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UMA ANÁLISE SOBRE A RELAÇÃO ENTRE TECNOLOGIA E CULTURA NA BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR

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UMA ANÁLISE SOBRE A RELAÇÃO ENTRE TECNOLOGIA E CULTURA NA BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR
SILVA, Larissa de Paula, 1288398
RESUMO
O presente trabalho busca oferecer subsídios para a compreensão da relação entre cultura e tecnologia a partir da estruturação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Nesse sentido, será colocado em discussão a importância de uma educação de qualidade e que incentive o desenvolvimento da cultura digital nas escolas. Por conseguinte, a primeira seção oferece uma breve discussão a respeito da importância do princípio da sustentabilidade na implementação de uma educação que contribua para a formação dos sujeitos, tendo como perspectiva a questão cultura. Em um segundo momento, será analisado o papel do currículo no processo de ensino aprendizagem, sendo que a cultura digital será compreendida a partir das competências da BNCC. Assim sendo, foi empregado a pesquisa bibliográfica como meio de investigação, responsável por levantar informações a respeito da compreensão da tecnologia nas escolas brasileiras, de forma que permita a sua utilização na construção do conhecimento e da formação do pensamento crítico, que perpassa a questão cultural.
Palavras-chave: Educação. Cultura. BNCC.
1. INTRODUÇÃO 
A educação deve servir a propósitos basilares para a construção da dignidade do ser humano, pois ela possui a importância de concretizar políticas públicas de inclusão social. O processo de globalização provocou uma expansão da tecnologia que atualmente permeia os ambientes escolares. A ótica do Desenvolvimento Sustentável é essencial para se compreender um modelo de sociedade inclusiva e não exclusiva. E por meio da formação de uma educação pautada no Princípio da Sustentabilidade, será possível ocorrer a efetivação do Desenvolvimento Sustentável.
Nesse sentido, pensar em uma perspectiva curricular que agregue o ensino e a tecnologia, se tornou peça fundamental na construção da formação cultural dos alunos. Ao analisar o uso da tecnologia nas escolas, torna-se necessário compreender a vida cotidiana dos alunos, haja vista que a construção de um processo educacional eficaz deve aproximar os estudantes com o objeto de estudo.
Esse processo de aprendizagem possui relação com a noção de currículo enquanto um processo histórico elaborado por múltiplos atores. De acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a sociedade contemporânea traz uma nova narrativa para o processo educativo, sendo necessário que os alunos consigam desenvolver competências para atuar com discernimento e responsabilidade nos contextos das culturais digitais. Esse é o desafio da educação, tendo em vista que a educação não deve ser vista como um processo de acúmulo de informações, mas sim, formadora de cidadãos conscientes e com competências para tomar decisões com autonomia e responsabilidade.
Com isso, o presente trabalha busca oferecer subsídios para compreensão da relação entre cultura e tecnologia na formação da Base Nacional Comum Curricular. Por conseguinte, a primeira seção oferece uma breve discussão a respeito da efetivação de uma educação assimilada ao princípio da sustentabilidade. Por meio disso, será discutido o objetivo quatro (4) do desenvolvimento sustentável proposto pela Organização das Nações Unidas (ONU) que diz respeito a consolidação de uma educação inclusiva, equitativa e de qualidade e que promova oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos os indivíduos. A partir dessas premissas, espera-se trazer uma discussão a respeito da importância da inserção da tecnologia nos meios educacionais.
Em um segundo momento, será discutido o papel da tecnologia na formação cultural dos alunos, através do desenvolvimento de um saber que seja inclusivo, interdisciplinar e contextualizado. Assim sendo, se busca reconhecer a necessidade de o processo de ensino compreender o aluno como produtor de conhecimento e, não mais como o processo tradicional de ensino que prima por uma metodologia de memorização, abstrata e conteudista.
