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Bases Morfofuncionais I
Medicina – universidade nove de julho
Sumário
Planos, eixos e movimentos anatômicos	3
Definição de movimento:	12
Anatomia	13
Histórico anatômico cronológico:	13
Anatomia na Grécia, a. C:	13
Anatomia no Império Romano A. D:	13
Século XIV:	14
Séculos XV - XVI:	14
Século XVII:	14
Século XVIII:	14
Séculos XIX e XX:	14
Anatomia Humana - Definição:	15
Aparelhos do Corpo Humano:	16
Normal e Variação Anatômica:	17
Nomenclatura Anatômica:	17
Cavidades do Corpo Humano:	18
Termos de Posição, Situação e Direção:	18
Termos Gerais de Construção Corpórea nos Vertebrados:	19
Osteologia	20
Funções dos Ossos:	20
Células do Tecido Ósseo:	20
Matriz Óssea:	21
Tipos de Substância Óssea:	21
Ossos do Esqueleto Axial:	21
Ossos do Esqueleto Apendicular Superior e Inferior:	22
Classificação Morfológica dos Ossos	22
Classificação Funcional dos Ossos	26
Artrologia	27
Articulação:	27
Articulação Cartilagínea:	28
Articulação Sinovial:	29
Ligamentos:	29
Classificação Funcional das Articulações:	30
Generalidades do sistema circulatório	31
Sistema Circulatório:	31
Coração:	32
Artérias:	33
Veias:	33
Capilares Sanguíneos:	33
Sistema Linfático:	33
Miologia	37
Introdução à Miologia:	37
Etimologia da Terminologia:	37
Funções do Músculo:	37
Tipos de Músculos:	37
Propriedades do Tecido Muscular:	38
Principais Componentes Anatômicos do Músculo Estriado Esquelético:	38
Componentes do Tecido Conjuntivo:	39
Classificação Anatômica:	39
Classificação Quanto ao Formato:	39
Fixação Muscular - Inserção de Origem e Inserção Terminal:	41
Classificação dos Músculos Quanto a Inserção de Origem:	41
Classificação Funcional:	42
Classificação Quanto a Ação:	42
Tipos de Contração Muscular:	43
Coluna Vertebral	44
Curvaturas Fisiológicas:	44
Processos Articulares:	45
Partes das Vértebras:	46
Disco Intervertebral:	48
Ligamentos:	49
Generalidades do Sistema Nervoso	51
O Sistema Nervoso:	51
Classificação Morfológica dos Neurônios:	52
Classificação Funcional dos Neurônios:	52
Células da Neuróglia/Glia:	53
Divisão do Sistema Nervoso:	53
Embriológica:	53
Anatomica:	54
Meninges:	55
Encéfalo:	55
Telencéfalo:	56
Diencéfalo:	57
Cerebelo:	57
Tronco Encefálico:	57
Medula Espinal:	57
Nervos:	58
Glânglios Nervosos:	58
Terminações Nervosas:	59
Divisão do Sistema Nervoso:	59
Funcional:	59
Neurovegetativo:	59
Membrana Plasmática, Proteínas de Membrana, Transportes	60
Membrana Celular:	60
Proteínas Integrais e Periféricas da Membrana Celular:	61
Carboidratos da Membrana:	63
Transporte Ativo de Substâncias:	63
Transporte Ativo Primário e Transporte Ativo Secundário:	64
Transporte Ativo Vesicular:	65
Tecido Epitelial de Revestimento	66
Tecido Epitelial:	66
Tecido Conjuntivo:	66
Especificações da Superfície Apical:	67
Especializações da Superfície Lateral:	68
Especializações da Superfície Basal:	69
Lamina Basal:	70
Classificação do Tecido Epitelial:	71
Metaplasia:	72
Fundamentos da Embriologia	73
Embriologia:	73
Clivagem:	74
Blastocisto:	75
Implantação:	77
Reação Decidual:	78
Cavidade Amniótica:	79
Saco Vitelínico Primário:	81
Mesoderma Extraembrionário:	82
Cavidade Coriônica:	84
Gravidez Ectópica:	85
Gastrulação:	86
Formação da Notocorda:	87
Formação do Tubo Neural:	88
Potencial de Membrana e Potencial de Ação	90
Potencial de Membrana:	90
Diferença entre Cargas:	91
Potencial Graduado:	93
Alterações do Potencial de Membrana:	93
Potenciais Graduados X Potenciais de Ação:	96
Propagação do Potencial Elétrico pela Célula:	97
Mecanismo Iônico do PA:	97
Despolarização:	98
Repolarização:	99
Hiperpolarização:	100
Períodos Refratários:	101
Propagação do Potencial de Ação:	102
Velocidade da Condução do PA:	103
Equilíbrio Hidroeletrolitico, Osmose e Forças de Starling	104
Equilíbrio Hidroeletrolítico:	104
Distribuição de Líquidos nos Compartimentos Corporais:	105
Homeostase Hídrica:	106
Osmose:	107
Osmolalidade e Osmolaridade:	108
Tonicidade:	109
Comportamento da Célula em Meio Hipertônico, Hipotônico e Isotônico:	109
Pressão Hidrostática e Pressão Osmótica/Oncótica:	110
O que é edema e quais os seus tipos?	111
Músculos do Dorso	113
Os Músculos do Dorso	113
Músculos Extrínsecos do Dorso:	113
Músculos Extrínsecos Intermediários:	114
Músculos Próprios do Dorso (Camada Intrínseca Superficial):	115
Músculos Próprios do Dorso (Camada Intrínseca Intermédia):	116
Músculos Próprios do Dorso (Camada Intrínseca Profunda):	117
Músculos e Movimentos:	119
Anatomia do Ombro	120
Ombro	120
Tecido Conjuntivo	125
O Tecido Conjuntivo	125
Células:	126
A célula mesênquimal indiferenciado:	126
Fibroblastos e Fibrócitos:	127
Leucócitos:	128
Macrófago:	129
Células de Kupffer:	130
Plasmócito:	131
Mastócito:	132
Adipócitos:	133
Matriz Extracelular (MEC): TUDO O QUE TEM FORA DA CÉLULA	134
Fibras no Tecido Conjuntivo:	136
Fibras Colágenas:	137
Fibras Reticulares:	137
Fibras Elásticas:	138
Sistema elástico:	139
Substância Fundamental:	140
Classificação do tecido conjuntivo:	141
Tecido Adiposo:	142
Sistema Tegumentar	144
O Sistema Tegumentar:	144
Pele	145
Derme	146
Epiderme	147
População Celular da Epiderme	148
Pele Fina x Pele Grossa	149
Melanócitos	149
Tela Subcutânea	150
Anexos Epidérmicos	151
Unidade Pilossebácea	151
Glândula Sebácea	152
Glândula Sudorípara	152
Músculos do Ombro	154
Músculos que Agem na Articulação do Ombro:	154
Músculos Escapuloumerais	155
Músculos do Braço	156
Músculos do Compartimento Posterior do Braço	157
Espaços de Velpeu	157
Músculos Toracoapendiculares Anteriores	158
Músculos Toracoapendiculares Posteriores Superficiais	158
Músculos Toracoapendiculares Posteriores Profundos	159
Tecido Cartilaginoso	160
O Tecido Cartilaginoso	160
Componentes do Tecido Cartilaginoso	161
Células:	161
Matriz Extracelular (MEC):	162
Pericôndrio	164
Crescimento da Cartilagem	165
Classificação do Tecido Cartilaginoso	166
Cotovelo, Punho e Mão	168
Anatomia do cotovelo	168
Ligamentos da Articulação do Cotovelo	169
Músculos	169
Músculos que agem no cotovelo:	169
Fossa Cubital	170
Punho e Mão	171
Plexos - PRÁTICA	176
Plexo Braquial	176
Anatomia	176
Função	176
Troncos Braquiais	177
Nervos do Plexo Braquial	178
Tecido Ósseo	181
O Tecido Ósseo	181
Perióstio	182
Endóstio	183
Osso Primário e Osso Secundário	184
Sistema de Havers:	185
Formação e Remodelação Óssea	186
Osteogênese	187
Ossificação Intramembranosa	188
Ossificação Endocondral	189
Disco Epifisial	191
Plexo Braquial	192
Plexo Braquial	192
Formação do plexo braquial:	193
Origem dos nervos terminais	193
Compartimentos e inervação dos membros superiores	193
Nervos Menores do Plexo Braquial	194
Anatomia do Quadril	195
Quadril:	195
Músculos que Agem Sobre a Articulação do Quadril	197
Anatomia do Joelho	200
Tornozelo e Pé	202
Tornozelo:	202
Pé:	203
Sinapse, Junção Neuromuscular e Placa Motora	205
Sinapse	205
Sinapse Química e Elétrica	206
Neurotransmissores	207
Contração Muscular: Conceitos	211
Anatomia da Junção Neuromuscular:	212
Secreção da Acetilcolina:	213
Contração Muscular	215
Partes do Músculo:	217
Ultraestruturado do Músculo:	219
Proteínas Musculares:	221
Eventos da Contração Muscular:	222
Relaxamento Muscular:	223
Planos, eixos e movimentos anatômicos
Este documento apresenta os conceitos de posição anatômica, membros superiores e inferiores, planos de delimitação e secção, eixos imaginários e movimentos anatômicos. São descritos os movimentos de rotação, flexão, extensão, abdução, inclinação e adução, bem como os planos de delimitação (superior, inferior, lateral, anterior e posterior) e os eixos imaginários (craniocaudal, látero-lateral e anteroposterior).
Posição anatômica: ereta, em pé com as palmas das mãos e pés para frente
Membro superior: do ombro, do cotovelo: braço, do cotovelo até o punho: antebraço, mão.
Membro inferior: coxa, perna (entre o joelho e o tornozelo), pé.
Os planos de delimitação delimitam as partes do corpo, são eles:
· Plano superior: delimita a parte de cima do corpo, pode ser chamado de cranial
· Plano inferior: delimita a parte de baixo do corpo, pode ser chamado de caudal
Os planos de secção dividem o corpo, eles sempre ficam paralelos aos planos de delimitação correspondente, são eles:
· Planode secção transversal: divide o corpo “ao meio” tornando superior e inferior. Ele não é um plano fixo.
Existe um eixo imaginário que sai do plano cranial em direção ao caudal chamado de craniocaudal (longitudinal). O eixo anatômico sempre cruza o seu plano de secção correspondente, ou seja, ele cruza o plano transversal. O único movimento possível nesse plano, e a rotação, e desliza no plano transversal.
· Plano de delimitação lateral: delimita a lateral do corpo. Existem dois: direito e esquerdo.
· Dividindo o corpo em duas metades, existe o plano de secção sagital.
Existe um eixo imaginário que sai do plano lateral direito para o esquerdo que cruza o plano de secção correspondente chamado de látero-lateral, deslizando sobre o plano sagital. Os movimentos realizados e de flexão e extensão.
Plano anterior ou ventral: delimita a frente do corpo.
· Plano de secção frontal ou coronal: divide ao meio o corpo tornando-o em parte anterior e parte posterior
· Plano posterior ou dorsal: delimita a parte de trás do corpo.
Existe um eixo imaginário que sai do plano anterior e vai em direção ao plano posterior chamado de anteroposterior. O movimento realizado e de inclinação.
A coluna vertebral realiza inclinação.
Definição de movimento:
· Rotação: movimento do osso em torno do seu próprio eixo.
· Flexão: diminuição do angulo articular.
· Extensão: aumento do angulo articular.
· Abdução: afastamento do plano mediano.
· Adução: aproximação do plano mediano.
· Inclinação: afastamento para a direita ou a esquerda em relação ao plano mediano.
Anatomia
Este documento apresenta informações sobre a história da anatomia, desde a proibição de dissecações em humanos até a realização de dissecações em praça pública por Andrea Vesalius. Também são abordados conceitos como acidentes anatômicos, padrão de normalidade, variação anatômica, anomalia anatômica e monstruosidade anatômica.
Histórico anatômico cronológico:
Anatomia na Grécia, a. C:
Alcméon de Cróton realizou os mais antigos registros anatômicos reais em torno de 500 a.C.
Hipócrates é conhecido como “Pai da Medicina” e um dos fundadores da ciência anatômica. Realizou feitos de 460-377 a. C, mais ou menos.
Aristóteles foi o fundador da anatomia comparativa e o primeiro a utilizar o termo anatome.
De 130 - 200 a. D era proibido dissecações em humanos.
Herófilo da Calcedônia: “Pai da Anatomia”. Realizou feitos em 300 a. C
Anatomia no Império Romano A. D:
Em 50 a. D, Rufo de Éfeso escreve o primeiro livro de nomenclatura anatômica.
Em 130-200 a. D Galeno de Pérgamo, o “príncipe dos médicos” demonstrou e escreveu sobre a anatomia.
Século XIV:
Em 1276-1326 d. C, Mondino de Luzzi, o “restaurador da anatomia”, realizou dissecações públicas em Bolonha.
Séculos XV - XVI:
1452-1519 d. C: Leonardo Da Vinci
1476-1564 d. C: Michelângelo di Lodovico Buonarroti Simoni, começa a realizar desenhos de dissecações durante a criação do teto da Capela Cistina.
1514-1564 d. C: Andrea Vesalius começa a realizar dissecações em praça pública com presos mortos. Ele foi o marco da anatomia, onde surge a anatomia reformada: “De humani corporis fábrica”.
Século XVII:
Ocorre a liberação para a dissecação somente em escolas médicas e a criação de museus anatômicos.
No período de 1578-1627, William Harvey realiza a introdução da orientação fisiológica na anatomia e nos mostra a anatomia da circulação sanguínea.
Século XVIII:
De 1733-1794, Caspar Friedrich Wolff estabelece na anatomia a embriologia moderna.
Séculos XIX e XX:
Neste período ocorreram diversas mudanças que nos trazem à anatomia atual. São elas:
→ Dissecações anatômicas realizadas por estudantes de medicina compulsoriamente;
→ Publicação de atlas;
→ Escassez de cadáveres para dissecação e demonstrações anatômicas, sendo realizados obtenções de corpos por meios ilegais;
→ 1808: a referência em anatomia no Brasil é o baiano Prof. Dr. José Soares de Castro;
→ 1914: temos em São Paulo o Prof. Dr. Alfonso Bovero que auxiliou a formar a escola de medicina da USP;
→ Os sucessores destes grandes nomes da anatomia são: Renato 
, Liberati Didio… E o sucessor contemporâneo é Edson Aparecido Liberti.
Anatomia Humana - Definição:
O ramo da morfologia que estuda as estruturas que compõe o organismo humano e, também, a relação entre estas estruturas, é a anatomia.
A morfologia é dividida em quatro partes:
· Anatomia
· Histologia
· Citologia
· Embriologia
Os tecidos fundamentais do corpo humano são:
· Tecido epitelial
· Tecido conjuntivo 
· Propriamente dito
· Adiposo
· Cartilaginoso
· Ósseo
· Sanguíneo
· Tecido nervoso
· Tecido muscular
Os sistemas do corpo humano são divididos em:
· Sistema esquelético
· Sistema articular
· Sistema muscular
· Sistema digestório
· Sistema respiratório
· Sistema circulatório
· Sistema linfático
· Sistema urinário
· Sistema genital
· Sistema endócrino
· Sistema tegumentar
· Sistema sensorial
· Sistema nervoso
Aparelhos do Corpo Humano:
Os aparelhos são sistemas agrupados.
Ex. 1. Aparelho Locomotor: sistema esquelético + sistema muscular
1. Aparelho Urogenital: sistema urinário + sistema genital.
Normal e Variação Anatômica:
· Normalidade: descrições anatômicas que obedecem, necessariamente, a um padrão que não inclui a possibilidade das variações. Portanto, corresponde ao que ocorre com maior frequência, há as mesmas características dentro de um grupo de indivíduos, é estatístico.
· Variação Anatômica: são diferenças anatômicas morfológicas, que podem se apresentar externa ou em qualquer dos sistemas do organismo, sem que isto traga prejuízo funcional para o indivíduo. Resumindo: a morfologia muda, mas se mantém a função sem alterações.
→ Fatores Gerais de Variação Anatômica:
· Idade
· Sexo
· Grupos étnicos
· Biotipos (longilíneos, brevilíneos, mediolíneos)
· Evolução (fósseis)
· Anomalia Anatômica: são variações morfológicas que determinam perturbação funcional. Resumindo: alteração morfológica que causa prejuízo à função. Ex. polidactilia, lábio leporino.
· Monstruosidade Anatômica: quando a anomalia é acentuada de modo a deformar profundamente a construção do corpo do indivíduo, sendo, em geral, incompatível com a vida. Ex. Agenesia do encéfalo (anencefalia).
Nomenclatura Anatômica:
Definição: é o conjunto de termos empregados para designar o organismo e suas partes.
No século XIX existiam cerca de 50.000 termos anatômicos. Hoje existem cerca de 5.000
Princípios: de preferência, casa estrutura seja designada por um único termo. Os termos utilizados são em latim. São termos fáceis de memorizar, mas como valor informativo.
Que o epônimos e citações míticas não sejam empregados.
· Epônimo - Nomenclatura atual:
· Ilhotas de Langherans: Ilhotas pancreáticas
· Trompas de Eustáquio: Tubas auditivas
· Trompas de Falópio: Tubas uterinas
· Pomo de Adão: Proeminência laríngea
· Tendão de Aquiles: Tendão calcâneo
· Polígono de Willis: Círculo arterial do cérebro.
Cavidades do Corpo Humano:
· Cavidade Craniana
· Cavidade Torácica
· Cavidade Abdominal
· Cavidade Pélvica
Termos de Posição, Situação e Direção:
· Mediano: situado ao longo do plano sagital mediano
· Medial: viltado para o plano sagital mediano
· Lateral: voltado para o plano lateral
· Intermédio: entre uma estrutura lateral e outra medial
· Anterior: voltado para o plano frontal (anterior)
· Posterior: voltado para o plano posterior
· Médio: entre uma estrutura e outra, sendo uma posterior e outra anterior
· Proximal: mais próximo da raiz do membro
· Distal: mais distante da raiz do membro
· Membro: entre uma estrutura proximal e outra distal
· Interno: parte voltada para o interior (dentro ou próximo do centro)
· Externo: parte voltada para o exterior (fora ou distante do centro de um órgão ou cavidade)
· Médio: entre uma estrutura externa e outra interna
· Superficial: estrutura mais próxima da superfície
· Profunda: estrutura mais distante da superfície
· Intermédia: entre a estrutura superficial e profunda.
Termos Gerais de Construção Corpórea nos Vertebrados:
· Antimeria: corpo humano formado por duas metades -direita e esquerda-, não simétricos
· Metameria:superposição no sentido longitudinal evidente no embrião, conservando-se no adulto apenas em algumas estruturas
· Paquimeria: corpo humano constituído por duas cavidades: anterior (paquímero ventral) e posterior (paquímero dorsal)
· Estratificação: corpo humano constituído por camadas sobrepostas, da superfície à profundidade.
Osteologia
Este documento apresenta informações sobre a osteologia, incluindo as funções dos ossos, as células do tecido ósseo, a matriz óssea, os tipos de substância óssea, os ossos do esqueleto axial e apendicular superior e inferior, a classificação morfológica e funcional dos ossos.
O esqueleto humano, é constituído por 206 ossos e didaticamente e dividido em esqueleto axial (tem 80 ossos), e esqueleto apendicular (126 ossos).
Funções dos Ossos:
· Sustentação de órgãos e tecidos;
· Alavanca de movimento;
· Proteção de órgãos e tecidos;
· Armazenamento de minerais (cálcio e fósforo são os mais abundantes)
· Hematopoiese
· Reserva energética
Células do Tecido Ósseo:
Osteoblastos: são células jovens e metabolicamente muito ativas, eles retiram íons como cálcio e fósforo da corrente sanguínea para a matriz óssea.
Osteócito: é uma célula madura, metabolicamente, menos ativa que os osteoblastos. Sendo responsável pela manutenção da matriz óssea.
Osteoclasto: é responsável por remodelar e reabsorver a matriz óssea.
Matriz Óssea:
Matriz Orgânica: representa aproximadamente 30% da matriz óssea. É constituída por carboidratos, proteínas e colágeno. O colágeno promove a resistência ao tecido ósseo.
Matriz inorgânica: promove a dureza ao tecido ósseo, sendo formada por cristais de hidroxiapatita. Essa matriz representa aproximadamente 70% do osso.
Tipos de Substância Óssea:
Osso compacto: encontra-se externamente e promove resistência aos ossos sendo muito pesado.
Osso esponjoso: encontra-se inteiramente e confere leveza internamente.
Ossos do Esqueleto Axial:
· Ossos do crânio
· Osso Hioide
· Osso esterno
· Osso costela: 7 pares verdadeiras, 3 pares falsas, 2 pares flutuantes.
· Coluna vertebral:
· Região cervical: é constituída por 7 vértebras, sendo a primeira denominada atlas e a segunda chada de áxis. A maioria apresentando três forames e processo espinhoso bífido
· Região torácica: é constituída por 12 vértebras, as quais tem como características um único forame arredondado e processo espinhoso pontiagudo e verticalizado e presença fóveas costais.
· Região lombar: é constituída por 5 vértebras com as seguintes características: forame vertebral triangular, processo espinhoso quadrangular e achatado.
· Região sacral: é constituído por 5 vértebras unidas em um único osso com formato triangular chamado de osso sacro
· Região coccígea: é constituído por aproximadamente entre 3 a 4 vértebras.
Ossos do Esqueleto Apendicular Superior e Inferior:
· Superior:
1. Braço: osso úmero
2. Antebraço: radio (lateral) e ulna (medial)
3. Mão: ossos do carpo, metacarpo e falange
· Inferior:
1. Coxa: fêmur
2. Perna: tíbia (medial) e fíbula (lateral)
3. Joelho: patela
4. Pé: ossos do tarso, metatarso e falanges
 Os ossos escapula e clavícula são ossos do cíngulo que promovem a união entre o esqueleto axial e o esqueleto apendicular superior.
Os ossos do quadril (ílio, ísquio, púbis) são ossos do cíngulo inferior, portanto promovem a união entre esqueleto axial e o esqueleto apendicular inferior
Classificação Morfológica dos Ossos
1. Osso longo: são ossos em que o comprimento e maior do que a largura e a espessura. São encontrados nos membros.
Partes de um osso longo:
· Epífise proximal
· Epífise distal
· Diáfise
· Canal medular
· Metáfise (placa de crescimento) 
· Periósteo - e uma membrana de tecido conjuntivo muito inervada e muito vascularizada, responsável pela dor nos ossos. 
2. Osso curto: são ossos em que a largura, o comprimento e a espessura se equivalem (dado). São encontrados no carpo e no tarso.
3. Ossos irregulares: são ossos que não tem uma forma geométrica definida e normalmente possui muitos processos. São encontrados no crânio e na coluna vertebral.
4. Osso plano: são ossos de superfície larga e achatada encontrados principalmente no crânio ex.: frontal, parietais, temporais e occipital
Os ossos planos do crânio possuem a díploe (duas camadas de osso compacto entre uma camada de osso esponjoso) o periósteo neste caso encontra-se na camada externa e nunca na cama interna.
5. Ossos pneumáticos: tem cavidades para a passagem de ar.
6. Osso sesamoide: são ossos que ficam entre tendões (patela) e são classificados como funcional para ajudar na biomecânica da articulação.
Classificação Funcional dos Ossos
Ossos pneumáticos: são ossos que possuem cavidades ocupadas com ar. Tornando o crânio mais leve, são exemplos de ossos pneumáticos:
· Osso frontal
· Osso maxila
· Etmoide
· Esfenoide
Osso sesamoide: são ossos que ficam localizado entre tendões contribuindo para a eficiência do movimento.
Artrologia
Este documento apresenta informações sobre artrologia, incluindo a classificação das articulações de acordo com o tecido interposto, a presença ou ausência de cavidade articular, e o formato da superfície articular. Também são abordados componentes acessórios das articulações, como os ligamentos, meniscos e lábios, além de bolsas ou bursas que evitam o atrito entre as estruturas. Por fim, é mencionado que a artrite é a inflamação da cartilagem articular e a artrose é o desgaste da cartilagem articular.
Articulação:
Se tem articulação, naquela região terá movimento.
· Superfície articular: região de contato entre osso com osso, ou seja, a superfície do osso está se articulando com o outro osso
· Classificação quanto ao tecido interposto: classificar considerando o tecido que esta entre as superfícies articulares.
Só encontramos o tecido conjuntivo modelado em tendão e ligamento
Se o que estiver interposto entre as superfícies articulares for tecido conjuntivo denso não modelado é tecido fibroso. As articulações do tipo fibrosas não possuem cavidade articular. (ex. ossos do crânio).
Quando ocorre ossificação da articulação ela é classificada como uma sinostose.
Quando temos tecido interposto entre as superfícies cartilagíneas, temos tecido cartilaginoso. Não possui cavidade articular. 
· Suturas: menos tecido conjuntivo denso não modelado entre as superfícies articulares (ossos do crânio)
· Sindesmoses: mais tecido conjuntivo denso não modelado entre as superfícies articulares (a. tibio-fibular distal)
Tecido conjuntivo denso não modelado também pode ser chamado de membrana interóssea na literatura.
 Entre o rádio e a ulna, e a tiba e a fíbula, existe uma grande quantidade de tecido conjuntivo denso não modelado (TCDNM).
· Gonfose: articulações fibrosas entre o osso e o dente. Só existem neste local.
Articulação Cartilagínea:
A articulação cartilagínea pode ser classificada em:
· Primaria (sincondrose): interposta por cartilagem hialina (é esbranquiçada), ex. laminas de crescimento, entre as costelas e o esterno
· Secundaria (sínfise): interposta por disco de fibrocartilagem ex. discos vertebrais (entre os corpos vertebrais), sínfise púbica (entre os ossos púbis)
Esse tipo de cartilagem não apresenta cavidade articular
Articulação Sinovial:
Articulação sinovial é interposta por uma cápsula articular com tecido conjuntivo denso não modelado. Essa cápsula envolve a articulação, e dentro dela há uma cavidade articular. Dentro dessa cavidade, há revestindo a superfície articular, uma camada de cartilagem hialina para evitar atrito e desgaste desta superfície óssea. E no meio dessa cavidade articular temos o líquido sinovial para ocorrer o livre movimento entre os ossos. Sempre interposto por cápsula articular.
O líquido sinovial serve para lubrificar e nutrir a articulação. Ele é produzido pela própria capsula articular. (Componente essencial)
A capsula articular tem duas membranas: fibrosa (externa - tem função de resistência e estabilização da articulação) e sinovial (interna - produz o líquido sinovial realizando a ultrafiltragem do sangue que chega nesta região).(Componentes essenciais)
Artrite é a inflamação da cartilagem articular. Artrose é o desgaste da cartilagem articular.
Ligamentos:
Menisco só há no joelho, ele é um meio disco para melhorar o contato entre as superfícies articulares. Ele é um componente acessório.
Lábios: tem a função de aprofundar a cavidade, e encontramos no ombro e no quadril para dar mais estabilidade para a articulação. Ele é um componente acessório.
Os ligamentos fornecem estabilidade para a articulação. Por enquanto ele é um componente acessório.
Conforme o formato da superfície articular, tem uma classificação.
Classificação Funcional das Articulações:
Quando a articulação não mexe nada: sinartrose (ossos do crânio)
Quando a articulação mexe pouco (fibrosa e cartilagínea): anfiartrose
Quando a articulação mexe muito: diartrose (sinovial)
Bolsas ou Bursas: estão nas articulações para evitar atrito entre as estruturas, funcionando como coxins. São preenchidas por líquido sinovial. Toda vez que tem um dano ou lesão no corpo há a inflamação dessas bolsas. A inflamação antecede o reparo do tecido.
Generalidades do sistema circulatório
Sistema Circulatório:
Este resumo apresenta uma visão geral do sistema circulatório, incluindo o sistema linfático e cardiovascular. O sistema cardiovascular e composto pelo coração, sangue e vasos sanguíneos, e o coração é constituído por quatro câmaras cardíacas. O sangue e formado por uma parte liquida e uma parte “sólida”, e os vasos sanguíneos apresentam três túnicas. A aorta tem uma camada média com músculo liso e muitas camadas de fibras elásticas, e as veias são vasos de capacitância. A aorta tem três ramificações principais: tronco braquiocefálico, artéria carótida comum esquerda e subclávia esquerda.
A função da circulação é de suprir as necessidades dos tecidos corporais, manter o ambiente apropriado em todos os líquidos teciduais do organismo para que as células sobrevivam e funcionem de maneira ótima.
Em alguns órgãos, como os rins, a circulação está muito além de suas necessidades metabólicas, e está relacionada a sua função excretora, o que demanda que grande volume de sangue seja filtrado a cada minuto.
O coração e os vasos sanguíneos, por sua vez, são controlados para produzir o débito cardíaco e a pressão arterial necessários para gerar o fluxo sanguíneo tecidual requerido.
A circulação divide-se em circulação sistêmica e circulação pulmonar. A circulação sistêmica promove o fluxo sanguíneo para todos os tecidos corporais, exceto para os pulmões, é também chamada de grande circulação ou circulação periférica.
A função das artérias é a de transportar sangue sob alta pressão para os tecidos. Por esse motivo, tem fortes paredes vasculares, e nelas o sangue flui em alta velocidade.
As arteríolas são pequenos ramos finais do sistema arterial; elas agem como condutos de controle pelos quais o sangue é liberado para os capilares. Elas têm forte parede muscular, capaz de ocluir completamente os vasos ou com seu relaxamento dilatá-los, multiplicando seu diâmetro, sendo capaz dessa forma de alterar muito o fluxo sanguíneo em cada tecido em resposta à sua necessidade.
A função dos capilares é a troca de líquidos, nutrientes, eletrólitos, hormônios e outras substâncias entre o sangue e o líquido intersticial. Para exercer essa função, as paredes capilares são muito finas e tem numerosos minúsculos poros capilares permeáveis à água e outras pequenas substâncias moleculares.
As vênulas coletam o sangue dos capilares e de forma gradual coalescem, formando veias progressivamente maiores.
As veias funcionam como condutos para transporte de sangue das vênulas de volta ao coração; além disso, atuam como importante reservatório de sangue extra. A pressão no sistema venoso é muito baixa, as paredes das veias são finas.
Nos capilares, ocorre a função amis importante da circulação: a difusão de substâncias do sangue para os tecidos e vice-versa.
Coração:
O coração é formado por duas bombas distintas: o coração direito, que bombeia sangue para os pulmões, e o coração esquerdo, que bombeia sangue para os órgãos periféricos. Por sua vez, cada um desses corações é uma bomba pulsátil de duas câmaras, composta por um átrio e um ventrículo. Cada átrio é fraca bomba de escorva (primer pump) para o ventrículo, ajudando a propelir o sangue para o seu interior. Os ventrículos, por sua vez, fornecem a força de bombeamento principal que propele o sangue através da circulação pulmonar, partindo do ventrículo direito, ou da circulação periférica, do ventrículo esquerdo.
Mecanismos especiais no coração promovem a sucessão contínua de contrações cardíacas, chamadas de ritmo cardíaco, transmitindo potenciais de ação pelo músculo cardíaco, transmitindo potenciais de ação pelo músculo cardíaco, causando os batimentos rítmicos do coração.
O coração é composto por três tipos principais de músculo: o músculo atrial, o músculo ventricular e as fibras especializadas excitatórias ou condutoras. As fibras musculares cardíacas se dispõem em malha ou treliça com as fibras se dividindo, se recombinando e, de novo, se separando.
O músculo cardíaco é estriado, como um típico músculo esquelético. Além disso, o músculo cardíaco contém miofibrilas típicas, com filamentos de actina e miosina, quase idênticos aos encontrados nos músculos esqueléticos; esses filamentos se dispõem lado a lado e deslizam juntos durante as contrações, como ocorre nos músculos esqueléticos.
O coração na verdade é composto por dois sincícios; o sincício atrial, que forma as paredes dos dois átrios, e o sincício ventricular, que forma as paredes dos ventrículos. Os átrios são separados dos ventrículos por tecido fibroso que circunda as aberturas das valvas atrioventriculares (A-V), entre os átrios e os ventrículos.
Essa divisão do músculo cardíaco em dois sincícios funcionais permite que os átrios se contrariam pouco antes da contração ventricular, o que é importante para a eficiência do bombeamento cardíaco.
Após o potencial em ponta (spike) inicial, a membrana permanece despolarizada durante cerca de 0,2 segundo, exibindo um platô, do qual se segue repolarização abrupta. A presença desse platô no potencial de ação faz a contração muscular ventricular durar até 15 vezes mais que as contrações observadas no músculo esquelético.
Resumindo: O músculo cardíaco começa a se contrair poucos milissegundos após o potencial de ação ter início e continua a se contrair por alguns milissegundos após o final desse potencial de ação. Assim, a duração da contração do potencial de ação, incluindo o platô - por volta de 0,2 segundo, no músculo atrial, e 0,3 segundo, no músculo ventricular.
Os átrios são as câmaras cardíacas receptoras. O sangue chega até eles por meio das veias cava inferior e veia cava superior.
As valvas atrioventriculares (A-V), tricúspide e mitral, evitam que o refluxo de sangue dos ventrículos para os átrios durante a sístole, e as valvas semilunares (pulmonar e aórtica) impedem o refluxo da aorta e das artérias pulmonares para os ventrículos durante a diástole.
A valva tricúspide é localizada entre o átrio e o ventrículo direito, é o meio de passagem do sangue de uma câmara para outra. Já a valva mitral, é localizada entre o átrio e o ventrículo esquerdo.
O ciclo cardíaco consiste no período de relaxamento, chamado diástole, durante o qual o coração se enche de sangue, seguido pelo período de contração, chamado sístole.
O líquido extracelular é transportado para todas as partes do corpo em dois estágios. O primeiro é a movimentação do sangue pelo corpo, nos vasos sanguíneos, e o segundo é a movimentação de líquido entre os capilares sanguíneos e os espaços intercelulares entre as células do tecido. Todo o sangue na circulação percorre todo o circuito circulatório, em média, uma vez a cada minuto, quando o corpo está em repouso e até por seis vezes por minuto, quando a pessoa está extremamente ativa.
Existem três tipos de vasos sanguíneos: artérias, veias e capilares. O sangue sai do coração sob alta pressão e é distribuído para o corpo por um sistemaramificado de artérias com paredes espessas. Os vasos de distribuição final, arteríolas, levam o sangue oxigenado para os capilares. Os capilares formam um leito capilar, onde ocorre troca de oxigênio, nutrientes, resíduos e outras substâncias com o líquido extracelular. O sangue do leito capilar entra nas vênulas de paredes finas, semelhantes a capilares largos. As vênulas drenam para pequenas veias que se abrem para veias maiores. As veias maiores, que são as veias cavas superior e inferior, reconduzem o sangue pouco oxigenado para o coração.
A maioria dos vasos sanguíneos do sistema circulatório têm três camadas ou túnicas:
· Túnica íntima: é um revestimento interno formado por uma única camada de células epiteliais muito achatadas, o endotélio, sustentado por delicado tecido conjuntivo. Os capilares são formados apenas por essa túnica, e os capilares sanguíneos também têm uma membrana basal de sustentação.
· Túnica média: uma camada intermediária que consiste basicamente em músculo liso.
· Túnica externa: uma bainha ou camada externa de tecido conjuntivo.
A túnica média é a mais variável. Artérias, veias e vasos linfáticos são distinguidos pela espessura dessa camada em relação ao tamanho do lúmen, sua organização, e, no caso das artérias, de quantidades variáveis de fibras elásticas.
Artérias:
As artérias são vasos sanguíneos que conduzem sangue sob pressão relativamente alta (em comparação com as veias correspondentes) do coração e distribuem-no para o corpo. O tamanho e o tipo das artérias formam um continuum - isto é, há uma mudança gradual das características morfológicas de um tipo para o outro. Existem três tipos de artérias:
· As grandes artérias elásticas (artérias condutoras) têm muitas camadas elásticas (lâminas de fibras elásticas) em suas paredes. Inicialmente, essas grandes artérias recebem o débito cardíaco. A elasticidade permite sua expansão quando recebem o débito cardíaco dos ventrículos, minimizando a variação da pressão, e o retorno do tamanho normal entre as contrações ventriculares, quando continuam a empurrar o sangue para as artérias médias a jusante. Ex de grandes artérias elásticas são a aorta, as artérias que se originam no arco da aorta (tronco braquioencefálico, artéria subclávia e artéria carótida), além do tronco e das artérias pulmonares.
