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CICLO SONO VIGÍLIA

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Sono: conceito, aspectos neurobiológicos, fases ou estados do sono (sono REM e
sono não REM), ciclos do sono. (MACHADO, LENT E KANDEL // ARTIGO)
A atividade elétrica cerebral e o eletroencefalograma
O SARA é constituído de fibras noradrenérgicas do locus ceruleus, serotoninérgicas dos
núcleos de rafe e colinérgicas da formação reticular da ponte. E entre a transição do
mesencéfalo e diencéfalo ele se divide em 2 ramos: dorsal e ventral.
O dorsal termina no tálamo e projeta impulsos para todo o córtex e ventral dirige-se ao
hipotálamo lateral e recebe fibras histaminérgicas do hipotálamo posterior e dai segue para
o córtex.
O ciclo sono vigília é regulado pelos neurônios hipotalâmicos do SARA e sua atividade é
mediada pelas taxas de disparo dos potenciais de ação.
Durante o dia, a taxa é muito alta, indicando ativação do SARA e no final da vigília, os
neurônios do hipotálamo anterior inibe a atividade dos neurônios monoaminérgicos do
SARA desativando o córtex.
Ao mesmo tempo, o núcleo reticular do tálamo inibe a atividade dos núcleos talâmicos
sensitivos, impedindo a passagem dos impulsos das vias sensoriais para o córtex, nesse
momento inicia-se o estado de sono de ondas lentas.
E pouco antes de acordar, os neurônios do SARA voltam a disparar e cessa a inibição dos
núcleos talâmicos sensitivos pelo retículo e inicia-se o novo período de vigília.
O sono é composto por duas fases alternadas:
o sono NREM, que não possui movimentos oculares e o sono REM que possui movimentos
oculares rápidos.
O sono REM é dividido em 4 estágios e ocorre predominantemente na primeira parte da
noite, enquanto o REM ocorre na segunda metade da noite e distribui-se em 4-6 ciclos com
90 min/cada.
A presença dos sonhos é a principal característica do sono REM e a matéria prima dos
sonhos são informações memorizadas, liberadas por algum mecanismo passivo ou ativo.
Algumas evidências sugerem que o sonho decorre da ativação do lobo occipital, parietal,
zonas límbicas e inativação do lobo frontal.
As imagens visuais são produzidas pelas ondas ponto-genículo-occipitais (PGO) que ativam
o corpo geniculado lateral.
A memória e emoção seriam produzidas estruturas límbicas e pelas paralímbicas.
O que difere o sono de outros estados de consciência é que é completamente reversível,
ele antigamente era considerado homogêneo, passivo e de repouso.
Todavia com o EEG (eletroencefalograma) verificou a identificação de padrões diferentes
durante o sonho e também revelou informações sobre os potenciais corticais relacionados
com cada fase do sono.
Estágios eletroencefalográficos durante o sono
Estágio I: Transição entre o estado de vigília e estado de sono (estado de sonolência),
onde ocorre as ondas alfas occipitais e de ondas teta, no qual os movimentos oculares são
lentos e intermitentes e o eletromiograma revela redução do tônus muscular.
Ele ocupa cerca de 5% do tempo total de sono.
Estágio II: Caracterizado pela presença de fusos (ondas sigmas de alta amplitude
sobretudo nas regiões frontais) e de complexos K (ondas bifásicas de grande amplitude
com alternância entre fase positiva e fase negativa de forma lenta.
Presença de sincronização da atividade elétrica cerebral revelando o decréscimo do grau de
atividade dos neurônios corticais e cessação quase completa dos movimentos dos olhos.
A partir do surgimento dos fusos é mais difícil acordar o indivíduo.
Estágio III: Caracterizado por ondas delta de alta amplitude e baixa frequência, os
movimentos oculares são raros e o tônus muscular diminui progressivamente.
Estágio IV: O mais profundo e definido pela predominância de ondas delta, pode resistir por
20-40 min e acordar o indivíduo é MUITO mais difícil.
Essa fase é chamada de sono de ondas lentas.
O sono NREM é constituído dos estágios 1 a 4 e encontra-se principalmente na primeira
metade da noite.
SONO REM
Gerado por neurônios colinérgico da formação reticular.
O sono REM denota a dessincronização cortical resultante da ativação do SARA e
apresenta ondas teta de baixa voltagem e frequência mista, como acontece no estágio 1.
