Buscar

2_Fundamentos Língua Portuguesa (1)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 156 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 156 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 156 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Fundamentos teóricos e metodológicos da língua Portuguesa
SUMÁRIO
FUNDAMENTOS 
TEÓRICOS E 
METODOLÓGICOS DA 
LÍNGUA PORTUGUESA
2
Fundamentos teóricos e metodológicos da língua Portuguesa
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
A Faculdade Multivix está presente de norte a sul 
do Estado do Espírito Santo, com unidades em 
Cachoeiro de Itapemirim, Cariacica, Castelo, Nova 
Venécia, São Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória. 
Desde 1999 atua no mercado capixaba, des-
tacando-se pela oferta de cursos de gradua-
ção, técnico, pós-graduação e extensão, com 
qualidade nas quatro áreas do conhecimen-
to: Agrárias, Exatas, Humanas e Saúde, sem-
pre primando pela qualidade de seu ensino 
e pela formação de profissionais com cons-
ciência cidadã para o mercado de trabalho.
Atualmente, a Multivix está entre o seleto 
grupo de Instituições de Ensino Superior que 
possuem conceito de excelência junto ao 
Ministério da Educação (MEC). Das 2109 institui-
ções avaliadas no Brasil, apenas 15% conquistaram 
notas 4 e 5, que são consideradas conceitos 
de excelência em ensino.
Estes resultados acadêmicos colocam 
todas as unidades da Multivix entre as 
melhores do Estado do Espírito Santo e 
entre as 50 melhores do país.
 
missÃo
Formar profissionais com consciência cida-
dã para o mercado de trabalho, com ele-
vado padrão de qualidade, sempre mantendo a 
credibilidade, segurança e modernidade, visando 
à satisfação dos clientes e colaboradores.
 
VisÃo
Ser uma Instituição de Ensino Superior reconheci-
da nacionalmente como referência em qualidade 
educacional.
GRUPO
MULTIVIX
3
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Fundamentos teóricos e metodológicos da língua Portuguesa
SUMÁRIO
BiBlioteca multiViX (dados de publicação na fonte)
As imagens e ilustrações utilizadas nesta apostila foram obtidas no site: http://br.freepik.com
Magda Mulati Gardelli
Fundamentos Teóricos Metodológicos da Língua Portuguesa / Magda Mulati Gardelli . – Serra: Multivix, 2019.
editorial
Catalogação: Biblioteca Central Anisio Teixeira – Multivix Serra
2019 • Proibida a reprodução total ou parcial. Os infratores serão processados na forma da lei.
Faculdade caPiXaBa da serra • multiViX
Diretor Executivo
Tadeu Antônio de Oliveira Penina
Diretora Acadêmica
Eliene Maria Gava Ferrão Penina
Diretor Administrativo Financeiro
Fernando Bom Costalonga
Diretor Geral
Helber Barcellos da Costa
Diretor da Educação a Distância
Pedro Cunha
Conselho Editorial
Eliene Maria Gava Ferrão Penina (presidente 
do Conselho Editorial)
Kessya Penitente Fabiano Costalonga
Carina Sabadim Veloso
Patrícia de Oliveira Penina
Roberta Caldas Simões
Revisão de Língua Portuguesa
Leandro Siqueira Lima
Revisão Técnica
Alexandra Oliveira
Alessandro Ventorin
Graziela Vieira Carneiro
Design Editorial e Controle de Produção de Conteúdo
Carina Sabadim Veloso
Maico Pagani Roncatto
Ednilson José Roncatto
Aline Ximenes Fragoso
Genivaldo Félix Soares
Multivix Educação a Distância
Gestão Acadêmica - Coord. Didático Pedagógico
Gestão Acadêmica - Coord. Didático Semipresencial
Gestão de Materiais Pedagógicos e Metodologia
Direção EaD
Coordenação Acadêmica EaD
4
Fundamentos teóricos e metodológicos da língua Portuguesa
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
Aluno (a) Multivix,
Estamos muito felizes por você agora fazer parte 
do maior grupo educacional de Ensino Superior do 
Espírito Santo e principalmente por ter escolhido a 
Multivix para fazer parte da sua trajetória profissional.
