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Florestan Fernandes
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
	Florestan Fernandes
	
	Deputado federal de  São Paulo
	Período
	1986 a 1995
	Vida
	Nascimento
	22 de julho de 1920
São Paulo, SP
	Morte
	10 de agosto de 1995 (75 anos)
São Paulo, SP
	Dados pessoais
	Partido
	PT
	Profissão
	sociólogo
	
Florestan Fernandes (São Paulo, 22 de julho de 1920 — São Paulo, 10 de agosto de 1995) foi um sociólogo e políticobrasileiro. Foi deputado federal pelo Partido dos Trabalhadores [1] .
Índice
  [esconder] 
· 1Biografia
· 1.1Carreira
· 2Principais obras
· 3Ver também
· 4Ligações externas
· 5Bibliografia
· 6Referências
Biografia[editar | editar código-fonte]
Segundo seus relatos, Florestan Fernandes teve, ainda criança, o interesse pelos estudos despertado, principalmente pela diversidade dos lugares onde passou sua infância. Afilhado de Hermínia Bresser de Lima, filha de Carlos Augusto Bresser, Florestan aprendeu com ela a dedicação aos estudos: "O fato é que embora eu não estudasse organizadamente, pelo fato de ter nascido na casa de dona Hermínia Bresser de Lima aprendi o que era livro, a importância de estudar e com pouco mais de seis anos adquiri uma disciplina." [2] Filho de mãe solteira, não conheceu o pai. O avô materno trabalhou como colono numa fazenda no interior de São Paulo, morreu de tuberculose e a mãe, após se mudar para a capital paulista, trabalhou como empregada doméstica [3] . Ganhou o nome do motorista de sua madrinha (que era alemão), amigo de sua mãe. Começou a trabalhar, como auxiliar numa barbearia, aos seis anos de idade. Também foi engraxate. Viveu entre a "grande casa" de sua madrinha, na esquina entre as ruas Bresser e Celso Garcia e cortiços, em diversos pontos da cidade[4] . Estudou até o terceiro ano do primeiro grau. Só mais tarde, voltaria a estudar, fazendo curso de madureza, estimulado por frequentadores do bar Bidu, no centro de São Paulo, onde trabalhava como garçom[5] .
Em 1941, Florestan ingressou na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, formando-se em ciências sociais. Iniciou sua carreira docente em 1945, como assistente do professor Fernando de Azevedo, na cadeira de Sociologia II. Na Escola Livre de Sociologia e Política, obteve o título de mestre com a dissertação "A organização social dos Tupinambá". Em 1951 defendeu, na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, a tese de doutoramento "A função social da guerra na sociedade tupinambá", posteriormente consagrado como clássico da etnologia brasileira, que explora o método funcionalista.
Uma linha de trabalho característica de Florestan nos anos 50 foi o estudo das perspectivas teórico-metodológicas da sociologia. Seus ensaios mais importantes acerca da fundamentação da sociologia como ciência foram, posteriormente, reunidos no livro "Fundamentos empíricos da explicação sociológica"[6] . Seu comprometimento intelectual com o desenvolvimento da ciência no Brasil, entendido como requisito básico para a inserção do país na civilização moderna, científica e tecnológica, situa sua atuação na Campanha de Defesa da Escola Pública, em prol do ensino público, laico e gratuito enquanto direito fundamental do cidadão do mundo moderno[1] .
Em 1960, juntamente com outros intelectuais brasileiros, participa da criação da União Cultural Brasil-União Soviética, atual União Cultural pela Amizade dos Povos. [7]
Carreira[editar | editar código-fonte]
Durante o período, foi assistente catedrático, livre docente e professor titular na cadeira de Sociologia, substituindo o sociólogo e professor francês Roger Bastide em caráter interino até 1964, ano em que se efetivou na cátedra, com a tese "A integração do negro na sociedade de classes". Como o título da obra permite entrever, o período caracteriza-se pelo estudo da inserção da sociedade nacional na civilização moderna, em um programa de pesquisa voltado para o desenvolvimento de uma sociologia brasileira[1] .
Nesse âmbito, orientou dezenas de dissertações e teses acerca dos processos de industrialização e mudança social no país e teorizou os dilemas do subdesenvolvimento capitalista[6] . Inicialmente no bojo dos debates em torno das reformas de base e, posteriormente, após o golpe de Estado, nos termos da reforma universitária coordenada pelos militares, produziu diagnósticos substanciais sobre a situação educacional e a questão da universidade pública, identificando os obstáculos históricos e sociais ao desenvolvimento da ciência e da cultura na sociedade brasileira inserida na periferia do capitalismo monopolista[1] .
Aposentado compulsoriamente pela ditadura militar em 1969, foi Visiting Scholar na Universidade de Columbia, professor titular na Universidade de Toronto e Visiting Professorna Universidade de Yale e, a partir de 1978, professor na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Em 1975, veio a público a obra "A revolução burguesa no Brasil"[6] , que renova radicalmente concepções tradicionais e contemporâneas da burguesia e do desenvolvimento do capitalismo no país, em uma análise tecida com diferentes perspectivas teóricas da sociologia, que faz dialogar problemas formulados em tom Max Weber com interpretações alinhadas à dialética marxista[5] . No inicio de 1979, retornou a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, agora reformada, para um curso de férias sobre a experiência socialista em Cuba, a convite dos estudantes do Centro Acadêmico de Ciências Sociais. Em suas análises sobre o socialismo, apropriou-se de variadas perspectivas do marxismo clássico e moderno, forjando uma concepção teórico-prática que se diferencia a um só tempo do dogmatismo teórico e da prática de concessões da esquerda. Em 1986 foi eleito deputado constituinte pelo Partido dos Trabalhadores, tendo atuação destacada em discussões nos debates sobre a educação pública e gratuita[5] . Em 1990, foi reeleito para a Câmara. Tendo colaborado com a Folha de S. Paulo desde a década de 1940, passou, em junho de 1989, a ter uma coluna semanal nesse jornal.