O sono REM assemelha-se ao estágio de vigília, pois mesmo sendo um estado de sono
profundo o encefalograma parecido com o de vigília e sua diferença está em o REM possui
desaparecimento do tônus muscular.
Sua característica marcante é a presença de sonhos e os movimentos oculares rápidos
ocorrem em intervalos rápidos.
Também é chamado de sono paradoxal, concentrado na segunda metade da noite,
principalmente na segunda metade da noite.
Muitas áreas corticais são ativadas, incluindo o córtex motor, e só não gera movimentos em
todo o corpo porque os neurônios motores estão inibidos devido as vias colinérgicas
descendentes dos neurônios do núcleo pedúnculo-pontino.
Possui grande consumo de oxigênio, é maior ou igual ao do que em vigília.
O sono REM é encerrado pelos neurônios do locus ceruleus, pois eles aumentam sua
atividade na transição entre o sono paradoxal e vigília, podendo ser considerado neurônios
do despertar.
SONO NREM
Está relacionado com a liberação de hormônios e integridade do sistema imunológico.
Quando dormimos passamos pelos 4 estágios de sono e depois voltamos para o estágio 2
antes de entrar no primeiro episódio de sono REM.
O período que compreende o início do sono até o primeiro estágio REM constitui um ciclo
de sono.
Obs. Cegos sonham com sons e sensações vestibulares e táteis.
Tanto o sono NREM quanto o REM são fundamentais para levarmos uma vida saudável,
porém a função de cada um deles ainda não é muito conhecida.
O cérebro repousa e sua taxa de consumo de oxigênio está em nível baixo e predomina o
tônus parassimpático.
Pesquisas sugerem que ele tem papel no processo de consolidação da memória.
Ontogenia da arquitetura do sono
O sono entre homem e mulher é diferente em muitos aspectos, onde mulheres se queixam
mais sobre o sono do que homens.
O ciclo menstrual interfere no sono através dos hormônios femininos, onde na fase
menstrual o sono REM é menor e o NREM é maior.
Consequências da privação de sono
A prevalência dos distúrbios de sono está cada vez mais aumentando na sociedade
moderna, isso ocorre devido à exposição constante à luz artificial e atividades interativas
como televisão e internet.
A privação prolongada pode matar.
A privação de sono provoca diversas alterações cognitivas e comportamentais, hormonais e
neuroquímocas e reduz a longevidade.
A privação do sono, resulta em ativação do eixo hipotálamo-hipófise-suprarrenal, redução
de testosterona e transtornos cognitivos.
A privação de sono crônica (diminuição do tempo habitual de 7/8 para 4/ 5 h pode causar
prejuízo acumulativo.
Sono normal e seus disturbios
Higiene do Sono:
1. Deitar e levantar-se em horários regulares todas as noites;
2. Ir para cama somente quando tiver com sono, não usando cama para leitura, ver TV
ou alimentar-se
3. Evitar ficar na cama sem dormir (rolando para um lado/outro)
4. Tentar fazer atividades relaxantes depois do jantar (tomar banho e diminuir
luminosidade)
5. Evitar uso de álcool e cafeína pelo menos 6h antes de dormir
6. Evitar uso de medicamentos para dormir sem prescrição médica
7. Evitar cochilos durante o dia
8. Não levar problemas para cama
9. Fazer atividades físicas regulares, porém evitar exercícios intensos pelo menos 4
horas antes de dormir
Ritmo Circadiano e melatonina
A melatonina está intimamente ligada ao ritmo claro-escuro, logo, também está ao ritmo da
vigília-sono. É ela que nos proporciona um horário regular de sono.
Possui uma ação hipnoindutora devido ao aumento dos níveis de indolaminas no início do
sono, o que sugere que a melatonina endógena participa da regulação do ciclo vigília-sono,
levando a uma cascata de eventos que podem ativar estruturas hipogênicas.
Os principais distúrbios do ritmo circadiano são:
1. atrasos de fase, situação em que o indivíduo dorme tarde e acorda tarde,
2. avanço de fase, onde o indivíduo dorme cedo e acordar cedo
3. Jet-lag
4. turnos alternantes
Para o atraso de fase, preconiza-sefixar o horário de despertar pela manhã contando 8h a
menos e então dormir, deve-se utilizar um diário de sono para registro.
