependendo da tecnologia utilizada, inclusive com o feto ainda em
gestação. Outrossim, tradicionalmente, a clínica apresentada pela criança com TEA
é ainda o principal meio de diagnóstico, sobretudo partindo do pressuposto de que
os sinais do autismo aparecem antes dos três primeiros anos de desenvolvimento.
Nesse contexto, há o consenso entre os pesquisadores da importância da
intervenção precoce para o desenvolvimento neuropsicomotor da criança, em
decorrência da maior capacidade que o cérebro possui de realizar conexões
neuronais que podem compensar déficits característicos do autismo nesses
primeiros anos de vida. 
A criança autista apresenta sinais do transtorno ainda muito cedo,
relacionando-se de maneira totalmente singular quando comparadas a outras de
mesma idade. Características observáveis como a dificuldade em se comunicar pela
fala e outras expressões não verbais, em interagir socialmente com os próprios
membros da família e demais crianças, possuir limitações ao desenvolver atividades
físicas, musicais, de memória e afins, bem como a criança que apresenta padrões
repetitivos de movimento ou estereotipias e a ecolalia são peculiaridades inatas à
condição. Nessa conjuntura, é inegável as mudanças familiares desencadeadas pelo
diagnóstico de um transtorno crônico como o TEA, sobretudo, por se tratar de uma
criança, o que causa profundas transformações em hábitos cotidianos, nos
rearranjos das funções dentro do lar, impactos financeiros e nas próprias relações
domésticas. Logo, este momento da revelação da enfermidade é particularmente
desafiador e complexo para a família, que passa a atravessar vários estágios
sequenciais, como, por exemplo, o impacto, a insegurança, a culpa, o medo, a
desesperança, a negação, o luto e encerramento, que são questões dificílimas de
serem trabalhadas, por isso é indispensável a presença da equipe multiprofissional
neste momento. Por medo dessas complexidades, muitas famílias optam pelo
autoengano como forma de fuga da dor causada pelo diagnóstico, o que sempre é
prejudicial à criança que pode demorar meses, anos ou até mesmo nunca iniciar o
tratamento. 
A criança com suspeita de TEA deve ser diagnosticada com base nos critérios
do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, Quinta Edição, com
abordagens padronizadas de cada caso. Após indubitável diagnóstico, deve o
pediatra conhecer com afinco a etiologia do transtorno da criança para assim
desenvolver a terapia mais adequada ao tipo e grau de autismo, bem como assistir
as famílias quanto ao entendimento sobre os riscos de recorrência e cooperar com
os terapeutas na produção de um plano de intervenção no comportamento, na
educação, nas funções motoras e de comunicação individualizado para cada
criança. Além disso, os cuidadores devem ter consciência de condições próprias do
autismo que podem ser apresentadas, como problemas no sono, na alimentação,
distúrbios gastrointestinais, convulsões e déficit de atenção/hiperatividade,
necessitando da intervenção multidisciplinar, bem como é também dever deles a
instrução antecipada destas crianças e jovens sobre condições comuns as quais
eles terão quando interagirem em outros ambientes e com outros indivíduos. Nesse
contexto, a comunidade também tem seu papel no tratamento destas pessoas ao
ponto em que oferecem oportunidades de inclusão em atividades ativas e de lazer,
envolvendo-os ainda mais nestes processos socioculturais. Logo, o tratamento da
criança autista perpassa desde o diagnóstico médico, instrução do pediatra,
acompanhamento de terapeutas e de uma equipe multidisciplinar, até a vigilância e
gerência dentro do lar pelos cuidadores, e pela comunidade que deve acolher estas
crianças, seja nas escolas, igrejas, em brincadeiras no parquinho e até festinhas de
aniversário, quebrando o estereótipo de que esta condição crônica é impeditivo de
uma vida mais normal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. A importância do diagnóstico precoce e da reabilitação para o
desenvolvimento da criança com TEA 
 
