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PEELING e ÁCIDOS


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PEELING QUÍMICO
A palavra peeling é originada do verbo “to peel”, que significa descamar. Esse procedimento resulta em um estímulo para a renovação celular. O peeling químico é um tratamento realizado por meio de ácidos.
Os peelings químicos podem ser classificados em muito superficiais, superficiais, média profundidade e profundos. Os peelings muito superficiais penetram no estrato córneo, os superficiais em toda a epiderme e possivelmente na derme papilar, os de média profundidade atingem a epiderme e provavelmente a derme reticular mais superficial, já os peelings profundos alcançam a camada média da derme reticular.
É preciso saber que quanto maior a concentração de um ácido e menor o seu pH, mais rápida e profunda é a sua permeabilidade.
Atenção
O profissional de estética deve estar atento quando à profundidade do peeling, pois peelings profundos são de competência médica.
O estímulo parte da camada basal, pode seguir para uma reação inflamatória tecidual, provocando a chegada de mediadores inflamatórios, que estimulará a síntese de colágeno e elastina, e também melhorar discromias. Os peelings, então, têm a finalidade de promover um afinamento da pele, levando à sua descamação, dando lugar a uma pele nova, mais saudável. O peeling é indicado para tratar rugas, hipercromias (manchas), cicatrizes e acne.
Aplicação de peeling químico.
A descamação superficial da camada mais externa da epiderme ativa o crescimento celular, por meio de alterações profundas na célula. São elas:
Aumento da espessura da epiderme.
Diminuição de melanina depositada.
Aumento do colágeno e circulação sanguínea.
Aumento na permeabilidade cutânea, favorecendo a penetração de princípios ativos coadjuvantes no tratamento pós-peeling.
Há fatores que afetam a profundidade de penetração do peeling químico: composição química do peeling, concentração, pH, tempo de aplicação, tratamento pré-peeling ou preparação da pele, técnica de aplicação, quantidade aplicada e tipos de pele.
Dentre os vários tipos de ácidos que podem ser aplicados, os mais conhecidos e empregados são: ácido glicólico, mandélico, salicílico e retinoico.
ÁCIDO GLICÓLICO
Amplamente utilizado no rejuvenescimento da pele, pois diminui a espessura, e na compactação do estrato córneo, estimula a síntese de colágeno, além de ser hidratante. Aplicações: acne, hipercromias e atenuação das linhas de expressão. Pode ser aplicado de 2% a 70%, a depender do caso.
ÁCIDO MANDÉLICO
É um AHA com alto peso molecular e, portanto, apresenta uma absorção lenta. É muito indicado para peles sensíveis, bastante utilizado no tratamento de hiperpigmentações, linhas de expressão e é muito efetivo para o rejuvenescimento de peles morenas. Esse ácido atua promovendo uma descamação das células superficiais, mas também atua nas camadas mais profundas. Nesse último caso, tem o poder de estimular a produção de colágeno e elastina pelos fibroblastos. Além disso, tem a capacidade de inibir a formação de melanina, apresentando um ótimo efeito para tratamento de melasma. 
O ácido mandélico tem, ainda, atividade bactericida, tornando-o eficaz no tratamento de acne, pois combate a bactéria Propionibacterium acnes. Esse ácido pode ser usado em formulações a 5% uso diário e 20% para peelings na clínica.
ÁCIDO SALICÍLICO
É BHA e deve ser utilizado em concentração de no máximo 20%. Esse ácido tem grande capacidade esfoliante. Pode ser indicado para clareamento da pele, diminuição das rugas e tratamento efetivo de comedões. Geralmente, a ação descamativa inicia entre 4 e 5 dias, e pode durar por 10 dias.
ÁCIDO RETINOICO (OU VITAMINA A)
Atua sobre receptores nucleares nas células, estimulando a mitose e, então, a renovação celular. Isso faz com que a camada córnea seja menos aderente e facilita a eliminação de comedões. Também conhecido como tretinoína, que é a versão para aplicação tópica, é o tratamento de escolha contra acne e envelhecimento cutâneo. Esse ácido é bastante forte e estimula uma grande produção de colágeno.