· As artérias musculares médias (artérias distribuidoras) têm paredes formadas principalmente por fibras musculares lisas dispostas de forma circular. Sua capacidade de reduzir seu diâmetro (vasoconstrição) controla o fluxo sanguíneo para diferentes partes do corpo, conforme exigido pela circunstância (ex: atividade de termorregulação). As contrações pulsáteis de suas paredes musculares (seja qual for o diâmetro do lúmen) causam a constrição temporária e rítmica dos lúmens em sequência progressiva, propelindo o sangue para várias partes do corpo. As artérias nominadas, inclusive aquelas observadas na parede do corpo e nos membros durante a dissecção, como as artérias braquial ou femoral, são, em sua maioria, artérias musculares médias.
· As pequenas artérias e arteríolas têm lúmens relativamente estreitos e paredes musculares espessas. O grau de enchimento dos leitos capilares e o nível da pressão arterial no sistema vascular são controlados principalmente pelo grau de tônus (firmeza) no músculo liso das paredes arteriolares. Se o tônus for maior que o normal, ocorre hipertensão (aumento da pressão arterial). As pequenas artérias geralmente não têm nomes nem identificação específica durante a dissecção, e as arteríolas só podem ser vistas quando ampliadas.
As anastomoses (comunicações) entre os múltiplos ramos de uma artéria oferecem vários possíveis desvios para o fluxo sanguíneo em caso de obstrução do trajeto habitual por compressão pela posição de uma articulação, doença ou ligadura cirúrgica.
As artérias que não se anastomosam com as artérias adjacentes são artérias terminais verdadeiras (anatômicas). A oclusão de uma artéria terminal interrompe o suprimento sanguíneo para a estrutura ou segmento do órgão que irriga. As artérias terminais verdadeiras suprem a retina, por exemplo, onde a oclusão resulta em cegueira. Embora não sejam artérias terminais verdadeiras, artérias terminais funcionais (artérias com anastomoses insuficientes) irrigam segmentos do encéfalo, fígado, rins, baço e intestinos; também podem ser encontradas no coração.
Veias:
As veias geralmente reconduzem o sangue pobre em oxigênio dos leitos capilares para o coração, o que confere às veias uma aparência azul-escura. As grandes veias pulmonares são atípicas porque conduzem sangue rico em oxigênio dos pulmões para o coração. Em vista da menor pressão sanguínea no sistema nervoso, as paredes (especificamente, a túnica média) das veias são mais finas que as das artérias acompanhantes. Normalmente, as veias não pulsam e não ejetam nem jorram sangue quando secionadas. Existem três tamanhos de veias:
· As vênulas são as menores veias. Elas drenam os leitos capilares e se unem a vasos semelhantes para formar pequenas veias. Sua observação requer ampliação. As pequenas veias são tributarias de veias maiores que se unem para formar plexos venosos, como o arco dorsal do pé. As pequenas veias não recebem nome.
· As veias medias drenam plexos venosos e acompanham as terias medias. Nos membros e em alguns outros locais onde a forca da gravidade se opõe ao fluxo sanguíneo, as veias medias têm válvulas. Válvulas venosas são projeções (retalhos passivos) do endotélio com seios valvulares calcificarmos que enchem por cima. O mecanismo valvular também fragmenta as colunas de sangue nas veias em pequenos segmentos, reduzindo a pressão de retorno. Ambos os efeitos tornam mais fácil para a bomba musculovenosa superar a forca da gravidade para retornar o sangue ao coração. Os exemplos de veias medias incluem as denominadas veias superficiais (veias cefálica e basílica dos membros superiores e as veias safena magna e parva dos membros inferiores) e as veias acompanhantes que recebem o mesmo nome das artérias que acompanham.
· As grandes veias são caracterizadas por largos feixes de músculo liso longitudinal e uma túnica externa bem desenvolvida. Um exemplo é a veia cava superior.
O número de veias é maior que o de artérias. Embora suas paredes sejam mais finas, seu diâmetro costuma ser maior que o diâmetro da artéria correspondente. No entendo, em razão do maior diâmetro e à capacidade de expansão das veias, em geral apenas 20% do sangue estão nas artérias, enquanto 80% encontram-se nas veias.
As veias tendem a ser duplas ou múltiplas. Aquelas que acompanham as artérias profundas - veias acompanhantes - circundam-nas em uma rede com ramificações irregulares.
As veias acompanhantes ocupam uma bainha vascular fascial relativamente rígida junto com a artéria que acompanham. Consequentemente, quando a artéria se expande durante a contração do coração, as veias são distintas e achatadas, o que ajuda a conduzir o sangue venoso para o coração - uma bomba arteriovenosa.
As veias sistêmicas saem naus variáveis do que as artérias, e as anastomoses venosas - comunicações naturais, diretas ou indiretas, entre duas veias - são mais frequentes. A expansão externa dos ventres dos músculos esqueléticos que se contraem nos membros, limitado pela fáscia muscular, comprime as veias, “ordenhando” o sangue para cima em direção ao coração; outro tipo (musculovenoso) de bomba venosa. As válvulas venosas interrompem as colunas de sangue, aliviando, assim, a pressão nas partes mais baixas e só permitindo que o sangue venoso flua em direção ao coração. A congestão venosa que ocorre nos pés quentes e cansados ao fim de um dia de trabalho é aliviada repousando-se os pés sobre um banco mais alto que o tronco (do corpo). Essa posição dos pés também ajuda no retorno venoso do sangue para o coração.
Capilares Sanguíneos:
Os capilares são tubos endoteliais simples que unem os lados arterial e venoso da circulação e permitem a troca de materiais com líquido extracelular (LEC) ou intersticial. Os capilaresgeralmente são organizados em leitos capilares, redes que unem as arteríolas e as vênulas. O sangue entra nos leitos capilares por meio das arteríolas que controlam o fluxo e é drenado pelas vênulas.
Em algumas situações, o sangue atravessa dois leitos capilares antes de voltar ao coração, um sistema venoso que une dois leitos capilares constitui um sistema venoso porta. O sistema venoso no qual o sangue rico em nutrientes passa dos leitos capilares do sistema digestório para os leitos capilares ou sinusoides do fígado - o sistema porta do fígado é o principal exemplo.
Sistema Linfático:
Embora o sistema linfático esteja presente em quase todo o corpo, a maior parte não é visível no cadáver. Ainda assim é essencial para a sobrevivência. No entanto, até 3 litros de líquido deixam de ser reabsorvidos pelos capilares sanguíneos todos os dias. Além disso, parte da proteína plasmática passa para os espaços extracelulares, e o material originado nas próprias células teciduais que não atravessa as paredes dos capilares sanguíneos, como o citoplasma das células que se desintegram, entra continuamente no espaço em que vivem as células. Se houvesse acúmulo desse material nos espaços extracelulares, haveria osmose inversa, atraindo ainda mais líquido e provocando edema (excesso de líquido intersticial, que se manifesta na forma de inchaço).
Assim, o sistema linfático constitui um tipo de sistema de “hiper fluxo” que permite a drenagem do excesso de líquido tecidual e das proteínas plasmáticas que atravessam para a corrente sanguínea, e a remoção de resíduos resultantes da decomposição celular e infecção. Os componentes importantes do sistema linfático são:
· Plexos linfáticos: redes de capilares linfáticos de fundo cego que se originam nos espaços extracelulares (intercelulares) da maioria dos tecidos. Como são formados por um endotélio muito fino, que não tem membrana nasal, proteínas plasmáticas, bactérias, resíduos celulares, e até mesmo células inteiras (principalmente linfócitos), entram neles com facilidade junto com o excesso de líquido tecidual.
· Vasos linfáticos: vasos de paredes finas com muitas válvulas linfáticas que compõem uma rede por quase todo o corpo para drenar a linfático dos capilares linfáticos. Os troncos linfáticos são grandes vasos coletores que recebem linfático de múltiplos vasos linfáticos. Os capilares e os vasos linfáticos são encontrados em quase todos os lugares onde há capilares sanguíneos, com exceção, por exemplo, dos dentes, dos ossos, da medula óssea e de todo o sistema nervoso central (SNC) (O excesso de líquido tecidual do SNC drena para o líquido cerebrospinal).
· Linfa: o líquido tecidual que entra nos capilares linfáticos e é conduzido por vasos linfáticos. Geralmente, a linfa transparente, aquosa e discretamente amarelada e tem composição semelhante à do plasma sanguíneo.
· Linfonodos: pequenas massas de tecido linfático, encontradas ao longo do trajeto dos vasos linfáticos, que filtram a linfa em seu trajeto até o sistema venoso.
· Linfócitos: células circulantes do sistema imune que reagem contra materiais estranhos.
· Órgãos linfoides: partes do corpo que produzem linfócitos, como timo, medula óssea vermelha, baço, tonsilas e os nódulos linfáticos solitários e agregados nas paredes do sistema digestório e no apêndice vermiforme.
Os vasos linfáticos superficiais, mais numerosos que as veias na tela subcutânea e que se anastomosam livremente, acompanham a drenagem venosa e convergem para ela. Esses vasos finalmente drenam nos vasos linfáticos profundos que acompanham as artérias e recebem a drenagem de órgãos internos. É provável que os vasos linfáticos profundos também sejam comprimidos pelas artérias que acompanham, o que leva a ordenha da linfa ao longo desses vasos que têm válvulas, da mesma forma descrita antes sobre as veias acompanhantes.
Os vasos linfáticos superficiais e profundos atravessam os linfonodos (geralmente vários conjuntos) em seu trajeto no sentido proximal, tornando-se maiores à medida que se fundem com vasos que drenam regiões adjacentes. Os grandes vasos linfáticos entram em grandes vasos coletores, denominados troncos linfáticos, que se unem para formar o ducto linfático direito ou ducto torácico.
O ducto linfático direito drena a linfa do quadrante superior direito do corpo (lado direito da cabeça, do pescoço e do tórax, além do membro superior direito). Na raiz do pescoço, entra na junção das veias jugular interna direita e subclávia direita, o ângulo venoso direito.
O ducto torácico drena a linfa do restante do corpo. Os troncos linfáticos que drenam a metade inferior do corpo unem-se no abdome, algumas vezes formando um saco coletor dilatado, a cisterna do quilo. A partir desse saco (se presente), ou da união dos troncos, o ducto torácico ascende, entrando no tórax e atravessando-o para chegar ao ângulo venoso esquerdo (junção das veias jugular interna esquerda e subclávia esquerda).
A ligadura de um tronco linfático ou mesmo do próprio ducto torácico pode ter apenas um efeito transitório enquanto se estabelece um novo padrão de drenagem por intermédio das anastomoses linfático venosas - e posteriormente interlinfáticas - periféricas.
Outras funções do sistema linfático incluem:
· Absorção e transporte da gordura dos alimentos: capilares linfáticos especiais, denominados lácteos, recebem todos os lipídeos e vitaminas lipossolúveis absorvidos pelo intestino. Em seguida, o líquido leitoso, quilo, é conduzido pelos vasos linfáticos viscerais para o ducto torácico, e daí para o sistema venoso.
· Formação de um mecanismo de defesa do corpo: quando há drenagem de proteína estranha de uma área infectada, anticorpos específicos contra a proteína são produzidos por células imunologicamente competentes e/ou linfócitos enviados para a área infectada.
RESUMINDO:
Sistema Circulatório: o sistema circulatório é formado pelo coração e pelos vasos sanguíneos - artérias, veias e capilares. As artérias e veias (e os vasos linfáticos) têm três camadas ou túnicas - túnica íntima, túnica média e túnica externa. As artérias têm fibras elásticas e musculares em suas paredes, que permitem a propulsão do sangue em todo o sistema circulatório. As veias têm paredes mais finas do que as artérias e são distinguidas por válvulas que impedem o refluxo de sangue. Os capilares, como simples tubos endoteliais, são os menores vasos sanguíneos e fazem a ligação entre as menores artérias (arteríolas) e veias (vênulas).
Sistema Linfático: o sistema linfático drena o excesso de líquido dos espaços extracelulares para a corrente sanguínea. O sistema linfático também é uma parte importante do sistema de defesa do corpo. Os componentes importantes do sistema linfático são as redes de capilares linfáticos, os plexos linfáticos; os vasos linfáticos; a linfa; os linfonodos; os linfócitos; e os órgãos linfoides. O sistema linfático oferece uma via (relativamente) previsível para a disseminação de alguns tipos de células cancerosas em todo o corpo. A inflamação dos vasos linfáticos e/ou aumento dos linfonodos é um indicador importante de possível lesão, infecção ou doença (ex: câncer)
Miologia
Introdução à Miologia:
Etimologia da Terminologia:
Miologia é o estudo dos músculos. A palavra músculo foi atribuída a essas estruturas por associar o músculo com um camundongo de baixo do tapete.
Funções do Músculo:
Os músculos têm as funções de locomoção, estabilização, movimentação de substâncias, regulação do volume dos órgãos, dar forma ao corpo e geração de calor.
Tipos de Músculos:
O coração bate involuntariamente com impulsos do sistema nervoso autônomo.
Os músculos estriados esqueléticos se movimentam conforme a nossa vontade.
Soma = corpo
Os músculos lisos (órgãos) não possuem estrias. Suas células têm formato de fuso com seu núcleo centralizado.
O músculo estriado cardíaco possui células ramificadas, com discos intercalados e unicelulares. Elas funcionam como se fossem um sincício (uma única estrutura).
Os músculos estriados esqueléticos possuem suas fibras alongadas, cilíndricase com várias alongações.
Propriedades do Tecido Muscular:
Os músculos têm como propriedades a excitabilidade elétrica, contratilidade, extensibilidade, elasticidade.
Principais Componentes Anatômicos do Músculo Estriado Esquelético:
No ventre muscular encontrarmos as células e as extremidades (tendão - constituído de tecido denso modelado - tem formato de cordão) estão fixas em alguma estrutura.
Aponeurose: faixa de tendão, com a mesma constituição do tendão ex. Dorso da mão, planta do pé, lombar, na bainha do reto abdominal e no crânio temos a epitemoral.
Todo músculo tem revestimento de tecido conjuntivo (externo). Ele auxilia os músculos a não terem atrito entre si e facilita o deslize entre esses músculos, elas são chamadas de fáscias musculares.
Componentes do Tecido Conjuntivo:
Endomísio: revestimento mais interno que se encontra em um músculo. Está envolvendo individualmente cada fibra muscular.
Perimísio: revestimento em grupos de células musculares.
Epimísio: revestimento externo de tecido conjuntivo (fáscia muscular)
Classificação Anatômica:
A maioria dos músculos é denominada de acordo com a ação, fixação óssea, posição, função, comprimento e formato.
Classificação Quanto ao Formato:
Os músculos podem ser classificados conforme os seus formatos em:
· Planos
· Peniformes
· Fusiformes
· Triangulares
· Quadrados
· Circulares ou esfincterianos
Os músculos planos têm fibras paralelas, frequentemente com uma aponeurose - por exemplo, músculo oblíquo externo do abdome (músculo plano largo). O músculo sartório é um músculo plano estreito com fibras paralelas.
Os músculos peniformes são semelhantes a penas na organização de seus fascículos, e podem ser semipeniformes, peniformes ou multipeniformes - por exemplo, músculo extensor longo dos dedos (semipeniforme), músculo reto femoral (peniforme) e músculo deltoide (multipeniforme).
Os músculos fusiformes têm formato de fuso com um ou mais ventres redondos e espessos, de extremidades afiladas - por exemplo, músculo bíceps braquial.
Os músculos triangulares (convergentes) originam-se em uma área larga e convergem para formar um único tendão - por exemplo, músculo peitoral maior.
Os músculos quadrados têm quatro lados iguais - por exemplo, músculo reto do abdome entre suas interseções tendíneas.
Os músculos circulares ou esfincterianos circundam uma abertura ou orifício do corpo, fechando-os quando se contraem - por exemplo, músculo orbicular dos olhos.
Fixação Muscular - Inserção de Origem e Inserção Terminal:
Existem dois tipos de inserção muscular: a inserção de origem e a inserção terminal.
· Inserção de origem: a extremidade muscular é fixada no tecido ósseo que não se move (tendão curto).
· Inserção terminal: a extremidade muscular é fixada no tecido ósseo que se move (tendão longo).
A origem e a inserção podem mudar de acordo com o movimento.
Classificação dos Músculos Quanto a Inserção de Origem:
Quando a origem do músculo provém de mais de uma cabeça ou origem.
· Classificação dos músculos quanto a inserção terminal:
Tem inserção por mais de um tendão e pode ser classificado em:
· Bicaudado: dois tendões
· Policaudados: três ou mais tendões
· Classificação dos músculos quanto ao ventre muscular:
Esses tipos de músculos apresentam mais de um ventre, com tendões intermediários entre eles. São classificados em:
· Digástrico: dois ventres
· Poligástricos: maior número de ventres (reto do abdome)
Classificação Funcional:
Os músculos podem ser classificados como: agonista, sinergista, antagonista, fixadores ou posturais. O mesmo músculo pode agir em mais de uma forma funcional.
· Agonista: é o principal responsável pela produção de um movimento específico do corpo.
· Sinergista: esse tipo de músculo complementa a ação de um agonista e elimina movimentos indesejados. Pode ser um auxiliar direto de um músculo agonista, atuando como componente mais fraco ou mecanicamente menos favorável do mesmo movimento, ou pode ser um auxiliar indireto, servindo como fixador de uma articulação interposta quando um agonista passa sobre mais de uma articulação, por exemplo. Não é incomum que haja vários sinergistas auxiliando um agonista em determinado movimento.
· Antagonista: opõe-se à ação do agonista. Pode ser dividido em antagonista primário (se opõe diretamente ao agonista) e antagonista secundário (se opõe aos sinergistas).
· Fixadores ou posturais: conferem estabilidade para que ocorra o movimento. Estabilizam partes proximais de um membro, enquanto ocorre movimento nas partes distais.
Classificação Quanto a Ação:
Um único neurônio consegue se conectar com várias fibras musculares por meio das terminações nervosas. Assim se constitui uma unidade motora.
A placa motora é uma região especializada da membrana citoplasmática da fibra muscular, em que se observa a presença de receptores para o neurotransmissor acetilcolina.
Tipos de Contração Muscular:
Contração reflexa: quando há um reflexo para contrair o músculo.
Contração tônica: Tônus: contração mínima necessária para manter a forma do musculo. É perdido no sono profundo. Não gera movimento
Contração fásica: gera movimento, tendo uma diminuição ou aumento desse músculo. Ela pode ser dividida em:
Contração isotônica: o músculo muda de comprimento em relação à produção de movimento.
· Concêntrica: contração muscular
· Excêntrica: relaxamento do músculo
Contração Isomérica: mantém a força, mas não gera movimento.
Coluna Vertebral
Este documento apresenta informações sobre a coluna vertebral, incluindo suas curvaturas primárias e secundárias, suas articulações e ligamentos. Também são mencionados detalhes sobre as vértebras cervicais, torácicas e lombares, bem como o disco intervertebral e a herniação de disco.
12 pares de costelas para 12 vertebras torácicas.
Curvatura primária: primeira curvatura da coluna vertebral (feto). Também é chamada de Cifose, onde a concavidade é anterior ou a convexidade é posterior.
Com o passar do tempo, ocorre a inversão da curvatura da coluna cervical para uma convexidade anterior e chamada de lordose cervical ou uma curvatura secundaria.
O andador é um dos principais causador de traumatismo craniano infantil.
A coluna vertebral tem um papel importantíssimo na absorção e distribuição de carga, por conta de suas curvaturas fisiológicas.
Curvaturas Fisiológicas:
· Primária: cifose (torácica e sacral)
· Secundária: lordose (cervical e lombar).
· Hiperlordose: aumento da curvatura
· Hipercifose: aumento da curvatura
· Gibosidade costal: escoliose + hipercifose (corcunda de NotreDame).
Quando diminui a curvatura ocorre a retificação da coluna cervical.
As duas primeiras vertebras cervicais, as sacrais e o cóccix tem a diferença morfológica em sua estrutura.
Processos Articulares:
O processo transverso é chamado de costiforme somente na vertebra lombar.
Arco vertebral: é a junção do pedículo (anterior - entre o corpo e o processo transverso) com a lâmina (posterior - entre o processo transverso e o processo espinhoso)
Processo articular superior de uma vertebra se articula com o processo articular inferior da vertebra de cima. Ou o processo articular inferior de uma vertebra se articula com o processo articular superior da vertebra de baixo. Entre os processos vertebrais tem articulação sinovial (zigoapofisárias)
Processos articulares em verde.
Partes das Vértebras:
A coluna vertebral tem duas articulações: sínfise (entre os corpos vertebrais) e sinovial (entre os processos vertebrais)
Somente da vertebra lombar existe o processo mamilar. O forame vertebral é triangular
O corpo da vertebra torácica tem o formato de coração e seu forame vertebral é mais circular. Temos as fóveas costais que formam articulações sinoviais com as costelas.
O forame da vertebra cervical é circular e maior em comparação com o forame de vertebra. A articulação é chamada de atlantoaxial e está na linha mediana, realiza as movimentações de rotação e flexão.
 
Dente é sempre do áxis.
· Crista sacral mediana: fusão dos processos espinhosos.
· Crista sacral medial: fusão dos processos articulares.· Crista sacral lateral: fusão dos processos transversos
· Promontório do sacro: onde a 5ª vertebra lombar se apoia. O sacro só tem processo articular superior. Ainda tem uma sínfise entre essas vertebras.
Todas as vertebras do cóccix são fundidas, podendo ser de 3-4 vertebras.
A medula espinal vai até a LII, a diante só seguem as terminações nervosas.
Disco Intervertebral:
É um disco de fibrocartilagem, é composto externamente por um anel fibroso e internamente é composto por um núcleo pulposo.
Hérnia de disco é o extravasamento do núcleo pulposo.
O núcleo pulposo só extravasa quando o anel fibroso sofre degeneração.
Ligamentos:
Ligamento longitudinal: fica ao longo dos corpos vertebrais (posterior e anterior)
O ligamento que fecha o canal vertebral é o ligamento amarelo.
O ligamento que fica por cima dos processos espinhosos ao longo da coluna vertebral, é chamado de ligamento supraespinal.
Entre os processos espinhosos temos os ligamentos interespinoso.
Entre os processos transversos temos os ligamentos intertransversarios.
Generalidades do Sistema Nervoso
O Sistema Nervoso:
Este documento apresenta uma visão geral do sistema nervoso humano, incluindo a estrutura dos neurônios e células da glia, classificação morfológica e funcional dos neurônios, divisão do sistema nervoso, anatomia do cérebro, tronco encefálico e medula espinhal, nervos, gânglios nervosos e terminações nervosas, além da divisão funcional do sistema nervoso autônomo em simpático e parassimpático.
O sistema nervoso humano é o mais evoluído de todas as espécies. Dentro do tecido nervoso encontramos neurônio e células da glia ou neuroglia.
O neurônio é responsável pela excitação e impulso nervoso. Temos aproximadamente 87milhões de neurônios. Ele vai se excitar e produzir o potencial de ação.
As células da glia participam da barreira hemato encefálica, produzem bainha de mielina. Temos aproximadamente 87milhões de células da glia.
O núcleo do neurônio é localizado no corpo celular, também chamado de pericario ou soma. Os dendritos são como se fossem ‘’galhos’’. São receptores de estímulos, e os conduzem pelo corpo celular.
Axônio é o corpo do neurônio, única unidade cilíndrica e alongada. No final dele encontramos as ramificações terminais do axônio, que são chamados de botões sinápticos ou terminações nervosas. É onde encontramos o potencial de ação. Quando ele é revestido por bainha de mielina é chamado de axônio mielinizado, quando o encontramos sem essa bainha é chamado de axônio amielínico.
A bainha de mielina tem função de proteção e isolamento elétrico.
Os nódulos de Ranvier são os espaços entre a bainha de mielina onde ocorrem a despolarização do potencial de ação durante o impulso nervoso.
O impulso nervoso é unidirecional (tem um único sentido): dendritos → corpo celular → axônio → ramificações terminais do axônio.
A célula nervosa não entra em mitose, somente no hipocampo. Quando se perde neurônio não tem reposição.
Classificação Morfológica dos Neurônios:
· Multipolar: há várias terminações nervosas.
· Pseudounipolar: quando há somente uma terminação nervosa que sai do corpo celular e se divide pelo axônio.
· Bipolar: há dois polos.
Classificação Funcional dos Neurônios:
O pseudounipolar é um neurônio sensitivo (aferente). Ele se localiza na parte posterior da medula.
O neurônio motor (eferente) sempre vai estar ligado a um músculo, ou seja, ele vai fazer o músculo contrair. Ele fica localizado na parte anterior da medula.
Os axônios de ambos os neurônios se encontram para formar o nervo espinal ou nervo misto.
O interneurônio é um neurônio de associação que se localiza entre neurônios, eles vão processar determinada ação. Só os encontramos na medula e no encéfalo.
Células da Neuróglia/Glia:
· Células ependimárias: produzem o líquor.
· Os oligodendrócitos: produzem bainha de mielina no SNC.
· Os astrócitos: armazenam glicogênio em seu interior e participam da barreira hematoencefálica.
· A micróglia participa do processo de fagocitose no SNC.
· Célula de Schwann faz a bainha de mielina na parte periférica do sistema nervoso.
Essas células NÃO conduzem potencial de ação.
Divisão do Sistema Nervoso:
Embriológica:
O nosso sistema nervoso é produzido pela região central do ectoderma. Essa região sofre estímulos e se torna uma placa neural, após mais mitoses se torna um sulco neural, após se torna a goteira neural e por último se forma o tubo neural.
Dentro do tubo neural temos as vesículas primárias
Anatômica:
No sistema nervoso central (SNC) temos o cérebro e a medula espinhal, que são protegidos por ossos e meninges.
Meninges:
A aracnoide-máter é enrugada e fica muito próxima, quase aderida, a pia-máter.
Encéfalo:
O encéfalo é constituído por: cérebro, tronco encefálico e cerebelo. Nele temos substância cinzenta por fora e substância branca por dentro.
Na substância branca temos células neuroglia e fibras mielínicas
Na substância cinzenta temos corpos de neurônios, fibras amielinicas e células da neuroglia.
Na medula temos substância cinzenta (H medular) por dentro e substância branca por fora.
O cérebro é formado por telencéfalo + diencéfalo
O tronco encefálico é formado por mesencéfalo, ponte e bulbo
E por fim temos o cerebelo.
Telencéfalo:
É dividido em dois hemisférios, tem giros (voltas) e sulcos (depressões entre os giros)
O corpo caloso é responsável por unir os dois hemisférios, é constituído de substância branca (axônios com bainha de mielina e células da glia)
Existem dois sulcos principais: o sulco central e o sulco lateral.
Sulco central: divide o cérebro em posterior e anterior. A frente está localizado o lobo frontal. Posterior a esse sulco, adjacente ao osso parietal, encontra-se o lobo parietal, e mais atras temos o lobo occipital, adjacente ao osso occipital. E mais lateralizado, adjacente ao osso temporal, temos o lobo temporal.
O lobo da ínsula fica localizado abaixo do lobo temporal e os lobos frontal e parietal. Para acessá-lo devemos afastar os lobos pelo sulco lateral.
Cada lobo é responsável por uma função: 
· Lobo occipital: visão; 
· Lobo temporal: audição, memória (hipocampo), linguagem e interpretação, sistema límbico; 
· Lobo parietal: tem o giro pós- central que é responsável por receber informações sensitivas de tato, pressão, vibração, dor e temperatura; 
· Lobo frontal: temos o giro pré-central onde encontramos a área motora primaria (onde sairão os impulsos motores, principalmente para a medula espinal), o julgamento moral, a tomada de decisão, raciocínio, comportamento emocional; 
· Lobo da ínsula: comportamento emocional.
Diencéfalo:
É dividido em tálamo e hipotálamo.
· Tálamo: recebe informações sensoriais, motricidade e comportamento emocional.
· Hipotálamo: é responsável por regular o SNA, temperatura corporal, sono, comportamento emocional, sede, fome, sexo.
Cerebelo:
Fica posterior a ponte e ao bulbo, ele é responsável pelo equilíbrio, tônus muscular e aprendizado.
Tronco Encefálico:
É constituído por 3 partes:
· Mesencéfalo: controle visual e reflexos auditivos.
· Ponte: é responsável por expressões faciais e movimentos dos olhos
· Bulbo: regula batimentos cardíacos e sistema respiratório.
Medula Espinal:
Ela tem em torno de 45cm de comprimento, está localizada dentro da coluna vertebral (canal medular), nasce no forame magno e vai até a LII.
Quando chega na LII, a medula acaba no formato de cone, sendo assim chamado de cone medular. Abaixo da LII temos a cauda equina, onde encontramos os nervos e podemos realizar coleta de líquor e aplicação de medicações.
Temos as regiões chamadas de intumescências (regiões dilatadas): a intumescência cervical e a lombar. Por formar o plexo braquial e o plexo lombossacral.
Ao fim do cone temos o filamento terminal, ele é importante para fixar a medula no cóccix.
Na raiz dorsal há aglomeração de pseudounipolar criando assim o gânglio da raiz dorsal, já na raiz ventral não há gânglio, pois estão dentro da medula.
O nervo espinal misto → junção de gânglios → raiz dorsal (sensitiva) e raiz ventral (motora)→ radículas dorsais (sensitiva) e radículas ventrais (motora).
Todo nervo espinal é dividido em ramo posterior e ramo anterior, ambos têm informações mistas: sensitiva e motora.
Nervos:
Estruturas esbranquiçadas que são constituídas por axônios tanto sensitivos quanto motoros.
Tecido conjuntivo que está revestindo o axônio é o endoneuro, o perineuro reveste um grupo de axônios e o epineuro reveste tudo.
Os nervos são separados em cranianos (ligados ao encéfalo) e espinais ou raquidianos (ligados na medula)
Temos 12 pares de nervos cranianos e 31 pares de nervos raquidianos.
Gânglios Nervosos:
Estruturas constituídas por aglomerado de corpos celulares de neurônios e ficam fora do sistema nervoso central.
Terminações Nervosas:
São estruturas receptoras responsáveis por captar as diferentes informações sensoriais (sensitivas ou aferentes), distribuídas por todo o nosso corpo e por conduzir informação (motoras ou eferentes) ao órgão efetor (glândula ou músculo).
Divisão do Sistema Nervoso:
Funcional:
O sistema nervoso é dividido em somático e em visceral (autônomo ou neurovegetativo). o sistema nervoso neurovegetativo se divide em simpático e parassimpático. Eles funcionam involuntariamente.
O sistema nervoso simpático fica localizado no meio da medula, mais especificamente na coluna lateral da medula.
O sistema nervoso parassimpático está localizado dentro do tronco encefálico e na parte sacral da medula espinal. Fibras pré-ganglionares emergem do tronco encefálico com o III, VII, IX e X pares cranianos (vago) e emergem da medula espinal em S2 e S3; o nervo vago (X) contém aproximadamente 75% de todas as fibras parassimpáticas.
Neurovegetativo:
O SNS funciona diferente do SNP, um é o oposto do outro.
Englobo todos os nervos e centros nervosos que controlam a vida vegetativa, ou seja, as vísceras e as glândulas.
É responsável por organizar os ajustes homeostáticos do organismo.
É uma rede de neurônios interconectados e distribuídos amplamente no organismo.
Membrana Plasmática, Proteínas de Membrana, Transportes
Membrana Celular:
A membrana celular (também chamada de membrana plasmática) envolve a célula e é uma estrutura fina, flexível e elástica com apenas 7,5 a10 nanômetro de espessura. É composta quase que inteiramente de proteínas e lipídios. A composição aproximada é de 55% de proteínas, 25% de fosfolipídios, 13% de colesterol, 4% de outros lipídios e 3% de carboidratos.
Sua estrutura básica é uma bicamada lipídica, um filme fino de duas camadas de lipídios - cada camada com apenas uma molécula de espessura - que é contínua por toda a superfície celular. Intercaladas nesse filme lipídico estão grandes proteínas globulares.
A bicamada lipídica básica é composta por três tipos principais de lipídios - fosfolipídios, esfingolipídeos e colesterol. Os fosfolipídios são os lipídios mais abundantes da membrana celular. Uma extremidade de cada molécula de fosfolipídio é hidrofílica e solúvel em água. A outra extremidade é hidrofóbica e solúvel apenas em gorduras. A extremidade do fosfato fosfolipídio é hidrofílica, e a porção de ácido graxo é hidrofóbica.
Como as porções hidrofóbicas das moléculas de fosfolipídios são repelidas pela água, mas são mutualmente atraídas uma pela outra, elas têm uma tendência natural de se ligarem uma à outra no meio da membrana. As porções do fosfato hidrofílico constituem, então, as duas superfícies da membrana celular completa, em contato com a água intracelular no interior da membrana e a água extracelular na superfície externa.
A camada lipídica no meio da membrana é impermeável às substâncias usuais solúveis em água, como íons, glicose e ureia. Por outro lado, as substâncias solúveis em gordura, como oxigênio, dióxido de carbono e álcool, podem penetrar essa parte da membrana com facilidade. Os esfingolipídios, derivados de aminoálcool esfingosina, também possuem grupos hidrofóbicos e hidrofílicos e estão presentes em pequenas quantidades nas membranas celulares, principalmente nas células nervosas. Acredita-se que os esfingolipídios complexos das membranas celulares tenham várias funções, incluindo proteção contra fatores ambientais prejudiciais, transmissão de sinais e locais de adesão para proteínas extracelulares.
As moléculas de colesterol nas membranas também são lipídios porque seus núcleos de esteroides são altamente solúveis em gordura. Essas moléculas, de certo modo, estão dissolvidas na bicamada da membrana. Elas ajudam, principalmente, a determinar o grau de permeabilidade (ou impermeabilidade) da bicamada aos constituintes solúveis em água dos líquidos corporais. O colesterol também controla grande parte da fluidez da membrana.
Proteínas Integrais e Periféricas da Membrana Celular:
Essas proteínas são, principalmente, glicoproteínas. Existem dois tipos de proteínas da membrana celular, as proteínas integrais, que se projetam por todo o caminho através da membrana, e as proteínas periféricas, que estão fixadas somente em uma superfície da membrana e não penetram totalmente.
Muitas das proteínas integrais fornecem canais estruturais (ou poros) através dos quais moléculas de água e substâncias solúveis em água, especialmente íons, podem se difundir entre líquidos extracelular e intracelular. Esses canais de proteínas também têm propriedades seletivas que permitem a difusão preferencial de umas substâncias sobre outras. Outras proteínas integrais atuam como proteínas carreadoras para o transporte de substâncias que, de outra forma, não poderiam penetrar a bicamada lipídica. Às vezes, essas proteínas carreadoras chegam a transportar substâncias na direção oposta a seus gradientes eletroquímicos para difusão, o que é chamado de transporte ativo. Outras ainda atuam como enzimas.
As proteínas integrais da membrana também podem servir como receptores para produtos químicos solúveis em água, como hormônios peptídicos, que não penetram facilmente a membrana celular. A interação dos receptores da membrana celular como ligantes específicos que se ligam ao receptor causa mudanças conformacionais na proteína receptora. Esse processo, por sua vez, ativa enzimaticamente a parte intracelular da proteína ou induz interações do receptor com as proteínas do citoplasma que atuam como segundos mensageiros, retransmitindo o sinal da parte extracelular do receptor para o interior da célula. Dessa forma, as proteínas integrais que se estendem pela membrana celular fornecem um meio de transmitir informações sobre o ambiente para o interior da célula. As moléculas de proteínas periféricas são frequentemente ligadas às proteínas integrais. Essas proteínas periféricas funcionam quase inteiramente como enzimas ou como controladores do transporte de substâncias através dos poros da membrana celular.
RESUMINDO:
A proteína integral atravessa a bicamada fosfolipídica da membrana e se mantem ali.
As proteínas periféricas se movem com mais facilidade, por apresentarem ligações fracas, ficam na periferia da membrana, elas podem se ligar com a proteína integral, no citoesqueleto da célula.
