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VINÍCIUS GABRIEL XAVIER DA COSTA – MEDICINA TIRADENTES – ETAPA 7 
ASSEPSIA 
Definição: conjunto de medidas utilizadas para impedir a 
introdução de patógenos no organismo durante um 
procedimento. Consiste na eliminação ou morte de todos 
os micro-organismos. 
 
OBS: antisséptico é um agente químico que, ao entrar 
em contato com microrganismos patogênicos, mata-os 
ou inibe seu crescimento. 
OBS: desinfecção é a destruição, por agente químico, de 
microrganismos patogênicos, excluídos, em geral, os 
esporos, pois estes são resistentes. 
OBS: esterilização é a destruição total de todas as formas 
de vida dos materiais que entrarão em contato com o 
campo operatório, por agentes físicos ou químicos (em 
cirurgia, só é aceita a condição de esterilidade). 
 
ANTISSEPSIA 
Definição: consiste na destruição ou restrição de 
crescimento de micro-organismos existentes nas 
camadas superficiais ou profundas da pele, mediante a 
aplicação de um agente antisséptico local. Utiliza-se 
produtos (microbicidas ou microestáticos) com o intuito 
de diminuir os micro-organismos na superfície. 
 
PREPARAÇÃO PARA ENTRAR EM UM BLOCO CIRÚRGICO 
• Troca de roupas. 
• Lavagem das mãos. 
• Paramentação cirúrgica. 
• Como se portar durante a cirurgia. 
• Conhecimento do instrumental cirúrgico. 
 
Vestuário no bloco cirúrgico: 
• Pijama cirúrgico. 
• Gorro/Touca. 
• Máscara. 
• Propé. 
OBS: retirar adornos 
 
Lavagem das mãos: a lavagem pode ser feita com 
clorexidina (antisséptico), que é praticamente atóxica e 
não alergênica; a escovação deve ser feita por mais de 5 
min; começa-se pelas áreas mais nobres, as mãos e os 
pulsos, depois o antebraço até o cotovelo; os 
movimentos devem ser longitudinais (sempre distal para 
proximal), recomendando-se pelo menos 50 
movimentos, na ordem indicada: unhas e pontas dos 
dedos, espaços interdigitais, face palmar, dorso da mão, 
borda ulnar da mão, face anterior, face medial, face 
posterior e face lateral do antebraço; por fim, deve-se 
enxaguar as mãos, num movimento único da mão por 
debaixo da corrente. 
 
OBS: segundo a ANVISA, a duração do procedimento é 
de 3 a 5 minutos para a primeira cirurgia e de 2 a 3 
minutos para as cirurgias subsequentes. 
OBS: a cerda da escova é de uso exclusivo para o leito 
ungueal e subungueal. 
 
 
 
 
 
Paramentação cirúrgica: 
Vestindo o capote (avental): após lavar e enxugar as 
mãos, coloca-se o avental; este vem dobrado, de modo 
que quando se pega em duas pontas especialmente 
ajeitadas, ele se desdobra por ação da gravidade, ficando 
na posição de ser vestido; então, devem-se colocar as 
mãos nas respectivas mangas, com a ajuda de alguém da 
sala, que puxa o avental para trás segurando-o pelo lado 
interno e amarra os seus cordões posteriores 
 
VINÍCIUS GABRIEL XAVIER DA COSTA – MEDICINA TIRADENTES – ETAPA 7 
OBS: as costas é uma região não estéril, potencialmente 
contaminável. 
 
Calçando as luvas: a luva deve ser esterilizada e do 
tamanho correto; abre-se o pacote, sempre com o 
cuidado de não encostar na parte externa da luva, 
calçando-a com uma mão e a ajuda da mão oposta, pela 
parte interna da luva (a parte interna do punho está 
dobrada sobre a externa, facilitando o manejo); quando 
for vestir a outra, aproveitar a parte já vestida para 
ajudar, podendo a parte externa de uma luva entrar em 
contato com a outra; vesti-las até cobrir as mangas do 
avental. 
 
 
 
 
Para finalizar: rodar o cinto que se encontra fixado na 
frente do avental; desamarrar o cordão e, com uma mão, 
segurar apenas o cordão fixo na lateral do avental, 
passando por trás para a outra mão e amarrando-o no 
cordão central; isso pode ser feito com a ajuda de 
alguém já paramentado. 
 
Posicionamento das mãos durante o procedimento: 
 
 
• Evitar contaminação. 
• Distância média para contaminação. 
• Manutenção durante o procedimento. 
 
Instrumental cirúrgico: conhecer os instrumentais dos 4 
tempos cirúrgicos (diérese, hemostasia, exérese e 
síntese). 
 
DIÉRESE 
TESOURAS: para empunhar uma tesoura da maneira 
correta é necessário introduzir as falanges distais dos 
dedos anular e polegar nas argolas. O dedo indicador 
proporcionará precisão ao movimento e o dedo médio 
auxiliará na estabilidade da mão. 
 
• MAYO: distribuição entre a mandíbula e o ramo 
de 1:1. 
 
 
• METZENBAUM: distribuição entre a mandíbula e 
o ramo de 1:3. 
 
BISTURI: cabo nº3 (para lâminas com inicial 1) e cabo nº4 
(para lâminas com inicial 2). 
 
Existem duas formas principais de se empunhar um 
bisturi, são elas: tipo lápis (incisões pequenas) e tipo arco 
de violino (incisões longas, retilíneas ou de curvas 
suaves). 
 
 
 
VINÍCIUS GABRIEL XAVIER DA COSTA – MEDICINA TIRADENTES – ETAPA 7 
HEMOSTASIA 
PINÇAS HEMOSTÁTICAS: 
• KELLY (RETA OU CURVA): ranhura em apenas 2/3. 
 
• CRILE (RETA OU CURVA): ranhura completa. 
 
• HALSTEAD (mosquitinho). 
 
