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Resumo Legislação SUS


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PROF. AC. ENF. GUSTAVO DINIZ | @1ARTIGO_ENF 1 
 
 
 
 
 
A Lei 8080/1990, conhecida como Lei 
Orgânica da Saúde, é uma legislação brasileira 
que regulamenta o Sistema Único de Saúde (SUS). 
Promulgada em 19 de setembro de 1990, a lei é 
considerada um marco histórico na saúde pública 
do país, pois estabelece os princípios, diretrizes, 
objetivos e organização do SUS, que é um sistema 
público de saúde voltado para garantir o acesso 
universal, igualitário e integral aos serviços de 
saúde para toda a população brasileira. 
A Lei 8080/1990 é composta por diversos 
artigos e está dividida em nove títulos, cada um 
abordando aspectos específicos relacionados à 
organização e ao funcionamento do SUS. Vamos 
explorar os principais pontos de cada título: 
Título I - Das Disposições Preliminares: 
Define o objeto da lei, que é a criação do 
SUS e estabelece a saúde como direito de todos e 
dever do Estado. 
Apresenta os princípios fundamentais 
que norteiam o SUS, tais como a universalidade, 
integralidade, equidade e participação social. 
Título II - Dos Princípios e Diretrizes: 
Detalha os princípios e diretrizes que 
devem orientar a organização e o funcionamento 
do SUS, visando garantir o acesso integral e 
igualitário aos serviços de saúde. 
Título III - Dos Direitos e Deveres dos 
Usuários da Saúde: 
Enumera os direitos dos cidadãos no 
âmbito do SUS, incluindo o acesso universal e 
igualitário aos serviços, a participação nas 
instâncias de controle social e a proteção contra 
práticas discriminatórias. 
Define os deveres dos usuários, como o 
respeito às normas e diretrizes do SUS e a busca 
pelo autocuidado e prevenção de doenças. 
Título IV - Da Organização e do 
Funcionamento: 
Estabelece a hierarquização dos serviços 
de saúde, de forma a garantir a integralidade do 
cuidado ao paciente, com uma atenção 
progressiva e articulada em diferentes níveis de 
complexidade. 
 
 
Determina a criação das redes de atenção 
à saúde, que integram os diferentes serviços e 
níveis de atenção, promovendo a continuidade do 
cuidado ao usuário. 
Define a regionalização da saúde, com a 
divisão do território nacional em regiões de 
saúde, de forma a garantir a descentralização e 
a capilaridade dos serviços. 
Título V - Da Competência e das 
Atribuições: 
Estabelece as competências da União, dos 
estados, do Distrito Federal e dos municípios na 
gestão do SUS, determinando as 
responsabilidades de cada ente federativo. 
Regula a participação complementar do 
setor privado na assistência à saúde, de forma 
a complementar o sistema público e não 
prejudicar a universalidade e integralidade do 
atendimento. 
Título VI - Da Participação Comunitária 
na Gestão do SUS: 
Institui os Conselhos de Saúde em cada 
esfera de governo, compostos por representantes 
do governo, dos trabalhadores da saúde e da 
comunidade, com o objetivo de acompanhar, 
avaliar e fiscalizar as políticas de saúde. 
Determina a realização de Conferências de 
Saúde periódicas, como instância máxima de 
deliberação, onde são definidas as diretrizes e 
prioridades do SUS. 
Título VII - Dos Recursos Financeiros: 
Define as fontes de financiamento do SUS, 
incluindo recursos do orçamento da seguridade 
social, das três esferas de governo e outras 
fontes. 
Regula o repasse de recursos entre as 
esferas de governo, estabelecendo critérios para 
a distribuição equitativa dos recursos. 
Título VIII - Da Responsabilidade e da 
Autonomia: 
Determina que as ações e serviços de 
saúde devem ser prestados de forma integral, por 
meio de uma rede regionalizada e hierarquizada 
de serviços. 
Regulamenta a responsabilidade dos 
gestores do SUS na aplicação dos recursos e na 
SAÚDE PÚBLICA – Legislações 
LEI 8.080/90 – CRIAÇÃO DO SUS 
PROF. AC. ENF. GUSTAVO DINIZ | @1ARTIGO_ENF 2 
 