Carboidratos da Membrana:
Os carboidratos da membrana ocorrem quase invariavelmente em combinação com proteínas ou lipídios na forma de glicoproteínas ou glicolipídios. Na verdade, a maioria das proteínas integrais é glicoproteína e cerca de um décimo das moléculas de lipídios da membrana é glicolipídio. As porções glico dessas moléculas quase invariavelmente se projetam para fora da célula, pendendo para o exterior da superfície celular. Muitos outros compostos de carboidratos, chamados proteoglicanos - que são principalmente carboidratos ligados a pequenos eixos proteicos - também são frouxamente ligados à superfície da célula. Assim, toda a superfície externa da célula frequentemente tem uma cama frouxa de carboidratos chamada de glicocálix.
As porções do carboidrato ligadas à superfície externa da célula têm várias funções importantes:
· Muito deles tem uma carga elétrica negativa, o que dá à maioria das células uma carga superficial negativa geral que repele outros objetos carregados negativamente.
·O glicocálix de algumas células se liga ao glicocálix de outras células, ligando, assim, as células umas às outras.
· Muitos dos carboidratos atuam como receptores para os hormônios de ligação, como a insulina. Quando ligados, essa combinação ativa proteínas internas anexadas que, por sua vez, ativam uma cascata de enzimas intracelulares.
· Algumas frações de carboidratos entram em reações imunológicas.
Transporte Ativo de Substâncias:
Às vezes, uma grande concentração de uma substância é necessária no líquido intracelular, embora o líquido extracelular contenha apenas uma pequena concentração. Essa situação é verdadeira, por exemplo, para os íons de potássio. Por outro lado, é importante manter as concentrações de outros íons muito baixas dentro da célula, mesmo que suas concentrações no líquido extracelular sejam altas. Essa situação é especialmente verdadeira para os íons sódio. Nenhum desses dois efeitos poderia ocorrer por difusão simples porque a difusão simples eventualmente equilibra as concentrações nos dois lados da membrana. Em vez disso, alguma fonte de energia deve causar movimento excessivo de íons potássio para dentro das células e movimento excessivo para o exterior das células. Quando uma membrana celular move moléculas ou íons “para cima” contra o gradiente de concentração (ou “para cima” contra um gradiente elétrico ou de pressão), o processo é chamado de transporte ativo.
Alguns exemplos de substâncias que são ativamente transportadas através de pelo menos algumas membranas celulares incluem íons sódio, potássio, cálcio, ferro, hidrogênio, cloreto, iodeto e urato, vários açucares diferentes e a maioria dos aminoácidos.
Transporte Ativo Primário e Transporte Ativo Secundário:
O transporte ativo é um processo em que as células gastam energia para mover moléculas através de sua membrana plasmática contra um gradiente de concentração. Existem dois tipos principais de transporte ativo: transporte ativo primário e transporte ativo secundário.
O transporte ativo primário é um processo em que a célula utiliza diretamente energia na forma de ATP para mover íons ou moléculas através de sua membrana plasmática contra um gradiente de concentração. Um exemplo comum de transporte ativo primário é a bomba de sódio-potássio, que é responsável por manter uma diferença de concentração de íons sódio e potássio entre o interior e o exterior da célula.
Já o transporte ativo secundário ocorre quando a energia potencial armazenada em um gradiente de concentração é utilizada para mover outras moléculas ou íons contra seus próprios gradientes de concentração. Por exemplo, a co-transportadora de glicose e sódio utiliza a energia armazenada no gradiente de sódio para transportar glicose para dentro da célula.
Transporte Ativo Vesicular:
O transporte ativo vesicular é um processo celular que envolve a formação de vesículas membranosas que transportam macromoléculas ou partículas através da membrana celular. Esse processo é mediado por proteínas específicas, como as clatrina e as adaptinas, que recrutam as macromoléculas para as vesículas e facilitam sua fusão com a membrana celular de destino. O transporte ativo vesicular é importante em processos como a endocitose, que é a internalização de partículas extracelulares, e a exocitose, que é a secreção de moléculas produzidas pela célula.
⇒ Fagocitose: há uma emissão de pseudópodes (projeção da membrana para fora) que capturam a bactéria e a envolve numa vesícula que entra na célula e ocorre a degradação dessa bactéria.
⇒ Pinocitose: há uma depressão da membrana, onde há a captação de partículas menores com fluidos e a leva para dentro da célula por meio de uma vesícula criada.
⇒ Exocitose: de dentro para fora. Após a destruição do que estava dentro da vesícula, ela se adere novamente a membrana e joga para fora os resíduos da degradação.
⇒ Endocitose: mediada por receptor envolve uma captação seletiva de sequência específica através de proteínas receptoras na membrana plasmática. Após a formação da capacidade intracelular, ela pode fundir-se com outras organelas celulares para liberar o conteúdo dentro da célula.
Tecido Epitelial de Revestimento
Tecido Epitelial:
O tecido epitelial é dividido em epitélio de revestimento e glandular. O glandular é o que vai compor as glândulas, tem como características secretar substâncias.
O tecido epitelial apresenta as seguintes características:
· Pouca matriz celular
· Apresenta células justapostas (células bem próximas umas das outras)
· Apresenta lamina basal nas bases das células.
· Avascular
· Encontra-se apoiado no tecido conjuntivo
Tecido Conjuntivo:
O tecido epitelial protege o tecido conjuntivo, que é vascularizado, e este tecido vascularizado, fornece os nutrientes necessários para o tecido epitelial.
A face da célula que está em contato com a lâmina basal, é chamada de domínio basal ou face basal. Nele encontramos a associação da célula com lâmina basal.
Lateralmente uma célula está em contato com a outra, esta região de contato chamamos de domínio lateral. Entre as células precisamos ter junções e proteínas para “prender” uma célula na outra
A superfície oposta a lâmina basal, chamamos de superfície apical.
Especificações da Superfície Apical:
A superfície apical é uma das faces da célula epitelial que reveste as superfícies internas e externas do corpo de um organismo. Algumas das especificações da superfície apical incluem:
1. Polaridade: a superfície apical é polarizada, ou seja, apresenta diferentes características em relação à superfície basal e aos lados laterais da célula.
2. Microvilosidades: são projeções da membrana plasmática que aumentam a superfície de absorção da célula, permitindo que ela capture nutrientes e outras moléculas do ambiente.
3. Cílios: são estruturas semelhantes a cabelos que se movem em ondas coordenadas para criar um fluxo de fluido ao longo da superfície da célula. Isso pode ajudar a remover partículas e fluidos indesejados do ambiente.
4. Esteriocílios: muito semelhantes aos cílios, porem são longos e não apresentam movimento. Elas são específicas do epidídimo. Ele participa de processo de fagocitose e absorção.
5. Glicocálix: é uma camada de carboidratos que recobre a superfície apical e desempenha um papel importante na proteção da célula contra o estresse mecânico e químico.
6. Junções intercelulares: a superfície apical contém vários tipos de junções intercelulares, incluindo junções apertadas e junções comunicantes, que permitem a comunicação entre as células adjacentes e ajudam a manter a integridade da barreira epitelial.
Especializações da Superfície Lateral:
A superfície lateral é uma das faces da célula epitelial que se localiza entre a superfície apical e a basal. Algumas das especializações da superfície lateral incluem:
1. Junções celulares: a superfície lateral contém vários tipos de junções intercelulares, incluindo junções aderentes, junções comunicantes e junções oclusivas, que ajudam a manter a integridade da barreira epitelial e a comunicação entre as células.
2. Microfilamentos de actina: são filamentos de proteína que se encontram ao longo da superfície lateral e que ajudam a manter a forma e a estabilidade da célula.
3. Proteínas de ancoragem: são proteínas que se ligam à matriz extracelular ou a outras células adjacentes e ajudam a manter a posição da célula no tecido.
4. Vesículas de transporte: as vesículas que transportam proteínas e lipídios da superfície apical para a basal ou vice-versa passam pela superfície lateral.
5. Bombas de íons: as bombas de íons, como a bomba de sódio-potássio, estão presentes na superfície lateral e ajudam a manter o equilíbrio iônico da célula.
6. Complexo de Golgi: o complexo de Golgi, que é responsável pela modificação e empacotamento de proteínas, está localizado na superfície lateral.
Temos 4 tipos de junções nesta estrutura, são elas:
· Zônula de oclusão: está mais próxima da região apical. Ela permite que a membrana plasmática de uma célula e a da célula vizinha estejam costuradas uma na outra, isso oclui completamenteos espaços entre as células. Nela encontramos ocludinas e filamentos de actina.
· Zônula de adesão: é uma faixa localizada ao redor de toda a célula, fica abaixo da zônula de oclusão, tem inserção de filamentos de actina + complexo E-caderinas-catenina, ela gera resistência e sua função é a resistência mecânica através da inserção dos filamentos de actina.
· Desmossomos: é como se fosse um botão de pressão localizado em pontos específicos, fica em volta da célula, é constituído por caderinas (desmogleínas e desmocolinas) e filamentos intermediários, sua função é de resistência mecânica através da inserção dos filamentos intermediários.
· Junções comunicantes ou tipo GAP: é constituído por canais formados por proteínas que transportam informações de uma célula para a outra. É constituído por conexinas (proteínas transmembranas), tem a função de permitir o intercambio de pequenos íons e micromoléculas entre células vizinhas.
Especializações da Superfície Basal:
A superfície basal é uma das faces da célula epitelial que se encontra em contato com a matriz extracelular. Algumas das especializações da superfície basal incluem:
1. Lâmina basal: é uma camada extracelular composta de proteínas, como colágeno e laminina, e glicoproteínas, como a entactina e a perlecan. A lâmina basal fornece suporte mecânico à célula e também ajuda a regular a adesão celular.
2. Integrinas: são proteínas transmembrana que se ligam à lâmina basal e permitem a ancoragem da célula ao substrato.
3. Hemidesmossomas: são estruturas que conectam a célula à lâmina basal e ajudam a estabilizar a célula em relação ao substrato. É composto por integrinas e filamentos intermediários. Suas funções são de proteger a adesão das células epiteliais com a lamina basal e é o local de inserção dos filamentos intermediários de citoqueratina.
4. Fibras de ancoragem: são estruturas de ancoragem que ligam a lâmina basal a outras fibras extracelulares, como o colágeno, ajudando a reforçar a matriz extracelular.
5. Proteínas de transporte: algumas proteínas de transporte, como as proteínas de canal e as bombas de íons, estão presentes na superfície basal e ajudam a regular o fluxo de substâncias através da membrana celular.
6. Enzimas: algumas enzimas, como a colagenase e a elastase, estão presentes na superfície basal e ajudam a quebrar componentes da matriz extracelular para permitir a migração celular ou a remodelação tecidual.
O pênfigo vulgar e foliáceo são doenças autoimune. Eles são anticorpos contra proteínas de desmossomos. Eles não afetam somente a pele, pode atingir principalmente a mucosa oral.
Lamina Basal:
A lâmina basal é uma camada extracelular que se encontra entre as células epiteliais e o tecido conjuntivo subjacente. É uma estrutura altamente organizada e complexa, composta de proteínas, glicoproteínas e glicosaminoglicanos.
A lâmina basal desempenha diversas funções incluindo:
1. Suporte mecânico: a lâmina basal ajuda a manter a integridade do tecido, fornecendo um suporte mecânico para as células epiteliais.
2. Adesão celular: as células epiteliais aderem à lâmina basal através de proteínas de ancoragem, como as integrinas, que se ligam às proteínas da lâmina basal, como a laminina.
3. Filtragem: a lâmina basal atua como um filtro que regula a passagem de substâncias entre o tecido conjuntivo e o tecido epitelial.
4. Diferenciação celular: a lâmina basal pode influenciar a diferenciação celular, por exemplo, por meio de sinais que promovem a proliferação de células-tronco.
5. Movimento celular: a lâmina basal pode influenciar o movimento celular, por exemplo, fornecendo um substrato para a migração celular.
Ela é importante para compartimentalizar as células epiteliais, controla o que passa de um tecido para o outro. Ela fornece um serviço de guias para as células.
Lâmina basal é a MEC do tecido, ela pode ser parte da membrana basal.
Classificação do Tecido Epitelial:
O tecido epitelial é um dos quatro tipos de tecidos básicos do corpo humano, juntamente com o tecido muscular, o tecido nervoso e o tecido conjuntivo. É encontrado em várias partes do corpo, incluindo a pele, as mucosas, os órgãos internos e as glândulas. O tecido epitelial é classificado de acordo com a forma das células e o número de camadas que o compõem.
1. Epitélio simples: é constituído por uma única camada de células e pode ser classificado em três tipos:
· Cúbico: as células são cúbicas e encontram-se em órgãos como os rins e as glândulas.
· Colunar: as células são colunares e encontram-se no intestino e nas glândulas.
· Pavimentoso: as células são achatadas e encontram-se em estruturas como os alvéolos pulmonares e os vasos sanguíneos.
2. Epitélio estratificado: é constituído por mais de uma camada de células e pode ser classificado em três tipos:
· Cúbico: as células da camada mais profunda são cúbicas e as camadas superficiais são achatadas. É encontrado em estruturas como as glândulas sudoríparas.
· Colunar: as células da camada mais profunda são colunares e as camadas superficiais são achatadas. É encontrado em estruturas como o colo do útero.
· Pavimentoso: as células da camada mais profunda são cúbicas ou colunares e as camadas superficiais são achatadas. É encontrado em estruturas como a pele e as mucosas.
3. Epitélio pseudoestratificado: é constituído por uma única camada de células que parecem estar estratificadas, mas todas estão em contato com a lâmina basal. É encontrado no trato respiratório e nas glândulas.
O tecido epitelial desempenha diversas funções, como proteção, absorção, secreção e transporte de substâncias. Além disso, é caracterizado pela polaridade, ou seja, a existência de uma superfície apical, voltada para o exterior, e uma superfície basal, voltada para o interior do tecido. As células epiteliais também são unidas por junções intercelulares, como as junções apertadas, que ajudam a manter a integridade da barreira epitelial.
Metaplasia:
É a alteração do tecido frente à uma agressão física, química ou biológica. É uma alteração reversível, ou seja, quando o fato agressor é removido, o tecido volta a ser como era antes.
Fundamentos da Embriologia
Embriologia:
A embriologia é o estudo do desenvolvimento dos organismos desde a fertilização até o nascimento. A embriologia é importante porque ajuda a entender como as células se multiplicam, se diferenciam e se organizam para formar os tecidos e órgãos do corpo.
Os fundamentos da embriologia incluem os seguintes processos:
1. Fertilização: a fertilização é o processo em que o espermatozoide se une ao óvulo para formar o zigoto, que é a célula que dá origem a todo o organismo. O zigoto contém a informação genética do pai e da mãe.
2. Clivagem: após a fertilização, o zigoto se divide por mitose, gerando duas células filhas, depois quatro, oito e assim por diante, até formar uma esfera compacta de células, chamada mórula.
3. Blastulação: a mórula sofre uma transformação, formando uma estrutura oca, chamada blastocisto, que contém duas camadas de células: o trofoblasto, que dá origem à placenta, e o embrioblasto, que dá origem ao embrião.
4. Gastrulação: o embrioblasto sofre uma série de modificações que levam à formação das três camadas germinativas: ectoderme, mesoderme e endoderme. A ectoderme dá origem ao sistema nervoso e à pele, a mesoderme dá origem aos músculos, ossos e órgãos internos, e a endoderme dá origem ao revestimento interno do tubo digestivo e dos pulmões.
5. Organogênese: as três camadas germinativas se diferenciam ainda mais, formando os tecidos e órgãos do corpo. Este processo envolve a proliferação celular, a migração celular, a apoptose e a interação entre as células.
Durante o desenvolvimento embrionário, ocorrem diversas transformações celulares e moleculares que são reguladas por fatores internos e externos, como os genes e o ambiente uterino. Alterações nesses processos podem levar a malformações congênitas e outras condições patológicas. Portanto, o estudo da embriologia é essencial para entender a biologia do desenvolvimento e as bases moleculares e celularesdas doenças.
Clivagem:
A clivagem é o processo de divisão celular que ocorre durante as primeiras etapas do desenvolvimento embrionário. É um processo fundamental para a formação de um organismo multicelular, pois permite que uma única célula, o zigoto, se divida em várias células especializadas que formarão os tecidos e órgãos do corpo.
A clivagem começa logo após a fertilização, quando o espermatozoide penetra no óvulo e ocorre a fusão dos núcleos paterno e materno. A célula resultante, o zigoto, contém toda a informação genética necessária para formar o embrião.
A clivagem ocorre por mitose, em que a célula se divide em duas células filhas idênticas, que contêm uma cópia completa do DNA original. Essas células, por sua vez, se dividem em duas, gerando quatro células, e assim por diante. Durante a clivagem, as células resultantes são chamadas de blastômeros.
Os blastômeros continuam a se dividir e a formar uma massa celular compacta chamada mórula. A mórula é formada por cerca de 12 a 16 células e é o primeiro estágio reconhecível do desenvolvimento embrionário.
A clivagem é importante porque permite a rápida proliferação celular, que é necessária para a formação de um embrião multicelular. Além disso, a clivagem é responsável por determinar o plano corporal do embrião, ou seja, como os tecidos e órgãos serão organizados ao longo do eixo longitudinal e transversal.
O padrão de clivagem pode variar entre as espécies e pode influenciar o desenvolvimento embrionário. Por exemplo, em alguns animais, a clivagem é holoblástica, em que o embrião é dividido em duas metades, enquanto em outros animais, a clivagem é meroblástica, em que apenas uma parte do embrião é dividida. A clivagem também pode ser determinante ou indeterminada, o que afeta a capacidade das células de se diferenciar em diferentes tipos celulares.
Em resumo, a clivagem é um processo fundamental do desenvolvimento embrionário, que permite a rápida proliferação celular e determina o plano corporal do embrião. O padrão de clivagem pode variar entre as espécies e influenciar o desenvolvimento embrionário.
Blastocisto:
O blastocisto é uma estrutura formada durante o desenvolvimento embrionário em mamíferos. Ele é formado a partir da mórula, que é uma massa celular compacta composta por cerca de 12 a 16 células. O blastocisto tem uma estrutura característica, com uma cavidade interna preenchida por um fluido chamado blastocele, que separa a massa celular interna (MCI) da massa celular externa (MCE).
A MCE é composta por células chamadas trofoblastos, que são responsáveis por formar a placenta e outras estruturas extraembrionárias. Já a MCI é composta por células pluripotentes, chamadas de células-tronco embrionárias, que são capazes de se diferenciar em diferentes tipos celulares e formar os tecidos e órgãos do embrião.
O blastocisto é importante porque é a primeira etapa em que as células embrionárias começam a se especializar em diferentes tipos celulares. Além disso, o blastocisto é capaz de implantar-se no útero da mãe e formar a placenta, que é responsável por fornecer nutrientes e oxigênio para o embrião em desenvolvimento.
O blastocisto é um estágio crítico do desenvolvimento embrionário, e sua formação bem-sucedida é essencial para a sobrevivência do embrião. Quando ocorrem problemas durante a formação do blastocisto, podem surgir defeitos de desenvolvimento e outras complicações, que podem levar a aborto ou outras complicações na gestação.
Em resumo, o blastocisto é uma estrutura formada durante o desenvolvimento embrionário em mamíferos, que é importante para a formação da placenta e para a especialização das células embrionárias em diferentes tipos celulares. A formação bem-sucedida do blastocisto é essencial para a sobrevivência do embrião e para o desenvolvimento saudável da gestação.
Implantação:
A implantação é o processo pelo qual o blastocisto, que é a estrutura embrionária formada durante o desenvolvimento inicial do embrião, se fixa e penetra no endométrio, que é a camada interna do útero. Esse processo é fundamental para que a gestação se inicie e prossiga normalmente.
A implantação começa com a aproximação do blastocisto ao endométrio, que é estimulado por mudanças hormonais no corpo da mãe. Quando o blastocisto se aproxima do endométrio, ocorrem interações entre as células da camada externa do blastocisto, chamada de trofoblasto, e as células do endométrio, que promovem a adesão e a penetração do blastocisto no tecido uterino.
O processo de implantação envolve várias etapas, incluindo a aderência do blastocisto ao endométrio, a invasão das células trofoblásticas no tecido uterino, a formação de vasos sanguíneos que conectam o embrião à mãe e a formação da placenta, que é responsável por fornecer nutrientes e oxigênio para o embrião em desenvolvimento.
Durante a implantação, as células trofoblásticas se dividem e se diferenciam em diferentes tipos celulares, formando a placenta e outras estruturas embrionárias importantes. A implantação é um processo complexo e delicado, que pode ser afetado por vários fatores, como problemas hormonais, anormalidades no embrião ou no endométrio e outras condições médicas.
Em resumo, a implantação é o processo pelo qual o blastocisto se fixa e penetra no endométrio, iniciando o processo de gestação. Esse processo envolve a adesão e a invasão das células trofoblásticas no tecido uterino, a formação de vasos sanguíneos e a formação da placenta. A implantação é um processo crítico para o início e o desenvolvimento saudável da gestação.
Reação Decidual:
A reação decidual é um processo que ocorre no endométrio do útero durante a implantação do embrião. É uma resposta inflamatória que envolve a proliferação e a diferenciação das células do estroma endometrial em células decíduas. As células decíduas são células especializadas que têm um papel importante na formação e na manutenção da placenta.
A reação decidual é desencadeada pela ação de hormônios produzidos pelo embrião, que estimulam o endométrio a se preparar para a implantação. Essas células têm características morfológicas e funcionais distintas, incluindo um aumento no tamanho e na quantidade de organelas, a produção de proteínas e glicoproteínas específicas e a capacidade de secretar fatores de crescimento e citocinas.
A reação decidual é importante para a implantação do embrião e para a formação da placenta, pois as células decíduas fornecem um ambiente rico em nutrientes e fatores de crescimento que promovem o desenvolvimento do embrião. Além disso, as células decíduas desempenham um papel importante na regulação da resposta imune do organismo, evitando que o sistema imunológico da mãe ataque o embrião em desenvolvimento.
A reação decidual é um processo dinâmico que envolve interações complexas entre as células do embrião e as células do endométrio. Quando ocorrem problemas durante a reação decidual, como anormalidades hormonais ou defeitos no embrião, podem surgir complicações durante a gestação, como aborto, pré-eclâmpsia e restrição de crescimento fetal.
Em resumo, a reação decidual é um processo inflamatório que ocorre no endométrio durante a implantação do embrião. Esse processo envolve a proliferação e a diferenciação das células do estroma endometrial em células decíduas, que são importantes para a formação e a manutenção da placenta. A reação decidual é um processo crítico para o desenvolvimento saudável da gestação e pode ser afetada por vários fatores.
Cavidade Amniótica:
A cavidade amniótica é uma estrutura importante que se forma durante a embriogênese. Ela é responsável por fornecer proteção mecânica e um ambiente adequado para o desenvolvimento do embrião.
A criação da cavidade amniótica começa durante a fase de blástula, quando o embrião é composto por uma camada externa de células (trofoblasto) e uma massa interna de células (blastocisto). A partir daí, as células do blastocisto começam a se diferenciar em camadas específicas.
Uma das camadas que se forma é o epiblasto, que se localiza na superfície interna do blastocisto.À medida que o epiblasto se expande, ele forma um espaço entre ele e o trofoblasto, que é preenchido por fluido secretado pelas células do embrião. Esse fluido se acumula progressivamente e forma a cavidade amniótica.
Conforme a cavidade amniótica cresce, ela se separa do saco vitelínico, que é responsável pela nutrição inicial do embrião. A separação é importante, pois permite que a cavidade amniótica proteja o embrião de possíveis traumas mecânicos, além de fornecer um ambiente estável para o desenvolvimento do feto.
A criação da cavidade amniótica é um processo importante para o desenvolvimento saudável do embrião. Sem ela, o embrião estaria sujeito a traumas mecânicos e exposição a toxinas ou infecções no ambiente uterino. A cavidade amniótica também desempenha um papel importante na regulação da temperatura do embrião, na absorção de choques e no fornecimento de espaço para o crescimento fetal.
Em resumo, a criação da cavidade amniótica ocorre durante a fase de blástula e é responsável por fornecer proteção mecânica e um ambiente adequado para o desenvolvimento do embrião. A formação da cavidade amniótica é um processo crítico para o desenvolvimento saudável do feto e é fundamental para a gestação bem-sucedida.
Saco Vitelínico Primário:
O saco vitelínico primário é uma estrutura que se forma durante o desenvolvimento embrionário e é responsável por fornecer nutrientes ao embrião. Ele é formado a partir de células do hipoblasto, que é uma das camadas que compõem o embrião durante a fase de blástula.
O saco vitelínico primário é uma bolsa membranosa que se estende a partir do pedúnculo vitelínico, que é uma estrutura que liga o embrião ao saco vitelínico. Ele é composto por duas camadas de células: a camada interna, que é responsável por produzir enzimas digestivas, e a camada externa, que é responsável por absorver os nutrientes.
Durante o desenvolvimento embrionário, o saco vitelínico primário é importante para o fornecimento de nutrientes ao embrião, uma vez que a placenta ainda não está formada e o embrião ainda não é capaz de receber nutrientes diretamente da mãe. O saco vitelínico primário é responsável por digerir as proteínas e os carboidratos presentes no vitelo, que é um tipo de alimento presente no ovo dos animais ovíparos.
À medida que o embrião se desenvolve, o saco vitelínico primário começa a se reduzir progressivamente, uma vez que a placenta se forma e o embrião é capaz de receber nutrientes diretamente da mãe. No entanto, o saco vitelínico primário continua a desempenhar um papel importante no desenvolvimento embrionário, uma vez que ele é responsável por produzir células sanguíneas durante a fase inicial de formação do sistema circulatório.
Em resumo, o saco vitelínico primário é uma estrutura importante durante o desenvolvimento embrionário, uma vez que é responsável por fornecer nutrientes ao embrião antes da formação da placenta. Ele é composto por duas camadas de células e é responsável por produzir enzimas digestivas e absorver nutrientes do vitelo. O saco vitelínico primário também desempenha um papel importante na formação do sistema circulatório, uma vez que é responsável por produzir células sanguíneas durante a fase inicial de desenvolvimento embrionário.
Mesoderma Extraembrionário:
O mesoderma extraembrionário é um tecido que se forma durante o desenvolvimento embrionário e está localizado fora do embrião, mais precisamente no âmnio e no saco vitelínico. Ele se origina a partir do epiblasto, que é uma das camadas que compõem o embrião durante a fase de blástula.
O mesoderma extraembrionário é formado por duas camadas: o mesoderma somático e o mesoderma esplâncnico. O mesoderma somático reveste a cavidade amniótica e forma as membranas amnióticas, enquanto o mesoderma esplâncnico reveste o saco vitelínico e forma as membranas vitelínicas.
O mesoderma extraembrionário desempenha funções importantes durante o desenvolvimento embrionário. O mesoderma somático, por exemplo, é responsável por proteger o embrião contra choques mecânicos e por ajudar a manter a temperatura corporal do embrião dentro de limites seguros. Já o mesoderma esplâncnico é responsável por fornecer nutrientes ao embrião e por ajudar a formar o sistema circulatório.
À medida que o embrião se desenvolve, o mesoderma extraembrionário começa a se reduzir progressivamente, uma vez que a placenta se forma e o embrião é capaz de receber nutrientes diretamente da mãe. No entanto, o mesoderma extraembrionário continua a desempenhar um papel importante no desenvolvimento embrionário, uma vez que é responsável por fornecer proteção e nutrientes ao embrião durante as fases iniciais do desenvolvimento.
Em resumo, o mesoderma extraembrionário é um tecido que se forma fora do embrião durante o desenvolvimento embrionário. Ele é composto por duas camadas, o mesoderma somático e o mesoderma esplâncnico, que são responsáveis por proteger o embrião, manter sua temperatura corporal dentro de limites seguros e fornecer nutrientes e formar o sistema circulatório. O mesoderma extraembrionário é uma estrutura importante durante as fases iniciais do desenvolvimento embrionário, mas começa a se reduzir à medida que a placenta se forma e o embrião é capaz de receber nutrientes diretamente da mãe.
Cavidade Coriônica:
A cavidade coriônica é uma cavidade que se forma durante o desenvolvimento embrionário, mais precisamente após a implantação do blastocisto no endométrio uterino. Ela é uma das cavidades que compõem o saco gestacional, juntamente com a cavidade amniótica e o saco vitelínico.
A cavidade coriônica é formada pelo córion, que é uma das camadas que compõem o córion. O córion é a camada mais externa da placenta, e é formado pelo trofoblasto e pelo mesoderma extraembrionário. A cavidade coriônica é uma cavidade preenchida por líquido e que circunda o embrião, servindo como um espaço para seu crescimento e desenvolvimento.
Durante as primeiras semanas de gestação, a cavidade coriônica começa a se expandir, e seu crescimento é importante para o desenvolvimento adequado do embrião. O líquido presente na cavidade coriônica é produzido pelo trofoblasto e pelo saco vitelínico, e desempenha várias funções, como fornecer nutrientes e oxigênio ao embrião, amortecer choques mecânicos e ajudar a manter uma temperatura adequada.
À medida que a gestação avança, a cavidade coriônica é gradualmente incorporada à placenta, e seu papel no desenvolvimento fetal diminui. No entanto, a cavidade coriônica ainda desempenha uma função importante no desenvolvimento fetal, uma vez que ajuda a proteger o embrião e a fornecer um ambiente adequado para o seu crescimento.
Em resumo, a cavidade coriônica é uma cavidade que se forma durante o desenvolvimento embrionário, cercando o embrião e servindo como um espaço para seu crescimento e desenvolvimento. Ela é preenchida por líquido, que desempenha várias funções importantes no desenvolvimento fetal. A cavidade coriônica é gradualmente incorporada à placenta à medida que a gestação avança, mas ainda desempenha um papel importante na proteção e no desenvolvimento do embrião.
Gravidez Ectópica:
A gravidez ectópica é uma condição em que o óvulo fertilizado se implanta e começa a se desenvolver fora do útero. A maioria das gravidezes ectópicas ocorre nas tubas uterinas (trompas de Falópio), mas também pode ocorrer em outros locais, como ovários, abdômen e colo do útero. A gravidez ectópica é uma emergência médica e pode ser potencialmente fatal se não for diagnosticada e tratada rapidamente.
As causas da gravidez ectópica são diversas, mas algumas delas incluem inflamações pélvicas, alterações nas tubas uterinas, uso de contraceptivos intrauterinos (DIU), gravidez após laqueadura tubária e endometriose. Mulheres que já tiveram uma gravidez ectópica anteriormente possuem um risco maior de desenvolvê-la novamente.
Os sintomas da gravidez ectópica podem incluir dor abdominal forte e intensa, sangramento vaginal anormal, náuseas, tonturas e desmaios. Em alguns casos, a gravidez ectópica pode não apresentarsintomas.
Caso haja suspeita de gravidez ectópica, é necessário procurar atendimento médico imediatamente. O diagnóstico é realizado por meio de exames de ultrassom, exames de sangue para medir os níveis do hormônio beta-hCG (hormônio da gravidez) e avaliação clínica.
O tratamento varia de acordo com o estágio da gravidez e a condição da paciente. Em casos leves, pode ser necessário apenas acompanhamento médico. Já em casos mais graves, é necessário interromper a gestação. Isso pode ser feito com medicamentos que interrompem o desenvolvimento do embrião ou com cirurgia para remover o embrião. Em casos mais raros, a cirurgia pode envolver a remoção da trompa uterina afetada.
É importante ressaltar que a gravidez ectópica não é uma gravidez viável e pode ser perigosa para a vida da mulher. Por isso, é fundamental que as mulheres estejam atentas aos sintomas e procurem atendimento médico imediatamente em caso de suspeita de gravidez ectópica. Além disso, é importante fazer exames ginecológicos regularmente para identificar possíveis condições que possam aumentar o risco de gravidez ectópica.
Gastrulação:
A gastrulação é um processo fundamental no desenvolvimento embrionário dos animais. Durante a gastrulação, as três camadas germinativas primárias (ectoderma, mesoderma e endoderma) são formadas a partir de uma massa de células indiferenciadas chamada de blastômero.
O processo começa com a formação de uma linha primitiva, que é uma projeção no disco embrionário. As células migram através da linha primitiva e começam a se organizar em camadas, formando o que é conhecido como o "folheto embrionário".
O endoderma é a camada mais interna e dará origem ao trato gastrointestinal, sistema respiratório e glândulas associadas. O mesoderma é a camada intermediária e dará origem a várias estruturas, incluindo músculos, ossos, rins e sistema cardiovascular. O ectoderma é a camada mais externa e dará origem à pele, sistema nervoso e órgãos sensoriais.
A gastrulação é regulada por uma série de sinais moleculares, incluindo proteínas de sinalização e fatores de transcrição que ativam ou reprimem genes específicos em diferentes regiões do embrião. Esses sinais permitem que as células embrionárias se comuniquem e se organizem em padrões complexos que dão origem aos diferentes tipos de tecidos e órgãos.
Em resumo, a gastrulação é um processo crucial que permite a formação das camadas germinativas primárias e é um passo essencial no desenvolvimento do embrião de animais.
Formação da Notocorda:
A notocorda é uma estrutura tubular que desempenha um papel importante no desenvolvimento embrionário dos vertebrados. Ela é formada durante a gastrulação, a partir de uma linha de células na região dorsal do embrião conhecida como placa neural.
Durante a gastrulação, as células da placa neural se aprofundam na região dorsal do embrião e formam o tubo neural, que dá origem ao sistema nervoso central. Enquanto isso, as células da placa neural que não participam da formação do tubo neural se organizam em uma estrutura alongada e cilíndrica chamada notocorda.
A notocorda é composta de células especiais que secretam uma matriz extracelular rica em glicoproteínas. Essa matriz é responsável por dar à notocorda sua estrutura resistente e elástica. À medida que a notocorda se desenvolve, ela ajuda a orientar o crescimento do tubo neural e atua como um sinalizador para a formação de outras estruturas do embrião, incluindo os somitos que darão origem aos músculos esqueléticos e as estruturas da coluna vertebral.
A notocorda é uma estrutura temporária, pois é gradualmente substituída pela coluna vertebral dos vertebrados em desenvolvimento. No entanto, ela desempenha um papel fundamental na indução e organização do desenvolvimento embrionário, ajudando a dar forma ao embrião e a definir a posição e a orientação dos diferentes tecidos e órgãos.
Formação do Tubo Neural:
O tubo neural é uma estrutura que dá origem ao sistema nervoso central dos vertebrados. Ele se forma durante a neurulação, um processo chave na embriogênese que ocorre logo após a gastrulação.
Durante a neurulação, a placa neural, uma camada de células ectodérmicas na superfície dorsal do embrião, se transforma em um tubo oco que se tornará o sistema nervoso central. Esse processo ocorre em três estágios principais:
1. Elevação neural: a placa neural começa a se dobrar, criando duas pregas neurais que se estendem para dentro do embrião. Essas pregas se aproximam e se fundem, formando um tubo neural fechado.
2. Fechamento do tubo neural: o tubo neural continua a se fechar, começando na região do pescoço e progredindo em ambas as direções. Quando o tubo neural está completamente fechado, ele se separa da superfície ectodérmica, formando uma estrutura tubular revestida por células neurais.
3. Diferenciação: ao longo do tubo neural, as células começam a se diferenciar em neurônios, células da glia e outras células especializadas do sistema nervoso central.
O tubo neural é a estrutura a partir da qual se originam o cérebro e a medula espinhal. Durante o desenvolvimento embrionário, o tubo neural cresce e se diferencia para formar as várias regiões do sistema nervoso central, incluindo o telencéfalo, diencéfalo, mesencéfalo, ponte, bulbo e medula espinhal.
Defeitos no fechamento do tubo neural podem levar a anomalias congênitas graves, como a espinha bífida e a anencefalia. Por isso, a formação adequada do tubo neural é um processo crítico no desenvolvimento embrionário dos vertebrados.
Potencial de Membrana e Potencial de Ação
Potencial de Membrana:
O potencial de membrana é uma diferença de carga elétrica entre o interior e o exterior da célula que é gerada pela distribuição de íons nas membranas celulares. Em repouso, a célula apresenta um potencial de membrana negativo em relação ao meio extracelular, que varia entre -60 e -70 mV em células neuronais.