• MIXTER (j ou jotinha): 
 
 
EXPOSIÇÃO (AFASTADORES/ VÁLVULAS) 
• AFASTADOR SUPRAPÚBICO: 
 
 
 
 
 
• AFASTADOR FARABEUF: 
 
 
• AFASTADOR GOSSET: 
 
 
• AFASTADOR FINOCHIETTO: 
 
• AFASTADOR DOYEN: 
 
• AFASTADOR AUTO-ESTÁTICO WEITLANER 
 
 
EXÉRESE 
• COLLIN: angular, oval e coração. 
 
 
 
VINÍCIUS GABRIEL XAVIER DA COSTA – MEDICINA TIRADENTES – ETAPA 7 
• DUVAL-COLLIN: 
 
• FOERSTER: 
 
 
• BABCOCK: 
 
• ALLIS: 
 
 
 
 
 
• BACKAUS: fixar o campo. 
 
 
SÍNTESE 
• PORTA AGULHA MAYO-HEGAR: 
 
PINÇAS DE PREENSÃO: 
• DENTE DE RATO (TRAUMÁTICA). 
 
 
 
 
 
 
• ANATÔMICA (ATRAUMÁTICA). 
 
 
ESTRUTURA PADRÃO DA MESA CIRÚRGICA 
 
• O cabo de bisturi deve ser montado com a ponta 
virada para baixo e deve ser colocada com a 
lâmina virada para fora da mesa e para passar, o 
instrumentador deve segurar o bisturi com a 
lâmina voltada para baixo e o cabo na direção do 
médico que poderá empunhar na forma de lápis 
ou de arco de violino. 
• Todo instrumental deve ter sua ponta virada para 
baixo. 
• A tesoura curva deve ser utilizada para cortar 
tecido enquanto a reta para fios. 
• O porta-agulhas deve ser montado de forma que 
ele segure a agulha na metade, além disso sua 
ponta deve estar para dentro e o conjunto deve 
ser colocado com a agulha virada para cima e o 
instrumental com a ponta também para cima. 
• A mesa cirúrgica pode se posicionar de 2 formas: 
de frente para o cirurgião (modelo paulista) ou 
do lado contralateral (modelo americano). 
 
 
VINÍCIUS GABRIEL XAVIER DA COSTA – MEDICINA TIRADENTES – ETAPA 7 
TEMPOS FUNDAMENTAIS DA TÉCNICA CIRÚRGICA 
Definição: a operação, ou seja, o ato cirúrgico 
propriamente dito, é composto de quatro tempos: 
• 1º tempo - Diérese. 
• 2º tempo - Hemostasia. 
• 3º tempo - Operação propriamente dita 
(exérese). 
• 4º tempo - Síntese. 
 
OBS: nem todos os tempos cirúrgicos podem estar 
presentes (por exemplo: fechamento de um ferimento 
extenso - pode não possuir diérese). 
 
DIÉRESE 
Definição: ato de dividir, separar ou cortar. Compreende 
a separação dos planos anatômicos para possibilitar a 
abordagem do órgão/estrutura a ser operado. 
 
Classificação: 
• Mecânica: 
o Punção: introdução de agulha ou trocater 
sem seccioná-los. 
o Secção: dividir/cortar tecidos feito com 
material cortante. 
o Divulsão: afastamento dos tecidos nos 
planos anatômicos sem seccioná-los. 
o Curetagem: raspagem da superfície do 
órgão com o uso da cureta. 
o Dilatação: processo que procura 
aumentar o diâmetro dos orifícios 
naturais. 
o Descolamento: separação dos tecidos de 
um espaço anatômico virtual. 
• Física: 
o Térmica: realizada com uso do calor, cuja 
fonte é a energia elétrica - bisturi elétrico. 
o Crioterapia: resfriamento brusco e 
intenso da área a ser realizada a cirurgia - 
nitrogênio líquido. 
o Laser: realiza-se por meio de um feixe de 
radiação, ondas luminosas de raios 
infravermelhos concentrados e de alta 
potência - o mais utilizado na cirurgia é o 
laser de CO2, que pode ser facilmente 
absorvido pela água existente no tecido 
humano. 
 
HEMOSTASIA 
Definição: processo pelo qualse previne, detém ou 
impede o sangramento. 
 
Classificação: 
• Hemostasia prévia ou pré-operatória: objetiva 
interromper temporariamente o fluxo sanguíneo 
para o foco operatório, reduzindo a perda 
sanguínea. 
o Medicamentosa. 
o Cirúrgica (garrote pneumático, faixa de 
smarch). 
• Hemostasia temporária: é utilizada durante a 
intervenção cirúrgica, para reter 
temporariamente o fluxo de sangue para o 
campo operatório (compressão por 
instrumentais – pinças, aplicação de medicações, 
uso de hemostáticos). 
• Hemostasia definitiva: objetiva obliterar os vasos 
sanguíneos em caráter permanente (ligadura dos 
vasos sangrantes com fios cirúrgicos, 
clampeamento com clipes, cauterização – 
térmica, eletrocoagulação e fotocoagulação, 
obturação ou coagulação tópicas e 
tamponamento compressivo.). 
 
EXÉRESE 
Definição: tratamento cirúrgico propriamente dito 
(curativo, paliativo, estético ou corretivo). Ato pelo qual 
o cirurgião aborda o tecido desejado, retirando e/ ou 
reconstituindo a anatomia da maneira mais fisiológica 
possível. 
 
SÍNTESE 
Definição: ato que objetiva aproximar as bordas de uma 
ferida objetivando estabelecer a contiguidade dos 
tecidos e facilitar o processo de cicatrização. É a 
reconstrução da estrutura que passou pela diérese. 
 