Com relação às contraindicações, os peelings não são indicados a serem aplicados de maneira alguma em peles com ferimentos, inflamadas, com cicatrizes ou alergia a algum ácido utilizado. Também não devem ser aplicados em gestantes e lactantes. Já as contraindicações relativas englobam: peles sensíveis, bronzeadas ou após procedimento de epilação imediata. É muito importante ressaltar que após o tratamento com peelings, fica proibida a exposição ao sol, para que manchas sejam evitadas.
MICROAGULHAMENTO
O microagulhamento, também chamado de Indução Percutânea de Colágeno (IPCA), é um procedimento que promove microperfurações na pele por meio de um equipamento conhecido como roller. O equipamento é composto por um rolo de polietileno com 192 até 540 agulhas finas, estéreis, e seu material pode ser o aço inoxidável ou titânio. Com relação às agulhas, a espessura geralmente é de 0,8mm e o tamanho pode variar de 0,2mm até 3mm de comprimento. Porém, é importante ressaltar que os esteticistas podem utilizar agulhas de 0,5mm de comprimento.  Por ser um dispositivo composto por agulhas, deve ser utilizado uma única vez e descartado em seguida em lixo específico para perfurocortantes.
Atualmente, o roller vem sendo substituído pela chamada caneta elétrica de microagulhamento. Esse dispositivo eletrônico exerce uma vibração quando acionado e atua fazendo as agulhas entrarem e saírem da pele de forma coordenada. Para o seu uso, ela deve ser posicionada perpendicularmente à pele e o movimento deve ser feito pontual ou de arraste, a depender do tamanho da agulha, que pode ser regulada. No caso do nosso uso, até 0,5mm de comprimento, o movimento pode ser de arraste.
Roller utilizado para o microagulhamento.
Quando comparada ao roller, observamos algumas vantagens no uso da caneta, tais como: aplicação pontual e, dessa forma, áreas menores podem ser alcançadas, como nariz, lábios e ao redor dos olhos; a profundidade da agulha pode ser alterada durante a execução do procedimento, assim, é possível trabalhar em várias áreas do rosto no mesmo momento; e é mais econômico, pois, uma vez adquirida a caneta, o custo fica apenas na compra dos refis de agulhas.
Agora que conhecemos o dispositivo, vamos entender sua finalidade. É possível tratarmos algumas disfunções estéticas faciais por meio desse procedimento, como: rejuvenescimento, linhas de expressão (ou rugas), discromias, cicatrizes de acne.
Com o uso das microagulhas, é possível lesionar a epiderme, camada mais superficial da pele; ou até mesmo o início da derme. A perda da integridade do tecido provocada pelo trauma da entrada das agulhas estimula uma nova produção de fibras colágenas para iniciar a reparação de fibras danificadas. Esse processo acontece pela vasodilatação dos vasos sanguíneos, a liberação de citocinas das células e fagócitos residentes, e migração de leucócitos do sangue para o local da injúria para combater o processo inflamatório.
Caneta elétrica de microagulhamento.
Além desses efeitos, as microagulhas também promovem canais na pele que permitem a permeação de ativos no tecido, potencializando os resultados. Os ativos mais utilizados durante o microagulhamento são a vitamina C e o ácido hialurônico, para tratamento de linhas finas, e alguns ativos como ácido tranexâmico e arbutin para tratamento de manchas hipercrômicas. Há diferentes tipos de ativos no mercado para serem utilizados nesse procedimento. É importante entender a disfunção e selecionar um ativo que seja eficaz no tratamento.
1
Analgesia tópica (geralmente lidocaína 20%) por 30-40 minutos antes da aplicação;
Higienização da área com sabonete antisséptico e álcool 70%;
2
3
Uso do roller ou caneta de microagulhamento (deve-se dividir a região em quadrantes e deslizar o dispositivo nas direções horizontais, verticais e diagonais, de 10 a 15 passadas em cada direção);
Aplicação de ativos, independentemente da utilização do roller ou da caneta automática.
