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EM PEDIATRIA
Olá! Tudo bem?
Preparei esse material para te ajudar a
prestar uma orientação farmacêutica de
qualidade quando o assunto é criança! 
1
Eu espero que
seja útil e que
você goste!
Sem medo, de forma segura e
assertiva, para que você tenha mais
credibilidade como profissional e,
principalmente, que ajude 
verdadeiramente na promoção
e proteção da saúde das
crianças da melhorforma que
você puder.
 
2
O método que trabalho na orientação para
crianças se baseia em compreender as
principais doenças que se manifestam na
infância e partir daí, selecionar medicamentos
ideais, medicamentos que chamo de
“medicamentos-chave”, para não precisar de
você decorartodos os medicamentos possíveis
que tem na farmácia para criança. Se você
tiver um protocolo de atendimento bem
elaborado já vai te ajudar muito. E é isso que
nós vamos ver nesse módulo de Orientação
Farmacêutica em Pediatria.
A orientação de medicamentos
para crianças é um desafio no
dia a dia do farmacêutico. Muitas
vezes nos sentimos inseguros e
as dúvidas são muitas:
Quais remédios são seguros?
A partir de qual idade?
Qual a dosagem?
E uma série de outras questões que
acabam nos impedindo de fazer uma
orientação com segurança e muitas
vezes encaminhamos ao pediatra,
com medo de errar na indicação.
3
Abordaremos as principais doenças que se
manifestam na infância e os principais
tratamentos, farmacológicos e não
farmacológicos. Assim você terá condições
de elaborar um protocolo de atendimento,
do seu jeito, considerando as informações
mais importantes.
As enfermidades
que veremos são: 
Prisão de Ventre
Febre
Viroses
(contaminações)
Gastroenterite
Gripes e resfriados
(incluindo dor de
garganta)
Dor de ouvido
Alergias
Refluxo gastroesofágico
Doeça mão-pé-boca
Doenças infecciosas
4
A PRISÃO DE VENTRE acomete com
frequência às crianças desde as bem
pequenas até crianças maiores.
Pode provocar fezes duras e secas, dor e
inchaço da barriga, o que pode levar a criança
a sentir-se desconfortável e, acontece quando
os movimentos do intestino ocorrem com
menos frequência do que o habitual,
acumulando as fezes.
As principais queixas são: barriga dura,
dor na barriga, dificuldade de evacuar.
O QUE CAUSA: basicamente é a alimentação
com poucas fibras e a ingestão inadequada de
água e outros líquidos. Pode ser causada por
intolerância alimentar ao glúten e também
devido a utilização de medicamentos contendo
ferro, por exemplo.
5
O QUE PODEMOS
PRESCREVER:
LACTULOSE: é um açúcar que não é
absorvido pelo intestino. Ele promove o
acúmulo de água no intestino, amolecendo as
fezes e facilitando a evacuação.
DOSE: Até 5mL por dia em crianças menores
de 1 ano. Dividir em 3 tomadas de 1 ou 1,5mL
(8/8 horas) até a criança conseguir evacuar
normalmente.
5mL até 10mL por dia em crianças acima de 1
ano, até 5 anos. Dividir em 3 tomadas de 3mL
(8/8 horas)até a criança conseguir evacuar
normalmente
SUPOSITÓRIO DE GLICERINA: atuam de
forma local, sem absorção, lubrificando e
amolecendo as fezes.
DOSE: Aplicar 1 supositório por dia. Ele
começa a agir cerca de meia hora depois.
Pode ser usado em crianças de qualquer
idade.
2,5mL 3x ao dia, para crianças de 2 a 5 anos.
5mL 3x ao dia, para crianças entre 5 e 8 anos.
7,5mL 3x ao dia, para crianças entre 8 e 12 anos.
10mL 3x ao dia, para crianças acima de 12 anos.