Classificação: 
• Imediata: aproximação das bordas após o ato 
cirúrgico. 
• Mediata: feita após algum tempo após a cirurgia. 
• Completa: aproximação completa de toda ferida 
operatória. 
• Incompleta: aproximação incompleta da ferida 
operatória. 
• Incruenta: junção dos tecidos com o auxílio de 
gesso, adesivo ou atadura. 
• Cruenta: aproximação utilizando fios de sutura. 
• Temporária: necessidade de remover os fios. 
• Definitiva: não é necessário remover os fios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VINÍCIUS GABRIEL XAVIER DA COSTA – MEDICINA TIRADENTES – ETAPA 7 
FIOS 
Força tênsil: capacidade que a sutura deve ter de manter 
os tecidos aproximados por um determinado tempo, ou 
seja, até a cicatrização total do mesmo. 
 
OBS: memória refere-se à propensão de um material 
para retornar a seu formato original após ter sido 
deformado; por exemplo, após ter sido atado o nó. 
 
Fios absorvíveis: 
 
Fios inabsorvíveis: 
 
 
AGULHAS 
Definição: são utilizadas com a finalidade de transfixar os 
tecidos com o menor trauma possível, servindo de guia 
aos fios de sutura. São divididas em três partes: fundo ou 
olho (região em contato com o fio), corpo e ponta. 
 
Classificação: 
• Curvatura: 
o Retas. 
o Curvas. 
• Ponta: 
 
 
• Trauma ocasionado no tecido: 
o Traumáticas: múltipla utilização e 
montagem em fios. 
o Atraumáticas: podem ser montadas 
originalmente no fio. 
 
OBS: maneira de preensão da agulha com o porta-
agulhas: em ângulo de 90º entre porta-agulhas 
e agulha, na transição entre terços médio e proximal da 
agulha. 
 
 
 
NÓS 
Definição é feito por meio de um entrelaçamento do fio 
cirúrgico, com a intenção de realizar a hemostasia ou a 
união entre duas bordas teciduais. 
VINÍCIUS GABRIEL XAVIER DA COSTA – MEDICINA TIRADENTES – ETAPA 7 
 
OBS: espaço morto é o espaço entre dois planos de 
tecidos. 
 
Lei dos nós: 
1. Primeira lei: movimentos iguais de mãos opostas 
executam um nó perfeito (ambidestria). 
2. Segunda lei: a ponta do fio que muda de lado 
após a execução do primeiro seminó deve voltar 
ao lado inicial para realizar o outro seminó. 
 
Estrutura básica de um nó: 
• 1º seminó: CONTENÇÃO. 
• 2º seminó: FIXAÇÃO. 
• 3º seminó: SEGURANÇA. 
 
SUTURAS 
Descontínuas: possuem vantagens a independência dos 
pontos (o que impede que o comprometimento de um 
único ponto interfira em todo o trabalho), menor 
quantidade de corpo estranho dentro do tecido com 
consequente menor reação tecidual, menos isquemiante, 
maior fixação e segurança. Como desvantagens pode-se 
citar o fato de serem menos hemostáticas, mais 
trabalhosas, mais demoradas e possuírem maior custo. 
 
• Ponto descontínuo simples: a derme é 
transposta pela agulha em sua totalidade. A 
agulha penetra a pele a 90º e, na outra derme em 
sua totalidade, sai através da pele. A distância 
entre a entrada da agulha e a incisão em uma 
borda e a saída na outra deve ser a mesma. 
Possui fácil execução e apresenta, como 
desvantagem, uma realização mais demorada. 
Oferece bom confrontamento das camadas 
superficiais e profundas. Pode ser utilizado em 
praticamente todos os tipos de tecidos. 
 
 
• Ponto Donatti ou U vertical (“longe-longe, 
perto-perto”): o início da sutura não difere do 
ponto simples; após isso, antes do nó, o fio 
retorna à borda inicial em plano superficial e à 
frente do anterior. É uma sutura que possui uma 
maior resistência, boa hemostasia e não é 
estética. O componente longe-longe reduz a 
tensão da ferida e oclui o espaço morto 
subjacente, enquanto o componente perto-perto 
produz a aposição delicada das bordas da ferida. 
 
 
• Ponto em X: realiza-se dois pontos simples na 
mesma direção (como se fosse uma sutura 
contínua). Porém, junta-se os dois com um único 
nó. Esse ponto possui maior resistência do que 
simples, e é indicado para áreas sujeitas a 
grandes tensões (como, por exemplo, o 
fechamento de abdômen). Eles têm a 
desvantagem da grande cicatriz que originam e, 
por isso, não se aconselha aplicá-los na pele. Têm 
indicação para tecidos muito vascularizados, 
visto sua boa hemostasia. 
 
 
Contínuas: tem como vantagens uma rápida elaboração, 
é menos trabalhosa, mais hemostática e possui menor 
custo. Suas desvantagens constituem o fato de serem 
mais isquemiantes, haver interdependência dos pontos 
(a perda de um único ponto compromete toda a sutura), 
haver maior quantidade de fio dentro do tecido atuando 
como corpo estranho e favorecer à 
formação de espaço morto. 
 
• Ponto contínuo simples (chuleio): Consiste na 
confecção de pontos simples, seriados e sem 
interrupção. O nó é realizado no início e no final 
da sutura. 
 
 
• Ponto contínuo ancorado (chuleio ancorado): 
realizado da mesma forma que a sutura simples 
contínua, porém com o cruzamento do fio entre 
os nós. 
 
 
 
 
 
 
 
 
VINÍCIUS GABRIEL XAVIER DA COSTA – MEDICINA TIRADENTES – ETAPA 7 
CIRURGIA SEGURA 
A equipe operará o paciente certo, realizará o 
procedimento correto e se atentará à lateralidade 
correta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VINÍCIUS GABRIEL XAVIER DA COSTA – MEDICINA TIRADENTES – ETAPA 7 
ANESTESIA LOCAL 
Definição: anestesia local constitui-se na administração 
de anestésico local no tecido subcutâneo adjacente à 
área a ser abordada; anestésicos locais são 
medicamentos capazes de inibir de forma reversível a 
geração e condução do potencial de ação, bloqueando 
funções sensitivas, motoras e autonômicas de um nervo. 
 