4
O procedimento em si é fácil de ser realizado, porém, é importante conhecimento técnico, para não promoverdano ao tecido. Além disso, torna-se providencial vasto conhecimento em fisiologia, anatomia e biossegurança para evitar intercorrências. O microagulhamento é contraindicado para gestantes, lactantes, pacientes em uso de anticoagulantes, presença de infecção na pele, herpes, acne aguda, verruga e peles bronzeadas.
Gerenciamento da Pele na Micropigmentação
O termo de Gerenciamento da pele na Micropigmentação nasceu da necessidade de se profissionalizar o setor, respaldando o profissional Micropigmentador com dados científicos que aprimoram seu trabalho, diminuindo as chances de intercorrências que levam a resultados inestéticos ou a perda do pigmento.
Hoje se sabe que não somente as complicações decorrentes da falta de assepsia no procedimento, (como em infeções secundárias a Micropigmentação contaminada com microorganismos patogênicos) mas todas as outras intercorrências podem ser evitadas. A despigmentação exacerbada, cicatrizes hipertóficas, queloides ou hiperpigmentação pós inflamatória decorrentes da tentativa de despigmentação na correção do Microblading, podem ser evitados ou minimizados se houver um conhecimento, por parte do Micropigmentador, da fisiologia da cicatrização tecidual, assim como do processo inflamatório e stress oxidativo envolvidos no pós procedimento.
Complicações na Micropigmentação
Dentre as intercorrências que podem ocorrer no pós procedimento destacam-se a despigmentação exacerbada e alteração na coloração do pigmento, hiperpigmentação pós inflamatória na tentativa de correção ou mais raramente alterações no próprio processo de cicatrização como a formação de cicatrizes hipertróficas e queloides.
A Micropigmentação lesa a pele para inserção do pigmento e logo após o procedimento se dá início a cicatrização, um processo complexo que resulta na formação de um novo tecido para o reparo da lesão.  O entendimento profundo desse processo se faz necessário para diminuir as chances de intercorrência, otimizando o resultado final, e consequentemente a satisfação do paciente.
Inflamação: Correlação entre Reparo tecidual e Resultados não satisfatórios
A inflamação é o gatilho para o reparo tecidual, e está também intimamente relacionada as complicações relacionadas ao Microblading. Após a ocorrência incisão na pele, seja pelo dermógrafo ou indutor manual, inicia-se o extravasamento sanguíneo que preenche a área lesada com plasma e elementos celulares, principalmente plaquetas. Ocorre então a agregação plaquetária e a coagulação que levam a formação de um tampão hemostático, nesse processo ocorre a liberação de citocinas e fatores de crescimento que se somam a ativação de células parenquimatosas, mediadores vasoativos e fatores quimiotáticos que auxiliam o recrutamento das células inflamatórias no local da ferida.
Em resposta aos agentes quimiotáticos, neutrófilos e monócitos migram em direção ao leito da ferida. Além da função de fagocitose de bactérias, fragmentos celulares e corpos estranhos, essas células inflamatórias produzem fatores de crescimento, que preparam a ferida para a fase proliferativa, quando fibroblastos e células endoteliais também serão recrutados.
O monócito ativado (macrófago) é a principal célula do reparo tecidual, degradando e removendo componentes do tecido conjuntivo danificado, como colágeno, elastina e proteoglicanas. Além desse papel na fagocitose de fragmentos celulares, os macrófagos também secretam fatores quimiotáticos que atraem outras células inflamatórias ao local da ferida e produzem prostaglandinas, que funcionam como potentes vasodilatadores, afetando a permeabilidade dos vascular, mantendo enquanto necessário o recrutamento celular e o processo inflamatório de maneira geral. Essas células produzem vários fatores de crescimento, tais como o PDGF, o TGF-β, o fator de crescimento de fibroblastos (FGF) e o VEGF, que se destacam como as principais citocinas necessárias para estimular a formação do tecido de granulação.