garantia do acesso igualitário e de qualidade aos 
serviços de saúde. 
Título IX - Das Disposições Finais: 
Define a competência da União para 
regulamentar a lei, estabelecendo normas 
complementares para a sua implementação. 
Em resumo, a Lei 8080/1990 é um 
instrumento essencial para a organização do SUS 
e para garantir o direito à saúde de todos os 
cidadãos brasileiros. Ela estabelece os princípios 
e diretrizes que devem guiar a atuação do sistema 
de saúde, com o objetivo de promover a 
universalidade, a integralidade e a equidade na 
assistência à saúde. Além disso, a lei incentiva a 
participação social na gestão do SUS, por meio dos 
Conselhos de Saúde e das Conferências de Saúde, 
buscando assegurar a democracia e o controle 
social na tomada de decisões em saúde. Com a Lei 
8080/1990 como base, o SUS busca aperfeiçoar-se 
continuamente, promovendo a saúde e 
garantindo o acesso aos serviços a todos os 
brasileiros, independentemente de sua condição 
socioeconômica ou local de residência. 
 
 
 
A Lei 8142/1990 é uma legislação 
complementar à Lei 8080/1990, que regulamenta 
o Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil. A Lei 
8.142 estabelece as diretrizes para a participação 
da comunidade na gestão do SUS, tornando a 
saúde uma responsabilidade compartilhada entre 
o poder público e a sociedade. Seus principais 
pontos: 
- Conselhos de Saúde: A lei institui os Conselhos 
de Saúde em cada esfera de governo (municipal, 
estadual e federal), compostos por 
representantes do governo, dos profissionais de 
saúde e da comunidade. Esses conselhos têm 
caráter deliberativo e são responsáveis por 
acompanhar, avaliar e fiscalizar as políticas de 
saúde. 
- Conferências de Saúde: A legislação estabelece 
a realização periódica de Conferências de Saúde 
em todos os níveis de governo, com o objetivo de 
avaliar a situação de saúde, propor diretrizes e 
prioridades para as políticas públicas de saúde e 
eleger os membros dos Conselhos de Saúde. 
- Participação Social: A participação da 
comunidade na gestão do SUS é considerada um 
princípio fundamental do sistema, assegurando o 
controle social e a democratização das decisões 
relacionadas à saúde pública. 
- Transparência e Controle: A lei preconiza a 
transparência na administração dos recursos e 
serviços de saúde, garantindo que a sociedade 
possa acompanhar e fiscalizar a aplicação dos 
recursos públicos na saúde. 
- Fiscalização e Responsabilização: estabelece 
que os gestores do SUS devem prestar contas à 
população sobre a aplicação dos recursos e o 
desempenho das ações de saúde, sujeitando-se a 
penalidades em caso de irregularidades. 
Em resumo, a Lei 8142/90 busca fortalecer 
a participação da sociedade na gestão do SUS, 
permitindo que a comunidade exerça seu papel 
como agente ativo na formulação e fiscalização 
das políticas de saúde. Por meio dos Conselhos de 
Saúde e das Conferências de Saúde, a população 
pode contribuir para a construção de um sistema 
de saúde mais democrático, transparente e 
alinhado às reais necessidades da população 
brasileira. Dessa forma, a Lei 8142 complementa 
a Lei 8080, ampliando a abrangência do SUS e 
reforçando seu caráter participativo e de controle 
social. 
 
REFERÊNCIAS 
 
 BRASIL. Lei 8080 de 19 de setembro de 1990. 
Dispõe sobre as condições para a promoção, 
proteção e recuperação da saúde, a 
organização e o funcionamento dos serviços 
correspondentes e dá outras providências. 
1990. 
 BRASIL. Lei 8.142, de 28 de dezembro de 
1990. Dispõe sobre a participação da 
comunidade na gestão do Sistema Único de 
Saúde (SUS) e sobre as transferências 
intergovernamentais de recursos financeiros na 
área da saúde e dá outras providências. Diário 
Oficial da União, Brasília, DF, 31 dez. 1990. 
LEI 8.142/90 – PARTICIPAÇÃO 
POPULAR