Classificação: 
 
 
Farmacodinâmica: atuam predominantemente pelo 
bloqueio dos canais de sódio da membrana celular 
neuronal, reduzindo a amplitude e a velocidade de 
despolarização da membrana. 
 
Farmacocinética: 
• Fatores que agem na absorção: 
o Quantidade de anestésico. 
o Local de aplicação. 
o Características físico-químicas da 
substância. 
o Associação com vasoconstrictor. 
 
 
OBS: o uso de vasoconstritor acarreta redução da 
perfusão tissular e menor absorção, com menos 
concentração plasmática. 
 
Toxicidade: 
• Reações alérgicas. 
• Comprometimento do SNC. 
• Comprometimento do cardiovascular. 
 
 
Doses máximas: 
• Lidocaína: 5mg/kg (sem vasoconstrictor) x 
7mg/kg (com vasoconstrictor) 
• Bupivacaína: 2mg/kg (sem vasoconstrictor) x 
3mg/kg (com vasoconstrictor) 
• Ropivacaína: 3mg/kg (como possui potente ação 
vasoconstrictora, não se associa a outros 
vasoconstrictores). 
 
 
OBS: os vasoconstrictores não devem ser utilizados nos 
bloqueios em regiões de perfusão sanguínea terminal, 
haja vista maior incidência de isquemia e necrose,como 
nos bloqueios de pênis, dedos, ao nível do punho e 
tornozelo. 
 
Indicação: 
• Pequenos procedimentos cirúrgicos: sutura, 
retirada de pequenos tumores de pele, 
dissecções vasculares, fístulas arteriovenosas etc. 
 
Contraindicação: recusa do paciente, enfermidades 
clínicas associadas que tornem o paciente instável ao 
longo do tempo, injeção no local de punção e alergia ao 
anestésico local a ser utilizado. 
 
Técnica: 
• Antissepsia. 
• Colocação do campo cirúrgico estéril. 
• Infiltração do anestésico nas bordas ou 
perímetro da ferida. 
 
 
Entrar na pele íntegra, no ângulo da ferida, com o bisel 
da agulha para cima, inserindo apenas uma parte da 
agulha em uma angulação de 30 a 45 graus com a pele. 
Logo em seguida devemos aspirar para ver se não 
atingimos nenhum vaso, assim, tendo a certeza que 
VINÍCIUS GABRIEL XAVIER DA COSTA – MEDICINA TIRADENTES – ETAPA 7 
estamos longe do perímetro vascular, injetamos 
gradualmente até que se forme um acúmulo de 
anestésico na pele, o chamado botão anestésico. Após 
isso deve-se, em direção a alguma das bordas do 
ferimento, aprofundarmos a injeção ao máximo. 
Aspiraremos novamente para ter a certeza que não 
atingimos um vaso e então deve-se injetar gradualmente 
o anestésico, ao mesmo tempo que removemos a 
seringa. Essa técnica garante a ampla distribuição do 
anestésico no ferimento. Da mesma forma, deve ser feita 
a outra borda do ferimento. 
 
BLOQUEIOS 
• Bloqueio troncular digital. 
• Bloqueio de Chiu. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VINÍCIUS GABRIEL XAVIER DA COSTA – MEDICINA TIRADENTES – ETAPA 7 
ACESSO VENOSO PERIFÉRICO 
Definição: procedimento que permite uma via de acesso 
ao sistema venoso periférico do paciente através da 
utilização de dispositivos intravenosos. 
 
Indicação: 
• Administração de medicamentos, soluções, 
fluidos e hemocomponentes quando há 
necessidade de acesso rápido ao sistema 
circulatório e ação imediata desses. 
• Permite a infusão de um maior volume de fluidos. 
 
Contraindicações: 
• Infecção, flebite, esclerose de veias, infiltração 
intravenosa prévia, queimaduras ou lesões 
traumáticas proximais ao local de inserção 
(fraturas), fístula arteriovenosa no membro e 
procedimento cirúrgico afetando o membro. 
 
OBS: coagulopatia não é uma contraindicação absoluta, 
mas o procedimento nestes pacientes deve ser realizado 
por profissionais experientes. 
 
OBS: em pacientes com obesidade, baixo peso e 
instabilidade hemodinâmica o acesso venoso periférico 
pode ser difícil. 
 
Onde puncionar: 
• Escolher veias com maior calibre, visibilidade, 
acessibilidade e distanciamento de articulações, 
menor quantidade de válvulas e/ou risco de 
tromboses (vasos dos membros superiores) e 
sem sinais infecciosos próximos ou uso prévio 
recente do vaso. 
• A punção deve ser evitada em regiões com 
grande mobilidade, como articulações. 
• Os locais mais comuns são: as veias medianas 
(cubital ou do antebraço), basílica, cefálica e do 
dorso da mão. 
 
OBS: as veias dos membros inferiores estão associadas a 
um maior risco de tromboembolismo. 
 
 
Material: 
• Garrote (torniquete). 
• Dispositivos endovenosos (cateteres agulhados 
e/ ou flexíveis). 
• Seringas. 
• Conectores (“tampinhas”, polifix, equipos e/ou 
“torneirinha”). 
• Esparadrapos comuns, hipoalérgicos e cirúrgicos. 
• Soluções antissépticas (alcoólicas). 
• Algodões ou gazes. 
• Luvas de procedimentos. 
• Caixa para descarte de materiais 
perfurocortantes. 
OBS: existem dois tipos de dispositivos endovenosos: o 
agulhado (Scalp® ou Butterfly) e o não-agulhado (cateter 
flexível ou cateter sobre agulha) (Abocath®, Jelco®, 
Intima® ou Introcan®). 
• Escalpe/ scalp (butterfly). 
 