O potencial de ação, por sua vez, é uma mudança rápida e transitória no potencial de membrana que se propaga ao longo da membrana celular de células excitáveis, como os neurônios e células musculares. Ele é gerado por uma rápida e transitória entrada de íons sódio (Na+) na célula, seguida de uma rápida saída de íons potássio (K+) da célula, que reverte a polaridade da membrana, levando a uma despolarização e repolarização da membrana celular.
O potencial de ação é desencadeado quando o potencial de membrana da célula atinge um limiar crítico de excitação, que geralmente está em torno de -50 mV. Quando esse limiar é atingido, ocorre uma abertura de canais iônicos de sódio dependentes de voltagem na membrana, permitindo que íons sódio entrem na célula e causem uma rápida despolarização. A despolarização se propaga ao longo da membrana celular, desencadeando a abertura de canais iônicos de potássio, o que leva à repolarização da membrana e ao retorno ao potencial de membrana de repouso.
O potencial de ação é importante na transmissão de sinais elétricos ao longo do sistema nervoso e muscular. Quando um potencial de ação atinge o final do axônio de um neurônio, ele desencadeia a liberação de neurotransmissores na fenda sináptica, permitindo a comunicação entre neurônios e a transmissão de informações no sistema nervoso.
Diferença entre Cargas:
Gradiente de concentração se refere a uma diferença na concentração de uma determinada substância em diferentes regiões de um sistema. Por exemplo, quando uma substância é adicionada a um solvente, ela se difunde para outras áreas do solvente até que a concentração se torne uniforme. Se uma barreira for colocada no caminho da difusão, a substância se acumula em um lado da barreira, criando um gradiente de concentração.
O gradiente de concentração pode afetar o movimento de moléculas ou íons, influenciando seu fluxo dentro e fora das células, membranas ou outros compartimentos. As células, por exemplo, usam gradientes de concentração para transportar moléculas e íons através de membranas celulares. Esse processo é essencial para muitas funções celulares, incluindo a absorção de nutrientes e aeliminação de resíduos.
Já o gradiente elétrico se refere a uma diferença de potencial elétrico entre duas áreas em um sistema. Ele surge quando há um excesso ou falta de cargas elétricas em um lado de uma membrana ou sistema elétrico. Essa diferença de potencial pode afetar o fluxo de íons carregados eletricamente através de canais iônicos ou de membranas, influenciando o movimento de substâncias e a atividade celular.
O gradiente elétrico é uma força motriz importante em muitas funções celulares, como a transmissão de sinais nervosos e a contração muscular. Ele também é usado na produção de energia celular através da fosforilação oxidativa, onde as mitocôndrias geram um gradiente elétrico para impulsionar a produção de ATP, a moeda energética da célula.
Tanto o gradiente de concentração quanto o gradiente elétrico são importantes para muitas funções biológicas e trabalham em conjunto para controlar a movimentação de moléculas e íons através das membranas celulares e sistemas biológicos.
O gradiente eletroquímico é a combinação do gradiente de concentração e do gradiente elétrico de um íon ou molécula através de uma membrana. Ele representa a soma das forças elétricas e químicas que impulsionam ou retardam a difusão de uma substância através de uma membrana.
Por exemplo, suponha que uma célula tenha uma concentração maior de íons de sódio (Na+) do lado externo da membrana e uma concentração menor do lado interno. Esse gradiente de concentração resultará em um fluxo de íons Na+ para dentro da célula. No entanto, a célula também tem uma carga elétrica negativa em seu interior, o que resultará em um gradiente elétrico que se opõe ao gradiente de concentração e impedirá que todos os íons Na+ entrem na célula.
Portanto, o gradiente eletroquímico leva em consideração tanto o gradiente de concentração quanto o gradiente elétrico, fornecendo uma medida mais completa e precisa das forças que influenciam a difusão de uma substância através de uma membrana. O gradiente eletroquímico é essencial para muitos processos biológicos, como a absorção de nutrientes pelas células, a transmissão de sinais nervosos e a contração muscular.
O potencial de membrana em repouso é a diferença de potencial elétrico que existe através da membrana celular de uma célula em repouso, isto é, quando não está envolvida em nenhum processo ativo. Essa diferença de potencial é criada pela distribuição desigual de íons entre o interior e o exterior da célula, com íons positivos, como sódio (Na+) e potássio (K+), se concentrando predominantemente em lados opostos da membrana.
Normalmente, o interior da célula é negativamente carregado em relação ao exterior, com um potencial de membrana de aproximadamente -70 mV em células nervosas e musculares. Esse potencial é mantido por canais de íons específicos que permitem que íons específicos atravessem a membrana em resposta a gradientes de concentração e diferenças de carga elétrica, além da presença de bombas de íons que movem ativamente íons contra seus gradientes de concentração para manter o potencial de membrana em repouso.
O potencial de membrana em repouso é fundamental para o funcionamento adequado das células, incluindo a geração e propagação de sinais elétricos em células nervosas e musculares, além de regular a entrada e saída de íons e outras moléculas pela membrana celular.
Potencial Graduado:
O potencial graduado é um pequeno desvio do potencial de membrana que torna a membrana mais polarizada (parte interna mais negativa) ou menos polarizada (parte interna menos negativa).
Quando a resposta torna a membrana mais polarizada, ela é chamada de potencial graduado hiperpolarizante. Quando a resposta deixa a membrana menos polarizada, ela é conhecida como potencial graduado despolarizante.
Alterações do Potencial de Membrana:
O potencial de membrana é a diferença de carga elétrica entre o interior e o exterior de uma célula. Ele é mantido principalmente pela atividade de canais iônicos na membrana celular, que permitem a entrada e saída de íons através da membrana.
Alterações no potencial de membrana podem ocorrer por vários motivos, incluindo mudanças no ambiente extracelular, estímulos elétricos ou químicos e mudanças na atividade dos canais iônicos.
Quando a membrana é despolarizada, ou seja, a carga elétrica dentro da célula fica mais positiva, isso pode ocorrer quando há uma entrada de íons positivos (como sódio) na célula ou uma saída de íons negativos (como cloreto) da célula. Isso pode levar a uma ativação de processos celulares, como a liberação de neurotransmissores em células nervosas.
Por outro lado, quando a membrana é hiperpolarizada, ou seja, a carga elétrica dentro da célula fica mais negativa, isso pode ocorrer quando há uma saída de íons positivos (como potássio) da célula ou uma entrada de íons negativos (como cloro) na célula. Isso pode inibir processos celulares, como a liberação de neurotransmissores em células nervosas.
Existem várias alterações que podem ocorrer no potencial de membrana, entre as mais comuns estão:
1. Despolarização: ocorre quando a membrana celular fica menos negativa em relação ao seu potencial de repouso, devido à entrada de íons positivos na célula, principalmente o sódio (Na+).
2. Hiperpolarização: ocorre quando a membrana celular fica mais negativa em relação ao seu potencial de repouso, devido à saída de íons positivos da célula, como o potássio (K+) ou à entrada de íons negativos na célula, como o cloreto (Cl-).
3. Potencial de ação: é uma mudança rápida e transitória no potencial de membrana que ocorre em células excitáveis, como neurônios e células musculares. O potencial de ação é responsável pela transmissão de impulsos nervosos.
4. Potencial de repouso: é o estado normal da célula quando não está sendo estimulada. Nesse estado, a membrana celular está polarizada, ou seja, existe uma diferença de potencial elétrico entre o interior e o exterior da célula, o que permite a realização de diversas funções celulares.
As alterações no potencial de membrana podem ser medidas por meio de técnicas eletrofisiológicas, como o eletroencefalograma (EEG), o eletrocardiograma (ECG) e o eletromiograma (EMG), que permitem avaliar a atividade elétrica das células e órgãos.
Os canais iônicos são proteínas presentes na membrana celular dos neurônios que permitem a passagem de íons através da membrana, alterando o potencial elétrico da célula e permitindo a transmissão de sinais elétricos.
Existem vários tipos de canais iônicos nos neurônios, cada um com propriedades específicas de permeabilidade iônica, condutância, voltagem e sensibilidade a ligantes. Os canais iônicos mais comuns são os canais de sódio (Na+), potássio (K+) e cálcio (Ca2+).
Os canais de sódio e potássio são responsáveis pela geração e propagação do potencial de ação, que é a base da comunicação elétrica entre os neurônios. Quando o neurônio é estimulado, os canais de sódio se abrem, permitindo a entrada de íons Na+ na célula, o que despolariza a membrana e gera o potencial de ação. Em seguida, os canais de potássio se abrem, permitindo a saída de íons K+ da célula, o que hiperpolariza a membrana e restaura o potencial de repouso.
Os canais de cálcio estão envolvidos em processos de sinalização celular, como a liberação de neurotransmissores e a regulação da expressão gênica. Quando o potencial de membrana é despolarizado, os canais de cálcio se abrem, permitindo a entrada de íons Ca2+ na célula, o que desencadeia a liberação de neurotransmissores nas sinapses.
Os canais iônicos dos neurônios são altamente regulados e controlados por mecanismos intracelulares e extracelulares. Disfunções nos canais iônicos podem levar a distúrbios neurológicos, como epilepsia, doença de Alzheimer e esclerose múltipla.
Potenciais Graduados X Potenciais de Ação:
Os potenciais graduados e os potenciais de ação são dois tipos de sinais elétricos que podem ser gerados em neurônios, mas apresentam diferenças importantes:
1. Amplitude: os potenciais graduados são sinais elétricos de baixa amplitude, que sepropagam localmente na célula, enquanto os potenciais de ação são sinais elétricos de alta amplitude, que se propagam ao longo do axônio.
2. Propagação: os potenciais graduados se propagam e a amplitude do sinal diminui à medida que ele se distancia do local de geração, enquanto os potenciais de ação se propagam de forma regenerativa, ou seja, a amplitude do sinal se mantém constante ao longo do axônio.
3. Limiar: os potenciais graduados não possuem um limiar definido e sua amplitude depende da intensidade do estímulo que o neurônio recebe, enquanto os potenciais de ação possuem um limiar definido e são gerados apenas quando a intensidade do estímulo atinge um determinado valor.
4. Duração: os potenciais graduados têm duração variável e podem durar desde milissegundos até segundos, enquanto os potenciais de ação têm duração mais constante, da ordem de milissegundos.
Os potenciais graduados são importantes para integrar sinais sinápticos e somar informações no corpo celular do neurônio, enquanto os potenciais de ação são essenciais para a transmissão de informações ao longo do axônio e para a comunicação entre neurônios. Ambos os tipos de potenciais são fundamentais para o funcionamento do sistema nervoso e para a realização de diversas funções cognitivas e comportamentais.
Propagação do Potencial Elétrico pela Célula:
O potencial elétrico se propaga pela célula por meio da abertura e fechamento de canais iônicos presentes na membrana celular. Quando um estímulo elétrico suficientemente forte é recebido pela célula, os canais de sódio se abrem, permitindo a entrada de íons positivos na célula e gerando uma despolarização da membrana. Essa despolarização pode levar a abertura de mais canais de sódio na região adjacente da membrana, resultando em uma propagação do sinal elétrico na direção do axônio. Esse processo de propagação é conhecido como potencial de ação, que é um impulso elétrico regenerativo e altamente coordenado que se propaga ao longo do axônio. A propagação do potencial de ação permite que os neurônios transmitam informações ao longo das sinapses e integrem sinais elétricos de múltiplas fontes.
Mecanismo Iônico do PA:
O mecanismo iônico do potencial de ação envolve a abertura e fechamento sequencial de canais iônicos presentes na membrana celular do neurônio.
1. Na fase de repouso, a membrana celular possui uma carga negativa em seu interior devido à presença de íons negativos, como os ânions proteicos, e uma concentração mais alta de íons positivos, como o sódio, do lado de fora da célula.
2. Quando um estímulo elétrico suficientemente forte é recebido pelo neurônio, ocorre a abertura dos canais de sódio voltagem-dependentes na membrana celular, permitindo a entrada de íons positivos de sódio na célula. Isso causa uma despolarização da membrana, levando à inversão da polaridade elétrica da célula e à geração do potencial de ação.
3. Após a entrada do sódio, os canais de sódio se fecham e os canais de potássio voltagem-dependentes se abrem, permitindo a saída de íons positivos de potássio da célula, o que leva à repolarização da membrana.
4. A saída de potássio pode causar um breve período de hiperpolarização da célula, durante o qual a membrana fica temporariamente mais negativa do que no estado de repouso, antes de voltar ao seu potencial de repouso normal.
5. Esse processo de abertura e fechamento sequencial de canais iônicos ao longo da membrana celular é responsável pela propagação do potencial de ação ao longo do axônio do neurônio.
6. Além dos canais de sódio e potássio, outros tipos de canais iônicos também estão envolvidos no mecanismo iônico do potencial de ação, incluindo canais de cálcio e canais de cloreto, que modulam a geração e propagação do sinal elétrico.
Despolarização:
A despolarização é o processo pelo qual a diferença de potencial elétrico através da membrana celular de uma célula diminui, ou seja, a membrana se torna menos negativa em relação ao seu estado de repouso. Esse processo é geralmente causado pela entrada de íons positivos na célula, como o sódio.
Os canais de sódio voltagem-dependentes são responsáveis por permitir a entrada de íons de sódio na célula em resposta a um estímulo elétrico ou químico. Esses canais são ativados quando o potencial de membrana atinge um certo limiar, permitindo a entrada rápida de íons de sódio na célula, o que resulta em uma rápida despolarização da membrana.
Durante a despolarização, os canais de sódio voltagem-dependentes abertos permitem que íons de sódio fluam para dentro da célula, aumentando a concentração de íons positivos no interior da célula e diminuindo a diferença de potencial elétrico através da membrana. Isso faz com que a membrana se torne menos negativa em relação ao seu estado de repouso, e pode desencadear a geração de um potencial de ação.
Após a entrada de sódio, os canais de sódio se fecham, permitindo a abertura de canais de potássio voltagem-dependentes. Isso faz com que íons de potássio fluam para fora da célula, restaurando o potencial de membrana ao seu estado de repouso. Esse processo de abertura e fechamento sequencial de canais iônicos é responsável pela propagação do potencial de ação ao longo do axônio do neurônio.
Em resumo, a despolarização com os canais de sódio voltagem-dependentes é um processo fundamental para a geração do potencial de ação e a transmissão de informações elétricas no sistema nervoso.
Repolarização:
Repolarização é o processo pelo qual a membrana celular de uma célula retorna ao seu estado de polarização elétrica de repouso, após a despolarização. Esse processo é fundamental para permitir que a célula se prepare para responder a um novo estímulo elétrico.
Durante a fase de repolarização do potencial de ação, os canais de sódio voltagem-dependentes, que foram ativados durante a despolarização, se fecham, impedindo a entrada de mais íons de sódio na célula. Isso é seguido pela abertura dos canais de potássio voltagem-dependentes, permitindo a saída de íons de potássio da célula.
Os canais de potássio voltagem-dependentes são ativados quando o potencial de membrana atinge um valor crítico, permitindo que os íons de potássio fluam para fora da célula. Essa saída de íons de potássio da célula faz com que a concentração de íons positivos no interior da célula diminua, levando a uma repolarização da membrana.
A repolarização é um processo gradual que ocorre ao longo do tempo, e é importante para permitir que a célula se recupere e se prepare para responder a um novo estímulo elétrico. Além disso, a repolarização é crucial para garantir que o potencial de ação se propague de forma coordenada ao longo do axônio, permitindo a transmissão adequada de informações no sistema nervoso.
Em resumo, a repolarização envolve a inativação dos canais de sódio voltagem-dependentes e a ativação dos canais de potássio voltagem-dependentes, permitindo a saída de íons de potássio da célula e a restauração do estado de polarização elétrica de repouso.
Hiperpolarização:
A hiperpolarização é o processo pelo qual a membrana celular de uma célula se torna mais negativa do que seu estado de repouso, tornando a célula menos excitável. Esse processo ocorre após a repolarização e é geralmente causado pela saída de íons positivos da célula, como o potássio.
Durante a fase de hiperpolarização, os canais de potássio voltagem-dependentes permanecem abertos por um período mais longo do que o necessário para a repolarização, permitindo que mais íons de potássio fluam para fora da célula. Isso leva a uma diminuição ainda maior na concentração de íons positivos no interior da célula, levando a uma maior polarização elétrica e tornando a célula mais negativa.
Além disso, durante a hiperpolarização, alguns canais de potássio voltagem-dependentes permanecem abertos, enquanto outros canais de íons negativos, como cloreto, podem abrir, levando a uma maior hiperpolarização da membrana.
A hiperpolarização é um processo importante para garantir que o potencial de ação seja limitado a uma única direção e não volte para trás,permitindo uma transmissão unidirecional de informações no sistema nervoso. Além disso, a hiperpolarização é fundamental para controlar a frequência de disparo do neurônio, já que a célula precisa receber um estímulo elétrico mais forte para gerar um novo potencial de ação durante a hiperpolarização.
Em resumo, a hiperpolarização é um processo de aumento da polarização elétrica da membrana celular, geralmente causado pela saída de íons positivos da célula, como o potássio. Isso é importante para limitar a propagação do potencial de ação a uma única direção e controlar a frequência de disparo do neurônio.
Períodos Refratários:
Os períodos refratários são períodos de tempo durante os quais um neurônio é incapaz de gerar um novo potencial de ação, independentemente da intensidade do estímulo elétrico recebido. Esses períodos são cruciais para garantir que os potenciais de ação se propaguem de forma unidirecional e para limitar a frequência de disparo dos neurônios.
Existem dois períodos refratários principais: o período refratário absoluto e o período refratário relativo.
O período refratário absoluto ocorre imediatamente após a despolarização e é caracterizado pela inativação completa dos canais de sódio voltagem-dependentes, impedindo a geração de novos potenciais de ação. Durante esse período, mesmo que um estímulo elétrico forte seja aplicado, o neurônio não será capaz de gerar um novo potencial de ação.
O período refratário relativo ocorre logo após o período refratário absoluto e é caracterizado pela recuperação gradual dos canais de sódio voltagem-dependentes. Durante esse período, a geração de um novo potencial de ação é possível, mas exige um estímulo elétrico mais forte do que o normal. Isso ocorre porque alguns dos canais de sódio voltagem-dependentes já foram recuperados, mas a concentração de íons positivos no interior da célula ainda não foi completamente restaurada.
Os períodos refratários são importantes para garantir que os potenciais de ação se propaguem de forma unidirecional e para limitar a frequência de disparo dos neurônios. Além disso, os períodos refratários ajudam a prevenir a sobrecarga do sistema nervoso, evitando a ocorrência de impulsos elétricos excessivos e desnecessários.
Propagação do Potencial de Ação:
A propagação do potencial de ação é o processo pelo qual um impulso elétrico viaja ao longo de um neurônio, permitindo a transmissão de informações no sistema nervoso. Esse processo envolve a despolarização da membrana celular do neurônio, que é seguida pela repolarização e, em alguns casos, pela hiperpolarização.
A propagação do potencial de ação ocorre através da abertura e fechamento de canais iônicos na membrana celular do neurônio. Quando um estímulo elétrico forte é aplicado, os canais de sódio voltagem-dependentes na membrana celular se abrem, permitindo que íons de sódio entrem na célula e gerem a despolarização. Esse processo leva à abertura de canais de potássio voltagem-dependentes, permitindo a saída de íons de potássio da célula e a repolarização da membrana celular. Em alguns casos, a hiperpolarização também pode ocorrer, quando a saída de íons de potássio continua por mais tempo do que o necessário para a repolarização.
A propagação do potencial de ação é um processo unidirecional, com a despolarização ocorrendo em uma extremidade do neurônio e se propagando ao longo do axônio em direção à outra extremidade. Isso é possível devido à presença de canais de sódio voltagem-dependentes em cada região do axônio. Quando os canais de sódio voltagem-dependentes são abertos em uma região do axônio, eles geram um potencial de ação que se propaga para a região adjacente, onde os canais de sódio voltagem-dependentes são ativados novamente.
A propagação do potencial de ação é um processo rápido e eficiente, permitindo a transmissão de informações no sistema nervoso em uma fração de segundo. A velocidade da propagação do potencial de ação pode variar, dependendo da espessura do axônio e da presença ou ausência de bainhas de mielina, que são responsáveis por acelerar a velocidade da propagação do potencial de ação.
Em resumo, a propagação do potencial de ação é um processo unidirecional que ocorre através da abertura e fechamento de canais iônicos na membrana celular do neurônio. Esse processo é crucial para a transmissão de informações no sistema nervoso e ocorre em uma fração de segundo.
Velocidade da Condução do PA:
A velocidade de condução do potencial de ação é determinada pela velocidade com que o impulso elétrico se propaga ao longo do axônio. Isso depende principalmente de dois fatores: o diâmetro do axônio e a presença ou ausência de bainhas de mielina. Axônios maiores têm uma velocidade de condução mais rápida do que axônios menores, pois os íons carregam corrente elétrica com maior eficiência em espaços maiores. Além disso, axônios com bainhas de mielina têm uma velocidade de condução ainda mais rápida, pois a mielina funciona como um isolante elétrico, permitindo que o potencial de ação salte de um nódulo de Ranvier para o próximo, em um processo chamado condução saltatória. Em geral, a velocidade de condução do potencial de ação pode variar de alguns metros por segundo a mais de 100 metros por segundo, dependendo do diâmetro do axônio e da presença ou ausência de bainhas de mielina.
Equilíbrio Hidroeletrolítico, Osmose e Forças de Starling
Equilíbrio Hidroeletrolítico:
O equilíbrio hidroeletrolítico é um processo importante no corpo humano, que mantém a quantidade adequada de líquidos e eletrólitos nos diferentes compartimentos do organismo. A água e os eletrólitos, como sódio, potássio, cloreto e bicarbonato, são essenciais para o funcionamento celular e do organismo como um todo.
A osmose é um processo fundamental no equilíbrio hidroeletrolítico, que ocorre quando a água se move através de uma membrana semipermeável, do compartimento com menor concentração de solutos para o compartimento com maior concentração de solutos. Isso é importante para manter o equilíbrio hidroeletrolítico, pois a água é atraída pelos solutos em solução, e a osmose equilibra a concentração desses solutos entre os diferentes compartimentos do corpo.
As forças de Starling são importantes para manter o equilíbrio hidrodinâmico entre o sangue e o líquido intersticial nos tecidos. Essas forças descrevem o movimento de fluidos através de uma membrana semipermeável, que é governado por quatro forças: pressão hidrostática capilar, pressão coloidosmótica capilar, pressão hidrostática intersticial e pressão coloidosmótica intersticial. A pressão hidrostática capilar empurra o fluido para fora dos capilares, enquanto a pressão coloidosmótica capilar puxa a água de volta para dentro dos capilares, devido à presença de proteínas plasmáticas que atraem a água. A pressão hidrostática intersticial empurra o fluido para fora dos tecidos, enquanto a pressão coloidosmótica intersticial puxa a água de volta para os tecidos. O equilíbrio entre essas forças ajuda a manter a quantidade adequada de líquido nos tecidos.
Em resumo, o equilíbrio hidroeletrolítico é mantido por processos como osmose e as forças de Starling, que equilibram a quantidade de água e eletrólitos nos diferentes compartimentos do corpo.
Distribuição de Líquidos nos Compartimentos Corporais:
O corpo humano é composto por cerca de 60% de água, que é distribuído em diferentes compartimentos corporalmente. Existem dois compartimentos principais de líquidos no corpo: o líquido intracelular (LIC) e o líquido extracelular (LEC).
O líquido intracelular é o fluido encontrado dentro das células do corpo e compreende cerca de 2/3 do fluido total do corpo. Já o líquido extracelular é encontrado fora das células e compreende cerca de 1/3 do fluido total do corpo. O líquido extracelular é dividido em dois subcompartimentos: o líquido intersticial, que é o fluido que banha as células, e o plasma sanguíneo, que é o fluido presente no sangue.
A distribuição desses fluidos é regulada por um mecanismo de equilíbrio hidrostático e osmótico. A águae os eletrólitos são constantemente trocados entre os compartimentos por meio de membranas celulares e outros interruptores de transporte, como a difusão e osmose. Esses processos ajudam a manter a homeostase do corpo, regulando a pressão osmótica, a concentração de eletrólitos e o volume de líquidos corporais.
As alterações na distribuição de líquidos podem causar distúrbios e desequilíbrios no organismo, como desidratação, edema (acúmulo de líquido nos tecidos) e hipovolemia (diminuição do volume de sangue circulante). Por isso, é importante manter uma ingestão adequada de água e eletrólitos, além de monitorar e tratar possíveis distúrbios hidroeletrolíticos.
Homeostase Hídrica:
A homeostase hídrica é o equilíbrio dos fluidos corporalmente, onde o corpo mantém uma quantidade adequada de água e eletrólitos em seus compartimentos corporais. Esse equilíbrio é fundamental para o funcionamento adequado de órgãos e sistemas corporais, e é mantido por meio de uma série de processos regulatórios.
A água é essencial para a vida e desempenha uma série de funções no corpo humano, como transporte de nutrientes e oxigênio, regulação da temperatura corporal e eliminação de resíduos metabólicos. Para manter a homeostase hídrica, o corpo humano possui mecanismos complexos que regulam a quantidade de água presente no organismo.
Um dos principais envolvidos na regulação hídrica é o sistema renal, responsável pela filtragem do sangue e produção de urina. O rim é capaz de ajustar a concentração de solutos na urina, permitindo que o corpo excrete excesso de água e eletrólitos quando necessário, ou reabsorva água e eletrólitos quando há deficiência.
Além disso, o corpo humano possui controle de controle da sede e da produção de hormônios reguladores da retenção ou excreção de líquidos. O hormônio antidiurético (ADH), por exemplo, é produzido pela hipófise e tem como função principal aumentar a reabsorção de água pelos enxágues, atendendo a quantidade de urina produzida. Outros hormônios, como a aldosterona, também desempenham um papel importante na regulação da homeostase hídrica, controlando a reabsorção de sódio e água por enxágues.
Além dos distúrbios renais e hormonais, a homeostase hídrica também é influenciada por fatores ambientais, como temperatura e umidade, e pela ingestão de líquidos e alimentos. A quantidade de água e eletrólitos ingeridos devem ser adequados às necessidades do organismo, levando em consideração fatores como idade, atividade física e estado de saúde.
Alterações no equilíbrio hídrico do corpo humano podem levar a um distúrbio como a desidratação, que ocorre quando há perda excessiva de água, ou o edema, que é o acúmulo anormal de líquido nos tecidos corporais. Por isso, é importante manter uma ingestão adequada de água e eletrólitos, além de monitorar e tratar possíveis distúrbios hidroeletrolíticos.
Osmose:
A osmose é um processo de difusão que ocorre quando duas soluções de diferentes concentrações são separadas por uma membrana semipermeável. A membrana semipermeável permite a passagem de solvente, geralmente água, mas impede a passagem de soluto, como íons ou estrelas.
Quando há uma diferença de concentração entre as duas soluções separadas pela membrana semipermeável, as folhas de água se movem do meio com menor concentração de soluto para o meio com maior concentração de soluto, com o objetivo de equilibrar as concentrações. Esse movimento de água é chamado de osmose.
Osmose é um processo fundamental para muitos seres vivos, pois é responsável pela manutenção do equilíbrio hidrostático das células. Como as células precisam manter uma concentração de solutos adequada para seu funcionamento, e a osmose é um processo importante para que essa concentração seja mantida.
Em soluções hipertônicas, ou seja, com maior concentração de solutos em relação à solução com a qual é previsível, a osmose resulta em perda de água. Isso ocorre porque a emissão de água se move do meio com menor concentração de soluto para o meio com maior concentração de soluto, buscando equilibrar as concentrações. Isso pode levar a desidratação das células.
Já em soluções hipotônicas, ou seja, com menor concentração de solutos em relação à solução com a qual é previsível, a osmose resulta em ganho de água. Isso ocorre porque a emissão de água se move do meio com maior concentração de soluto para o meio com menor concentração de soluto, buscando equilibrar as concentrações. Isso pode levar ao aumento das células e até mesmo a sua ruptura.
Osmolalidade e Osmolaridade:
A osmolalidade e a osmolaridade são medidas da concentração de solutos em uma solução, mas utilizam unidades de medida diferentes.
A osmolalidade é definida como a quantidade de solutos presentes em um quilograma de solvente, geralmente água, expressa em osmoles por quilograma (osmol/kg). É uma medida da concentração de partículas em uma solução que leva em consideração o peso molecular dos solutos e é independente da temperatura e pressão.
Já a osmolaridade é definida como a quantidade de solutos presentes em um litro de solução, expressa em osmoles por litro (osmol/L). É uma medida da concentração de partículas em uma solução que não leva em consideração o peso molecular dos solutos e é dependente da temperatura e pressão.
Ambas as medidas são importantes para entender a osmolaridade de uma solução, que pode afetar o comportamento das células e tecidos do corpo humano. Por exemplo, soluções com alta osmolaridade podem levar a desidratação celular e redução do volume plasmático, enquanto soluções com baixa osmolaridade podem levar ao aumento celular e aumento do volume plasmático. A osmolalidade é geralmente considerada a medida mais precisa da osmolaridade em líquidos corporais, como o plasma sanguíneo, enquanto a osmolaridade pode ser utilizada em outras soluções.
Tonicidade:
Tonicidade é uma propriedade de uma solução que descreve a sua capacidade de causar mudanças no volume e pressão das células quando elas são colocadas nessa solução. É pela concentração de solutos que não podem atravessar a membrana celular.
Quando uma célula é colocada em uma solução isotônica, que tem a mesma concentração de solutos que o líquido intracelular, não há alteração no volume ou pressão celular. Já em uma solução hipotônica, que tem menor concentração de solutos que o líquido intracelular, a água se moverá para dentro da célula, causando um aumento no volume e pressão celular. Em uma solução hipertônica, que tem maior concentração de solutos que o líquido intracelular, a água sairá da célula, causando uma redução no volume e pressão celular.
A tonicidade é importante para entender como as células respondem às diferentes soluções em que estão imersas, e pode ter efeitos influenciados na saúde e na fisiologia do corpo humano. Por exemplo, a administração intravenosa de soluções hipotônicas ou hipertônicas pode ser usada para tratar condições como desidratação e choque, ou para regular o equilíbrio eletrolítico do corpo.
Comportamento da Célula em Meio Hipertônico, Hipotônico e Isotônico:
Quando uma célula é colocada em uma solução hipertônica, que tem uma concentração de solutos maior do que a concentração de solutos dentro da célula, a água se move para fora da célula, saindo para tentar equilibrar a concentração de solutos, causando a célula a coagular e murcha, fenômeno conhecido como crenação.
Em uma solução hipotônica, que tem uma concentração de solutos menor do que a concentração de solutos dentro da célula, a água se move para dentro da célula, entrando para tentar equilibrar a concentração de solutos, fazendo com que a célula a inchar e, eventualmente, estourar, fenômeno conhecido como hemólise em células sanguíneas ou turgescência em células vegetais.
Em uma solução isotônica, que tem uma concentração de solutos igual à concentração de solutos dentro da célula, não há fluxo de líquido e a célula mantém o seu volume e forma normal.
O comportamento das células em relação ao meio em que estão imersas é importante para manter o equilíbrio osmótico das células e ofuncionamento adequado dos órgãos e tecidos do corpo humano.
Pressão Hidrostática e Pressão Osmótica/Oncótica:
A pressão hidrostática é a pressão exercida por um líquido em repouso devido ao seu peso e é determinada pela altura da coluna líquida acima do ponto em que a pressão está sendo medida. É a pressão que um líquido exerce sobre qualquer objeto que esteja imerso nele, incluindo as paredes dos vasos sanguíneos e dos tubos renais. A pressão hidrostática é importante na manutenção da circulação sanguínea adequada, na filtração renal e na regulação dos atletas.
Já a pressão osmótica é a pressão que um solvente exerce sobre uma solução em equilíbrio osmótico, devido à diferença de concentração de solutos entre a solução e o solvente. É determinado pela concentração de solutos em uma solução e é responsável pelo movimento regular de água e solutos através das membranas celulares e entre os compartimentos corporais. A pressão osmótica é importante para manter o equilíbrio osmótico das células e tecidos do corpo humano.
Tanto a pressão hidrostática quanto a pressão osmótica são importantes para entender a fisiologia do corpo humano e a regulação do equilíbrio hidroeletrolítico.
O que é edema e quais os seus tipos?
Edema é uma condição médica que se caracteriza pela margem líquida nos tecidos do corpo, causando inchaço. Essa força de líquido pode ocorrer em várias partes do corpo, como nos membros inferiores, abdômen, rosto e mãos.
Existem diversos tipos de edema, alguns dos quais são:
1. Edema periférico: é o tipo mais comum de edema e ocorre quando há acúmulo de líquido nos membros inferiores, especialmente nos tornozelos, pés e pernas.
2. Edema pulmonar: é um tipo de edema que ocorre quando há acúmulo de líquido nos pulmões, geralmente como resultado de doenças cardíacas ou pulmonares.
3. Edema cerebral: é um tipo de edema que ocorre quando há um fluxo de líquido no cérebro, podendo causar pressão intracraniana elevada e outros sintomas neurológicos.
4. Edema macular: é um tipo de edema que ocorre na retina do olho, podendo causar perda de visão.
5. Edema de pés diabéticos: é um tipo de edema que ocorre em pessoas com diabetes e pode causar inchaço nos pés e tornozelos.
6. Edema de dependência: é um tipo de edema que ocorre em pessoas que permanecem em uma posição por um longo período de tempo, como sentados ou em pé, e pode afetar os membros inferiores.
7. Edemático: é um tipo de edema que ocorre quando há uma permanência ou comprometimento do sistema linfático, que é responsável por drenar o excesso de líquido dos tecidos.
8. Edema angioedema: é um tipo de edema que ocorre devido à reação alérgica ou à liberação de substâncias inflamatórias, como a histamina.
9. Edema inflamatório: é um tipo de edema que ocorre como resultado de uma inflamação localizada, como em casos de lesões musculares ou articulares.
10. Edema por insuficiência venosa crônica: é um tipo de edema que ocorre em pessoas com problemas de circulação.
Músculos do Dorso
Os Músculos do Dorso
Os músculos do dorso são divididos em extrínsecos (tem parte de sua fixação na coluna, mas não a movimentam. atuam na movimentação de ombro e escápula) e intrínsecos (tem sua fixação na coluna e a movimentam. Os extrínsecos são subdivididos em superficiais e intermediários. Já os intrínsecos são subdivididos em camadas: superficial, intermedia e profunda.
Músculos Extrínsecos do Dorso:
Os músculos que temos mais visibilidade após a fáscia muscular, são o trapézio e o latíssimo do dorso.
O trapézio tem três divisões: parte descendente (as fibras descem em direção da escápula), parte transversa (as fibras ficam em transversal em direção da escápula) e parte ascendente (as fibras sobem em direção da escápula).
Aponeurose: extremidade do musculo de tecido conjuntivo denso modelado em formato de lâmina.
O latíssimo do dorso se fixa no sacro, parte do ílio e ao longo dos processos espinhosos da coluna. Ele segue em direção a parte anterior do úmero, cruzando a articulação do ombro.
Embaixo do trapézio temos o levantador da escápula, que eleva a escápula. Ele está fixado nos processos transversos das primeiras vertebras cervicais e na escápula.
Entre a coluna e a escápula temos o romboide menor (superior) e o romboide maior (inferior). Eles se fixam nos processos espinhosos das vertebras e na margem medial da escapula.
Músculos Extrínsecos Intermediários:
Os músculos serrátil posterior é subdivido em superior (abaixo dos romboides) e inferior (abaixo do latíssimo do dorso). Eles fazem a movimentação das costelas, principalmente no momento da inspiração para expandir a caixa torácica e facilitar a mecânica ventilatória. Tem fixação nos processos espinhosos e costelas.
Músculos Próprios do Dorso (Camada Intrínseca Superficial):
Nessa camada temos os músculos esplênio da cabeça (fixado na base do osso occipital e no processo espinhoso) e musculo esplênio do pescoço (fixado no pescoço e no processo espinhoso).
Músculos Próprios do Dorso (Camada Intrínseca Intermédia):
Nessa camada encontramos os músculos eretores da espinha, eles são importantes para a movimentação da coluna e no auxílio da estabilização dela.
São subdivididos em: espinal (grudadinho na coluna, vai de processo em processo espinhoso), longuíssimo do tórax (vai das primeiras vertebras cervicais até o sacro) e ílio costal (tem fixação no osso ílio e na parte de cima se fixa nas costelas - lateral).
