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ETIOLOGIA DA ESTOMATITE VESICULAR A Estomatite Vesicular é uma doença infecciosa, que acomete animais domésticos ungulados que são os mamíferos placentários que possuem cascos e biungulados que possuem duas unhas ou dedos, afeta principalmente os equinos, bovinos e suínos, além de outras espécies de mamíferos silvestres, podendo afetar inclusive o homem (ou seja, é uma zoonose), nos ovinos e caprinos são animais que relativamente possuem resistência por isso é raro demonstrar sinais clínicos da doença. (CHAVERRI, 1970; QUIROZ et al., 1988) Primeiro caso ocorrido e registrado foi em 1964 no Estado de Alagoas, dois anos depois em Alagoas, o serviço veterinário Brasileiro registrou um surto da doença em mulas. (CHAVERRI, 1970; QUIROZ et al., 1988) O agente etiológico da Estomatite Vesicular é um vírus que pertence à Família Rhabdoviridae, gênero Vesiculovirus, também contém várias espécies virais relacionadas, as quais a partir de 2014 incluíram o vírus Piry, vírus Maraba, vírus Isfahan e vírus Chandipura. O vírus Chandipura tem sido associado com o quadro de influenza e encefalite em humanos na Índia. Esse vírus também pode infectar ruminantes e suínos na área, com base nos estudos sorológicos, embora atualmente não exista evidências que ele cause doença nessas espécies. O vírus de Isfahan pode circular entre os ratosdo-deserto, mosquito-palha e humanos no oriente Médio, mas não se acredita que infecte animais domésticos. Os vírus Piry e Maraba foram encontrados na América do sul. Infecções experimentais com os vírus Piry e Maraba causaram lesões vesiculares no local da inoculação em cavalos, mas não ocorreu em nenhuma espécie de ruminantes. O vírus Maraba somente foi isolado de insetos. Nenhum desses vírus, incluindo o vírus Chandipura, é atualmente considerado ser o agente da estomatite vesicular em rebanhos. Entretanto, acredita-se que eles são potenciais patógenos para pessoas que trabalham em laboratórios. Foram relatados vesiculovírus adicionais na literatura, mas não foram ainda oficialmente aceitos como espécies virais separadas.: Vírus da estomatite vesicular possui dois sorotipos: Indiana e New Jersey, sendo que o Indiana tem classificação em três Subtipos: Indiana Clássica (Indiana I) - que é exótico no Brasil, atividade esporádica no norte do México e oeste dos Estados Unidos COCAL e Argentina (Indiana II) - está presente no Brasil, ocasionalmente isolados (Indiana III/Alagoas) – está presente no Brasil, tem sido restrito no Nordeste. ((RIET-CORREA et al., 2007; LUNKES, 2016; ROCHA et al., 2020) Os sorotipos e subtipos se diferenciam mediante os determinantes antigênicos identificados na glicoproteína do vírus. (De Stefano e Pituco, 2011) Agente Etiológico: Vírus RNA – Fita Simples, Polaridade Negativa, não segmentado. (E. De Stefano,2002) Possui a forma de um projétil, seu comprimento e o diâmetro varia entre 100 a 430 nanômetros e 45 a 100 nanômetros, respectivamente. É formado por cinco polipeptídios principais, denominados L, G, N, NS e M, com o ácido nucleico. formado por uma única molécula linear de ácido ribonucleico de fita simples com polaridade negativa; o nucleocapsídeo possui simetria helicoidal e é circundado por uma camada lipoproteica de onde partem projeções de 5 a 10 nanômetros e que constituem a glicoproteína viral. (MURPHYet al., 1995) Figura 1 Figura 2 Figura 1 https://issuu.com acervo Clínica de Ruminantes, EV- UFMG,Figura 2 https://edisciplinas.usp.br/página11 A doença acomete animais de produção e possui muita relevância no contexto da saúde pública, por isso se encontra na lista da Oficina Internacional de Epizootias (OIE), compondo o denominado “Complexo de enfermidade vesiculares”, que abrange também as poxviroses , febre aftosa , a doença vesicular dos suínos, entre outras enfermidades. (RIET-CORREA et al., 2007; LUNKES, 2016; ROCHA et al., 2020) REFERÊNCIAS: http://www.biologico.sp.gov.br/uploads/docs/arq/V69_3/Stefano.pdf https: http://issuu.com/escoladeveterinariaufmg/docs/caderno_102/s/15907882 https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4479743/mod_resource/content/1/Estomatite% 20vesicular_05.10.18.pdf https://prezi.com/p/gmzhrj6m_gbz/estomatite-vesicular https://repositorio.unb.br/bitstream/10482/43075/1/2021_RaissonHenriqueDefensor.pdf