A partir disso, o presente trabalha busca compreender o papel da tecnologia na formação cultural dos alunos. Destarte, por mais que a BNCC estabelece um ensino que seja interdisciplinar e contextualizado, não se transforma uma estrutura educacional apenas com mudanças formais; dessa forma, vislumbra-se a importância de se discutir o papel de novas metodológicas no desenvolvimento da estrutura curricular. Por causa disto, ao se observar o papel do currículo enquanto instrumento de ação organizado por múltiplos atores, cabe refletir na importância da construção do currículo que tenha a tecnologia como um de seus alicerces.
Em consideração a isso, no que diz respeito ao objetivo geral, pretende-se analisar o papel da cultura digital na formação da Base Nacional Comum Curricular. Em relação aos objetivos específicos, espera-se: a) discutir as potencialidades e limitações do uso das novas tecnologias no processo de ensino - aprendizagem; e b) entender o papel da educação escolar na formação de uma cultura digital.
Assim sendo, foi empregado a pesquisa bibliográfica como meio de investigação, tendo em vista a necessidade de compreender a relação entre cultura e tecnologia na elaboração da BNCC. E, a partir do levantamento bibliográfico, se buscou entender como a cultura digital possibilita a formação de uma educação transformadora, a partir do que se encontra previsto na BNCC. Noutro giro, a partir da análise da cultura digital na formação da Base Nacional Comum Curricular, espera-se trazer novos olhares para a discussão do uso das tecnologias na sala de aulas. Nesse sentido, é importante compreender os caminhos que a BNCC traça em relação a cultura digital.
2. A FORMAÇÃO DA CULTURA DIGITAL A PARTIR DA BNCC
2.1 Uma análise sobre Educação Inclusiva
A educação para a sustentabilidade deve ser uma questão estratégica para a efetivação do Desenvolvimento Sustentável. Por isso, ela precisa ser uma pauta global (FREITAS, 2012). O crescimento é inerente ao ser humano. Conforme exposto por Veiga (2010), não é possível escapar do dilema do crescimento. Entretanto, o grande problema é o desenvolvimento desenfreado pautado em valores econômicos. 
É evidente a separação entre países ricos e pobres, fruto do processo de globalização cruel e desumano e, devido a isso, se faz necessário uma nova concepção de desenvolvimento. A educação é o caminho para a mudança do paradigma de um desenvolvimento econômico para o desenvolvimento sustentável, pautado na justiça social e respeito do ser humano diante a sua relação com o meio ambiente. É notório o grande avanço das grandes potências devido ao fenômeno da globalização; contudo, a desigualdade em relação aos países pobres é marcante. Nesse quadro de desigualdade e extremas dificuldades dos países pobres, a educação de qualidade, conforme menciona Santos (2001), é cada vez mais inacessível. Através do aparato tecnológico é possível compreender essa nítida separação.
A educação sustentável possibilitará a criação de mecanismos para equilibrar a imensa divergência entre a capacidade tecnológica dos países de Primeiro Mundo com as nações emergentes, consideradas como a semiperiferia (VEIGA, 2010). A globalização permitiu aos países ricos, um grande avanço tecnológico, sendo responsável pela expansão de seus produtos por todo o mundo. As maiores empresas do mundo pertencem aos países com grande poderio econômico e, que, se beneficiaram diretamente com as vantagens da globalização. As grandes empresas atuam em qualquer ponto do planeta, além de terem desenvolvido uma mobilidade espacial impressionante, contam com os recursos das recentes inovações tecnológicas (ABREU, 2002). A tecnologia é fruto de poder para as empresas pertencentes aos países ricos. Diante desse contexto, é importante considerar a abordagem realizada por Veiga (2010) no tocante à importância da educação para os países pobres, pois ele considera que as sociedades civis da semiperiferia devem compreender à educação científica desde o ensino fundamental. 
