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UNIVERSIDADE FEDERAL 
 DO RIO DE JANEIRO 
 
 
MATERNIDADE-ESCOLA DA UFRJ 
Divisão de Enfermagem 
 
 
Rua das Laranjeiras, 180 Laranjeiras – Rio de Janeiro – RJ 
 CEP 22240-001 Tel. (21) 2265 5194 ramal: 241 
 
PROCEDIMENTO OPERACIONAL 
PADRÃO 
POP N° 14 Data: 01/03/2012 
Revisão N° 03 Data: 19/02/2020 
Título: Punção Venosa Periférica em Recém-
nascidos (RN) 
Área de Aplicação: UTI Neonatal, 
Alojamento Conjunto e Centro 
Obstétrico 
Responsáveis Nome Cargo 
Elaboração Danielle Lemos Querido 
Fernanda Borges 
Coordenadora da Unidade Neonatal 
Rotina da Unidade Neonatal 
Revisão Viviane Saraiva de Almeida 
Isabela Dias Ferreira de Melo 
Assessoria de Planejamento, Supervisão 
e Cuidado 
Aprovação Ana Paula Vieira dos Santos Esteves Direção de Enfermagem 
 
1. EXECUTANTE 
 
1.1 Compete ao Enfermeiro realizar a inserção de um cateter venoso curto (flexível ou agulhado) 
através da punção de uma veia periférica. 
1.2 Compete ao Técnico de Enfermagem realizar a punção venosa no recém nascido e auxiliar o 
enfermeiro durante o procedimento. 
 
2. RESULTADOS ESPERADOS 
 
2.1 Promover o acesso da via endovenosa para administração de medicamentos, soluções 
parenterais, hemocomponentes e hemoderivados. 
 
3. MATERIAL NECESSÁRIO 
 
3.1 Cuba rim plástica ou inox. 
3.2 Algodão. 
3.3 Álcool a 70% ou clorexidina aquosa 1%. 
3.4 Garrote. 
3.5 Fita hipoalergênica comum (micropore
®
) ou filme transparente. 
3.6 Dispositivo vascular de escolha - cateter curto flexível (jelco
®
) ou agulhado (scalp
®
), conforme 
indicação. 
3.7 Luvas de procedimento. 
3.8 Extensor intermediário de duas vias (Polifix
®
) ou perfusor de 20cm (via única), de acordo com a 
indicação, preenchido com solução fisiológica. 
 
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3.9 Seringa de 1 ml ou de 3 ml com soro fisiológico 0,9%. 
3.10 Na UTI Neonatal há um kit pronto para realização da PVP onde contém: 02 cateteres curtos 
flexíveis (jelco
®
), 01 ampola de soro fisiológico 0,9%, 01 ampola de glicose 25%, 01 seringa de 
1ml, 01 seringa de 3ml, 01 agulha 40x12mm, 01 perfusor de 20cm (via única) e 01 filme 
transparente (Tegaderm
®
). 
 
4. ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS 
 
4.1 Realizar o procedimento, de preferência, com dois profissionais. 
4.2 Separar o material (figura 1). 
4.3 Confeccionar a identificação do acesso, com data e assinatura, antes do procedimento. 
4.4 Realizar a higienização das mãos (ver POP de Higienização das Mãos). 
4.5 Selecionar a veia para punção venosa. 
4.6 Utilizar luvas de procedimento para proteção individual. 
4.7 Manter o bebê aconchegado, apenas com a área de punção escolhida exposta. 
4.8 Manter o RN em posição de conforto, onde um segundo profissional deverá realizar métodos 
não farmacológicos para alívio da dor (sucção não-nutritiva) durante o procedimento - ver 
Protocolo de Métodos Não Farmacológicos de Alívio da Dor (figura 2). 
4.9 Colocar o garrote acima da região de punção e visualizar o vaso (figura 3). 
4.10 Aplicar antisséptico adequado, por 3 vezes, em movimentos unidirecionais do centro para a 
periferia, secando espontaneamente (figura 4). 
4.11 Proceder à punção com bisel para cima, em ângulo de 45º lateralmente ao vaso (figura 5). 
4.12 Retirar delicadamente o mandril do cateter flexível, após observar o refluxo de sangue. 
4.13 Retirar o garrote (figura 6). 
4.14 Progredir apenas o corpo plástico do cateter, caso seja o cateter curto flexível (figura 7). 
4.15 Conectar o extensor intermediário de duas vias ou perfusor de 20 cm, e infundir cerca de 0,2 
a 0,5 ml de soro fisiológico, observando qualquer tipo de complicação (figura 8). 
4.16 Fixar o cateter exatamente no ponto de inserção, deixando a área imediatamente à frente 
livre, para facilitar visualização (figura 9). 
4.17 Colar a identificação com data, hora e assinatura, logo após a fixação do acesso venoso. 
4.18 Posicionar o RN de forma confortável. 
4.19 Organizar a unidade do RN. 
4.20 Descartar o material utilizado adequadamente 
 
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4.21 Retirar as luvas. 
4.22 Realizar a higienização das mãos (ver POP de Higienização das Mãos). 
4.23 Registrar o procedimento. 
4.24 Avaliar periodicamente a ocorrência de complicações. 
 
