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Farmacologia III Asma: doença inflamatória crônica, caracterizada por hiperresponsividade das vias aéreas inferiores e por limitação variável ao fluxo aéreo, reversível espontaneamente ou com tratamento. Fatores de risco: genética, obesidade, sexo masculino Fatores desencadeantes: alérgenos e irritantes, exposição à poeira domiciliar e ocupacional, infecções bacterianas e virais, fármacos(betabloqueadores, causando deficiência no fluxo aéreo diminuindo a área onde vai passar o ar), alimentos, corantes, mudanças climáticas, fatores emocionais, fatores hormonais Fisiopatologia: o agente que desencadeia a asma é um alérgeno(agente sensibilizante) que chega até o tecido linfóide, que será reconhecido pelas células apresentadoras de antígenos (mastócitos e células dendríticas) que irão processar e apresentar os alérgenos. O mastócito é um anticorpo IGE de baixa afinidade quando entra em contato com o antígeno ele passa a ser IGE de alta afinidade. Temos as CD4 e Eosinófilos que são responsáveis pelos sintomas da asma. As mucosas apresentam uma característica de hipersecreção e hiperplasia, elas crescem em tamanho e em quantidade de muco produzido. Uma das principais causas da dificuldades respiratória da asma é a produção excessiva de muco e da obstrução da luz do brônquio. Os filetes nervosos presentes, produzem efeitos colinérgicos que resultam em broncoconstrição, hiperplasia e hipertrofia de células lisas(crescimento muscular que faz com que aconteça a broncoconstrição), acontece uma fibrose subepitelial que restringe a luz do brônquio não tendo elasticidade suficiente para ele se dilatar novamente, porém é reversível. ECF-A -> Fator quimiotático A de eosinófilos LTC4, LTD4 -> cistenil-leucotrienos PGD2-> prostaglandina D2 Histamina -> vasodilatação Triptase -> enzima proteolítica Esses mediadores inflamatórios levam à: 1- Broncoconstrição 2- Vasodilatação; exsudação plasmática (extravasamento do plasma dos vasos sanguíneos) ; edema 3- Hipersecreção de muco 4- Ativação de nervos sensoriais A inflamação crônica leva a alterações estruturais: 1- Fibrose subepitelial (espessamento da membrana basal) 2- hipertrofia e hiperplasia dos músculo liso das vias respiratórias hiperresponsividade 3- Angiogênese 4- Hiperplasia de células secretoras de muco Diagnóstico da Asma: °Diagnóstico Clínico Sibilância difusa*; dispneia; desconforto torácico e tosse Responde a broncodilatadores ou corticoides sistêmicos Fatores que facilitam o diagnóstico Sintomas pioram à noite e no início da manhã Sintomas pioram em resposta aos exercícios Sintomas pioram com a exposição à alérgenos, a poluição ambiental e ao ar frio Sintomas podem ser desencadeados por fármacos. Sempre que possível, realizar prova de função pulmonar. Espirometria ou medidor de pico de fluxo expiratório - peak flow. Confirmação diagnóstica Classificação da gravidade Na espirometria são calculados VEF1 – volume expiratório forçado no primeiro segundo CVF – capacidade vital forçada Pacientes que apresentarem VEF1 / CVF < 0,7 indicativo de asma ou outras doenças respiratórias, como a DPOC Após administração de broncodilatador de curta duração (200-400mcg de salbutamol) se houver reversibilidade de 7% no VEF1 asma (SBPT) Tratamento da Asma: Ações Educativas (autocuidado e autonomia do paciente); Cuidados Ambientais (eliminar elemento desencadeante); Vacina anti-influenza; Tratamento Farmacológico. Tratamento farmacológico: Broncodilatadores; Agonistas β2 adrenérgicos; Antagonistas muscarínicos; Xantinas (teofilina); Glicocorticoides;; Antagonistas dos receptores de leucotrienos; Anticorpo monoclonal anti-IgE (Omalizumabe); Cromonas (cromolina e nedocromolina); Inibidores da Lipoxigenase (Zileutona). Broncodilatadores Os broncodilatadores são medicamentos que atuam nos brônquios, levando ao seu relaxamento e, consequentemente, ao aumento do calibre das vias aéreas Agonistas β2 ● Broncodilatadores ● Curta duração: Fenoterol, salbutamol, terbutalina ● Longa duração: Formoterol, salmetereol Mecanismo de ação Ativam receptores β2 no músculo liso pulmonar (broncodilatação) Reduzem a liberação de histamina(broncoconstrição) pelos mastócitos Aumentam a motilidade ciliar Efeitos adversos Tremor muscular (efeito direto sobre os receptores β2 do músculo esquelético) Taquicardia (efeito direto sobre receptores β2 atriais, efeito reflexo do aumento da vasodilatação periférica via receptoresβ2) considerar o uso de betabloqueadores Hipopotassemia (efeito direto do receptorβ2 sobre a captação de K+ do músculo esquelético) considerar a correção dos distúrbios hidroeletrolíticos Inquietação Antagonistas Muscarínicos ● Broncodilatador ● Antagonista colinérgico (M3) ● Brometo de Ipratrópio (curta duração) e Tiotrópio (longa duração) ● Inibem a ligação de acetilcolina e adenosina no receptor Indicações: Tratamento alternativo para pacientes que sejam intolerantes aos agonistas β2 adrenérgicos Tratamento complementar aos agonistas β2 adrenérgicos nos pacientes com obstrução grave das vias respiratórias Teofilina Fármaco de segunda escolha (casos de intolerância aos agonistas β2 ou dispneia resultante de edema pulmonar); Inibem a ligação de acetilcolina e adenosina no receptor Doses excessivas podem causar convulsões ou arritmias que podem ser fatais. Podendo causar refluxos. Não devem ser associados aos agonistas β2 Efeito dos corticosteróides nas vias respiratórias: O corticóide aumenta o número de receptores β2, aumentando o efeito dos agonistas β2. Terapia Inalatória: Uso de Espaçadores: As partículas maiores vão para o trato gastrointestinal, nesse caso, usa-se os espaçadores para evitar os efeitos colaterais sistêmicos que ocorrem na terapia inalatória. Antagonistas dos receptores de Leucotrienos: Exercício físico, alérgenos, ar frio, irritantes inalatórios causam ativação dos mastócitos e eosinófilos que vão produzir o ácido aracdônico começando o processo inflamatório, nesse processo o ácido aracdônico pode seguir a via da cox 1 e 2 ou da coxigenase. Quando segue pela via da coxigenase produzirá leucotrienos, broncoconstrição, recrutará mais eosinófilos para o local da inflamação, aumentará a secreção de muco, começará a fazer insuflação plasmática que é uma vasodilatação para as células do sistema imunológico passarem porém parte do plasma vai para fora que acarreta em edemas de mucosa, aumentando a inflamação. Os antagonistas de leucotrienos agem nos receptores de leucotrienos que são citocinas inflamatórias, bloqueando o receptor, evitando todos os eventos citados acima, se houver inflamação não adianta tomar o medicamento. Quando o paciente faz uso de corticóides, a produção de ácido aracdônico e nenhuma das vias são ativadas. Anticorpo monoclonal anti-IgE (Omalizumabe): São anticorpos específicos, que se ligam ao mastócito\macrófago. Esse medicamento faz com que não haja essa ligação com o IgE, evitando o processo de sensibilização no início da inflamação. Farmacoterapia da asma: DPOC:doença caracterizada por limitação do fluxo aéreo pulmonar, geralmente progressiva, com repercussões sistêmicas. É prevenível e tratável, e parcialmente reversível. Fatores de risco e desencadeantes: ● Tabagismo (80 a 90% das causas determináveis) ● Poluição domiciliar (fumaça de lenha e querosene) ● Exposição ocupacional a poeiras e produtos químicos ● Infecções respiratórias recorrentes ● Genética (ex deficiência de alfa1- antitripsina*)Fisiopatologia: Fumaça de cigarro e irritantes ativam células epiteliais e macrófagos no pulmão que liberam mediadores que atraem células inflamatórias. Fatores fibrogênicos liberados das células epiteliais e macrófagos ativam fibroblastos e levam a fibrose das pequenas vias respiratórias.A liberação de proteases resulta na destruição da parede alveolar (enfisema) e hipersecreção de muco (bronquite crônica). Tratamento da DPOC: Ações Educativas (autocuidado e autonomia do paciente); Cuidados Ambientais (eliminar elemento desencadeante); Vacina anti-influenza; Tratamento Farmacológico Tratamento farmacológico da DPOC: Broncodilatadores Agonistas β2-adrenérgicos Antagonistas muscarínicos Glicocorticóides Oxigenoterapia Roflumilaste (inibidor da fosfodiesterase-4) diminuir as exacerbações em pacientes com bronquite crônica grave Farmacoterapia da DPOC: São indicações para hospitalização em exacerbação da DPOC: O aumento importante na intensidade dos sintomas, como da dispneia em repouso; A presença de cianose e de edema periférico; Falha no tratamento clínico inicial para exacerbação; Presença de Comorbidades graves como cardiopatia, diabete melito dependente de insulina, e insuficiência renal ou hepática; Exacerbações frequentes, como de mais de 4 exacerbações em 12 meses; Congestão nasal, coriza, tosse e espirro Essas manifestações clínicas não devem durar mais do que dez dias. Recorrência dos sintomas de espirro e congestão nasal (mais que sete episódios ao ano) são indicativos de necessidade de encaminhamento ao médico. Coriza: corrimento nasal- inicialmente um líquido aquoso claro, que pode ser seguido pela produção de muco espesso e tenaz (amarelado ou esverdeado) Congestão nasal: -Dilatação dos vasos sanguíneos que leva ao inchaço da mucosa -Restringe a passagem nasal que pode ser posteriormente bloqueada pelo aumento da produção de muco -Pode provocar dor de cabeça -> 80% dos casos de infecções agudas do trato respiratório superior Fisiopatologia: A histamina e bradicinina vão causar uma vasodilatação Para evitar a coriza e congestão nasal pode-se usar anti-histamínico, que são vasoconstritores, ou seja, têm a função de contrair os vasos sanguíneos. Quando utilizados, o fluxo de sangue nos vasos diminui, o que resulta na regressão do inchaço (edema) da mucosa e na diminuição da produção de muco. A utilização do soro, melhora esses sintomas pois está limpando a mucosa evitando o contato dela com alérgenos (retirando o que está causando o processo inflamatório). A gripe é causada por um vírus específico Influenza, já o resfriado pode ser causado por vários vírus diferentes. Resfriado comum: Infecções das vias aéreas superiores que afetam a mucosa nasal e podem ser desencadeadas por uma série de vírus. Espirro e congestão podem ocorrer com um pico de 2 a 4 dias após o início do episódio, com remissão espontânea sem sequelas. Complicações: sinusite, bronquite, pneumonia, exacerbação da asma, entre outros. Períodos anuais de maior incidência: início do outono e meados do inverno e primavera Tratamento não farmacológico: -Remoção de secreções nasais -Ingestão oral de fluidos -Umidificação das vias aéreas e do ambiente -Minimizar a exposição aos fatores desencadeantes -Cessar tabagismo -Resfriado: descanso e manutenção da alimentação saudável -Rinite alérgica: minimizar a exposição aos fatores desencadeantes Tratamento farmacológico: -Escolha para sintomas específicas -Suplementação com vitamina C pode reduzir a duração dos resfriados -Formas farmacêuticas de uso tópico nasal: avaliar vantagens e desvantagens de cada uma, a experiência prévia do paciente -Não usar soluções geladas ou quentes O uso frequente de medicamentos para o tratamento do espirro e congestão nasal- necessidade de investigação diagnóstica da condição de saúde O uso prolongado de descongestionante nasal- rinite medicamentosa ou de rebote- necessidade de educação sobre o uso destes medicamentos A pessoa precisa ser sensibilizada pelo menos uma vez para criação de anticorpo IeG, nas próximas vezes já começa a ter os sintomas de coceira, coriza, congestão nasal. Tosse: é um reflexo. Estimulada por receptores na laringe e porção proximal da árvore traqueobrônquica. Mediada pelo centro vagal Involuntária: controlada pelo centro de controle da tosse localizada na medula oblonga Voluntária: controlada pelo córtex cerebral De acordo com o número de nervos ativados Causas: -Infecções vias aéreas (virais, bacterianas) -Muco -Alergias -Mudanças bruscas de temperatura -Contaminação ambiental -Tabaco, pó, medicamentos -Doença trato respiratório -Doença do trato digestório ● Aguda (< 3 semanas) ● Subaguda (3-8 semanas) ● Crônica (> 8 semanas) ● Produtiva (produção de muco) ou não produtivas (seca) ● Mecanismo de proteção Farmacoterapia - tosse: Antitussígenos: suprimem ou inibem a tosse, deprimindo o centro bulbar que controla o reflexo da tosse. Usados tipicamente no tratamento da tosse seca e improdutiva. Tosse não produtiva Expectorantes: estimulam os mecanismos de eliminação do muco, como o movimento ciliar, que impulsiona a secreção até a faringe. Tem ação irritante da mucosa brônquica para facilitar a expulsão da secreção; podem aumentar a atividade e fluidez do muco. Tosse produtiva Mucolíticos: atuam promovendo a liquefação do muco, de forma a torná-lo mais fluido e facilitar sua expulsão. Diminuem a viscosidade da secreção mucosa brônquica. Tosse produtiva Transtornos do TGI Funções e processo digestório: O possível afrouxamento das paredes do trato GI, fazendo com que o material “vaze” para fora das mesmas, ativando o sistema imune do corpo. Causando doenças autoimunes. O bolo alimentar sobre processo de digestão, sobre absorção e vai para o lúmen(parte interna do tubo gastrointestinal), a parte externa do tubo são as células. O que não for absorvido do bolo alimentar será eliminado pelas fezes. O nosso organismo consegue se proteger da autodigestão através de mucos (que faz um revestimento protetor), secreção de enzimas na forma inativa que só irão ser ativadas em ambientes favoráveis. O balanço de massa, ou seja, a quantidade de água que entra tem que ser a mesma que sai. Se sair mais água que entra ocorre uma desidratação, se sair menos que entra causa edema. A defesa imune de defesa do intestino(GALT), o órgão linfóide ligada ao intestino para o combate de invasores ativando o sistema imune. Secreções gástricas: O bicarbonato serve para não deixar o ácido chegar até essas regiões para não ocorrer autodigestão. As células parietais são fundamentais pois produzem o ácido gástrico e são alvo de tratamento para medicamentos para o tratamento de diabetes. Ácido gástrico serve para ativar o pepsinogênio que faz digestão de proteínas, como o colágeno. Ao tomar omeprazol, diminui em mulheres a produção de colágeno. A histamina serve para estimular o muco gástrico. Fase cefálica e fase gástrica: A fase cefálica é quando você sente o cheiro, textura, escuta crocância ativando o nervo vago estimulando célula G e produz ácido gástrico. Fase gástrica é quando o alimento chega no estômago, os aminoácido ou peptídeos vão estimular o neurônios sensoriais do TGI a estimularem a célula G a produzir gastrina, gastrina ativa a célula parietal produzindo o ácido e a célula centro marfim a produzir histamina.A histamina também estimula a célula a produzir ácido clorídrico. O excesso de ácido vai atuar na célula D, que vai produzir somatostatina que vai bloquear a formação de ácido gástrico. Quando o estômago está ácido ativam os neurônios sensoriais do estômago que estimulam as células principais a produzirem pepsinogênio na presença do ácido clorídrico que vai se transformar em pepsina. HCl ● Desnatura proteínas por quebrar as ligações dissulfeto e de hidrogênio que mantêm a estrutura terciária da proteína ● Inativa a amilase salivar, cessando a digestão de carboidratos que iniciou na boca Os Enterócitos, no intestino delgado, responsáveis pela absorção do alimento Controle da Acidez Gástrica Antagonistas H2: Cimetidina, Famotidina, Nizatidina, Ranitidina Seletivos para H2 Cimetidina é anti-androgênica Ranitidina pode ser utilizada na gravidez Inibidores da Bomba de Prótons Omeprazol, esomeprazol, lansoprazol, dexlansoprazol, pantoprazol Pró-fármacos com um revestimento entérico ácido-resistente Metabolizado em fármaco ativo nas células parietais Inibe irreversivelmente a bomba H+/K+- ATPase (cerca de 24 horas para ressintetizar) Inibem a secreção gástrica basal e a estimulada >90% Tratamento e profilaxia de úlceras de estresse, tratamento de DRGE, esofagite erosiva, úlcera duodenal ativa e condições hipersecretoras patológicas (síndrome de Zollinger-Ellison) Podem diminuir a eficácia do clopidogrel (inibem ou competem com a CYP2C19) – exceto dexlansoprazol ↓ Absorção da vitamina B12 Uso > 1 ano aumenta risco de fraturas (?) ↓ Absorção do carbonato de cálcio (suplementar com citrato de cálcio) ↓ Absorção Fe não heme Colite por Clostridium difficile Hipomagnesemia Antiácidos Hidróxido de alumínio (pode causar constipação) Hidróxido de magnésio (pode causar diarreia) Carbonato de cálcio (CaCO3) reage com o HCl formando CO2 e CaCl2 O NaHCO3 pode causar alcalose metabólica uso prolongado não é recomendado Pacientes com comprometimento renal devem ter uso reservado de Mg2+, Al3+ e Ca2+ “Efeito rebote” Sucralto Protetor da mucosa gástrica Hidróxido de alumínio + sacarose Forma géis com as células epiteliais formando uma barreira física Como requer um pH ácido para sua ativação, o sucralfato não deve ser administrado com IBPs, antagonistas H2 ou antiácidos Salicilato de bismuto Cicatrização de úlceras pépticas Ação antimicrobiana (ligação às enterotoxinas) Inibe a atividade da pepsina Aumenta a secreção de muco Interage com glicoproteínas na mucosa necrótica, revestindo e protegendo a úlcera Náusea e vômito Fenotiazinas e Butirofenonas Butirofenona – droperidol e haloperidol (IV ou IM) Pode prolongar o intervalo QT Só deve ser usado em pacientes que não responderam de modo satisfatório a fármacos alternativos Podem ocorrer efeitos extrapiramidais, hipotensão ortostática e constipação Piridoxina (B6) Indicação em casos de vômitos por gravidez e crises do labirinto Mecanismo de ação não esclarecido Dimenidrinato (Dramin) Bloqueia os receptores H1 no centro do vômito Bloqueia os receptores muscarínicos do sistema vestibular e do centro do vômito Redução de estímulo viscerais Gelo Alimentação fria Xaropes de anestésicos locais (xilocaína) Anticolinérgicos (escopolamina) Citrato de sódio a 5% Hormônios das Suprarrenais Corticosteróides O termo corticosteroides está relacionado tanto aos glicocorticoides (ex.cortisol) quanto aos mineralocorticoides (ex.aldosterona) Receptores glicocorticoides são amplamente distribuídos pelo organismo Receptores