Para avanço de fase, pode ser administrado melatonina pela manhã e também pode ser
utilizado para profissionais com turnos alternantes e em casos de jet-lag.
Atividade onírica
Os sonhos são pensamentos que ocorrem durante o sono, o conteúdo dos nossos
pensamentos é estudado pela Neurobiologia.
Os sonhos sofrem grande influência de fatores externos e internos, distúrbios orgânicos
podem influir no teor dos sonhos.
Ex: Apnéia obstrutiva do sono acarreta um desconforto respiratório que no sono pode
provocar na pessoa pesadelos com sensação de sufocamento.
Durante o sono existem dois comportamentos com componentes motores e vegetativos.
Há dois tipos de componentes vegetativos, os de suporte e os específicos.
Nos sonhos há a participação do sistema reticular ativador ascendente, pontino e
mesencefálico, do prosencéfalo basal, dos núcleos da base, do córtex temporal e do
sistema límbico.
Hipótese 1 - o hemisfério direito produziria o sonho e esses sonhos seriam codificados
verbalmente pelo hemisfério esquerto.
Distúrbios de sono REM e da atividade onírica
O distúrbio comportamental do sono REM: caracterizado por comportamento violento ou
desorganizado com perda intermitente de atonia.
Pode estar associado a uma diminuição da atividade de neurônios serotoninérgicos ou
noradrenérgicos responsáveis pela inibição fásica do sono.
Narcolepsia: doença caracterizada por episódios de sono recorrentes e de curta duração.
Constituída por episódios de perda do tônus muscular, paralisia do sono e alucinações
hipnagógicas.
Paralisia do sono: sensação de não conseguir movimentar o corpo que acomete algumas
pessoas após o despertar.
Dura poucos minutos, porém gera um grande desconforto, decorre de um despertar parcial
durante o sono REM, persistindo a atonia muscular já em vigília.
Alucinações hipnagógicas: alucinações visuais ou auditivas após ao despertar, devido ao
despertar parcial durante o sono REM.
O PAPEL DA MELATONINA
é um hormônio secretado pela glÂndula pineal e possui propriedades como potencialização
no combate a enfermidade e possui papel em prevenção e tratamento de muitas doenças.
As funções da glândula pineal são reguladas pela luz ambiental, recebendo estímulos
diretamente da retina (trato retino-hipotalâmico) e transmitindo informações sobre claridade
e escuridão.
A glândula é constituída de células neurosecretoras e sua estrutura é de complexo de tecido
conjuntivo, tecido glandular, vasos e nervos.
Os tipos celulares principais são pinealócitos e astrócitos.
O controle rítmico do ciclo cicardiano é originado do núcleo supraquiasmático hipotalâmico
e com a redução da claridade, a produção da melatonina aumenta.
A secreção de MEL é estimulada durante a noite e sua produção é realizada durante o sono
(principalmente).
Obs. a luz durante a noite também tem ação supressora na síntese deste hormônio.
A melatonina age inibindo os neurônios serotoninérgicos da formação reticular relacionados
ao despertar.
Os níveis de melatonina diminui com a idade e já quanto mais as pessoas envelhecem,
menos elas dormem.
O MEL é utilizado para combater a insônia sendo administrado intranasal melhorando a
qualidade.
Várias condições favorecem mais o sono do que a própria melatonina, como temperatura e
sonolência, ambientação com luzes apagadas, postura).
A presença de melatonina no organismo sinaliza ao cérebro que é hora de dormir e ajuda a
regular o ritmo circadiano. Ela induz a sonolência, diminui a temperatura corporal e prepara
o corpo para o repouso.
A melatonina também tem efeitos benéficos na qualidade do sono, promovendo um sono
mais profundo e restaurador. Isso ocorre, pois a melatonina tem sido associada ao sono de
ondas lentas, também conhecido como sono profundo.
A melatonina pode influenciar a regulação da temperatura corporal durante o sono. Ela
tende a reduzir a temperatura corporal, o que é importante para facilitar a indução e a
manutenção do sono.
A melatonina tem influência na secreção de cortisol e de GH, o que desempenha um papel
importante na reparação e regeneração dos tecidos.
A melatonina exerce uma influência inibitória na secreção de cortisol, ajudando a promover
o sono e a manutenção de um estado de relaxamento durante a noite.

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