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RESUMO PROVA - CLINICA DE PEQUENOS ANIMAIS II MARINA DE CASTRO PRADO ALMOSNINO – RA 6668772 SISTEMA CARDIOVASCULAR FUNÇOES: Principal função do coração é bombear sangue para levar oxigênio e nutrientes para o restante do organismo (manter a circulação sanguínea adequada para o funcionamento de todos os órgãos). Levar energia para o corpo (glicose). A glicose junto com o oxigênio faz a produção de ATP (energia), garantindo a manutenção do fluxo sanguíneo tecidual para o cérebro e o corpo inteiro, inclusive no pulmão, onde há a troca gasosa para chegar oxigênio. Então podemos citar que as 3 funções principais do coração são: manter o fluxo sanguíneo tecidual, manter a pressão artéria sistêmica e manter pressões capilares sistêmicos e pulmonar. ANATOMIA: O coração eh composto por 2 atrios e ventrículos. FISIOLOGIA – Fluxo de sangue dentro do coração (IMPORTANTE): O sangue venoso (Co2) vindo dos órgãos chega em átrio direito pela veia cava cranial e caudal, passa para ventrículo direito, é bombeado e vai para artéria pulmonar, que vai para pulmão, passa pelos capilares pulmonares, faz a troca gasosa, é oxigenado e volta parta o coração pelas veias pulmonares. OBS: veias carregam sangue venoso, com exceção da veia pulmonar. Chega sangue arterial oxigenado (O2) no átrio esquerdo, passa para ventrículo esquerdo, é bombeado e sangue vai para aorta, que passa oxigenando todos os órgãos, até os capilares, aí trocam os gases e volta sangue venoso. VALVULAS CARDIACAS: Temos 4 valvulas 2 valvulas atrioventriculares (separam os átrios dos ventrículos) – Válvula mitral (lado E) que tem 2 folhetos que se fecham, e válvula tricúspide (lado D) que tem 3 folhetos. Elas ficam presas dentro dos ventrículos e são seguradas pelas cordoalhas tendineas. Quando estão relaxadas elas fecham e qnd estão contraídas abrem. 2 valvulas semilunares: fica na saída de artéria pulmonar (válvula pulmonar – lado D). Fica na saída da aorta (válvula aórtica – lado E). HISTOLOGIA: Pericardio (camada + externa) / Miocardio (camada intermediaria) / Endocardio (camada + interna). FUNÇAO ELETRICA: No coração temos um tecido muscular especializado (miocárdio especializado), formado por um conjunto de células que sofrem a ação de um estimulo central, que gera a transmissão (impulso elétrico) que faz o coração contraia num ritmo certo. São compostos pelo no sinoatrial (comanda tudo, recebe estímulos do SNS e SNP, que transmite e impulsiona os nos atrioventriculares (que inicia estimulo para ventrículo) e dai temos a passagem desse feixe elétrico pelo ventrículo Os feixes de Hiss e Fibras de Purkinje fazem com que o coração contraia de forma sincronizada (1- átrio / 2- ventrículo). Esta função elétrica conseguimos avaliar pelo eletrocardiograma. ELETREOCARDIOGRAMA: Avalia a função elétrica do coração. Contração de átrio, de ventrículo, repolarizaçao ventricular. TERMOS TECNICOS – Sístole (contração) e diástole (relaxamento). São um conjunto de acontecimentos no coração. SISTOLE - Contraçao Ventricular (Quando o ventrículo contrai, o sangue do ventrículo vai para artéria pulmonar e aórtica) / fechamento das valvas AV (1 bulha – TUM: Ruido qnd se fecha, para não voltar sangue para átrio e ir todo para artéria.) / Abertura das valvas seminulares (para garantir que o sangue saia). DIASTOLE – Relaxamento ventricular (enchimento – tempo que o ventrículo esta relaxado) / Abertura das valvas atrioventriculares (para encher ventrículo) / fechamento das valvas semilunares (2 bulha – TA: Ruido qnd se fecha, para o sangue não ir para aorta e artéria pulmonar): Pequena circulação: Troca de gases no pulmão Grande circulação: Circulação dentro dos vasos DEBITO CARDIACO (DC = FC x VS) – Volume total de sangue bombeado por cada ventrículo em 1 minuto (que sai e volta em 1 minuto para coração): Quando falamos de coração, tudo esta relacionado com o debito cardíaco (DC), que eh a quantidade de sangue que sai do coração e volta para ele em 1 minuto. Tem que entrar e sair a mesma quantidade e também tem de ter um bom volume que sai e chega, para garantir que o sangue circule no corpo todo (da cabeça aos pes e volte). Ela depende de 2 fatores: Frequencia Cardiaca (FC) e Volume Sistólico (VS): Se aumentarmos as FC do coração vai bombear + e DC aumenta. Se aumentar demais FC a ponto de não dar tempo do coração encher, cai DC. Para menter a DC dependemos da FC e do VE (volume ejetado). Resumindo: A FC depende da atividade simpática (SNA), só que se aumentar muito a FC a duração da sístole fica muito curta, ventrículo não enche o suficiente. Por isso ter uma atividade simpática muito atividade não é bom, pq influencia negativamente no tempo de enchimento do ventrículo. Para manter o volume ejetado (VE), dependemos da contratilidade, quanto mais contratilidade, + força o ventrículo faz, + volume é ejetado, maior é a DC, pq aí o volume sistólico final diminui. VOLUME SISTOLICO (VS = Contraçao, pre-carga e pos-carga): O volume sistólico é determinado por 3 fatores: Contratilidade: Quanto + forte o coração (atletas), + força faz, maior o DC. Quanto + fraco o coração (sedentários), trabalha + para manter DC. Pre-carga (volume diastólico final): Volume que chega no coração. Quando o volume é menor, contrai e sai – sangue, diminui DC (Ex: quando há perda de sangue, hemorragias, desidratação = Alteração da pre-carga). Se diminui pre-carga (volume de sangue que chega no coração), diminui volume sistólico final (VDF = volume de sangue que fica no meu ventrículo no fim de uma diástole / relaxamento), ai enche menos o ventrículo, e quando tem a sístole, diminui volume de ejeção, sai menos sangue do coração e diminui DC. Ou qnt + sangue chega + sangue sai. Pos-carga (Força oposta a ejeção ventricular - Resistencia): É a resistência vascular periférica. Quando fecha os vasos da aorta, fica + difícil para sair sangue do coração e faz hipertensão Se aumenta a pos-carga, aumenta pressão arterial (PA), temos o aumento do volume sistólico final (VSF = quando ventrículo cantrai / sístole, sobra + sangue no ventrículo), fica + sangue que deveria, sai – sangue que deveria, diminui volume sistólico ejetado. FISIOLOGIA DA PRE CARGA E POS CARGA: Para menter a DC dependemos da FC e do VE (volume ejetado). A FC depende da atividade simpática (SNA) e parassimpática. / A atividade simpática depende da duração sistólica que depende do tempo de enchimento distolico. A VE depende do volume diastólico final e volume sistólico final. / O volume diastólico final depende da complacência ventricular e da pre-carga que depende da Pressão arterial ou venosa Resumindo: A FC depende da atividade simpática (SNA), só que se aumentar muito a FC a duração da sístole fica muito curta, ventrículo não enche o suficiente. Por isso