O contextoeducacional é importante para a formação de um desenvolvimento social que possibilite a igualdade de todos os indivíduos que compõem a coletividade e, a ascensão da questão da responsabilidade ambiental. Com base nisso, Freitas (2012) demonstra que a educação em todos os seus setores deve servir ao desenvolvimento de uma sociedade com o bem-estar no presente sem realizá-lo em detrimento das gerações futuras. Através dessa abordagem, o autor salienta a importância da educação para a conscientização da sociedade a respeito da questão social, pois o bem-estar do presente diz respeito a igualdade entre os indivíduos e, a preocupação ambiental relacionada a preservação do ambiente para as gerações presentes e futuras. Diante disso, a educação não é sinônimo de reprodução cultural (FREITAS, 2012) e, não deve ser uma prioridade como um meio de enfoque material e imediatista, mas é fundamental pensar em educação como veículo de transformação social, e não uma mera acumulação de riquezas. 
O que se deve buscar e que se exige intra e intergeracionalmente, “é uma educação sustentável de qualidade” (FREITAS, 2012, p.164). Entretanto, é necessário constatar a premissa estabelecida por Veiga (2010), de que existe um problema da difícil conscientização, sendo que ao tratar do contexto educacional, existem muitos obstáculos cognitivos que devem ser ultrapassados. E esses, precisam, de condições mínimas de alfabetização em ciências naturais.
A sustentabilidade tem o compromisso de criar iniciativas que possibilitem abordagens inovadoras do direito fundamental à educação e, através da aprendizagem formal e informal, será possível uma transformação na relação do indivíduo com o meio ambiente (FREITAS, 2012). Conforme demonstra o referido autor, esse modelo de socialização proposto, vai estimular o ser humano a “rejeitar toda e qualquer postura nociva ao equilíbrio dinâmico da vida” (FREITAS, 2012, p.164).
A instauração de um novo desenvolvimento depende do rompimento da atual lógica de progresso, pois essa relação entre produção e consumo, gera um sistema de desigualdades perversas (SANTOS,2001). Alguns países foram explorados em detrimento de outros e, além disso, esses países marginalizados não têm acesso aos bens e serviços conquistados com a globalização. 
A grande maioria desses países se encontra na região conhecida como África Subsaariana. Mas também, a questão ambiental foi afetada pelo progresso elencado pelo sistema capitalista selvagem, pois a exploração dos recursos naturais foi constante, tendo apenas a intenção de acumulação de riquezas, sem pensar na conservação do meio ambiente para as gerações futuras. 
As políticas educacionais devem servir a um propósito de mudança de paradigma quanto à questão do desenvolvimento. A educação tem como premissa, “processar o reequacionamento valorativo do desenvolvimento, conjugando-o a incentivos aptos a promover uma alteração de estilos de produção e de consumo” (FREITAS, 2012, p.165). 
A sustentabilidade oferece condições para que se efetivem políticas educacionais que se comprometam com um novo desenvolvimento. O direito sustentável requer investimento em uma aprendizagem por toda a vida (FREITAS, 2012). Com isso, é importante compreender que a educação não deve deter um enfoque puramente econômico e sim, a efetivação de um desenvolvimento duradouro. 
O desenvolvimento sustentável obriga mudanças quanto à relação do homem com a natureza. Com isso, “representações hostis à natureza terão de ser substituídas […]” (FREITAS, 2012, p.168). A sociedade passará a ter maior responsabilidade com o futuro e com todos os seres vivos" (FREITAS, 2012).
Conforme explanado por Veiga (2010), a efetivação da sustentabilidade depende de uma macroeconomia que rompa com a lógica social do consumismo, além de reconhecer os limites naturais à expansão das atividades econômicas. O autor comenta que tal macroeconomia não existe. Esse processo de desenvolvimento que deve ser rompido.
Essa lógica de produção e consumo, conforme menciona por Santos (2001), é o fator destrutivo do meio ambiente, pois existe uma relação entre produção e consumo que afeta severamente a exploração dos recursos naturais. No momento em que o consumo é incentivado, a produção tende a crescer e, consequentemente, a exploração dos recursos naturais é acentuada. 