6
ENEMAS: contém sorbitol e lautilsulfato de
sódio na sua composição. Elesamolecem as
fezes e normalizam o ritmointestinal.
DOSE: aplicar o conteúdo da bisnaga no ânus,
até 2x ao dia se for necessário. Pode ser
usado em crianças acima de 2 anos.
LEITE DE MAGNÉSIA: estimula o
trânsitointestinal, facilitando a eliminação das
fezes;
DOSE:
7
ÓLEO MINERAL: Lubrifica e amolece as
fezes, facilitando a evacuação 
DOSE:
2,5mL 3x ao dia, para crianças de 2 a 5 anos.
5mL 3x ao dia, para crianças entre 5 e 8 anos.
7,5mL 3x ao dia, para crianças entre 8 e 12 anos.
10mL 3x ao dia, para crianças acima de 12 anos.
Orientações não medicamentosas:
Aumentar o consumo de água e sucos
Se for lactente, a mãe precisa se alimentar com
mais fibras e diminuir o consumo de alimentos
constipantes, como farinha branca;
Aumentar o consumo de alimentos rico sem
fibras
Diminuir o consumo de pães, biscoitos e doces.
O uso de frutas, como mamão e ameixa, é
recomendado para crianças que já se
alimentam normalmente. Para bebês, pode ser
oferecido a água com ameixa.
Inserir mingau de aveia na alimentação.
Se a prisão de ventre estiver muito constante,
consultar o pediatra para investigar a existência
de intolerância alimentar ou problemas
intestinais.
 O uso de probióticos pode ser indicado, como
forma de regular o funcionamento do intestino.
8
FEBRE: Em crianças, a febre indica que algo
não está normal no organismo. Crianças
pequenas costumam apresentar febre cerca de
2 dias antes de se manifestar alguma doença.
E muitas vezes a doença nem chega a
aparecer, pois o organismo consegue
estabelecer mecanismos de defesa eficazes.
O QUE É FEBRE: Elevação da temperatura
corporal, com objetivo de defesa. 
Quando é febre na criança:
9
Se criança tiver menos de 6 meses, qualquer
febre deve ser investigada. Dispense o
medicamento, mas oriente consulta com
pediatra.
Se a criança tiver mais de 6 meses, dispense o
medicamento e oriente ao cuidador que se não
passar em 48h,deve consultar o pediatra para
investigar.
Se a criança vomitar antes de completar 15
minutos que tomou o medicamento, repita a dose
inteira. Se vomitar entre 15 e 30 minutos após
tomar o medicamento, repetir metade da dose.
Se vomitar após 30 minutos, não há necessidade
de repetir.
Métodos alternativos como banho morno ou frio,
fazer compressa de água fria na testa, calçar
meias embebidas de álcool ou colocar pano com
álcool nas axilas funciona muito bem.
Em caso de convulsão, dar banho frio
imediatamente e levar para a emergência.
Orientações gerais:
10
VIROSES: Depois de uma febre, normalmente
aparecem as chamadas viroses. Viroses,
teoricamente, são todas as doenças
provocadas por vírus. Mas, na prática,
chamamos de viroses as doenças mais
comuns como diarreia, gastroenterite e
infecções de garganta.
Além da febre, os principais sintomas
da virose, quando afeta garganta e vias
respiratórias são:
Falta de apetite
Apatia
Choros frequentes
·Coriza
Nariz entupido
Tosse
Viroses no trato gastrointestinal se
apresentam com os sintomas:
Falta de apetite
Apatia
Diarreia
Vômito
11
Comumente, as febres das viroses são febres
mais baixas, porém persistentes. É comum que
se administre o medicamento e cerca de
3horas depois a febre voltar, por isso que é
importante indicar alternar os medicamentos a
cada 3 horas (dipirona e paracetamol ou
dipirona e ibuprofeno ou paracetamol e
ibuprofeno).