ter uma atividade simpática muito atividade não é bom, pq influencia negativamente no tempo de enchimento do ventrículo. Para manter o volume ejetado (VE), dependemos da contratilidade, quanto mais contratilidade, + força o ventrículo faz, + volume é ejetado, maior é a DC, pq aí o volume sistólico final diminui. Outra coisa que pode alterar o volume diastólico final (volume de sangue que fica no final da diástole), é a complacência ventricular. Se temos uma baixa complacência, não esvaziamos o ventrículo todo, e com isso diminui volume diastólico final. Temos algumas doenças que alteram a complacência para + ou para -. SOPROS CARDIACOS (RUIDOS): Temos a Regurgitação valvar, que é quando o sangue volta para um local que não deveria (Ex: As valvas atrioventriculares não fecham direito, o sangue que deveria ir paraaorta, volta para átrio). E temos a Estenose valvar, que é quando a válvula nem abre direito. Temos a válvula do lado direito, que na hora que o sangue passa faz um turbilhonamento que torna o sangue difícil de sair. Regurgitação Valvar – É o fechamento incompleto das valvas durante a sístole (contração), chamado de insuficiência de mitral ou insuficiência de tricúspide. Ocorre com frequência nas válvulas atrioventriculares e é a doença + comum na clínica. Estenose Valvar – É o estreitamento do diâmetro valvar, ocasionando a redução do fluxo sanguíneo (estenose das valvas aórtica e pulmonar). Ocorre com mais frequência nas válvulas semilunares (aórtica e pulmonar). ANAMNESE E EXAME CLINICO: Pulso: Quando auscutamos cada batida tem que gerar um pulso. Se deu batida e não gerou pulso ou se deu + de 2 batidas e gerou so um pulso = paciente arrítmico. Auscultação (detecção de sopro): ideal é colocar em foco de mitral (lugar + próximo do tórax) que é chamado de choque de ponta, feito no 5 espaço intercostal. No edema auscultamos (crepitação), na efusão auscultamos (som abafado e áreas de silencio). ESCALA DE INTENSIDADE DO SOPRO (Volume) / Escala de Friedman: Grau I – Sopro muito baixo, audível em ambiente silencioso escutando com atenção / hipo fonéticas. (Som do especialista – hiperfonese de primeira bulha) Grau II – Sopro baixo, dicreto, porém fácil de ouvir / hipo fonéticas (Som do especialista) Grau III – Sopro de intensidade discreta a moderada / normo fonética (Audíveis com facilidade pelo clinico) Grau IV – Sopro alto, intensidade discreta a moderada, mas sem frêmito / normo fonética (Audíveis com facilidade pelo clinico) Grau V – Sopro alto, intenso, com frêmito pre-cordial palpável / hiper fonéticas Grau VI – Sopro muito alto, muito intenso, que pode ser ouvindo sem estetoscópio ou com ele afastado da parede torácica / hiper fonéticas Auscultação (bulhas cardíacas): Feitos em focos cardíacos e pulmonares. As bulhas são vibrações sonoras (ruídos – normais ou fisiológicos) produzidas pelo coração. 1 bulha: Sempre ouvimos o maior ruido de atrioventriculares. É o momento de fechamento das valvas AV (mitral e tricúspide), coincide com o pulso arterial e tem ruido sistólico. 2 bulha: Mais difícil de ouvir. É o momento de fechamento das valvas semilunares (aórtica e pulmonar) e tem ruido diastólico Exemplo de como se descreve: Bulhas cardíacas, normo foneticas, regulares (sem arritmia), com sopro grau III de VI, em foco de mitral. EXAME FISICO: Precisamos identificar, pois nem todos tem sintomas. 1 – Na auscultação cardiaca, identificar se o animal tem sopro e qual grau de intensidade (escala de Friedman) e qual o lado do sopro (mitral ou tricuspide) + associação com as manifestações clinicas. 2 – Fremito, palpar o sopro no choque de ponta (onde sentimos o fluxo regurgitando na nossa mao). 3 – Avaliar arritmias e alterações de pulso. Averiguar sons de galope (S3 e S4). Eh mais facil identificar arritmias palpando o pulso e auscultando. Temos que ouvir batida, pulso, batida, pulso. O pulso tem de estar forte e rítmico sempre. 4 – Avaliaçao respiratória (distriçao respiratória / estertores pulmonares), para ver se tem crepitação, abafamento de sons cardíacos, ausência de ruídos (se as bulhas estão hipofoneticas). 5 – Averiguar se as mucosas estão cianóticas. 6 – Fazer TPC (perfusão capilar). 7 – Mensurar pressão arterial (PA) OBS: No diagnostico diferencial nem todos são por cardiopatias. Pode ter tudo isso e ser cardiopata também. Pode ter tudo isso, fazer hipertensao pulmonar e fazer uma cardiopatia secundaria. EXAMES COMPLEMENTARES (Inspeção indireta): Sempre estabilizar o animal, para depois se solicitar os exames complementares. Mensuração de pressão arterial – Sempre deve ser feita no exame físico. Temos que saber a PA, pq as x esse paciente nem eh cardiopata, e sim um doente rnal ou endócrino. Porem essas outras doenças causam hipertensao e a repercussão eh cardiaca, pois a pos-carga aumentada causa dificuldade respiratória. A hipertensao causa lesão em orgaos alvo. Ex. Um paciente com HAC, ficou hipertenso, pos-carga alta, sangue tem dificuldade para sair do ventrículo esquerdo, assim, fazendo muito mais foça (hipertrofia concêntrica), o lumen do ventrículo esquerdo começa a diminuir por conta da hipertensao, diminui DC, ativa SRAA, gerando a ICC. Podemos tbm ter lesão renal, pq fica + difícil de entrar sangue para o glomérulo, correndo o risco de fazer IRA. Se a pressão tiver alta nas artérias cerebrais pode fazer foco hemorrágico e fazer AVC. No globo ocular faz extravasamento de sangue na retina, ai tem o deslocamento de retina levando o animal a perder a visão de forma súbita (avaliamos com Oftalmoscopio). Eletrocardiograma – Avalia o ritmo e anormalidades de condução elétrica (arritmias). Para avaliação em 24h podemos utilizar o Holter. OBS: Algumas doenças são provenientes de arritmias. O eletro identifica o problema antes do aparecimento dos sintomas clínicos. Avalia ritmo e FC, arritmias e sobrecargas de átrio e/ou ventrículo. Rx Tórax – Avalia congestão de vasos pulmonares, edema ou efusão pleural e verifica o aumento de câmaras cardíacas. OBS: Nunca radiografar o paciente com suspeita de edema ou efusão e com dispneia, pois o paciente pode vir a óbito (estabilizar antes de fazer para confirmação de diagnostico). O exame radiográfico deve ser feito mesmo sem sintomas, pois é de grande valia para o diagnóstico e prognostico. Avalia a presença de congestão e edema pulmonar (padrão intersticial e alveolar), avalia alterações anatômicas no AE e VE (coração maior), avalia se a compressão do brônquio principal esquerdo e deslocamento dorsal de traqueia. Avalia efusões. Ecocardiograma – Faz o diagnostico e prognostico da doença cardíaca (qual a doença e qual terapia a ser aplicada). OBS: depois de diagnosticada a doença cardíaca se deve fazer o exame semestralmente para acompanhar a progressão da doença e saber se o tratamento está agindo de forma