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Bases Morfofuncionais I

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Bases Morfofuncionais I
Medicina – universidade nove de julho
Sumário
Planos, eixos e movimentos anatômicos	3
Definição de movimento:	12
Anatomia	13
Histórico anatômico cronológico:	13
Anatomia na Grécia, a. C:	13
Anatomia no Império Romano A. D:	13
Século XIV:	14
Séculos XV - XVI:	14
Século XVII:	14
Século XVIII:	14
Séculos XIX e XX:	14
Anatomia Humana - Definição:	15
Aparelhos do Corpo Humano:	16
Normal e Variação Anatômica:	17
Nomenclatura Anatômica:	17
Cavidades do Corpo Humano:	18
Termos de Posição, Situação e Direção:	18
Termos Gerais de Construção Corpórea nos Vertebrados:	19
Osteologia	20
Funções dos Ossos:	20
Células do Tecido Ósseo:	20
Matriz Óssea:	21
Tipos de Substância Óssea:	21
Ossos do Esqueleto Axial:	21
Ossos do Esqueleto Apendicular Superior e Inferior:	22
Classificação Morfológica dos Ossos	22
Classificação Funcional dos Ossos	26
Artrologia	27
Articulação:	27
Articulação Cartilagínea:	28
Articulação Sinovial:	29
Ligamentos:	29
Classificação Funcional das Articulações:	30
Generalidades do sistema circulatório	31
Sistema Circulatório:	31
Coração:	32
Artérias:	33
Veias:	33
Capilares Sanguíneos:	33
Sistema Linfático:	33
Miologia	37
Introdução à Miologia:	37
Etimologia da Terminologia:	37
Funções do Músculo:	37
Tipos de Músculos:	37
Propriedades do Tecido Muscular:	38
Principais Componentes Anatômicos do Músculo Estriado Esquelético:	38
Componentes do Tecido Conjuntivo:	39
Classificação Anatômica:	39
Classificação Quanto ao Formato:	39
Fixação Muscular - Inserção de Origem e Inserção Terminal:	41
Classificação dos Músculos Quanto a Inserção de Origem:	41
Classificação Funcional:	42
Classificação Quanto a Ação:	42
Tipos de Contração Muscular:	43
Coluna Vertebral	44
Curvaturas Fisiológicas:	44
Processos Articulares:	45
Partes das Vértebras:	46
Disco Intervertebral:	48
Ligamentos:	49
Generalidades do Sistema Nervoso	51
O Sistema Nervoso:	51
Classificação Morfológica dos Neurônios:	52
Classificação Funcional dos Neurônios:	52
Células da Neuróglia/Glia:	53
Divisão do Sistema Nervoso:	53
Embriológica:	53
Anatomica:	54
Meninges:	55
Encéfalo:	55
Telencéfalo:	56
Diencéfalo:	57
Cerebelo:	57
Tronco Encefálico:	57
Medula Espinal:	57
Nervos:	58
Glânglios Nervosos:	58
Terminações Nervosas:	59
Divisão do Sistema Nervoso:	59
Funcional:	59
Neurovegetativo:	59
Membrana Plasmática, Proteínas de Membrana, Transportes	60
Membrana Celular:	60
Proteínas Integrais e Periféricas da Membrana Celular:	61
Carboidratos da Membrana:	63
Transporte Ativo de Substâncias:	63
Transporte Ativo Primário e Transporte Ativo Secundário:	64
Transporte Ativo Vesicular:	65
Tecido Epitelial de Revestimento	66
Tecido Epitelial:	66
Tecido Conjuntivo:	66
Especificações da Superfície Apical:	67
Especializações da Superfície Lateral:	68
Especializações da Superfície Basal:	69
Lamina Basal:	70
Classificação do Tecido Epitelial:	71
Metaplasia:	72
Fundamentos da Embriologia	73
Embriologia:	73
Clivagem:	74
Blastocisto:	75
Implantação:	77
Reação Decidual:	78
Cavidade Amniótica:	79
Saco Vitelínico Primário:	81
Mesoderma Extraembrionário:	82
Cavidade Coriônica:	84
Gravidez Ectópica:	85
Gastrulação:	86
Formação da Notocorda:	87
Formação do Tubo Neural:	88
Potencial de Membrana e Potencial de Ação	90
Potencial de Membrana:	90
Diferença entre Cargas:	91
Potencial Graduado:	93
Alterações do Potencial de Membrana:	93
Potenciais Graduados X Potenciais de Ação:	96
Propagação do Potencial Elétrico pela Célula:	97
Mecanismo Iônico do PA:	97
Despolarização:	98
Repolarização:	99
Hiperpolarização:	100
Períodos Refratários:	101
Propagação do Potencial de Ação:	102
Velocidade da Condução do PA:	103
Equilíbrio Hidroeletrolitico, Osmose e Forças de Starling	104
Equilíbrio Hidroeletrolítico:	104
Distribuição de Líquidos nos Compartimentos Corporais:	105
Homeostase Hídrica:	106
Osmose:	107
Osmolalidade e Osmolaridade:	108
Tonicidade:	109
Comportamento da Célula em Meio Hipertônico, Hipotônico e Isotônico:	109
Pressão Hidrostática e Pressão Osmótica/Oncótica:	110
O que é edema e quais os seus tipos?	111
Músculos do Dorso	113
Os Músculos do Dorso	113
Músculos Extrínsecos do Dorso:	113
Músculos Extrínsecos Intermediários:	114
Músculos Próprios do Dorso (Camada Intrínseca Superficial):	115
Músculos Próprios do Dorso (Camada Intrínseca Intermédia):	116
Músculos Próprios do Dorso (Camada Intrínseca Profunda):	117
Músculos e Movimentos:	119
Anatomia do Ombro	120
Ombro	120
Tecido Conjuntivo	125
O Tecido Conjuntivo	125
Células:	126
A célula mesênquimal indiferenciado:	126
Fibroblastos e Fibrócitos:	127
Leucócitos:	128
Macrófago:	129
Células de Kupffer:	130
Plasmócito:	131
Mastócito:	132
Adipócitos:	133
Matriz Extracelular (MEC): TUDO O QUE TEM FORA DA CÉLULA	134
Fibras no Tecido Conjuntivo:	136
Fibras Colágenas:	137
Fibras Reticulares:	137
Fibras Elásticas:	138
Sistema elástico:	139
Substância Fundamental:	140
Classificação do tecido conjuntivo:	141
Tecido Adiposo:	142
Sistema Tegumentar	144
O Sistema Tegumentar:	144
Pele	145
Derme	146
Epiderme	147
População Celular da Epiderme	148
Pele Fina x Pele Grossa	149
Melanócitos	149
Tela Subcutânea	150
Anexos Epidérmicos	151
Unidade Pilossebácea	151
Glândula Sebácea	152
Glândula Sudorípara	152
Músculos do Ombro	154
Músculos que Agem na Articulação do Ombro:	154
Músculos Escapuloumerais	155
Músculos do Braço	156
Músculos do Compartimento Posterior do Braço	157
Espaços de Velpeu	157
Músculos Toracoapendiculares Anteriores	158
Músculos Toracoapendiculares Posteriores Superficiais	158
Músculos Toracoapendiculares Posteriores Profundos	159
Tecido Cartilaginoso	160
O Tecido Cartilaginoso	160
Componentes do Tecido Cartilaginoso	161
Células:	161
Matriz Extracelular (MEC):	162
Pericôndrio	164
Crescimento da Cartilagem	165
Classificação do Tecido Cartilaginoso	166
Cotovelo, Punho e Mão	168
Anatomia do cotovelo	168
Ligamentos da Articulação do Cotovelo	169
Músculos	169
Músculos que agem no cotovelo:	169
Fossa Cubital	170
Punho e Mão	171
Plexos - PRÁTICA	176
Plexo Braquial	176
Anatomia	176
Função	176
Troncos Braquiais	177
Nervos do Plexo Braquial	178
Tecido Ósseo	181
O Tecido Ósseo	181
Perióstio	182
Endóstio	183
Osso Primário e Osso Secundário	184
Sistema de Havers:	185
Formação e Remodelação Óssea	186
Osteogênese	187
Ossificação Intramembranosa	188
Ossificação Endocondral	189
Disco Epifisial	191
Plexo Braquial	192
Plexo Braquial	192
Formação do plexo braquial:	193
Origem dos nervos terminais	193
Compartimentos e inervação dos membros superiores	193
Nervos Menores do Plexo Braquial	194
Anatomia do Quadril	195
Quadril:	195
Músculos que Agem Sobre a Articulação do Quadril	197
Anatomia do Joelho	200
Tornozelo e Pé	202
Tornozelo:	202
Pé:	203
Sinapse, Junção Neuromuscular e Placa Motora	205
Sinapse	205
Sinapse Química e Elétrica	206
Neurotransmissores	207
Contração Muscular: Conceitos	211
Anatomia da Junção Neuromuscular:	212
Secreção da Acetilcolina:	213
Contração Muscular	215
Partes do Músculo:	217
Ultraestruturado do Músculo:	219
Proteínas Musculares:	221
Eventos da Contração Muscular:	222
Relaxamento Muscular:	223
Planos, eixos e movimentos anatômicos
Este documento apresenta os conceitos de posição anatômica, membros superiores e inferiores, planos de delimitação e secção, eixos imaginários e movimentos anatômicos. São descritos os movimentos de rotação, flexão, extensão, abdução, inclinação e adução, bem como os planos de delimitação (superior, inferior, lateral, anterior e posterior) e os eixos imaginários (craniocaudal, látero-lateral e anteroposterior).
Posição anatômica: ereta, em pé com as palmas das mãos e pés para frente
Membro superior: do ombro, do cotovelo: braço, do cotovelo até o punho: antebraço, mão.
Membro inferior: coxa, perna (entre o joelho e o tornozelo), pé.
Os planos de delimitação delimitam as partes do corpo, são eles:
· Plano superior: delimita a parte de cima do corpo, pode ser chamado de cranial
· Plano inferior: delimita a parte de baixo do corpo, pode ser chamado de caudal
Os planos de secção dividem o corpo, eles sempre ficam paralelos aos planos de delimitação correspondente, são eles:
· Planode secção transversal: divide o corpo “ao meio” tornando superior e inferior. Ele não é um plano fixo.