Uma importante diferença entre viroses e
infecções bacterianas, é que as infecções
bacterianas costumam provocar febre mais alta
e “derrubam” mais a criança. Na garganta,
essas infecções bacterianas, além da
irritação(vermelhidão), há formação de placas
de pus (essas placas são brancas). Infecções
na garganta, tanto por vírus quanto por
bactérias, podem causar inchaço nas
glândulas do pescoço, abaixo da orelha,
conhecidas como ínguas.
12
Infecções de garganta são comuns na infância,
pois é quando o sistema imunológico ainda
está sendo formado. O tipo viral ocorre com
maior frequência até os 2 anos, sendo comum
que aconteça até 3 episódios ao ano. O
contágio se dá por saliva e outras secreções,
por isso crianças que frequentam creches
apresentam mais essas infecções. Os
sintomas deixam de incomodar após 3 dias. Já
as bactérias desencadeiam um quadro mais
intenso. É mais comum entre 3 e 6 anose é
necessário o uso de antibióticos.
É importante que o ibuprofeno só seja indicado
se não houver suspeita de dengue. Além disso,
por poder causar danos renais, deve ser
indicado por poucos dias quando se trata de
criança (até 5 dias). O cuidador deve ser
orientado a oferecer mais líquido para a
criança e observar se a urina vai estar na
frequência e no volume normais. O ibuprofeno
é especialmentebom quando o problema é na
garganta ou no ouvido.
13
Seja virose acometendo o trato respiratório ou
o trato gastrointestinal, é muito importante
orientara ingestão de água e repouso. Essas
viroses são autolimitadas e tendem a melhorar
entre 1 semanaa 10 dias.
INFECÇÃO DE OUVIDO (OTITE): Surge
quando há acúmulo de secreção no canal
auditivo,normalmente devido a gripes e
resfriados. Em bebês, pode acontecer no
próprio leite escorrer ou ficar água após o
banho. Essas secreções favorecem o
crescimento de bactérias, que provocam febre
e dor intensa.
É normal que a criança apresente infecção no
ouvido pelo menos uma vez até completar 5
anos.
Em bebês, é preciso estar atento ao choro
intenso, febre e sensibilidade quando encosta
o dedo no ouvido dele.
14
A maioria dos casos de infecção de ouvido
requer o uso de antibiótico. Na farmácia,
podemos indicar o uso de anti-inflamatórios
orais, como ibuprofeno gotas. Podemos
indicar, também, medicamentos otológicos
com antibióticos como o oto-xilodase, que
contém neomicina, lidocaína e hialuronidade. A
neomicina é antibiótico de amplo espectro, a
lidocaína é anestésico, o que alivia a dor.
A presença da hialuronidase permite ao
antibiótico atingir diretamente o ouvido médio,
levando ao desaparecimento dos sintomas de
dor e febre; ela é uma enzima que age por
despolimerização do ácido hialurônico, um
mucopolissacarídeo, componente essencial do
tecido conjuntivo. A hialuronidase atua como
um fator de difusão enzimático, que promove a
difusão do anestésico e do antibiótico,
permitindo uma rápida resolução da inflamação
auricular, evitando na maioria dos casos, a
paracentese.
15
DOSE DO OTO-XILODASE:
Crianças acima de 2 anos até 5 anos: 2
gotas, de 6/6 horas.
Crianças acima de 5 anos até 12 anos: 4 a
5 gotas, de 6/6horas.
Orientação importante: após pingar o
medicamento, tampar o ouvido com
algodão por pelo menos meia hora.
ALERGIA: Muitas crianças apresentam
alergia. É uma situação normal, pois na
infância o sistema imunológico está sendo
desenvolvido.
Os processos alérgicos de origem alimentar
são normalmente provocados por alguma
proteína, conservante ou corante, causando
dores abdominais, coceira, erupções na pele e
até dificuldade respiratória. Exemplos: Leite de
vaca, clara de ovo, soja, trigo e peixe podem
ser ingredientes causadores desses episódios.