Nesse sentido, o que se buscar é a reconstrução do desenvolvimento a partir das noções de sustentabilidade, o que perfaz a necessidade de alinhar o discurso com a formação de uma educação inclusiva, que forme sujeitos proativos e com capacidade para a formação de opinião, de decisão e autonomia. Com base nisso, é possível trazer a noção do objetivo quatro (4) do desenvolvimento sustentável, que se organiza a partir de uma educação de qualidade para toda humanidade e que promova aprendizagem para o longo da vida dos indivíduos.
Em relação ao objetivo quatro (4), a tecnologia é trazida como uma importante aliada na implementação da educação. Em relação ao Brasil, se espera até 2030 o aumento substancial de jovens e adultos que tenham as competências necessárias, com atenção às qualificações técnicas e profissionais, para o emprego, trabalho decente e empreendedorismo, sendo que traçou como um indicador, a necessidade de formação de jovens e adultos com habilidades em tecnologias de informação e comunicação.
Além disso, até 2030, o aumento de jovens e adolescentes em programas de ensino superior, incluindo a participação em programas de formação profissional, de tecnologia da informação e da comunicação. A partir dessas considerações, pode-se perceber a necessidade de alinhar a tecnologia no processo de formação educacional.
		E nesse aspecto, a perspectiva é de que até 2030, todos os alunos adquiram conhecimentos e habilidades necessárias para promover o desenvolvimento sustentável, tendo como alguns dos pilares, a diversidade cultural e da contribuição da cultura para o desenvolvimento sustentável.
		Ao analisar a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), cabe trazer o seu conceito, conforme a seguir transcrito:
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento de caráter normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica, de modo a que tenham assegurados seus direitos de aprendizagem e desenvolvimento, em conformidade com o que preceitua o Plano Nacional de Educação (PNE).
Diante dessa concepção, torna-se necessário discutir como a Base Nacional Comum Curricular possibilita a formação de uma cultura digital. A partir disso, cabe dispor algumas competências gerais da Educação Básica traçada na BNCC:
1 Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
[...]
4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.
[...]
5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva (BRASIL, 2018, p. 8-9).
Desse modo, uma nova óptica é dada para a educação, pois se faz necessário a conscientização de uma transformação do modelo educacional que permita a inserção do princípio da sustentabilidade. Em conformidade com a análise realizada, é possível inferir a necessidade de alinhar a tecnologia na construção do processo educacional das escolas.
2.2 Cultura Digitala partir da Base Nacional Comum Curricular
Partindo-se do pressuposto da formação de uma cultura digital a partir do viés da sustentabilidade, se visualiza a formação de uma base curricular que dê sustentação a esse paradigma. A respeito disso, torna-se imprescindível buscar uma metodologia capaz de contextualizar essa temática com a pretensão de possibilitar o seu adequado aprendizado.
Nesse sentido, cabe dispor a importância da articulação entre as teorias críticas dos campos da Educação e da Tecnologia, tendo em vista a possibilidade de estabelecer uma boa compreensão das tecnologias digitais no contexto social atual e na práxis pedagógica (MACHADO e AMARAL, 2021).
Assim sendo, o currículo deve ser tomado como um produto das relações e das dinâmicas interativas, com a pretensão de indicar caminhos, travessias e chegadas, que são constantemente realimentados e reorientados pela ação dos atores/autores da cena curricular (BAHIA, 2019). Consoante observar o disposto em Machado e Amaral (2021), que estabelece que a BNCC tem caráter complementar aos currículos, o que por si só já é possível de compreender o seu papel no processo de formação educacional.