Músculos Próprios do Dorso (Camada Intrínseca Profunda):
O músculo multífido segue ao longo da colina vertebral.
Semiespinal da cabeça: se fixa no osso occipital até a décima vértebra torácica.
Semiespinal do pescoço: se fixa entre os processos espinhosos e transversos das vértebras, passando por cinco a seis níveis vertebrais ao longo do seu curso.
Semiespinal do tórax: formado por cinco fascículos que se entendem entre os processos transversos e espinhosos de cinco a seis vertebras cervicais e torácicas.
Músculo suboccipital: reto posterior menor da cabeça (está atras), reto posterior maior da cabeça, eles são mediais.
Músculos e Movimentos:
Quando o músculo intrínseco realiza o movimento de extensão da coluna vertebral, ele encurta. Isso ocorre quando a contração é bilateral. Quando ocorre a contração unilateral, ocorre a inclinação ou rotação.
De uma maneira geral, os músculos anteriores são flexores, e os músculos posteriores são extensores.
Anatomia do Ombro
Ombro
O ombro é uma articulação complexa que conecta o braço ao tronco do corpo. Ele é formado pela junção de três ossos principais: a clavícula, a escápula e o úmero. Esses ossos se conectam através de uma série de músculos, ligamentos e tendões, que fornecem estabilidade e movimento à articulação do ombro.
A clavícula é um osso longo e curvo que se estende do esterno até a ponta do ombro. Ele ajuda a manter a estabilidade da articulação do ombro e protege os principais vasos sanguíneos e nervos que passam pelo pescoço.
A escápula, ou omoplata, é um osso triangular plano que fica na parte posterior do tórax, em cima das costelas. A escápula é o osso de apoio para o ombro e se articula com a clavícula e o úmero para formar a articulação do ombro.
O úmero é o osso longo do braço, que se conecta à escápula na articulação do ombro. O úmero tem duas protuberâncias ósseas na extremidade superior, chamadas de cabeça e tubérculo maior. A cabeça do úmero se encaixa na cavidade glenóide da escápula para formar a articulação do ombro.
Além desses ossos, a articulação do ombro também inclui uma série de músculos, tendões e ligamentos que ajudam a controlar o movimento e a estabilidade da articulação. Os músculos que rodeiam a articulação do ombro incluem o deltoide, o manguito rotador, o bíceps braquial e o tríceps braquial. Esses músculos trabalham em conjunto para permitir uma ampla variedade de movimentos do ombro, incluindo a flexão, extensão, abdução, adução, rotação interna e externa.
O manguito rotador é um grupo de quatro músculos e tendões que se conectam à escápula e envolvem a cabeça do úmero. Esses músculos sãoimportantes para a estabilidade da articulação do ombro e para ajudar a levantar e girar o braço.
Os ligamentos são bandas de tecido forte que conectam os ossos da articulação do ombro. Eles ajudam a manter os ossos no lugar e prevenir lesões. Os principais ligamentos da articulação do ombro incluem o ligamento coracoacromial, o ligamento acromioclavicular e o ligamento glenoumeral.
Em resumo, a anatomia do ombro é uma estrutura complexa, composta de ossos, músculos, tendões e ligamentos que trabalham juntos para permitir a amplitude de movimentos do braço e a estabilidade da articulação.
A clavícula é classificada como osso longo e compacto. Tem comprimento de 11 a 12cm num adulto. O seu terço lateral e côncavo, e o anterior e convexo
A clavícula é um osso longo e curvo em forma de "S" que se estende do esterno até a escápula. Ela é responsável por proteger importantes estruturas neurovasculares, como a artéria e veia subclávias e o plexo braquial, além de fornecer uma conexão estável entre o braço e o tórax. A clavícula também é fundamental para a movimentação do braço com uma ampla gama de movimentos, incluindo a flexão, a extensão, a abdução e adução.
A escápula, por sua vez, é um osso plano e triangular localizado na parte superior das costas. Ela é responsável por proteger a cavidade glenoidal, que é a articulação onde o úmero se encaixa, e fornecer uma base para a fixação dos músculos que movimentam o braço. A escápula tem várias projeções ósseas importantes, incluindo a espinha escapular, a cavidade glenoidal e o acrômio.
As articulações da cintura escapular são extremamente importantes para a movimentação adequada do braço. A articulação acromioclavicular é a interação entre o acrômio da escápula e a clavícula, permitindo a movimentação entre esses dois ossos. A articulação esterno-clavicular é a força entre a clavícula e o esterno, permitindo uma ampla gama de movimentos, incluindo a descida, a depressão, a protração e a retração da escápula.
Lesões ou desordens que sofreram a cintura escapular podem limitar a amplitude de movimento do braço e causar dor. Algumas das lesões mais comuns incluem fraturas da clavícula, luxações da articulação acromioclavicular e tendinite do manguito rotador. Fisioterapia, reabilitação e cirurgia são opções de tratamentos comuns para esses problemas.
Em resumo, a cintura escapular é uma região anatômica fundamental para a movimentação adequada do braço e para a realização de uma ampla gama de atividades esportivas e esportivas que envolvem os membros superiores. Lesões ou desordens que ocorreram nessa região podem ter impacto significativo na qualidade de vida do indivíduo, sendo fundamental buscar tratamento adequado para esses problemas.
· Impressão do ligamento costoclavicular: liga a clavícula a costela
· Sulco do músculo subclávio: onde se fixa o músculo subclávio
· Linha trapezoide: encontramos o ligamento trapezoide
· Fratura em galho verde: fratura da clavícula
· Margem medial ou margem vertebral: esta muito próxima das vértebras, ela está entre os ângulos superior e inferior.
· Espinha da escápula: divide o corpo da escápula nas regiões que tem as fossas em: fossa supra e infraespinhal.
Tecido Conjuntivo
O Tecido Conjuntivo
O tecido conjuntivo é um dos quatro principais tipos de tecidos do corpo humano, juntamente com o tecido epitelial, muscular e nervoso. É um tecido altamente especializado que desempenha várias funções importantes, incluindo suporte estrutural, transporte de substâncias, defesa imunológica, armazenamento de energia e controle de tecidos.
Existem vários tipos de tecido conjuntivo, incluindo tecido conjuntivo denso, tecido conjuntivo frouxo, tecido conjuntivo adiposo, cartilagem, osso e sangue.
O tecido conjuntivo é composto por células e matriz extracelular. As células incluem fibroblastos, células adiposas, células do sistema imunológico, células musculares lisas e células de suporte, como osteoblastos e condroblastos. A matriz extracelular é composta por uma mistura de proteínas, como colágeno e elastina, glicoproteínas, como fibronectina e laminina, e uma matriz amorfa de proteoglicanos.
O tecido conjuntivo denso é caracterizado por uma alta densidade de fibras de colágeno, o que lhe confere uma grande resistência à tração. Esse tipo de tecido é encontrado em tendões, ligamentos e a maioria dos tecidos que conectam os músculos aos ossos.
O tecido conjuntivo frouxo é caracterizado por uma menor densidade de fibras de colágeno e uma maior proporção de células e substâncias amorfas. Esse tipo de tecido é encontrado em muitas partes do corpo, incluindo a pele, o revestimento dos órgãos internos e os avançados do tecido epitelial.
O tecido conjuntivo adiposo é caracterizado pela presença de células adiposas especializadas, que armazenam energia em forma de gordura. Esse tipo de tecido é encontrado em todo o corpo, mas é mais comum na região abdominal, ao redor dos enxágues e sob a pele.
A cartilagem é um tipo de tecido conjuntivo que é caracterizado por uma matriz extracelular firme, mas flexível, que contém uma alta proporção de proteoglicanos. Esse tipo de tecido é encontrado nas articulações, na laringe e na traqueia.
O osso é um tipo de tecido conjuntivo que é caracterizado por uma matriz extracelular rígida, composta por uma mistura de fibras de colágeno e cristais de hidroxiapatita. Esse tipo de tecido é encontrado em todo o corpo, principalmente no esqueleto.
O sangue é um tipo especializado de tecido conjuntivo que é caracterizado por células circulantes, como glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas, que são suspensos em uma matriz extracelular líquida chamada de plasma. O sangue é responsável pelo transporte de oxigênio, nutrientes e produtos metabólicos em todo o corpo
Células:
A célula mesenquimal indiferenciada:
A célula mesenquimal indiferenciada é um tipo de célula-tronco multipotente que pode se diferenciar em vários tipos de células do tecido conjuntivo, como osteoblastos, condroblastos e adipócitos. Essas células são encontradas em muitos tecidos do corpo, incluindo medula óssea, tecido adiposo, sangue periférico e outros. A capacidade das células mesenquimais indiferenciadas de se diferenciar em vários tipos de células do tecido conjuntivo torna-se muito importante para a proteção e reparo de tecidos danificados ou lesados. Além disso, as células mesenquimais indiferenciadas têm propriedades imunomoduladoras e podem ser usadas para tratar várias doenças imuno mediadas, como artrite reumatoide e doença inflamatória intestinal.
Fibroblastos e Fibrócitos:
Os fibroblastos são células responsáveis pela síntese e manutenção das fibras da matriz extracelular do tecido conjuntivo. Eles secretam proteínas, como o colágeno e a elastina, que compõem a matriz extracelular, além de outras proteínas e glicoproteínas. Os fibroblastos são capazes de se dividir e se diferenciar em outras células do tecido conjuntivo, como os miofibroblastos e os fibrócitos.
Os fibrócitos são células derivadas dos fibroblastos que são mais maduras e menos ativas na síntese da matriz extracelular. Eles têm um papel importante na manutenção da estrutura e integridade da matriz extracelular, ajudando a mantê-la organizada e bem estruturada. Enquanto os fibroblastos são mais abundantes em tecidos conjuntivos jovens e em processo de cicatrização, os fibrócitos são mais comuns em tecidos maduros e saudáveis. Eles são as células maduras e pode voltar a se tornar um fibroblasto e retorna ao “trabalho”.
Leucócitos:
Os leucócitos, também conhecidos como glóbulos brancos, são células do sistema imunológico que podem ser encontrados no tecido conjuntivo. Eles desempenham um papel fundamental na defesa do corpo contra doenças.
Os leucócitos são atraídos para o tecido conjuntivo por diapedese e sinais químicos produzidos por células danificaras ou células do sistema imunológico. Eles podem se infiltrar nos tecidos e eliminar micro-organismos invasores, células anormais ou substâncias estranhas.
Existem vários tipos de leucócitos,incluindo neutrófilos, eosinófilos, basófilos, linfócitos e monólitos. Cada tipo de leucócito tem funções especificas no compacte a infecções e no processo inflamatório do tecido conjuntivo. Por exemplo, os neutrófilos são responsáveis pela fagocitose de bactérias e outros micro-organismos, enquanto os linfócitos são importantes na produção de defesa e na resposta adaptativa imune.
Macrófago:
Os macrófagos são células especializadas do sistema imunológico que podem ser encontradas no tecido conjuntivo. Eles são responsáveis por fagocitar e degradar os micro-organismos invasores, células mortas e outras partículas estranhas, além de ajudar no processo de separação dos tecidos.
Os macrófagos são atraídos para o tecido conjuntivo por sinais químicos produzidos por células do sistema imunológico ou células danificaras. Quando chegam no tecido conjuntivo, os macrófagos podem se diferenciar em diferentes tipos de células especializadas, dependendo da necessidade do tecido.
Os macrófagos têm a capacidade de apresentar antígenos para os linfócitos, estimulando assim a resposta imune adaptativa. Além disso, eles possuem proteínas sinalizadoras que ajudam a regular a resposta imune no tecido conjuntivo.
Em suma, os macrófagos são células importantes no tecido conjuntivo que ajudam a manter a homeostase imunológica e a proteger o corpo contra os agentes causadores de doenças (vírus, bactérias, fungos) e/ou células mortas.
Células de Kupffer:
As células de Kupffer são um tipo de célula especializada do fígado, também conhecida como macrófagos hepáticos. Elas são encontradas no interior dos sinusoides hepáticos, que são pequenos vasos sanguíneos que percorrem o fígado.
As células de Kupffer são responsáveis pela fagocitose e degradação de microrganismos, células danificadas, toxinas e outras partículas que chegam ao fígado através da circulação sanguínea portal. Além disso, elas também desempenham um papel importante na modulação da resposta imunológica do fígado, produzindo citocinas e outras sinalizadoras.
As células de Kupffer são cruciais para uma função hepática saudável, pois ajudam a manter a homeostase imunológica e a prevenir a inflamação hepática. Quando ocorre uma inflamação hepática crônica, como na hepatite viral ou na esteato-hepatite não alcoólica (EHNA), as células de Kupffer podem ser ativadas e contribuir para o processo inflamatório.
Plasmócito:
O plasmócito e um tipo de célula do sistema imunológico derivados dos linfócitos B ativados. Sua principal função e a de produzir especificamente para combater micro-organismos invasores.
Quando um antígeno, que é uma molécula estranha ao organismo, e detectado por um linfócito B, ele se torna iniciado e começa a se proliferar e se diferencia em células filhas, incluindo do plasmócito. Os plasmócito alcançam grandes índices de ingestão, que são liberados na corrente sanguínea e nos tecidos para se ligarem aos antígenos e marcá-los para destruição pelos leucócitos.
Os plasmócito possuem uma aparamentai característica, com um grande núcleo esférico e um citoplasma abundante que contém uma grande quantidade de retículo endoplasmático rugoso, responsável pelo esquema dos carboidratos.
Em resumo, os plasmócito são células essenciais na resposta imunológica adaptativa, produzidas especificas que ajudam a combater e proteger o organismo contra doenças.
Mastócito:
O mastócito é um tipo de célula do sistema imunológico que é responsável por reações alérgicas e inflamatórias no corpo. Eles são encontrados em vários tecidos do corpo, especialmente na pele, pulmões e trato gastrointestinal.
Os mastócitos possuem grânulos citoplasmáticos contendo histamina, heparina e outros sinais pró-inflamatórios. Quando ativados por um antígeno, como uma substância estranha ou um alérgeno, os mastócitos liberam essas mensagens, causando vasodilatação, aumento da permeabilidade vascular, contração muscular e resistência.
Além disso, os mastócitos também desempenham um papel na defesa do corpo contra parasitas, por meio da liberação de enzimas que danificam as membranas celulares dos parasitas.
Em resumo, os mastócitos são células importantes do sistema imunológico que desempenham um papel na proteção do corpo contra patógenos, mas também podem causar reações alérgicas e inflamações seguras.
Adipócitos:
Os adipócitos são células do tecido adiposo especializado em armazenar energia na forma de gordura. Eles são as células mais abundantes no tecido adiposo e têm uma aparência característica, com um grande vacúolo lipídico que ocupa a maior parte do citoplasma e um núcleo achatado e periférico.
Os adipócitos são importantes para o equilíbrio energético do organismo, armazenando o excesso de calorias na forma de gordura e liberando-a quando o corpo precisa de energia. Além disso, o tecido adiposo desempenha um papel importante na regulação do metabolismo, na produção de hormônios e na regulação da inflamação.
Os adipócitos também são capazes de secretar uma variedade de proteínas e proteínas bioativas, como adipocinas, que têm efeitos sobre o metabolismo, o sistema cardiovascular, o sistema nervoso e o sistema imunológico.
Em resumo, os adipócitos são células do tecido adiposo que armazenam energia na forma de gordura e desempenham um papel importante na regulação do metabolismo e da inflamação.
Matriz Extracelular (MEC): TUDO O QUE TEM FORA DA CÉLULA
A matriz extracelular (MEC) é um conjunto de programação que preenchem o espaço entre as células de um tecido. Ela é composta por vários componentes, incluindo:
1. Fibras proteicas: são os principais componentes elaborados pela MEC. Elas incluem colágeno, elastina e fibrilina, que conferem resistência, elasticidade e flexibilidade ao tecido.
2. Glicoproteínas: são os primeiros que ajudam a ancorar as células à MEC. Elas incluem fibronectina, laminina e tenascina, que ajudam a regular a adesão celular, a migração e as experiências celulares.
3. Proteoglicanos: são a bandeira que consiste em um núcleo proteico com várias cadeias de glicosaminoglicanos (GAGs) administrados. Eles ajudam a manter a hidratação do tecido e a interação regular entre as células e o MEC.
4. Matriz mineral: em alguns tecidos, como o osso e os dentes, a MEC é mineralizada com cristais de fosfato de cálcio, que conferem dureza e resistência ao tecido.
Em conjunto, esses componentes do MEC ajudam a dar suporte e estabilidade ao tecido, além de regular a adesão, migração e experiência celular. Alterações na composição e organização do MEC podem levar a doenças e disfunções em vários tecidos do corpo.
Fibras no Tecido Conjuntivo:
As fibras no tecido conjuntivo são componentes importantes que fornecem resistência, elasticidade e flexibilidade ao tecido. Existem três tipos principais de fibras no tecido conjuntivo:
1. Fibras de colágeno: são as fibras mais abundantes no tecido conjuntivo. Elas são compostas por uma proteína fibrosa chamada colágeno, que é altamente resistente à tendência. As fibras de colágeno são encontradas em vários tecidos do corpo, incluindo pele, tendões, ossos, cartilagens e vasos sanguíneos.
2. Fibras titânicas: são compostas por uma proteína titânica chamada elastina, que confere ao tecido a capacidade de se esticar e se retrair. As fibras elásticas são encontradas em tecidos como a pele, pulmões e vasos sanguíneos.
3. Fibras reticulares: são fibras finas e ramificadas compostas por uma proteína chamada reticulina. Elas formam uma rede de suporte para os tecidos e são encontradas em tecidos como o fígado, baço e gânglios linfáticos.
A quantidade e o tipo de fibras no tecido conjuntivo variam de acordo com o tipo de tecido e a função que ele exerce. Por exemplo, tecidos que precisam de resistência e suporte, como ossos e tendões, possuem uma quantidade maior de fibras de colágeno, enquanto tecidos que precisam de elasticidade, como a pele e os pulmões, possuem mais fibras elásticas.
Fibras Colágenas:
Fibras colágenas são as fibras mais abundantes no tecido conjuntivo, responsáveis por conferir resistência e flexibilidade a váriostecidos do corpo. Elas são compostas por uma proteína fibrosa chamada colágeno, que é secretada por células chamadas fibroblastos e organizadas em feixes ou redes na matriz extracelular.
Existem vários tipos de colágeno, mas o tipo I é o mais comum e é encontrado em tecidos como a pele, ossos, tendões e cartilagens. As fibras de colágeno tipo I são altamente resistentes à tração e conferem ao tecido uma grande resistência.
Além disso, as fibras colágenas também têm uma importante função de regulação celular. Elas interagem com proteínas da matriz extracelular, como a fibronectina e a laminina, para formar estruturas de ancoragem para as células. Essas estruturas ajudam a regular a adesão, migração e experiências celulares, e são importantes para a manutenção da integridade e função do tecido.
Alterações na quantidade, organização ou qualidade das fibras de colágeno podem levar a disfunções e doenças em vários tecidos do corpo. Por exemplo, na osteogênese imperfeita, uma doença genética que afeta a produção de colágeno, pois as fibras de colágeno são menos resistentes e mais propensas a fraturas. Já na cicatrização excessiva, as células do tecido conjuntivo produziram uma quantidade excessiva de fibras de colágeno, levando a uma cicatrização grossa e rígida.
Fibras Reticulares:
As fibras reticulares são um tipo de fibra presente no tecido conjuntivo, que têm como principal função fornecer suporte e estrutura para os tecidos. Elas são finas e ramificadas, formando uma rede tridimensional que se entrelaça com outras fibras e células na matriz extracelular.
As fibras reticulares são compostas principalmente por uma proteína chamada reticulina, que é semelhante ao colágeno, mas mais fina e ramificada. Elas são encontradas em vários tecidos do corpo, como o fígado, baço, medula óssea, gânglios linfáticos e outros tecidos hematopoiéticos.
No fígado, as fibras reticulares formam uma rede tridimensional que suporta as células hepáticas, os hepatócitos, e ajuda no fluxo sanguíneo através do órgão. Já nos gânglios linfáticos, as fibras reticulares ajudam a manter a estrutura e função do tecido linfático, permitindo que as células imunológicas circulem e realizem suas funções.
Assim como outras fibras do tecido conjuntivo, as fibras reticulares podem sofrer alterações na sua quantidade e qualidade durante doenças e distúrbios. Por exemplo, em alguns tipos de câncer, como o mieloma múltiplo, as células tumorais podem produzir grandes quantidades de fibras reticulares anormais, o que pode levar à formação de tumores sólidos. Além disso, doenças hepáticas crônicas, como a cirrose, podem resultar em um aumento na produção de fibras reticulares no fígado, o que pode afetar a função do órgão.
Fibras Elásticas:
As fibras elásticas são um tipo de fibra presente no tecido conjuntivo, que são responsáveis por fornecer elasticidade e resistência aos tecidos. Elas são compostas principalmente por uma proteína chamada elastina, que é altamente extensível e titânica.
As fibras elásticas são encontradas em vários tecidos do corpo, como a pele, pulmões, vasos sanguíneos, ligamentos e tendões. Elas são particularmente importantes em tecidos que precisam esticar e se contrair de forma rítmica, como os pulmões durante a respiração ou os vasos sanguíneos durante a circulação sanguínea.
As fibras elásticas são produzidas por células especializadas chamadas fibroblastos e células musculares lisas. Elas são organizadas em feixes ou redes na matriz extracelular e são capazes de se estender e retirar em resposta a forças externas, mantendo a integridade e função do tecido.
Alterações na quantidade, qualidade ou organização das fibras elásticas podem levar a disfunções e doenças em vários tecidos do corpo. Por exemplo, em doenças como a síndrome de Marfan, uma doença genética que afeta a produção de elastina, pois as fibras elásticas são menos resistentes e menos elásticas, o que pode levar a deformidades esqueléticas, problemas cardíacos e outros problemas de saúde. Além disso, a exposição crônica à fumaça do cigarro pode causar a deterioração das fibras elásticas nos pulmões, causada em enfisema pulmonar e problemas emocionais espontâneos.
Sistema elástico:
O sistema elástico do tecido conjuntivo é composto por fibras elásticas, que são responsáveis por conferir elasticidade e flexibilidade aos tecidos. Elas são formadas por uma proteína chamada elastina, que é altamente extensível e titânica.
As fibras elásticas são produzidas por células especializadas chamadas fibroblastos, e podem ser encontradas em diversos tecidos do corpo, como a pele, vasos sanguíneos, pulmões, ligamentos e tendões. Em alguns tecidos, como o tecido pulmonar, elas são organizadas em redes que se estendem por todo o tecido. Em outros, como a pele, as fibras elásticas são organizadas em feixes mais esparsos.
A principal função do sistema elástico é permitir que os tecidos se estiquem e se contraiam em resposta a forças externas, como movimentos corporais ou a pressão sanguínea. Por exemplo, no tecido pulmonar, as fibras elásticas permitem que os pulmões se estiquem durante a inspiração e se contraiam durante a expiração. Nos vasos sanguíneos, as fibras elásticas ajudam a manter a pressão arterial estável, permitindo que as artérias se expandam e se contraiam em resposta ao fluxo sanguíneo.
Alterações na quantidade, qualidade ou organização das fibras elásticas podem levar a disfunções e doenças em vários tecidos do corpo. Por exemplo, em doenças como a síndrome de Marfan, uma doença genética que afeta a produção de elastina, pois as fibras elásticas são menos resistentes e menos elásticas, o que pode levar a deformidades esqueléticas, problemas cardíacos e outros problemas de saúde. Além disso, a exposição crônica à fumaça do cigarro pode causar a deterioração das fibras elásticas nos pulmões, causada em enfisema pulmonar e problemas emocionais espontâneos.
Substância Fundamental:
Gel altamente hidratado que tem glicosaminoglicano. Ele permite a difusão de fatores, por exemplo.
A substância fundamental é um dos principais componentes da matriz extracelular do tecido conjuntivo. Ela é composta principalmente de glicoproteínas, proteoglicanos e água. Esses componentes interagem para formar uma rede tridimensional que preenche os espaços entre as células do tecido.
Os proteoglicanos são grandes bandeiras compostas de uma proteína central, chamada de núcleo proteico, e vários grupos de açúcares, chamados de glicosaminoglicanos (GAGs), que se estendem a partir do núcleo. Essas lanternas são capazes de se ligar a uma grande quantidade de água, formando um gel altamente hidratado e viscoso que ajuda a lubrificar e amortecer os tecidos.
As glicoproteínas, como a fibronectina e a laminina, são responsáveis por ligar as células do tecido à matriz extracelular. Elas possuem sítios de ligação que se ligam a receptores específicos nas membranas celulares, permitindo que as células se ancorem e se movam através da matriz.
A influência fundamental também desempenha um papel importante na regulação das atividades celulares, fazendo a preferência, diferenciação e migração celular. Ela pode interagir com fatores de crescimento, hormônios e outras moléculas.
Classificação do tecido conjuntivo:
O tecido conjuntivo é um dos tipos de tecidos mais abundantes no corpo humano e pode ser encontrado em várias partes do organismo. Ele é composto por uma variedade de células, fibras e substância fundamental, que juntas fornecem suporte, proteção e nutrição aos tecidos do corpo.
Existem várias maneiras de classificar o tecido conjuntivo, e mais comum é baseado na quantidade e tipo de fibras que compõem a matriz extracelular. As três classes principais de tecido conjuntivo são: tecido conjuntivo propriamente dito, tecido cartilaginoso e tecido ósseo.
1. Tecido Conjuntivo Propriamente Dito: é o tipo mais comum de tecido conjuntivo. Ele é composto por células dispersas em uma matriz extracelular que contém fibras colágenas, elásticas e reticulares, além de proteoglicanos e glicoproteínas. Essetipo de tecido pode ser classificado em dois tipos principais: frouxo e denso.
O tecido conjuntivo frouxo é composto por fibras colágenas e elásticas esparsas, além de células como fibroblastos, macrófagos e leucócitos. Esse tipo de tecido é encontrado em órgãos internos, membranas mucosas, e preenchimento espaços entre outros tecidos.
Já o tecido conjuntivo denso é composto por uma grande quantidade de fibras colágenas, que podem ser organizadas de forma paralela (denso regular) ou aleatória (denso irregular). Esse tipo de tecido é encontrado em locais que exigem grande resistência mecânica, como tendões, ligamentos e derme da pele.
2. Tecido cartilaginoso: é um tipo de tecido conjuntivo avascular, que é composto por células chamadas condroblastos e condrócitos, além de uma matriz extracelular rica em proteoglicanos e fibras colágenas e elásticas. Esse tipo de tecido é encontrado na cartilagem, que reveste as articulações, e também é encontrado no nariz, orelhas e laringe.
Existem três tipos principais de cartilagem: hialina, fibrosa e elástica. A cartilagem hialina é a mais comum e é encontrada nas articulações, costelas e traqueia. A cartilagem fibrosa é encontrada em locais que exigem maior resistência mecânica, como o disco intervertebral. Já a cartilagem elástica é encontrada em locais que exigem grande flexibilidade, como o pavilhão auricular da orelha.
3. Tecido Ósseo: é um tipo de tecido conjuntivo duro e mineralizado, composto por células chamadas osteoblastos e osteócitos, além de uma matriz extracelular rica em fibras colágenas e cristais de hidroxiapatita. Esse tipo de tecido é encontrado nos ossos do corpo e desempenha um papel importante na sustentação e proteção dos órgãos internos.
Tecido Adiposo:
O tecido adiposo é um tipo de tecido conjuntivo especializado na distribuição de gordura e na produção de hormônios e outros fatores metabólicos. Existem dois tipos principais de tecido adiposo: o branco e o marrom.
O tecido adiposo branco é o tipo mais comum e é responsável pela armazenagem de energia na forma de triglicerídeos. As células do tecido adiposo branco são conhecidas como adipócitos e têm uma única grande gotícula de gordura em seu citoplasma, que ocupa a maior parte da célula. Essas células são capazes de armazenar grandes quantidades de gordura e se expandir em tamanho à medida que acumulam mais gordura. O tecido adiposo branco está presente em todo o corpo, mas é mais abundante na região abdominal, nas nádegas e nas coxas.
O tecido adiposo marrom é menos comum e é encontrado principalmente em recém-nascidos e animais que hibernam. Esse tipo de tecido adiposo é especializado em produzir calor através da alimentação de vitamina, o que ajuda a manter a temperatura corporal. As células do tecido adiposo marrom contêm uma grande quantidade de mitocôndrias, que são responsáveis pela transmissão das vitaminas e produção de calor. Esse tipo de tecido adiposo é encontrado principalmente na região cervical e supraclavicular.
Além desses dois tipos principais de tecido adiposo, também existe o tecido adiposo visceral, que está localizado dentro e ao redor dos órgãos internos, e o tecido adiposo subcutâneo, que está localizado abaixo da pele e acima do músculo. O tecido adiposo visceral é mais ativo metabolicamente e pode estar relacionado a um maior risco de doenças crônicas, como diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares, enquanto o tecido adiposo subcutâneo tem uma função mais importante na regulação da temperatura corporal e na proteção dos órgãos internos.
Sistema Tegumentar
O Sistema Tegumentar:
O sistema tegumentar é composto pela pele e seus anexos (cabelos, unhas, glândulas sebáceas e sudoríparas) e é o maior sistema do corpo humano, com cerca de 2 metros quadrados de área superficial. A seguir, descrevo os principais componentes e funções desse sistema:
1. Pele: é o componente mais visível do sistema tegumentar e é composta por três camadas principais: epiderme, derme e hipoderme. A epiderme é a camada mais externa, composta por células mortas e queratinizadas, que protegem o corpo contra a perda de água, produtos químicos, radiação ultravioleta e outros agentes negativos. A derme é a camada protetora, rica em fibras colágenas e elásticas, que conferem resistência e elasticidade à pele. A hipoderme é a camada mais profunda, composta por células adiposas, que ajudam a isolar o corpo do frio e a absorver efeitos.
2. Cabelos: são anexos da pele, compostos principalmente de queratina, uma proteína fibrosa. Os cabelos ajudam a proteger a pele contra a abrasão, a regular a temperatura do corpo e a proteção contra a radiação solar. O crescimento dos cabelos é controlado por hormônios e pode ser influenciado por fatores genéticos e ambientais.
3. Unhas: também são anexos da pele, compostos principalmente de queratina. As unhas protegem as pontas dos dedos e permitem a manipulação de objetos finos e delicados.
4. Glândulas sebáceas: são glândulas que produzem uma substância oleosa chamada sebo, que ajuda a lubrificar a pele e os cabelos e prevenir a perda de água.
5. Glândulas sudoríparas: são glândulas que aspiram suor, uma mistura de água e sais, que ajuda a regular a temperatura do corpo e a eliminar substâncias tóxicas.
Além dessas funções, o sistema tegumentar também tem outras funções importantes, como a proteção contra infecções e o sistema imunológico da vitamina D3, que é importante para a absorção de cálcio e para a saúde dos ossos.
Em resumo, o sistema tegumentar desempenha diversas funções essenciais para a proteção e manutenção do corpo humano, desde a proteção contra agentes negativos até a regulação da temperatura e síntese de vitaminas.
Pele
A pele é um dos principais órgãos do corpo humano, e faz parte do sistema tegumentar, que é composto por diversas estruturas, incluindo a epiderme, a derme e a tela subcutânea
A epiderme é a camada mais externa da pele, e é composta por várias camadas de células. As células mais externas da epiderme são as células mortas e queratinizadas, que ajudam a proteger o corpo contra a perda de água, produtos químicos, radiação ultravioleta e outros agentes negativos. As células mais internas da epiderme são as células-tronco, que se dividem para produzir novas células que migram para as camadas mais externas da epiderme.
A derme é a camada protetora da pele, que contém muitas fibras colágenas e elásticas, que conferem resistência e elasticidade à pele. A derme também contém vasos sanguíneos, nervos, folículos pilosos, glândulas sudoríparas e glândulas sebáceas. As glândulas sudoríparas aspiram suor, que ajuda a regular a temperatura do corpo e a eliminar substâncias tóxicas, enquanto as glândulas sebáceas produzem uma substância oleosa chamada sebo, que ajuda a lubrificar a pele e os cabelos e prevenir a perda de água.
A tela subcutânea é a camada mais profunda da pele, que é composta principalmente de células adiposas, que ajudam a isolar o corpo do frio e a absorver efeitos.
Além de suas funções protetoras, a pele também desempenha outras funções importantes. Por exemplo, a pele é capaz de sintetizar vitamina D3 em resposta à exposição à luz solar, que é importante para a absorção de cálcio e para a saúde dos ossos. A pele também tem um papel importante na regulação da temperatura do corpo, ajudando a dissipar o excesso de calor através da produção de suor.
No entanto, a pele também pode ser tolerada por uma série de condições, incluindo alergias, queimaduras, feridas e doenças autoimunes. O tratamento dessas condições pode envolver uma variedade de abordagens, incluindo medicação, terapia de luz, cirurgia e cuidados com a pele. É importante cuidar da pele, evitando exposição excessiva à luz solar e mantendo uma boa higiene para prevenir complicações e outras complicações.
Derme
A derme é a camada externa da pele, localizada entre a epiderme e a tela subcutânea. É uma camada espessa e resistente, composta por tecido conjuntivo, vasos sanguíneos, nervos, fibras colágenas e elásticas, folículos pilosos, glândulas sudoríparas eglândulas sebáceas.
Uma das principais funções da derme é fornecer suporte e elasticidade à pele, ajudando a mantê-la firme e flexível. As fibras colágenas e elásticas presentes na derme são responsáveis por conferir resistência e elasticidade à pele. As fibras colágenas são responsáveis pela resistência à tração, enquanto as fibras elásticas permitem que a pele se estique e volte à sua forma original após ser esticada.
A derme também é rica em vasos sanguíneos e nervosos, que fornecem nutrientes e oxigênio para as células da pele e ajudam a regular a temperatura corporal. Os vasos sanguíneos na derme se dilatam quando o corpo está quente, permitindo que o sangue flua para a superfície da pele e dissipando o excesso de calor através do suor. Quando o corpo está frio, os vasos sanguíneos se contraem, atendendo a perda de calor para o ambiente externo.
Além disso, a derme é responsável por proteger os folículos pilosos, que atraíram os cabelos, e as glândulas sudoríparas e sebáceas, que suor e sebo, respectivamente. As glândulas sudoríparas ajudam a regular a temperatura corporal, enquanto as glândulas sebáceas mantêm a pele e os cabelos hidratados e lubrificados.
A derme também é o local onde se originaram muitas das condições de pele, como as rugas, estrias, cicatrizes e as dermatites. Condições como a dermatite atópica e a psoríase provocaram principalmente a derme, e podem causar inflamação, inflamação e dor.
O tratamento das condições que passaram a derme pode envolver medicamentos apresentados ou orais, terapia de luz, cirurgia ou outras complicações médicas. É importante cuidar da pele para prevenir e tratar essas condições, mantendo uma boa higiene e evitando uma exposição excessiva ao sol e outras fontes de alimentação.
Epiderme
A epiderme é a camada mais externa da pele, composta por várias camadas de células que se diferenciam à medida que se movem da camada mais profunda para a mais superficial. A epiderme é essencialmente um tecido epitelial queratinizado que cobre toda a superfície do corpo, incluindo a palma das mãos e a planta dos pés. Ela é responsável por proteger o corpo contra lesões, perda de água, radiação ultravioleta e outros danos ambientais.
A epiderme é composta principalmente por células chamadas queratinócitos, que são responsáveis pela produção de uma proteína resistente chamada queratina. À medida que os queratinócitos se movem da camada basal (mais profunda) para a camada córnea (mais superficial), eles se tornam mais achatados e contêm mais queratina. Essa camada mais externa de células é geralmente composta por células mortas e descamadas, e é continuamente substituída por novas células que se originaram na camada basal.
A epiderme também contém outras células especializadas, como os melanócitos, que causaram melanina, o pigmento que dá cor à pele. A quantidade de melanina produzida pelos melanócitos é influenciada por fatores como a genética, exposição ao sol e condições médicas, como vitiligo e albinismo.
A epiderme é dividida em quatro camadas principais: camada córnea, camada granulosa, camada espinhosa e camada basal. A camada córnea é a camada mais externa e é composta por células mortas e descamadas. A camada granulosa é responsável pela produção de lipídios que ajudam a reter a umidade na pele. A camada espinhosa contém células com muitas espículas que as plantas unidas. A camada basal é a camada mais profunda e é responsável pela produção de novas células da pele.