16
A alergia leite (lactose ou proteína) é a mais
comum na infância e pode apresentar sangue
nas fezes como sintoma adicional. O
tratamento, nesse caso, é retirar da dieta o
alimento. Quando o problema é a lactose,
existem medicamentos que contêm a enzima
lactase na composição e podem ser usados
em situações emergenciais, quando a criança
comeu algo com lactose.
Quando a criança está em fase de
amamentação, pode ser necessário excluir
alguns itens da alimentação materna, já que
ele pode passar para o bebê por meio do leite.
A alergia no trato respiratório pode se
manifestar como rinite, que é caracterizada por
coriza, espirros e congestão nasal. Pode se
manifestar, também, em forma de asma.
Nesse caso acomete os brônquios,
ocasionando dificuldade respiratória, chiado no
peito e tosse e outras complicações.
17
Os alérgenos, ou agentes causadores de
alergia, podem ser ácaros, presentes em
roupas e cobertores, pólen, poeira, pelos de
animais e outros. Algumas crianças
desenvolvem alergias respiratórias
dependendo da alimentação. Corantes, por
exemplo, são grandes causadores de alergias
respiratórias.
O tratamento tem como estratégia a
prevenção, ou seja, manter a criança longe do
fator desencadeante da alergia.
É importante o ambiente que a criança vive
sempre limpo e arejado, evitando bichos de
pelúcia e outros objetos que possam acumular
poeira.
Outra coisa que pode causar alergia são as
picadas de inseto. Elas provocam coceira e
vermelhidão, que duram até dez dias.
18
TABELA DE INDICAÇÃO DE MEDICAMENTOS
PARA ALERGIA EM CRIANÇAS
19
20
REFLUXO GASTROESFOFÁGICO: é uma
condição extremamente comum em crianças,
especialmente em bebês. Isso acontece por
uma causa anatômica. Existe uma válvula
entre o final do esôfago e o início do estômago.
Essa válvula se chama esfíncter esofágico
inferior. Ela se abre para o alimento chegar no
estômago e se fecha quando o alimento chega.
Nos bebês essa válvula não fecha ou fica a
maior parte do tempo aberta, porque ainda não
está totalmente formada. Por isso, o alimento
volta. Essa volta de alimentos e de ácido
gástrico é que se chama refluxo. 
O refluxo é um fenômeno comum e nos
bebês, acomete 80% deles, e se manifesta
por regurgitações frequentes, que a gente
conhece como golfadas. Na maioria dos
casos é benigno e não necessita de
medicamentos. Os fatores que
intensificam o refluxo em bebês são:
Permanecer grande parte do tempo
deitado;
Ter alimentação líquida;
A quantidade ingerida a cada
mamada. Quando maior a quantidade
de leite, maior aprobabilidade de
regurgitação.
21
Em geral, as regurgitações melhoram a partir
dos 6 meses de idade, podendo ter duração e
ser consideradas normais até os 18 meses.
Quando interfere no ganho de peso da criança
Quando provoca vômitos frequentes
Quando provoca complicações respiratórias
como tosse, rouquidão e até mesmo asma
Quando danifica o esôfago, provocando esofagite
Quando provoca muita irritação na criança
Quando é oriundo de alergia alimentar, como
intolerância à lactose e ao glúten.
O que não é normal, ou seja, o que é um
refluxo patológico?
22
O diagnóstico do refluxo é dado pelo médico.
Cabe a nós, Farmacêuticos, identificar os
sintomas para encaminhar o paciente ao
médico, bem como orientar sobre medidas não
farmacológicas para melhorar a qualidade de
vida da criança. Podemos, ainda, recomendar
medicamentos para alívio de sintomas como é
do caso do hidróxido de alumínio + hidróxido
de magnésio + simeticona. E devemos prestar
orientação farmacêutica sobre os principais
medicamentos que são prescritos pelo médico.