Existe um eixo imaginário que sai do plano cranial em direção ao caudal chamado de craniocaudal (longitudinal). O eixo anatômico sempre cruza o seu plano de secção correspondente, ou seja, ele cruza o plano transversal. O único movimento possível nesse plano, e a rotação, e desliza no plano transversal.
· Plano de delimitação lateral: delimita a lateral do corpo. Existem dois: direito e esquerdo.
· Dividindo o corpo em duas metades, existe o plano de secção sagital.
Existe um eixo imaginário que sai do plano lateral direito para o esquerdo que cruza o plano de secção correspondente chamado de látero-lateral, deslizando sobre o plano sagital. Os movimentos realizados e de flexão e extensão.
Plano anterior ou ventral: delimita a frente do corpo.
· Plano de secção frontal ou coronal: divide ao meio o corpo tornando-o em parte anterior e parte posterior
· Plano posterior ou dorsal: delimita a parte de trás do corpo.
Existe um eixo imaginário que sai do plano anterior e vai em direção ao plano posterior chamado de anteroposterior. O movimento realizado e de inclinação.
A coluna vertebral realiza inclinação.
Definição de movimento:
· Rotação: movimento do osso em torno do seu próprio eixo.
· Flexão: diminuição do angulo articular.
· Extensão: aumento do angulo articular.
· Abdução: afastamento do plano mediano.
· Adução: aproximação do plano mediano.
· Inclinação: afastamento para a direita ou a esquerda em relação ao plano mediano.
Anatomia
Este documento apresenta informações sobre a história da anatomia, desde a proibição de dissecações em humanos até a realização de dissecações em praça pública por Andrea Vesalius. Também são abordados conceitos como acidentes anatômicos, padrão de normalidade, variação anatômica, anomalia anatômica e monstruosidade anatômica.
Histórico anatômico cronológico:
Anatomia na Grécia, a. C:
Alcméon de Cróton realizou os mais antigos registros anatômicos reais em torno de 500 a.C.
Hipócrates é conhecido como “Pai da Medicina” e um dos fundadores da ciência anatômica. Realizou feitos de 460-377 a. C, mais ou menos.
Aristóteles foi o fundador da anatomia comparativa e o primeiro a utilizar o termo anatome.
De 130 - 200 a. D era proibido dissecações em humanos.
Herófilo da Calcedônia: “Pai da Anatomia”. Realizou feitos em 300 a. C
Anatomia no Império Romano A. D:
Em 50 a. D, Rufo de Éfeso escreve o primeiro livro de nomenclatura anatômica.
Em 130-200 a. D Galeno de Pérgamo, o “príncipe dos médicos” demonstrou e escreveu sobre a anatomia.
Século XIV:
Em 1276-1326 d. C, Mondino de Luzzi, o “restaurador da anatomia”, realizou dissecações públicas em Bolonha.
Séculos XV - XVI:
1452-1519 d. C: Leonardo Da Vinci
1476-1564 d. C: Michelângelo di Lodovico Buonarroti Simoni, começa a realizar desenhos de dissecações durante a criação do teto da Capela Cistina.
1514-1564 d. C: Andrea Vesalius começa a realizar dissecações em praça pública com presos mortos. Ele foi o marco da anatomia, onde surge a anatomia reformada: “De humani corporis fábrica”.
Século XVII:
Ocorre a liberação para a dissecação somente em escolas médicas e a criação de museus anatômicos.
No período de 1578-1627, William Harvey realiza a introdução da orientação fisiológica na anatomia e nos mostra a anatomia da circulação sanguínea.
Século XVIII:
De 1733-1794, Caspar Friedrich Wolff estabelece na anatomia a embriologia moderna.
Séculos XIX e XX:
Neste período ocorreram diversas mudanças que nos trazem à anatomia atual. São elas:
→ Dissecações anatômicas realizadas por estudantes de medicina compulsoriamente;
→ Publicação de atlas;
→ Escassez de cadáveres para dissecação e demonstrações anatômicas, sendo realizados obtenções de corpos por meios ilegais;
→ 1808: a referência em anatomia no Brasil é o baiano Prof. Dr. José Soares de Castro;
→ 1914: temos em São Paulo o Prof. Dr. Alfonso Bovero que auxiliou a formar a escola de medicina da USP;
→ Os sucessores destes grandes nomes da anatomia são: Renato 
, Liberati Didio… E o sucessor contemporâneo é Edson Aparecido Liberti.
Anatomia Humana - Definição:
O ramo da morfologia que estuda as estruturas que compõe o organismo humano e, também, a relação entre estas estruturas, é a anatomia.
A morfologia é dividida em quatro partes:
· Anatomia
· Histologia
· Citologia
· Embriologia
Os tecidos fundamentais do corpo humano são:
· Tecido epitelial
· Tecido conjuntivo 
· Propriamente dito
· Adiposo
· Cartilaginoso
· Ósseo
· Sanguíneo
· Tecido nervoso
· Tecido muscular
Os sistemas do corpo humano são divididos em:
· Sistema esquelético
· Sistema articular
· Sistema muscular
· Sistema digestório
· Sistema respiratório
· Sistema circulatório
· Sistema linfático
· Sistema urinário
· Sistema genital
· Sistema endócrino
· Sistema tegumentar
· Sistema sensorial
· Sistema nervoso
Aparelhos do Corpo Humano:
Os aparelhos são sistemas agrupados.
Ex. 1. Aparelho Locomotor: sistema esquelético + sistema muscular
1. Aparelho Urogenital: sistema urinário + sistema genital.
Normal e Variação Anatômica:
· Normalidade: descrições anatômicas que obedecem, necessariamente, a um padrão que não inclui a possibilidade das variações. Portanto, corresponde ao que ocorre com maior frequência, há as mesmas características dentro de um grupo de indivíduos, é estatístico.
· Variação Anatômica: são diferenças anatômicas morfológicas, que podem se apresentar externa ou em qualquer dos sistemas do organismo, sem que isto traga prejuízo funcional para o indivíduo. Resumindo: a morfologia muda, mas se mantém a função sem alterações.
→ Fatores Gerais de Variação Anatômica:
· Idade
· Sexo
· Grupos étnicos
· Biotipos (longilíneos, brevilíneos, mediolíneos)
· Evolução (fósseis)
· Anomalia Anatômica: são variações morfológicas que determinam perturbação funcional. Resumindo: alteração morfológica que causa prejuízo à função. Ex. polidactilia, lábio leporino.
· Monstruosidade Anatômica: quando a anomalia é acentuada de modo a deformar profundamente a construção do corpo do indivíduo, sendo, em geral, incompatível com a vida. Ex. Agenesia do encéfalo (anencefalia).
Nomenclatura Anatômica:
Definição: é o conjunto de termos empregados para designar o organismo e suas partes.
No século XIX existiam cerca de 50.000 termos anatômicos. Hoje existem cerca de 5.000
Princípios: de preferência, casa estrutura seja designada por um único termo. Os termos utilizados são em latim. São termos fáceis de memorizar, mas como valor informativo.
Que o epônimos e citações míticas não sejam empregados.
· Epônimo - Nomenclatura atual:
· Ilhotas de Langherans: Ilhotas pancreáticas
· Trompas de Eustáquio: Tubas auditivas
· Trompas de Falópio: Tubas uterinas
· Pomo de Adão: Proeminência laríngea
· Tendão de Aquiles: Tendão calcâneo
· Polígono de Willis: Círculo arterial do cérebro.
Cavidades do Corpo Humano:
· Cavidade Craniana
· Cavidade Torácica
· Cavidade Abdominal
· Cavidade Pélvica
Termos de Posição, Situação e Direção:
· Mediano: situado ao longo do plano sagital mediano
· Medial: viltado para o plano sagital mediano
· Lateral: voltado para o plano lateral
· Intermédio: entre uma estrutura lateral e outra medial
· Anterior: voltado para o plano frontal (anterior)
· Posterior: voltado para o plano posterior
· Médio: entre uma estrutura e outra, sendo uma posterior e outra anterior
· Proximal: mais próximo da raiz do membro
· Distal: mais distante da raiz do membro
· Membro: entre uma estrutura proximal e outra distal
· Interno: parte voltada para o interior (dentro ou próximo do centro)
· Externo: parte voltada para o exterior (fora ou distante do centro de um órgão ou cavidade)
· Médio: entre uma estrutura externa e outra interna
· Superficial: estrutura mais próxima da superfície
· Profunda: estrutura mais distante da superfície
· Intermédia: entre a estrutura superficial e profunda.
Termos Gerais de Construção Corpórea nos Vertebrados:
· Antimeria: corpo humano formado por duas metades -direita e esquerda-, não simétricos
· Metameria:superposição no sentido longitudinal evidente no embrião, conservando-se no adulto apenas em algumas estruturas
· Paquimeria: corpo humano constituído por duas cavidades: anterior (paquímero ventral) e posterior (paquímero dorsal)
· Estratificação: corpo humano constituído por camadas sobrepostas, da superfície à profundidade.
Osteologia
Este documento apresenta informações sobre a osteologia, incluindo as funções dos ossos, as células do tecido ósseo, a matriz óssea, os tipos de substância óssea, os ossos do esqueleto axial e apendicular superior e inferior, a classificação morfológica e funcional dos ossos.
O esqueleto humano, é constituído por 206 ossos e didaticamente e dividido em esqueleto axial (tem 80 ossos), e esqueleto apendicular (126 ossos).
Funções dos Ossos:
· Sustentação de órgãos e tecidos;
· Alavanca de movimento;
· Proteção de órgãos e tecidos;
· Armazenamento de minerais (cálcio e fósforo são os mais abundantes)
· Hematopoiese
· Reserva energética
Células do Tecido Ósseo:
Osteoblastos: são células jovens e metabolicamente muito ativas, eles retiram íons como cálcio e fósforo da corrente sanguínea para a matriz óssea.
Osteócito: é uma célula madura, metabolicamente, menos ativa que os osteoblastos. Sendo responsável pela manutenção da matriz óssea.
Osteoclasto: é responsável por remodelar e reabsorver a matriz óssea.
Matriz Óssea:
Matriz Orgânica: representa aproximadamente 30% da matriz óssea. É constituída por carboidratos, proteínas e colágeno. O colágeno promove a resistência ao tecido ósseo.