A epiderme é suportada por muitas condições médicas, como acne, psoríase e dermatite. Tratamentos para condições da epiderme variavam de doentes a orais, dependendo da gravidade da condição e dos sintomas associados. É importante cuidar da pele e manter uma boa higiene para evitar infecções e outras condições de pele.
População Celular da Epiderme
A população celular da epiderme é composta principalmente de queratinócitos, que são células epiteliais especializadas na produção de uma proteína fibrosa chamada queratina. Os queratinócitos são os principais constituintes da epiderme e estão presentes em todas as quatro ligas da epiderme. Eles se originam na camada basal da epiderme e à medida que se movem para as camadas mais agressivas, eles se diferenciam e funcionam mais queratina, o que os torna mais resistentes e duráveis.
Além dos queratinócitos, a epiderme também contém outros tipos de células, incluindo os melanócitos, células de Langerhans e células de Merkel. Os melanócitos são células produtoras de pigmento que produziram melanina, que dá cor à pele. As células de Langerhans são células do sistema imunológico que ajudam a proteger a pele contra o hospedeiro, enquanto as células de Merkel são células sensoriais que respondem ao toque.
A população celular da epiderme também pode variar de acordo com a localização na pele. Por exemplo, a pele das palmas das mãos e solas dos pés contém uma camada mais espessa de células, pois está sujeita a um uso mais intenso e fricção constante. Em geral, a epiderme é altamente regenerativa e é capaz de se reparar após lesões e danos.
Pele Fina x Pele Grossa
· Não tem camada lúcida
· Muda a quantidade de queratina de uma para outra, menos quantidade na fina e mais na grossa.
Melanócitos
Os melanócitos são células especializadas localizadas na camada basal da epiderme e em outros locais, como os folículos capilares e a íris do olho. Eles são responsáveis pela produção do pigmento chamado melanina, que dá cor à pele, cabelos e olhos.
A melanina é produzida dentro de organelas chamadas melanosomas, que são transferidas dos melanócitos para os queratinócitos adjacentes. A melanina absorve a luz ultravioleta e protege a pele dos danos causados pela exposição ao sol. A quantidade e tipo de melanina produzida pelos melanócitos é influenciada por fatores genéticos e ambientais, como a exposição ao sol.
As células melanocíticas são consideradas células dendríticas especializadas, já que possuem ramificações semelhantes a dendritos, que permitem estender-se para outras células da pele e interagir com elas. Eles também têm a capacidade de responder a sinais hormonais e nervosos para controlar a produção de melanina e sua distribuição na pele.
A desregulação dos melanócitos pode levar a um distúrbio da pigmentação, como o vitiligo, que é uma condição em que os melanócitos são destruídos ou param de produzir melanina, surgiram em manchas brancas na pele. Por outro lado, o excesso de produção de melanina pode levar a condições como o melasma ou a hiperpigmentação pós-inflamatória.
Os melanócitos também são susceptíveis ao câncer de pele, como o melanoma, que é um dos tipos mais agressivos de câncer de pele. O melanoma se desenvolve quando as células melanocíticas se tornam anormais e começam a se proliferar de forma descontrolada. O diagnóstico precoce e o tratamento do melanoma são cruciais para prevenir sua disseminação e melhorar o prognóstico.
Tela Subcutânea
A tela subcutânea, também conhecida como hipoderme, é a camada mais profunda da pele, localizada abaixo da derme. É composta principalmente por tecido adiposo, que fornece isolamento térmico e armazena energia na forma de gordura. Além do tecido adiposo, a hipoderme também contém fibras colágenas e elásticas, vasos sanguíneos e nervos.
A tela subcutânea desempenha várias funções importantes no corpo humano. Ela ajuda a manter a temperatura corporal, isolando o corpo do ambiente externo. A hipoderme também fornece um amortecimento para os órgãos internos e protege a pele contra traumas, como fricção e golpes.
Além disso, a tela subcutânea é importante na regulação do metabolismo da gordura no corpo. As células adiposas presentes na hipoderme armazenam energia na forma de gordura e liberam essa energia quando o corpo precisa. As células adiposas também produzem hormônios importantes que regulam o apetite e o metabolismo.
A espessura da hipoderme varia de acordo com a idade, sexo e localização no corpo. Em geral, a hipoderme é mais espessa nas áreas de deposição de gordura, como abdômen, coxas e nádegas. À medidaque as pessoas envelhecem, a hipoderme tende a se tornar mais fina, o que pode levar a uma perda de isolamento térmico e uma maior suscetibilidade a lesões.
Em resumo, a hipoderme é uma camada importante da pele que desempenha várias funções importantes no corpo humano, incluindo a regulação da temperatura corporal, a proteção dos órgãos internos e a regulação do metabolismo de gordura.
Anexos Epidérmicos
Anexos epidérmicos são estruturas da pele que se originam da epiderme e se estendem para outras camadas da pele. Eles incluem os cabelos, unhas e glândulas sudoríparas e sebáceas. Cada um desses anexos tem sua própria função na proteção e regulação do corpo humano. Os cabelos ajudam a regular a temperatura corporal, as unhas protegem as extremidades dos dedos e as glândulas sudoríparas e sebáceas suor e óleo para proteger e lubrificar a pele.
Unidade Pilossebácea
Unidade pilossebácea é uma estrutura anexa à pele que consiste em um folículo piloso (onde o cabelo cresce) e uma glândula sebácea (que produz óleo para a pele). Essa unidade é encontrada em todo o corpo, exceto nas palmas das mãos e nas solas dos pés. O óleo produzido pela glândula sebácea ajuda a proteger e lubrificar a pele, enquanto o cabelo ajuda a regular a temperatura corporal. As unidades pilossebáceas também desempenham um papel importante na acne, uma vez que a cobertura do folículo piloso pode levar à formação de cravos e espinhas.
Glândula Sebácea
A glândula sebácea é uma glândula encontrada na pele que produz sebo, um óleo que ajuda a proteger e lubrificar a pele. Essas glândulas estão presentes em todo o corpo, exceto nas palmas das mãos e nas solas dos pés. A quantidade de glândulas sebáceas varia de pessoa para pessoa e pode ser influenciada por fatores como idade, sexo e hormônios.
O sebo produzido pelas glândulas sebáceas é composto de uma mistura de lipídios, como gorduras, colesterol e ésteres de colesterol. O sebo é liberado no folículo piloso e, em seguida, na superfície da pele. Ele ajuda a manter a pele hidratada e protegida contra os elementos externos, como o sol e o vento.
No entanto, quando as glândulas sebáceas produzem excesso de sebo, isso pode levar a problemas como acne e cravos. Isso ocorre porque o excesso de sebo pode entupir os poros e causar inflamação. Alguns fatores que podem levar a um aumento na produção de sebo incluem hormônios, dieta, estresse e uso de certos medicamentos.
Em resumo, a glândula sebácea é uma estrutura importante da pele que produz sebo para proteger e lubrificar a pele. No entanto, quando a produção de sebo é excessiva, isso pode levar a problemas como acne e cravos.
Glândula Sudorípara
As glândulas sudoríparas são estruturas da pele responsáveis por produzir o suor, uma solução aquosa que ajuda a regular a temperatura corporal e a eliminar as toxinas do corpo. Existem dois tipos de glândulas sudoríparas: as écrinas e as apócrinas.
As glândulas sudoríparas écrinas são as mais abundantes e estão presentes em todo o corpo, especialmente nas palmas das mãos, solas dos pés e testa. Elas são responsáveis por produzir o suor que ajuda a regular a temperatura corporal, mantendo o corpo fresco em ambientes quentes ou durante atividades físicas intensas. O suor produzido pelas glândulas écrinas é composto principalmente de água e sal.
Já as glândulas sudoríparas apócrinas são encontradas principalmente nas axilas e região genital. Elas começam a funcionar durante a puberdade e são responsáveis por produzir um suor mais espesso, rico em proteínas, lipídios e compostos orgânicos. Essas glândulas são ativadas pelo estresse emocional e sexual, além do aumento da temperatura corporal.
O suor produzido pelas glândulas sudoríparas é eliminado na superfície da pele através de pequenos dutos. Quando o suor entra em contato com as bactérias presentes na pele, pode causar o odor característico do suor. Por isso, é importante manter a higiene pessoal e usar desodorantes e antitranspirantes.
Em resumo, as glândulas sudoríparas são estruturas importantes da pele que absorvem o suor para regular a temperatura corporal e eliminar as toxinas do corpo. Existem dois tipos de glândulas sudoríparas, as écrinas e as apócrinas, que diferem em sua localização e composição do suor produzido.
Músculos do Ombro
Músculos que Agem na Articulação do Ombro:
1. Articulação glenoumeral é a principal articulação do ombro, do tipo sinovial. Sendo constituída por 4 componentes anatômicos. São eles: cartilagem articular, cavidade articular, líquido sinovial e cápsula articular (o lado interno da cápsula é chamado de membrana sinovial responsável pela produção de líquido sinovial).
Sobre a articulação glenoumeral, há a presença de quatro grupos musculares que agem nesta região. São eles:
· Escapulumerais
· Toracoapendiculares anteriores
· Toracoapendiculares posteriores
· Músculos do braço
Músculos Escapuloumerais
É constituído principalmente pelo manguito rotador.
O manguito rotador é o principal grupo muscular que age sobre a articulação glenoumeral. Fazem parte do manguito rotador:
· Supraespinal:
· inserção de origem: fossa supraespinal
· inserção terminal: parte superior do tubérculo maior do úmero
· função: realiza abdução do ombro entre 30-50°
· Infraespinal:
· inserção de origem: fossa infraespinal
· inserção terminal: parte média do tubérculo maior
· função: realiza rotação externa do ombro.
· Redondo menor:
· inserção de origem: margem lateral da escápula parte inferior do tubérculo maior
· inserção terminal: parte inferior do tubérculo maior
· função: rotação externa do ombro.
· Subescapular:
· inserção de origem: fossa subescapular
· inserção terminal: tubérculo menor
· função: rotação interna
Dois músculos agem no úmero, fazem parte dos escapuloumerais, mas não fazem parte do manguito rotador. São eles:
· Redondo maior:
· inserção de origem: margem lateral e ângulo inferior da escapula
· inserção terminal: terço proximal do úmero
· função: realiza rotação interna e adução do úmero
· Deltoide: recobre toda a articulação glenoumeral, sendo dividido em três partes:
· Parte clavicular (anterior): desenvolve o movimento de flexão
· Parte acromial (medial): desenvolve o movimento de abdução
· Parte espinal (posterior): desenvolve o movimento de extensão.
Essas três partes se inserem na tuberosidade deltoidea.
Músculos do Braço
· Compartimento anterior:
Nesta região encontramos os seguintes músculos:
· Bíceps braquial:
· inserção de origem: a cabeça longa tem origem no tubérculo supraglenoidal e a cabeça curta tem origem no processo coracoide.
· inserção terminal: tuberosidade do rádio
· função: bíceps cabeça longa e cabeça curta são responsáveis por promover o movimento de flexão do cotovelo e supinação do antebraço. Porém a cabeça longa do bíceps promove o movimento de flexão da articulação do ombro.
· Braquial: PRINCIPAL FLEXOR DO COTOVELO
· inserção de origem: metade distal da face anterior do úmero
· inserção terminal: tuberosidade da ulna
· função: flexão do cotovelo
· Coracobraquial:
· inserção de origem: processo coracoide
· inserção terminal: terço médio do úmero
· função: flexão e adução do ombro.
Músculos do Compartimento Posterior do Braço
Neste compartimento encontramos músculos que desenvolvem o movimento de extensão do cotovelo. São eles:
· Músculo Ancônio (António)
· Músculo tríceps braquial
Vale ressaltar que a cabeça longa do tríceps braquial tem inserção de origem no tubérculo infraglenoidal, e inserção terminal no olecrano (orégano)
Espaços de Velpeu
· Espaço quadrangular: é delimitado pelas seguintes estruturas: 
· Limite superior: músculo redondo menor
· Limite inferior: músculo redondo maior
· Limite lateral: osso úmero
· Limite medial: músculo tríceps, cabeça longa
No espaço quadrangular, encontramos o nervo axilar (deltoide) e a artéria circunflexa posterior do úmero (compressão em casos de uso de muletas)
· Espaço triangular: região em que encontramos a artéria circunflexa da escápula. Esta área é delimitada da seguinte forma:
· Limite superior: Redondo menor
· Limite inferior: Redondomaior
· Limite lateral: Tríceps cabeça longa
· Limite medial: margem lateral da escápula
· Hiato do músculo tríceps:
Neste espaço, encontramos o nervo radial e a artéria braquial profunda.
Músculos Toracoapendiculares Anteriores
· Músculo peitoral maior: aduz e roda medialmente o úmero
· Músculo peitoral menor: estabiliza a escapula e a desloca inferiormente.
· Músculo subclávio: estabiliza a clavícula, a tracionando inferiormente
· Músculo serrátil anterior: tem como finalidade manter a escápula próxima as costelas. Este músculo tem inserção de origem, na margem medial da escápula, e inserção terminal nas costelas. Fraqueza do serrátil anterior pode provocar escápula alada.
Músculos Toracoapendiculares Posteriores Superficiais
· Trapézio
· Latíssimo do dorso
Músculos Toracoapendiculares Posteriores Profundos
· Levantador da escápula
· Romboide maior
· Romboide menor
Tecido Cartilaginoso
O Tecido Cartilaginoso
O tecido cartilaginoso é um tipo de tecido conjuntivo especializado que é encontrado em várias partes do corpo humano, como o nariz, orelhas, traqueia, costelas e articulações. É um tecido resistente e flexível, que possui uma matriz extracelular composta principalmente de colágeno tipo II, proteoglicanos e glicoproteínas. Essa matriz é secretada pelas células do tecido cartilaginoso, conhecidas como condrócitos.
Existem três tipos principais de tecido cartilaginoso: hialino, fibrocartilagem e elástico.
O tecido cartilaginoso hialino é o tipo mais comum de cartilagem e é encontrado em várias partes do corpo, incluindo as articulações sinoviais, a cartilagem costal, a traqueia e a laringe. A matriz extracelular do tecido cartilaginoso hialino é composta principalmente de colágeno tipo II, proteoglicanos e fibrilas, o que lhe confere uma aparência translúcida. Os condrócitos são responsáveis pela produção e manutenção da matriz extracelular.
A fibrocartilagem é um tipo de tecido cartilaginoso que se encontra em áreas do corpo que precisam de maior resistência e suporte, como nos discos intervertebrais, na sínfise púbica e na inserção dos tendões nos ossos. A matriz extracelular da fibrocartilagem contém tanto colágeno tipo I quanto tipo II, o que lhe confere maior resistência do que o tecido cartilaginoso hialino. Os condrócitos da fibrocartilagem são organizados em intermitentes paralelamente à direção das forças aplicadas sobre o tecido, para melhor resistir à tração e resistência.
O tecido cartilaginoso elástico é encontrado em áreas que precisam de flexibilidade, como na epiglote e no pavilhão auricular. A matriz extracelular desse tipo de tecido cartilaginoso contém muitas fibras elásticas, o que lhe confere a capacidade de se distender e retornar à sua forma original após a aplicação de forças externas. Os condrócitos do tecido cartilaginoso elástico são responsáveis pela produção e manutenção das fibras elásticas presentes na matriz extracelular.
Embora o tecido cartilaginoso seja capaz de suportar cargas e resistir a forças externas, ele possui uma capacidade limitada de imunidade, o que torna a cicatrização de lesões nesse tecido um processo lento e difícil. Além disso, o tecido cartilaginoso possui baixa vascularização, o que significa que a nutrição dos condrócitos e da matriz extracelular é realizada por difusão, o que pode contribuir para a cicatrização lenta de lesões.
Tem como função: suportar os tecidos moles, é o primeiro esqueleto do feto (com o tempo do desenvolvimento é substituído por ossos), revestir as superfícies articulares e revestir superfícies ósseas.
Não possui vasos sanguíneos e nem terminações nervosas. É nutrido pelo pericôndrio, uma camada de tecido conjuntivo que fica acima do tecido cartilaginoso.
Componentes do Tecido Cartilaginoso
Células:
As células do tecido cartilaginoso são conhecidas como condrócitos, elas são originadas de células mesenquimais indiferenciadas. Essas células são responsáveis pela produção e manutenção da matriz extracelular do tecido cartilaginoso, que é composta principalmente de colágeno tipo II, proteoglicanos e glicoproteínas.
Os condrócitos (pouco ativos) são células arredondadas que estão compreendidas na matriz extracelular do tecido cartilaginoso. Eles possuem uma alta atividade metabólica e são capazes de sintetizar e secretar a matriz extracelular. Os condrócitos são capazes de detectar e responder a mudanças no ambiente do tecido cartilaginoso, como variações na pressão mecânica e não são fornecidos por nutrientes.
Os condrócitos do tecido cartilaginoso hialino e elástico são encontrados em pequenos grupos, chamados de grupos isógenos, enquanto os condrócitos da fibrocartilagem são organizados em planejadas paralelamente à direção das forças aplicadas sobre o tecido.
Além dos condrócitos, outras células do tecido cartilaginoso incluem os condroblastos (muito ativo), que são células imaturas que se diferenciam em condrócitos, e os condroblastos, que são células responsáveis pela degradação e remodelação da matriz extracelular do tecido cartilaginoso.
É importante ressaltar que o tecido cartilaginoso possui baixa vascularização, o que significa que a nutrição das células do tecido cartilaginoso e da matriz extracelular é realizada por difusão. Isso pode contribuir para a cicatrização lenta de lesões no tecido cartilaginoso e para a dificuldade em regenerar esse tipo de tecido.
Matriz Extracelular (MEC):
A matriz extracelular do tecido cartilaginoso é uma substância complexa que envolve as células do tecido e dá suporte estrutural ao tecido cartilaginoso. É composto principalmente de fibras de colágeno tipo II, proteoglicanos e glicoproteínas.
As fibras de colágeno tipo II são as principais fibras da matriz extracelular do tecido cartilaginoso. Essas fibras são sintetizadas pelos condrócitos e fornecem a resistência e a elasticidade necessária para o tecido cartilaginoso.
Os proteoglicanos são grandes compostos por uma proteína central e muitos açúcares ligados a ela. Eles são responsáveis por absorver e reter água na matriz extracelular do tecido cartilaginoso, o que confere ao tecido cartilaginoso sua característica de resistência a resistência.
As glicoproteínas, como a fibronectina e a laminina, são responsáveis por ligar as fibras de colágeno e proteoglicanos na matriz extracelular do tecido cartilaginoso, ajudando a manter a sua estrutura tridimensional.
As propriedades da matriz extracelular do tecido cartilaginoso são determinadas pela proporção relativa desses componentes, bem como pela sua organização espacial. Por exemplo, a presença de uma grande quantidade de proteoglicanos na matriz extracelular confere maior resistência a resistência ao tecido cartilaginoso, enquanto a presença de uma grande quantidade de fibras de colágeno confere maior resistência à tração.
É importante ressaltar que a matriz extracelular do tecido cartilaginoso é produzida e mantida pelos condrócitos, que são as células especializadas do tecido cartilaginoso. Além disso, a matriz extracelular do tecido cartilaginoso é responsável por fornecer nutrientes e oxigênio às células do tecido cartilaginoso, uma vez que o tecido cartilaginoso é caracterizado por uma baixa vascularização.
A matriz extracelular é dividida em:
· Lacuna: é um termo utilizado para descrever o espaço onde se encontra o condrócito, a célula do tecido cartilaginoso. No caso da cartilagem hialina e titânica, as lacunas são atendidas com atenção na matriz extracelular. Já na fibrocartilagem, as lacunas são encontradas organizadas em internas, paralelamente à direção das forças aplicadas no tecido. As lacunas são importantes porque permitem que as células do tecido cartilaginoso sejam nutridas e recebam oxigênio através da difusão da matriz extracelular.
· Matriz territorial: é uma região rica em glicosaminoglicanos e proteoglicanos que circunda as lacunas onde estão localizados os condrócitos, as células do tecido cartilaginoso. A matriz territorial é formada logo após a síntese dos proteoglicanos pelos condrócitos e se expande ao redor da lacuna, criando uma barreiraque separa a matriz extracelular do tecido cartilaginoso em duas regiões distintas: a matriz territorial e a matriz interterritorial. A presença da matriz territorial é uma das características distintivas do tecido cartilaginoso hialino e ajuda a conferir resistência e elasticidade ao tecido.
· Matriz interterritorial: é a região da matriz extracelular do tecido cartilaginoso que está localizada entre as regiões da matriz territorial. É composto principalmente de fibras de colágeno tipo II, proteoglicanos e glicoproteínas, como na matriz territorial, mas com uma composição e distribuição diferente. A matriz interterritorial é responsável por fornecer resistência mecânica ao tecido cartilaginoso, bem como por permitir a difusão de nutrientes e gases para as células do tecido. A proporção relativa de proteoglicanos e fibras de colágeno na matriz interterritorial varia dependendo do tipo de tecido cartilaginoso, influenciando suas propriedades biomecânicas específicas.
Pericôndrio
O pericôndrio é uma camada de tecido conjuntivo denso e fibroso que envolve a superfície externa da cartilagem. Ele é composto por duas camadas: a camada externa fibrosa e a camada interna celular.
A principal função do pericôndrio é fornecer nutrição para a cartilagem subjacente. Ele contém vasos sanguíneos e nervos que se estendem para dentro da cartilagem, permitindo que ela receba os nutrientes e o oxigênio necessário para a sua sobrevivência. Além disso, o pericôndrio ajuda a manter a integridade da cartilagem, fornecendo uma camada protetora contra lesões e danos mecânicos.
O pericôndrio também é importante no processo de crescimento e desenvolvimento ósseo. Durante a ossificação endocondral, a cartilagem é substituída pelo osso. O pericôndrio serve como um molde para a formação óssea, fornecendo células osteogênicas que se diferenciam em osteoblastos, que então depositam o osso na superfície interna do pericôndrio.
Além disso, o pericôndrio pode ter um papel importante na preparação de tecidos. Quando ocorre uma lesão na cartilagem, o pericôndrio pode se tornar uma importante fonte de células precursoras de cartilagem e tecido ósseo, que podem migrar para a área danificada e ajudar na infecção.
Em resumo, o pericôndrio é um tecido importante que envolve a superfície externa da cartilagem e desempenha funções críticas na nutrição, integridade e crescimento ósseo, além de contribuir na herança de tecidos lesados.
Crescimento da Cartilagem
O crescimento da cartilagem é um processo complexo que envolve a divisão de células e a síntese de nova matriz extracelular. Existem duas formas principais de crescimento da cartilagem: o crescimento intersticial e o crescimento aposicional.
O crescimento intersticial é a forma mais comum de crescimento da cartilagem em animais jovens. Ele ocorre quando as células da cartilagem, os condrócitos, se dividem por mitose, produzindo novas células de cartilagem, os condroblastos. Essas células são responsáveis por sintetizar e depositar nova matriz extracelular, o que resulta em um aumento no tamanho e na espessura da cartilagem.
O crescimento intersticial ocorre a partir do centro da cartilagem em direção à periferia, e é mais rápido em áreas de maior atividade celular, como as placas de crescimento nas extremidades dos ossos longos. À medida que a cartilagem cresce, as células mais internas são comprimidas e se tornam condroblastos, enquanto as células mais externas se diferenciam em células do pericôndrio, que fornecem nutrientes e oxigênio para a cartilagem em crescimento.
Já o crescimento aposicional é o processo de adição de nova cartilagem na superfície externa da cartilagem já existente. Isso ocorre por meio da atividade de células do pericôndrio, que se diferenciam em condroblastos e sintetizam nova matriz extracelular na superfície da cartilagem. À medida que a nova cartilagem é adicionada, a cartilagem existente é empurrada para a periferia, aumentando a espessura total da cartilagem.
Além disso, o crescimento da cartilagem é regulado por uma série de hormônios e fatores de crescimento, incluindo o hormônio do crescimento e o fator de crescimento semelhante à insulina. Distúrbios hormonais ou genéticos podem afetar o crescimento da cartilagem, resultando em distúrbios do crescimento e doenças ósseas.
Em resumo, o crescimento da cartilagem é um processo complexo que envolve a divisão de células e a síntese de nova matriz extracelular. Ele pode ocorrer por meio do crescimento intersticial, a partir do centro da cartilagem em direção à periferia, ou do crescimento aposicional, com a adição de nova cartilagem na superfície externa da cartilagem já existente.
Grupo isogênico ou isógeno: Um grupo isogênico é um conjunto de condroblastos (células da cartilagem) que se originam da mesma célula progenitora durante o desenvolvimento embrionário e permanecem em uma lacuna ou espaço na matriz extracelular da cartilagem, mantendo-se em proximidade física. Eles são importantes para a manutenção da integridade e qualidade da matriz extracelular da cartilagem.
Classificação do Tecido Cartilaginoso
A cartilagem é avascular, ou seja, não possui vasos sanguíneos, e sua nutrição depende da difusão de nutrientes através da matriz extracelular.
Existem três tipos principais de tecido cartilaginoso, que são classificados de acordo com a composição e organização das células e da matriz extracelular:
1. Cartilagem hialina: É o tipo mais comum de cartilagem, e apresenta uma matriz extracelular homogênea e transparente. A matriz é composta principalmente de colágeno tipo II e proteoglicanos, que proporcionam resistência e elasticidade. É encontrado sempre o pericôndrio junto com a cartilagem, exceto em cartilagem articular. Os condrócitos, as células da cartilagem, são encontrados dentro de lacunas na matriz extracelular, chamados de condroplastos. A cartilagem hialina é encontrada nas articulações, na traqueia, nos brônquios, no nariz, nas costelas e no esterno.
2. Cartilagem fibrosa: É caracterizada pela presença de fibras colágenas grossas na matriz extracelular, que proporcionam maior resistência à tração. Os condrócitos são organizados em fileiras ou grupos, e a cartilagem fibrosa é encontrada em áreas do corpo que sofrem tensão ou estresse mecânico, como nos discos intervertebrais, na sínfise púbica e na inserção dos tendões e ligamentos no osso. Não tem pericôndrio, e sempre está associada ao tecido conjuntivo denso para obter nutrição.
3. Cartilagem elástica: Possui uma matriz extracelular contendo fibras elásticas, que conferem ao tecido sua elasticidade característica. Os condrócitos são encontrados em pequenos grupos e as lacunas da matriz extracelular são menores do que na cartilagem hialina. Sempre vão ter pericôndrio. A cartilagem elástica é encontrada no pavilhão auricular, na epiglote e na trompa auditiva.
A classificação dos diferentes tipos de tecido cartilaginoso é importante para entender suas propriedades biomecânicas e funções específicas no corpo. A cartilagem é fundamental para o desenvolvimento e crescimento do esqueleto durante a vida embrionária e fetal, e continua a ser importante para a manutenção da integridade das articulações e outras estruturas em toda a vida.
Cotovelo, Punho e Mão
Anatomia do cotovelo
O cotovelo é formado por articulações do tipo sinovial. Portanto, contém os seguintes componentes anatômicos estruturais:
· Cavidade articular
· Cartilagem articular
· Líquido sinovial
· Capsula articular
Vale ressaltar que o cotovelo tem três articulações, são elas:
· Articulação úmero-ulnar: essa articulação é formada pela aproximação da tróclea do úmero com a incisura troclear da ulna.
· Articulação úmero-radial: essa articulação é formada por dois acidentes ósseos, sendo o capítulo do osso úmero com a fóvea articular da cabeça do rádio.
· Articulação radio-ulnar proximal: é uma articulação constituída pela aproximação dos seguintes acidentes ósseos: circunferência articular da cabeça do rádio com a incisura radial da ulna.
O cotovelo desenvolve os movimentos de flexãoe extensão (eixo látero-lateral), assim como também realiza os movimentos de supinação e pronação no eixo longitudinal ou craniocaudal.
A principal articulação do cotovelo é a articulação úmero-ulnar.
Ligamentos da Articulação do Cotovelo
· Ligamento colateral radial
· Ligamento colateral ulnar
· Ligamento anular da cabeça do rádio: este ligamento estabiliza a articulação radio-ulnar proximal durante os movimentos de pronação e supinação.
Músculos
Músculos que agem no cotovelo:
· Músculo supinador: desenvolve o movimento de supinação. Este musculo tem inserção de origem no epicôndilo lateral, e inserção na face ântero-lateral do osso rádio.
· Músculo pronador redondo: este músculo desenvolve o movimento de pronação, tendo origem no epicôndilo medial e inserção na face ântero-lateral do rádio.
· Músculo braquial: é o principal flexor da articulação do cotovelo. E tem inserção terminal na tuberosidade da ulna.
· Bíceps braquial: promove no cotovelo os movimentos de flexão e supinação. O bíceps se insere na tuberosidade do rádio.
· Músculo tríceps: age na articulação do cotovelo promovendo movimento de extensão. Este musculo se insere no olecrano (orégano)
· Músculo Ancônio: este musculo faz o movimento de extensão do cotovelo. Tem origem no epicôndilo lateral e inserção no olecrano.
· Músculo braquio-radial: este músculo age no cotovelo desenvolvendo o movimento de flexão. Tem inserção na crista supraepicondilar lateral e inserção na face lateral e distal do osso rádio.
O músculo supinador eventualmente pode ser atravessado pelo nervo radial e, portanto, este nervo pode ser comprimido ocasionando a síndrome do musculo supinador (dor na região do supinador podendo apresentar parestesia no punho ou na região cervical).
O músculo pronador redondo eventualmente pode comprimir o nervo mediano na região do cotovelo provocando parestesia e dor no local da compressão. Às vezes a parestesia pode migrar para a região da mão e/ou para a região cervical.
Fossa Cubital
· Limites:
· Superior: é uma linha imaginaria que passa entre os dois epicôndilos do úmero
· Lateral: musculo braquio-radial
· Medial: musculo pronador redondo
· Posterior: musculo braquial
· Anterior: aponeurose do bíceps braquial e pele.
· Conteúdo:
· Tendão do musculo bíceps braquial
· Artéria braquial
· Veias braquiais
· Nervo mediano
· Veia intermédia do cotovelo ou veia cubital. Essa veia é formada pela junção de três veias superficiais. São elas: veia cefálica (lateral), veia basílica (medial) e veia intermedia do antebraço.
Punho e Mão
É uma região extremamente móvel onde há a presença de diversas articulações sinoviais. São exemplos:
· Articulação radio-ulnar distal
· Articulação radio-carpal
· Articulação intercarpais
· Articulação carpo-metacarpais
· Articulação inter-metacarpais
· Articulação metacarpo-falangianas
· Articulação interfalangianas proximais e distais.
No carpo e na mão, identificamos os seguintes ossos:
· Ossos do carpo:
· Fileira carpal proximal (de lateral para medial - do rádio para a ulna)
· Osso escafoide (esse que te fode)
· Osso semilunar (meia lua)
· Osso piramidal (pirâmide)
· Osso pisiforme (o que pisa)
· Fileira carpal distal (de lateral para distal)
· Osso Trapézio
· Osso Trapezoide
· Osso Capitato
· Osso Hamato - hâmulo do hamato
· Túnel do carpo: 
É um canal osteoligamentar formado pelos ossos do carpo e ligamentos, o qual é delimitado da seguinte forma:
· Parede lateral: formada pelos ossos trapézio e escafoide
· Parede medial: formada pelos ossos pisiforme e hamato
· Limite posterior ou assoalho: ligamentos radiado do carpo e ligamentos radio-carpal e ulno-carpal
· Limite anterior ou teto: ligamento carpal-transverso ou retináculo dos flexores
· Conteúdo:
É ocupado por 10 estruturas, são elas:
· 4 tendões dos músculos flexores superficiais dos dedos.
· 4 tendões dos músculos flexores profundos dos dedos.
· 1 tendão do músculo flexor longo do polegar
· Ramo profundo do nervo mediano.
O ramo superficial do nervo mediano não passa pelo túnel do carpo, sendo responsável pela sensibilidade da palma da mão.
Nervo mediano (ramo profundo) – inerva músculos tenares, 1o e 2o lumbricais e pelos ramos digitais, a pele dos dedos polegar, indicador, médio e metade radial do anular. O ramo superficial do nervo mediano passa superficialmente ao retináculo dos flexores e não ocupa o túnel do carpo. Inerva a pele da palma da mão no terço lateral.
· Grupos musculares que atuam no punho:
Os grupos musculares que atuam sobre o punho e a mão estão localizados ou no antebraço ou na própria mão.
Podem ser divididos, dessa forma, em um grupo de: A) Músculos extrínseco: não se origina no punho ou mão, mas atua sobre eles – músculos do antebraço. B) Músculos intrínsecos: Originam-se na mão e nela atuam (punho e dedos)
No antebraço, a membrana interóssea (sindesmose radio-ulnar) divide o antebraço em dois compartimentos:
1. Anterior: que abriga músculos flexores (do carpo, dos dedos e do polegar) e pronadores;
2. Posterior: que abriga músculos extensores (do carpo, dos dedos e do polegar), abdutor do polegar e supinadores.
· Grupos Musculares do Compartimento Anterior:
O Compartimento anterior do antebraço, composto por músculos flexores/pronadores, extrínsecos do punho e mãos, apresenta tais músculos dispostos em 3 compartimentos: a) Superficial: corresponde aos músculos que realizam a flexão do carpo como ação principal e pronação (particularmente da radio-ulnar proximal). São eles:
· Pronador redondo
· Flexor radial do carpo
· Palmar longo
· Flexor ulnar do carpo.
Estes músculos se originam no epicôndilo medial do úmero e, por cruzarem a articulação do cotovelo, flertem-na. Porém, as principais ações residem em fletir o punho, pois inserem-se nas bases dos metacarpos (2o e 5o) e na aponeurose palmar. Atuam independentemente nos movimentos de abdução/adução e circundução do punho. O pronador redondo não flete o punho, pois não o cruza. b) Média: corresponde ao músculo flexor superficial dos dedos. Estes músculos se inserem nas bases das falanges médias do indicador ao dedo mínimo e, portanto, tem como ação principal a flexão da articulação interfalangiana proximal. c) Profunda: corresponde aos músculos que:
· Pronam a articulação radio-ulnar distal: m. pronador quadrado;
· Fletem a articulação interfalangiana distal do indicador ao mínimo: m. flexor profundo dos dedos.
· Fletem o polegar: m. flexor longo do polegar.
· Grupos Musculares do Compartimento Posterior:
O compartimento posterior do antebraço abriga os músculos que são responsáveis pelos movimentos de extensão do cotovelo, punho e dedos, bem como os movimentos de abdução do polegar e supinação. Há, ainda, a ação de flexão do antebraço por parte do músculo braquiorradial que, apesar de se originar posteriormente no úmero, se insere ligeiramente anterior no antebraço (margem ântero-lateral do rádio) e promove a flexão, particularmente quando este segmento se encontra em posição neutra. Esses músculos estão dispostos em apenas uma camada e assim divididos: 
a) Músculos extensores do carpo: têm origem no epicôndilo lateral do úmero
· Radial longo do carpo
· Radial curto do carpo
· Ulnar do carpo
b) Músculo extensor dos dedos: têm origem no epicôndilo lateral do úmero, exceto o do indicador
· Extensor do indicador
· Extensor dos dedos (para o médio e anular)
· Extensor do dedo mínimo
c) Grupo póstero-lateral: formam a chamada “tabaqueira anatômica”:
· Abdutor longo do polegar
· Extensor curto do polegar
· Extensor longo do polegar
· Grupos Musculares das Mãos:
→ Compartimento Anterior:
As mãos possuem músculos que podem ser divididos em 5 compartimentos: 
a) Compartimento tênar:
· Flexor curto do polegar
· Abdutor curto do polegar
· Oponente do polegar
b) Adutor do polegar
c) Compartimento hipotênar:
· Abdutor do dedo mínimo
· Flexor curto do dedo mínimo
· Oponente do dedo mínimo
d) Compartimento central:
· Músculos lumbricais
e) Compartimento interósseo:
· Músculos interósseos anteriores e posteriores
Plexos - PRÁTICA
Plexo Braquial
O plexo braquial é uma rede complexade nervos localizada na região do pescoço e ombro, responsável por fornecer inervação aos membros superiores, incluindo os músculos e a sensibilidade da região.