O Transtorno do Espectro Autista tem como dispêndio a comunicação
deficitária e a interação social restrita, o que implica em prejuízos ao pleno
desenvolvimento cognitivo e societário da criança. Tal constatação é plenamente
atenuada em consonância ao diagnóstico prévio, bem como ao tratamento proemial.
Nesse sentido, o primeiro passo para o diagnóstico parte dos pais que devem ser
atentos a quaisquer sinais diferentes apresentados pelo filho, a exemplo da criança
que tem dificuldade em prestar atenção a objetos quando são apontados pelos pais,
há aquelas que não demonstram emoções através de gestos e expressões faciais,
ou não respondem a estímulos verbais e são muito isoladas. Logo, através de
suspeitas produzidas por estas condições ou outras análogas a elas, os pais devem
procurar pela avaliação de especialistas na área, como os médicos pediatras ou
psiquiatras, bem como os psicólogos infantis, para que juntos cheguem ao
diagnóstico. Após esse período, inicia-se a fase de reabilitação, que “é um processo
dinâmico e global orientado para a recuperação física e psicológica do indivíduo com
deficiência, tendo como objetivo a sua reintegração social” (BATISTA, 2012). 
No ano de 2013, o Ministério da Saúde, juntamente ao Sistema Único de Saúde
(SUS), criou a cartilha “Diretrizes de Atenção à Reabilitação da Pessoa com
Transtornos do Espectro do Autismo”, na qual orientava as equipes multiprofissionais
sobre os cuidados com a saúde do indivíduo com TEA e sua família. Em suma, na
cartilha as terapias são empregadas especificamente para cada parte do tratamento,
a exemplo da psicoterapia que atua no auxílio ao entendimento da linguagem
corporal, à comunicação não verbal, à aprendizagem, além da lida com as emoções
e interações sociais. Semelhante a esta, há a terapia cognitivo comportamental
(TCC), a qual age no aprendizado do autista a utilizar, recordar e processar as
informações, como treinamento de autodoutrinação. A musicoterapia é outra forma
de tratamento utilizada nestes pacientes, a qual atua na melhora da linguagem e
comunicação, evoluindo comportamento, cognição e motricidade. Outrossim, a
habilitação/reabilitação é multidisciplinar, ou seja, necessita de uma equipe
composta por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, fonoaudiólogos,
psicopedagogos, psicólogos, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais e
educadores físicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. JUSTIFICATIVA
 
O interesse pelo tema é baseado na luta incansável da mãe pelos direitos do
filho autista que norteiam aspectos de benefícios básicos à pessoa com TEA como,
por exemplo, a atenção integral às necessidades de saúde, objetivando o
diagnóstico precoce, o atendimento multiprofissional, o acesso a medicamentos, o
incentivo à formação e capacitação de profissionais especializados no atendimento
a pessoa com o transtorno, bem como aos pais e responsáveis, reconhecer os
direitos da pessoa com TEA como: a vida digna, a integridade física, moral e
educação formal.
Outrossim, o fato do espectro autista ainda ser pouco compreendido no
cotidiano das pessoas impõe barreiras segregacionistas e prejudiciais à criança.
Nesse sentido, a informação e o ensinamento se fazem necessários para influenciar
a sociedade na busca pelo diagnóstico e o tratamento precoces do TEA, o que,
indubitavelmente, influenciará em mudanças comportamentais significativas nestes
indivíduos.Logo, é possível vislumbrar através da informação e do conhecimento um
futuro mais inclusivo para estas crianças, bem como uma maior evolução do quadro
clínico delas. 
Além disso, trabalhos acadêmicos relacionados à pessoa com TEA ainda são
muito escassos no estado do Pará, especificamente em Parauapebas, realidade a
qual pode e deve ser mudada mediante pesquisas e publicações referentes ao tema.
Portanto, é essencial o interesse academicista que ponha em análise a TEA sob a
égide da comunidade e em prol dos ganhos científicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. OBJETIVOS 
 
 
4.1 OBJETIVO GERAL
 
• Elaborar um estudo bibliográfico que demonstre a importância do diagnóstico
precoce e do tratamento na evolução do quadro clínico da criança com
Transtorno do Espectro Autista 
 
 
4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 
• Determinar, baseado na literatura, os mecanismos de identificação e
diagnóstico da criança com autismo 
 
• Buscar na literatura as principais características dos tratamentos empregados
na reabilitação da criança autista. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 METODOLOGIA
 
Trata-se de uma pesquisa exploratória, cujo objetivo é proporcionar maior
familiaridade com o tema Transtornos do Espectro Autista, com vista a torná-lo mais
difundido, sobretudo no que tange ao seu diagnóstico e à sua reabilitação. Quanto
ao tipo procedimental e ao objeto adotado, a pesquisa foi classificada como
bibliográfica e documental, pois foi realizada uma pesquisa intensa sobre o assunto
em livros, monografias, artigos científicos, apostilas, papers e outros materiais
disponíveis que continham informações sobre o assunto abordado neste trabalho.
A priori, foram-se desenvolvidos planos de pesquisas para uma imersão mais
profunda no tema proposto, lendo e revisando documentos relacionados ao tema.
 Para a descrição da problemática, foram-se utilizados dados coletados no
Sistema de Informação, bem como conhecimento empírico construído no meio
acadêmico e pessoal.
A partir da leitura foram-se debatidos os principais problemas enfrentados por
famílias com crianças autistas, chegando à conclusão de que seriam, sobretudo, o
diagnóstico, incluindo a própria aceitação familiar, e o tratamento, que poderia variar
desde a morosidade no início, até o encontro de profissionais e ambiente
satisfatórios.
Com o problema explicado e identificadas as causas consideradas as mais
importantes, passou-se a procurar estratégias para a busca e sintetização do
problema, juntamente com o que seria mais exequível no que tange à superação da
problemática.
Para fundamentar e tornar mais robusta esta proposta foram feitas inúmeras
pesquisas revisionistas na literatura utilizando as publicações em português no portal
da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), e biblioteca Virtual Scientific Electronic Library
Online (SciELO), com os descritores: Autismo. Transtorno do Espectro Autista.
Diagnóstico. Reabilitação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO
 