O que se pode perceber é que a educação teórica deve estar direcionada a aplicação de conceitos na vida em sociedade, sendo necessário que os educadores guiem os alunos no desenvolvimento de um pensamento que seja crítico, mas também, com a compreensão de que o conhecimento atua diretamente na transformação das relações sociais. Esse entendimento é possível ser compreendido no que dispõe Macedo (2007), ao abordar que é de atribuição dos educadores distinguirem o campo e o objeto de estudo do currículo como processo histórico, como processo de interesse formativo e ao mesmo tempo de empoderamento político. Nesse sentido, cabe analisar o pensamento de Freire (1987), que assim dispõe:
Educação é o ato de depositar, de transferir, de transmitir valores e conhecimentos [...] 
Dai, então, que nela: 
a) o educador é o que educa; os educandos, os que são educados; 
b) o educador é o que sabe; os educandos, os que não sabem; 
c) o educador é o que pensa; os educandos, os pensados; 
d) o educador é o que diz a palavra; os educandos, os que a escutam docilmente;
 e) o educador é o que disciplina; os educandos, os disciplinados; 
f) o educador é o que opta e prescreve sua opção; os educandos os que seguem a prescrição; 
g) o educador é o que atua; os educandos, os que têm a ilusão de que atuam, na atuação do educador; 
h) o educador escolhe o conteúdo programático; os educandos, jamais ouvidos nesta escolha, se acomodam a ele; 
i) o educador identifica a autoridade do saber com sua autoridade funcional, que opõe antagonicamente à liberdade dos educandos; estes devem adaptar-se às determinações daquele; 
j) o educador, finalmente, é o sujeito do processo; os educandos, meros objetos (FREIRE, 1987, p. 34).
A educação transforma a realidade de alunos e professores, sendo que ela deve ser o pilar de sustentação de uma sociedade mais justa e igualitária. 
Assim sendo, o que se espera da educação é a possibilidade de reivindicar espaços escolares que fomentem o desenvolvimento de um pensamento crítico, aliado com a teoria e prática dentro da realidade dos alunos. 
O pensamento crítico construído em sala de aula perpassa pelo posicionamento do professor em sala de aula, sendo necessário que ele detenha dos instrumentos adequados para o desenvolvimento de uma metodologia adequada e eficiente. Assim sendo, dispõe Carvalho Júnior (2002, p. 53):
O trabalho crítico do professor deve auxiliar ao aluno a construir uma mentalidade também crítica, questionadora, transgressora. Em uma palavra: libertária. Além de crer na importância de seu trabalho como educador, o professor deve pautar toda a sua prática em uma discussão consistente a respeito da realidade, ser ético nas relações mantidas com todos os envolvidos no processo educativo e coerente em suas atitudes.
Nesta perspectiva, ao lidar com os problemas das escolas brasileiras, se verifica a dificuldade de implantar novas abordagens de ensino, haja vista que a inserção de novas tecnologias ainda tem se apresentado como um desafio. Em relação aos obstáculos do ensino tradicional, cabe dispor o seguinte:
Uma escola que pretende formar por meio da imposição de modelos, de exercícios de memorização, da fragmentação do conhecimento, da ignorância dos instrumentos mais avançados de acesso ao conhecimento e da comunicação. Ao manter uma postura tradicional e distanciada das mudanças sociais, a escola como instituição pública acabará também por se marginalizar (BRASIL, 2000, p. 12).
Ao considerar a noção de competência prevista na BNCC, ela é definida como “a mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais) atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho” (BRASIL, 2018, p. 08). Nesse sentido, “a competência digital foi definida como a utilização crítica e confiante das tecnologias da sociedade da informação para o trabalho, o lazer e a comunicação, sustentada pelas habilidades em Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), sobretudo pelo uso do computador (COUTINHO e GIRARDELLO, 2021, 59). 