correta. Melhor método para diagnóstico definitivo (padrão ouro), ideal para estabelecer o prognostico e avaliar o grau de evolução da doença / tratamento (resposta terapêutica, onde se deve ter uma diminuição da progressão da doença). Avalia o tamanho das câmeras cardiacas, da função cardiaca, avaliação hemodinâmica. DOENÇAS CARDIOVASCULARES DEFINIÇOES: Cardiopatias – Anormalidade anatômica ou funcional do coração (paciente que apresenta problema no coração). Insuficiência Circulatória – Bombeamento cardíaco adequado, mas a distribuiçaoeh inadequada (problema no transporte do sanguíneo, tecidos não recebem o sangue do jeito que deveria). Causas Cardiacas: comunicações atriais e/ou ventriculares, PDA (comunicação da artéria aórtica com a pulmonar) Causas não Cardiacas: hemorragias, desidratação, anemia (hipovolemia) Insuficiência Cardíaca – Ejeção de volume inadequado do coração (miocárdio), causada pela diminuição de perfusão tecidual (problema na bomba do coração que não está funcionandodireito, ai não consegue bombear sangue para o restante do corpo) Insuficiência Cardíaca Congestiva – Comprometimento da função cardíaca (bomba e circulação), é o final de todas as cardiopatias. Temos a diminuição da perfusão tecidual, elevação da pressão venosa e capilar, extravasamento de líquidos (edemas e efusões). INSUFICIENCIA CARDIACA CONGESTIVA - ICC: Deficiência de bomba e de circulação, é uma síndrome clínica (que resulta em diversas manifestações clinica diferentes) causada pela doença cardíaca que resulta em DC inadequado (diminuída), que gera uma perfusão inadequada (chega – metabolitos e – oxigênio para as células), ai a deficiência tanto na bomba, quanto na circulação, causa um acumulo de sangue retrogrado no coração insuficiente (na circulação pulmonar e/ou sistêmica) acumulando liquido onde não deve, causando a congestão no paciente e as manifestações clinicas como edema e efusão. A ICC é o final de toda doença cardíaca e não tem cura (em alguns países já é feito o transplante de válvulas, porém não é acessível), temos cura apenas para as congênitas. FISIOPATOGENIA DA DOENÇA CARDIACA – ICC: As doenças vão fazer com que haja a disfunção sistólica ou diastólica. Disfunção Sistólica: É a ejeção insuficiente do sangue, mesmo com a pré- carga normal (esta chegando normal, mas esta saindo menos), ocorre quando o miocárdio não consegue contrair. Causada quando temos desvios sanguíneos como a persistência do ducto arterioso (volume de sangue não está adequado ou quando há um aumento de pos-carga (hipertensao arterial). Disfunção Diastólica: Aqui o problema está no enchimento do ventrículo, ou o ventrículo está com problemas no tempo de relaxamento (FC aumentada que não dá tempo do ventrículo encher) ou temos problema de distensibilidade do ventrículo (ou ele não distende ou estende demais). SISTEMA NERVOSO AUTOMONO NA ICC: Quando a pressão cai o DC cai, aí o SN vai aumentar FC para aumentar DC. Temo o rim (órgão que é responsável pelo controle de líquidos no nosso organismo), ele sente essa diminuição de PA e libera a renina, que vai la no fígado e pega o angiotensinogenio e transforma em angiotensina. Essa angiotensina é convertida em angiotensina II. A angiotensina II ativa sistema nervoso simpático, para aumentar FC, para aí aumentar DC. Porém não adianta aumentar FC, se não tem o que encher. Então o organismo tem que jogar o máximo de liquido que tem para o sistema central, então é feita a vasoconstrição periférica (para jogar água para o coração melhorar o DC). A angiotensina II também vai lá no cérebro e ativa ADH, e também estimula aldosterona (que retem sódio). Porem quando temos um problema de bomba e circulação (ICC), o sistema renina-angiotensina não desliga. Então a angiotensina II faz por alguma questão aumentar DC e PA, ai temos estimulo / ativação do sistema nervoso simpático (ativação do sistema renina-angiotensina-aldosterona), que vai ativar / atuar lá em no sinoatrial / sinusal, que aumenta FC para aumentar DC, faz a vasoconstrição periférica e aumenta PA. Ai junto com isso que a angiotensina II faz, ela também faz inotropismo (aumenta a contratilidade do coração, além de aumentar FC, aumenta volume de sangue que chega, e da + força para o coração bater. Só que se isso começa a ficar ativado o tempo todo, a FC é estimulada a ficar sempre alta, e não do tempo para o ventrículo encher, aí vemos os efeitos maléficos dessa ativação. Vemos o acumulo de água dentro de um sistema fechado. Vamos ter tanta angiotensina II e aldosterona que ao invés do coração ter + força para contrair, as fibras do coração começam a se proliferar de forma aleatória, fazendo uma hipertrofia para dentro do coração (hipertrofia concêntrica). As fibras cardíacas começam a ser alteradas, e aí a aldosterona vai lá e faz fibrose dessas células (então temos fibrose do musculo o tempo todo), gerando cada vez mais a uma menor contração cardíaca, há também a perda de força de força de contração, se tornando um ciclo vicioso. Ai temos muita vasoconstrição periférica, remodelamento do coração (fibrose cardíaca), acumula muito liquido (porque essa vasoconstrição também ocorre nas artérias), ai como tem muito liquido, aumenta PA, que aumenta pós-carga, que fica + difícil de sair sangue. Aí temos que intervir com as medicações. HORMONIOS: Angiotensina II – Faz vasoconstrição periférica para tentar melhorar DC, porem como consequência temos o aumento da pós-carga, ou seja, aumenta PA (e isso não eh bom). Temos a ativação do SNC para aumentar o volume de água, que consequentemente aumenta PA, porem este liquido tem de ir para algum lugar. A angiotensina II também vai estimular a aldosterona.... • Ação vascular: promove vasoconstrição (↑ RVP), em consequência há ↑pós- carga • Ação nervosa central: ↑ atividade das cels. osmorreceptoras do hipotálamo, aumentando a ingestão hídrica e da volemia. • Ação no SNA: ↑ na liberação das catecolaminas • Remodelamento: remodelamento do miocárdio, levando a hipertrofia vascular arteriolar (do vaso e artérias do coraçao), aumentando a RVP. = Liquido não passa, e aumenta a resistência vascular periferica • Vasopressina (ADH): induz reabsorção de água nos túbulos renais (↑ volemia), e tem ação vasoconstritora (↑ RVP). Ou seja, estimula / ativa ADH, reabsorve + agua. Aldosterona – responsável pela reabsorção do sódio. O sódio aumenta a absorção de água (puxa água), e tem ação de remodelamento cardiovascular, fazendo fibrose na musculatura cardíaca, que faz o coração não contrair adequadamente. • ↑ reabsorção de Na (aumento da reabsorção hídrica) • Remodelamento cardíaco e vascular • Síntese de citocinas pró-inflamatórias • Indução da fibrose • Aumento da matrix extracelular Resumindo: A ativação do sistema nervoso simpático e do sistema renina- angiotensina-aldosterona