mineralocorticoides estão confinados principalmente nos órgãos de excreção (rins, cólon, glândulas salivares e sudoríparas) Glicocorticóides O Cortisol é o principal glicocorticoide humano Influenciado pelo estresse e pelos níveis de esteroides circulantes Várias funções no corpo humano 1- Regulam o metabolismo no jejum ↑Glicemia Lipólise Gliconeogênese Catabolismo proteico (perda de massa muscular) Estresse crônico ou uso terapêutico de glicocorticoides de forma crônica podem causar hiperglicemia 2. Aumentam a resistência ao estresse ↑Glicose ↑Energia Combate estresse causado por traumatismo, luta, infecção, sangramento ou doença debilitante 3. Alteração das células sanguíneas ↓eosinófilos, ↓basófilos, ↓monócitos e ↓linfócitos redistribui da circulação para os tecidos linfoides ↑hemoglobina, ↑eritrócitos, ↑plaquetas e ↑polimorfonucleares (neutrófilos) 4. Ação anti-inflamatória e imunossupressora ↓linfócitos circulantes Inibem a fosfolipase A2 bloqueia a liberação de ácido araquidônico a partir dos fosfolipídeos de membrana ↓síntese de citocinas inflamatórias Estabilizam membranas de mastócitos e basófilos ↓liberação de histamina Redução da produção de IgG Síntese aumentada de mediadores anti- inflamatórios (IL-10, receptor solúvel de IL-1 e anexina-1) Mineralocorticoides Auxiliam no controle do volume de água e na concentração de eletrólitos Aldosterona ↑reabsorção de Na+, bicarbonato e água nos túbulos contorcidos distais (↓K+) Glândulas salivares, sudoríparas e TGI ↑reabsorção de Na+ (↓Ca2+) Hiperaldestoronismo alcalose e hipocalemia (↓K+) Tratamento espironolactona Uso terapêutico Doença de Addison Disfunção do córtex das suprarrenais Falta de resposta ao ACTH Tratamento hidrocortisona (2/3 da dose de manhã e 1/3 à tarde) O uso de fludrocortisona (mineralocorticoide) pode ser necessário Falta de tratamento leva à morte Insuficiência suprarrenal secundária ou terciária Defeito na síntese do CRH ou ACTH Tratamento hidrocortisona Síntese de mineralocorticoides é menos prejudicada Diagnóstico da Síndrome de Cushing Hipersecreção de corticoides (hipercortisolismo) Excesso de liberação de ACTH ou tumor na suprarrenal Dosagem dos níveis de cortisol (urina, plasma e saliva) e o teste de supressão de dexametasona (a dexametasona suprime a liberação de cortisol em indivíduos normais) Tratamento cirúrgico Hiperplasia suprarrenal congênita (HAC) Defeito enzimático na síntese de hormônios esteroides suprarrenais Pode levar à virilização de mulheres pela superprodução de androgênios suprarrenais Tratamento corticosteroides ↓CRH e ↓ACTH ↓androgênios suprarrenais A escolha do hormônio de substituição depende do defeito enzimático específico Anti-inflamatório Artrite reumatoide Condições inflamatórias da pele Asma Artrite Reumatoide Lupus Doenças de pele Doença inflamatória intestinal ativa Osteoartrite (aplicação intra-articular) Alergias Rinite Alérgica Reações alérgicas a fármacos Aplicação tópica no trato respiratório por inalação Aceleração da maturação pulmonar Síndrome da angústia respiratória do recém-nascido (o cortisol fetal é um regulador da maturação pulmonar) Tratamento betametasona ou dexametasona IM na mãe 48 horas antes do parto prematuro pode acelerar a maturação pulmonar do feto Redução de edema cerebral em pacientes com tumor Doenças neoplásicas Imunossupressor (após transplante de órgãos e doenças autoimunes ativas) Queloides (reduz a atividade dos fibroblastos) Farmacocinética Todos os glicocorticoides tópicos ou inalados são absorvidos em alguma extensão potencial de causar supressão do eixo hipotálamo-hipófise-suprarrenal (HHS) Mais de 90% do glicocorticoide absorvido se ligam às proteínas plasmáticas (globulina ligadora de corticosteroide ou albumina) Sofrem metabolismo de fase I e de fase II excretados pelos rins Prednisona é preferida na gravidez Inibidores da biosíntese oufunção dos adrenocorticoides Cetoconazol (antifúngico) inibe fortemente a síntese de todos os hormônios esteroides gonadais e suprarrenais tratamento de pacientes com síndrome de Cushing Espironolactona Antagonista da aldosterona no receptor mineralocorticoide ↓reabsorção de Na+ e água ↓Síntese de aldosterona e testosterona Tratamento do hirsutismo Eplerenona Antagonista da aldosterona Antirreumáticos Sulfassalazina Usada para doença inflamatória intestinal crônica É quebrada por bactérias do cólon em sulfonamida (sulfapiridina) e salicilato (ácido 5-aminossalicílico - 5-ASA) O 5-ASA não é absorvido Reduz a inflamação por remoção de radicais livres, inibindo a produção de prostaglandinas e leucotrienos, diminuição da quimiotaxia dos neutrófilos e da geração de superóxidos Geralmente é bem tolerada Efeitos adversos distúrbios do TGI mal-estar Cefaleia hipersensibilidade aos salicilatos reações cutâneas e leucopenia podem ocorrer, mas são reversíveis com a suspensão do fármaco pode comprometer a absorção de ácido fólico (monitorar) podem ocorrer mielossupressão e reações de tipo anafilática (monitoração hematológica) Compostos mais novos nessa classe incluem mesalazina (5-ASA), olsalazina e balsalazida Penicilamina Substância produzida por hidrólise da penicilina O isômero D é usado na terapia da doença reumática (resposta de 75% dos pacientes com artrite reumatoide) Diminui a resposta imunológica e a geração de IL-1 impede a maturação do colágeno recém-sintetizado Os efeitos terapêuticos são observados em semanas, mas só após meses alcançam um platô Tem a propriedade de quelar metais tratamento da doença de Wilson e na intoxicação por metais pesados Administração VO 50% de absorção Alcança concentrações plasmáticas máximas em 1-2 horas e é eliminada na urina A dose deve ser titulada Efeitos adversos rashes e estomatites (40% dos pacientes) anorexia, febre, náuseas, vômitos, e distúrbios da gustação (quelação de zinco) que costumam desaparecer com a continuidade do tratamento proteinúria em 20% dos pacientes (deve ser monitorada) monitoração hematológica no início do tratamento trombocitopenia pode ser necessário reduzir a dose Leucopenia, anemia falciforme, tireoidite e miastenia grave são contraindicações absolutas Não utilizar com compostos de ouro Compostos de Ouro Aurotiomalato de sódio Efeito anti-inflamatório que se desenvolve lentamente por 3-4 meses reduz a dor, o edema articular e a progressão das lesões ósseas e articulares Mecanismo de ação não esclarecido Administrado por injeção intramuscular profunda Acumulam na sinóvia (células que produzem o líquido sinovial nas articulações) Acumulam em outros tecidos (células hepáticas, túbulos renais, o córtex da suprarrenal e em macrófagos), permanecendo por algum tempo depois da suspensão do tratamento A eliminação é sobretudo renal, mas uma parte é eliminada no trato gastrointestinal Meia-vida inicial é de 7 dias, mas aumenta no decorrer do tratamento (administrar em intervalos semanais e a seguir mensais) Efeitos adversos Observados em cerca de um terço dos pacientes tratados, havendo efeitos tóxicos sérios em cerca de um paciente a cada 10 rashes cutâneos (que podem ser graves), úlceras bucais, sintomas de resfriado inespecífico, proteinúria, trombocitopenia e discrasias sanguíneas Podem ocorrer reações anafiláticas Se a terapia for suspensa quando aparecem os primeiros sintomas, a incidência de efeitos tóxicos graves é relativamente baixa Cloroquina e Hidroxicloroquina Usos malária Amebíase hepática artrite reumatoide artrite reumatoide juvenil lúpus eritematoso sistêmico (doença multissistêmica) lúpus eritematoso discoide (lúpus eritematoso da pele) Doenças de fotossensibilidade (porfiria) Os efeitos antirreumáticos aparecem com, no mínimo, 1 mês após o início do tratamento Somente metade dos pacientes tratados responde ao fármaco Mecanismo de ação (antimalárico): Não possui carga elétrica em pH neutro Difunde-se livremente para o lisossomo do parasita Em pH ácido do lisossomo, é convertida para a forma protonada, impermeável à membrana, sendo “aprisionada” dentro do parasita Sua principal ação antimalárica deriva da inibição da heme-polimerase, a enzima que polimeriza o heme livre tóxico em hemozoína Isso envenena o parasita e evita que utilize os aminoácidos da proteólise da hemoglobina. Estreita margem terapêutica (30 mg/kg pode ser fatal) Reações adversas graves Parada cardíaca, arritmias cardíacas Confusão, convulsões e coma Retinopatias podendo levar à cegueira (pode progredir mesmo após suspensão do uso) Pode ocorrer hemólise e discrasias sanguíneas (neutropenia, agranulocitose, anemia aplástica, trombocitopenia) Artrite Reumatoide Gota Terapia Farmacológica Redução da síntese do ácido úrico Alopurinol Uricosúricos Probenecida Sulfimpirazona Inibição da migração de leucócitos para a articulação Colchicina AINES (ibuprofeno e naproxeno) Hidrocortisona (oral, IM ou intrarticular) Colchicina Alcaloide extraído do açafrão-do-prado (Colchicum autumnale) Pode ser usada tanto para prevenir como para aliviar as crises agudas Impede a migração de neutrófilos para a articulação, aparentemente por ligação à tubulina, resultando em despolimerização dos microtúbulos e redução da motilidade celular Em doses