A Faculdade Multivix possui unidades em Cachoei-
ro de Itapemirim, Cariacica, Castelo, Nova Venécia, 
São Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória. Desde 1999, 
no mercado capixaba, destaca-se pela oferta de 
cursos de graduação, pós-graduação e extensão 
de qualidade nas quatro áreas do conhecimento: 
Agrárias, Exatas, Humanas e Saúde, tanto na mo-
dalidade presencial quanto a distância.
Além da qualidade de ensino já comprova-
da pelo MEC, que coloca todas as unidades do 
Grupo Multivix como parte do seleto grupo das 
Instituições de Ensino Superior de excelência no 
Brasil, contando com sete unidades do Grupo en-
tre as 100 melhores do País, a Multivix preocupa-
-se bastante com o contexto da realidade local e 
com o desenvolvimento do país. E para isso, pro-
cura fazer a sua parte, investindo em projetos so-
ciais, ambientais e na promoção de oportunida-
des para os que sonham em fazer uma faculdade 
de qualidade mas que precisam superar alguns 
obstáculos. 
Buscamos a cada dia cumprir nossa missão que é: 
“Formar profissionais com consciência cidadã para o 
mercado de trabalho, com elevado padrão de quali-
dade, sempre mantendo a credibilidade, segurança 
e modernidade, visando à satisfação dos clientes e 
colaboradores.”
Entendemos que a educação de qualidade sempre 
foi a melhor resposta para um país crescer. Para a 
Multivix, educar é mais que ensinar. É transformar o 
mundo à sua volta.
Seja bem-vindo!
APRESENTAÇÃO 
DA DIREÇÃO 
EXECUTIVA
Prof. Tadeu Antônio de Oliveira Penina 
diretor executivo do grupo multivix
5
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Fundamentos teóricos e metodológicos da língua Portuguesa
SUMÁRIO
lista de Figuras
 > FIGURA 1 - Comunicação 16
 > FIGURA 2 - Comunicação truncada 18
 > FIGURA 3 - Pedido de casamento 20
 > FIGURA 4 - Estrutura da comunicação 20
 > FIGURA 5 - Ação e reação 21
 > FIGURA 6 - Primeiros meses 28
 > FIGURA 7 - Primeiro ano de vida 29
 > FIGURA 8 - criança ao telefone 31
 > FIGURA 9 - Crianças brincando 32
 > FIGURA 10 - Escrita cuneiforme 39
 > FIGURA 11 - Ideograma 39
 > FIGURA 12 - Exemplos de conversa no aplicativo de celular 41
 > FIGURA 13 - O processo seletivo 42
 > FIGURA 14 - Semáforo 51
 > FIGURA 15 - Alimento 51
 > FIGURA 16 - Currículo escolar 57
 > FIGURA 17 - Estrutura dos PCN 61
 > FIGURA 18 - O aluno, a língua e o ensino 64
 > FIGURA 19 - Publicação 66
 > FIGURA 20 - Reciclagem de lixo 67
 > FIGURA 21 - Treinador 68
 > FIGURA 22 - Atelier de criação 69
 > FIGURA 23 - Igualdade e equidade 71
 > FIGURA 24 - Estrutura da BNCC (educação básica) 72
 > FIGURA 25 - Competências gerais da BNCC 74
 > FIGURA 26 - Competências específicas para o ensino 
de língua portuguesa 77
 > FIGURA 27 - Campos de atuação 78
 > FIGURA 28 - Produção de texto 82
 > FIGURA 29 - Placa de silêncio 83
 > FIGURA 30 - Textos 84
6
Fundamentos teóricos e metodológicos da língua Portuguesa
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