Anatomia
O plexo braquial é formado por uma série de nervos que se originam das raízes nervosas cervicais C5 a T1. Essas raízes se unem para formar troncos nervosos, que são três estruturas principais: tronco superior, tronco médio e tronco inferior. Os troncos são assim chamados devido à sua localização em relação à clavícula.
A partir dos troncos, os nervos se dividem em divisões anterior e posterior. Essas divisões dão origem a cordões nervosos, chamados de cordão lateral, cordão medial e cordão posterior. Esses cordões são assim nomeados com base em sua posição em relação à artéria axilar.
Finalmente, os cordões nervosos dão origem a nervos específicos, que são responsáveis por inervar músculos e fornecer sensibilidade aos membros superiores. Alguns dos principais nervos que se originam do plexo braquial incluem o nervo musculocutâneo, nervo mediano, nervo ulnar, nervo radial e nervo axilar.
Função
O plexo braquial é responsável por controlar os movimentos dos músculos do ombro, braço, antebraço e mão, além de fornecer a sensibilidade tátil e proprioceptiva (percepção da posição e movimento) dessas regiões.
Cada nervo originado do plexo braquial tem uma função específica. O nervo musculocutâneo, por exemplo, inerva os músculos flexores do braço e fornece sensibilidade à região lateral do antebraço. O nervo mediano controla os músculos flexores do punho e dos dedos, além de fornecer sensibilidade para a região palmar da mão, exceto o dedo mínimo. O nervo ulnar é responsável pela inervação dos músculos da mão e fornece sensibilidade ao dedo mínimo e à borda ulnar da mão. O nervo radial controla os músculos extensores do braço, antebraço e mão, além de fornecer sensibilidade para a região dorsal da mão. O nervo axilar inerva o músculo deltoide e fornece sensibilidade para a região lateral do ombro.
Lesões do plexo braquial: O plexo braquial pode ser danificado devido a traumas, como acidentes de carro, quedas ou lesões esportivas. Uma lesão no plexo braquial pode resultar em uma variedade de sintomas, dependendo da gravidade e do local da lesão. Em casos graves, a lesão pode causar paralisia e perda de sensibilidade nos membros superiores. Essas lesões são muitas vezes chamadas de lesões do plexo braquial traumáticas.
O tratamento para lesões do plexo braquial pode variar de acordo com a gravidade da lesão e pode envolver fisioterapia, medicamentos para alívio da dor, cirurgia reconstrutiva ou uma combinação dessas abordagens, com o objetivo de restaurar a função e a sensibilidade dos membros afetados.
Em resumo, o plexo braquial é uma estrutura nervosa vital que fornece inervação e sensibilidade aos membros superiores. Sua complexa rede de nervos desempenha um papel fundamental no controle dos movimentos e sensações dos braços, antebraços e mãos.
Troncos Braquiais
Os troncos braquiais são estruturas fundamentais do plexo braquial e estão localizados na região do pescoço e ombro. Eles são formados pela combinação das raízes nervosas cervicais que compõem o plexo braquial. Existem três troncos principais: tronco superior, tronco médio e tronco inferior.
1. Tronco Superior: O tronco superior do plexo braquial é formado pela união das fibras das raízes nervosas cervicais C5 e C6. Essas fibras se unem logo após emergirem da coluna vertebral. O tronco superior passa entre a clavícula e a primeira costela, em uma área conhecida como espaço supraclavicular.
2. Tronco Médio: O tronco médio é formado pela raiz nervosa C7, que emerge da coluna vertebral abaixo do tronco superior. A raiz nervosa C7 se une às fibras do tronco superior para formar o tronco médio. Geralmente, o tronco médio passa abaixo da clavícula.
3. Tronco Inferior: O tronco inferior é formado pela união das raízes nervosas cervicais C8 e T1. Essas raízes se combinam após emergirem da coluna vertebral e se unem ao tronco médio. O tronco inferior passa abaixo da clavícula, ao lado do tronco médio.
Os troncos braquiais são essenciais para a organização e distribuição dos nervos do plexo braquial. Cada tronco dá origem a divisões anterior e posterior, que são ramificações que se separam para formar os cordões nervosos. Esses cordões são responsáveis por fornecer inervação e sensibilidade específicas aos músculos e tecidos dos membros superiores.
As lesões nos troncos braquiais podem ocorrer devido a traumas, como acidentes ou lesões esportivas, e podem levar a sintomas como fraqueza muscular, perda de sensibilidade e comprometimento dos movimentos dos membros superiores. O tratamento para lesões nos troncos braquiais pode variar de acordo com a gravidade e pode envolver fisioterapia, medicamentos para alívio da dor e, em alguns casos graves, cirurgia reconstrutiva para reparar os danos nervosos.
Nervos do Plexo Braquial
1. Nervo Musculocutâneo: O nervo musculocutâneo origina-se do tronco lateral do plexo braquial (C5-C7) e fornece inervação para os músculos flexores do braço, incluindo o bíceps braquial e o braquial anterior. Além disso, o nervo musculocutâneo também fornece sensibilidade para a região lateral do antebraço, através do nervo cutâneo lateral do antebraço.
2. Nervo Mediano: O nervo mediano origina-se do cordão lateral do plexo braquial (C6-T1). Ele controla os músculos flexores do punho e dos dedos, incluindo a maioria dos músculos da iminência tenar, que são importantes para a oposição do polegar. O nervo mediano também é responsável pela inervação dos músculos pronador redondo e pronador quadrado. Em relação à sensibilidade, ele fornece inervação para a região palmar da mão, exceto para o dedo mínimo e a metade lateral do dedo anelar.
3. Nervo Ulnar: O nervo ulnar origina-se do cordão medial do plexo braquial (C8-T1). Ele inerva os músculos da mão, incluindo os músculos flexores profundos dos dedos e a maioria dos músculos da iminência hipotenar. Além disso, o nervo ulnar controla os músculos interósseos da mão e os músculos lumbricais. Quanto à sensibilidade, o nervo ulnar fornece inervação ao dedo mínimo e à borda ulnar da mão.
4. Nervo Radial: O nervo radial origina-se do tronco posterior do plexo braquial (C5-T1). Ele controla os músculos extensores do braço, antebraço e mão, incluindo o tríceps braquial e os músculos extensores do punho e dos dedos. O nervo radial também é responsável pela inervação dos músculos supinador, braquiorradial e extensor radial curto do carpo. Quanto à sensibilidade, o nervo radial fornece inervação para a região dorsal da mão, incluindo o dorso dos dedos.
5. Nervo Axilar: O nervo axilar origina-se do cordão posterior do plexo braquial (C5-C6). Ele inerva o músculo deltoide, responsável por realizar a abdução do braço. O nervo axilar também fornece sensibilidade para a região lateral do ombro, através do nervo cutâneo do braço.
É importante ressaltar que essas descrições fornecem uma visão geral das funções e inervações dos nervos do plexo braquial, mas a complexidade e interconexões dos nervos podem variar em indivíduos. Lesões ou danos nos nervos do plexo braquial podem resultar em comprometimento dos movimentos e da sensibilidade dos membros superiores, e o tratamento dependerá da gravidade e localização da lesão.
Tecido Ósseo
O Tecido Ósseo
O tecido ósseo, também conhecido como osso, é um tecido especializado do corpo humano que desempenha funções desempenhadas, como suporte estrutural, proteção de órgãos, função e armazenamento de minerais. O tecido ósseo é composto por células, matriz extracelular e vasos sanguíneos.
As células principais do tecido ósseo são os osteoblastos, os osteócitos e os osteoclastos. Os osteoblastos são responsáveis pela formação do osso. Eles sintetizam e secretam componentes orgânicos da matriz extracelular, como colágeno e proteoglicanos. À medida que os osteoblastos depositam a matriz, eles se tornam incorporados na própria matriz e se transformam em osteócitos. Os osteócitos são célulasmaduras e atuam na manutenção e metabolismo do tecido ósseo. Os osteoclastos, por outro lado, são células responsáveis pela reabsorção do osso, liberando minerais de volta à corrente sanguínea.
A matriz extracelular do tecido ósseo é composta por uma combinação de componentes orgânicos e inorgânicos. A porção orgânica é composta de proteoglicanos, glicoproteínas e principalmente por colágeno tipo I, que confere resistência e flexibilidade ao osso. A porção inorgânica é composta principalmente por cristais de hidroxiapatita, que são formados por fosfato (PO4) e cálcio (Ca2+). Esses cristais dão resistência ao osso, tornando-o duro e capazes de suportar cargas.
Existem dois tipos principais de tecido ósseo: o tecido ósseo compacto e o tecido ósseo esponjoso. O tecido ósseo compacto forma a camada externa dura dos ossos e é composto por unidades funcionais de osteônios ou sistemas de Havers. Esses sistemas consistem em um canal central, chamado canal de Havers, cercado por lamelas concêntricas de matriz óssea. Os osteócitos são encontrados em pequenas cavidades chamadas lacunas, localizadas entre as lamelas concêntricas. Pequenos canais, chamados canalículos, conectam as lacunas e permitem a comunicação entre os osteócitos e o suprimento sanguíneo.
Já o tecido ósseo esponjoso é formado por uma rede de trabéculas ósseas interconectadas, que são estruturas delicadas em forma de treliça. Essas trabéculas formam espaços preenchidos com medula óssea vermelha, que é responsável pela produção de células sanguíneas. O tecido ósseo esponjoso é encontrado principalmente nas extremidades dos ossos longos, nas vértebras e em outras áreas onde a resistência mecânica não é tão crítica quanto à função de produção de células sanguíneas.
Os ossos também possuem vasos sanguíneos que fornecem nutrientes e oxigênio para as células ósseas. Esses vasos sanguíneos se entrelaçam nos ossos através de aberturas chamadas forames nutrícios, que estão conectados.
Periósteo
O periósteo é uma camada de tecido conjuntivo fibroso que envolve a superfície externa dos ossos. É composto por duas camadas: uma camada externa de tecido conjuntivo denso irregular e uma camada interna de células osteogênicas. O periósteo possui uma rede de vasos sanguíneos que fornecem nutrientes e oxigênio aos ossos.
O periósteo desempenha várias funções importantes. Ele fornece proteção aos ossos, ajudando a absorver efeitos e minimizar lesões. Além disso, atua como ponto de fixação para tendões e ligamentos, permitindo a conexão dos músculos ao osso.
O período também desempenha um papel crucial na reparação de fraturas ósseas. Após uma lesão, as células osteogênicas apresentam no periósteo se diferenciam em células osteoblásticas, que são responsáveis pela formação de novo tecido ósseo, auxiliando na cicatrização da fratura.
Outra função importante do período é sua participação no crescimento e remodelação óssea. Ele fornece um local para a atividade das células osteogênicas, que são responsáveis pelo crescimento em comprimento dos ossos durante o desenvolvimento e pela remodelação óssea ao longo da vida.
Em resumo, o periósteo é uma camada de tecido conjuntivo fibroso que envolve a superfície externa dos ossos. Ele desempenhou funções de proteção, fixação muscular, tratamento de fraturas e participação no crescimento e remodelação óssea.
Quando há a perda de periósteo, não há a formação de tecido ósseo.
Endóstio
O endóstio é uma camada de tecido especializado que reveste a superfície interna dos ossos. É composto por células osteogênicas, células osteoprogenitoras, células osteoclásticas e células osteoblásticas, que desempenham funções importantes na formação, preparação e remodelação óssea.
O endóstio está localizado na medula cavidade dos ossos longos, nos seios dos ossos esponjosos e nas superfícies internas de outros ossos. Sua função principal é fornecer uma superfície interna para o crescimento e a proteção óssea. Além disso, o endóstio participa na reabsorção óssea, onde as células osteoclásticas estão envolvidas na quebra e remodelação do tecido ósseo.
As células osteogênicas e osteoprogenitoras presentes no endóstio têm a capacidade de se diferenciar em células osteoblásticas, que são responsáveis pela produção de novo tecido ósseo. Essas células estão envolvidas na cicatrização de fraturas e na manutenção da integridade óssea.
Em resumo, o endóstio é uma camada de tecido que reveste a parte interna dos ossos, desempenhando um papel fundamental na formação, transformação e remodelação óssea. Ele abriga células importantes para o crescimento e imunidade do tecido ósseo, bem como para a reabsorção óssea.
Osso Primário e Osso Secundário
Osso primário e osso secundário são termos usados para descrever diferenças de desenvolvimento e aderência.
O osso primário, também conhecido como osso imaturo ou tecido ósseo imaturo, refere-se ao tecido ósseo formado durante a fase de crescimento e desenvolvimento ósseo. Esse tipo de osso possui uma matriz óssea menos organizada, com fibras colágenas desordenadas, células osteogênicas e osteoblastos ativos. Os osteócitos, células ósseas maduras, são menos comuns no osso primário.
O osso primário é caracterizado por ser mais celular e vascularizado em comparação com o osso secundário. É encontrado em locais onde ocorre o crescimento ósseo ativo, como nas placas de crescimento durante a infância e adolescência. Com o tempo, o osso primário passa por um processo de remodelação e comportamento para se transformar em osso secundário.
O osso secundário, também conhecido como osso maduro ou tecido ósseo maduro, é o osso que passou pelo processo de remodelação e adquirido. Ele possui uma matriz óssea mais organizada, com fibras colágenas localizadas em lamelas concêntricas. Os osteócitos estão alojados em lacunas dentro da matriz e se comunicam através de canalículos. O osso secundário é menos celular e mais estável em comparação com o osso primário.
O osso secundário é encontrado na maioria dos ossos do corpo humano em sua forma adulta. Ele é caracterizado por uma estrutura mais densa e resistente, fornecendo suporte estrutural e proteção aos órgãos. O osso secundário é constantemente remodelado ao longo da vida, com uma atividade coordenada de células osteoblásticas que formam novo tecido ósseo e células osteoclásticas que reabsorvem o osso antigo.
Em resumo, o osso primário é o tecido ósseo imaturo formado durante o crescimento ósseo ativo, enquanto o osso secundário é o tecido ósseo maduro resultante do processo de remodelação e ganho. O osso primário é mais celular e menos organizado, enquanto o osso secundário é mais estável, com uma estrutura mais organizada e resistente.
Sistema de Havers:
O sistema de Havers, também conhecido como sistema haversiano ou osteona, é uma estrutura fundamental encontrada no osso compacto. É composto por unidades cilíndricas chamadas osteonas, que são arranjos concêntricos de lamelas ósseas.
Cada osteona do sistema de Havers consiste em um canal central chamado canal haversiano, que contém vasos sanguíneos, nervos e vasos linfáticos. Ao redor do canal haversiano, existem camadas concêntricas de lamelas ósseas. As lamelas são definidas de matriz óssea mineralizada que contém fibras colágenas definidas em diferentes direções para fornecer resistência e suporte mecânico ao osso.
As lamelas ósseas circundantes estão interligadas por pequenas lacunas, que abrigam os osteócitos - as células ósseas maduras. Os osteócitos estão localizados em lagos extracelulares dentro das lacunas e se comunicam entre si e com os vasos sanguíneos através de pequenos canais chamados canalículos.
O sistema de Havers desempenha um papel importante na resistência e na remodelação do osso. Os canais essenciais fornecem um suprimento de sangue para as células ósseas e permitem a comunicação entre elas. A estrutura das lamelas ósseas confere força e resistência ao osso compacto, tornando-o capaz de resistir a forças mecânicas.
Além disso, o sistema de Havers é dinamicamente remodelado ao longo da vida em respostaa estímulos mecânicos, como atividade física ou trauma. Durante a remodelação óssea, os osteoclastos reabsorvem o osso antigo e os osteoblastos sintetizam novo tecido ósseo, levando a mudanças na organização e na densidade das lamelas ósseas.
Em resumo, o sistema de Havers é uma estrutura encontrada no osso compacto que consiste em osteonas, que são arranjos concêntricos de lamelas ósseas. Ele desempenha um papel crucial na resistência e remodelação do osso, fornecendo suprimentos sanguíneos, comunicação celular e força mecânica.
Formação e Remodelação Óssea
A formação óssea é um processo contínuo que ocorre durante o desenvolvimento, crescimento e crescimento do osso. Envolve uma atividade coordenada de células especializadas, principalmente os osteoblastos.
Durante a formação óssea, os osteoblastos sintetizam e secretam uma matriz óssea orgânica composta principalmente de colágeno. Essa matriz é mineralizada com cálcio e outros minerais, gerada na formação de tecido ósseo mineralizado.
Os osteoblastos também participam da formação dos ossos através da ossificação intramembranosa e endocondral. Na ossificação intramembranosa, as células mesenquimais se diferenciam diretamente em osteoblastos, que secretam a matriz óssea diretamente no tecido conjuntivo embrionário ou nas membranas fibrosas, formando osso plano. Na ossificação endocondral, primeiro ocorre a formação de um modelo cartilaginoso que é gradualmente substituído pelo osso através da atividade dos osteoblastos e osteoclastos.
Já o remodelamento ósseo é um processo contínuo e dinâmico que ocorre ao longo da vida para manter a saúde e a integridade óssea. O remodelamento ósseo envolve a reabsorção do osso antigo e a formação de um novo osso. Os osteoclastos são responsáveis pela reabsorção do tecido ósseo antigo, enquanto os osteoblastos sintetizam a nova matriz óssea.
O remodelamento ósseo é regulado por uma série de fatores, incluindo os hormônios do crescimento e os hormônios sexuais, e fatores de crescimento, como o fator de crescimento transformador beta (TGF-β) e o fator de crescimento derivado das plaquetas (PDGF). Estímulos mecânicos, como o exercício físico e o estresse ósseo, influenciam também o remodelamento ósseo.
Esse processo de reabsorção e formação óssea contínua permite que o osso se adapte às demandas mecânicas do corpo, reparando micro lesões, redistribuindo o tecido ósseo de acordo com as forças aplicadas e mantendo um equilíbrio entre a formação e a reabsorção óssea.
Em resumo, a formação óssea é o processo de síntese e mineralização da matriz óssea, realizada principalmente pelos osteoblastos. Já o remodelamento ósseo é o processo contínuo de reabsorção e formação óssea que ocorre ao longo da vida para manter a saúde e a integridade óssea, envolvendo os osteoclastos e os osteoblastos.
Osteogênese
A osteogênese é o processo de formação óssea que ocorre durante o desenvolvimento embrionário, o crescimento ósseo e o reparo de fraturas. Envolve a diferenciação e atividade dos osteoblastos, que são células responsáveis pela síntese e deposição da matriz óssea.
Durante a osteogênese, as células mesenquimais indiferenciadas se diferenciam em osteoblastos. Esses osteoblastos secretam uma matriz óssea orgânica composta principalmente de colágeno, que é posteriormente mineralizada com cálcio e outros minerais para formar o tecido ósseo mineralizado.
A osteogênese ocorre por meio de dois processos principais: a ossificação intramembranosa e a ossificação endocondral. Na ossificação intramembranosa, as células mesenquimais se diferenciam diretamente em osteoblastos, que secretam a matriz óssea diretamente no tecido conjuntivo embrionário ou nas membranas fibrosas, formadas na formação de ossos planos, como os ossos do crânio.
Já na ossificação endocondral, primeiro ocorre a formação de um modelo cartilaginoso. As células mesenquimais se diferenciam em condrócitos, que secretam uma matriz cartilaginosa. Em seguida, os condrócitos hipertrofiam e a matriz cartilaginosa é gradualmente substituído por tecido ósseo mineralizado por meio da atividade dos osteoblastos e osteoclastos. Esse processo ocorre na maioria dos ossos do corpo, incluindo ossos longos, como o fêmur e o úmero.
A osteogênese é um processo complexo e cuidadosamente regulado por uma série de fatores, como hormônios e fatores de crescimento, que controlam a diferenciação e atividade dos osteoblastos. Os osteoblastos também são responsáveis pela regulação da mineralização da matriz óssea, garantindo a sua rigidez e resistência adequadas.
Em resumo, a osteogênese é o processo de formação óssea que ocorre por meio da atividade dos osteoblastos. Envolve a síntese e mineralização da matriz óssea e ocorre através da ossificação intramembranosa e da ossificação endocondral. A osteogênese é fundamental para o desenvolvimento, crescimento e crescimento biológico.
Ossificação Intramembranosa
A ossificação intramembranosa é um processo de formação óssea que ocorre diretamente a partir de células mesenquimais indiferenciadas, sem uma formação prévia de um modelo cartilaginoso. É responsável pela formação dos ossos planos, como os ossos do crânio, a maior parte do osso facial e a clavícula.
No processo de ossificação intramembranosa, as células mesenquimais se agrupam e se diferenciam em osteoblastos. Os osteoblastos, por sua vez, secretam uma matriz óssea orgânica composta principalmente de colágeno. À medida que a matriz é depositada, ocorre a mineralização, em que o cálcio e outros minerais são incorporados, tornando-se uma matriz rígida e calcificada.
Conforme a matriz óssea se forma, os osteoblastos ficam aprisionados em cavidades dentro do tecido ósseo e se tornam osteócitos, que são as células ósseas maduras. Esses osteócitos permanecem em lacunas dentro da matriz e se comunicam entre si e com os vasos sanguíneos adjacentes através de pequenos canais chamados canalículos.
À medida que a matriz óssea continua a ser depositada, as áreas adjacentes se fundem, formando trabéculas ou lâminas ósseas finas. Entre as trabéculas, os espaços vasculares são formados, que eventualmente se tornam vasos sanguíneos e vasos linfáticos.
A ossificação intramembranosa é um processo dinâmico e contínuo, que ocorre principalmente durante o desenvolvimento embrionário e continua ao longo da infância para permitir o crescimento e a remodelação óssea.
Em resumo, a ossificação intramembranosa é um processo de formação óssea direta a partir de células mesenquimais indiferenciadas. Envolve a diferenciação de osteoblastos, a síntese da matriz óssea e a mineralização subsequente. Esse processo resulta na formação de ossos planos, como os ossos do crânio, sem a formação prévia de um modelo cartilaginoso.
Ossificação Endocondral
A ossificação endocondral é um processo de formação óssea que ocorre durante o desenvolvimento embrionário, o crescimento ósseo longitudinal e de fraturas. Nesse processo, um modelo cartilaginoso é gradualmente substituído por osso.
A ossificação endocondral ocorre em várias etapas. Primeiro, as células mesenquimais se diferenciam em condrócitos, que secretam uma matriz cartilaginosa. Esse modelo cartilaginoso serve como um molde para a formação óssea.
Em seguida, os condrócitos da região central do modelo cartilaginoso começam a se hipertrofiar, aumentando de tamanho. Enquanto isso, as células pericôndricas ao redor do modelo cartilaginoso se diferenciam em osteoblastos, que começam a depositar a matriz óssea sobre o modelo cartilaginoso.
Os osteoblastos depositam uma matriz óssea primária, que é rica em colágeno e minerais, sobre o molde cartilaginoso. Essa matriz óssea primária se organiza em lamelas concêntricas e é gradualmente mineralizada, gerada na formação de osso primário ou imaturo.
Concomitantemente, os vasos sanguíneos invadem a área hipertrofiada e trazem células mesenquimais indiferenciadas, que se diferenciam em osteoblastos. Esses osteoblastos adicionais depositam nova matriz óssea, expandindo a área de osso primário.
À medida que o osso primário continua a crescere se desenvolve, ocorre a reabsorção dos condrócitos hipertrofiados. Os osteoclastos, células responsáveis pela reabsorção óssea, removem a cartilagem hipertrofiada e criam espaços vazios chamados de cavidades medulares.
Em seguida, os osteoblastos continuam depositando nova matriz óssea nas cavidades medulares, formando trabéculas ósseas. O osso primário é remodelado e substituído pelo osso secundário, que é mais organizado e resistente. Esse processo de remodelação óssea ocorre ao longo da vida, mantendo a integridade e a estrutura óssea.
Em resumo, a ossificação endocondral é um processo de formação óssea em que um modelo cartilaginoso é gradualmente substituído pelo osso. Envolve a diferenciação de condrócitos, deposição de matriz óssea, reabsorção da cartilagem, formação de cavidades medulares e deposição de osso secundário. Esse processo é fundamental para o crescimento e desenvolvimento ósseo.
Disco Epifisial
O disco epifisial, também conhecido como placa de crescimento ou placa epifisária, é uma estrutura de cartilagem presente em ossos longos durante o período de crescimento ósseo. Localizado na extremidade do osso, entre a epífise (extremidade superior) e a diáfise (parte central), o disco epifisial desempenha um papel crucial no crescimento no comprimento dos ossos.
O disco epifisial consiste em diferentes zonas ou camadas de cartilagem. A zona de repouso, mais próxima à epífise, é onde as células precursoras se dividem e se diferenciam em condrócitos. Esses condrócitos se organizam em colunas paralelas à direção de crescimento do osso.
À medida que os condrócitos se diferenciam e se multiplicam, a matriz cartilaginosa é produzida. Essa matriz cartilaginosa é mineralizada gradualmente à medida que os condrócitos se tornam hipertrofiados, aumentando de tamanho. A zona de hipertrofia é onde ocorre a expansão dos condrócitos hipertrofiados.
Concomitantemente, na zona de calcificação, os condrócitos hipertrofiados começam a depositar minerais na matriz cartilaginosa, formando pequenos depósitos de cálcio. Esses depósitos de cálcio ajudam a iniciar a calcificação da cartilagem.
A última zona é a zona de ossificação, onde ocorre a substituição da matriz cartilaginosa por tecido ósseo. Os osteoblastos, células responsáveis pela formação óssea, invadem a zona de ossificação e começam a depositar uma matriz óssea primária sobre a cartilagem calcificada. Essa matriz óssea primária é posteriormente remodelada, substituindo a cartilagem e formando o osso definitivo.
O disco epifisial é responsável pelo crescimento longitudinal dos ossos durante a infância e a adolescência. À medida que o indivíduo amadurece, o disco epifisial se encerra gradualmente, levando ao término do crescimento em comprimento do osso. A taxa de crescimento é controlada por hormônios, como os hormônios do crescimento e os hormônios sexuais, que afetam a atividade das células do disco epifisial.
Em resumo, o disco epifisial é uma estrutura de cartilagem localizada nas extremidades dos ossos longos, responsável pelo crescimento em comprimento dos ossos. É composto por zonas de replicação, hipertrofia, calcificação e ossificação. O disco epifisial é fundamental durante o período de crescimento e é influenciado por hormônios que regulam a taxa de crescimento ósseo.
Plexo Braquial
Plexo Braquial
É um grupo de nervos que são responsáveis por inervar os MMSS.
Cada nervo espinal é formado a partir de uma raiz posterior sensitiva e uma raiz anterior motora. Essas raízes se unem para formar o nervo espinal misto, o qual mais adiante se separa em dois ramos, sendo um sensitivo que segue para a pele (dermátomo) e um motor que segue para o músculo (miótomo).
Formação do plexo braquial:
É formado pelas raízes de C5, C6, C7, C8 e T1.
Cabe ressaltar que as raízes de C5 e C6 se unem para formar o tronco superior. Por outro lado, a raiz de C7 não se une com ninguém para formar o tronco médio. Já as raízes de C8 e T1 se unem para formar o tronco inferior.
Os troncos superior, médio e inferior se dividem em ramos anteriores (m. flexores) e ramos posteriores (m. extensores).
Cabe mencionar que as divisões anteriores dos troncos superior e médio se unem para formar o fascículo lateral. Já a divisão anterior do tronco inferior não se une com ninguém para formar o fascículo medial. Por outro lado, as divisões posteriores são formadas pelos troncos superior, médio e inferior, sendo responsáveis por constituir o fascículo posterior.
Quem determina a localização dos fascículos lateral, medial e posterior é a artéria axilar.
Origem dos nervos terminais
· Fascículo lateral: dá origem aos seguintes nervos musculocutâneo e ao nervo mediano.
· Fascículo medial: dá origem aos nervos mediano e ulnar
· Fascículo posterior: dá origem aos nervos axilar e radial.
Compartimentos e inervação dos membros superiores
· Ombro: nervo axilar, inerva m. deltoide
· Compartimento anterior do braço: nervo musculocutâneo, inerva o m. bíceps braquial
· Compartimento posterior do braço: nervo radial, inerva o m. tríceps braquial
· Compartimento anterior do antebraço: nervo mediano e ulnar, inervam os m.
· Mão: nervo mediano e ulnar, inervam os m.
· Compartimento posterior do antebraço: nervo radial, inerva os m. extensor ulnar do carpo, extensor dos dedos.
· Região posterior da mão (dorso): nervo radial (dorso da mão), nervo mediano (unhas do primeiro, segundo e terceiro dedos e metade da unha do quarto dedo), nervo ulnar (quinto dedo)
Nervos Menores do Plexo Braquial
· Nervo dorsal da escápula: é responsável por inervar os músculos levantador da escápula, músculo romboide maior e menor.
· Nervo torácico longo: inerva o músculo serrátil anterior. Lesões neste nervo induz à uma fraqueza do serrátil anterior, deixando a escápula alada.
· Nervo supraescapular: tem origem nas raízes de C5 e C6 e inerva os músculos supra e infraespinal do manguito rotador.
· Nervo peitoral lateral: inerva os músculos peitoral maior e menor.
· Nervo peitoral medial: inerva os músculos peitoral maior e menor.
· Nervo subescapular superior: tem origem na raiz C5, sendo responsável por inervar o músculo subescapular.
· Nervo subescapular inferior: tem origem em C6, sendo responsável por inervar os músculos subescapular e redondo maior.
· Nervo toracodorsal: inerva o músculo latíssimo do dorso.
Anatomia do Quadril
Quadril:
É uma região em que encontramos três ossos, são eles:
· Osso ílio
· Osso ísquio
· Osso púbis
No corpo humano, os dois ossos do quadril (direito e esquerdo) se articulam com o osso sacro e com o osso cóccix para constituir uma região denominada pelve.
A pelve apresenta diversas articulações, são elas:
· Articulação lombo-sacral: nesta região há a presença de dois tipos de articulações, sendo uma articulação cartilagínea e uma articulação do tipo sinovial. A articulação sinovial é formada pelo processo articular inferior da vértebra L5 com o processo articular superior do osso sacro. Esta articulação desenvolve o movimento de flexão e extensão no eixo látero-lateral. Por outro lado, a articulação lombo-sacral do tipo cartilagínea é formada pela presença do disco intervertebral (anel fibroso periférico e núcleo pulposo centralizado). Essa articulação tem como finalidade absorver impactos e fica localizada entre o corpo da vertebra L5 e a base do osso sacro. Esta articulação é estabilizada anteriormente pelo ligamento longitudinal anterior, e posteriormente pelo ligamento longitudinal posterior.
· Articulação sacro-ilíaca: trata-se de articulação do tipo sinovial a qual contém líquido sinovial, capsula articular, cartilagem articular e cavidade articular. Esta articulação desenvolve o movimento de rotação no eixo látero-lateral. Vale ressaltar que essa articulação é reforçada pelos seguintes ligamentos: sacro-ilíaco anterior, sacro-ilíaco posterior, além disso, é formada pela aproximação dos seguintes acidentes ósseos: face auricular do osso sacro com a face auricular do osso ílio.
· Articulação interpúbica: é a articulação mais anterior da pelve a qual promove a aproximação dos ossos púbis.É uma articulação cartilagínea do tipo sínfise reforçada por três ligamentos: ligamento interpúbico anterior, ligamento interpúbico posterior e ligamento interpúbico inferior.
· Articulação sacrococcígea: é uma articulação do tipo cartilagínea que desenvolve pouco movimento, porém, é reforçada pelos seguintes ligamentos: ligamento sacrococcígeo anterior, ligamento sacrococcígeo posterior e ligamentos sacrococcígeos laterais.
· Articulação coxofemoral: é uma articulação formada pela aproximação do acetábulo com a cabeça do fêmur. Essa articulação desenvolve os movimentos de flexão e extensão (eixo látero-lateral), abdução e adução (eixo anteroposterior) e movimentos de rotação lateral e rotação medial (eixo longitudinal), por ser uma articulação sinovial possui como componente acessório lábio articular além disso, é reforçada por ligamentos extracapsulares e intracapsulares.
São exemplos de ligamentos extracapsulares:
· Ligamento pubo-femoral
· Ligamento ílio-femoral
· Ligamento ísquio-femoral
É exemplo de ligamento intracapsular:
· Ligamento redondo da cabeça do fêmur: este ligamento, além de dar estabilidade para a articulação coxofemoral é responsável por nutrir 1/3 da cabeça do fêmur. Vale ressaltar que os outros 2/3 da cabeça do fêmur será irrigado pelas artérias circunflexa lateral e medial da cabeça do fêmur, ambas são ramos da artéria femoral profunda.
Além do lábio articular, a articulação do quadril apresenta três bolsas sinoviais que são acessórias. São elas: bolsa para glúteos máximo, médio e mínimo.
Músculos que Agem Sobre a Articulação do Quadril
· Extensores: 
· Jarrete: semitendineo, semimembranaceo, cabeça longa, bíceps femoral, adutor magno - parte posterior, glúteo máximo.
· Abdutores: 
· Glúteo máximo
· Glúteo mínimo
· Tensor da fáscia lata
· Rotadores mediais: 
· Glúteo médio, glúteo mínimo (parte posterior), tensor da fáscia lata
· Rotadores laterais: 
· Obturador externo
· Obturador interno
· Gêmeos
· Piriforme
· Quadrado femoral
· Glúteo máximo
· Flexores: 
· Íliopsoas (abaixo do ligamento inguinal)
· Sartório
· Tensor da fáscia lata
· Reto femoral (músculo biarticular)
· Pectíneo
· Adutor longo
· Adutor curto
· Adutor magno - parte anterior
· Grácil
· Adutores: 
· Adutor longo
· Adutor curto
· Adutor magno
· Grácil
· Pectíneo
· Obturador externo
· Espaços anatômicos: 
· Espaço retro inguinal: é um espaço que se encontra posteriormente ao ligamento inguinal. Esse espaço é dividido em dois compartimentos, são eles:
· Compartimento muscular: formado pelo músculo íliopsoas sendo o local em que encontramos o nervo femoral.
· Compartimento Vascular: é mais medial, onde há a presença da artéria femoral, veia femoral e vasos linfáticos.
· Trígono Femoral: 
· Limite superior: ligamento inguinal
· Limite lateral: musculo sartório
· Limite medial: musculo adutor longo
· Limite posterior (assoalho): íliopsoas, pectíneo
· Limite anterior: pele
· Conteúdo: nervo femoral, artéria femoral, veia femoral (NAV) e veia safena magna.
· Canal de Hunther ou Adutores:
É um local em que todo o sangue do membro inferior, em casos de hemorragia, ele fica represado.
· Espaço suprapiriforme:
É o local em que encontramos as seguintes estruturas: nervo glúteo superior, artéria glútea superior, veia glútea superior.
· Espaço infrapirifome:
É o local em que encontramos as seguintes estruturas: nervo isquiático, artéria glútea inferior, veia glútea inferior, nervo cutâneo femoral e nervo pudendo.
Anatomia do Joelho
O joelho é uma articulação complexa que conecta o fêmur (osso da coxa) à tíbia (osso da canela). Ele desempenha um papel crucial na sustentação do peso corporal, na estabilidade e na amplitude de movimento das pernas. Vou explicar detalhadamente a anatomia do joelho, dividindo-a em três estruturas principais: ossos, ligamentos e cartilagens.
1. Ossos: 
· Fêmur: É o osso longo da coxa e forma a porção superior do joelho. Possui duas proeminências chamadas côndilos medial e lateral, que se articulam com a tíbia.
· Tíbia: É o osso da canela e forma a porção inferior do joelho. Os côndilos medial e lateral da tíbia se encaixam com os côndilos do fêmur.
· Patela: Também conhecida como rótula, é um osso plano e triangular localizado na frente do joelho, protegendo a articulação. Ela se encaixa em um sulco no fêmur chamado tróclea patelar.
2. Ligamentos: 
· Ligamento Cruzado Anterior (LCA): É um dos principais ligamentos do joelho e cruza por dentro da articulação. Ele impede o deslocamento anterior do fêmur em relação à tíbia e fornece estabilidade rotacional.
· Ligamento Cruzado Posterior (LCP): Situa-se atrás do LCA e evita o deslocamento posterior do fêmur em relação à tíbia.