Matriz inorgânica: promove a dureza ao tecido ósseo, sendo formada por cristais de hidroxiapatita. Essa matriz representa aproximadamente 70% do osso.
Tipos de Substância Óssea:
Osso compacto: encontra-se externamente e promove resistência aos ossos sendo muito pesado.
Osso esponjoso: encontra-se inteiramente e confere leveza internamente.
Ossos do Esqueleto Axial:
· Ossos do crânio
· Osso Hioide
· Osso esterno
· Osso costela: 7 pares verdadeiras, 3 pares falsas, 2 pares flutuantes.
· Coluna vertebral:
· Região cervical: é constituída por 7 vértebras, sendo a primeira denominada atlas e a segunda chada de áxis. A maioria apresentando três forames e processo espinhoso bífido
· Região torácica: é constituída por 12 vértebras, as quais tem como características um único forame arredondado e processo espinhoso pontiagudo e verticalizado e presença fóveas costais.
· Região lombar: é constituída por 5 vértebras com as seguintes características: forame vertebral triangular, processo espinhoso quadrangular e achatado.
· Região sacral: é constituído por 5 vértebras unidas em um único osso com formato triangular chamado de osso sacro
· Região coccígea: é constituído por aproximadamente entre 3 a 4 vértebras.
Ossos do Esqueleto Apendicular Superior e Inferior:
· Superior:
1. Braço: osso úmero
2. Antebraço: radio (lateral) e ulna (medial)
3. Mão: ossos do carpo, metacarpo e falange
· Inferior:
1. Coxa: fêmur
2. Perna: tíbia (medial) e fíbula (lateral)
3. Joelho: patela
4. Pé: ossos do tarso, metatarso e falanges
 Os ossos escapula e clavícula são ossos do cíngulo que promovem a união entre o esqueleto axial e o esqueleto apendicular superior.
Os ossos do quadril (ílio, ísquio, púbis) são ossos do cíngulo inferior, portanto promovem a união entre esqueleto axial e o esqueleto apendicular inferior
Classificação Morfológica dos Ossos
1. Osso longo: são ossos em que o comprimento e maior do que a largura e a espessura. São encontrados nos membros.
Partes de um osso longo:
· Epífise proximal
· Epífise distal
· Diáfise
· Canal medular
· Metáfise (placa de crescimento) 
· Periósteo - e uma membrana de tecido conjuntivo muito inervada e muito vascularizada, responsável pela dor nos ossos. 
2. Osso curto: são ossos em que a largura, o comprimento e a espessura se equivalem (dado). São encontrados no carpo e no tarso.
3. Ossos irregulares: são ossos que não tem uma forma geométrica definida e normalmente possui muitos processos. São encontrados no crânio e na coluna vertebral.
4. Osso plano: são ossos de superfície larga e achatada encontrados principalmente no crânio ex.: frontal, parietais, temporais e occipital
Os ossos planos do crânio possuem a díploe (duas camadas de osso compacto entre uma camada de osso esponjoso) o periósteo neste caso encontra-se na camada externa e nunca na cama interna.
5. Ossos pneumáticos: tem cavidades para a passagem de ar.
6. Osso sesamoide: são ossos que ficam entre tendões (patela) e são classificados como funcional para ajudar na biomecânica da articulação.
Classificação Funcional dos Ossos
Ossos pneumáticos: são ossos que possuem cavidades ocupadas com ar. Tornando o crânio mais leve, são exemplos de ossos pneumáticos:
· Osso frontal
· Osso maxila
· Etmoide
· Esfenoide
Osso sesamoide: são ossos que ficam localizado entre tendões contribuindo para a eficiência do movimento.
Artrologia
Este documento apresenta informações sobre artrologia, incluindo a classificação das articulações de acordo com o tecido interposto, a presença ou ausência de cavidade articular, e o formato da superfície articular. Também são abordados componentes acessórios das articulações, como os ligamentos, meniscos e lábios, além de bolsas ou bursas que evitam o atrito entre as estruturas. Por fim, é mencionado que a artrite é a inflamação da cartilagem articular e a artrose é o desgaste da cartilagem articular.
Articulação:
Se tem articulação, naquela região terá movimento.
· Superfície articular: região de contato entre osso com osso, ou seja, a superfície do osso está se articulando com o outro osso
· Classificação quanto ao tecido interposto: classificar considerando o tecido que esta entre as superfícies articulares.
Só encontramos o tecido conjuntivo modelado em tendão e ligamento
Se o que estiver interposto entre as superfícies articulares for tecido conjuntivo denso não modelado é tecido fibroso. As articulações do tipo fibrosas não possuem cavidade articular. (ex. ossos do crânio).
Quando ocorre ossificação da articulação ela é classificada como uma sinostose.
Quando temos tecido interposto entre as superfícies cartilagíneas, temos tecido cartilaginoso. Não possui cavidade articular. 
· Suturas: menos tecido conjuntivo denso não modelado entre as superfícies articulares (ossos do crânio)
· Sindesmoses: mais tecido conjuntivo denso não modelado entre as superfícies articulares (a. tibio-fibular distal)
Tecido conjuntivo denso não modelado também pode ser chamado de membrana interóssea na literatura.
 Entre o rádio e a ulna, e a tiba e a fíbula, existe uma grande quantidade de tecido conjuntivo denso não modelado (TCDNM).
· Gonfose: articulações fibrosas entre o osso e o dente. Só existem neste local.
Articulação Cartilagínea:
A articulação cartilagínea pode ser classificada em:
· Primaria (sincondrose): interposta por cartilagem hialina (é esbranquiçada), ex. laminas de crescimento, entre as costelas e o esterno
· Secundaria (sínfise): interposta por disco de fibrocartilagem ex. discos vertebrais (entre os corpos vertebrais), sínfise púbica (entre os ossos púbis)
Esse tipo de cartilagem não apresenta cavidade articular
Articulação Sinovial:
Articulação sinovial é interposta por uma cápsula articular com tecido conjuntivo denso não modelado. Essa cápsula envolve a articulação, e dentro dela há uma cavidade articular. Dentro dessa cavidade, há revestindo a superfície articular, uma camada de cartilagem hialina para evitar atrito e desgaste desta superfície óssea. E no meio dessa cavidade articular temos o líquido sinovial para ocorrer o livre movimento entre os ossos. Sempre interposto por cápsula articular.
O líquido sinovial serve para lubrificar e nutrir a articulação. Ele é produzido pela própria capsula articular. (Componente essencial)
A capsula articular tem duas membranas: fibrosa (externa - tem função de resistência e estabilização da articulação) e sinovial (interna - produz o líquido sinovial realizando a ultrafiltragem do sangue que chega nesta região).(Componentes essenciais)
Artrite é a inflamação da cartilagem articular. Artrose é o desgaste da cartilagem articular.
Ligamentos:
Menisco só há no joelho, ele é um meio disco para melhorar o contato entre as superfícies articulares. Ele é um componente acessório.
Lábios: tem a função de aprofundar a cavidade, e encontramos no ombro e no quadril para dar mais estabilidade para a articulação. Ele é um componente acessório.
Os ligamentos fornecem estabilidade para a articulação. Por enquanto ele é um componente acessório.
Conforme o formato da superfície articular, tem uma classificação.
Classificação Funcional das Articulações:
Quando a articulação não mexe nada: sinartrose (ossos do crânio)
Quando a articulação mexe pouco (fibrosa e cartilagínea): anfiartrose
Quando a articulação mexe muito: diartrose (sinovial)
Bolsas ou Bursas: estão nas articulações para evitar atrito entre as estruturas, funcionando como coxins. São preenchidas por líquido sinovial. Toda vez que tem um dano ou lesão no corpo há a inflamação dessas bolsas. A inflamação antecede o reparo do tecido.
Generalidades do sistema circulatório
Sistema Circulatório:
Este resumo apresenta uma visão geral do sistema circulatório, incluindo o sistema linfático e cardiovascular. O sistema cardiovascular e composto pelo coração, sangue e vasos sanguíneos, e o coração é constituído por quatro câmaras cardíacas. O sangue e formado por uma parte liquida e uma parte “sólida”, e os vasos sanguíneos apresentam três túnicas. A aorta tem uma camada média com músculo liso e muitas camadas de fibras elásticas, e as veias são vasos de capacitância. A aorta tem três ramificações principais: tronco braquiocefálico, artéria carótida comum esquerda e subclávia esquerda.
A função da circulação é de suprir as necessidades dos tecidos corporais, manter o ambiente apropriado em todos os líquidos teciduais do organismo para que as células sobrevivam e funcionem de maneira ótima.
Em alguns órgãos, como os rins, a circulação está muito além de suas necessidades metabólicas, e está relacionada a sua função excretora, o que demanda que grande volume de sangue seja filtrado a cada minuto.
O coração e os vasos sanguíneos, por sua vez, são controlados para produzir o débito cardíaco e a pressão arterial necessários para gerar o fluxo sanguíneo tecidual requerido.
A circulação divide-se em circulação sistêmica e circulação pulmonar. A circulação sistêmica promove o fluxo sanguíneo para todos os tecidos corporais, exceto para os pulmões, é também chamada de grande circulação ou circulação periférica.
A função das artérias é a de transportar sangue sob alta pressão para os tecidos. Por esse motivo, tem fortes paredes vasculares, e nelas o sangue flui em alta velocidade.
As arteríolas são pequenos ramos finais do sistema arterial; elas agem como condutos de controle pelos quais o sangue é liberado para os capilares. Elas têm forte parede muscular, capaz de ocluir completamente os vasos ou com seu relaxamento dilatá-los, multiplicando seu diâmetro, sendo capaz dessa forma de alterar muito o fluxo sanguíneo em cada tecido em resposta à sua necessidade.
A função dos capilares é a troca de líquidos, nutrientes, eletrólitos, hormônios e outras substâncias entre o sangue e o líquido intersticial. Para exercer essa função, as paredes capilares são muito finas e tem numerosos minúsculos poros capilares permeáveis à água e outras pequenas substâncias moleculares.
As vênulas coletam o sangue dos capilares e de forma gradual coalescem, formando veias progressivamente maiores.
As veias funcionam como condutos para transporte de sangue das vênulas de volta ao coração; além disso, atuam como importante reservatório de sangue extra. A pressão no sistema venoso é muito baixa, as paredes das veias são finas.