A incidência de casos de autismo tem crescido de forma significativa em todo o
mundo, sobretudo, nas últimas décadas (SCHECHTER; GRETHER, 2008). Nesse
sentido, nos Estados Unidos, como exemplo, a média de idade das crianças
diagnosticadas tem sido de 3 a 4 anos (CHAKRABARTI; FOMBONNE, 2005).
Atualmente, o IBGE possui um número deficitário de brasileiros diagnosticados com
TEA e a faixa etária do diagnóstico, todavia, segundo a Lei 13.861 de 2019, haverá
este questionamento no censo que ocorrerá em 1° de agosto de 2022 (IBGE, 2022).
O Transtorno do Espectro Autista possui causas ainda desconhecidas, porém há
fatores que podem estar envolvidos no seu desenvolvimento, a exemplo: influências
genéticas, vírus, toxinas e poluição, desordens metabólicas, intolerância
imunológica, ou anomalias nas estruturas e funções cerebrais. (RODRIGUES, 2008).
Ademais, não a consenso sobre uma causa definida para o autismo, com uma
possível manifestação antes dos três anos de idade, como apontam os estudos
clássicos desta área (ASSUMPÇÃO et al., 1999). Outrossim, o TEA possui sua
incidência em graus de severidade que variam de leve à grave, bem como uma
maior incidência no sexo masculino (BOSA, 2001).
O TEA é manifestado antes dos três anos de idade. Nesse sentido, os sintomas
costumam variar de acordo com a intensidade ou com a idade, possuindo como
características marcantes: a dificuldade em si relacionar com outras pessoas, insistir
em gestos repetitivos, possuir resistência a mudanças de rotina, risos e sorrisos
inadequados, insensibilidade a dor e ao perigo, expressar pouco contato visual,
preferência pela solidão, ignorar ordens, querer afeto ou não, agir como se fossem
surdos, ter dificuldade em expressar suas necessidades e apego indevido a objetos
(MOREIRA, 2010).
Os sinais e sintomas percebidos a princípio pela família dão início à busca pelo
diagnóstico, como, por exemplo, a percepção de uma linguagem alterada, mas
também são constituídos como manifestações do autismo: auto-agressividade,
modificações na alimentação e no sono, apego a itinerários e datas, hiper-reações a
estímulos sensoriais, vem como medo e fobia inespecíficos. Além disso, a criança
também institui um apego com a mãe a ponto de não conseguir ver-se longe dela.
Nesse caso, para que outra pessoa tenha contato físico com esta criança, é
imprescindível, a priori, que ela crie algum laço que permita interações entre ambas.
(BARBOSA; NUNES, 2019).
A criança com TEA tende a preterir o isolamento e a evitar não ser instigada por
terceiros. Diante disso, há uma forte repulsa a quaisquer forma de intromissão que
gere angústia, o que implica em uma grande dificuldade na aceitação de que algo
mude, bem como o apreço em demasia ao estático e monótono que compõem
aquela realidade a qual já está acostumada (MARFINATI; ABRÃO, 2014).
A maioria das crianças diagnosticadas com TEA permanece pouco dependentes
de outras pessoas dentro do cotidiano. Logo, mesmo prezando pelo isolamento
dentro do convívio social, necessitam sempre do apoio da família, da comunidade ou
até mesmo de uma instituição, por ser uma doença de caráter crônico e de causas
desconhecidas (MELO et al., 2016).
Em suma, há vários sinais e sintomas apresentados por uma criança com TEA
durante o período da primeira infância, o que deve instigar os pais na procura por um
atendimento especializado a fim de diagnosticar o quadro apresentado por ela e,
principalmente, iniciar o tratamento.
 