· Ligamentos Colaterais: Existem dois ligamentos colaterais, um medial (MCL) e outro lateral (LCL). O MCL fica na parte interna do joelho e o LCL na parte externa. Eles fornecem estabilidade lateral ao joelho, evitando o deslocamento excessivo da articulação.
3. Cartilagens: 
· Cartilagem Articular: É a camada de tecido cartilaginoso que reveste as superfícies articulares do fêmur, tíbia e patela. Ela atua como um amortecedor e permite que os ossos se desloquem suavemente durante o movimento.
· Meniscos: São duas estruturas semilunares localizadas entre o fêmur e a tíbia, um na porção medial (menisco medial) e outro na porção lateral (menisco lateral). Eles ajudam a distribuir o peso, absorver o impacto e estabilizar a articulação.
Além dessas estruturas, existem também os músculos que envolvem o joelho, como o quadríceps (localizado na parte frontal da coxa) e os isquiotibiais (localizados na parte posterior da coxa). Esses músculos desempenham um papel importante na movimentação e estabilização do joelho.
É importante ressaltar que essa é uma visão geral da anatomia do joelho e que existem outras estruturas menores, como tendões, bolsas e vasos sanguíneos, que também desempenham papéis importantes na função e estabilidade do joelho.
Tornozelo e Pé
Tornozelo: 
O tornozelo é formado pela união de três ossos principais: tíbia, fíbula e tálus. 
Tíbia: É o osso da canela, localizado na parte interna da perna.
Fíbula: É o osso mais fino da perna, localizado ao lado da tíbia.
Tálus: É um osso em forma de cubo que se articula com a tíbia e a fíbula para formar a articulação do tornozelo.
O tornozelo possui duas articulações principais: 
Articulação tibiotalar: É uma articulação do tipo dobradiça entre a parte inferior da tíbia e o tálus. É responsável pelos movimentos de flexão (dobrar o pé para cima) e extensão (dobrar o pé para baixo).
Articulação Subtalar: É uma articulação localizada abaixo da tibiotalar, entre o tálus e o calcâneo (osso dos botões). Ela permite os movimentos de inversão (girar o pé para dentro) e eversão (girar o pé para fora).
Ligamentos: Existem vários ligamentos no tornozelo que fornecem estabilidade e suporte aos movimentos. 
Ligamento deltoide: localizado no lado interno do tornozelo, é um conjunto de ligamentos fortes que se estendem da tíbia para o tálus e outros ossos do pé. Ele evita a inversão excessiva do tornozelo.
Ligamentos Laterais: São compostos por três ligamentos: ligamento talofibular anterior, ligamento talofibular posterior e ligamento calcaneofibular. Eles ficam no lado externo do tornozelo e ajudam a evitar a eversão excessiva do tornozelo.
Pé: 
O pé é composto por uma estrutura complexa de 26 ossos, divididos em três partes principais: tarso, metatarso e falanges. 
Tarso: É a parte posterior do pé e é composta por sete ossos, incluindo o tálus e o calcâneo (osso do calcanhar).
Metatarso: É a parte média do pé e consiste em cinco ossos longos que se conectam aos ossos do tarso e às falanges dos dedos.
Falanges: São os ossos dos dedos do pé. Cada dedo possui três falanges, exceto o dedão, que tem apenas duas.
O pé possui várias articulações que permitem movimentos complexos e flexíveis. 
Articulações Tarsometatarsais: São as articulações entre os ossos do tarso e do metatarso.
Articulações Metatarsofalangeais: São as articulações entre o metatarso e as falanges dos dedos.
ArticulaçõesInterfalângicas: São as articulações entre as falanges dos dedos.
Ligamentos: Assim como no tornozelo, o pé também possui ligamentos que ajudam a estabilizar as articulações e fornecem suporte aos movimentos. 
Ligamento Plantar: É um conjunto de ligamentos fortes localizados na planta do pé. Eles ajudam a sustentar o arco do pé e fornecem estabilidade durante a caminhada e a corrida.
Ligamentos Dorsais: São ligamentos localizados na parte superior do pé, que ajudam a manter a integridade das articulações.
Músculos: O pé possui uma grande quantidade de músculos intrínsecos (localizados no pé) e extrínsecos (localizados na perna) que operam para realizar os movimentos e estabilizar o pé.
Essa é uma visão geral da anatomia do tornozelo e do pé, destacando suas principais estruturas. Existem outros elementos, como tendões, vasos sanguíneos e nervos, que também são importantes para o funcionamento adequado dessas regiões.
Sinapse, Junção Neuromuscular e Placa Motora
Um estímulo fraco abre poucos canais de sódio e potássio, já o forte, abre vários canais de sódio e potássio para ocorrer a despolarização da célula.
Sinapse
A sinapse é uma conexão funcional entre dois neurônios, permitindo a transmissão de informações de um neurônio para outro. Ela é fundamental para o funcionamento do sistema nervoso e é responsável pela comunicação entre as células nervosas.
A sinapse pode ser dividida em três partes principais: o terminal pré-sináptico, a fenda sináptica e o terminal pós-sináptico. O terminal pré-sináptico é a extremidade do neurônio que envia o sinal, chamado de neurotransmissor. A fenda sináptica é o espaço entre o terminal pré-sináptico e o terminal pós-sináptico, onde ocorre a transmissão do sinal. O terminal pós-sináptico é a extremidade do receptor do neurônio, que recebe o sinal.
Quando um impulso nervoso alcança o terminal pré-sináptico, ele desencadeia a liberação de neurotransmissores na fenda sináptica. Os neurotransmissores são substâncias químicas que transmitem o sinal de um neurônio para o próximo. Eles atravessam a fenda sináptica e se ligam a receptores específicos no terminal pós-sináptico. Essa ligação desencadeia uma resposta elétrica ou química no neurônio pós-sináptico, transmitindo o sinal adiante.
Dependendo do tipo de neurotransmissor envolvido e da natureza da ligação com os receptores, uma sinapse pode ser excitatória ou inibitória. As sinapses excitatórias aumentam a probabilidade de um neurônio pós-sináptico disparar um impulso elétrico, enquanto as sinapses inibitórias diminuem essa probabilidade.
A sinapse é altamente adaptável e plástica, o que significa que sua força e eficácia podem ser modificadas. Esse fenômeno é conhecido como plasticidade sináptica e é fundamental para processos como aprendizado e memória.
Em resumo, a sinapse é uma conexão entre dois neurônios que permite a transmissão de informações por meio de substâncias químicas chamadas neurotransmissores, desempenhando um papel essencial na comunicação do sistema nervoso.
Sinapse Química e Elétrica
Existem dois tipos principais de sinapses: sinapses químicas e sinapses elétricas.
1. Sinapse Química: A sinapse química é o tipo mais comum de sinapse encontrado no sistema nervoso. Nesse tipo de sinapse, a transmissão do sinal ocorre através da liberação de neurotransmissores na fenda sináptica. Quando um impulso nervoso atinge o terminal pré-sináptico, ocorre a liberação dos neurotransmissores que são armazenados em depósitos no terminal. Esses neurotransmissores são liberados na fenda sináptica e se ligam a receptores específicos nas membranas do neurônio pós-sináptico. Essa ligação desencadeia uma resposta elétrica no neurônio pós-sináptico, que pode levar à geração de um novo impulso nervoso. Exemplos de neurotransmissores incluem serotonina, dopamina, acetilcolina e noradrenalina. A sinapse química é mais lenta, mas permite maior modulação e controle da transmissão do sinal.
2. Sinapse Elétrica: A sinapse elétrica é menos comum, mas também desempenha um papel importante na comunicação neural. Nesse tipo de sinapse, os neurônios estão conectados por junções conhecidas como junções comunicantes ou junções gap. Essas junções são formadas por canais de conexão, que permitem a passagem direta de íons e correntes elétricas de um neurônio para o outro. Dessa forma, o impulso nervoso pode se propagar diretamente de um neurônio para o próximo, sem uma necessidade de neurotransmissores. A sinapse elétrica é muito rápida e eficiente, mas oferece menos controle e modulação do sinal. Ela é mais comum em tecidos musculares e cardíacos.
No contexto das sinapses elétricas mencionadas anteriormente, a unidade funcional é chamada de "junção gap" ou "junção comunicante". Essas junções são compostas por proteínas chamadas conexões, que formam canais chamados conexões. Essas conexões se alinham entre os neurônios pré-sinápticos e pós-sinápticos, permitindo a passagem direta de íons e correntes elétricas, facilitando a comunicação elétrica rápida entre as células.
No entanto, é importante notar que as sinapses elétricas são menos comuns no sistema nervoso em comparação com as sinapses químicas, que são as sinapses predominantes no cérebro e em outros tecidos neurais. Portanto, a maioria das sinapses entre os neurônios é mediada por neurotransmissores através das sinapses químicas, como explicado anteriormente.
Em resumo, a sinapse química é baseada na liberação de neurotransmissores que operam como cargas químicas entre os neurônios, enquanto a sinapse elétrica envolve a passagem direta de correntes elétricas através de junções especializadas. Ambos os tipos de sinapse desempenham papéis importantes na transmissão de informações no sistema nervoso.
Neurotransmissores
Os neurotransmissores são substâncias químicas que desempenham um papel fundamental na comunicação entre os neurônios. Eles podem ser classificados funcionalmente com base nos efeitos que produziram nas células pós-sinápticas. A seguir estão as principais classes funcionais de neurotransmissores:
1. Neurotransmissores Excitatórios: esses neurotransmissores têm a função de aumentar a atividade elétrica nas células pós-sinápticas, tornando-as mais propensas a disparar um impulso nervoso. O exemplo mais comum de neurotransmissor excitatório é o glutamato, que está amplamente presente no cérebro e é essencial para uma função cognitiva normal.
2. Neurotransmissores Inibitórios: esses neurotransmissores têm a função de diminuir a atividade elétrica nas células pós-sinápticas, tornando-as menos propensas a disparar um impulso nervoso. O exemplo mais proeminente de neurotransmissor inibitório é o ácido gama-aminobutírico (GABA), que desempenha um papel crucial na regulação do tônus muscular e no controle da ansiedade.
3. Neuromoduladores: esses neurotransmissores têm efeitos mais complexos e geralmente não são diretamente envolvidos na geração de impulsos nervosos. Eles modulam a atividade dos circuitos neuronais, influenciando a eficácia das sinapses e regulando a transmissão sináptica. Exemplos de neuromoduladores incluem a dopamina, serotonina e noradrenalina, que desempenham papéis importantes em funções como humor, motivação e regulação do sono.
4. Neuropeptídeos: são neurotransmissores compostos por sequências curtas de aminoácidos. Eles são frequentemente liberados em conjunto com neurotransmissores clássicos e têm efeitos de longa duração no cérebro. Os neuropeptídeos estão envolvidos em uma ampla variedade de funções, incluindo regulação do apetite, controle da dor e resposta ao estresse.
É importante destacar que muitos neurônios são capazes de liberar mais de um tipo de neurotransmissor, e a classificação funcional dos neurotransmissores não é uma divisão rígida e exclusiva. Além disso, a atividade e a função dos neurotransmissores podem ser moduladas por vários fatores, incluindo a disponibilidade de receptores pós-sinápticos e a regulação da recaptação e degradação desses neurotransmissores.
A liberação de neurotransmissores ocorre por meio de um processocomplexo e altamente regulado. Vou explicar os principais passos envolvidos:
1. Potencial de Ação: Quando um impulso elétrico, conhecido como potencial de ação, atinge o terminal pré-sináptico de um neurônio, ocorre uma despolarização da membrana. Esse potencial de ação é propagado ao longo do axônio ou terminal pré-sináptico até.
2. Chegada do Potencial de Ação ao Terminal Pré-sináptico: A despolarização do terminal pré-sináptico provoca a abertura dos canais de cálcio voltagem-dependentes na membrana do terminal. O cálcio entra rapidamente no terminal pré-sináptico por difusão.
3. Fusão das Vesículas Sinápticas: O aumento do cálcio intracelular desencadeado pela entrada de cálcio nos terminais pré-sinápticos promove a fusão das derrotas sinápticas com a membrana pré-sináptica. As sentidas sinápticas contêm neurotransmissores armazenados em seu interior.
4. Liberação dos Neurotransmissores na Fenda Sináptica: A fusão das vitórias sinápticas com a membrana pré-sináptica permite que os neurotransmissores sejam liberados na fenda sináptica. Esse processo é conhecido como exocitose. Os neurotransmissores são liberados por exocitose em resposta ao aumento do cálcio intracelular.
5. Ligação dos neurotransmissores aos receptores: Os neurotransmissores liberados na fenda sináptica se ligam a receptores específicos localizados na membrana do neurônio pós-sináptico. Essa ligação é altamente seletiva, com cada neurotransmissor tendo preferência por certos tipos de receptores.
6. Transmissão do Sinal: A ligação dos neurotransmissores aos receptores pós-sinápticos desencadeia uma resposta no neurônio pós-sináptico. Essa resposta pode ser uma despolarização (excitação) ou uma hiperpolarização (inibição), dependendo do tipo de neurotransmissor e receptor envolvido. Essas mudanças elétricas podem levar à geração de um novo potencial de ação no neurônio pós-sináptico.
7. Remoção dos Neurotransmissores: Após a transmissão do sinal, é importante remover os neurotransmissores da fenda sináptica para evitar uma ativação prolongada do neurônio pós-sináptico. Isso ocorre por meio de interruptor de captação, onde os neurotransmissores são recapturados pelo neurônio pré-sináptico ou são degradados por enzimas específicas presentes na fenda sináptica.
É importante ressaltar que esse processo é altamente regulado e complexo, envolvendo uma série de proteínas, canais iônicos e organelas celulares. Além disso, diferentes tipos de neurônios podem ter variações nesses controles de liberação de neurotransmissores.
Contração Muscular: Conceitos
A contração muscular é o processo pelo qual os músculos do nosso corpo geraram tensão e se encurtaram, originaram em movimento ou resistência. É um processo complexo que envolve a interação entre proteínas contráteis nos músculos e na coordenação de sinais nervosos.
Aqui estão os conceitos fundamentais relacionados à contração muscular:
1. Unidade Motora: É o termo usado para descrever um neurônio motor e todas as fibras musculares que ele inerva. Um neurônio motor é responsável por enviar impulsos nervosos para as fibras musculares, ativando-as e desencadeando a contração.
2. Placa Motora (Junção Neuromuscular): É a junção entre o neurônio motor e a fibra muscular. A transmissão do impulso nervoso ocorre na placa motora, onde os neurotransmissores, geralmente a acetilcolina, são liberados pelo neurônio motor e se ligam aos receptores na membrana da fibra muscular. Isso desencadeia a despolarização da membrana muscular e a expressão do impulso pela fibra muscular.
3. Deslizamento de Filamentos: A contração muscular ocorre pela interação entre dois filamentos proteicos, o filamento de actina e o filamento de miosina, presentes nas fibras musculares. Durante a contração, os filamentos de actina deslizam sobre os filamentos de miosina, encurtando assim a fibra muscular. Esse processo é regulado pela presença de íons de cálcio, que são liberados nas fibras musculares em resposta ao estímulo nervoso.
4. Acoplamento Excitação-Contração: É o processo pelo qual a despolarização da membrana muscular se traduz em uma resposta de contração muscular. Quando o impulso nervoso chega à fibra muscular, ocorre a liberação de cálcio do retículo sarcoplasmático, uma estrutura especializada dentro da fibra muscular. O cálcio se liga a proteínas reguladoras, permitindo a interação entre os filamentos de actina e miosina, o que resulta na contração muscular.
5. Teoria do Filamento Deslizante: É a teoria que explica como ocorre o efeito dos filamentos de actina sobre os filamentos de miosina durante a contração muscular. Quando os filamentos de miosina se conectam aos filamentos de actina, eles se dobram e puxam os filamentos de actina em direção ao centro do sarcômero, unidade contrátil básica do músculo.
Esses são alguns dos conceitos fundamentais relacionados à contração muscular. Vale ressaltar que a contração muscular é um processo altamente coordenado e complexo, envolvendo uma série de moléculas relaxantes e atividades elétricas.
Anatomia da Junção Neuromuscular:
A anatomia da neuromuscular envolve estruturas específicas que permitem a transmissão eficiente do sinal nervoso para a fibra muscular. Aqui estão as principais estruturas envolvidas:
1. Terminal Axonal: O terminal axonal é a extremidade do axônio do neurônio motor que se aproxima da fibra muscular. Ele contém superfícies sinápticas preenchidas com neurotransmissores, prontas para serem liberadas na fenda sináptica.
2. Fenda Sináptica: A fenda sináptica é o espaço microscópico entre o terminal axonal do neurônio motor e a membrana da fibra muscular. Ela separa o neurônio motor da fibra muscular e contém o fluido intersticial onde os neurotransmissores são liberados.
3. Membrana Pré-Sináptica: A membrana pré-sináptica refere-se à porção da membrana do terminal axonal do neurônio motor que está em contato direto com a fenda sináptica. Ela possui canais de cálcio voltagem-dependentes que são essenciais para a liberação de neurotransmissores.
4. Membrana Pós-Sináptica: A membrana pós-sináptica é a porção da membrana da fibra muscular que está em contato com a fenda sináptica. Ela contém receptores específicos para os neurotransmissores liberados pelo neurônio motor.
5. Vesículas sinápticas: As vesículas sinápticas são pequenas estruturas esféricas presentes no terminal axonal do neurônio motor. Elas contêm os neurotransmissores, como a acetilcolina, em seu interior. As delícias se fundem com a membrana pré-sináptica durante a liberação dos neurotransmissores.
6. Receptores de neurotransmissores: Os receptores de neurotransmissores estão localizados na membrana pós-sináptica da fibra muscular. Na eficácia neuromuscular, os receptores são chamados de receptores nicotínicos de acetilcolina (nAChR). Eles são proteínas que se ligam à acetilcolina liberada pelo neurônio motor, desencadeando uma resposta na fibra muscular.
7. Placas Motoras: As placas motoras são especialidades especializadas da membrana pós-sináptica onde os receptores de acetilcolina estão concentrados. Elas são estruturas em forma de dobras que aumentam a área de contato entre o neurônio motor e a fibra muscular, facilitando a transmissão do sinal nervoso.
Essas estruturas anatômicas na estimulação neuromuscular são fundamentais para a transmissão eficiente do sinal nervoso e a contração muscular adequada. A liberação dos neurotransmissores na fenda sináptica e interação dos receptores de neurotransmissores na fibra muscular desempenham um papel essencial na ativação do processo de contração muscular.
Secreção da Acetilcolina:
A secreção de acetilcolina ocorre no terminal axonal do neurônio motor na junção neuromuscular. Os passos envolvidos nesse processo são:
1. Potencial de Ação: Quando um potencial de ação, um impulso elétrico, atinge o terminal axonal do neurônio motor, ocorre uma despolarização da membrana. Isso acontece devido à abertura dos canais de íons de cálcio voltagem-dependentes na membrana pré-sináptica.
2. Influxo de Cálcio: A despolarização da membrana pré-sinápticacausa a abertura dos canais de cálcio voltagem-dependentes. O influxo de íons de cálcio para o terminal axonal é desencadeado pelo gradiente de concentração e carga elétrica. Esses íons de cálcio entram no terminal axonal.
3. Fusão das Vesículas Sinápticas: O cálcio que entrou no terminal axonal desencadeia o processo de fusão das sopas sinápticas, que contém acetilcolina. A mistura é mediada por proteínas específicas na membrana das barrigas e na membrana pré-sináptica.
4. Liberação da Acetilcolina: Quando as cápsulas se fundem com a membrana pré-sináptica, ocorre a liberação de acetilcolina na fenda sináptica. A acetilcolina é liberada por exocitose, onde as derrotas se fundem com a membrana pré-sináptica e liberam seu conteúdo na fenda sináptica.
5. Ligação aos Receptores: A acetilcolina liberada na fenda sináptica se difunde e se liga aos receptores nicotínicos de acetilcolina (nAChR) localizados na membrana pós-sináptica da fibra muscular.
6. Despolarização da Fibra Muscular: A ligação da acetilcolina aos receptores nicotínicos de acetilcolina na membrana pós-sináptica da fibra muscular desencadeia uma mudança conformacional nos receptores. Isso permite a entrada de íons de sódio (Na+) na fibra muscular e causa uma despolarização da membrana muscular.
7. Propagação do Potencial de Ação Muscular: A despolarização da membrana muscular se propaga ao longo da fibra muscular, desencadeando a contração muscular por meio das ações dos filamentos de actina e miosina.
8. Reciclagem da Acetilcolina: Após a ligação aos receptores, a acetilcolina é rapidamente degradada pela enzima acetilcolinesterase presente na fenda sináptica. Os produtos resultantes da degradação são reabsorvidos pelo terminal axonal para um esquema de novas manifestações de acetilcolina.
É importante ressaltar que a intensificação da acetilcolina é um processo altamente regulado e essencial para uma transmissão eficiente do sinal nervoso na estimulação neuromuscular.
Contração Muscular
A contração muscular é um processo complexo que envolve a interação entre proteínas contráteis e a coordenação de sinais nervosos. Vou explicar detalhadamente os principais efeitos e conceitos envolvidos na contração muscular:
1. Excitação e Acoplamento Excitação-Contração: 
· Estímulo Nervoso: A contração muscular é desencadeada por um impulso nervoso enviado por um neurônio motor para uma fibra muscular. Esse estímulo é chamado de potencial de ação.
· Liberação de Acetilcolina: O potencial de ação chega ao terminal axonal do neurônio motor na emoção neuromuscular. A acetilcolina é liberada na fenda sináptica, que está entre o neurônio motor e a fibra muscular.
· Ligação de Acetilcolina: A acetilcolina se liga aos receptores de acetilcolina na membrana da fibra muscular, desencadeando um potencial de placa motora. Esse potencial se propaga ao longo da membrana da fibra muscular.
2. Liberação de Cálcio: 
· Retículo Sarcoplasmático: A fibra muscular contém um sistema de túbulos chamado de retículo sarcoplasmático. O potencial da placa motora se propaga ao longo dos túbulos do retículo sarcoplasmático.
· Liberação de Cálcio: O potencial de placa motora desencadeia a liberação de cálcio armazenado nas cisternas terminais do retículo sarcoplasmático. O cálcio é liberado na região do sarcômero chamada de disco Z.
3. Deslizamento dos Filamentos de Actina e Miosina: 
· Filamentos de Actina e Miosina: O sarcômero é a unidade contrátil do músculo e é composto por filamentos de actina e miosina. Os filamentos de actina são finos e contêm proteínas regulatórias, como a tropomiosina e a troponina. Os filamentos de miosina são mais espessos e demonstram em forma de cabeça.
· Pontes Cruzadas: As cabeças da miosina formam pontes cruzadas com os filamentos de actina, criando um arranjo repetitivo de filamentos superpostos.
· Ciclo de Ponte Cruzada: As pontes cruzadas da miosina sofrem uma série de mudanças conformacionais que resultam no revestimento dos filamentos de actina em relação aos filamentos de miosina. Esse processo consome energia na forma de ATP (adenosina trifosfato).
4. Encurtamento do Sarcômero: 
· Sarcômero: O sarcômero é a unidade básica funcional do músculo. Ele está localizado entre dois discos Z e é composto por filamentos de actina e miosina.
· Contração Muscular: À medida que as pontes cruzadas se formam e se rompem repetidamente, os filamentos de actina deslizam sobre os filamentos de miosina em direção ao centro do sarcômero. Esse encurta o sarcômero, levando ao encurtamento da fibra muscular.
5. Libertação de Energia: 
· Consumo de ATP: Durante a contração muscular, o ATP é utilizado para fornecer energia às pontes cruzadas da miosina e permitir a ativação dos filamentos.
· Regeneração do ATP: A secreção de ATP ocorre através de diferentes controles, como a fosfocreatina, a glicólise e o metabolismo oxidativo. Esses processos garantem que haja energia suficiente para sustentar a contração muscular contínua.
6. Relaxamento Muscular: 
· Remoção do Estímulo Nervoso: Quando o estímulo nervoso cessa, a liberação de acetilcolina também para, interrompendo o potencial de placa motora e liberação de cálcio.
· Recaptura do Cálcio: O cálcio liberado durante a contração muscular é bombeado de volta para o retículo sarcoplasmático pela bomba de cálcio ATPase.
· Retorno dos Filamentos: Após a contração, os filamentos de actina retornam à sua posição original, estendendo o sarcômero e relaxando a fibra muscular.
A contração muscular é um processo altamente coordenado e é essencial para a locomoção, sustentação postural, movimentos voluntários e funcionamento de órgãos internos. A coordenação adequada entre o sistema nervoso e as proteínas contráteis é fundamental para a realização de movimentos precisos e controlados.
Partes do Músculo:
Um músculo é composto por várias partes que desempenham funções específicas para o seu funcionamento. Aqui estão as principais partes de um músculo:
1. Ventre Muscular: É a porção central do músculo que contém as fibras musculares. O ventre muscular é a parte ativa do músculo que se contrai e relaxa para gerar movimento.
2. Tendões: Os tendões são estruturas fibrosas que conectam o músculo aos ossos. Eles são compostos por tecido conjuntivo denso e são responsáveis por transmitir a força gerada pelo músculo para o osso, permitindo a movimentação das articulações.
3. Origem: A origem é o ponto de fixação do músculo que está proximal em relação ao seu corpo. É o ponto de ancoragem estável do músculo que não se move durante a contração muscular.
4. Inserção: A inserção é o ponto de fixação do músculo que está distal em relação ao seu corpo. É o ponto de ancoragem móvel do músculo que se move em direção à origem durante a contração muscular.
5. Fáscia Muscular: A fáscia muscular é uma camada de tecido conjuntivo que envolve e separa os músculos, mantendo-os organizados e protegidos. Ela também ajuda na transmissão de força entre os músculos adjacentes.
6. Vasos Sanguíneos: Os músculos são ricamente vascularizados, com artérias, veias e capilares sanguíneos que fornecem oxigênio e nutrientes aos tecidos musculares e removem os produtos metabólicos resultantes da contração muscular.
7. Nervos: Os músculos são inervados por nervos motores que transmitem os impulsos elétricos do sistema nervoso central para o músculo, desencadeando a contração muscular. Os nervos também fornecem informações sensoriais, permitindo ao corpo monitorar a posição e a sensação do músculo.
8. Unidade Motora: Uma unidade motora é composta por um neurônio motor e todas as fibras musculares que ele inerva. Cada músculo é composto por várias unidades motoras que trabalham em conjunto para controlar a força e a precisão do movimento.
Essas são algumas das principais partes que compõem um músculo. Cada parte desempenha um papel fundamental no funcionamento e na capacidade de gerar força e movimento.
A unidade funcional do músculo é chamada de sarcômero. O sarcômero é a unidade contrátil básica do músculo estriado esquelético e cardíaco. Ele é responsável pelageração de força durante a contração muscular.
O sarcômero está localizado entre dois discos Z e é composto por filamentos de proteínas contráteis, a actina e a miosina. Os filamentos de actina são finos e contêm proteínas regulatórias, como a tropomiosina e a troponina. Os filamentos de miosina são mais espessos e demonstram em forma de cabeça.
Durante a contração muscular, os filamentos de actina deslizam sobre os filamentos de miosina, encurtando o sarcômero e, consequentemente, o músculo como um todo. Esse descanso ocorre devido à formação e ruptura de pontes cruzadas entre as cabeças da miosina e os sítios de ligação na actina.
O sarcômero é composto por várias zonas distintas, incluindo a banda A (que contém os filamentos de miosina), a banda I (que contém apenas os filamentos de actina) e a banda H (que contém apenas os filamentos de miosina).
Portanto, o sarcômero é considerado a unidade funcional do músculo porque é onde ocorre a interação entre os filamentos de actina e miosina, originados na contração muscular. A organização e a contração coordenada dos sarcômeros em todo o músculo permitem a geração de força e o movimento eficiente.
Ultraestruturado do Músculo:
A estrutura ultraestrutural do músculo é complexa e organizada, e permite o seu funcionamento controlado. Vou explicar os principais componentes ultraestruturais do músculo:
1. Fibras Musculares: As fibras musculares são as células individuais que compõem o músculo. Elas são células alongadas e multinucleadas que contêm várias organelas importantes para a contração muscular.
2. Miofibrilas: As miofibrilas são estruturas cilíndricas localizadas no interior das fibras musculares. Elas são compostas por filamentos de proteínas contráteis chamados de filamentos de actina e miosina, que são responsáveis pela geração de força durante a contração muscular.
3. Sarcômero: O sarcômero é a unidade contrátil básica do músculo e está localizada ao longo das miofibrilas. Ele é delimitado pelos discos Z e é composto por filamentos de actina e miosina, que se sobrepõem e deslizam entre si durante a contração muscular.
4. Filamentos de Actina e Miosina: Os filamentos de actina são finos e estão ancorados nos discos Z. Eles contêm proteínas regulatórias, como a tropomiosina e a troponina, que controlam a interação entre a actina e a miosina. Os filamentos de miosina são mais espessos e projetam em forma de cabeça que se ligam à actina e geram a força durante a contração.
5. Retículo Sarcoplasmático: O retículo sarcoplasmático é uma rede de túbulos membranosos que envolvem as miofibrilas. Ele armazena e libera íons de cálcio durante a contração muscular. O cálcio é essencial para a ativação dos filamentos de actina e miosina.
6. Túbulos transversais (Túbulos T): Os túbulos transversais são invaginações da membrana celular que se estendem para o interior das fibras musculares. Eles permitem a manipulação do potencial de ação elétrica pelo interior da célula, desencadeando a liberação de cálcio do retículo sarcoplasmático.
7. Mitocôndrias: As mitocôndrias são organelas localizadas nas fibras musculares que são responsáveis pela produção de energia na forma de ATP (adenosina trifosfato) por meio do processo de esforço muscular celular. A atividade muscular requer uma grande quantidade de ATP para a contração e o relaxamento.
Esses são os principais componentes ultraestruturais do músculo, responsáveis pela sua capacidade contrátil. A organização precisa desses componentes permite a geração de força e o funcionamento eficiente do músculo durante os movimentos corporais.
Proteínas Musculares:
As proteínas estruturais e acessórios desempenham papéis essenciais na organização e funcionamento dos músculos. Aqui estão algumas das principais proteínas e acessórios encontrados nos músculos:
1. Actina: A actina é uma proteína filamentosa encontrada nos filamentos finos do músculo. Ela desempenha um papel fundamental na estrutura e função contrátil dos músculos. A actina se liga à miosina e é responsável pelos filamentos durante a contração muscular.
2. Miosina: A miosina é uma proteína filamentosa encontrada nos filamentos espessos do músculo. Ela é composta por duas cadeias pesadas e várias cadeias níveis. A miosina possui projeções em forma de cabeça que se ligam à actina durante a contração muscular, gerando a força necessária para o movimento.
3. Titina: A titina é a maior proteína do músculo e desempenha um papel importante na sua elasticidade e estrutura. Ela se estende desde os filamentos de miosina até os discos Z, ajudando a manter a organização e as orientações adequadas das miofibrilas.
4. Nebulina: A nebulina é uma proteína que se estende ao longo dos filamentos finos de actina. Ela regula o comprimento dos filamentos finos e contribui para a organização precisa dos sarcômeros.
5. Desmina: A desmina é uma proteína que conecta as miofibrilas adjacentes e auxilia na transmissão da força gerada pelos filamentos contráteis. Ela ajuda a manter a integridade estrutural das fibras musculares e permite a coordenação adequada dos movimentos.
6. α-Actinina: A α-actinina é uma proteína que se liga à actina nos discos Z e ajuda a estabilizar a estrutura das miofibrilas. Ela também está envolvida na organização e ancoragem das proteínas dos filamentos finos.
7. Proteínas Regulatórias: A tropomiosina e a troponina são proteínas regulatórias que controlam a interação entre a actina e a miosina. Elas estão envolvidas na regulação da contração muscular, permitindo que tolerada somente quando os sinais adequados são recebidos.
Essas proteínas e acessórios funcionam em conjunto para fornecer estabilidade, organização e capacidade contrátil aos músculos. Elas garantem que os filamentos de actina e miosina estejam tranquilos e regulados, permitindo que a contração muscular permitida de forma coordenada e eficiente.
Eventos da Contração Muscular:
A contração muscular é um processo complexo que envolve uma série de eventos coordenados. Aqui estão os principais eventos que ocorrem durante a contração muscular:
1. Potencial de Ação: O impulso nervoso chega à substância neuromuscular, onde ocorre a liberação do neurotransmissor acetilcolina. O neurotransmissor se liga aos receptores na membrana da fibra muscular, desencadeando um potencial de ação elétrica que se propaga ao longo da membrana celular.
2. Liberação de Cálcio: O potencial de ação se propaga pelos túbulos transversais (Túbulos T) e ativa a liberação de cálcio do retículo sarcoplasmático. O cálcio é liberado para o sarcoplasma, a região citoplasmática da fibra muscular.
3. Interação Actina-Miosina: O cálcio se liga à troponina, que, por sua vez, remove a tropomiosina dos sítios de ligação da actina. Isso permite que as cabeças da miosina se liguem aos sítios de ligação expostos na actina, formando pontes cruzadas.
4. Deslizamento dos Filamentos: As cabeças da miosina puxam os filamentos de actina em direção ao centro do sarcômero, utilizando energia liberada pela hidrólise do ATP. Esse efeito dos filamentos resulta na contração muscular.
5. Encurtamento do Sarcômero: À medida que os filamentos de actina deslizam sobre os filamentos de miosina, os sarcômeros encurtam, o que leva ao encurtamento da fibra muscular como um todo.
6. Consumo de ATP: Durante a contração muscular, o ATP é consumido pelas cabeças da miosina para permitir a ligação, a liberação e a liberação dos filamentos de actina.
7. Liberação de Acetilcolinesterase: Após a contração muscular, a liberação de acetilcolina é interrompida pela enzima acetilcolinesterase, que degrada a acetilcolina. Isso encerra o potencial de ação e permite o relaxamento muscular.
Esses são os principais eventos que ocorrem durante a contração muscular. A coordenação precisa desses eventos em resposta aos sinais nervosos permite que os músculos gerem força e realizem movimentos precisos e controlados.
Relaxamento Muscular:
O relaxamento muscular ocorre quando o estímulo para a contração muscular é interrompido e o músculo retorna ao seu estado de repouso. Aqui está umaexplicação de como ocorre o relaxamento muscular:
1. Interrompimento do Estímulo Nervoso: O alongamento muscular começa quando o estímulo nervoso que desencadeou a contração muscular é interrompido. Isso ocorre quando o potencial de ação elétrica cessa na fibra muscular e a liberação de neurotransmissores na injeção neuromuscular é interrompida.
2. Recaptação do Cálcio: Durante a contração muscular, o cálcio é liberado do retículo sarcoplasmático para permitir a interação entre os filamentos de actina e miosina. No alongamento muscular, o cálcio é bombeado de volta para o retículo sarcoplasmático por meio de uma bomba de cálcio no sarcoplasma. Esse processo requer energia na forma de ATP.
3. Desligamento das Pontes Cruzadas: No alongamento muscular, a disponibilidade de cálcio faz com que a troponina retorne à sua posição original, o que permite que a tropomiosina cubra os sítios de ligação da actina. Isso impede que as cabeças da miosina se liguem à actina, interrompendo a formação de pontes cruzadas.
4. Relaxamento Elástico: Além do desligamento das pontes cruzadas, o alongamento muscular também envolve a contribuição do componente elástico do músculo. A titina, uma proteína elástica presente nos sarcômeros, estica-se durante a contração muscular e retorna à sua posição original durante o relaxamento, auxiliando no retorno do músculo ao seu comprimento de repouso.
5. Bomba de Sódio-Potássio: Após a contração muscular, a bomba de sódio-potássio, uma proteína presente na membrana celular da fibra muscular, remove ativamente os íons de sódio do interior da célula e recupera os íons de potássio que foram liberados durante a contração. Isso ajuda a restaurar o equilíbrio eletroquímico da célula.
6. Relaxamento Global: O relaxamento muscular ocorre em todo o músculo à medida que as fibras musculares individuais relaxam. Isso resulta no relaxamento do ventre muscular e no retorno do músculo à sua forma e tamanho de repouso.
É importante ressaltar que o relaxamento muscular é um processo ativo e requer energia para a recaptação de cálcio e o funcionamento das bombas de íons. Esse processo permite que o músculo se prepare para uma nova contração quando necessário.
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