Nos capilares, ocorre a função amis importante da circulação: a difusão de substâncias do sangue para os tecidos e vice-versa.
Coração:
O coração é formado por duas bombas distintas: o coração direito, que bombeia sangue para os pulmões, e o coração esquerdo, que bombeia sangue para os órgãos periféricos. Por sua vez, cada um desses corações é uma bomba pulsátil de duas câmaras, composta por um átrio e um ventrículo. Cada átrio é fraca bomba de escorva (primer pump) para o ventrículo, ajudando a propelir o sangue para o seu interior. Os ventrículos, por sua vez, fornecem a força de bombeamento principal que propele o sangue através da circulação pulmonar, partindo do ventrículo direito, ou da circulação periférica, do ventrículo esquerdo.
Mecanismos especiais no coração promovem a sucessão contínua de contrações cardíacas, chamadas de ritmo cardíaco, transmitindo potenciais de ação pelo músculo cardíaco, transmitindo potenciais de ação pelo músculo cardíaco, causando os batimentos rítmicos do coração.
O coração é composto por três tipos principais de músculo: o músculo atrial, o músculo ventricular e as fibras especializadas excitatórias ou condutoras. As fibras musculares cardíacas se dispõem em malha ou treliça com as fibras se dividindo, se recombinando e, de novo, se separando.
O músculo cardíaco é estriado, como um típico músculo esquelético. Além disso, o músculo cardíaco contém miofibrilas típicas, com filamentos de actina e miosina, quase idênticos aos encontrados nos músculos esqueléticos; esses filamentos se dispõem lado a lado e deslizam juntos durante as contrações, como ocorre nos músculos esqueléticos.
O coração na verdade é composto por dois sincícios; o sincício atrial, que forma as paredes dos dois átrios, e o sincício ventricular, que forma as paredes dos ventrículos. Os átrios são separados dos ventrículos por tecido fibroso que circunda as aberturas das valvas atrioventriculares (A-V), entre os átrios e os ventrículos.
Essa divisão do músculo cardíaco em dois sincícios funcionais permite que os átrios se contrariam pouco antes da contração ventricular, o que é importante para a eficiência do bombeamento cardíaco.
Após o potencial em ponta (spike) inicial, a membrana permanece despolarizada durante cerca de 0,2 segundo, exibindo um platô, do qual se segue repolarização abrupta. A presença desse platô no potencial de ação faz a contração muscular ventricular durar até 15 vezes mais que as contrações observadas no músculo esquelético.
Resumindo: O músculo cardíaco começa a se contrair poucos milissegundos após o potencial de ação ter início e continua a se contrair por alguns milissegundos após o final desse potencial de ação. Assim, a duração da contração do potencial de ação, incluindo o platô - por volta de 0,2 segundo, no músculo atrial, e 0,3 segundo, no músculo ventricular.
Os átrios são as câmaras cardíacas receptoras. O sangue chega até eles por meio das veias cava inferior e veia cava superior.
As valvas atrioventriculares (A-V), tricúspide e mitral, evitam que o refluxo de sangue dos ventrículos para os átrios durante a sístole, e as valvas semilunares (pulmonar e aórtica) impedem o refluxo da aorta e das artérias pulmonares para os ventrículos durante a diástole.
A valva tricúspide é localizada entre o átrio e o ventrículo direito, é o meio de passagem do sangue de uma câmara para outra. Já a valva mitral, é localizada entre o átrio e o ventrículo esquerdo.
O ciclo cardíaco consiste no período de relaxamento, chamado diástole, durante o qual o coração se enche de sangue, seguido pelo período de contração, chamado sístole.
O líquido extracelular é transportado para todas as partes do corpo em dois estágios. O primeiro é a movimentação do sangue pelo corpo, nos vasos sanguíneos, e o segundo é a movimentação de líquido entre os capilares sanguíneos e os espaços intercelulares entre as células do tecido. Todo o sangue na circulação percorre todo o circuito circulatório, em média, uma vez a cada minuto, quando o corpo está em repouso e até por seis vezes por minuto, quando a pessoa está extremamente ativa.
Existem três tipos de vasos sanguíneos: artérias, veias e capilares. O sangue sai do coração sob alta pressão e é distribuído para o corpo por um sistemaramificado de artérias com paredes espessas. Os vasos de distribuição final, arteríolas, levam o sangue oxigenado para os capilares. Os capilares formam um leito capilar, onde ocorre troca de oxigênio, nutrientes, resíduos e outras substâncias com o líquido extracelular. O sangue do leito capilar entra nas vênulas de paredes finas, semelhantes a capilares largos. As vênulas drenam para pequenas veias que se abrem para veias maiores. As veias maiores, que são as veias cavas superior e inferior, reconduzem o sangue pouco oxigenado para o coração.
A maioria dos vasos sanguíneos do sistema circulatório têm três camadas ou túnicas:
· Túnica íntima: é um revestimento interno formado por uma única camada de células epiteliais muito achatadas, o endotélio, sustentado por delicado tecido conjuntivo. Os capilares são formados apenas por essa túnica, e os capilares sanguíneos também têm uma membrana basal de sustentação.
· Túnica média: uma camada intermediária que consiste basicamente em músculo liso.
· Túnica externa: uma bainha ou camada externa de tecido conjuntivo.
A túnica média é a mais variável. Artérias, veias e vasos linfáticos são distinguidos pela espessura dessa camada em relação ao tamanho do lúmen, sua organização, e, no caso das artérias, de quantidades variáveis de fibras elásticas.
Artérias:
As artérias são vasos sanguíneos que conduzem sangue sob pressão relativamente alta (em comparação com as veias correspondentes) do coração e distribuem-no para o corpo. O tamanho e o tipo das artérias formam um continuum - isto é, há uma mudança gradual das características morfológicas de um tipo para o outro. Existem três tipos de artérias:
· As grandes artérias elásticas (artérias condutoras) têm muitas camadas elásticas (lâminas de fibras elásticas) em suas paredes. Inicialmente, essas grandes artérias recebem o débito cardíaco. A elasticidade permite sua expansão quando recebem o débito cardíaco dos ventrículos, minimizando a variação da pressão, e o retorno do tamanho normal entre as contrações ventriculares, quando continuam a empurrar o sangue para as artérias médias a jusante. Ex de grandes artérias elásticas são a aorta, as artérias que se originam no arco da aorta (tronco braquioencefálico, artéria subclávia e artéria carótida), além do tronco e das artérias pulmonares.
· As artérias musculares médias (artérias distribuidoras) têm paredes formadas principalmente por fibras musculares lisas dispostas de forma circular. Sua capacidade de reduzir seu diâmetro (vasoconstrição) controla o fluxo sanguíneo para diferentes partes do corpo, conforme exigido pela circunstância (ex: atividade de termorregulação). As contrações pulsáteis de suas paredes musculares (seja qual for o diâmetro do lúmen) causam a constrição temporária e rítmica dos lúmens em sequência progressiva, propelindo o sangue para várias partes do corpo. As artérias nominadas, inclusive aquelas observadas na parede do corpo e nos membros durante a dissecção, como as artérias braquial ou femoral, são, em sua maioria, artérias musculares médias.
· As pequenas artérias e arteríolas têm lúmens relativamente estreitos e paredes musculares espessas. O grau de enchimento dos leitos capilares e o nível da pressão arterial no sistema vascular são controlados principalmente pelo grau de tônus (firmeza) no músculo liso das paredes arteriolares. Se o tônus for maior que o normal, ocorre hipertensão (aumento da pressão arterial). As pequenas artérias geralmente não têm nomes nem identificação específica durante a dissecção, e as arteríolas só podem ser vistas quando ampliadas.
As anastomoses (comunicações) entre os múltiplos ramos de uma artéria oferecem vários possíveis desvios para o fluxo sanguíneo em caso de obstrução do trajeto habitual por compressão pela posição de uma articulação, doença ou ligadura cirúrgica.
As artérias que não se anastomosam com as artérias adjacentes são artérias terminais verdadeiras (anatômicas). A oclusão de uma artéria terminal interrompe o suprimento sanguíneo para a estrutura ou segmento do órgão que irriga. As artérias terminais verdadeiras suprem a retina, por exemplo, onde a oclusão resulta em cegueira. Embora não sejam artérias terminais verdadeiras, artérias terminais funcionais (artérias com anastomoses insuficientes) irrigam segmentos do encéfalo, fígado, rins, baço e intestinos; também podem ser encontradas no coração.
Veias:
As veias geralmente reconduzem o sangue pobre em oxigênio dos leitos capilares para o coração, o que confere às veias uma aparência azul-escura. As grandes veias pulmonares são atípicas porque conduzem sangue rico em oxigênio dos pulmões para o coração. Em vista da menor pressão sanguínea no sistema nervoso, as paredes (especificamente, a túnica média) das veias são mais finas que as das artérias acompanhantes. Normalmente, as veias não pulsam e não ejetam nem jorram sangue quando secionadas. Existem três tamanhos de veias:
· As vênulas são as menores veias. Elas drenam os leitos capilares e se unem a vasos semelhantes para formar pequenas veias. Sua observação requer ampliação. As pequenas veias são tributarias de veias maiores que se unem para formar plexos venosos, como o arco dorsal do pé. As pequenas veias não recebem nome.
· As veias medias drenam plexos venosos e acompanham as terias medias. Nos membros e em alguns outros locais onde a forca da gravidade se opõe ao fluxo sanguíneo, as veias medias têm válvulas. Válvulas venosas são projeções (retalhos passivos) do endotélio com seios valvulares calcificarmos que enchem por cima. O mecanismo valvular também fragmenta as colunas de sangue nas veias em pequenos segmentos, reduzindo a pressão de retorno. Ambos os efeitos tornam mais fácil para a bomba musculovenosa superar a forca da gravidade para retornar o sangue ao coração. Os exemplos de veias medias incluem as denominadas veias superficiais (veias cefálica e basílica dos membros superiores e as veias safena magna e parva dos membros inferiores) e as veias acompanhantes que recebem o mesmo nome das artérias que acompanham.
· As grandes veias são caracterizadas por largos feixes de músculo liso longitudinal e uma túnica externa bem desenvolvida. Um exemplo é a veia cava superior.