lista de Figuras
 > FIGURA 31 - Bolo de laranja 87
 > FIGURA 32 - Cantiga de roda 90
 > FIGURA 33 - Teatro de fantoche 91
 > FIGURA 34 - Feiras de ciências 91
 > FIGURA 35 - Jogo 96
 > FIGURA 36 - Criatividade 100
 > FIGURA 37 - Alfabetização de adultos 107
 > FIGURA 38 - Alfabeto 108
 > FIGURA 39 - Escrita espontânea 110
 > FIGURA 40 - Crianças lendo 113
 > FIGURA 41 - Crianças escrevendo 113
 > FIGURA 42 - Nível um 116
 > FIGURA 43 - Nível dois: pré-silábico 117
 > FIGURA 44 - Nível dois: silábico 117
 > FIGURA 45 - Fase silábica 118
 > FIGURA 46 - Silábico-alfabético 119
 > FIGURA 47 - Nível alfabético 120
 > FIGURA 48 - Tecnologias Digitais de Comunicação 126
 > FIGURA 49 - Objetivos da oralidade na BNCC - 
Ensino Fundamental 129
 > FIGURA 50 - Roda de conversa 131
 > FIGURA 51 - Objetivos da leitura/escuta na BNCC - 
Ensino Fundamental 133
 > FIGURA 52 - Crianças lendo 137
 > FIGURA 53 - Objetivos da produção de texto na BNCC - 
Ensino Fundamental 139
 > FIGURA 54 -Crianças produzindo textos 140
 > FIGURA 55 - Objetivos da análise linguística/semiótica na BNCC - 
Ensino Fundamental 142
 > FIGURA 56 - BRINCADEIRA 145
 > FIGURA 57 - JOGOS 145
7
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Fundamentos teóricos e metodológicos da língua Portuguesa
SUMÁRIO
lista de Quadros
 > QUADRO 1 - Diferenças entre as línguas falada e escrita 41
8
Fundamentos teóricos e metodológicos da língua Portuguesa
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
sumÁrio
1UNIDADE
2UNIDADE
1 aQuisiÇÃo e desenVolVimento da linguagem 15
1.1 AQUISIÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM 15
1.1.1 CONCEITOS 16
1.1.1.1 LINGUAGEM 16
1.1.2 LÍNGUA 18
1.1.3 ESTRUTURA DA COMUNICAÇÃO 18
1.2 TEORIAS SOBRE A AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM 20
1.2.1 BEHAVIORISMO 21
1.2.2 A AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM NA PERSPECTIVA BEHAVIORISTA 23
1.2.3 COGNITIVISMO CONSTRUTIVISTA 23
1.2.4 A AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM NA PERSPECTIVA 
CONSTRUTIVISTA COGNITIVISTA 24
1.2.5 1.2.5 INATISMO 25
1.2.6 A AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM NA PERSPECTIVA INATISTA 26
1.2.7 SOCIOINTERACIONISMO 27
1.2.8 A AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM NA PERSPECTIVA 
SOCIOINTERACIONISTA 27
1.3 ESTÁGIOS DO DESENVOLVIMENTO DA APRENDIZAGEM 28
1.3.1 ESTÁGIO PRÉ-LINGUÍSTICO 28
1.3.2 ESTÁGIO LINGUÍSTICO – PRIMEIRAS PALAVRAS 29
1.3.3 ESTÁGIO LINGUÍSTICO – AS PRIMEIRAS DUAS PALAVRAS 31
1.3.4 ESTÁGIO LINGUÍSTICO – MAIS QUE DUAS PALAVRAS 32
conclusÃo 33
2 articulaÇÃo entre língua Falada e escrita 37
2.1 ARTICULAÇÃO DA LÍNGUA FALADA E ESCRITA 37
2.2 CARACTERÍSTICAS DAS LÍNGUAS FALADA E ESCRITA 38
2.2.1 NORMA CULTA, LÍNGUA COLOQUIAL 42
2.2.2 A FALA, A ESCRITA E O ENSINO 44
2.3 VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS 46
2.3.1 VARIAÇÃO LINGUÍSTICA E O PRECONCEITO LINGUÍSTICO 47
2.3.2 TIPOS DE VARIAÇÃO LINGUÍSTICA 48