• Jelco: quanto maior o número de Gauge (G), 
menor é o calibre do dispositivo (inversamente 
proporcional). 
 
 
Técnica: 
• A avaliação das veias disponíveis inclui a inspeção 
e a palpação. 
• Após selecionar a veia, faz-se a limpeza do local 
com solução antisséptica à base de clorexidina, 
com movimentos circulares, de dentro para fora, 
deixando a área secar completamente. 
• Inicialmente, coloca-se o garrote formando meio 
laço, 8 a 10 cm acima do local de inserção do 
cateter. 
• Insere-se o cateter na veia com o bisel voltado 
para cima em ângulo de 30 graus. 
• Quando o cateter penetra o lúmen da veia, há 
refluxo de sangue, nesse momento deve-se 
diminuir a angulação para 15 graus. 
• Uma vez que a agulha de metal e o cateter de 
plástico estão no lúmen da veia, avança-se o 
cateter em direção à veia, retirando a agulha 
simultaneamente. Após a inserção completa do 
cateter na veia, remove-se o garrote. 
• Deve-se fixar o cateter e identifica-lo com a data, 
a hora, o número do dispositivo e o nome do 
profissional. 
 
Complicações: 
• Dor, equimose pós-punção, infecção bacteriana, 
extravasamento de fluidos e drogas, flebite, 
trombose, embolia e lesão nervosa. 
VINÍCIUS GABRIEL XAVIER DA COSTA – MEDICINA TIRADENTES – ETAPA 7 
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO 
3 vias: intramuscular, subcutânea e intradérmica. 
Materiais: 
• Seringa e agulhas adequadas. 
• Luvas de procedimento. 
• Compressa, gaze ou algodão embebido com 
álcool. 
• Esparadrapo. 
 
Contraindicações: área de aplicação inflamada, 
infeccionada ou edemaciada, cicatrizes, coagulopatia, 
doença vascular periférica oclusiva, terapia trombolítica 
e choque. 
 
Complicações: abscesso, depósitos de medicação não 
absorvida, fibrose local, flebite, sangramento, 
fenômenos alérgicos e embolia. 
 
INTRAMUSCULAR (IM) 
Depositam o medicamento profundamente no tecido 
muscular. 
Permite infusão de substâncias oleosas. 
Absorção de médio/ longo prazo. 
 
• Deltoide: 
Volume: até 2 ml. 
Indicado para pequenos volumes medicamentosos, 
quando administrar imunizações ou quando outros locais 
são inacessíveis. 
 
Técnica: 
o Identificar o processo acromial e o ponto 
do lado do braço alinhado com a axila. 
o Inserir a agulha 2,5 a 5 cm abaixo do 
processo acromial, em geral dois a três 
dedos, com o bisel lateralizado, em um 
ângulo de 90° em direção ao processo. 
 
OBS: existe um potencial para a lesão porque os nervos 
axilar e radial, e a artéria braquial se situam dentro da 
parte superior do braço sob o tríceps e ao longo do 
úmero. 
 
• Glúteo ventral: 
Volume: 5ml. 
Indicado para os medicamentos que apresentam 
volumes maiores e são mais viscosos e irritantes. 
 
Técnica: 
o Traçar uma linha a partir da espinha ilíaca 
superior posterior até o trocanter maior 
do fêmur e injetar acima e externamente 
a ela, ou dividir a nádega do paciente em 
quadrantes e injetar no quadrante 
superior externo 
 
OBS: a localização do nervo ciático deve ser bem 
conhecida para evitar complicações. 
 
• Vasto lateral: 
Volume: 4ml. 
Indicado para crianças e pessoas agitadas (músculo 
espesso e sem estruturas anatômicas que envolva maior 
risco). 
 
Técnica: dividir a face lateral da coxa em terços e realizar 
a aplicação entre o 2º e 3º terço, com angulação de 90°. 
 
 
SUBCUTÂNEA (SC) OU HIPODÉRMICA 
Deposita o medicamento no tecido subcutâneo, 
causando menor traumatismo tecidual e implicando 
menor risco de atingir grandes vasos e nervos; nesse 
caso, o fármaco é absorvido de forma lenta através dos 
capilares. 
Volume: 1 ml. 
Indicada para anticoagulantes e hipoglicemiantes. 
As principais áreas de aplicação são: coxins gordurosos 
no abdome, as partes superior e lateral das coxas, as 
nádegas e as regiões medial e posterior dos braços. 
Deve-se fazer rodízio dos locais: ao utilizar a mesma área 
novamente, selecionar um local diferente. 
 
Técnica: 
o Segurar a pele com a mão não dominante 
e levantar o tecido subcutâneo, 
formando uma prega de gordura 
o Introduzir em um ângulo de 45 com a 
superfície cutânea, com o bisel para cima. 
VINÍCIUS GABRIEL XAVIER DA COSTA – MEDICINA TIRADENTES– ETAPA 7 
 
 
 
INTRADÉRMICA 
Indicada para teste de reação de hipersensibilidade 
(teste alergênico/teste tuberculínico). 
Volume: 0,1 – 0,5 ml. 
Local: face interna do antebraço (buscar locais com fácil 
visualização e mínima pilificação). 
Técnica: aplicar em um ângulo de 15°. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VINÍCIUS GABRIEL XAVIER DA COSTA – MEDICINA TIRADENTES – ETAPA 7 
TRAUMA ABDOMINAL COM EVISCERAÇÃO 
Definição: saída de vísceras por ferimentos abdominais 
Técnica: 
• Limpar essas vísceras de detritos grosseiros com 
soro fisiológico e cobri-las com plástico 
esterilizado próprio para esse fim ou com 
compressas úmidas a fim de isolá-las do meio 
ambiente. 
• Em hipótese alguma, tentar reintroduzir as 
vísceras no abdômen, porque o sangramento se 
agrava ou propicia o extravasamento de fezes. 
• Em casos de objetos que penetrem no abdômen, 
como pedaços de ferro, madeira ou outros, 
nunca os retirar; corte-os, se necessário, e 
proteja-os para que não se movam durante o 
transporte; esses corpos estranhos só podem ser 
retirados em centro cirúrgico, onde haja 
condições de controlar o sangramento. 
 