são as principais adaptações neuro-hormonais visando à manutenção da perfusão tecidual nos pacientes com insuficiência cardíaca. Paralelamente à ativação neuro-hormonal, a remodelação ventricular contribui para a progressão da disfunção ventricular. Entretanto, a insuficiência cardíaca não é somente uma doença associada à ativação exagerada do sistema renina-angiotensina-aldosterona e do sistema simpático. Existem outros sistemas orgânicos que participam do desenvolvimento e da progressão dessa síndrome. A insuficiência cardíaca está associada ao desequilíbrio da expressão de mediadores inflamatórios, tais como o óxido nítrico e as citocinas pró-inflamatórias. A expressão aumentada desses peptídeos apresenta efeito tóxico no miocárdio, contribuindo para a progressão da doença quando a disfunção ventricular está presente, além de apresentar relação com a gravidade da insuficiência cardíaca e com pior prognóstico. Os distúrbios respiratórios são freqüentes nos pacientes com insuficiência cardíaca. A síndrome da apnéia do sono leva ao aumento da ativação neuro-hormonal e à progressão da insuficiência cardíaca. Os hormônios tireoidianos exercem múltiplos efeitos no sistema cardiovascular, sendo associados com a progressão da disfunção ventricular e com a piora da sobrevida. A disfunção renal é freqüente na insuficiência cardíaca e está relacionada com a piora da função ventricular. A ativação do sistema arginina vasopressina na insuficiência cardíaca secreta o hormônio antidiurético (vasopressina), o qual estimula os receptores V2 (levando à hiponatremiadilucional) e V1a (levando a vasoconstrição, hipertrofia das células miocárdicas e efeito inotrópico negativo). A fisiopatologia da insuficiência cardíaca é complexa, envolvendo múltiplas alterações neuro-hormonais, sistêmicas e imunológicas, as quais contribuem para a progressão dessa síndrome ICCE E ICCD: Final de toda doença cardíaca CIRCUITO NORMAL ESQUEREDO: Sangue vem de átrio E, entra para ventrículo E e vai para aorta. INSUFICIENCIA CARDIACA CONGESTIVA ESQUERDA - ICCE: O sangue ao invés de ir para aorta, volta para átrio esquerdo (faz regurgitação) e lá acumula fazendo o átrio distender (fica grande). Em cima do átrio esquerdo passa a traqueia que é comprimida quando o átrio fica muito grande, gerando a tosse improdutiva quando o cão fica agitado. Esse aumento de regurgitação faz o sangue começar a vir pelas veias pulmonares, faz muita congestão e volta sangue nos vasos próximos do alvéolo. Dentro desse sangue tem muita proteína que faz aumentar a pressão oncótica, ai o liquido não quer ficar ali, e extravasa para o pulmão (dentro do alvéolo), fazendo o edema pulmonar, que causa manifestação clinica respiratória, muda o padrão respiratório e a amplitude, respiração fica curta, aumenta FR, e no ruido auscultamos crepitação, vemos dispneia, posição ortopneica, cianose e TPC aumentado. O aumento do átrio esquerdo diminui DC, aumenta PA (pós-carga), ventrículo faz muita força, faz hipertrofia (a angiotensina II faz a hipertrofia ser para dentro do coração – Hipertrofia concêntrica), diminui lúmen do ventrículo e aumenta a parede ventricular, assim o coração começa a ficar grande. A ICCE em gatos tem metabolização diferente da via linfática, e dificilmente fazem edema pulmonar (se fizer o prognostico eh ruim), no gato o liquido vai + para a pleura fazendo + efusão pleural. MANIFESTAÇOES CLINICAS ICCE (insuficiência de mitral): Tosse seca improdutiva, deslocamento dorsal da traqueia, dispneia, Intolerância ao exercício, cianose, posição ortopneica, TPC aumentado, FR aumentada, edema pulmonar (comum em cães e raro em gatos), efusão pleural (comum em gatos e raro em cães). Ausculta crepitante INSUFICIENCIA CARDIACA CONGESTIVA DIREITA - ICCD: Vai acumulando, acumulando, aumenta átrio direito, há muita congestão (veia cava cranial e caudal). Na veia cava cranial, quando começa a fazer congestão, não chega sangue direito no cérebro, o retorno venoso (volta do sangue) fica comprometida, podendo ter como manifestação clinica a sincope pela falta de oxigenação, levando tbm a cianose. Também vamos ter sangue congesto no fígado (hepatomegalia), e no baço (esplenomegalia). A pressão oncótica dentro do fígado vai estar aumentada, há o extravasamento de liquido para abdômen, gerando a Ascite. Podemos também ter o extravasamento de liquido para o subcutâneo, gerando o edema de membros (verificado pelo sinal de godet). Pode haver tbm extravasamento de liquido para a pleura, gerando a efusão pleural. O fígado não metaboliza mais nada, não faz síntese de proteínas, gerando assim a perda de peso. MANIFESTAÇOES CLINICAS ICCD (insuficiência de tricúspide): Intolerância ao exercício, sincope, cianose, esplenomegalia, hepatomegalia, distensão jugular, caquexia, ascite, edema de membros, efusão pleural. Ausculta distante e abafada, áreas silencio. OBS: Sempre drenar os líquidos tanto de efusão como de ascite CASO CLINICO NA EMERGENCIA: Paciente com ICCE que esta em edema pulmonar, o que fazer para aliviar essa congestão no paciente? Fazer furosemida (diurético). Em edema de membros / subcutâneo: Fazer furosemida (diurético) Em edema de abdômen (ascite) e efusão pleural: Sempre drenar e mandar liquido para análise. LADO DIREITO – Chega sangue venoso em átrio – ventrículo D - artéria pulmonar – pulmão – capilares pulmonares – troca gasosa (oxigenado) - veia pulmonar – átrio E. Valvula Tricuspide (atrioventricular) / válvula pulmonar (semilunar). Sopros: Regurgitação valvar de tricúspide / Estenose valvar pulmonar ICCD (insuficiência de tricúspide): Intolerância ao exercício, sincope, cianose, esplenomegalia, hepatomegalia, distensão jugular, ascite, edema de membros, efusão pleural. Ausculta distante, silencio LADO ESQUERDO – Chega sangue arterial oxigenado em átrio – ventrículo E – aorta – orgaos – capilares – troca gasosa (venoso) – átrio D. Valvula Mitral (atrioventricular) / válvula aórtica (semilunar). Sopros: Regurgitação valvar de mitral / Estenose valvar aórtica ICCE (insuficiência de mitral): Tosse seca improdutiva, deslocamento dorsal da traqueia, dispneia, cianose, posição ortopneica, TPC aumentado, FR aumentada, edema pulmonar (comum em cães e raro em gatos), efusão pleural (comum em gatos e raro em cães). Ausculta crepitante. DOENCAS DA VALVULA CARDIACA: São doenças que acometem as válvulas cardíacas, que separam os átrios dos ventrículos (mitral e tricúspide). Essas válvulas são presas pelas cordoalhas tendineas (fibras cartilaginosas), que ficam presas pelo músculo papilar (que fica na parte interna do ventrículo). INSUFICIENCIA VALVAR: São lesões nodulares nas válvulas de caráter progressivo e crônico, gerando a insuficiência da valva (causa uma lesão na válvula que continua sendo lesionada para o resto da vida). DOENÇA