2.3.3 VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS E O ENSINO 52
conclusÃo 54
9
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Fundamentos teóricos e metodológicos da língua Portuguesa
SUMÁRIO
sumÁrio
3 estudo dos ParÂmetros curriculares nacionais e da 
Base nacional comum curricular 56
3.1 ESTUDO DOS PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS E 
DA BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR 56
3.2 PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS DA LÍNGUA PORTUGUESA 59
3.2.1 PRINCÍPIOS E FUNDAMENTOS DOS PCN 62
3.2.2 ESTRUTURA DOS PCN DE LÍNGUA PORTUGUESA 64
3.3 BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR 70
3.3.1 PRINCÍPIOS E FUNDAMENTOS PEDAGÓGICOS DA BNCC 73
3.3.2 ESTRUTURA DA BNCC DE LÍNGUA PORTUGUESA 76
conclusÃo 79
4 ProduÇÃo oral e escrita 81
4.1 PRODUÇÃO ORAL E ESCRITA 81
4.1.1 GÊNEROS TEXTUAIS 84
4.1.2 GÊNEROS ORAIS 89
4.1.3 GÊNEROS ESCRITOS 92
4.2 ELEMENTOS DE COESÃO E COERÊNCIA 93
4.2.1 COESÃO REFERENCIAL E COESÃO SEQUENCIAL 94
4.2.2 COERÊNCIA E METARREGRAS 97
4.3 GERAÇÃO DE TEXTOS CRIATIVOS 99
conclusÃo 102
3UNIDADE
4UNIDADE
10
Fundamentos teóricos e metodológicos da língua Portuguesa
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
5 desenVolVimento da leitura e da escrita nas sÉries 
iniciais do ensino Fundamental 104
5.1 DESENVOLVIMENTO DA LEITURA E DA ESCRITA NAS SÉRIES 
INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL 104
5.2 PERSPECTIVA HISTÓRICA DA LEITURA E DA ESCRITA 105
5.2.1 ALFABETIZAÇÃO NO BRASIL 106
5.2.2 ALFABETIZAÇÃO E AS CONCEPÇÕES DE APRENDIZAGEM 107
5.3 ALGUNS MÉTODOS DE ALFABETIZAÇÃO 111
5.4 ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO 112
5.5 PSICOGÊNESE DA LÍNGUA ESCRITA 115
conclusÃo 121
6 metodologia e estratÉgias esPecíFicas no ensino de 
língua Portuguesa e integraÇÃo com as demais 
Áreas do ensino 123
6.1 METODOLOGIA E ESTRATÉGIAS ESPECÍFICAS PARA O 
ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA E INTEGRAÇÃO COM AS 
DEMAIS ÁREAS DO ENSINO 124
6.2 ORALIDADE E ENSINO 127
6.2.1 TRABALHO COM GÊNEROS ORAIS E A ESCOLA 128
6.3 LEITURA E ENSINO 131
6.3.1 TRABALHO COM A LEITURA E A ESCOLA 133
6.4 PRODUÇÃO DE TEXTO E ENSINO 138
6.4.1 TRABALHO COM A PRODUÇÃO DE TEXTO E A ESCOLA 139
6.5 ANÁLISE LINGUÍSTICA E SEMIÓTICA E ENSINO 141
6.5.1 TRABALHO COM A ANÁLISE LINGUÍSTICA/SEMIÓTICA 
E A ESCOLA 142
6.6 JOGOS E BRINCADEIRAS 144
conclusÃo 147
glossÁrio 149
reFerÊncias 151
5UNIDADE
6UNIDADE
11
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Fundamentos teóricos e metodológicos da língua Portuguesa
SUMÁRIO
iconograFia
ATENÇÃO 
PARA SABER
SAIBA MAIS
ONDE PESQUISAR
DICAS
LEITURA COMPLEMENTAR
GLOSSÁRIO
ATIVIDADES DE
APRENDIZAGEM
CURIOSIDADES
QUESTÕES
ÁUDIOSMÍDIAS
INTEGRADAS
ANOTAÇÕES
EXEMPLOS
CITAÇÕES
DOWNLOADS
12
Fundamentos teóricos e metodológicos da língua Portuguesa
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Bem-vindo à disciplina Fundamentos Teóricos e Metodológicos da Língua Portu-
guesa.