Diante disso, Machado e Amaral (2021), dispõem que a Competência Cultura Digital se apresenta em três grandes grupos, a saber: Computação e Programação, Pensamento Computacional, e Cultura e Mundo Digital. Cada uma dessas Dimensões está dividida em Subdimensões. São elencadas, ao todo, sete Subdimensões e cada uma delas, por sua vez, pode ter uma ou mais divisões, aqui denominadas Categorias. Cada Categoria tem objetivos específicos a serem atingidos em certas etapas do Ensino Fundamental e do Ensino Médio.
Esses marcos definidos pelo documento são os Objetivos de Aprendizagem. Cada categoria possui quatro Objetivos de Aprendizagem, definidos de forma padronizada para todas as Categorias, em todas as Subdimensões: até o 3º ano do Ensino Fundamental; até o 6º ano do Ensino Fundamental; até o 9º ano do Ensino Fundamental; e, até o 3º ano do Ensino Médio.
De acordo com a compreensão dada por Machado e Amaral (2021), a elaboração de um conjunto de habilidades e conhecimentos denominado Cultura Digital traz um imperativo tecnológico que é característico do Determinismo. Em conformidade com os referidos autores, essa categoria assume que a tecnologia se desenvolve de maneira autônoma e independente, ditando o compasso da vida em sociedade; e a Educação cumpre o papel de ensinar às pessoas como acompanhar essa Cultura Digital, da qual a maioria das pessoas parece estar à margem de qualquer interferência. 
Em contrapartida, alguns autores tecem algumas críticas sobre as propostas elaboradas na BNCC, como se pode ver a seguir:
Trazendo a questão para nosso contexto, se nos debruçarmos sobre o discurso construído e o texto da BNCC propriamente dito, encontraremos muitas contradições, entre as quais destacamos as duas mais evidentes: utiliza-se o termo objetos de conhecimento para fugir do estigma de conteudismo, mas o que se percebe é que o documento traz um excesso de “conteúdos mínimos”, deixando pouco espaço para regionalismos e especificidades; e há uma falta de clareza no uso do conceito de habilidades, traduzidas comolistas de tarefas para o professor executar (COUTINHO e GIRARDELLO, 2021, p. 67).
O que deve se atentar à discussão realizada, é na problemática de se enveredar para uma neutralidade do saber. 
Por conta disso, ao refletir o papel do educador para o processo de desenvolvimento educacional do estudante, nota-se que é inviável impor um modelo hierarquizado, baseado em uma individualização do conhecimento, onde o professor se coloca como a única fonte de conhecimento na sala de aula. 
Os sujeitos são históricos, o processo de ensino deve levar em considerar os múltiplos atores que compõem o ambiente escolar. Assim sendo, cabe dispor o seguinte:
O ser humano está vivendo na presença de uma diversidadede fenômenos naturais, embora na maioria das vezes não consiga visualizar a presença destes em sua volta e com uma nova forma de ensino a ciência poderá ser vista de uma forma mais interessante e atrativa. Dessa forma, o ensino deverá ocorrer de forma em que os alunos possam se tornar cidadãos críticos capazes de atuar com competência na sociedade e que possam contribuir através de questionamentos na sua realidade. No entanto para que o ensino se torne de qualidade é muito importante que o professor busque atrair o alunado, através de atividades que desperte o interesse, e que motive ambos a buscar aprender sempre. Pois a partir do momento que eles perceberem que os assuntos estudados tem haver com a sua realidade irão buscar saber mais (GOMES e SILVA, 2016, p. 02).
Posto isto, não se mostra viável pensar em modelos educacionais que mantenham ainda uma estrutura hierárquica de funcionamento, que afasta os alunos do processo de construção do saber. Diante disso, dispõe Almeida e Valente (2012, p.60):
[...] as tecnologias digitais propiciam a reconfiguração da prática pedagógica, a abertura e plasticidade do currículo e o exercício da coautoria de professores e alunos. Por meio da midiatização das tecnologias de informação e comunicação, o desenvolvimento do currículo se expande para além das fronteiras espaços temporais da sala de aula e das instituições educativas; supera a prescrição de conteúdos apresentados em livros, portais e outros materiais; estabelece ligações com os diferentes espaços do saber e acontecimentos do cotidiano; e torna públicas as experiências, os valores e os conhecimentos, antes restritos ao grupo presente nos espaços físicos, onde se realizava o ato pedagógico.