VALVAR DE MITRAL – INSUFICIENCIA VALVAL DE MITRAL: É a doença mais frequente em cães (meia idade a idosos), acomete mais pequeno e a raça cavalier king apresenta um defeito genético transmitido de herança familiar (todos tem problema e vão ter IC). Em gatos é raro, mas quando temos é uma consequência (secundaria a cardiomiopatia hipertrófica). CAUSAS (ETIOLOGIA) - PRIMARIAS: São as principais, onde temos um problema na válvula. – Endocardiose (degeneração mixedematosa): é a doença mais frequente em cães. Essa degeneração mixedematosa, significa que naquela válvula começa a ter degeneração (alteração de colágeno, cartilagem), e aí a válvula começa a ficar torta, enrugada, nodulada, ai não se fecha direito e causa a IC. A mais frequente é a endocardiose de mitral, onde essa mitral vai ter uma alteração na sua formação (física / química) e começa a enrugar, sendo assim não conseguindo mais fechar direito, causando a insuficiência. – Endocardite bacteriana: Ocorre pelas bactérias provenientes da boca (cálculos / placas dentarias). Quando a boca inflama há vasodilatação, e passa bactéria para dentro, que se deposita nas válvulas, vai se depositando, até causar a deformação dessa válvula. OBS: Pode também acumular em rim e fazer pielonefrite e nos glomérulos fazendo glomerunefrite. – Doenças congênitas: Nasce sem um folheto valvar (temos 2 ai nasce 1). – Neoplasias: Ocorrem na válvula e são raras. SECUNDARIAS: Causadas por outras doenças como a Cardiomiopatia dilatada ou hipertrófica. FISIOPATOLOGIA: Temos as lesões nodulares nas válvulas, há a degeneração de colágeno, ai temos o acumulo de outras substancias (pelo defeito genético), ocorre a alteração valvas e cordoalhas tendineas (lesões nodulares), que causam a insuficiência e regurgitação. Ai a insuficiência valvar causa um fluxo regurgitante na mitral (porque não vai fechar direito), aí na sístole o sangue volta para aorta e para átrio esquerdo, sobrecarrega átrio esquerdo, aumenta átrio esquerdo, aumenta pressão hidrostática, temos a congestão de veias pulmonares, gerando o edema pulomonar. MANIFESTAÇOES CLINICAS: Assintomaticos (algumas x não temos sintomas). Tosse seca e improdutiva (por compressão da traqueia) acontece mais quando animal fica agitado. Fraqueza, apatia, cansaço facil. Distriçao respiratória (principalmentequando já esta em ICC), cianose de lingua, sincope e sincope tussigena (tosse tanto que falta oxigênio no cérebro e desmaia). OBS: Os sinais respiratórios estão associados com o processo congestivo (fase + avançada da doença). ESTAGIO / FASES DA DOENÇA: Temos um consenso (guideline) de insuficiência de mitral de origem da degeneração mixedematosa. Esse consenso estabelece as fazes da doença. Temos 4 estágios da doença: Estagio A: Cães que possuem predisposição genética (Cavalier King Charles Spaniels, Dachshunds, Spitz, Miniature and Toy Poodle) • Sem sopro • Sem alteração cardíaca estrutural • Sem manifestações clinicas. Não é recomendado tratamento, diagnostico por ecocardiograma (refazer anualmente). Estagio B1: Com sopro (de 1 a 6) e assintomático. Pedir Eco • SEM evidencias de remodelamento cardíaco. Obs: Se tiver tosse nesse estágio pode ser por uma traqueite ou pneumonite (diferenciar). Os cães no estágio B apresentam a presença de degeneração valvar crônica de mitral, mas nunca tiveram sinais clínicos de insuficiência cardíaca associados à doença. Não é recomendado tratamento, diagnostico por ecocardiograma (refazer anualmente em cães jovens e semestralmente em idosos). Acompanhar com o vet. Estagio B2: Com sopro (em foco de mitral) e assintomático. Pedir Eco • COM evidencia de remodelamento cardíaco (aumento de câmaras cardíacas, aumento de átrio, desvio de traqueia).. Eh recomendado tratamento com primobendan, diagnostico por ecocardiograma, raio x de tórax, PA (refazer semestralmente). Cães com DVCM assintomático causando RM grave o suficiente para resultar em remodelação cardíaca (aumento de AE e VE) suficiente para recomendar tratamento antes do início dos sinais clínicos com base nos resultados de um ensaio clínico (estudo EPIC). Os cães desta categoria devem atender aos critérios atuais descritos abaixo : Diagnóstico: • Intensidade de sopro ≥ III / VI; • Relação AE/AO ≥ 1,6; (mede o tamanho do átrio esq. em relação a aorta) • Diâmetro interno do ventrículo esquerdo na diástole, (indexado pelo peso) - ≥ 1,7; • Radiográfica pontuação vertebral coração (VHS)> 10,5. Estagio C: Com sopro e sintomático (mitral - tosse, cansaço fácil, cianose / tricúspide – cansaço fácil, ascite, efusão, hepatomegalia). • Sinais clínicos de ICC prévios e atuais (pode já estar em congestão e edema. O estagio C inclui todos os cães que já tiveram episodio de ICC e não são refratários. Recomendado Tratamento Primobendan (inotrópico positivo), IECA Lisinopril (vasodilatadores), Furosemida e Espirolactona (diuréticos – após 15 dias fazer avaliação renal). Diagnostico por exames de hemograma completo, função renal e hepática, urina tipo 1, eletrólitos (sódio, potássio), eletrocardiograma, ecocardiograma, raio x de tórax e pressão arterial (refazer exames semestralmente) Estagio D: Pacientes refratários a terapia padrão do estágio c (tem sopro, tem sintoma, toma todas as medicações do estagio c na maior dose e frequencia e continua fazendo congestão, edema, ascite, efusão = Estágios finais (fase terminal da doença (Necessidade de hospitalização); Recomenda-se o uso da terapia do estagio c e se houver outras complicações como Arritmias (diltiazem com digoxina), muita tosse, hipertensão pulmonar, utilizar : DOENÇA VALVAR DE TRICUSPIDE – INSUFICIENCIA VALVAL DE TRICUSPIDE / FISIOPATOLOGIA: A insuficiência valvar causa um fluxo regurgitante na tricúspide (porque não vai fechar direito), aí na sístole o sangue volta para artéria pulmonar e para átrio direito, sobrecarrega de volume em átrio direito, aumenta átrio direito, aumenta pressão hidrostática, temos a congestão venosa e sistêmica, gerando a efusão pleural, efusao pericárdica, ascite, edema de membros, hepatomegalia, esplenomegalia e caquexia. MANIFESTAÇOES CLINICAS: Efusão pleural, efusão pericárdica, ascite, edema de membros, congestão hepática e esplênica (hepatomegalia, esplenomegalia) e caquexia. TRATAMENTO ASSINTOMATICOS: Sem a necessidade de terapia medicamentosa (com excessao daqueles que já apresentam remodelamento cardiaco). Sem a necessidade de restriçao de sodio na dieta. Fazer reavaliaçoes e controle semestralmente. TRATAMENTO SINTOMATICOS (OBJETIVOS): 1- Diminuir e Controlar sinais de congestao (pois esta acumulando liquido em pulmao, torax, abdomen e subcutaneo): Diureticos: Ajudar a diminuir o processo congestivo, tirando o excesso de agua que esta sendo estimulado a acumular no organismo por conta do SRAA. Emergencia: Acumulo de liquido