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Tipos e causas de derrame pleural O derrame pleural é dividido basicamente em dois tipos, transudativo e exsudativo, sendo esta diferença importante para o estabelecimento da causa. O líquido pleural transudativo é claro e transparente, e não possui células, baixa concentração de proteínas, e indica um acúmulo de um líquido semelhante ao líquido pleural normal. O derrame pleural tipo transudato é normalmente causado por: insuficiência cardíaca congestiva: A insuficiência cardíaca congestiva é a causa mais comum de transudato. A história clínica deve investigar dispnéia de esforço, dispnéia paroxística noturna ou ortopnéia, edema de membros inferiores e noctúria. O exame físico pode pode apresentar estase jugular, ritmo de galope com presença de terceira bulha e ainda estertores basais à ausculta pulmonar. Pacientes portadores de insuficiência cardíaca que fazem a utilização de remédios diuréticos, o derrame pleural pode apresentar-se como um exsudato na análise pelos critérios de Light. Nesta situação, recomenda-se medir o gradiente sérico-pleural de albumina como parâmetro a se chegar num melhor resultado. Hidrotórax hepático A presença de derrame pleural em casos de cirrose hepática e ascite documentadas facilitam o diagnóstico de hidrotórax hepático. Porém, alguns casos avaliam a ausência de ascite, dificultando a clareza do diagnóstico. A maioria dos pacientes com hidrotórax hepático apresentam derrame pleural à direita, por conseqüência de alterações anatômicas na superfície diafragmática que permitem a passagem de líquido do compartimento de maior pressão (peritônio) para o de menor pressão que é na cavidade pleural. Síndrome nefrótica Aproximadamente 20% dos pacientes que possuem síndrome nefrótica cursam com derrame pleural crônico, geralmente bilateral. Embora a causa mais comum do derrame seja a diminuição da função renal e suas consequências, deve também ser considerada a possível associação de embolia pulmonar, da qual a ocorrência é elevada nestes pacientes. Urinotórax O urinotórax ocorre quando há presença de urina no espaço pleural, facilmente identificada pelo aspecto e odor característico do líquido e confirmada pela dosagem de creatinina pleural acima do normal, podendo estar relacionada à redução dos valores no líquido pleural de pH e glicose. O extravasamento de urina para o tórax ocorre, na maioria das vezes, quando há obstrução das vias urinárias resultante de lesões traumáticas. CAUSAS MAIS FREQUENTES DE EXSUDATO PLEURAL O líquido pleural exsudativo é rico em proteínas e células inflamatórias, tem aparência viscosa e opaca, e as vezes apresenta sinais de sangue misturado, sendo capaz em alguns casos de infecções se apresentar tipicamente como uma coleção de pus. O derrame pleural tipo exsudato, geralmente ocorre por inflamação da pleura, podendo ser causado por vários tipos diferentes de doenças, incluindo infecções, doenças sistêmicas e cânceres. As doenças mais comuns que causam derrame pleural exsudativo são: Derrame parapneumônico e empiema Este derrame é o acúmulo de fluido pleural exsudativo, associado à pneumonia e se desenvolve quando a produção do líquido pleural excede a capacidade de drenagem linfática da pleura parietal. O empiema é um derrame parapneumônico complicado, com secreção purulenta e espessa. Da maneira em que derrame pleural evolui, é ativada uma cascata de coagulação que leva à diminuição da fibrinólise e deposição de fibrina, causando as loculações e espessamento pleura. Derrame pleural maligno O derrame pleural maligno é causado por um câncer que cresce no espaço pleural. Cerca da metade dos pacientes com câncer apresentam derrame pleural. Mais de 75% dos pacientes com derrame pleural maligno tem linfoma, câncer de mama, pulmão ou ovário. Derrame pleural por tuberculose Todos os pacientes com derrame pleural crônico não diagnosticado devem ser avaliados para tuberculose, pois, embora o derrame possa desaparecer espontaneamente, há 50% de possibilidade do desenvolvimento de tuberculose pulmonar ou extrapulmonar em cinco anos.(2) O líquido pleural é normalmente um exsudato linfocítico, com valores de adenosina deaminase acima de 40 UI/l ou de interferon gama acima de 140 pg/ml. Entretanto, na infecção aguda por tuberculose o líquido pleural pode se apresentar com predomínio de polimorfonucleares e a dosagem destes marcadores pode não ser conclusiva. Neste sentido, devemos observar que valores abaixo de 5% de mesoteliócitos, associados à relação entre linfócitos e neutrófilos maior que 0,75 no líquido pleural, são fortemente sugestivos de tuberculose pleural.(2,15-16) O uso do teste tuberculínico em nosso meio tem pouco valor diagnóstico, fazendo com que o resultado negativo não afaste o diagnóstico de tuberculose. Entretanto, o seu resultado positivo, juntamente com os valores limítrofes de outras variáveis estudadas em associação com o quadro clínico, admite a possibilidade de utilização da prova terapêutica para tratamento da tuberculose Tipos e causas de derrame pleural
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