Os neutrófilos uma vez recrutados ao local da lesão, ativam um complexo enzimático chamado NA-DPH oxidase que gera um radical livre, o ânion superóxido, com importante ação bactericida. O ânion superóxido por sua vez, sofre ação de um antioxidante que é a superóxido dismutase (SOD) que o converte em H2O2. Aqui reside uma das explicações para a alteração da cor com o decorrer do tempo na micropigmentação. Além da fagocitose ativa do pigmento pelas células de defesa durante a fase inflamatória do processo cicatricial, há que se levar em consideração a ação do H2O2 gerado. O H2O2 é um metabólito ativo do oxigênio, que em contato com calor ou pH básico se dissocia em principalmente três tipos de radicais livre, o Hidroxila (OH–), ânion superóxido (O2–) e Perhidroxil (HO–2), que convertem o pigmento colorido a um menos colorido, sendo mais um dos responsáveis pela alteração da pigmentação no pós procedimento. Esse conhecimento pode ser usado a favor do profissional, que quando souber gerenciar e diminuir a inflamação do processo de reparo tecidual, terá um resultado superior na manutenção da cor, assim como aquele que necessita lançar mão de técnica de despigmentação para correção do Microblading.
A última fase do processo cicatricial é a proliferação. Esta fase é responsável pelo fechamento da lesão e se inicia com a reepitelização que compõem o chamado tecido de granulação responsável pela ocupação do tecido lesionado cerca de quatro dias após a lesão. Concomitante e não menos importante é o processo de formação de novos vasos sanguíneos (angiogênese), na qual novos vasos sanguíneos são formados a partir de vasos preexistentes. Os fibroblastos produzem a nova matriz extracelular necessária ao crescimento celular enquanto os novos vasos sanguíneos carreiam oxigênio e nutrientes necessários ao metabolismo celular local.
O processo de cicatrização no pós procedimento depende da sinalização celular que acontece pela liberação de mediadores químicos que são os fatores de crescimento, metaloproteinases, prostanóides e leucotrienos, e a modulação da inflamação no reparo tecidual é de extrema importância no gerenciamento da pele no pós Microblading e nas técnicas de despigmentação.
Uma evolução normal das fases de cicatrização em um indivíduo hígido geralmente determina uma cicatriz final de bom aspecto estético e funcional. Qualquer interferência nesse processo pode levar à formação de cicatrizes de má qualidade, alargadas e pigmentadas. Dentre as afecções cicatriciais, destacam-se a cicatriz hipertrófica e o quelóide.
Quelóides e cicatrizes hipertróficas ocorrem a partir de hiperproliferação de fibroblastos, com conseqüente acúmulo de matriz extracelular, especialmente pela excessiva formação de colágeno, devido a uma resposta exacerbada do fibroblasto frente ao estimulo de sinalização que ocorre no processo inflamatório após a incisão da pele. Um dos principais tratamentos para o queloides é a injeção intralesional de corticóide, como o acetato de triancinolona, que é um anti-inflamatório hormonal.
O quelóide é uma lesão elevada, brilhante, pruriginosa ou dolorosa, de localização dérmica e que ultrapassa os limites da ferida original, ou seja, invade a pele normal adjacente. Apresenta crescimento ao longo do tempo e não regride espontaneamente. Por outro lado, cicatrizes hipertróficas consistem em cicatrizes elevadas, tensas e confinadas às margens da lesão original. Com freqüência tendem à regressão espontânea, vários meses após o trauma inicial.  É muito raro o surgimento de cicatrizes hipertróficas e queloides na micropigmentação, uma vez que a localização básica das alterações do quelóide é na derme reticular, e na Micropigmentação o pigmento deve ser inserido entre a camada basal e derme papilar, sendo essa a principal diferença entre a tatuagem e Microblading. Porém não é incomum a inserção de pigmento na derme profunda pelo Micropigmentador, devido a técnica utilizada e falta de experiência do profissional.
Quando ocorre a necessidade de despigmentação para correção e consequente eliminação de pigmento, são utilizadosácidos, laser, salabrasão, H2O2 ou a combinação entre duas ou mais dessas técnicas. Qualquer uma ou a associação entre elas geram um processo inflamatório que ativam o melanócito e há um estimulo para a produção de melanina podendo acontecer uma hiperpigmentação pós inflamatória.