 
 
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
 
Esse trabalho foi construído para elucidar a importância do diagnóstico e o
tratamento prévios no TEA- Transtorno do Espectro Autista- como principal maneira
de enfrentamento da problemática. Nesse sentido, em virtude da alta especificidade
do autismo, a pouca clareza defronte a sua etiologia e o fato do espectro ter
manifestações múltiplas, tornam todo o processo ainda mais delicado, logo mais
pelo fato de envolver as percepções dos pais sobre os filhos, bem como o sentido
que são atribuídos a determinados comportamentos dessas crianças e a relação do
transtornos com conceitos estigmatizantes (Kleinman, 1980;1991) (Goffman, 1988)
O diagnóstico de TEA ainda é um tabu para a maioria das famílias,
caracterizando-se como um momento de crise, com influência tanto no pessoal
quanto no coletivo familiar, de maneira que todos são atingidos pelo mesmo
sentimento de apreensão. É comum e saudável, ainda durante a gestação, os pais
fazerem inúmeros planos para o futuro daquela criança, a exemplo de escolas e
viagens, o que no diagnóstico de TEA, em um primeiro instante de surpresa,
transparece mais como um “fim” desses planos, o que é compreensivo visto que os
familiares, sobretudo estes mesmos pais, não esperam pela manifestação dessa
enfermidade em seus filhos.
Felizmente, as famílias, passado esse delicado momento, são bastante
veementes na busca e coleta de mais informações sobre o diagnóstico estabelecido.
Sendo assim, a equipe de saúde responsável por aquelecaso, vai traçar o
tratamento que seja mais ideal para aquele paciente. A escolha do tratamento
adequado é individual e de extrema importância, pois o TEA acompanha o indivíduo
por toda a sua vida. Logo, não existem fórmulas prontas ou engessados que
possibilitem um desenvolvimento regular em todos os autistas, independente de
gênero ou idade, ou seja, tal como qualquer outro indivíduo, o autista é único dentro
da sua singularidade, e os resultados desse tratamento serão variáveis. Por fim, a
reabilitação dependerá do nível de comprometimento e da interatividade de cada
indivíduo. Outrossim, destaca-se a importância dos profissionais de saúde na busca
pelo conhecimento acerca do TEA, uma vez que a literatura aponta fragilidade e
dificuldades referentes à detecção precoce da patologia, implementação de uma
assistência ímpar e de qualidade, tanto para a criança quanto para a família.
Diante desses aspectos expostos, é evidente que a família, mesmo diante de
todas as dificuldades inerentes à condição, é a principal instituição em que a criança
com TEA desenvolverá as suas potencialidades. Nesse contexto, abre-se um
parêntese em relação à insegurança que algumas famílias mais modestas passam
durante o tratamento dessas crianças, levando-se em consideração o menor poder
aquisitivo para a compra de medicamentos e outros eventuais gastos do tratamento,
bem como acesso à informação, que também é mais restrito. Logo, cabe à esfera
pública proporcionar a esse segmento a proteção social necessária, com políticas
efetivas e que de fato insiram essas crianças com TEA na sociedade.
É um fato que famílias com crianças autistas estão em uma situação mais
fragilizada quando comparada a outras, sobretudo, aquelas com menor poder
aquisitivo. A priori, por se tratar de um diagnóstico essencialmente clínico, implica-se
uma resistência por parte da família que muitas vezes não aceitam a notícia. Outro
ponto importante são as diferenças da trajetória diagnóstica enfrentadas por famílias
em relação aos atendimentos particulares, convênios médicos ou ao Sistema Único
de Saúde. Na prática, notoriamente, famílias com condições de arcar com
atendimentos de especialistas proporcionam às suas crianças um tratamento mais
adequado, personalizado e completo, podendo ser trabalhadas metodologias
modernas e mais efetivas para aquele caso. Em contrapartida, aquelas famílias
assistidas somente pelo SUS devem contar com inúmeras variáveis para atingirem
um excelente atendimento, como exemplo da formação/especialização dos
profissionais que devem ser voltadas a esta temática, as estruturas dos centros que
irão acolher essas crianças, bem como a variedade de profissionais atuando no
processo- médicos, psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais,
fisioterapeutas, entre outros.
Dificilmente o SUS conseguirá atender a todos com os requisitos necessários,
mas há importantes ferramentas de padronização e controle deste acolhimento,
como, por exemplo, a cartilha lançada pelo Ministério da Saúde em 2013 que
fornece informações aos profissionais da área a fim de que estejam capacitados a
lidar com crianças autistas. Ademais, o cerne da questão envolvendo os
profissionais diz respeito à própria formação, que deve ser pautada neste
atendimento. Outrossim, questões como infraestrutura e quadro de profissionais
compete não só ao nível do Ministério da Saúde, mas às esferas estaduais e
municipais que devem ser mais enfáticas sobre está problemática. 
Diante disso, o enfrentamento às dificuldades impostas pelo TEA torna-se
possível por meio de estudos e atualizações constantes das práticas que
possibilitem conhecer melhor o paciente e oferecer orientações imprescindíveis à
família. Uma vez que, ao ser orientada corretamente, possa lidar melhor com a
situação e buscar atendimento junto aos profissionais corretos que atuarão com
vistas à qualidade de vida da criança autista, a probabilidade desta criança vir a ter
um desenvolvimento mais resplandecente é exponencialmente maior.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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