mais elevadas que as usadas para tratar a gota, a colchicina inibe a mitose, tendo um risco de depressão grave da medula óssea A colchicina é usada por via oral, sendo eliminada em parte no trato gastrointestinal e em parte na urina Efeitos adversos agudos: náuseas, vômitos, dor abdominal, diarreia grave Efeitos adversos em doses elevadas ou tratamento prolongado: sua ação antimitótica pode causar graves efeitos adversos que incluem hemorragia gastrointestinal, lesão renal, depressão da medula óssea e neuropatia periférica Miorrelaxantes de Ação Central Relaxantes musculares de ação central Ação seletiva no sistema nervoso central Objetivo de diminuir e aliviar os espasmos musculares dolorosos ou a espasticidade que ocorrem em distúrbios musculoesqueléticos e neuromusculares Não afeta a capacidade da contração transitória voluntária Relaxantes musculares prejudicam o controle postural São de diferentes classes químicas Considerando o emprego terapêutico abrangem dois grupos Baclofeno, tizanidina, tiocolchicosídeo empregados em condições espásticas como esclerose múltipla, lesão de medula espinhal e paralisia cerebral Carisoprodol, ciclobenzaprina, clorzoxazona e orfenadrina empregados em condições musculoesqueléticas como torcicolos, lombalgias, distensões musculares e rigidez muscular Fisiologia da contração muscular Baclofeno Agonista dos receptores GABAB Reações adversas: confusão, alucinações, agitação, convulsões, visão turva, flacidez muscular incomum, contração súbita dos músculos, reflexos pobres ou ausentes, hipotensão, alteração na frequência cardíaca, redução da temperatura corporal, náuseas, vômitos, diarreia, salivação excessiva, apneia do sono, mialgia, febre e rabdomiólise Tiocolchicosídeo Relaxante muscular com mecanismo de ação ainda não elucidado Antagonista dos receptores de glicina e de receptores GABAA nas células de Purkinje (cerebelo) Não altera os movimentos voluntários, não provoca paralisia e não apresenta risco sobre a musculatura e movimentos respiratórios Ação epileptogênica Não deve ser utilizado por mulheres em idade fértil (com potencial para engravidar) que não estejam utilizando métodoscontraceptivos eficazes Carisoprodol Redução dos reflexos polissinápticos e bloqueio neural na via descendente da formação reticular na medula espinhal Não produz relaxamento muscular direto Atua como relaxante muscular e analgésico Causa sedação Início de ação rápido (30 minutos) e duração de aproximadamente 6 horas Extensivamente metabolizado pela CYP2C19, particularmente em meprobamato (agonista GABAA) Reações adversas: tonturas, vertigem, ataxia, tremores, agitação, dor de cabeça, insônia, síncope, reações depressivas, eritema, erupções, episódios asmáticos, taquicardia, hipotensão ortostática, náuseas, vômitos, soluço, sonolência Associação com Diclofenaco: hemorragia gastrintestinal, perfuração gastrintestinal, úlceras gastrintestinais, distúrbios da coagulação Ciclobenzaprina Diminui os reflexos polissinápticos na medula e bloqueia a atividade interneuronal na formação reticular descendente e na medula espinhal Não produz relaxamento direto do músculo esquelético Estrutura similar à amitriptilina Antagonista dos receptores 5HT2A bloqueia parcialmente a atividade colinérgica nos núcleos da base e aumenta a disponibilidade de dopamina no estriado Utilizado no tratamento da doença de Parkinson e para reduzir os efeitos colaterais do tratamento antipsicótico (distonia) Metabolizada pela CYP3A4 e CYP1A2 Tempo de meia vida pode chegar a 36 horas (risco para idosos) Reações adversas: tonturas, vertigem, ataxia, tremores, agitação, dor de cabeça, insônia, síncope, reações depressivas, eritema, erupções, episódios asmáticos, taquicardia, aumento do intervalo QT, hipotensão ortostática, náuseas, vômitos, soluço, sonolência, alterações cognitivas Clorzoxazona Age primariamente na medula espinhal e nas áreas subcorticais do cérebro, inibindo o arco reflexo polissináptico envolvido na produção e manutenção do espasmo muscular esquelético de etiologia variada Pode causar hepatotoxicidade Efeitos adversos: Ansiedade, tontura, sonolência, cefaléia, nervosismo, parestesia, vertigem, constipação, xerostomia, dispneia, sintoma gripal, menorragia Orfenadrina Relaxante muscular e analgésico Ação estimulante leve do SNC pode causar euforia Derivado da Difenidramina Antagonista histamínico H1, antagonista dos receptores NMDA, antagonista colinérgico de ação predominantemente central Bloqueia a atividade na formação reticular descendente e na medula espinhal Não tem um efeito relaxante direto do músculo esquelético Efeitos adversos: boca seca geralmente é o primeiro efeito adverso Dose diária aumentada: taquicardia, palpitação, hesitação ou retenção urinária, visão turva, dilatação das pupilas, aumento da tensão ocular, fraqueza, náusea, vômito, dor de cabeça, tontura, constipação, sonolência, reações de hipersensibilidade, prurido , alucinações, agitação, tremor, irritação gástrica e raramente urticária e outras dermatoses. Com pouca frequência, um paciente idoso pode experimentar algum grau de confusão mental. Tem efeito positivo nos sintomas motores da doença de Parkinson e no Parkinsonismo População idosa Os relaxantes musculares de ação central são medicamentos potencialmente inapropriados para idosos segundo os critérios internacionais e o Consenso Brasileiro de Medicamentos Inapropriados para Idosos Efeito anticolinérgico causam sedação e aumenta o risco de quedas com fraturas Pode causar alterações cognitivas Tratamento Farmacológico da Obesidade Etiologia do ganho de peso e obesidade Influência do ambiente (↓atividade física e ↑ingestão calórica) Estilo de vida urbano Genética Efeito do estresse no apetite Iatrogenia farmacêutica Ambiente termoneutro Diminuição do tabagismo Aumento da idade das grávidas A cada ↑5 anos na idade materna ↑15% obesidade na criança Redução do sono ↓Leptina e ↓TSH ↑grelina e ↑apetite ↓Melatonina ↓secreção de insulina e ↓ação da insulina Poluição (HPA – hidrocarbonetos aromáticos policíclicos) Tratamento farmacológico 1) IMC maior ou igual a 30 kg/m2; ou 2) IMC maior ou igual a 25 ou 27 kg/m² na presença de comorbidades (dependendo do medicamento); Além de 3) Falha em perder peso com o tratamento não farmacológico. A história prévia de falência com tentativa com dieta com restrição calórica é suficiente. Medicamentos aprovados no Brasil ● Sibutramina- antidepressivo que não funcionou como tal, mas no SNC funcionou como inibidor da fome ● Orlistate ● Liraglutida- até pouco tempo era o único que tinha na bula que era para tratamento da obesidade Uso off-label- não está na bula mas é usado ● Fluoxetina ● Topiramato (dose inicial 23 mg, dose recomendada 46 mg e dose máxima 92mg) ● Associação bupropiona + naltrexona ● Lisdexanfetamina (50 a 70 mg) Orlistate Os sais biliares emulsificam(espalham) as moléculas de gordura para que possam ser quebradas em monoacilgliceróis e ácidos graxos pela ação da lipase para que as células do intestino possam absorvê-las. O Orlistate inibe a ação da lipase pancreática, a gordura não é quebrada, Dessa forma, também não é absorvida saindo pelas fezes em forma de diarréia. Inibe a lipase pancreática ↓lise de triglicerídeos da dieta ↓absorção de AG Controle da fome e da saciedade Temos no estômago a grelina que é liberada quando o estômago está vazio, estimulando a fome. E também temos a insulina(pâncreas), leptina, PYY(intestino grosso) e CKK(intestino delgado) que são liberados quando nos alimentamos, diminuindo a fome. Você pode estar saciado, “Eu não quero comer” mas pode estar com fome ou vise versa. Na região do hipotálamo é responsável pelo controle da fome e da sede. Tenho um conjunto de neurônios responsáveis pelo controle da saciedade e outro conjunto de neurônios responsáveis pelo controle da fome que estão ligados entre si, pois se estou com fome eu preciso inibir a saciedade e vise versa, se controlando entre si. A grelina tem um receptor nesse conjunto de neurônios da fome, por isso estimula a fome. A insulina, leptina, PYY e CCK vão atuar no mesmo receptor, chamado receptor de leptina. Estarão sempre em equilíbrio. A comida digerida sai do estômago e entra no intestino. No início dele, o hormônio GLP-1 é estimulado, funcionando como um freio para o cérebro cessar a fome. Sibutramina Inibe recaptação da 5HT e NA ↑5HT estimula POMC/CART ↑saciedade ↑NA estimula atividade simpática no receptor β3 (tecido adiposo) efeito termogênico Biotransformada pela CYP3A4 ↑ PA média (3 a 5 mmHg na PA diastólica) ↑ FC de 2 a 4 bpm ↑16% do risco de desfechos cardiovasculares não fatais Liraglutida 3mg Análogo GLP-1 (peptídeo semelhante ao glucagon 1) Atua no núcleo arqueado (hipotálamo) Estimula POMC/CART ↑saciedade Inibe NPY/AGRP ↓fome Atua no circuito da recompensa reduzindo o prazer da ingestão de alimentos Bupropiona + Naltrexona Bupropiona SR (90 mg) + naltrexona SR (8 mg) Até 2 comprimidos 2x ao dia Bupropiona Liberação pré-sináptica de NE e DA (núcleo arqueado) estimula POMC/CART ↑saciedade ↓Recompensa (Nucleus accumbens) Naltrexona antagoniza a ligação da β- endorfina no