Ao gerenciar corretamente a pele antes e pós procedimento, modulando a resposta inflamatória do processo cicatricial, diminui-se expressivamente as chances de alteração na coloração do pigmento inserido, assim como a formação de cicatrizes inestéticas e hiperpigmentação pós inflamatória em procedimentos de correção (despigmentação). O estudo desse conceito e a sua inserção na Micropigmentação iniciam uma nova era, a onde resultados mais eficazes e com menos riscos de complicações elevam o status do setor, tornando o profissional de Microblading melhor preparado para promover a arte da sua profissão.
PIGMENTOS ENDÓGENOS
Os pigmentos endógenos são aqueles produzidos pelo nosso organismo. Nesse contexto, destacam-se a hemoglobina e a melanina, substâncias que apresentam uma enorme importância fisiológica. Qualquer alteração na produção (hipo ou hiperprodução) ou na distribuição dessas substâncias leva a um acúmulo nos tecidos.
Os pigmentos endógenos são divididos em pigmentos hemoglobinógenos ou hemáticos e pigmentos melânicos. Indicam a existência de algum dano ou patologia. Além desses pigmentos, os pigmentos derivados de lipídios representam um importante marcador de lesão por radicais livres.
PIGMENTOS RELACIONADOS À MELANINA
A melanina, principal pigmento biológico, é responsável pela pigmentação cutânea e diferenças na coloração da pele. Ela apresenta uma coloração que varia do marrom ao preto e é produzida pelos melanócitos.
Tem como principal função a proteção da pele contra a radiação ultravioleta (UV). As propriedades de fotoproteção da melanina ocorrem pela absorção e dispersão da luz UV e visível.
A síntese de melanina ocorre no interior dos melanossomos, organelas elípticas, altamente especializadas, a partir do aminoácido essencial tirosina, pela ação do complexo enzimático tirosidase. Na presença de oxigênio molecular, a tirosina é oxidada a dopamina (dioxifenilalanina) e, em seguida, em dopaquinona.
A partir desse momento, a presença ou ausência de cisteína (glutationa) determina o rumo da síntese em eumelanina ou feomelanina. Na presença de cisteína, a feomelanina é produzida, e consiste em um pigmento alcalino, solúvel e amarelado com função antioxidante. A eumelanina, produzida na ausência de glutationa, apresenta cor marrom a preta, com ação antioxidante e fotoprotetora. Além disso, primeiro é formada a feomelanina e, por último, a eumelanina. A melanina total da pele resulta de uma mistura desses dois pigmentos.
Lâmina basal da epiderme e matriz de um pelo com melanócitos ricos em grânulos de melanina (em marrom).
Ao final do processo, os melanossomos repletos de pigmentos são transferidos para os queratinócitos (células presentes na epiderme com função de produção de queratina, que age como uma barreira protetora da pele) e se distribuem no citoplasma acima do núcleo da célula, protegendo o núcleo dos efeitos nocivos dos raios ultravioletas.
Produção de melanina por melanócitos, na pele com e sem exposição aos raios ultravioletas.
Saiba mais
Indivíduos com uma maior concentração de eumelanina são mais pigmentados, e indivíduos com mais feomelanina são menos pigmentados e mais suscetíveis aos efeitos dos raios UV. Além disso, a diferença fenotípica fundamental entre as raças não reside na produção de melanina ou no número de melanócitos, mas, principalmente, na qualidade de seus melanossomas.
Os distúrbios pigmentares relacionados à melanina podem acontecer devido ao seu aumento ou diminuição, de maneira localizada ou generalizada.
DISTÚRBIOS DE AUMENTO DE MELANINA DE FORMA LOCALIZADA
Nevo melanócito congênito.
Nevos melanocíticos
Nevos melanocíticos são neoplasias de natureza benigna que se apresentam como pequenas lesões (normalmente menores que 6 mm) bem delineadas, de coloração mais escura que o restante da pele, e podem ser ásperas, planas, achatadas ou na forma de pápulas elevadas.
A maioria surge em decorrência de alterações genéticas e da exposição solar, mas podem ser congênitos, ou seja, presentes desde o nascimento ou que se desenvolvem durante a infância a partir de células névicas preexistentes. É importante destacar que congênito não quer dizer hereditário.

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