Na década de 1970, acreditava-se que ensinar Língua Portuguesa era simplesmen-
te fazer os alunos decorarem uma mera listagem de regras da gramática normativa 
– classes gramaticais e as regras ortográficas, que eram expostas ao estudante de 
forma desvinculada da realidade quotidiana do uso da língua. Atualmente, após os 
estudos sobre o cognitivismo, construtivismo e sociolinguística, percebe-se que a 
língua deve ser compreendida pela concepção de linguagem como interação. Hoje, 
o estudo de gêneros textuais é conteúdo obrigatório e necessário para a aprendi-
zagem da leitura e da escrita da língua em geral e, no nosso caso, da língua por-
tuguesa. Por isso, nesta disciplina, você refletirá sobre os fundamentos teórico-me-
todológicos do ensino/aprendizagem de Língua Portuguesa, orientado por uma 
perspectiva sociointeracionista de linguagem. Objetiva-se que você tenha subsídios 
para poder elaborar planos de aula utilizando estratégias que favoreçam essa pers-
pectiva. Para isso, estudará as teorias que embasam os estudos sobre aquisição e 
desenvolvimento da linguagem. Na unidade 2, estudará as diferenças entre língua 
falada e escrita e sua importância no ensino de Língua Portuguesa. Na unidade 3, 
verá os conceitos, fundamentos, diretrizes e estrutura dos Parâmetros Curriculares 
Nacionais – PCN e Base Nacional Comum Curricular. Na unidade 4, serão apresenta-
das as metodologias e estratégias de ensino na produção oral e escrita e na geração 
de textos criativos. Nas unidades 5 e 6, o foco será o desenvolvimento da leitura e 
da escrita nas séries iniciais do Ensino Fundamental, por meio do estudo das meto-
dologias e das estratégias específicas sob o enfoque da sociolinguística, bem com a 
integração com as demais áreas do ensino. Lembre-se de que, para que você possa 
aproveitar bem os seus estudos, tem de planejar os seus horários criando uma roti-
na de estudo. É importante também sempre iniciar as atividades pela leitura atenta 
do conteúdo. Não se esqueça também de que sua participação no fórum e a leitura 
das postagens dos outros colegas será uma outra fonte de reflexão do conteúdo. 
13
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Fundamentos teóricos e metodológicos da língua Portuguesa
SUMÁRIO
Objetivos da disciplina
Ao final desta disciplina, esperamos que você:
• • Refletir sobre como se estrutura a língua e sua dimensão linguística e 
dialógica.
• • Refletir sobre os fundamentos teórico-metodológicos do ensino/apren-
dizagem de Língua Portuguesa, orientado por uma perspectiva sociointera-
cionista de linguagem.
• • Identificar a linguagem como instrumento de mediação entre o mun-
do e a consciência humana e construir ações do ensino da língua como parti-
cipante dessa mediação.
• • Identificar e relacionar conteúdos propostos nos PCNs de Língua Portu-
guesa e na Base Nacional Comum Curricular com estratégiasde ensino.
• • Construir estratégias de abordagem do ensino da língua sob a perspec-
tiva dos gêneros textuais.
14
Fundamentos teóricos e metodológicos da língua Portuguesa
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos 
que você:
> Identificar as diferenças entre linguagem e 
língua.