no pulmao e subcutaneo, tiramos com diuretico. Acumulo de liquidos em torax, e abdomen, temos que drenar, o diurretico so evita que forme mais liquido. Toracocentese / Paracentece: Na emergencia em casos de ICCD • Furosemida (lasix): Alem de melhorar os sinais de congestao, tambem diminuem a pos-carga, ficando mais facil de o coraçao bombear e melhorar a DC. Eh o mais ultilizado, sempre iniciar em dos e frequancia mais baixa. • 2 a 4 mg/Kg SID a TID • Inibidores potentes do co-transportador Na+/K+/2Cl- (sódio/potássio/cloro), faz o paciente perder mais sódio (perde água, e junto perde potássio) E o potássio eh importante para a contração muscular. • perda de K (diurético de alça) • Espirolactona: Agem em ducto coletor (no nefron) • 1 a 2 mg/Kg SID a BID (Dose diurética- 2 a 4 mg/Kg BID) • inibidor da aldosterona (↓ reabsorção de Na /Remodelamento cardíaco e vascular), Perde mais sódio (+ agua) e temos menos sinais de congestão, inibindo o remodelamento cardíaco. • efeito cardioprotetor - Dose mais baixa utilizada como cardioprotetor (apenas para diminuir o remodelamento cardíaco). Dose mais alta também tem ação diurética. Em quadros avançados podemos associar a furosemida. • Hidroclortiazida: Agem em túbulos contorcidos • 2 a 4 mg/Kg BID • perda de K (ação tubular) • Associações para bloqueio sequencial do nefron: Associamos os 3 diuréticos (pacientes em estágio avançado). Vasodilatadores venosos ou mistos: Por conta do SRAA, temos vasoconstriçao periferica, ai o liquido não perfunde pelos tecidos, ai quando fazemos a vasodilataçao, o sangue pode voltar a fluir nesse espaço e temos uma melhora do quadro. - Vasodilatadores venosos (IECAS – Benazepril, Enalapril, Lisinopril / potencia de 5x): Todos são inibidores da enzima conversora de angiotensina, evitando a formaçao da angiotensina II, melhorando a congestao. Tem efeito neuro endocrino (retençao de sodio e agua, pois inibe aldosterona / diminui fibrose e remodelamento cardiaco e faz vasodilataçao, diminuindo a pos-carga. • Benazepril- 0,25 a 0,5 mg/Kg/ BID (Metabolização renal) não utilizar em doentes renais • Enalapril- 0,25 a 0,5 mg/Kg SID (Metabolização hepática e renal) • Lisinopril- 0,25 a 0,5 mg/Kg BID (Metabólito ativo) Só é excretado - Vasodilatores arteriais (Amlodipina – potência de 10x / Hidralazina – potência de 20x) ou mistos (Nitropussiato, Nitroglicerina): Esses vasodilatadores são mais potentes que os IECAs, são bloqueadores do canal de cálcio, agem como vasodilatadores arteriais, melhorando a diminuição de pós-carga. São utilizados para pacientes hipertensos (quando há hipertensão arterial associada).• Anlodipina- Bloqueador de canais de Ca - Vasodilatador arterial (↓ pós- carga)- 0,05 a 0,2 mg/Kg/SID a BID • Hidralazina- Bloqueador de canais de Ca - Vasodilatador arterial- 0,5 mg/Kg BID (↓ pós carga). OBS: Muito hipotensora, cai muito a pressão, animal descompensa e o rim sofre muito. • Nitroprussiato (Emergência) - Vasodilatador misto- 0,5 a 10 mcg/Kg/minmonitoração • Nitroglicerina - Venodilatador- adesivos SID a BID (↓ pré-carga) Dieta com restriçao de sodio: não tem muita importancia, apenas em estagios avançados e mesmo assim temos que avaliar. O obetivo da dieta eh reduzir a volemia (pre-carga), diminuir a quantidade de agua a ser retirada. Indicada para paciente em ICC que já estao com todos os diureticos (fazendo pouco efeito) e com sinais de congestao. Cuidado com efeito colateral de Hiponatremia. OBS: se já esta em caquexia não eh indicado. 2 - Melhorar a funçao de bomba (coraçao): podemos ter dificuldade de contraçao muscular cardiaca (porque fez fibrose, remodelamento), entao entrar com medicaçao que aumenta a força de contraçao do coraçao (initropicos positivos – primobendan). – Facilitar preenchimento ventricular, controle da FC, ritmo e diastole: Melhora do tempo de enchimento ventricular, com medicaçao para diminuir a FC (em casos de pacientes com arritmias). – Melhorar contratilidade ventricular: melhorar o enchimento do ventriculo / contraçao com Inotropicos, assim controlando tbm as arritmias. – Diminuir remodelamento cardiaco com cardioprotetores (omega 3 e 6 e/ou Carvedilol). Inotropicos positivos: Usados para melhorar a força de contraçao cardiaca. • Primobendam (vetmedin): É o principal, mais utilizado (padrão ouro). Também tem ação vasodilatadora (vasodilatador arterial e venoso, dilata vasos sistêmicos e pulmonares). Melhora os sinais clínicos e dos sintomas de ICC (melhorando a força de contração cardíaca). Dose: 0,1 a 0,3 mg/Kg BID (jejum) • Digoxina: Mais utilizado para pacientes que tem arritmias (muito eficiente), pacientes taquicardíacos (para baixar FC e melhorar foça de contração). Aumenta a disponibilidade de cálcio no coração, fazendo uma melhor contração cardíaca. Efeito colateral: Aumenta tônus parassimpático, diminuindo FC. OBS: Tem limiar pequeno de dose (se der um pouco a mais causa intoxicação) Dose: 0,003 a 0,005 mg/kg BID (0,22mg/m2 BID - cães > 20Kg). • Dobutamina (emergência): Utilizada na internação para melhorar a força de contração cardíaca (inotrópico de emergência). É um vasoativo, faz vasoconstrição, melhora o vascular e força de contração. Cuidado com arritmias. Dose: 5-20 ug/Kg/min IV. Cardioprotetores: Usamos associado as medicações. • Carvedilol: É um antiarrítmico (betabloqueador), antioxidante, vasodilatador, ajuda a melhorar FC, e diminuí PA (evitando o remodelamento cardíaco), também ajuda na diminuição da ação das catecolaminas no coração (libera menos adrenalina no coração). Dose: Dose: 0,3 – 0,8 mg/kg/BID (ajuste gradual). • Espirolactona: Em doses baixas serve para inibir a ação da aldosterona (que induz fibrose). Doses mais altas tem ação diurética também. Dose: 1 a 2 mg/Kg SID a BID (Dose diurética- 2 a 4 mg/Kg BID). • Ômega 3 e 6: Dentro dos ômegas temos uma substancia chamada EPA e DHA, que dependendo das doses, ajudam na metabolização de gorduras, tem ação antioxidante, ação anti-inflamatória. Indicados para minimizar a caquexia (Inibem canais de sódio). 