O número de veias é maior que o de artérias. Embora suas paredes sejam mais finas, seu diâmetro costuma ser maior que o diâmetro da artéria correspondente. No entendo, em razão do maior diâmetro e à capacidade de expansão das veias, em geral apenas 20% do sangue estão nas artérias, enquanto 80% encontram-se nas veias.
As veias tendem a ser duplas ou múltiplas. Aquelas que acompanham as artérias profundas - veias acompanhantes - circundam-nas em uma rede com ramificações irregulares.
As veias acompanhantes ocupam uma bainha vascular fascial relativamente rígida junto com a artéria que acompanham. Consequentemente, quando a artéria se expande durante a contração do coração, as veias são distintas e achatadas, o que ajuda a conduzir o sangue venoso para o coração - uma bomba arteriovenosa.
As veias sistêmicas saem naus variáveis do que as artérias, e as anastomoses venosas - comunicações naturais, diretas ou indiretas, entre duas veias - são mais frequentes. A expansão externa dos ventres dos músculos esqueléticos que se contraem nos membros, limitado pela fáscia muscular, comprime as veias, “ordenhando” o sangue para cima em direção ao coração; outro tipo (musculovenoso) de bomba venosa. As válvulas venosas interrompem as colunas de sangue, aliviando, assim, a pressão nas partes mais baixas e só permitindo que o sangue venoso flua em direção ao coração. A congestão venosa que ocorre nos pés quentes e cansados ao fim de um dia de trabalho é aliviada repousando-se os pés sobre um banco mais alto que o tronco (do corpo). Essa posição dos pés também ajuda no retorno venoso do sangue para o coração.
Capilares Sanguíneos:
Os capilares são tubos endoteliais simples que unem os lados arterial e venoso da circulação e permitem a troca de materiais com líquido extracelular (LEC) ou intersticial. Os capilaresgeralmente são organizados em leitos capilares, redes que unem as arteríolas e as vênulas. O sangue entra nos leitos capilares por meio das arteríolas que controlam o fluxo e é drenado pelas vênulas.
Em algumas situações, o sangue atravessa dois leitos capilares antes de voltar ao coração, um sistema venoso que une dois leitos capilares constitui um sistema venoso porta. O sistema venoso no qual o sangue rico em nutrientes passa dos leitos capilares do sistema digestório para os leitos capilares ou sinusoides do fígado - o sistema porta do fígado é o principal exemplo.
Sistema Linfático:
Embora o sistema linfático esteja presente em quase todo o corpo, a maior parte não é visível no cadáver. Ainda assim é essencial para a sobrevivência. No entanto, até 3 litros de líquido deixam de ser reabsorvidos pelos capilares sanguíneos todos os dias. Além disso, parte da proteína plasmática passa para os espaços extracelulares, e o material originado nas próprias células teciduais que não atravessa as paredes dos capilares sanguíneos, como o citoplasma das células que se desintegram, entra continuamente no espaço em que vivem as células. Se houvesse acúmulo desse material nos espaços extracelulares, haveria osmose inversa, atraindo ainda mais líquido e provocando edema (excesso de líquido intersticial, que se manifesta na forma de inchaço).
Assim, o sistema linfático constitui um tipo de sistema de “hiper fluxo” que permite a drenagem do excesso de líquido tecidual e das proteínas plasmáticas que atravessam para a corrente sanguínea, e a remoção de resíduos resultantes da decomposição celular e infecção. Os componentes importantes do sistema linfático são:
· Plexos linfáticos: redes de capilares linfáticos de fundo cego que se originam nos espaços extracelulares (intercelulares) da maioria dos tecidos. Como são formados por um endotélio muito fino, que não tem membrana nasal, proteínas plasmáticas, bactérias, resíduos celulares, e até mesmo células inteiras (principalmente linfócitos), entram neles com facilidade junto com o excesso de líquido tecidual.
· Vasos linfáticos: vasos de paredes finas com muitas válvulas linfáticas que compõem uma rede por quase todo o corpo para drenar a linfático dos capilares linfáticos. Os troncos linfáticos são grandes vasos coletores que recebem linfático de múltiplos vasos linfáticos. Os capilares e os vasos linfáticos são encontrados em quase todos os lugares onde há capilares sanguíneos, com exceção, por exemplo, dos dentes, dos ossos, da medula óssea e de todo o sistema nervoso central (SNC) (O excesso de líquido tecidual do SNC drena para o líquido cerebrospinal).
· Linfa: o líquido tecidual que entra nos capilares linfáticos e é conduzido por vasos linfáticos. Geralmente, a linfa transparente, aquosa e discretamente amarelada e tem composição semelhante à do plasma sanguíneo.
· Linfonodos: pequenas massas de tecido linfático, encontradas ao longo do trajeto dos vasos linfáticos, que filtram a linfa em seu trajeto até o sistema venoso.
· Linfócitos: células circulantes do sistema imune que reagem contra materiais estranhos.
· Órgãos linfoides: partes do corpo que produzem linfócitos, como timo, medula óssea vermelha, baço, tonsilas e os nódulos linfáticos solitários e agregados nas paredes do sistema digestório e no apêndice vermiforme.
Os vasos linfáticos superficiais, mais numerosos que as veias na tela subcutânea e que se anastomosam livremente, acompanham a drenagem venosa e convergem para ela. Esses vasos finalmente drenam nos vasos linfáticos profundos que acompanham as artérias e recebem a drenagem de órgãos internos. É provável que os vasos linfáticos profundos também sejam comprimidos pelas artérias que acompanham, o que leva a ordenha da linfa ao longo desses vasos que têm válvulas, da mesma forma descrita antes sobre as veias acompanhantes.
Os vasos linfáticos superficiais e profundos atravessam os linfonodos (geralmente vários conjuntos) em seu trajeto no sentido proximal, tornando-se maiores à medida que se fundem com vasos que drenam regiões adjacentes. Os grandes vasos linfáticos entram em grandes vasos coletores, denominados troncos linfáticos, que se unem para formar o ducto linfático direito ou ducto torácico.
O ducto linfático direito drena a linfa do quadrante superior direito do corpo (lado direito da cabeça, do pescoço e do tórax, além do membro superior direito). Na raiz do pescoço, entra na junção das veias jugular interna direita e subclávia direita, o ângulo venoso direito.
O ducto torácico drena a linfa do restante do corpo. Os troncos linfáticos que drenam a metade inferior do corpo unem-se no abdome, algumas vezes formando um saco coletor dilatado, a cisterna do quilo. A partir desse saco (se presente), ou da união dos troncos, o ducto torácico ascende, entrando no tórax e atravessando-o para chegar ao ângulo venoso esquerdo (junção das veias jugular interna esquerda e subclávia esquerda).
A ligadura de um tronco linfático ou mesmo do próprio ducto torácico pode ter apenas um efeito transitório enquanto se estabelece um novo padrão de drenagem por intermédio das anastomoses linfático venosas - e posteriormente interlinfáticas - periféricas.
Outras funções do sistema linfático incluem:
· Absorção e transporte da gordura dos alimentos: capilares linfáticos especiais, denominados lácteos, recebem todos os lipídeos e vitaminas lipossolúveis absorvidos pelo intestino. Em seguida, o líquido leitoso, quilo, é conduzido pelos vasos linfáticos viscerais para o ducto torácico, e daí para o sistema venoso.
· Formação de um mecanismo de defesa do corpo: quando há drenagem de proteína estranha de uma área infectada, anticorpos específicos contra a proteína são produzidos por células imunologicamente competentes e/ou linfócitos enviados para a área infectada.
RESUMINDO:
Sistema Circulatório: o sistema circulatório é formado pelo coração e pelos vasos sanguíneos - artérias, veias e capilares. As artérias e veias (e os vasos linfáticos) têm três camadas ou túnicas - túnica íntima, túnica média e túnica externa. As artérias têm fibras elásticas e musculares em suas paredes, que permitem a propulsão do sangue em todo o sistema circulatório. As veias têm paredes mais finas do que as artérias e são distinguidas por válvulas que impedem o refluxo de sangue. Os capilares, como simples tubos endoteliais, são os menores vasos sanguíneos e fazem a ligação entre as menores artérias (arteríolas) e veias (vênulas).
Sistema Linfático: o sistema linfático drena o excesso de líquido dos espaços extracelulares para a corrente sanguínea. O sistema linfático também é uma parte importante do sistema de defesa do corpo. Os componentes importantes do sistema linfático são as redes de capilares linfáticos, os plexos linfáticos; os vasos linfáticos; a linfa; os linfonodos; os linfócitos; e os órgãos linfoides. O sistema linfático oferece uma via (relativamente) previsível para a disseminação de alguns tipos de células cancerosas em todo o corpo. A inflamação dos vasos linfáticos e/ou aumento dos linfonodos é um indicador importante de possível lesão, infecção ou doença (ex: câncer)
Miologia
Introdução à Miologia:
Etimologia da Terminologia:
Miologia é o estudo dos músculos. A palavra músculo foi atribuída a essas estruturas por associar o músculo com um camundongo de baixo do tapete.
Funções do Músculo:
Os músculos têm as funções de locomoção, estabilização, movimentação de substâncias, regulação do volume dos órgãos, dar forma ao corpo e geração de calor.
Tipos de Músculos:
O coração bate involuntariamente com impulsos do sistema nervoso autônomo.
Os músculos estriados esqueléticos se movimentam conforme a nossa vontade.
Soma = corpo
Os músculos lisos (órgãos) não possuem estrias. Suas células têm formato de fuso com seu núcleo centralizado.
O músculo estriado cardíaco possui células ramificadas, com discos intercalados e unicelulares. Elas funcionam como se fossem um sincício (uma única estrutura).
Os músculos estriados esqueléticos possuem suas fibras alongadas, cilíndricase com várias alongações.
Propriedades do Tecido Muscular:
Os músculos têm como propriedades a excitabilidade elétrica, contratilidade, extensibilidade, elasticidade.
Principais Componentes Anatômicos do Músculo Estriado Esquelético:
No ventre muscular encontrarmos as células e as extremidades (tendão - constituído de tecido denso modelado - tem formato de cordão) estão fixas em alguma estrutura.
Aponeurose: faixa de tendão, com a mesma constituição do tendão ex. Dorso da mão, planta do pé, lombar, na bainha do reto abdominal e no crânio temos a epitemoral.
Todo músculo tem revestimento de tecido conjuntivo (externo). Ele auxilia os músculos a não terem atrito entre si e facilita o deslize entre esses músculos, elas são chamadas de fáscias musculares.