> Localizar e reconhecer os elementos da 
comunicação.
> Identificar e reconhecer as concepções de 
linguagem.
> Identificar as características das teorias 
da aprendizagem como behaviorismo, 
inatismo, cognitivismo construtivismo e 
sociointeracionismo e relacioná-las à aquisição 
e desenvolvimento da linguagem.
> Identificar as características dos estágios do 
desenvolvimento da linguagem.
UNIDADE 1
15
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Fundamentos teóricos e metodológicos da língua Portuguesa
SUMÁRIO
1 AQUISIÇÃO E 
DESENVOLVIMENTO DA 
LINGUAGEM
Esta unidade se compõe do conteúdo relacionado à aquisição e desenvolvimento da 
linguagem. Serão tratados conceitos como os de linguagem e língua, que possuem 
extrema importância, para que você compreenda quais são as suas distinções e, as-
sim, possa se valer ao pensar uma aula cujas competências sejam específicas para o 
ensino de Língua Portuguesa para a Educação Básica. Concomitante a esse conteú-
do, você relembrará os elementos de comunicação: emissor, receptor, mensagem, ca-
nal, código e referente. Relembrar esses conceitos auxiliará você a entender as formas 
como pode elaborar sua aula com coerência e interação adequadas. Além disso, es-
tudará as teorias de desenvolvimento de aprendizagem: o behaviorismo, o inatismo 
e o sociointeracionismo. Refletirá sobre como a aquisição e o desenvolvimento da lin-
guagem são entendidos por cada uma das teorias – as quais não serão apresentadas 
de forma excludente umas das outras, mas complementar. Atualmente, a teoria mais 
utilizada é a sociointeracionista, mas que não descarta totalmente os postulados das 
outras duas. Por fim, serão abordados os estágios de aquisição da linguagem desde o 
nascimento até os dois anos. Tais conteúdos tratam das questões que serão úteis no 
entendimento de metodologias para o desenvolvimento de competências na Língua 
Portuguesa na Educação Infantil e seus reflexos para a idades posteriores.
1.1 AQUISIÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA 
LINGUAGEM 
Quando nascemos, nosso primeiro contato de comunicação com quem está ao nosso 
redor ocorre quando choramos. Mesmo que ainda existam novos métodos e formas 
de se trazer uma criança ao mundo, é o choro que ajuda o bebê a chamar a atenção 
da família quando se encontra com necessidade: de alimentação, de cuidados de 
higiene ou com algum desconforto sensorial, como dor, calor, frio etc. Para você en-
tender como ocorre o desenvolvimento da linguagem, é importante conhecer como 
ocorre a sua aquisição.
16
Fundamentos teóricos e metodológicos da língua Portuguesa
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
1.1.1 CONCEITOS
Para que você compreenda melhor como se dá a aquisição da linguagem e seu de-
senvolvimento, veja, a seguir, os conceitos de linguagem, língua e estrutura da comu-
nicação.
1.1.1.1 LINGUAGEM
FIGURA 1 - COMUNICAÇÃO
FONTE: SHUTTERSTOCK, 2018
A linguagem é toda e qualquer forma de comunicação entre alguém que deseja 
transmitir uma mensagem a outro alguém, ou seja, um emissor deseja comunicar 
algo a um receptor. Ela pode ocorrer de diversas formas: por meio de símbolos, códi-
gos, signos convencionais, gestos, sons etc.
Sinais de trânsito, a cruz para simbolizar o cristianismo, as letras para represen-
tar os sons que unidos formam palavras, os ícones de um celular etc.
Como forma de classificar os tipos de linguagem temos: a linguagem verbal e a não 
verbal. A linguagem verbal integra basicamente dois sistemas, o da fala e o da escrita, 
e ambos utilizam de signos convencionalmente criados, como: palavras, números 
e símbolos (como os sinais de pontuação, os sinais matemáticos etc.). A linguagem 
não verbal compõe-se de todos os outros recursos de comunicação, como imagens, 
desenhos, símbolos, músicas, gestos, tom de voz etc.
