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@laismazzini Produtividade E Competitividade Estratégia é a definição dos meios para atingir os objetivos. É preciso mensurar (medir) os resultados das ações referentes ao desdobramento das estratégias, ou seja, será que aquilo que foi planejado e realizado atendeu ao objetivo. Esse processo de monitoramento e avaliação das atividades empresariais gera o instrumento denominado de indicadores de desempenho, que permitem acompanhar o alcance das metas, identificar avanços, melhorias, correção de problemas, necessidades de mudança etc. Um dos principais indicadores é o de produtividade. A produtividade é uma decorrência da eficiência, ou seja, à medida que a produção é eficiente, alcança maiores níveis da produtividade. Produtividade é a relação ótima entre custo e benefício, entre uma relação entre o produzido (output) e os recursos utilizados para produzir (input) Produtividade = output/input Inputs: são todos os recursos necessários para a realização da transformação (produção), sendo os principais: materiais (matéria-prima, subconjuntos, componentes etc.), máquinas e equipamentos, financeiro, estrutura física, mão de obra e informação. Outputs: são as saídas do processo produtivo, sendo os principais: bens e/ou serviços, informações e financeiro. Podemos definir a produtividade em função dos resultados advindos dos recursos disponibilizados para a produção e, consequentemente, sua eficiência. Na gestão da produção, podemos subdividir a produtividade em duas definições básicas, sendo elas: a) Produtividade parcial: é a relação entre o produzido (output) e o utilizado (consumido) de um dos recursos (input). São medidas de produtividade parcial (utilizadas usualmente): produtividade da mão de obra, produtividade da máquina e produtividade do capital (financeiro). b) Produtividade total: é a relação entre as saídas totais (output) e a soma de todas as entradas (inputs). Dentro das organizações, principalmente nas áreas produtivas, existe uma grande preocupação com relação ao indicador de produtividade, sendo este fator fundamental para a competitividade da empresa perante o mercado. Para tanto, é fundamental entender e aplicar de forma sistêmica a dinâmica da produtividade, conforme apresentado na Figura. @laismazzini A primeira etapa deste ciclo é medir a produtividade atual da empresa e/ou processo a ser acompanhado. Mediante as informações obtidas, deve-se avaliá-las como meio de identificar seus resultados perante os concorrentes e práticas de mercado, ou seja, como está minha produtividade em comparação a de outras empresas (competitividade). Estas duas etapas refletem em definições de novas metas através do planejamento da produtividade, e também de ações para a melhoria da produtividade. Fatores Determinantes Na Produtividade RELAÇÃO CAPITAL X TRABALHO: Indica o nível de investimentos em máquinas, equipamentos e instalações em relação à mão de obra aplicada. À medida que um parque industrial envelhece, perde produtividade. • As substituições de equipamentos são feitas sempre visando ao ganho em produtividade. ESCASSEZ DE RECURSOS: Tem gerado problemas de produtividade, como a energia elétrica; por exemplo, em 2001 e 2002 gerou muitos problemas na indústria nacional. MÃO DE OBRA: Não adianta ter mão de obra barata, que não seja produtiva. É necessário ter mão de obra qualificada e treinada para a realização da atividade. INOVAÇÃO E TECNOLOGIA: São os grandes responsáveis pelo aumento da produtividade nos últimos anos. RESTRIÇÕES LEGAIS: Caso das exigências da legislação local que implicam em adaptações onerosas. FATORES GERENCIAIS: Têm a ver com a capacidade dos administradores em se empenharem em programas de melhoria de produtividade. QUALIDADE DE VIDA: Reflete a cultura do ambiente em que a empresa está inserida. Muitas organizações se preocupam em melhorar a qualidade de vida de seus colaboradores na certeza de que o retorno em termos de produtividade é imediato. @laismazzini O aumento da produtividade, consequentemente, traz melhores resultados para empresa, como: eliminação de desperdícios, melhor aproveitamento dos recursos, satisfação ao cliente, redução dos preços de comercialização, aumento dos lucros, entre outros. Conforme demonstrado na Figura, geralmente, o aumento da produtividade demanda mudanças na tecnologia, na qualidade ou na forma de organização do trabalho, e ainda pode ser o conjunto dessas três esferas. Dessa forma, podemos concluir que o aumento de produtividade está vinculado a três formas: • Produzir mais output usando o mesmo nível de inputs; • Produzir a mesma quantia de output usando menor nível de inputs; • Produzir mais output usando menor nível de inputs; Mas a capacidade produtiva e, consequentemente, a produtividade está atrelada a mais um fator, denominado de gargalo. Se você aumentar a produtividade do gargalo, provavelmente elevará os índices do processo como um todo. Para entender sobre gargalo, é necessário estudar a teoria das restrições, ou TOC (theory of constraints), que foi descrita inicialmente através do livro A Meta de Goldratt. Uma maneira simples de entender o que TOC agrega é pensar nas organizações como correntes: são compostas de vários elos (suas partes) que precisam trabalhar juntos para que a corrente tenha resistência. Mas a resistência de uma corrente não depende da mesma forma de todos os elos. A resistência é determinada por um (e somente um) elo: o elo mais fraco. O nome @laismazzini dado ao “elo mais fraco” é restrição. Essa restrição é o que chamamos de gargalo. Os gargalos correspondem às etapas ou atividades que estabelecem o ritmo do processo. Para melhorar a eficiência do processo, é preciso identificar quais são seus gargalos, e eliminá- los, ou transferi-los para outro ponto. Referência: Gestão da produção - Leonardo Ferreira.