Componentes do Tecido Conjuntivo:
Endomísio: revestimento mais interno que se encontra em um músculo. Está envolvendo individualmente cada fibra muscular.
Perimísio: revestimento em grupos de células musculares.
Epimísio: revestimento externo de tecido conjuntivo (fáscia muscular)
Classificação Anatômica:
A maioria dos músculos é denominada de acordo com a ação, fixação óssea, posição, função, comprimento e formato.
Classificação Quanto ao Formato:
Os músculos podem ser classificados conforme os seus formatos em:
· Planos
· Peniformes
· Fusiformes
· Triangulares
· Quadrados
· Circulares ou esfincterianos
Os músculos planos têm fibras paralelas, frequentemente com uma aponeurose - por exemplo, músculo oblíquo externo do abdome (músculo plano largo). O músculo sartório é um músculo plano estreito com fibras paralelas.
Os músculos peniformes são semelhantes a penas na organização de seus fascículos, e podem ser semipeniformes, peniformes ou multipeniformes - por exemplo, músculo extensor longo dos dedos (semipeniforme), músculo reto femoral (peniforme) e músculo deltoide (multipeniforme).
Os músculos fusiformes têm formato de fuso com um ou mais ventres redondos e espessos, de extremidades afiladas - por exemplo, músculo bíceps braquial.
Os músculos triangulares (convergentes) originam-se em uma área larga e convergem para formar um único tendão - por exemplo, músculo peitoral maior.
Os músculos quadrados têm quatro lados iguais - por exemplo, músculo reto do abdome entre suas interseções tendíneas.
Os músculos circulares ou esfincterianos circundam uma abertura ou orifício do corpo, fechando-os quando se contraem - por exemplo, músculo orbicular dos olhos.
Fixação Muscular - Inserção de Origem e Inserção Terminal:
Existem dois tipos de inserção muscular: a inserção de origem e a inserção terminal.
· Inserção de origem: a extremidade muscular é fixada no tecido ósseo que não se move (tendão curto).
· Inserção terminal: a extremidade muscular é fixada no tecido ósseo que se move (tendão longo).
A origem e a inserção podem mudar de acordo com o movimento.
Classificação dos Músculos Quanto a Inserção de Origem:
Quando a origem do músculo provém de mais de uma cabeça ou origem.
· Classificação dos músculos quanto a inserção terminal:
Tem inserção por mais de um tendão e pode ser classificado em:
· Bicaudado: dois tendões
· Policaudados: três ou mais tendões
· Classificação dos músculos quanto ao ventre muscular:
Esses tipos de músculos apresentam mais de um ventre, com tendões intermediários entre eles. São classificados em:
· Digástrico: dois ventres
· Poligástricos: maior número de ventres (reto do abdome)
Classificação Funcional:
Os músculos podem ser classificados como: agonista, sinergista, antagonista, fixadores ou posturais. O mesmo músculo pode agir em mais de uma forma funcional.
· Agonista: é o principal responsável pela produção de um movimento específico do corpo.
· Sinergista: esse tipo de músculo complementa a ação de um agonista e elimina movimentos indesejados. Pode ser um auxiliar direto de um músculo agonista, atuando como componente mais fraco ou mecanicamente menos favorável do mesmo movimento, ou pode ser um auxiliar indireto, servindo como fixador de uma articulação interposta quando um agonista passa sobre mais de uma articulação, por exemplo. Não é incomum que haja vários sinergistas auxiliando um agonista em determinado movimento.
· Antagonista: opõe-se à ação do agonista. Pode ser dividido em antagonista primário (se opõe diretamente ao agonista) e antagonista secundário (se opõe aos sinergistas).
· Fixadores ou posturais: conferem estabilidade para que ocorra o movimento. Estabilizam partes proximais de um membro, enquanto ocorre movimento nas partes distais.
Classificação Quanto a Ação:
Um único neurônio consegue se conectar com várias fibras musculares por meio das terminações nervosas. Assim se constitui uma unidade motora.
A placa motora é uma região especializada da membrana citoplasmática da fibra muscular, em que se observa a presença de receptores para o neurotransmissor acetilcolina.
Tipos de Contração Muscular:
Contração reflexa: quando há um reflexo para contrair o músculo.
Contração tônica: Tônus: contração mínima necessária para manter a forma do musculo. É perdido no sono profundo. Não gera movimento
Contração fásica: gera movimento, tendo uma diminuição ou aumento desse músculo. Ela pode ser dividida em:
Contração isotônica: o músculo muda de comprimento em relação à produção de movimento.
· Concêntrica: contração muscular
· Excêntrica: relaxamento do músculo
Contração Isomérica: mantém a força, mas não gera movimento.
Coluna Vertebral
Este documento apresenta informações sobre a coluna vertebral, incluindo suas curvaturas primárias e secundárias, suas articulações e ligamentos. Também são mencionados detalhes sobre as vértebras cervicais, torácicas e lombares, bem como o disco intervertebral e a herniação de disco.
12 pares de costelas para 12 vertebras torácicas.
Curvatura primária: primeira curvatura da coluna vertebral (feto). Também é chamada de Cifose, onde a concavidade é anterior ou a convexidade é posterior.
Com o passar do tempo, ocorre a inversão da curvatura da coluna cervical para uma convexidade anterior e chamada de lordose cervical ou uma curvatura secundaria.
O andador é um dos principais causador de traumatismo craniano infantil.
A coluna vertebral tem um papel importantíssimo na absorção e distribuição de carga, por conta de suas curvaturas fisiológicas.
Curvaturas Fisiológicas:
· Primária: cifose (torácica e sacral)
· Secundária: lordose (cervical e lombar).
· Hiperlordose: aumento da curvatura
· Hipercifose: aumento da curvatura
· Gibosidade costal: escoliose + hipercifose (corcunda de NotreDame).
Quando diminui a curvatura ocorre a retificação da coluna cervical.
As duas primeiras vertebras cervicais, as sacrais e o cóccix tem a diferença morfológica em sua estrutura.
Processos Articulares:
O processo transverso é chamado de costiforme somente na vertebra lombar.
Arco vertebral: é a junção do pedículo (anterior - entre o corpo e o processo transverso) com a lâmina (posterior - entre o processo transverso e o processo espinhoso)
Processo articular superior de uma vertebra se articula com o processo articular inferior da vertebra de cima. Ou o processo articular inferior de uma vertebra se articula com o processo articular superior da vertebra de baixo. Entre os processos vertebrais tem articulação sinovial (zigoapofisárias)
Processos articulares em verde.
Partes das Vértebras:
A coluna vertebral tem duas articulações: sínfise (entre os corpos vertebrais) e sinovial (entre os processos vertebrais)
Somente da vertebra lombar existe o processo mamilar. O forame vertebral é triangular
O corpo da vertebra torácica tem o formato de coração e seu forame vertebral é mais circular. Temos as fóveas costais que formam articulações sinoviais com as costelas.
O forame da vertebra cervical é circular e maior em comparação com o forame de vertebra. A articulação é chamada de atlantoaxial e está na linha mediana, realiza as movimentações de rotação e flexão.
 
Dente é sempre do áxis.
· Crista sacral mediana: fusão dos processos espinhosos.
· Crista sacral medial: fusão dos processos articulares.· Crista sacral lateral: fusão dos processos transversos
· Promontório do sacro: onde a 5ª vertebra lombar se apoia. O sacro só tem processo articular superior. Ainda tem uma sínfise entre essas vertebras.
Todas as vertebras do cóccix são fundidas, podendo ser de 3-4 vertebras.
A medula espinal vai até a LII, a diante só seguem as terminações nervosas.
Disco Intervertebral:
É um disco de fibrocartilagem, é composto externamente por um anel fibroso e internamente é composto por um núcleo pulposo.
Hérnia de disco é o extravasamento do núcleo pulposo.
O núcleo pulposo só extravasa quando o anel fibroso sofre degeneração.
Ligamentos:
Ligamento longitudinal: fica ao longo dos corpos vertebrais (posterior e anterior)
O ligamento que fecha o canal vertebral é o ligamento amarelo.
O ligamento que fica por cima dos processos espinhosos ao longo da coluna vertebral, é chamado de ligamento supraespinal.
Entre os processos espinhosos temos os ligamentos interespinoso.
Entre os processos transversos temos os ligamentos intertransversarios.
Generalidades do Sistema Nervoso
O Sistema Nervoso:
Este documento apresenta uma visão geral do sistema nervoso humano, incluindo a estrutura dos neurônios e células da glia, classificação morfológica e funcional dos neurônios, divisão do sistema nervoso, anatomia do cérebro, tronco encefálico e medula espinhal, nervos, gânglios nervosos e terminações nervosas, além da divisão funcional do sistema nervoso autônomo em simpático e parassimpático.
O sistema nervoso humano é o mais evoluído de todas as espécies. Dentro do tecido nervoso encontramos neurônio e células da glia ou neuroglia.
O neurônio é responsável pela excitação e impulso nervoso. Temos aproximadamente 87milhões de neurônios. Ele vai se excitar e produzir o potencial de ação.
As células da glia participam da barreira hemato encefálica, produzem bainha de mielina. Temos aproximadamente 87milhões de células da glia.
O núcleo do neurônio é localizado no corpo celular, também chamado de pericario ou soma. Os dendritos são como se fossem ‘’galhos’’. São receptores de estímulos, e os conduzem pelo corpo celular.
Axônio é o corpo do neurônio, única unidade cilíndrica e alongada. No final dele encontramos as ramificações terminais do axônio, que são chamados de botões sinápticos ou terminações nervosas. É onde encontramos o potencial de ação. Quando ele é revestido por bainha de mielina é chamado de axônio mielinizado, quando o encontramos sem essa bainha é chamado de axônio amielínico.
A bainha de mielina tem função de proteção e isolamento elétrico.
Os nódulos de Ranvier são os espaços entre a bainha de mielina onde ocorrem a despolarização do potencial de ação durante o impulso nervoso.
O impulso nervoso é unidirecional (tem um único sentido): dendritos → corpo celular → axônio → ramificações terminais do axônio.
A célula nervosa não entra em mitose, somente no hipocampo. Quando se perde neurônio não tem reposição.