5. CUIDADOS 
 
5.1 No momento da verificação do cateter dentro do vaso sanguíneo, quando é infundido de 0,2 a 
0,5ml de soro fisiológico, podem surgir algumas complicações decorrentes do mau 
posicionamento co cateter: espasmo, hiperemia, desconforto, infiltração. Na presença de algum 
destes sinais, tentar novo acesso venoso. 
5.2 Preparo da pele para a punção venosa periférica – Antissépticos de escolha: 
5.2.1 Abaixo de 1000 gramas e/ou < 30 semanas de idade gestacional – clorexidina aquosa 1%. 
5.2.2 Entre 1000-1500 gramas – avaliar as condições da pele (clorexidina aquosa 1% ou álcool 
a 70 %) 
5.2.3 Acima de 1500 gramas – álcool a 70 %. 
5.3 No caso de uma emergência, o acesso venoso periférico pode ser a primeira via de 
escolha para infusão de soluções hiperosmolares (acima de 12,5 %). Após o período inicial 
emergencial e a necessidade de infusão desta solução por um período prolongado avaliar a 
inserção do CCIP (Cateter Central de Inserção Periférica). 
5.4 Os elementos cortantes (mandril e agulhas) devem ser desprezados na caixa coletora para 
perfurocortantes (Descarpack
®
). 
5.5 São indicações para punção venosa periférica: recém-nascidos que necessitam receber 
algum tipo de terapia intravenosa e hemoderivados/hemocomponentes. 
5.6 São consideradas contraindicações. infecção ou lesão de pele ou subcutânea em área 
próxima à punção. 
5.7 São consideradas contraindicações relativas: recém-nascido com edema ou com a rede 
venosa periférica não preservada (escleroses e hematomas), terapia endovenosa superior a 6 dias 
e infusão de soluções hiperosmolares e de Solução Glicosada (SG) com concentração superior a 
12,5%. 
 
 
 
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6. REFERÊNCIAS 
 
1. BARROS, C.E.S. E Cols. Semiotécnica do recém nascido. São Paulo: Atheneu, 2005. 
2. BOWDEN, R.V. E.; GREENBERG, C.S. Procedimentos de enfermagem pediátrica. Rio de 
Janeiro. Ed. Guanabara Kogan, 2005. 
3. SILVA, G.R.G; NOGUEIRA, M.F.H. Terapia intravenosa em recém-nascidos. Orientações 
para o cuidado de enfermagem. Rio de Janeiro: Cultura médica, 2004. 
4. STAPE, A; SOUZA, A.A.R.; CUNHA, L.B. Acessos Vasculares. In: KNOBEL, E. Pediatria e 
Neonatologia. São Paulo: Editora Atheneu, 2005. 
5. TAMEZ, R.N.; SILVA, M.J.P. Enfermagem na UTI neonatal. Assistência ao recém nascido 
de alto risco. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. 
 
 
7. FIGURAS E ANEXOS 
1. 2. 
 
 
3. 4. 
 
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5. 6. 
7. 8. 
 
9. 
 Fonte: Arquivo pessoal do autor. 
 
HISTÓRICO DE ALTERAÇÕES 
DATA VERSÃO ELABORAÇÃO/REVISÃO APROVAÇÃO 
01/03/2012 1 Danielle Lemos Querido 
Fernanda Borges/ 
Viviane Saraiva de Almeida 
Gustavo Dias da Silva 
21/02/2016 2 Danielle Lemos Querido 
Fernanda Borges/Micheli Marinho Melo Meira 
Aline Piovezan Entringer 
Viviane Saraiva de Almeida 
Ana Paula Vieira dos Santos 
Esteves 
19/02/2020 3 Danielle Lemos Querido 
Fernanda Borges/ 
Viviane Saraiva de Almeida 
Isabela Dias Ferreira de Melo 
Ana Paula Vieira dos Santos 
Esteves

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