A tecnologia deve buscar fortalecer o processo educacional, sendo uma ferramenta importante no processo de ensino-aprendizagem. Por conseguinte, é fundamental a institucionalização de um currículo realista, que os alunos possam se enxergar na sua construção, através de um estudo que inclua e entenda o papel do estudante na gestão do saber.
3. METODOLOGIA
O presente trabalho parte-se da premissa de que a metodologia não é apenas um conjunto de técnica e procedimentos necessários para a confecção de um trabalho, posto que a concepção metodológica também se incorpora a dimensão teórica dada à investigação (GUSTIN e DIAS, 2013, p. 66). A natureza da pesquisa é científica. Nesse sentido, se busca analisar a relação que se estabelece entre cultura e tecnologia a partir da construção da Base Nacional Comum Curricular, com a pretensão de compreender suas potencialidades e limitações.
Para o alcance dos objetivos, será realizado uma abordagem qualitativa, haja vista que o foco é a interpretação da relação entre cultura e tecnologia no contexto educacional. Diante disso, ao pensar na análise da cultura digital, busca-se refletir sobre a importância do uso da tecnologia nas escolas, com a pretensão de verificar quais as dificuldades para a real inserção tecnológica que possibilite a implementação de um currículo que alinhe teoria e prática.
De início, surgiram dúvidas se a pesquisa seria explicativa ou exploratória. A referida pesquisa se propõe a realizar um estudo que proporcione uma visão geral da tecnologia e cultura na formação da Base Nacional Comum Curricular. Nesse sentido, a pesquisa mais adequada é a exploratória, haja vista que se busca uma investigação mais ampla da relação entre cultura e tecnologia.
Consoante observar que o projeto empregou a pesquisa bibliográfica como meio de investigação. Diante disso, a análise e compreensão da relação entre cultura e tecnologia deu suporte à devida compreensão da Base Nacional Comum Curricular, sendo que foi analisado a necessidade de construção do currículo em uma perspectiva de diversidade, em que se permite a participação dos diversos atores do contexto escolar.
Dessa forma, a pesquisa bibliográfica foi empregada como meio de investigação, mediante análise documental, especialmente livros, artigos científicos, leis e outros instrumentos normativos. Essa abordagem permite compreender a importância da utilização da tecnologia no processo de ensino aprendizagem, sendo necessário o desenvolvimento da prática e teoria harmonizado com a realidade cotidiana dos alunos, numa pretensão de discutir uma nova abordagem em relação a tecnologia.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A dificuldade em pensar o uso efetivo das tecnologias digitais se dá em virtude do modelo tradicional que ainda persiste no Brasil. A Base Nacional Comum Curricular pretende ressignificar o papel da tecnologia nas escolas brasileira, sendo que a proposta é de integração entre teoria e prática, alinhada com o uso das novas tecnologias.
Destarte, o que se discute é a necessidade de estabelecer um novo olhar para as tecnologias. Assim sendo, se busca reconhecer a necessidade de o processo de ensino compreender o aluno como produtor de conhecimento e, não mais como o processo tradicional de ensino que prima por uma metodologia de memorização, abstrata e conteudista.
Ao pensar na cultura digital, nota-se uma dificuldade em desenvolver as tecnologias nas escolas, haja vista que as novas ferramentas tecnológicas ainda não são exploradas em sua integralidade. 
No que toca essa questão, cabe ressaltar que o ensino precisa ser direcionado à tecnologia, pois o aluno consegue absorver aquilo que está inserido dentro de sua realidade e, no momento em que o professor utiliza das ferramentas atuais, o estudante consegue aproveitar melhor das aulas e o processo de ensino-aprendizagem se mostra mais eficaz.