CURATIVO PARA PNEUMOTÓRAX ABERTO 
(ferida torácica aspirativa) 
Quando suspeitar: 
• Presença de dor torácica no local do impacto e 
queixa de dispneia. 
• Ferimento aberto na parede torácica que 
provoca ruído aspirativo durante a inspiração e 
borbulhamento durante a expiração. 
 
O que acontece: 
• O equilíbrio entre as pressões intratorácica e 
atmosférica é imediato. O ar tende a passar pelo 
local de menor resistência; por isso, se a abertura 
da parede torácica é de aproximadamente dois 
terços do diâmetro da traqueia ou maior, nos 
esforços ventilatórios o ar passa 
preferencialmente pela lesão da parede. Por isso, 
a ventilação efetiva é prejudicada, resultando em 
hipóxia e hipercapnia. 
 
Tratamento: 
• Constitui-se no fechamento imediato da lesão 
através de um curativo estéril. 
• O curativo deve ser grande o suficiente para 
encobrir todo o ferimento e fixado com fita 
adesiva em três de seus lados para produzir um 
efeito de válvula unidirecional. 
• Quando o doente inspira, o curativo oclui o 
ferimento, bloqueando a entrada de ar. 
• Na expiração, o lado que não está fixado permite 
o escape de ar de dentro da cavidade pleural. 
• A fixação dos quatro lados do curativo pode 
causar acúmulo do ar no espaço pleural, 
resultando num pneumotórax hipertensivo, a 
menos que o tórax esteja drenado. 
• Qualquer curativo oclusivo (gaze vaselinada, 
lâmina de plástico, etc.) pode ser usado como 
medida temporária de modo a permitir que a 
avaliação prossiga rapidamente. 
• Em geral, o ferimento necessita ser fechado 
definitivamente por procedimento cirúrgico. 
Técnica: 
• Curativo quadrangular que cubra todas as bordas 
da lesão. 
• Apenas três de seus lados devem ser fixados com 
esparadrapo ou similar. 
• Deve ser utilizado material impermeável (plástico 
de embalagens de gaze). 
 
 
IMOBILIZAÇÃO PROVISÓRIA 
Para traumas com evidente ou possibilidade de fratura. 
 
Objetivos: 
• Estabilizar para o transporte. 
• Diminuir a lesão de partes moles provocada pela 
fratura. 
 
OBS: como princípio, deve envolver as duas articulações 
adjacentes à lesão. 
• Deformidade no membro → imobilizar 
articulações proximais e distais. 
o Exemplo: 
▪ Deformidade na perna → 
imobilizar também joelho e 
tornozelo. 
• Lesões articulares → estabilizar articulação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VINÍCIUS GABRIEL XAVIER DA COSTA – MEDICINA TIRADENTES – ETAPA 7 
TORACOCENTESE 
Definição: punção torácica com o objetivo de abordar a 
cavidade pleural. 
 
Indicação: 
• Diagnóstica: coleta de amostra do derrame 
pleural para elucidação diagnóstica. 
• Terapêutica ou de alívio: retirada de maior 
volume para melhora da mecânica ventilatória. 
 
Contraindicações: 
• Absolutas: não existem. 
• Relativas: 
o Distúrbios da coagulação. 
o Lesões cutâneas. 
o Volume de derrame pleural <10mm na 
radiografia de tórax em decúbito lateral. 
o Ventilação mecânica? 
 
Anatomia topográfica: 
• A cavidade pleural é revestida pelas pleuras 
visceral e parietal. 
• A pleura visceral não possui sensibilidade para 
dor. 
• O feixe neurovascular situa-se na borda inferior 
das costelas. 
 
Técnica: 
• Posicionamento adequado: 
o Paciente sentado, ligeiramente inclinado 
para a frente, apoiando-se em uma mesa 
posicionada à sua frente. O ponto 
desejado localiza-se abaixo da ponta da 
escápula, aproximadamente ao nível do 
10o espaço intercostal (8o espaço 
intercostal?), por ser o ponto mais baixo. 
o Nos pacientes impossibilitados de sentar, 
a toracocentese deve ser realizada com o 
paciente em decúbito dorsal, cabeceira 
da cama elevada (45º) e abordagem ao 
nível do 7o espaço intercostal, entre a 
linha axilar média e a posterior. 
o Uma alternativa é realizar a percussão do 
hemitórax acometido para determinação 
da região a ser abordada. 
 
• Antissepsia. 
• Anestesia local na borda superior da costela 
inferior para não lesar o feixe vasculonervoso. 
• Punção com jelco e aspiração contínua. 
• Retorno positivo de líquido pleural, instalado 
equipo de 3 vias e coletado material para análise 
ou equipo com bolsa coletora. 
o O procedimento deve ser interrompido 
se o paciente apresentar desconforto 
respiratório, dor torácica, tosse ou 
hipotensão. 
o Não existe um volume máximo de líquido 
a ser esvaziado, porém, quando realizar o 
esvaziamento de grandes volumes, retirá-
lo de forma lenta, a fim de prevenir o 
edema de reexpansão pulmonar → a 
retirada de volumes superiores a 1.500 ml 
(ou 1000ml?) de líquido por sessão 
aumenta o risco de edema de reexpansão 
pulmonar. 
 
Complicações: 
• Pneumotórax. 
• Hemotórax 
• Reflexo vago-vagal 
• Dor e tosse. 
• Infecção local. 
• Lacerações hepáticas ou esplênicas. 
 