3 - Facilitar o trabalho cardiaco: Ultilizando vasodilatadores arteriais, venosos ou mistos (diureticos). Controle da tosse: O coração quando aumenta do lado esquerdo, comprime a traqueia causando a tosse seca improdutiva, muitas vezes levando o animal a sincope tussigena (animal tosse tanto que falta oxigênio no cérebro e desmaia). Para melhorar a qualidade de vida desse animal ultilizamos alguns fármacos. • Fosfato de Codeína: Opioide de ação central, vai no centro da tosse e inibe ela. OBS: se utilizar com frequência pode induzir a quadros de pneumonia em caso de doenças respiratórias associadas. Dose: 0,1 a 0,3 mg/Kg BID a TID. • Butorfanol: Opioide de ação central (age igual a codeína), padrão ouro. Dose: 0,2 a 0,4 mg/Kg. • Dropropizina- Vibral: Age em brônquios (antitussígeno), impede que os silios que tem na parede brônquica estimulem a tosse. Tem ação antialérgica também. HIPERTENSAO PULMONAR: Quando temos uma congestão pulmonar, ela pode fazer hipertensão no pulmão. Essa Hipertensão pulmonar acaba sobrecarregando o coração levando a um quadro de DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica) e ICCD. Não ocorre só por conta de cardiopatias, pacientes com problemas respiratórios também fazem HP (primaria ou secundaria). Diagnostico: ECO (doppler) – estimativa da pressão sistólica da artéria pulmonar. Avaliamos esse quadro no ecocardiograma (com o fluxo do eco no pulmão), temos uma estimativa de quanto está a pressão dentro do pulmão. Tratamento: Sildenafil é um Vasodilatador com ação na circulação pulmonar, fazendo o paciente respirar melhorar. Temos uma redução na resistência vascular pulmonar, que melhora o funcionamento do coração e respiração, diminuindo a congestão, fazendo o paciente respirar melhor. Dose: 1 – 3 mg/kg/BID-TID CARDIOMIOPATIAS: São doenças que acometem o musculo cardíaco. São conhecidas como DEF (doenças do miocárdio associadas à disfunção cardíaca) e temos 4 tipos delas, (As 2 principais são a dilatada e a hipertrófica). • Dilatada: Contratilidade reduzida (não tem força para contrair o coração) e dilatação de um ou ambos os ventrículos • Hipertrófica: Hipertrofia miocárdica concêntrica (coração cresce para dentro, reduzindo o tamanho do ventrículo), origem primaria sem dilatação ventricular • Restritiva • Arritmogenica do VD CARDIOMIOPATIAS DILATADAS: A cardiomiopatia dilatada em cães (CMD), é uma doença cardíaca crônica que acontece quando o músculo cardíaco está fino e enfraquecido, prejudicando o processo de contração. As raças caninas mais afetadas são as de grande porte ou gigante (Doberman, terra nova, boxer, pastor alemão), porem acomete animais de porte pequeno também (Cocker). Ocorre mais em machos entre 4 a 10 anos. Causas: As causas primarias são as mais comuns. Já as secundarias temos: - herança genética: (Doberman, boxer e Cocker). Algumas raças como essas tem um defeito genético e deficiência de taurina e L-carnitina que induz a CD. - Deficiência de taurina: Animais que utilizam dietas caseiras ou raças com defeitos genéticos (Cocker). - Deficiência de L-cartina: Raças com deficiência genética (Doberman, boxer e Cocker). - Infecções: Virais, erliquiose, leishmaniose - Isquemia- Taquicardia: 240bpm por 3 a 4 semanas = IC. A taquicardia sustentada induz a lesão da fibra cardíaca. Fisiopatologia: Temos a dilatação das câmaras cardíacas (ventrículo fica dilatado – esq / dir / ou ambos). E como as fibras do musculo do ventrículo estão lesionadas, a passagem de condução elétrica fica alterada (DC cai), a condução para ventrículo não ocorre, fica só no átrio (arritmias - fibrilação atrial), só átrio contrai, ventrículo não contrai (ou contrai devagar), ou podemos ter um afastamento dos anéis, das válvulas gerando sopro (insuficiência valvar secundaria) gerando uma redução da DC. Aí temos a queda da PA e a ativação do SRAA gerando a ICC. Resumindo: As câmaras cardíacas se dilatam ou aumentam e o músculo do coração se torna mais fino e enfraquece, contraindo-se com muito menos vigor do que o normal. Um dos primeiros sinais de anormalidade que surgem nos cães é o mau funcionamento dos ventrículos, já que o coração está fraco. Enquanto o ventrículo esquerdo bombeia o sangue do pulmão para o corpo, o direito faz o caminho inverso. Com a falha no coração, o animal pode apresentar alguns sinais como perda de peso e massa muscular magra, fraqueza, baixa resistência a exercícios, extremidades frias, pulso fraco, desmaios (sincope) e choque, dispneia, distensão e pulso jugular, edemas e efusões. A cardiomiopatia dilatada também pode causar deficiências na válvula cardíaca, arritmias e as reações orgânicas compensatórias da atividade cardíaca reduzida. É importante lembrar que arritmias ventriculares podem, muitas vezes, resultar em morte súbita, especialmente em Boxers e Dobermans. Sinais Clínicos: • Sinais de baixo débito cardíaco • Fraqueza; letargia • Pulso fraco; síncope • Extremidades frias • Sinais de congestão • Dispneia; ortopneia • Tosse • Distensão e pulso jugular • Ascite, hepatomegalia, efusão pleural e edema de membros • Perda de peso e massa muscular magra Exames: No raio X de tórax encontramos... • Cardiomegalia (coração todo aumentado de tamanho) • Aumento de AE • Edema e congestão pulmonar • Efusão pleural, efusão pericárdica e ascite • Distensão de veia cava • Hepato e esplenomegalia No eletrocardiograma... • Ondas P alargadas e altas indicando dilatação de átrios • Complexos QRS alargados e altos indicando dilatação de ventrículos • Arritmias atriais e ventriculares • Fibrilação atrial • VPC´s (contração ventricular prematura) • Taquicardia ventricular (dobermann e boxer) No Ecocardiograma... (padrão ouro para diagnostico) • Dilatação atrial e ventricular (lado esquerdo) • Hipocinesia do VE • Diminuição da função sistólica do miocárdio • ↓Fração de ejeção: % de sangue que é ejetado do VE (diminuição da fração de ejeção – qnt que chega de sangue). = Chega + sangue e sai – sangue, pq não tem força. • Regurgitação mitral e/ou tricúspide Tratamento: o objetivo é diminuir as manifestações de ICC, aumentar DC (melhor manejo e controle de arritmias, melhorando a qualidade de vida). Aumentar a sobrevida. Inotropicos positivos - Pimobendam (Vetmedin®): Melhora dos sintomas e da qualidade de vida. Dose: 0,1 a 0,3 mg/kg/BID/VO (jejum) Dobutamina (suporte inotrópico emergencial) Dose: 5-20 ug/Kg/min IV. Cuidado com arritmias. Vasodilatadores (IECAs): Lisinopril, enalapril. Diminui pós-carga e diminui fibrose e remodelamento cardíaco. Dose: 0,25 a 0,5 mg/Kg BID Betabloqueadores – Antiarritmicos: Carvedilol. Evita remodelamento ventricular, diminui cardiotoxicidade, Vasodilatador, Melhora sintomas e classe funcional da ICC. Dose: 0,3 mg/kg cd 12 h Diureticos: Furosemida, Espirolactona, hidroclortiazida. Podemos associar. Resumindo: A Cardiomiopatia Dilatada é a doença do músculo cardíaco mais comum em cães. Nessa afecção as fibras miocárdicas perdem a força de contração, o que leva à dilatação das câmaras cardíacas. A causa é idiopática (desconhecida), porém em algumas raças já foi comprovada a predisposição genética. Essa doença é característica de cães de raças grandes, exceto o Cocker Spaniel, que tem médio porte e pode apresentar cardiomiopatia dilatada. Cães com cardiomiopatia dilatada podem apresentar sinais de insuficiência cardíaca esquerda ou direita, uma vez que há aumento global do coração. No primeiro caso, podem apresentar tosse, falta de ar, cansaço, intolerância ao exercício ou desmaios. Caso os sinais sejam de insuficiência cardíaca direita o cão irá apresentar ascite (líquido