São medidas não farmacológicas:
Suspender a cabeceira da cama ou do
berço, de maneira que a cabeça fique
posicionada mais alta que o corpo.
No caso de bebês, esperar arrotar após
cada mamada e esperar cerca de 20
minutos para deitá-lo.
Ainda no caso de bebês, diminuir a
quantidade em cada mamada e aumentar a
frequência de mamadas.
Para crianças maiores, não deitar logo
após se alimentar.
Evitar a posição de bruços para não apertar
o abdômen.
23
Os principais medicamentos prescritos para
criançascom refluxo são a domperidona e a
bromoprida, além do hidróxido de alumínio +
hidróxido de magnésio + simeticona.
DOMPERIDONA: antagonista da dopamina
com propriedades antieméticas. Favorece o
movimento peristáltico, ou seja, “empurra o
medicamento para baixo”, evitando que ele
volte sob a forma de refluxo. Ele é seguro e
raramente provoca efeitos extrapiramidais e
sonolência. Em relação à dosagem, a seringa
dosadora da forma farmacêutica em suspensão
mostra a quantidade de mL de um lado e o
peso em outro. Você deve ensinar ao cuidador
como manusear, conforme quadro abaixo. A
domperidona é eficaz se usada
preferencialmente de 8/8 horas, podendo ser
usada também de 12/12 horas. Ela é de uso
contínuo para crianças com refluxo.
24
Imagem retirada da bula oficial do Motilium.
25
BROMOPRIDA: é utilizada mais
especificamente em episódios de vômitos, que
são comuns em crianças com refluxo. Sua
ação consiste em aumentar a amplitude das
contrações gástricas, relaxar o esfíncter
pilórico e aumentar o trânsito intestinal,
evitando assim que haja o vômito. A posologia
recomendada para crianças abaixo de 30
quilos é 1 gota por quilo, de 8/8 horas. A
Bromoprida pode provocar sono e inquietação.
26
DOENÇA MÃO-PÉ-BOCA: É uma
enfermidade que atinge a crianças abaixo de 5
anos de idade. Ela é provocada por um vírus,
que além dessa doença, pode causar aftas. A
doença mão-pé-boca é altamente contagiosa.
A transmissão é por via oral fecal, através do
contato direto com pessoas ou com fezes,
saliva, secreções de uma pessoa
contaminada.
Existem 3 sinais que ajudam a identificar
essadoença:
Febre alta nos dias anteriores às lesões;
Aparecimento de manchas vermelhas com
vesículas (calombinhos) brancos, na boca,
faringe e amídalas. Essas vesículas podem
se romper e evoluir para ulcerações muito
dolorosas.
Surgimento de pequenas bolhas na palma
das mãos e nas plantas dos pés, que
podem surgir também nas nádegas e nos
órgãos genitais.
Além desses sintomas clássicos, a criança
pode apresentar apatia, mal-estar, falta de
apetite, vômitos e diarreia.
27
É muito importante manter a criança hidratada,
tanto com água, quando com outros líquidos
não ácidos. Podem ser utilizados
medicamentos para dor e febre, como
paracetamol e dipirona, e também o
ibuprofeno, que por ser anti-inflamatório, ajuda
a melhorar as lesões. Podem ser usados,
também, pomada de neomicina+bacitracina
nas lesões da pele.
Os cuidadores devem ser orientados que
mesmo depois de recuperada, a criança pode
transmitir o vírus através das fezes durante
aproximadamente 4 semanas.
28
DOENÇAS INFECCIOSAS TÍPICAS DA
INFÂNCIA: Doenças de etiologia viral que
costumam deixar imunidade permanente,
sendo a maior incidência na primavera e
inverno. Não existe tratamento específico,
apenas a administração de medicações para
aliviar sintomas, como a febre. porém é
importante ficar atento à criança. Se ela
apresentar: sonolência incomum, recusar
beber líquidos, dor de ouvido, taquipnéia,
respiração ruidosa ou cefaléia intensa faz-se
necessário procurar um médico, pois estes
são alguns sinais de alerta para possíveis
complicações dessas doenças.