receptor opiode do neurônio POMC/CART ↑saciedade Náusea, chegando a mais de 30% dos pacientes, seguido de constipação, dor de cabeça, vômitos e tonturas Topiramato Modula receptor GABAA ↓ Inibe NPY/AGRP ↓fome Parestesia Alterações de memória Dificuldade de concentração (disfunção cognitiva, com dificuldade com a linguagem, memória,confusão ou dificuldade de encontrar as palavras) e alterações do humor Teratogenicidade, Interação farmacocinética com contraceptivos orais, litíase renal, acidose metabólica, miopia aguda A2 Antibióticos Antibióticos são substâncias químicas produzidas por seres vivos, dotadas de atividade antimicrobiana Quimioterápicos são substâncias produzidas em laboratórios, ou de origem vegetal, utilizadas como anti-infecciosos ou outras utilidades terapêuticas (células invasoras patogênicas) Antimicrobianos: ● Fármacos utilizados contra agentes infecciosos ● Antibacterianos, antifúngicos, antivirais, antiprotozoários Parede celular bacteriana: Microbiota que é importante saber: Mecanismo de ação: Principais mecanismos de resistência bacteriana: Espectro de ação: 1. Espectro estreito grupo único ou limitado de MO 2. Espectro estendido gram+ e gram- 3. Amplo espectro ampla variedades de espécies (pode alterar a microbiota intestinal e causar infecção por Clostridium difficile) β-Lactâmicos: Penicilinas Cefalosporinas Carbapenemas Monobactâmicos Consideráveis reações adversas Seguros (grávidas e crianças) Mecanismo de ação: Inativam a proteínas ligadoras de penicilina (PLP) transpeptidase que catalisa a formação de ligações cruzadas entre as cadeias de peptidioglicano Ativam a produção de autolisinas enzimas degradativas que remodelam a parede celular (principalmente cocos gram- positivos) Destruição da parede celular morte da bactéria Amplo espectro de ação: ● G+ e G- ● aeróbios e anaeróbios Mecanismo de resistência: 1. Produção de ß–lactamases enzimas bacterianas que degradam o anel ß–lactâmico ● ß–lactamases “simples” ● ESBL (Klebsiela e E.coli) ● Gene Amp-C – grupo PESC (proteus, providência, entreobacter, serratia e citrobacter) ● Metalobetalactamases 2. Modificações estruturais das proteínas ligadoras de penicilina (PLP) MRSA / ORSA 3. Diminuição da permeabilidade bacteriana ao antimicrobiano através de mutações e modificações nas porinas 4. Presença de bomba de efluxo Benzilpenicilinas ou Penicilinas naturais ➔ Penicilina G cristalina - EV - Boa penetração LCR (meia vida curta) - Meningites, sífilis, leptospirose, erisipela, S. Pyogenis Piodermites, faringoamigdalites, S. agalactiae spese do RN, S.viridans endocardites, meningococo e pneumococo meningite não purulenta) ➔ Penicilina G procaína - IM - Infecções de pequena gravidade, como faringoamigdalite estreptocócica, erisipela, gonorréia Penicilina G benzatina - IM (meia vida longa) - Faringoamigdalite estreptocócica, sífilis, profilaxia de febre reumática, Enterococos, Neisseria (meningococo), anaeróbios. Não cobre estafilococos. ➔ Penicilina V - VO - Infecções de pequena gravidade, como faringoamigdalite estreptocócica, erisipela, gonorréia e profilaxia de febre reumática Efeitos adversos -Irritação local e flebites -Neurotoxicidade -Mioclonias, parestesias, convulsões, hiperreflexia e coma -Superinfecção -Seleção de microbiota respiratória -Hipersensibilidade -Baixa Gravidade -Urticária, erupções cutâneas, febre, eosinofilia, edema de Quincke, eritema nodoso, asma, rinite e prurido -Alta Gravidade -Choque anafilático, edema de glote, vasculite generalizada, hemólise, doença do soro, dermatite esfoliativa, púrpura, síndrome de Stevens-Johnson Aminopenicilinas (semi-sintéticas) Espectro mais amplo que as benzilpenicilinas Poucos efeitos adversos Antibióticos de cabeça e pescoço e neonatos Ampicilina Meia-vida de 1,2 horas (Intervalos de 6 horas) Boa distribuição em todos os tecidos LCR, líquido pleural, articulações e fluidos peritoneais Presença de inflamação e após administração parenteral Dose em adultos (VO): 0,25g a 2,0 g Dose em adultos (IV): 1,0g a 2,0 g Amoxicilina Utilizada com intervalos de 8 horas Níveis no LCR inferiores a ampicilina Evitar em meningoencefalites bacterianas Dose em adultos (VO): 0,25g a 1,0 g Bactérias aeróbias gram-positivas (S. pyogenes, S. pneumoniae, S. viridans, E. faecalis, Listeria monocytogenes), Não cobre estafilococos. Bactérias aeróbias gram-negativas (E. coli, Proteus mirabilis, H. influenzae, Salmonella sp., Neisseria - meningococo) Bactérias anaeróbias IVAS (sinusite, otite, faringoamigdalite) ITU Salmoneloses Meningites (Listeria e S. agalactiae) EV e VO NEONATOS melhor metabolismo que as penicilinas naturais Penicilinas resistentes às penicilinases Resistência adquirida Produção de ß- lactamases pelos S. aureus Oxacilina MSSA Apenas para uso EV Metabolização hepática Excreção renal Concentrações liquóricas satisfatórias na inflamação Celulite, furunculose, osteomielite, endocardite e pneumonias Dose em adultos: 0,5 a 3,0 g Penicilinas de amplo espectro (inibidores de ß-lactamases) Associação com inibidores de ß- lactamases Amoxacilina + ácido clavulânico Ticarcilina + ácido clavulânico Ampicilina-sulbactam Piperacilina-tazobactam Amoxicilina – ácido clavulânico Absorvidos rapidamente pelo trato digestivo Meia-vida de uma hora Baixa ligação protéica (18 e 25%) rápida penetração na maioria dos tecidos e líquidos extravasculares líquidos pleural, peritoneal e secreções pulmonares Excelente atividade S. aureus Anaeróbios H. influenzae Moraxella catarrhalis Ampicilina-sulbactam Meia-vida de uma hora Eliminada por via renal Boa penetração nos tecidos e líquidos extravasculares Líquido peritoneal atinge 90% da concentração sérica Atividade contra cepas produtoras de ß- lactamases Idem à amoxicilina + E. coli Proteus spp. Providencia spp. Klebsiella spp. Acinetobacter Piperacilina-tazobactam Boa distribuição tecidual e em líquidos orgânicos Pulmões, pele, mucosa intestinal, vesícula e líquidos biliares Baixos níveis no LCR na ausência de inflamação Infecções intra-abdominais por G - (pseudomonas e enterobactérias) Ativa contra Enterobacteriaceas produtoras de ß- lactamases MSSA Estreptococos e enterococos H. influenzae N. gonorrhoeae M. catarrhalis P. aeruginosa (maioria das cepas) Ticarcilina + ácido clavulânico Meia-vida de uma hora Atingem ossos, líquidos biliares e articulares Não deve ser utilizada em SNC Indicada em infecções graves E.coli Klebsiella spp. Proteus spp. Enterobacter spp. Serratia spp. Providencia spp. MSSA Bacteroides fragilis P. aeruginosa Indicações clínicas das penicilinas Pneumonias Otites e sinusites Faringites e epiglotites Infecções cutâneas Meningites bacterianas Infecções do aparelho reprodutor Endocardites bacterianas Profilaxia Cefalosporinas: São classificadas em 4 gerações. Possuem amplo aspectro. Classificada em: Primeira geração Cefalotina, Cefalexina, Cefazolina, Cefadroxila Segunda geração Cefoxitina, Cefuroxima, Cefaclor Terceira geração Ceftriaxona, Ceftazidima, Cefotaxima Quarta geração Cefepima Quanto a 1ª geração: • Cefalexina, cefalotina, cefazolina, cefadroxila • São muito ativas contra cocos gram-positivos – S. aureus sensível à oxacilina e estreptococo • Atividade moderada – E. coli – Proteus mirabilis – K. pneumoniae adquiridos na comunidade • Sem atividade – H. influenzae – Listeria monocytogenes – MRSA – Pneumococos resistentes à penicilina – Enterococcus spp – anaeróbios • Podem ser usadas durante a gestação, assim como as penicilinas. • Prescreve geralmente para GRAM+. • Indicação – Infecções de pele e partes moles • S. aureus abcessos, foliculite, celulite • Estreptococus erisipela– Faringite estreptocócica, é GRAM+. – Infecções do trato urinário não complicadas – Profilaxia de cirurgias • Contraindicações – Sinusite, otite média e IVAS, infecções das vias aéreas superiores. – Infecções do sistema nervoso central. – Bacilos gram-negativos Quanto a 2ª geração: • Apresentam uma maior atividade – H. influenzae – Moraxella catarrhalis – Neisseria meningitidis (meningococo) – Neisseria gonorrhoeae • Atividade relativa contra Enterobacteriaceae • Sem atividade para P. areruginosa • Disponíveis no Brasil – Cefoxitina – Cefuroxima – Cefaclor • GRAM+ e GRAM -. • Baixo espectro (pouco utilizada na rotina médica – geralmente uso pediátrico) • Pneumonias comunitárias • Infecções urinárias • Infecções de pele • Sinusite e otites médias • Cefoxitina • Anaeróbios e gram-negativos • Infecções intra-abdominais; • Infecções pélvicas e ginecológicas; • Infecções do pé-diabético; • Infecções mistas de tecidos moles • Profilaxia de cirurgias colorretais Quanto a 3ª geração: • Amplo espectro • Potentes contra bacilos gram- negativos • Atividade moderada contra bactérias anaeróbicas • Ativas contra o espiroqueta Borrelia burgdorferi • Atividade – S. pneumoniae (ceftazidima) – S. pyogenes • Atividade moderada – S. aureus sensível à oxacilina • Indicação – Infecções hospitalares – Infecções de feridas cirúrgicas – Pneumonias e ITUs complicadas • Boa penetração no sistema nervoso central tratamento de meningite – Cefotaxima e ceftriaxona • H. influenzae • S. pneumoniae • N. meningitidis Cefotaxima: parenteral, boa penetração liquórica, atua sobre gram-pos e neg, exceto Pseudomonas. Ceftriaxona: parenteral, boa penetração liquórica, ação sobre sobre gram-pos (pneumococo) e neg (enterobactérias), exceto Pseudomonas. -Pneumonias, Meningoencefalites bacterianas, TGI Ceftazidima: parenteral, boa concentração liquórica. Ação sobre enterobactérias, Hemófilos, Pseudomonas, baixa atividade contra pneumococos. Infecções por Pseudomonas (única da terceira geração que tem ação contra pseudômonas). Fortes indutores de resistência Quanto a 4ª geração: São agentes antimicrobianos poderosos Conservam a ação sobre bactérias gram-negativas - Atividade anti-pseudomonas Atravessa as meninges quando inflamadas Atividade contra cocos gram- positivos - Estafilococos sensíveis à oxacilina Cefepima IV Uso hospitalar (indicação precisa) Indicações: Atividade anti-pseudomonas - Pneumonias hospitalares -Infecções do trato urinário graves - Meningites por bacilos gram-negativos Atividade contra MRSA (não é a primeira escolha) Neutropenia febril Carbapenemas Amplo espectro de ação Uso em infecções sistêmicas São estáveis à maioria das ß– lactamases Fármacos disponíveis: Meropenem: Mais ativo contra bactérias gram-negativas Imipenem: Atividade contra gram- positivos Ertapenem: Ineficaz contra P. aeruginosa e A. baumannii Mecanismo de resistência - Envolve as porinas (P. aeruginosa) - Devido às discretas diferenças na estrutura molecular pode haver amostras sensíveis a um carbapenênico e resistente à outro Carbapenemases tem maior afinidade pelo ertapenem, impedindo a degradação do meropenem no ambiente no microrganismo (KPC) Tratamento indicado para KPC -> polimixina B, Tigeciclina e aminoglicosídeos Propriedades farmacológicas Não são absorvidos por via oral Via endovenosa ou intramuscular - Meropenem não apresenta nefrotoxicidade - Excreção é predominantemente renal Indicações Clínicas • Drogas de amplo espectro e com boa penetração – Microbiota aeróbia e anaeróbia – Infecções por organismos multirresistentes – Tratamento de pacientes graves com: • Infecção abdominal • Infecções do sistema nervoso central • Pneumonia • Infecção de pele e partes moles • Infecção do trato urinário • Infecção ginecológica – Alternativa no tratamento de granulocitopenia febril ERTAPENEM: • Não tem atividade confiável contra – P. aeruginosa – Acinetobacter spp • Não deve ser utilizado no tratamento empírico de pacientes com infecção relacionada à assistência à saúde , em instituições que apresentem alta prevalência por esses agentes • Alternativa para tratamento de infecções por – Klebsiella pneumoniae (ESBL) – Produtoras de betalactamases de espectro estendido – Continuidade de tratamento no domicílio por sua apresentação intramuscular e dose única diária Alto custo MONOBACTÂMICOS: • Aztreonam (disponível no Brasil) • Não é absorvido por via oral • Pode ser administrado por via intramuscular ou endovenosa • A ligação protéica é de 50 a 60% • Tem boa distribuição tecidual e penetra na maior parte dos tecidos e líquidos orgânicos – Ossos – Próstata – Pulmão – Secreção traqueal – Sistema nervoso central – TGI Aztreonam: • As enterobacteriaceas normalmente são sensíveis • Usado com sucesso no tratamento de: – infecções do trato urinário – bacteremias – infecções pélvicas – infecções intra-abdominais – infecções respiratórias Alternativa útil aos aminoglicosídeos por não ser nefro ou ototóxico, assim como às penicilinas e cefalosporinas, nos pacientes alérgicos. • Não deve ser usado como droga única na terapia empírica de pacientes com suspeita de infecções por cocos gram- positivos e/ou anaeróbios, pois não tem atividade para esses microrganismos • Não deve ser usado como monoterapia em infecções graves por P. aeruginosa • Mantém-se ativo em meios ácidos, sendo uma opção no tratamento de abscesso • Reações adversas ocorrem em 7% dos pacientes, mas apenas em 2% dos casos há necessidade de suspender o tratamento • Os mais comuns são dor no local da aplicação intramuscular ou flebite • “Rash”, náusea e vômitos também são relatados • Não foram observadas nefrotoxicidade, ototoxicidade ou alterações hematológicas • Pode ocorrer elevação das transaminases hepáticas que retornam ao normal com a suspensão do tratamento GLICOPEPTÍDEOS: • Apresentam um múltiplo mecanismo de ação – inibe a síntese do peptideoglicano – Alterara a permeabilidade da membrana citoplasmática – Interfere na síntese de RNA citoplasmático > Inibe a síntese da parede celular bacteriana • Bactérias gram-positivas • Mecanismos de resistência – Enterococos (VRE) • Resistência à vancomicina • Alterações genéticas na bactéria (gen vanA) • Diminuí o tropismo da droga – Estafilococos (VRSA) • VISA: Espessamento da parede celular • VRSA: Aquisição do gen vanA de um enterococo VANCOMICINA: • Via intravenosa (Boa distribuição na maioria dos tecidos) • Indicações clínicas – Alternativa aos beta- lactâmicos em pacientes alérgicos – Infecções por estafilococos resistentes a oxacilina – Infecções em próteses – Endocardites – Meningites pós- neurocirúrgicas – Peritonites pós-diálise peritoneal – Colite pseudomembranosa (C. difficile) após falha de tratamento com o Metronidazol TEICOPLANINA: • Tem pouca penetração BHE • Menor toxicidade • Custo superior • Solução para VRSA ou VRE (diagnóstico preciso) • Deve ser associado em infecções por outras bactérias (geralmente nunca usado em monoterapia) • Uso restrito • Não tem atividade contra – Bacilos gram-negativos – Fungos – Micobactérias Efeitos adversos dos Glicopeptídeos: • Vancomicina – Febre, calafrios e flebites (infusão) – Eritema máculopapular – Leucopenia – Ototoxicidade – Nefrotoxicidade • Teicoplanina – Reações cutâneas – Disfunções hepáticas transitórias QUINOLONAS: • Ácidonalidíxico (1962) – Infecções baixas no trato urinário • Ciprofloxacina – Bacilos gram-negativos – Cocos gram-positivos – Mais potente contra P. aeruginosa – Pouca ou nenhuma atividade • Streptococcus spp • Enterococus spp • Anaeróbios • Novas quinolonas (Melhorar atividade contra gram +) – Levofloxacina, gatifloxacina, moxifloxacina e gemifloxacina • Ácido nalidíxico (1962) – Infecções baixas no trato urinário • Ciprofloxacina – Bacilos gram-negativos – Cocos gram-positivos – Mais potente contra P. aeruginosa – Pouca ou nenhuma atividade • Streptococcus spp • Enterococus spp • Anaeróbios • Novas quinolonas (Melhorar atividade contra gram +) – Levofloxacina, gatifloxacina, moxifloxacina e gemifloxacina • Inibem a atividade da DNA girase ou topoisomerase II – Essencial à sobrevivência bacteriana. – Determinando a morte das bactérias • Mecanismos de resistência – Alteração na enzima DNA girase – Alteração da permeabilidade à droga – Bomba de efluxo • Boa absorção pelo trato gastrintestinal – Alimentos retardam o pico da concentração sérica • Boa concentração – Próstata, fezes, bile e pulmão • Concentração menor – Saliva, ossos e líquido cérebro espinhal • Via oral e Via endovenosa • Eliminação predominantemente renal Trato Geniturinário • Infecções urinárias não complicadas • Pielonefrites complicadas • Prostatites • Infecções sexualmente transmissíveis – Chlamydea trachomatis e Mycoplasma hominis • Doença inflamatória pélvica – Associação com um agente anaerobicida Trato Gastrointestinal • Todos os patógenos causadores de gastroenterites • Alta concentração nas fezes – Salmoneloses – Diarréia do viajante – Shigelose – C. jejuni Trato Respiratório • Levofloxacina e Moxifloxacina – Ação contra cocos gram- positivos (pneumococos) • Infecções de vias aéreas superiores – Sinusites de repetição • Exacerbação aguda das bronquites crônicas • Pneumonia adquirida na comunidade – Ação contra pneumococos • Pneumonias atípicas – Legionella spp – Mycoplasma spp – Chlamydia pneumoniae Osteomielites crônicas • Ótima opção – Possibilidade do uso oral – Espectro de ação Partes moles • Escaras infectadas • Úlceras crônicas • Pé-diabético Considerar associar com antimicrobianos com ação sobre anaeróbios. Micobactérias • Boa atividade contra micobactérias – Ciprofoxacina, ofloxacina e levofloxacina • São ativas contra: – M. tuberculosis, M. fortuitum, M. kansasii • Pouca atividade contra: – M. avium-intracellulare Efeitos adversos • Ruptura de tendão • Gastrintestinais (3 a 17% dos casos) – Anorexia, náuseas, vômitos e desconforto abdominal • Sistema nervoso central (0.9 a 11% dos casos) – Cefaléia, tontura, insônia e alterações do humor • Alergias e reações cutâneas (0.4 a 2.2% dos casos) – Rash cutâneo, urticária e fototoxicidade – Angioedema, reações anafiláticas e vasculite são incomuns. • Gestantes – Segurança não foi estabelecida – Sem relato de aumento de teratogenicidade – Eliminadas pelo leite materno (evitar durante a amamentação MACROLÍDEOS: • Eritromicina – Possui amplo espectro de ação: – Bactérias gram-positivas, Treponemas, micoplasma e clamídias – Inativa contra enterobacteriaceas e Pseudomonas spp • Claritromicina – Altamente ativa contra bactérias gram-positivas (Estreptococos e Estafilococos) – Pouca atividade contra: bactérias gram-negativas e anaeróbios • Azitromicina – Maior atividade contra bactérias gram-negativas – Enterobactérias são intrinsecamente resistentes • Não conseguem penetrar na membrana externa efetivamente Mecanismo de ação • Inibição da síntese protéica • Ligação em receptores na porção 50S do ribossomo impedindo as reações de transpeptidação e translocação do RNAt • A resistência pode surgir por – Diminuição da permeabilidade da célula ao antimicrobiano – Alteração no sítio receptor da porção 50S do ribossomo – Inativação enzimática Indicações clínicas • Infecções do trato respiratório por estreptococos do grupo A • Pneumonia por S. pneumoniae • Prevenção de endocardite após procedimento odontológico • Infecções superficiais de pele (S. pyogenes) • Profilaxia de febre reumática (faringite estreptocócica) • Primeira escolha no tratamento de pneumonias por bactérias atípicas – Mycoplasma pneumoniae – Legionella pneumophila – Chlamydia spp Eritromicina: • Concentra-se no fígado (Excretada na bile) – Encontrando-se altos níveis nas fezes • Atravessa a barreira placentária (não é teratogênica) • Encontrada no leite materno • Uso clínico – Infecções pélvicas por Chlamydia trachomatis – Tratamento e profilaxia da Bordetella pertussis (coqueluche) – Infecções por Campylobacter spp – Tratamento por Corynebacterium diphtheriae – Lesões genitais: Cancróide e linfogranuloma venéreo • 4 administrações diárias Azitromicina e Claritromicina: • Menos intolerância gástrica • Azitromicina (dose única) e claritromicina (2x ao dia) • Boa penetração tecidual – Humor aquoso, ouvido médio, seios paranasais, mucosa nasal, amígdalas, tecido pulmonar, pleura, rins, fígado, vias biliares, pele e próstata • Uso clínico – Mycobacterium avium- intracellurae – H. pylori – Cryptosporidium parvum – Bartonella henselae – Doença de Lyme – T. gondii Efeitos adversos • Cólicas abdominais (dor abdominal) • Náuseas , vômitos e diarréia • Hepatite colestática acompanhada por febre • Eosinofilia • Elevação de transaminases (eritromicina) • Hiperbilirrubinemia AMINOGLICOSÍDEOS: • Via intramuscular • Infusões intravenosas (por 30 minutos) • Atividade bactericida • Atividade bacteriostática residual • Uso concomitante com ß-lactâmicos • Distribuem-se bem no líquido extracelular • Exceção pelas células tubulares renais • São eliminados quase que inalterados por filtração glomerular Mecanismo de ação • Ligam-se à fração 30S dos ribossomos – Inibindo a síntese protéica – Produzindo proteínas defeituosas Mecanismos de resistência • Alteração dos sítios de ligação no ribossomo (Porção 30S) • Alteração na permeabilidade • Modificação enzimática da droga Indicações clínicas • Septicemias • Infecções do trato urinário • Endocardites • Infecções respiratórias • Infecções intra-abdominais • Meningites em recém-nascidos • Infecções oculares • Osteomielites • Infecções de articulações Estreptomicina • Usada em esquemas alternativos contra tuberculose • Pacientes com resistência a isoniazida e/ou rifampicina ou em terapia parenteral Gentamicina • Tratamento de infecções por bacilos gram-negativos • Ação contra P. aeruginosa ou Serratia marcescens • Combinados com ß-lactâmicos • Infecções mais graves por enterococos Amicacina • Infecções por bacilos gram- negativos resistentes a gentamicina • Terapia empírica de infecções relacionadas à assistência à saúde Efeitos adversos • Nefrotoxicidade – Insuficiência renal aguda do tipo não oligúrica – Necrose tubular aguda – Interrupção do tratamento – Fatores de risco: uso concomitante de outras drogas nefrotóxicas, idade avançada, doença hepática subjacente, uso prévio de aminoglicosídeos e estados hipovolêmicos • Ototoxicidade – Podendo ocorrer mesmo após a interrupção da droga. • Paralisia neuromuscular – Pacientes mais susceptíveis: uso de curarizantes, miastenia gravis, hipocalcemia, hiperfosfatemia e botulismo NITROIMIDAZÓLICOS: Metronidazol: • Bactericida potente • Oral, tópica e intravenosa – Secreção vaginal, líquidos seminais, saliva, bile e líquor. – Atravessaa placenta atingindo o feto – Deve ser evitado na gravidez – Excretado no leite materno • Penetra em coleções – Empiema, abscesso hepático e ouvido médio • Excelente atividade contra bactérias anaeróbicas estritas Mecanismo de ação • Liberação de compostos tóxicos e radicais livres que agredem o DNA – Impede a síntese enzimática das bactérias • Bactérias aeróbicas não são susceptíveis • Importante – Bactérias sensíveis raramente desenvolvem resistência Indicações clínicas • Tratar infecções por anaeróbios – Abscesso cerebral, pulmonar, bacteremia, infecções de partes moles, osteomielite, infecções orais e dentárias, sinusite crônica, infecções intra- abdominais • Terapia inicial da colite pseudomembranosa (por via oral) • Indicado no tratamento do tétano • Vaginose bacteriana (Gardnerella vaginalis) • Protozoários – Amebíase – Tricomoníase – Giardíase Reações adversas • Raramente são graves para se descontinuar a terapia • Manifestações mais comuns são: – Cefaléia, náuseas, secura e gosto metálico na boca • Uso prolongado e em doses altas – Vertigem, convulsões, ataxia cerebelar e neuropatia periférica • Contraindicada no primeiro trimestre da gestação LINCOSAMINAS: Clindamicina: • Via oral, EV ou tópica – Via intramuscular é dolorosa, devendo ser evitada • Não atravessa a barreira hematoencefálica – Não há relatos de teratogenicidade • Absorção é menor em idosos • Na presença de hepatopatia a dose deve ser ajustada – Eliminada por via biliar Mecanismo de ação • Inibem a síntese protéica nos ribossomos – Ligando-se a subunidade 50S – Bacteriostáticas (Facilitando a opsonização) Mecanismos de resistência – Alterações no sítio receptor do ribossomo – Mudanças no RNA 23S da subunidade 50S Indicações clínicas • Infecções intra-abdominais – Infecções pélvicas (incluindo abortamento séptico) • Infecções pulmonares – Abscesso pulmonar, pneumonia aspirativa, empiema • Infecções odontogênicas, sinusites, otite crônica e osteomielites • Infecções de pele por estreptococos ou estafilococos • Erisipela e infecções de partes moles – Pacientes alérgicos a penicilina Reações adversas • Diarréia • Colite associada ao uso de antimicrobianos – Colite pseudomembranosa (Clostridium difficile) • Exantema ocorre em 10% dos pacientes • Febre, eosinofilia e reações anafilactóides são raras • Pode ocorrer flebite após infusão endovenosa Antivirais Infecções virais: Estrutura viral: • Agentes infecciosos pequenos (faixa de 20-30 nm) • Não possuem sistema metabólico não se reproduzem fora das células do hospedeiro (parasitas intracelulares obrigatórios) • A partícula viral fora de seu hospedeiro é denominada vírion – ácido nucléico (RNA ou DNA, fita simples ou dupla) – capa protéica composta de capsídeos (unidades estruturais simétricas repetitivas) – Capa viral + núcleo de ácido nucléiconucleocapsídeo • Alguns vírus possuem um envelope lipoproteico externo extra • Certos vírus também contêm enzimas que iniciam sua replicação na célula do hospedeiro Classificação dos vírus: Vírus do DNA - herpes vírus - adenovírus - vírus hepatite B - bacteriófagos Vírus de RNA - retrovírus(HIV) - influenza vírus - vírus hepatite A, C e D - vírus de febre hemorrágica (dengue, hantavírus, ebola vírus) - coronavírus Replicação viral: Vírus da Herpes: • Família Herpesviridae • HSV-1 e 2 (Simplexvirus ) herpes simples 1 (boca, face, esôfago e cérebro) e herpes simples 2 (genitália, reto, pele, mãos e meninges) • HHV-3 (Varicellovirus) varicela zoster (VZV) • HHV-4 (Lymphocryptovirus) Vírus de Epstein-Barr (mononucleose infecciosa) • HHV-5 Citomegalovírus • HHV-6 e 7 síndromes virais • HHV-8 (Rhadinovirus) sarcoma de Kaposi Herpes Simples (HHV-1 e 2) Característica das Lesões • DOR, prurido, ardência, fissuras e ulcerações • Evolução • Lesões papulosas (vesículas dolorosas com conteúdo citrino transmissão) • Regressão espontânea (10 a 12 dias podendo haver cicatriz) Base Nitrogenada x Nucleosídeo x Nucleotídeo A menor unidade de um DNA ou RNA são os nucleotídeos(tem fosfato). Uridinas • Análogo sintético da timidina (nucleosídeo) • Ativo contra vírus DNA Mecanismo de ação: Aciclovir • Análogo sintético da desoxiguanosina (nucleosídeo) • Ativo contra vírus DNA • Terapia antiviral seletiva (inibe a DNA polimerase viral) • HSV-1 e 2 (herpes simples) • HHV-3 (varicela zoster) • CMV precisa de concentrações plasmáticas muito altas inibe a DNA polimerase celular Mecanismo de ação: Tratamento de Herpes genital: • Primeiro Episódio (recomendação para gestantes) • Aciclovir 200mg, 2 cp, VO, 3x dia, por 7 dias a 10 dias • Aciclovir 200mg, 1 cp, VO, 5x dia, por 7 dias a 10 dias • Alternativa • Valaciclovir 1g VO 12/12h por 7 dias • Fanciclovir 250mg, VO 8/8h por 7 dias • Recidiva • Aciclovir 200mg, 2 cp, VO, 3x dia, por 5 dias • Valaciclovir 500mg 12/12h por 5 dias Varicela Zoster • Evolução benigna e autolimitada* • Fases: Vesículas, Bolhas e Crostas • Aciclovir 800mg VO, 4/4h por 7 dias • Valaciclovir 1g VO, 8/8h por 7 dias • Fanciclovir 500mg VO, 8/8h por 7 dias • Casos Graves (tratamento venoso) • Aciclovir 10mg/Kg, 8/8h por 14-21 dias • Foscarnet 40mg/Kg, 8/8h por 14-28 dias Foscarnet • Pirofosfato Inorgânico (Fragmento) • Inibição múltipla • DNA polimerase • RNA polimerasse • Transcriptase Reversa (HIV) • Resistência mutação no gene da DNA polimerase • Efeitos adversos • Hiper/hipocalcemia e fosfatemia • Uso restrito hospitalar Citomegalovírus (CMV) • Beta-herpes-vírus • HCMV (Human Cytomegalovirus) • HHV-5 (Human Herpesvirus-5) • Infecção oportunista no HIV • Maioria dos casos assintomática • Síndromes neurológicas • Reativação de infecção latente • Primo-infecção • Imunocomprometidos • Transplantados • Oncológicos Citomegalovírus (CMV) Forma adquirida • Hepatomegalia (disfunções cirróticas) • Amigdalite/Faringite • Síndrome de Guillain-Barré • Paralisia facial • Anemia hemolítica • Hepatite granulomatosa • Trombocitopenia Citomegalovírus (CMV) Forma congênita -Maioria dos recém nascidos assintomáticos -Mortalidade pode chegar a 30% -Manifestações Observadas -Microcefalia -Calcificações cerebrais -Coriorretinite -Hepatoesplenomegalia -Icterícia -Retardamento mental -Pneumonite interticial -Convulsões -Trombocitopenia com púrpuras Citomegalovírus (CMV) • Repouso relativo • Sintomático • Casos Graves • Ganciclovir 5mg/Kg IV de 12/12h por 14-21 dias • Retinite • Ganciclovir 5-6mg/Kg IV de 24/24h por 6x por semana • Cidofovir (pacientes com HIV) (áudio explicação) Vírus da Influenza • Família Ortomixoviridae • Composto RNA de fita simples segmentado • 3 Tipos: • Influenza virus A • Influenza virus B • Influenza virus C Inibidores da Neuraminidase Inibidores do canal M2 • Amantadina e Rimantadina • Ativas somente contra a influenza A Hepatite B • Família Hepadnavirus (Vírus DNA) • Afeta somente humanos • 8 genótipos: A – H (genoma) • 4 SUBTIPOS (antígeno de superfície) • adw, adr, ayw, ayr • Genótipo Influencia • Resposta terapêutica • Evolução clínica • Genótipos C e F maior risco de carcinoma hepatocelular Evolução da Hepatite B: O tratamento tem o objetivo detentar reduzir a cronificação, a transmissão e ocorrência de complicações Hepatite Crônica Telangiectasia: vasos sanguíneos que ficam logo abaixo da pele, com menos de um milímetro de espessura. Ascite: acúmulo de líquido (ascítico) que contém proteínas dentro do abdômen. Tratamento Farmacoterapêutico: • Interfenon alfa (imunomodulador) • Tenofovir • análogo do nucleotídeo adenosina monofosfato • primeira linha de tratamento para hepatite B crônica • elevada potência de supressão viral • alta barreira genética • Entecavir • análogo do nucleosídeo guanosina • situações de intolerância ao tenofovir • equivalentes em eficácia porém, com menor barreira genética • primeira linha nos pacientes em tratamento de imunossupressão e em quimioterapia Tenosovir Entecavir Alfainterferona • Indicada para tratamento alternativo de 48 semanas • Apresenta maior potencial de eventos adversos • Contraindicado • Consumo atual de álcool ou drogas • Cardiopatia grave • Disfunção tireoidiana não controlada • Distúrbios psiquiátricos não tratados • Neoplasia recente • Insuficiência hepática • Exacerbação aguda de hepatite viral • Gestantes Paciente que não apresentarem soroconversão do anti-HBs ao final da 48ª semana de tratamento deverá ser substituída por Tenofovir (TDF) ou Entecavir (ETV) Hepatite C • Família Flaviviridae • Gênero Hepacivirus (RNA vírus) • 7 Genótipos: 1-7 • Subdivididos em mais de 50 subtipos (1a, 1b, 2a,...) • Brasil • Mais prevalente Genótipo 1 • Seguido pelo Genótipo 3 Proteínas virais Fármacos de ação direta Ribavirina • Análogo sintético do nucleosídeo guanosina • Quando adicionar RBV ao esquema? • Cirrose • Falhas nos esquemas c/ interferon • Genótipo 3 • Contraindicações • Alergia • Gravidez e amamentação • ICC grave* • Cirrose descompensada* • Talassemias (anemia falciforme) • Hb < 8,5 Mecanismo de ação: Ação dos medicamentos: Inibidores da fusão, antagonistas do receptor TCD4, inibidor da transcriptase reversa, inibidor da transcriptase e inibidor da protease. TARV/HIV – Arsenal terapêutico no Brasil Efeitos adversos: Síndrome da Lipodistrofia Inibidores da protease promovem as seguintes alterações metabólicas: 1) Inibição da CRABP-1 ↓síntese de ácido retinoico diminuindo o armazenamento lipídico liberação na corrente sanguínea 3) ↓leptina e ↓adiponectina (tecido adiposo) ↓sensibilidade à insulina 4) inibição do receptores de LDL ↓recaptação de TG e AGL hiperlipidemia 5) Inibição da degradação da Apolipoproteína B 6) ↓Síntese do GLUT4 7) Estimula da produção de EROs disfunção mitocondrial e resistência à insulina Inibidores da transcriptase reversa: 1) inibem a síntese de DNA mitocondrial disfunção no metabolismo mitocondrial e redução da produção de energia celular apoptose dos adipócitos ↑resistência à insulina e dislipidemia 2) Inibição da SREBP-1 Interferência na diferenciação dos adipócitos Tratamento 1. Terapia farmacológica para Síndrome metabólica hipoglicemiantes Hipolipemiantes Anti-hipertensivos Aconselhamento nutricional 2. Lipoescultura 3. Preenchimento das regiões com lipoatrofia 4. Exercícios físicos TARV/HIV: como escolher? Característica das drogas 1. Eficácia 2. Segurança 3. Barreira genética 4. Resistência transmitida 5. Frequência da dose 6. Número do comprimidos 7. Tamanho dos comprimidos Fatores do indivíduo 1. CD4 e CV (carga viral) totais 2. Resistência HIV/Pré-tratamento 3. HLA-B*5701 4. Comorbidades 5. Comedicações 6. Preferência do paciente TARV\HIV- Esquema preferencial no Brasil Grávidas Tenofovir / Lamuvidina + Raltegravir Doses padrão dos ARV - Antifúngicos: Principais fungos patogênicos causadores de micoses: Asoergillus: produz substância que é muito tóxica, encontra-se em amendoim, cereais. O que mais observa é que o antifúngico tem sempre uma eficiência, seu mecanismo de ação é muito semelhante. Principais alvos celulares dos antifúngicos: • Fungos são eucariotos, com paredes celulares rígidas compostas de quitina em vez de peptidoglicano (característico da maioria das paredes celulares bacterianas). • As membranas celulares dos fungos contêm ergosterol, em vez de colesterol,encontrado nas membranas de mamíferos – inibir a síntese do ergosterol faz com que, não faça a produção celular de forma adequada, para inibir. 1- Antifúngico Anfotericina B: Produzido pelo Streptomyces nodosus. Potencial tóxico. Fármaco de escolha no tratamento de micoses sistêmicas que ameaçam a vida. Espectro antifúngico: Fungicida ou fungistática dependendo do microrganismo e da sua concentração Eficaz contra uma ampla variedade de fungos I. Candida albicans II. Histoplasma capsulatum III. Cryptococcus neoformans IV. Coccidioides immitis V. Blastomyces dermatitidis VI. Várias cepas de Aspergillus VII. Leishmaniose** Altera a permeabilidade do poro/potencial de membrana, o fungo apresenta dificuldade de fazer comunicação com o meio externo. • Resistência: • Infrequente • Associada à diminuição do conteúdo de ergosterol na membrana fúngica. • Farmacocinética: • Infusão intravenosa (IV) lenta • Insolúvel em água e deve ser coformulada com desoxicolato de sódio (convencional) ou uma variedade de lipídeos artificiais, formando lipossomas (reduzem a toxicidade de infusão e renal) • A anfotericina B é extensamente ligada a proteínas plasmáticas e distribuída por todo o organismo • Inflamações favorecem a penetração em vários líquidos corporais • Pouca anfotericina B é encontrada no líquido cerebrospinal (LCS), no humor vítreo ou no líquido amniótico • Atravessa a placenta • Baixos níveis do fármaco e seus metabólitos aparecem na urina durante um longo período e parte também é eliminada pela bile • Não é necessário ajuste de dosagem em pacientes com disfunção hepática, mas, quando a anfotericina B causa disfunção renal, a dose diária deve ser reduzida em 50%. PODE CAUSAR INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS, CASO TAMBÉM NECESSITEM SER TRANSPORTADOS POR ALBUMINA. • Efeitos adversos: Baixo índice terapêutico. Não deve exceder 1,5 mg/kg/dia • Nas formulações lipídicas podem ser administradas com segurança em dosagens de até 10 mg/kg/dia. Manifestações tóxicas • Febre e calafrios: 1 e 3 horas após o administração IV (pré-medicação com corticosteroide ou antipirético) • Lesão renal: pacientes podem apresentar diminuição da velocidade de filtração glomerular e da função tubular renal (↑creatinina sérica pode aumentar, ↓depuração de creatinina ↓K+ ↓ Mg2+). Geralmente volta com a suspensão do fármaco (doses maiores permanecem lesões residuais). Para minimizar a nefrotoxicidade, pode-se usar uma carga de sódio com a infusão salina normal e a anfotericina B em base lipídica. • Hipotensão: ↓PA (choque acompanhada de hipopotassemia suplementação de potássio. Deve-se ter cautela em pacientes que usam digoxina e outros fármacos que podem causar flutuações de potássio • Tromboflebites: adição de heparina à infusão. 2- Antifúngico Antimetabólitos – Flucitosina: Antimetabólito pirimidina sintético. Usado com frequência em associação com a anfotericina B. Micoses sistêmicas e contra a meningite causada por C. neoformans e C. albicans. Mecanismo de ação: I. A 5-FC entra nas células do fungo por uma permease citosina-específica, que é uma enzima que não ocorre
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