Classificação Morfológica dos Neurônios:
· Multipolar: há várias terminações nervosas.
· Pseudounipolar: quando há somente uma terminação nervosa que sai do corpo celular e se divide pelo axônio.
· Bipolar: há dois polos.
Classificação Funcional dos Neurônios:
O pseudounipolar é um neurônio sensitivo (aferente). Ele se localiza na parte posterior da medula.
O neurônio motor (eferente) sempre vai estar ligado a um músculo, ou seja, ele vai fazer o músculo contrair. Ele fica localizado na parte anterior da medula.
Os axônios de ambos os neurônios se encontram para formar o nervo espinal ou nervo misto.
O interneurônio é um neurônio de associação que se localiza entre neurônios, eles vão processar determinada ação. Só os encontramos na medula e no encéfalo.
Células da Neuróglia/Glia:
· Células ependimárias: produzem o líquor.
· Os oligodendrócitos: produzem bainha de mielina no SNC.
· Os astrócitos: armazenam glicogênio em seu interior e participam da barreira hematoencefálica.
· A micróglia participa do processo de fagocitose no SNC.
· Célula de Schwann faz a bainha de mielina na parte periférica do sistema nervoso.
Essas células NÃO conduzem potencial de ação.
Divisão do Sistema Nervoso:
Embriológica:
O nosso sistema nervoso é produzido pela região central do ectoderma. Essa região sofre estímulos e se torna uma placa neural, após mais mitoses se torna um sulco neural, após se torna a goteira neural e por último se forma o tubo neural.
Dentro do tubo neural temos as vesículas primárias
Anatômica:
No sistema nervoso central (SNC) temos o cérebro e a medula espinhal, que são protegidos por ossos e meninges.
Meninges:
A aracnoide-máter é enrugada e fica muito próxima, quase aderida, a pia-máter.
Encéfalo:
O encéfalo é constituído por: cérebro, tronco encefálico e cerebelo. Nele temos substância cinzenta por fora e substância branca por dentro.
Na substância branca temos células neuroglia e fibras mielínicas
Na substância cinzenta temos corpos de neurônios, fibras amielinicas e células da neuroglia.
Na medula temos substância cinzenta (H medular) por dentro e substância branca por fora.
O cérebro é formado por telencéfalo + diencéfalo
O tronco encefálico é formado por mesencéfalo, ponte e bulbo
E por fim temos o cerebelo.
Telencéfalo:
É dividido em dois hemisférios, tem giros (voltas) e sulcos (depressões entre os giros)
O corpo caloso é responsável por unir os dois hemisférios, é constituído de substância branca (axônios com bainha de mielina e células da glia)
Existem dois sulcos principais: o sulco central e o sulco lateral.
Sulco central: divide o cérebro em posterior e anterior. A frente está localizado o lobo frontal. Posterior a esse sulco, adjacente ao osso parietal, encontra-se o lobo parietal, e mais atras temos o lobo occipital, adjacente ao osso occipital. E mais lateralizado, adjacente ao osso temporal, temos o lobo temporal.
O lobo da ínsula fica localizado abaixo do lobo temporal e os lobos frontal e parietal. Para acessá-lo devemos afastar os lobos pelo sulco lateral.
Cada lobo é responsável por uma função: 
· Lobo occipital: visão; 
· Lobo temporal: audição, memória (hipocampo), linguagem e interpretação, sistema límbico; 
· Lobo parietal: tem o giro pós- central que é responsável por receber informações sensitivas de tato, pressão, vibração, dor e temperatura; 
· Lobo frontal: temos o giro pré-central onde encontramos a área motora primaria (onde sairão os impulsos motores, principalmente para a medula espinal), o julgamento moral, a tomada de decisão, raciocínio, comportamento emocional; 
· Lobo da ínsula: comportamento emocional.
Diencéfalo:
É dividido em tálamo e hipotálamo.
· Tálamo: recebe informações sensoriais, motricidade e comportamento emocional.
· Hipotálamo: é responsável por regular o SNA, temperatura corporal, sono, comportamento emocional, sede, fome, sexo.
Cerebelo:
Fica posterior a ponte e ao bulbo, ele é responsável pelo equilíbrio, tônus muscular e aprendizado.
Tronco Encefálico:
É constituído por 3 partes:
· Mesencéfalo: controle visual e reflexos auditivos.
· Ponte: é responsável por expressões faciais e movimentos dos olhos
· Bulbo: regula batimentos cardíacos e sistema respiratório.
Medula Espinal:
Ela tem em torno de 45cm de comprimento, está localizada dentro da coluna vertebral (canal medular), nasce no forame magno e vai até a LII.
Quando chega na LII, a medula acaba no formato de cone, sendo assim chamado de cone medular. Abaixo da LII temos a cauda equina, onde encontramos os nervos e podemos realizar coleta de líquor e aplicação de medicações.
Temos as regiões chamadas de intumescências (regiões dilatadas): a intumescência cervical e a lombar. Por formar o plexo braquial e o plexo lombossacral.
Ao fim do cone temos o filamento terminal, ele é importante para fixar a medula no cóccix.
Na raiz dorsal há aglomeração de pseudounipolar criando assim o gânglio da raiz dorsal, já na raiz ventral não há gânglio, pois estão dentro da medula.
O nervo espinal misto → junção de gânglios → raiz dorsal (sensitiva) e raiz ventral (motora)→ radículas dorsais (sensitiva) e radículas ventrais (motora).
Todo nervo espinal é dividido em ramo posterior e ramo anterior, ambos têm informações mistas: sensitiva e motora.
Nervos:
Estruturas esbranquiçadas que são constituídas por axônios tanto sensitivos quanto motoros.
Tecido conjuntivo que está revestindo o axônio é o endoneuro, o perineuro reveste um grupo de axônios e o epineuro reveste tudo.
Os nervos são separados em cranianos (ligados ao encéfalo) e espinais ou raquidianos (ligados na medula)
Temos 12 pares de nervos cranianos e 31 pares de nervos raquidianos.
Gânglios Nervosos:
Estruturas constituídas por aglomerado de corpos celulares de neurônios e ficam fora do sistema nervoso central.
Terminações Nervosas:
São estruturas receptoras responsáveis por captar as diferentes informações sensoriais (sensitivas ou aferentes), distribuídas por todo o nosso corpo e por conduzir informação (motoras ou eferentes) ao órgão efetor (glândula ou músculo).
Divisão do Sistema Nervoso:
Funcional:
O sistema nervoso é dividido em somático e em visceral (autônomo ou neurovegetativo). o sistema nervoso neurovegetativo se divide em simpático e parassimpático. Eles funcionam involuntariamente.
O sistema nervoso simpático fica localizado no meio da medula, mais especificamente na coluna lateral da medula.
O sistema nervoso parassimpático está localizado dentro do tronco encefálico e na parte sacral da medula espinal. Fibras pré-ganglionares emergem do tronco encefálico com o III, VII, IX e X pares cranianos (vago) e emergem da medula espinal em S2 e S3; o nervo vago (X) contém aproximadamente 75% de todas as fibras parassimpáticas.
Neurovegetativo:
O SNS funciona diferente do SNP, um é o oposto do outro.
Englobo todos os nervos e centros nervosos que controlam a vida vegetativa, ou seja, as vísceras e as glândulas.
É responsável por organizar os ajustes homeostáticos do organismo.
É uma rede de neurônios interconectados e distribuídos amplamente no organismo.
Membrana Plasmática, Proteínas de Membrana, Transportes
Membrana Celular:
A membrana celular (também chamada de membrana plasmática) envolve a célula e é uma estrutura fina, flexível e elástica com apenas 7,5 a10 nanômetro de espessura. É composta quase que inteiramente de proteínas e lipídios. A composição aproximada é de 55% de proteínas, 25% de fosfolipídios, 13% de colesterol, 4% de outros lipídios e 3% de carboidratos.
Sua estrutura básica é uma bicamada lipídica, um filme fino de duas camadas de lipídios - cada camada com apenas uma molécula de espessura - que é contínua por toda a superfície celular. Intercaladas nesse filme lipídico estão grandes proteínas globulares.
A bicamada lipídica básica é composta por três tipos principais de lipídios - fosfolipídios, esfingolipídeos e colesterol. Os fosfolipídios são os lipídios mais abundantes da membrana celular. Uma extremidade de cada molécula de fosfolipídio é hidrofílica e solúvel em água. A outra extremidade é hidrofóbica e solúvel apenas em gorduras. A extremidade do fosfato fosfolipídio é hidrofílica, e a porção de ácido graxo é hidrofóbica.
Como as porções hidrofóbicas das moléculas de fosfolipídios são repelidas pela água, mas são mutualmente atraídas uma pela outra, elas têm uma tendência natural de se ligarem uma à outra no meio da membrana. As porções do fosfato hidrofílico constituem, então, as duas superfícies da membrana celular completa, em contato com a água intracelular no interior da membrana e a água extracelular na superfície externa.
A camada lipídica no meio da membrana é impermeável às substâncias usuais solúveis em água, como íons, glicose e ureia. Por outro lado, as substâncias solúveis em gordura, como oxigênio, dióxido de carbono e álcool, podem penetrar essa parte da membrana com facilidade. Os esfingolipídios, derivados de aminoálcool esfingosina, também possuem grupos hidrofóbicos e hidrofílicos e estão presentes em pequenas quantidades nas membranas celulares, principalmente nas células nervosas. Acredita-se que os esfingolipídios complexos das membranas celulares tenham várias funções, incluindo proteção contra fatores ambientais prejudiciais, transmissão de sinais e locais de adesão para proteínas extracelulares.
As moléculas de colesterol nas membranas também são lipídios porque seus núcleos de esteroides são altamente solúveis em gordura. Essas moléculas, de certo modo, estão dissolvidas na bicamada da membrana. Elas ajudam, principalmente, a determinar o grau de permeabilidade (ou impermeabilidade) da bicamada aos constituintes solúveis em água dos líquidos corporais. O colesterol também controla grande parte da fluidez da membrana.
Proteínas Integrais e Periféricas da Membrana Celular:
Essas proteínas são, principalmente, glicoproteínas. Existem dois tipos de proteínas da membrana celular, as proteínas integrais, que se projetam por todo o caminho através da membrana, e as proteínas periféricas, que estão fixadas somente em uma superfície da membrana e não penetram totalmente.