O nome de Florestan Fernandes está obrigatoriamente associado à pesquisa sociológica no Brasil e na América Latina. Sociólogo e professor universitário, com mais de cinquenta obras publicadas, ele transformou o pensamento social no país e estabeleceu um novo estilo de investigação sociológica, marcado pelo rigor analítico e crítico, e um novo padrão de atuação intelectual.[8]
O ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso, que foi orientado em seus trabalhos acadêmicos por Florestan, estabeleceu com ele forte relação afetiva, mantida até a morte do sociólogo[6] .
Florestan, com graves problemas no fígado, em 1995, submeteu-se a um transplante de fígado mal sucedido no Hospital das Clínicas de São Paulo, realizado pelo professorSilvano Raia. Porém morreu de problemas em uma diálise devido à falha humana.
	'A revolução burguesa no Brasil' contempla um amplo período histórico que se estende do movimento da Independência, momento de constituição da nação, aos desdobramentos do golpe militar de 1964, período de enraizamento final dos valores burgueses. 'A revolução burguesa no Brasil' representa a crise do poder burguês. Uma vez que a classe não conciliou revolução econômica e revolução nacional, coube ao Estado a tarefa de ser o elo entre os interesses privados e o poder público, debilitando o seu papel político abrangente.Ao perpetuar-se o drama de origem da nossa formação burguesa, emergiu deformidade histórica geradora de uma identidade que escapa à caracterização canônica. Entre os principais temas deste livro, estão - As origens da Revolução Burguesa; A formação da ordem social competitiva; Revolução Burguesa e capitalismo dependente.
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A ditadura é chamada por Florestan de : A revolução burguesa. Os autores que partilhavam das mesmas ideias de Florestan, como Caio Prado eWerneck Sodré, tiveram também seus debates totalmente abandonados e nunca retomados por esta sociedade. 
Esta obra de Florestan debate a formação desta sociedade, como ela cristaliza padrões de dominação e dialoga a respeitos dos possíveis caminhos alternativos. 
A democracia em Florestan, pode ser avaliada pela possibilidade das classes dominadas de se mobilizarem para lutar por direitos coletivos e pela tolerância que esta sociedade tem em relação a isso. 
Partindo deste conceito, o autor considera que no Brasil há uma democracia restrita. Isto quer dizer que há um comportamento duplo por parte do Estado que, com os "de cima" terá como ferramenta a comunicação e conciliação e como os "de baixo' a coerção e violência como modelo de gestão do capital. 
A sociedade brasileira cristalizou as estruturas sociais e implementou um padrão de democracia dominante( com a burguesia na direção) com o objetivo de impedir a emergência da classe dominada como sujeito histórico. Aqui, o capitalismo não está em questão. Ele foi sedimentado e cristalizado tal como está. 
Para Florestan, o Brasil vive o capitalismo dependente, Em termos, o capitalismo brasileiro não é nacional, mas dependente. Apresenta uma conjuntura interna de controle da classe proletária pela via da coerção, uma superexploração dos trabalhadores e uma onipotência interna aliada a uma grande dependência externa. A ditadura foi o desfecho a revolução burguesa. 
O momento vivido pelo imperialismo conferiu ao Brasil um certo raio de manobra, uma vez que , a ditadura implanta aqui tornou-se importante estrategicamente para conter as ideias vindas de Cuba e que ganhavam corpo e força na América latina. 
Tal foi sua importância, que impulsionou o Brasil para a modernização do padrão de dominação oligárquico e alinhou esta aos padrões de dominação do capitalismo monopolista. 
Uma característica deste capitalismo dependente é a discrepância entre o real e o formal. O Estado apresenta-se como educado, ma mas na prática é brutal . Basta observar o tratamento conferido a movimentos sociais por exemplo. 
O momento vivido pela classe operaria brasileira é de um milagre econômico que gerou muitos empregos industriais por conta da internacionalização do parque industrial brasileiro. 
Mas o autor Caio Prado, alertava que tal internacionalização seria uma faca de dois gumes pois a curto prazo produziria a geração de riqueza e empregos, mas a longo prazo geraria o desmonte ou a desindustrialização do parque industrial brasileiro.Segundo ele, só haviam duas alternativas: a barbárie ou a revolução. Florestan argumenta que entre essas duas opções havia a contra revolução que foi o caminho tomado pela democracia restrita brasileira. 
Com o avançar do imperialismo para uma fase superior, o que se percebeu foi a retirada das empresas internacionais do parque industrial brasileiro e o desmonte daquilo que se percebia a nível econômico e da produção de empregos industriais. 
Esta conjuntura externa, vai achatar e provocar um grande rebuliço na conjuntura interna deste país que se apoiava na superexploração e coerção da classe dominada. 
Isto aconteceu porque, ao contrario da solicitação anterior do imperialismo que era conter as ideias vinas de Cuba, o que se queria agora era uma sociedade com padrão de consumo que pudesse movimentar a economia. 
Segundo Florestan, este é o capitalismo ainda mais instável. É o momento de desmonte na só do parque industrial internacional como também o desmonte da nação. 
Para Florestan a saída seria somente uma revolução, uma vez que dentro dos marcos do capital não ha espaço para diálogos e questionamento que mexam nas estruturas do capitalismo em seu auge de desenvolvimento. 
Mezaros argumenta que esta fase superior do imperialismo geraria uma crise na estrutura do capital 
Pe
s
quisar dentro

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