Via de Transmissão: aérea, pela
mucosa respiratória ou conjuntival.
Período de Incubação: 8 a 12 dias
SARAMPO
29
Manifestações: febre (geralmente elevada,
alcançando o máximo no aparecimento do
exantema), manifestações sistêmicas, coriza,
conjuntivite, tosse, exantema característico,
podendo apresentar também: cefaléia, dores
abdominais, vômitos, diarréia, artralgias e
mialgia, associados a prostração e sonolência,
quadro que pode dar a impressão de doença
grave. Um sinal patognomônico da doença é o
aparecimento das manchas de Koplick - pontos
azulados na mucosa bucal que tendem a
desaparecer.
Manifestações Clínicas: as lesões cutâneas,
aparecem no 14º dia de contágio, são máculo-
papulosas avermelhadas, isoladas uma das
outras e circundadas por pele não
comprometida, podendo confluir. Começam no
início da orelha, após 24 horas são
encontradas em: face, pescoço, tronco e
braços, e após 2 ou 3 dias: membros inferiores
e desaparecendo no 6º dia. As lesões evoluem
para manchas pardas residuais com
descamação leve. A temperatura tende a se
normalizar no quarto dia de exantema.
Período de Transmissibilidade: começa 2 a 4
dias antes do período prodrômico e vai atéo
6º dia do aparecimento do exantema.
30
RUBÉOLA:
Via de Transmissão: por via respiratória,
através de gotículas contaminadas 
Período de Incubação: 14 a 21 dias
Manifestações Prodrômicas: em crianças
não existem pródromos da doença, mas em
adolescentes e adultos, o exantema pode ser
precedido por 1 ou 2 dias de mal-estar, febre
baixa, dor de garganta e coriza discreta.
Manifestações Clínicas: 7 dias antes da
erupçãocutânea, percebe-se um aumento dos
gânglios cervicais, retroauriculares e occiptais.
As lesões cutâneas são máculo-papulosas, de
coloração rósea e às vezes confluentes.
Iniciam na face, pescoço, tronco, membros
superiores e inferiores em menos de 24 horas.
Na maioria dos casos, a erupção permanece
por 3 dias. Existem muitos indivíduos que
apresentam a infecção inaparente.
Período de Transmissibilidade: começa 1
semana antes do aparecimento de exantema
até 5 dias após o início da erupção cutânea.
Importante: por ser uma doença teratogênica,
recomenda-se que os indivíduos acometidos
fiquem em casa evitando o contágio de
mulheres grávidas.
31
CATAPORA (VARICELA):
Via de Transmissão: por contato direto,
por meio de gotículas infectadas, mas
em curtas distâncias. Também pode ser
transmitido por via indireta, através de
mãos e roupas.
Período de Incubação: 14 a 17 dias
Manifestações Clínicas: exantema é a primeira
manifestação da doença. As lesões evoluem em
menos de 8 horas: máculas > pápulas > vesículas >
formação de crosta. As crostas costumam cair em 7
dias até 3 semanas, se houver contaminação. Neste
caso ou se houver remoção prematura da crosta
deixa cicatriz residual. As lesões acometem
predominantemente tronco, pescoço, face,
segmentos proximais dos membros, poupando palma
das mãos e planta dos pés. Aparecem em surtos de
3 a 5 dias, por isso pode-se visualizar em uma
mesma área a presença de todos os estágios de
lesão. A intensidade varia de poucas lesões, surgidas
de um único surto, a inúmeras lesões que cubram
todo corpo, surgidas em 5 ou 6 surtos, no decurso de
1 semana. A febre costuma ser baixa e sua
intensidade acompanha a intensidade da erupção
cutânea.