Todavia, não é possível direcionar essa responsabilidade apenas ao professor, mesmo que ele possui um papel imprescindível enquanto operador da educação, não é apenas sua atuação que seja necessário para reorganizar o processo de ensino aprendizagem. Por mais que a legislação favoreça uma nova abordagem quanto à didática e metodologia a partir da cultura digital, a prática tem se mostrado deficitária.
A partir disso, o que se verifica é a dificuldade de implementar uma nova abordagem de ensino dentro da atual estrutura tradicional que impera nas escolas brasileiras. 
Cabe observar que não se nega nesse trabalho a importância do estudo teórico, mas é preciso reconhecer a necessidade de despertar o interesse do estudante e esse caminho não será alcançado apenas no ensino abstrato, conteudista e de operações numéricas que se manifesta de forma expressiva no ensino. Destarte, o que se defende é a ampliação das abordagens em sala de aula, a partir do viés da tecnologia, que possa desenvolver a curiosidade dos alunos.
Posto isto, se vislumbra uma pedagogia do reconhecimento, do olhar atraente para os saberes que os estudantes levam para as escolas, suas dúvidas a respeito daquilo que vivenciam. A partir disso, a tarefa do professor é explorar na sala de aula o uso da tecnologia de forma que o aluno reconheça no cotidiano o processo de ensino-aprendizagem. O que se espera é o agir científico através do reconhecimento da vida enquanto objeto de estudo.
As tecnologias digitais permitem uma remodelagem da prática pedagógica. Desse modo, sem a pretensão de esgotar o tema, buscou-se através do presente trabalho reconhecer o valor da tecnologia no processo de ensino aprendizagem. É possível e necessário estreitar as relações entre professor e aluno, de forma democrática e plural, dando a possibilidade dos estudantes se tornarem fontes de conhecimento, o que significa uma ampliação do papel do professor, posto que, ele não será apenas um repetidor de códigos, mas sim, uma fonte de conhecimento que desperta a curiosidade para o saber.
A educação deve servir a propostos basilares para a dignidade do ser humano, pois ela possui a importância de concretizar políticas públicas de inclusão social. Ao pensar em uma educação transformadora, o ensino deve buscar alinhar as novas tecnologias no processo de aprendizagem. Nesse sentido, a importância do trabalho é de analisar a Base Nacional Comum Curricular, com a pretensão de compreender a forma quese dá a relação entre cultura e tecnologia.
O uso da tecnologia deve propiciar que os alunos se tornem protagonistas, que eles possam pensar na produção do conhecimento, na sua implementação. A tecnologia permite a ampliação do saber, de forma que a formação cultural nas escolas se torne um processo de encontro e desencontros, em que a produção do saber passa a ser compartilhado entre professores e alunos.
Com fulcro nessa perspectiva, se vislumbra um alinhamento entre cultura e tecnologia, sendo que a Base Nacional Comum Curricular pauta em suas diretrizes a necessidade de construção de um ensino interdisciplinar e contextualizado, não agregando apenas o ensino conteudista, mas sim, a formação de um conhecimento pautado em práticas, experimentações e realizações, os quais serão construídos pelos próprios alunos. Dito isso, é importante entender o desenvolvimento da tecnologia na prática escolar, permite a formação do pensamento crítico nas escolas, sendo que a cultura possa ser melhor apresentada e reivindicada nesses espaços.
REFERÊNCIAS
ABREU, Gilberto Andrade de. Globalização para quem: caminhos e descaminhos. Rio de Janeiro: Temas e Ideias, 2002. 
ALMEIDA, E.; VALENTE, J. Integração currículo e tecnologias e a produção de narrativas digitais. Currículo sem Fronteiras, v. 12, n.3, p. 57-82, 2012.
BAHIA. Documento Curricular referencial da Bahia: para educação infantil e ensino fundamental. Salvador: 2019.
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