OBS: CRITÉRIOS DE LIGHT 
 
 
OBS: QUILOTÓRAX: caracteriza-se pela presença de 
quilo, rico em triglicerídeos e quilomícrons, no espaço 
pleural, proveniente de ruptura, laceração ou obstrução 
do ducto torácico. 
 
OBS: a ultrassonografia do tórax pode auxiliar em 
localização, quantificação e características do líquido. 
 
OBS: PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO 
• Caráter emergencial. 
• Medida salvadora. 
 
Técnica: 
• 2º espaço intercostal na linha hemiclavicular. 
• 5º espaço intercostal na linha hemiaxilar anterior. 
 
PERICARDIOCENTESE 
Definição: procedimento de alívio emergencial ao 
tamponamento cardíaco (acúmulo de líquido no 
pericárdio dificultando/impedindo contratilidade 
cardíaca). 
 
Indicações: 
• Tríade de Beck (tamponamento cardíaco): 
o Abafamento (hipofonese) das bulhas 
cardíacas. 
o Elevação da pressão venosa central: 
distensão (turgência) das veias jugulares. 
o Hipotensão. 
o Aumento da silhueta cardíaca na 
radiografia. 
• Pulso paradoxal: redução de > 10 mmHg na PAS 
durante a inspiração. 
VINÍCIUS GABRIEL XAVIER DA COSTA – MEDICINA TIRADENTES – ETAPA 7 
• Dispneia e taquipneia. 
 
Fatores de risco: 
• Doenças metastáticas. 
• Radiação mediastinal. 
• Doença renal grave. 
• Tuberculose. 
• Trauma torácico. 
• Cirurgia cardíaca recente. 
 
OBS: tamponamento cardíaco deve ser considerado 
como uma possível causa de PCR em AESP (atividade 
elétrica sem pulso). 
 
Contraindicações: 
• Absolutas: não existem. 
• Relativas: 
o Derrame pericárdico traumático + 
instabilidade hemodinâmica (taquicardia 
+ hipotensão) → indicação para 
toracotomia de emergência. 
o Rotura miocárdica. 
o Dissecção aórtica. 
o Discrasia sanguínea (distúrbio 
hemorrágico). 
Materiais: 
• Carrinho de parada com medicações para RCP. 
• Monitorização hemodinâmica. 
• Campos estéreis. 
• Jelco. 
• Seringa. 
• Luvas estéreis. 
• Quando disponível, USG à beira do leito. 
 
Anatomia palpatória: Antes de iniciar o procedimento, 
localize o pontode referência de superfície apropriado 
palpando o processo xifoide. 
 
 
 
 
Técnica: 
• Posicionamento: elevação do dorso de 30-45º. 
• Antissepsia. 
• Anestesia local (quando possível). 
• Campos estéreis. 
• Punção com agulha de raquianestesia com guia, 
subxifóidea com angulação de 45º em direção ao 
ombro esquerdo. 
• Acompanhar ritmo em monitorização cardíaca 
(atentar para elevação do segmento ST). 
• Aspirado conteúdo até estabilização e ausência 
de retorno. 
 
Cuidados pós-procedimento: 
• USG para visualizar diminuição do fluido e 
atividade cardíaca. 
• Radiografia de tórax (risco de pneumotórax ou 
derrame pleural). 
• Manter monitorização. 
 
Complicações: 
• Arritmias. 
• Perfuração miocárdica. 
• Pneumotórax. 
• Lesão coronariana. 
• Perfuração peritoneal. 
• Lesão hepática/gástrica. 
• Lesão diafragmática. 
 
OBS: A pericardiocentese guiada por ultrassom é 
recomendado, pois permite a visualização direta da 
agulha conforme ela entra no derrame pericárdico e 
pode ajudar o médico a determinar qual abordagem tem 
maior probabilidade de drenar o líquido pericárdico com 
sucesso. 
 
OBS: A técnica às cegas está associada a uma taxa 
superior de complicações do que as técnicas guiadas por 
ultrassonografia ou cardiografia e, portanto, deve ser 
realizada apenas em caso de emergência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VINÍCIUS GABRIEL XAVIER DA COSTA – MEDICINA TIRADENTES – ETAPA 7 
INTUBAÇÃO ENDOTRAQUEAL 
Definição: é a introdução de um tubo para assegurar 
controle definitivo da via aérea, possibilitando a 
ventilação controlada, além de possibilitar a aspiração 
das vias respiratórias e protegê-las de aspiração. 
 
Indicações: qualquer situação em que seja necessária 
uma via respiratória definitiva. 
• Parada cardíaca ou respiratória. 
• Falha em proteger a via aérea de aspiração. 
• Oxigenação ou ventilação inadequadas. 
• Obstrução iminente ou existente de via aérea. 
• Cuidado do doente com doença multissistêmica 
ou traumatizado (escala de coma de Glasgow 
≤8). 
• Controle de via aérea durante procedimentos 
que requerem anestesia geral. 
 
Contraindicações: 
• Absoluta: nenhuma. 
• Relativa: 
o Fratura instável da coluna cervical: a 
intubação deve ser realizada com 
rigoroso alinhamento e estabilização da 
coluna cervical. 
o Trauma facial grave: os debris e o sangue 
podem impedir a visualização das pregas 
vocais (cricotireotomia deve ser 
considerada nesta situação). 
 
Preditores de via aérea difícil: 
• Tumores, trauma, queimadura, edema e 
infecções de tecidos moles da faringe ou laringe 
(podem distorcer a via aérea, tornando a 
intubação endotraqueal dificultosa). 
• Histórico de intubação difícil, mobilidade limitada 
do pescoço, mandíbula pequena, estruturas 
faríngeas pouco visíveis através da boca aberta 
com a língua extrusada, capacidade limitada de 
abrir a boca, ou uma proeminência laríngea 
próxima ao mento. 
 
OBS: via aérea difícil é definida quando a intubação 
traqueal por laringoscopia convencional requerer mais 
de 3 tentativas ou demorar mais de 10 minutos para ser 
realizada. 
 