Manifestações Prodrômicas: curto (24 horas),
constituído de febre baixa e discretomal-estar.
32
Período de Transmissibilidade: desde 1
dia antes do aparecimento de exantema
até 5 dias após o aparecimento da
última vesícula.
 Importante: evite que a criança coce as
lesões, evitando a contaminação local e
cicatrizes residuais. Se a coceira for
muita, procure um médico que indicará
métodos para aliviar o prurido
33
CAXUMBA (PAROTIDITE EPIDÊMICA):
Via de Transmissão: por via respiratória,
através de gotículas contaminadas e
contato oral com utensílios contaminados
Período de Incubação: 14 a 21 dias.
Manifestações Prodrômicas: passa
desapercebido, só se notando a doença quando
aparecem dor e edema da glândula
Manifestações Clínicas: aumento das
parótidas, que é uma glândula situada no ramo
ascendente da mandíbula. Pode afetar um ou
ambos os lados do rosto. Irá se apresentar mole,
dolorosa a palpação, sem sinais inflamatórios e
sem limites nítidos. Com o edema da parótida há
uma elevação da febre e dor de garganta.
Período de Transmissibilidade: 3 dias antes
do edema da parótida, até 7 dias depois do
inchaço ter diminuído.
Importante: recomenda-se o repouso, sendo
obrigatório para adolescentes e adultos,
principalmente do sexo masculino.
34
Doença infecciosa endêmica e epidêmica, de
origem bacteriana, sendo uma importante
causa de morbi-mortalidade em crianças de
baixa idade, principalmente em crianças não-
imunizadas. Sua imunidade, também, parece
ser permanente após a doença e não há
influência sazonal evidente nos picos de
incidência.
COQUELUCHE:
Via de Transmissão: contato direto através
da via respiratória.
Período de Incubação: varia entre 6 e 20
dias
Manifestações Clínicas: dura de 6 a 8 semanas,
sendo que o quadro clínico depende da idade e
grau de imunização do indivíduo. É dividida em
estadios: (1) Estádio catarral - dura de 1 a 2
semanas e é o período de maior contagiosidade.
Caracterizado por secreção nasal,
lacrimejamento, tosse discreta, congestão
conjutival e febre baixa. (2) Estádio paroxístico -
dura de 1 a 4 semanas (ou mais). Há uma
intensificação da tosse manifestada em crises,
frequentemente mais numerosas durante a noite.
(3) Estádio de convalescença acessos são menos
intensos e menos frequentes.
35
Importante: por ser uma patologia bacteriana
faz-se necessário a introdução de
antibioticoterapia e isolamento respiratório por
5 dias após o início da administração
medicamentosa, ou por 3 semanas após o
começo do estádio paroxístico, se a
antibioticoterapia for contra-indicada.
Faz-se necessário a hospitalização de
lactentes com problemas importantes na
alimentação, crisesde apnéia e cianose, e
pacientes com complicações graves.
Procurar evitar fatores desencadeantes de
crises como temor, decúbito baixo,
permanência em recintos fechadose
exercícios físicos.Procurar manter nutriçãoe
hidratação adequada.
36
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE MEDICINA Guia Médico
da Família. São Paulo: Best Seller, 1994.
FIORE, F.F. Caxumba. In: MARCONDES, E. Pediatria
Básica. 8ºed. São Paulo: Sarvier, 1994. p. 959-960
LEÃO, E. et al Pediatria Ambulatorial. 2ºed. Belo
Horizonte: Cooperativa Editora eCultura Médica, 1989.
OSELKA, G.W. Doenças Exantemáticas Virais. In:
MARCONDES, E. Pediatria Básica. 8ºed. São Paulo:
Sarvier, 1994.p. 965-979
PENNA, H.A.O. Coqueluche. In: MARCONDES, E.
Pediatria Básica. 8ºed. São Paulo:Sarvier, 1994. p. 992-
996
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