Muitas das proteínas integrais fornecem canais estruturais (ou poros) através dos quais moléculas de água e substâncias solúveis em água, especialmente íons, podem se difundir entre líquidos extracelular e intracelular. Esses canais de proteínas também têm propriedades seletivas que permitem a difusão preferencial de umas substâncias sobre outras. Outras proteínas integrais atuam como proteínas carreadoras para o transporte de substâncias que, de outra forma, não poderiam penetrar a bicamada lipídica. Às vezes, essas proteínas carreadoras chegam a transportar substâncias na direção oposta a seus gradientes eletroquímicos para difusão, o que é chamado de transporte ativo. Outras ainda atuam como enzimas.
As proteínas integrais da membrana também podem servir como receptores para produtos químicos solúveis em água, como hormônios peptídicos, que não penetram facilmente a membrana celular. A interação dos receptores da membrana celular como ligantes específicos que se ligam ao receptor causa mudanças conformacionais na proteína receptora. Esse processo, por sua vez, ativa enzimaticamente a parte intracelular da proteína ou induz interações do receptor com as proteínas do citoplasma que atuam como segundos mensageiros, retransmitindo o sinal da parte extracelular do receptor para o interior da célula. Dessa forma, as proteínas integrais que se estendem pela membrana celular fornecem um meio de transmitir informações sobre o ambiente para o interior da célula. As moléculas de proteínas periféricas são frequentemente ligadas às proteínas integrais. Essas proteínas periféricas funcionam quase inteiramente como enzimas ou como controladores do transporte de substâncias através dos poros da membrana celular.
RESUMINDO:
A proteína integral atravessa a bicamada fosfolipídica da membrana e se mantem ali.
As proteínas periféricas se movem com mais facilidade, por apresentarem ligações fracas, ficam na periferia da membrana, elas podem se ligar com a proteína integral, no citoesqueleto da célula.
Carboidratos da Membrana:
Os carboidratos da membrana ocorrem quase invariavelmente em combinação com proteínas ou lipídios na forma de glicoproteínas ou glicolipídios. Na verdade, a maioria das proteínas integrais é glicoproteína e cerca de um décimo das moléculas de lipídios da membrana é glicolipídio. As porções glico dessas moléculas quase invariavelmente se projetam para fora da célula, pendendo para o exterior da superfície celular. Muitos outros compostos de carboidratos, chamados proteoglicanos - que são principalmente carboidratos ligados a pequenos eixos proteicos - também são frouxamente ligados à superfície da célula. Assim, toda a superfície externa da célula frequentemente tem uma cama frouxa de carboidratos chamada de glicocálix.
As porções do carboidrato ligadas à superfície externa da célula têm várias funções importantes:
· Muito deles tem uma carga elétrica negativa, o que dá à maioria das células uma carga superficial negativa geral que repele outros objetos carregados negativamente.
·O glicocálix de algumas células se liga ao glicocálix de outras células, ligando, assim, as células umas às outras.
· Muitos dos carboidratos atuam como receptores para os hormônios de ligação, como a insulina. Quando ligados, essa combinação ativa proteínas internas anexadas que, por sua vez, ativam uma cascata de enzimas intracelulares.
· Algumas frações de carboidratos entram em reações imunológicas.
Transporte Ativo de Substâncias:
Às vezes, uma grande concentração de uma substância é necessária no líquido intracelular, embora o líquido extracelular contenha apenas uma pequena concentração. Essa situação é verdadeira, por exemplo, para os íons de potássio. Por outro lado, é importante manter as concentrações de outros íons muito baixas dentro da célula, mesmo que suas concentrações no líquido extracelular sejam altas. Essa situação é especialmente verdadeira para os íons sódio. Nenhum desses dois efeitos poderia ocorrer por difusão simples porque a difusão simples eventualmente equilibra as concentrações nos dois lados da membrana. Em vez disso, alguma fonte de energia deve causar movimento excessivo de íons potássio para dentro das células e movimento excessivo para o exterior das células. Quando uma membrana celular move moléculas ou íons “para cima” contra o gradiente de concentração (ou “para cima” contra um gradiente elétrico ou de pressão), o processo é chamado de transporte ativo.
Alguns exemplos de substâncias que são ativamente transportadas através de pelo menos algumas membranas celulares incluem íons sódio, potássio, cálcio, ferro, hidrogênio, cloreto, iodeto e urato, vários açucares diferentes e a maioria dos aminoácidos.
Transporte Ativo Primário e Transporte Ativo Secundário:
O transporte ativo é um processo em que as células gastam energia para mover moléculas através de sua membrana plasmática contra um gradiente de concentração. Existem dois tipos principais de transporte ativo: transporte ativo primário e transporte ativo secundário.
O transporte ativo primário é um processo em que a célula utiliza diretamente energia na forma de ATP para mover íons ou moléculas através de sua membrana plasmática contra um gradiente de concentração. Um exemplo comum de transporte ativo primário é a bomba de sódio-potássio, que é responsável por manter uma diferença de concentração de íons sódio e potássio entre o interior e o exterior da célula.
Já o transporte ativo secundário ocorre quando a energia potencial armazenada em um gradiente de concentração é utilizada para mover outras moléculas ou íons contra seus próprios gradientes de concentração. Por exemplo, a co-transportadora de glicose e sódio utiliza a energia armazenada no gradiente de sódio para transportar glicose para dentro da célula.
Transporte Ativo Vesicular:
O transporte ativo vesicular é um processo celular que envolve a formação de vesículas membranosas que transportam macromoléculas ou partículas através da membrana celular. Esse processo é mediado por proteínas específicas, como as clatrina e as adaptinas, que recrutam as macromoléculas para as vesículas e facilitam sua fusão com a membrana celular de destino. O transporte ativo vesicular é importante em processos como a endocitose, que é a internalização de partículas extracelulares, e a exocitose, que é a secreção de moléculas produzidas pela célula.
⇒ Fagocitose: há uma emissão de pseudópodes (projeção da membrana para fora) que capturam a bactéria e a envolve numa vesícula que entra na célula e ocorre a degradação dessa bactéria.
⇒ Pinocitose: há uma depressão da membrana, onde há a captação de partículas menores com fluidos e a leva para dentro da célula por meio de uma vesícula criada.
⇒ Exocitose: de dentro para fora. Após a destruição do que estava dentro da vesícula, ela se adere novamente a membrana e joga para fora os resíduos da degradação.
⇒ Endocitose: mediada por receptor envolve uma captação seletiva de sequência específica através de proteínas receptoras na membrana plasmática. Após a formação da capacidade intracelular, ela pode fundir-se com outras organelas celulares para liberar o conteúdo dentro da célula.
Tecido Epitelial de Revestimento
Tecido Epitelial:
O tecido epitelial é dividido em epitélio de revestimento e glandular. O glandular é o que vai compor as glândulas, tem como características secretar substâncias.
O tecido epitelial apresenta as seguintes características:
· Pouca matriz celular
· Apresenta células justapostas (células bem próximas umas das outras)
· Apresenta lamina basal nas bases das células.
· Avascular
· Encontra-se apoiado no tecido conjuntivo
Tecido Conjuntivo:
O tecido epitelial protege o tecido conjuntivo, que é vascularizado, e este tecido vascularizado, fornece os nutrientes necessários para o tecido epitelial.
A face da célula que está em contato com a lâmina basal, é chamada de domínio basal ou face basal. Nele encontramos a associação da célula com lâmina basal.
Lateralmente uma célula está em contato com a outra, esta região de contato chamamos de domínio lateral. Entre as células precisamos ter junções e proteínas para “prender” uma célula na outra
A superfície oposta a lâmina basal, chamamos de superfície apical.
Especificações da Superfície Apical:
A superfície apical é uma das faces da célula epitelial que reveste as superfícies internas e externas do corpo de um organismo. Algumas das especificações da superfície apical incluem:
1. Polaridade: a superfície apical é polarizada, ou seja, apresenta diferentes características em relação à superfície basal e aos lados laterais da célula.
2. Microvilosidades: são projeções da membrana plasmática que aumentam a superfície de absorção da célula, permitindo que ela capture nutrientes e outras moléculas do ambiente.
3. Cílios: são estruturas semelhantes a cabelos que se movem em ondas coordenadas para criar um fluxo de fluido ao longo da superfície da célula. Isso pode ajudar a remover partículas e fluidos indesejados do ambiente.
4. Esteriocílios: muito semelhantes aos cílios, porem são longos e não apresentam movimento. Elas são específicas do epidídimo. Ele participa de processo de fagocitose e absorção.
5. Glicocálix: é uma camada de carboidratos que recobre a superfície apical e desempenha um papel importante na proteção da célula contra o estresse mecânico e químico.
6. Junções intercelulares: a superfície apical contém vários tipos de junções intercelulares, incluindo junções apertadas e junções comunicantes, que permitem a comunicação entre as células adjacentes e ajudam a manter a integridade da barreira epitelial.
Especializações da Superfície Lateral:
A superfície lateral é uma das faces da célula epitelial que se localiza entre a superfície apical e a basal. Algumas das especializações da superfície lateral incluem:
1. Junções celulares: a superfície lateral contém vários tipos de junções intercelulares, incluindo junções aderentes, junções comunicantes e junções oclusivas, que ajudam a manter a integridade da barreira epitelial e a comunicação entre as células.
2. Microfilamentos de actina: são filamentos de proteína que se encontram ao longo da superfície lateral e que ajudam a manter a forma e a estabilidade da célula.
3. Proteínas de ancoragem: são proteínas que se ligam à matriz extracelular ou a outras células adjacentes e ajudam a manter a posição da célula no tecido.
4. Vesículas de transporte: as vesículas que transportam proteínas e lipídios da superfície apical para a basal ou vice-versa passam pela superfície lateral.
5. Bombas de íons: as bombas de íons, como a bomba de sódio-potássio, estão presentes na superfície lateral e ajudam a manter o equilíbrio iônico da célula.
6. Complexo de Golgi: o complexo de Golgi, que é responsável pela modificação e empacotamento de proteínas, está localizado na superfície lateral.
Temos 4 tipos de junções nesta estrutura, são elas:
· Zônula de oclusão: está mais próxima da região apical. Ela permite que a membrana plasmática de uma célula e a da célula vizinha estejam costuradas uma na outra, isso oclui completamente

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