Classificação de Mallampatti: 
Classe I: palato mole, fauce, úvula e pilares amidalinos 
visíveis. 
Classe II: palato mole, fauce e úvula visíveis. 
Classe III: palato mole e base da úvula visíveis. 
Classe IV: palato mole totalmente não visível. 
 
Classificação de Comarck e Lehane: 
Grau I: glote bem visível. 
Grau II: somente a parte posterior da glote é visualizada. 
Grau III: somente a epiglote pode ser visualizada. 
Grau IV: nem a epiglote, nem a glote podem ser 
visualizadas. 
 
 
Materiais: 
• Luvas. 
• Protetor facial. 
• Sistema de sucção funcional. 
• Bolsa-válvula-máscara (Ambu) conectada a uma 
fonte de oxigênio. 
• Tubo endotraqueal com fio guia. 
• Seringa de 10 ml. 
• Estetoscópio. 
• Laringoscópios com lâminas apropriadas. 
o Os dois principais tipos de lâminas de 
laringoscópio são a lâmina Macintosh, 
que é curva, e a lâmina Miller, que é reta. 
o Uma lâmina Macintosh tamanho 3 ou 4 
ou uma lâmina Miller tamanho 2 ou 3 
pode ser usada na maioria dos pacientes 
adultos. 
Preparação: 
• Certifique-se de que todo o equipamento esteja 
prontamente acessível e funcionando, que o 
pessoal esteja devidamente preparado e que o 
consentimento informado por escrito tenha sido 
obtido do paciente ou do representante de saúde 
do paciente, se a situação clínica permitir. 
• Infle o balão (cuff) do tubo endotraqueal para 
verificar se há vazamentos. 
• Insira o fio-guia no tubo endotraqueal, mantendo 
a curva natural do tubo. 
• Certifique-se de que a ponta do fio-guia não 
ultrapassa a extremidade do tubo. 
• Obtenha acesso intravenoso e coloque o 
paciente em um monitor se o tempo e as 
condições permitirem. 
• Coloque o paciente na posição do “cheirador” ou 
“olfativa” (sniff position), colocando um 
travesseiro ou toalha dobrada sob o occipital do 
paciente (essa combinação de flexão do pescoço 
e extensão da cabeça melhora o alinhamento dos 
eixos da cavidade oral, faringe e laringe, 
facilitando a visualização ideal das cordas vocais). 
 
VINÍCIUS GABRIEL XAVIER DA COSTA – MEDICINA TIRADENTES – ETAPA 7 
• Se a situação clínica permitir, pré-oxigenar o 
paciente, fazendo com ele respire oxigênio a 
100% através de um Ambu por pelo menos 3 
minutos antes da intubação. 
• Remova as próteses superiores e inferiores do 
paciente, se houver, imediatamente antes da 
laringoscopia. 
• Solicitar que um dos assistentes aplique uma 
pressão firme na cartilagem cricóide: 
o Manobra de Sellick: comprime as paredes 
flexíveis do esôfago entre a cartilagem 
cricóide e as vértebras cervicais, 
prevenindo teoricamente a regurgitação 
passiva do conteúdo gástrico. 
 
Técnica: 
• Posicione seu corpo de forma que seus olhos 
fiquem longe o suficiente do paciente para 
facilitar a visão binocular. 
• Enquanto segura o laringoscópio com a mão 
esquerda, abra a boca do paciente com a mão 
direita. 
• Insira a lâmina do laringoscópio à direita da 
língua do paciente. 
• Gradualmente, mova a lâmina para o centro da 
boca, empurrando a língua para a esquerda. 
• Avance lentamente a lâmina e localize a epiglote. 
• Se estiver usando uma lâmina curva, coloque a 
ponta na valécula epiglótica, que fica entre a 
base da língua e a epiglote. 
• Com a ponta da lâmina posicionada 
corretamente, levante o laringoscópio para cima 
e para frente em um ângulo de 45 graus para 
expor as cordas vocais. 
• Enquanto segura o tubo endotraqueal com a 
mão direita e mantém a visão das cordas vocais, 
insira o tubo endotraqueal no lado direito da 
boca do paciente. 
• Passe o tubo pelas cordas vocais até que o balão 
desapareça na traqueia. 
• Remova o fio guia e avance o tubo até que o 
balão esteja 3 a 4 cm além das cordas vocais. 
• Infle o balão endotraqueal com ar. 
• A extremidade do tubo endotraqueal deve situar-
se no meio da traqueia, 3 a 7 cm acima da carina. 
• Confirme a colocação adequada do tubo 
esofágico auscultando o epigástrio durante a 
ventilação com pressão positiva. 
• Ausculte ambos os pulmões (lobos superior e 
inferior) para confirmar que há movimento de ar 
bilateral igual. 
• Fixe o tubo endotraqueal à cabeça do paciente 
com esparadrapo depois de confirmar que o tubo 
está na posição correta. 
 
Complicações: 
• Intubação esofágica não reconhecida (pode levar 
a hipoxemia, hipercapnia e morte). 
• Vômitos. 
• Aspiração do conteúdo gástrico, causando 
pneumonite ou pneumonia. 
• Bradicardia. 
• Laringoespasmo. 
• Broncoespasmo 
• Apneia. 
• Trauma nos dentes, lábios e cordas vocais e 
exacerbação de lesões na coluna cervical 
também podem ocorrer. 
 
OBS: técnicas básicas de manejo de vias aéreas. 
Manobra de elevação do mento (Chin-Lift): indicada para 
pacientes de agravos clínicos nas quais não há suspeita 
de lesão raquimedular ou história de trauma. 
 
Manobra de tração da mandíbula (Jaw Thrust): indicada 
para pacientes de agravos traumáticos emque há 
suspeita de lesão raquimedular e/ou história 
de trauma.

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