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Gestão Estratégica de Pessoas e Educação Corporativa Prof. Me. Jorge Van Dal A atividade de Recursos Humanos é uma especialidade que emergiu a partir do desenvolvimento das organizações e da crescente complexidade das relações de trabalho que tomam grandes proporções no início do século XX. Da Administração de Recursos Humanos a Gestão com Pessoas O ambiente de opressão e conflitos da Revolução Industrial abriu caminho para o que foi denominado de “Relações Industriais”, como uma atividade mediadora entre organizações e as pessoas. Objetivo: abrandar ou reduzir o conflito industrial entre os objetivos organizacionais e os objetivos individuais das pessoas, até então considerados incompatíveis e irreconciliáveis. Evolução do conceito de Recursos Humanos A atividade de “Relações Industriais” ainda não coloca o trabalhador como o centro do processo produtivo, nem mesmo considera sua condição humana. Trata-se muito mais de uma visão tecnicista do trabalho, onde embora as pessoas e organizações vivessem uma relação de interdependência e de conflitos. Relações Industriais “Mantinha-se compartimentos separadas, com fronteiras fechadas e trincheiras abertas, requerendo um interlocutor que articulasse as relações entre o capital e o trabalho, ambos interdependentes, mas conflitantes”. (CHIAVENATO, 2016, p. 3) Relações Industriais Com o passar do tempo o conceito de Relações Industriais mudou radicalmente. Por volta de 1950, devido evolução da legislação trabalhistas e a conquistas de direitos, a atividade passou a ser denominada “Administração de Pessoal”, pois já não se tratava apenas de apenas intermediar desavenças e reduzir conflitos, mas sobretudo administrar pessoas e conflitos que ganhavam força devido à crescente atuação dos sindicatos. Administração de Pessoal (1950) O conceito teve nova reformulação. A legislação trabalhista não atendia mais os desafios das organizações e as pressões dos trabalhadores por mais direitos. “As pessoas passaram a ser consideradas os recursos fundamentais para o sucesso organizacional”. (CHIAVENATO, 2016, p. 3) Pessoas como recursos (1960) Surge o conceito de Administração de Recursos Humanos (ARH), mas ainda enxergava as pessoas como meros recursos do processo produtivo, onde as atividades devem ser determinadas e controladas a partir das necessidades das organizações. “Parte do princípio de que as pessoas devem ser administradas pela organização ou por um órgão central de Administração de Recursos Humanos”. (CHIAVENATO, 2016, p. 3) Administração de Recursos Humanos (1970) As transformações tecnologias, a globalização e competitividade no mundo dos negócios, marcam a transição do conceito de Administração de Recursos Humanos para Administração/Gestão de ou Com Pessoas. Nesse novo ambiente, as organizações bem-sucedidas não mais administram recursos humanos, pois isso significa tratá- las como agentes passivos e dependentes, mas sobretudo administram com as pessoas. Administração de/com Pessoas(1990 - 2000) Pessoas são agentes ativos e pró- ativos dotados de inteligência e criatividade, iniciativa e decisão, habilidades e competências, e não apenas de capacidades manuais, físicas, musculares ou artesanais. “Parece-nos melhor falar em Administração de Pessoas para ressaltar a administração com as pessoas como parceiras, e não como mero recursos”. (CHIAVENATO, 2016, p. 4) Administração de/com Pessoas(1990 - 2000) Entrevista: prof. Idalberto Chiavenato Imagem: Reprodução YouTube Link: https://www.youtube.com/watch?v=tVVipZT1cZU https://www.youtube.com/watch?v=tVVipZT1cZU Profundamente diferentes entre si e dotados de personalidades próprias, com uma história particular e diferenciada, possuidora de habilidades e conhecimentos, destrezas e capacidades indispensáveis á adequada gestão dos recursos organizacionais. Pessoas como pessoas, e não como meros recursos da organização. Pessoas com seres humanos Pessoas como elementos impulsionadores da organização e capazes de dotá-la de inteligência, talento e aprendizagem indispensáveis à sua constante renovação e competitividade em um mundo pleno de mudanças e desafios. As pessoas possuem um incrível dom de crescimento e desenvolvimento pessoal. Pessoas como fonte de impulso próprio, e não agentes inertes ou estáticos. Pessoas NÃO como meros recursos (humanos) organizacionais As pessoas fazem investimentos na organização, como: esforço, dedicação, comprometimento, etc. Na expectativa de... colherem retornos desses investimentos, como: salários, incentivos, crescimento profissional, carreira, etc. Pessoas como parceiros da organização • Qualquer investimento somente se justifica quando algum retorno interessante. • À medida que o retorno é bom e sustentável, a tendência certamente será o aumento do investimento. • Daí o caráter de reciprocidade nessa interação entre pessoas e organizações. Pessoas como parceiros da organização