livre no abdômen), falta de ar pela efusão pleural (líquido livre no tórax) ou edema (inchaço) de membros. O exame ecocardiográfico permitirá verificar a função sistólica do coração, ou seja, a capacidade do coração em bombear o sangue circulante. O exame também permite verificar a dimensão dos átrios e ventrículos e investigar a presença de insuficiências valvares. Nos cães de raças com predisposição à doença, mesmo sem sinais clínicos, recomenda-se o exame ecocardiográfico preventivo para permitir o diagnóstico precoce. O Laboratório de Cardiologia Comparada do Hospital Veterinário da UFPR dispõe de tecnologia avançada que permite avaliação segmentar do miocárdio, tornando ainda mais detalhada a avaliação da função cardíaca. Além da ecocardiografia, cães com cardiomiopatia dilatada também necessitam exame eletrocardiográfico, pois o aumento das câmaras cardíacas, predispõe ao desenvolvimento de arritmias cardíacas. Em cães da raça Boxer ocorre frequentemente a Cardiomiopatia Arritmogênica, cuja principal característica é o desenvolvimento de arritmias ventriculares. Nesse caso, o exame eletrocardiográfico é imprescindível para documentar a característica e a frequência dessas arritmias, sendo às vezes importante complementá-lo com o Holter (exame eletrocardiográfico realizado por longo período). O exame ecocardiográfico, nesse caso, auxilia revelando alterações anatômicas e funcionais provocadas pela arritmia, mas eventualmente pode revelar um coração estruturalmente normal. CARDIOMIOPATIAS HIPERTROFICAS: A Cardiomiopatia Hipertrófica é a doença cardíaca mais comum em gatos, mas ocorre em caes. Em algumas raças, como Maine coon, Ragdoll, Norueguês da Floresta, Siames e Persa, machos de meia idade. já foi demonstrada predisposição genética para seu desenvolvimento e, por isso, não é recomendado que os animais afetados se reproduzam. OBS: Pode ocorrer em cães após evento estressante, os mesmos podem ser assintomáticos ou apresentarem sinais de ICC ou tromboembolismo. Os sinais são diminuição da DC, até a formação de trombos, pode haver infarto do miocárdio por complicações vasculares causando morte súbita. Fisiopatologia: O musculo cardiaco começa a atrofiar para dentro do ventrículo, que fica mais espessado (espessamento do micardio), que fica mais rígido, ventrículo não tem complacência e temos menos sangue chegando em VE (preenchimento VE inadequado), que diminui volume ejetado (VDF), diminui DC e faz congestão pulmonar. Possiveis causas: A Hipertensão arterial pode fazer com que o coração aumente de espessura, pq ele vai ter que fazer + força. Também pode ser oriunda de uma hipertensão crônica (que pode ser causada por vários motivos). OBS: A hipertrofia com hipertensão começa na parede + externa e vai para a interna. Pode acometer ventrículo esq / dir / ouambos, porem inicia sempre no esquerdo. Manifestaçoes clinicas: • Assintomáticos • Anorexia, letargia, prostração, paralisia uni ou bilateral de membros. • Taquipnéia; dispnéia (alterações respiratórias / arritmias) • Cansaço fácil; intolerância ao exercício • Tromboembolismo arterial sistêmico (ventrículo não tem força, não contrai, acumula sangue, que fica parado e coagula. Na sístole o sangue sai para aorta que depois bifurca e obstrui a via). • Obstrução de 1 ou + artéria por material embólico proveniente de local distante da área afetada. • Lesão endotelial, estase sanguínea, estado de hipercoagulabilidade • Edema pulmonar • Efusão pleural Diagnostico: No Exame radiográfico... • Cardiomegalia • Aumento do AE (Valentine Shape) • Aumento de VE • Edema pulmonar (difuso ou localizado) • Efusão pleural No Eletrocardiograma... • Aumento de AE e VE • Arritmias supraventriculares • Arritmias ventriculares No Ecocardiograma... • Melhor diagnostico não invasivo (Avalia áreas de hipertrofia na parede ventricular, septo interventricular e músculos papilares) • Hipertrofia miocárdica primária (simétrica ou assimétrica) • Disfunção diastólica • Obstrução da saída do VE • Insuficiência valvar mitral: Pode ter tbm! Tratamento – objetivos: Melhorar o enchimento do ventrículo esquerdo (Betabloqueadores – Atenolol) / Aliviar sinais de congestão (IECAs e Diureticos) / Controlar as arritmias (Bloqueadores de canal de cálcio – Diltiazem) / Minimizar as isquemias e evitar o tromboembolismo com profilaxia TEA (anticoagulantes – Heparina, AS). Diltiazem: • Bloqueador de canal de cálcio • Vasodilatação coronariana • Diminui a FC e a contratilidade • Diminui edema e hipertrofia ventricular • Diminui a atividade plaquetária • Dose: 1mg/kg/TID Profilaxia TEA: • Prevenir primeiro evento de TEA em animais predispostos • Prevenir recidivas em animais com histórico de TEA • Acido acetilsalicílico: 3 a 8mg/kg cd 72hs/VO (potencial toxico, ultilizar a cada 72 horas, tutor perde a conta do dia que deu). • Heparina sódica: 200 a 250U/kg/SC • Clopidogrel: 1 a 3mg/kg/VO/SID Prognostico: Resumindo: A doença é caracterizada pela hipertrofia do músculo do ventrículo esquerdo, ou seja, há espessamento da parede do ventrículo esquerdo e/ou do septo interventricular (estrutura que separa o ventrículo esquerdo do direito). Como consequência dessa hipertrofia, a cavidade ventricular esquerda diminui de tamanho, comprometendo a sua capacidade de receber o sangue vindo do átrio esquerdo. Com o tempo, o átrio esquerdo vai aumentando de tamanho para comportar o sangue que o ventrículo esquerdo não conseguiu receber. Além disso, costuma haver insuficiência da valva mitral como consequência das alterações anatômicas do coração, a qual também promove aumento do átrio esquerdo e intensifica o quadro congestivo. O átrio dilatado favorece a formação de trombos (coágulos) em seu interior, os quais podem ser desprender e ganhar a circulação sanguínea, resultando em uma complicação grave chamada tromboembolismo arterial, cuja característica mais comum é a paresia súbita dos membros pélvicos (traseiros). É importante salientar a muitos gatos com problemas cardíacos não apresenta sinais clínicos aparentes. Assim, o exame ecocardiográfico é a forma mais eficaz de diagnosticar a cardiomiopatia hipertrófica, sendo recomendável realizá-lo preventivamente antes dos 6 anos em gatos de raças predispostas e após os 10 anos em gatos de outras raças. Além disso, é importante considerar que algumas afecções sistêmicas podem mimetizar as alterações características da cardiomiopatia hipertrófica, dentre as quais destacam-se a hipertensão arterial sistêmica e o hipertireoidismo. Por fim, além da cardiomiopatia hipertrófica, os gatos também apresentam cardiomiopatia restritiva, cardiomiopatia dilatada (normalmente associada à deficiência de taurina na dieta), cardiomiopatia não classificada e cardiomiopatia arritmogênica.
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