Buscar

30 anos ECA - Atividade

Prévia do material em texto

ESTÁGIO Na DDD Delegacia de Defesa da Mulher 
Atividade de Supervisão de Campo 
Nome do aluno: Rosilene da Silva Cruz 
RU:2787536
Nome do Supervisor de Campo: Maria Nazareth Pereira 
Atividade realizada em: 06/09/2022
SEMINÁRIO ONLINE – REFLEXÃO DOS 30 ANOS DO ECA
AVANÇOS, DESAFIOS E PERSPECTIVAS
Lei nº 8.069/1990
A Lei que regulamenta o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, completou 30 anos, em 13 de julho de 2020.
Conselhos dos Direitos da Criança e do Adolescente e Conselho Tutelar: Relação Estado e Sociedade civil
Sabe-se que política pública voltada a garantia de direitos é a materialização do direito da Criança e do Adolescente. Em 30 anos do Eca, houve inúmeros avanços, graças a sociedade civil e sua força coletiva, reivindicadas por meio dos Conselhos Tutelares, dos movimentos sociais, participação de fóruns, assembleias e conferencias. Mas um grande desafio para o ECA, se dá em pleno anos de 2020, onde, nunca visto antes, o Estado se desresponsabilizar tanto pelas políticas sociais, transferindo-as para a sociedade e o 3º Setor.
Doutrina de Proteção Integral versus Doutrina da Situação Irregular
Doutrina de Proteção Integral: Por meio do Art.º 227 da CF/1988, instituiu-se que ser dever da família, da sociedade e do Estado, garantir com absoluta prioridade, à criança e ao adolescente seus direitos descrito na mesma. Com isso a criança e o adolescente passaram a serem SUJEITOS DE DIREITOS.
Doutrina da Situação Irregular: Com o Código de Menores (Lei 6.697/1979), a Doutrina se estabeleceu em nosso país. Tratando a criança e o adolescente como mero objeto de “não direitos”. Direitos estes estabelecidos conforme julgamento dos juízes de menores, segundo sua vontade, os juízes aplicavam as leis aos menores, sempre vendo-os como infratores, escória da sociedade e a margem dos direitos.
Movimentos dos Direitos Humanos da Criança e do Adolescente
IMPORTANTE: antes ao ECA, a Convenção Internacional da Criança em 1989, já concebia a criança como ser pleno, devendo crescer de forma saudável e integral. Convenção esta que influenciou diretamente à formulação do ECA.
2020: Os movimentos sociais objetivando garantia de direitos da criança e do adolescente tem grandes desafios a frente, tais como: Recomposição dos movimentos; relacionar o ECA como disciplina dentro das salas de aulas; ressaltar a criança e o adolescente como sujeito de direito e não como usuários atrás de benefícios; a Luta e Resistência frente ao Estado, cada dia mais desresponsabilizado com as políticas sociais, etc.
Atuação do Sistema de Justiça na Defesa da Criança e do Adolescente
Doutrina da Situação Irregular: Juizados de Menores – Juiz de Menores – Total poder judicial de decisão sobre o menor (Criança e adolescente).
2020: Doutrina de Proteção Integral – Família, sociedade e Estado – Sistema de garantia de direitos da Criança e do Adolescente – Sistema de Justiça trabalhando de forma articulada e em rede, com poder de decisão descentralizado, priorizando a proteção integral para a Criança e ao Adolescente.
Desafio para o Sistema de Justiça: A interdisciplinaridade e o trabalho com equipe multidisciplinar; Reconhecimento da Criança e Adolescente como sujeito de direito (próprio), dar voz aos mesmo, sendo ouvidos.
Políticas Sociais de Proteção à Infância e à Adolescência: Avanços e Desafios
Lei nº 8.069/90: Estatuto da Criança e do Adolescente, maior conquista na garantia de direitos das crianças e dos adolescentes.
Flexibilização do Sistema de Justiça: Cedendo poder e certa autonomia aos Conselhos Tutelares.
DESAFIOS: 
Falta de debates coletivos sobre as políticas sociais;
Redução dos investimentos na área social;
Efetivação das políticas sociais de proteção a Criança e Adolescente;
Políticas sociais sobre Crianças e Adolescentes LGBTQIA+;
Dificuldades de atuação dos profissionais trabalhando com equipamentos e políticas sucateadas;
Entre outros tantos desafios impostos pelo Estado...
Conclusão
Por meio dos pontos ressaltados do Seminário, podemos ter como norte os avanços e retrocessos que o ECA sofre nesses 30 anos de “consolidação”. É notável que enquanto futuros profissionais da área, devemos lutar na efetivação e consolidação do ECA em todos os âmbitos de atuação que possamos a vir atuar. É por meio, da informação e atuação comprometida com o ECA, que poderemos contribuir ativamente para a garantia efetiva do direitos de meninos e meninas do nosso país
PARABÉNS ao ECA pelos 30 anos e a TODOS nós que lutamos para sua verdadeira consolidação.
PALESTRANTES
Djalma Costa (ANCED/Seção DCI Brasil e CEDECA Interlagos);
Irandi Pereira (Doutora em Educação – FE-USP, Docente e pesquisadora sobre socioeducação, integrante do Fórum Estadual DCA/SP e do IBCRIA);
Francisca PINI (Assistente social e doutora em Serv. Social e Políticas Soc., Docente e pesquisadora sobre movimentos sociais e Educ. em Direitos Humanos, Integrante da Comissão Estadual de Educação em Dir. Humanos e do Comitê Municipal de Educ. em Direitos Humanos, Diretora pedagógica do Ins. Paulo Freire);
Ana Carolina Oliveira Galvim Schwan (Defensora Pública Coordenadora do Núcleo Especializado de Infância e Juventude – NEIJ);
Auréa Satomi (Assist. Social, Servidora do Judiciário, Doutora em Serv. Social, militante e pesquisadora em Direitos humanos).
Referências
SEMINÁRIO ON-LINE – REFLEXÃO DOS 30 ANOS DO ECA: AVANÇOS, DESAFIOS E PERSPECTIVAS. Defensoria SP. Youtube. 28 de jul. 2020. 3h56min56s. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=4NhhECumXdw>. Acesso em: 06/09/2022

Continue navegando