17
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Fundamentos teóricos e metodológicos da língua Portuguesa
SUMÁRIO
Três modos de se ver a linguagem vêm permeando a história dos estudos linguísticos. 
 > A linguagem como expressão do pensamento – para essa concepção, o não 
saber pensar é a causa de as pessoas não saberem se expressar. Pensar logi-
camente é um requisito básico para se falar e escrever, já que a linguagem 
traduz a expressão que se constrói no interior da mente, a linguagem é o 
“espelho” do pensamento (CHOMSKY, 1968). Segundo Travaglia (1997, p. 21), 
o fenômeno linguístico é reduzido a um ato racional, “a um ato monológico, 
individual, que não é afetado pelo outro nem pelas circunstâncias que cons-
tituem a situação social em que a enunciação acontece”.
 > A linguagem como meio de comunicação – essa concepção de linguagem 
se liga à Teoria da Comunicação (GERALDI, 1997). A língua é vista como um 
sistema organizado de sinais (signos) que serve como meio de comunicação 
entre os indivíduos possibilitando ao emissor transmitir uma certa mensa-
gem ao receptor. Para tanto, o código utilizado deve ser compreendido pelos 
dois polos da estrutura da comunicação: emissor e receptor.
 > A linguagem como forma ou processo de interação - nessa concepção, a 
linguagem se faz pela interação comunicativa mediada pela produção de 
efeitos de sentido entre interlocutores (emissor e receptor), em uma dada 
situação e em um contexto socio-histórico e ideológico, sendo que os interlo-
cutores são sujeitos que ocupam lugares sociais. Segundo Koch (1992, p. 9), 
a concepção de linguagem como forma de interação “é aquela que encara a 
linguagem como atividade, como forma de ação, ação interindividual finalis-
ticamente orientada; como lugar de interação que possibilita aos membros 
de uma sociedade a prática dos mais diversos tipos de atos, que vão exigir 
dos semelhantes reações e ou comportamentos”. 
A concepção sociointeracionista é a forma como vemos a função da linguagem nos 
tempos atuais.
Para saber mais, leia: GERALDI, J. W. Concepções de Linguagem e Ensino de Por-
tuguês. In: GERALDI, João Wanderley (Org.). O texto na sala de aula. 3. ed. São 
Paulo: Ática, 2004. p. 39-46.
18
Fundamentos teóricos e metodológicos da língua Portuguesa
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
1.1.2 LÍNGUA
A língua é o sistema linguístico utilizado por determinada comunidade para a comu-
nicação entre seus membros. É composta por palavras e regras que são compreendi-
das por este grupo. A língua pode ser oral e escrita.
A diferença entre linguagem e língua é que a língua pertence à linguagem. A lin-
guagem é mais ampla e se constitui de muitas outras formas de comunicação, além 
da língua. A língua é uma parte da linguagem. Quando forem abordadas questões 
sobre as variações linguísticas, você se aprofundará sobre a questão das línguas oral 
e escrita. 
1.1.3 ESTRUTURA DA COMUNICAÇÃO
FIGURA 2 - COMUNICAÇÃO TRUNCADA
FONTE: SHUTTERSTOCK, 2018
Roman Jakobson, ao observar o funcionamento da comunicação, identificou que al-
guns elementos são sempre identificados. Ele propôs um sistema de comunicação 
composto por seis componentes que realizam seis funções. A partir desse estudo, ele 
elaborou uma teoria da comunicação, dando origem à seguinte estrutura:
• Emissor – aquele que possui a intenção da comunicação. Ele pode ser represen-
tado por uma pessoa ou um grupo. 
• Receptor – é aquele que a quemse destina a mensagem. Aquele que recebe a 
mensagem. 
19
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Fundamentos teóricos e metodológicos da língua Portuguesa
SUMÁRIO
• Mensagem – é o objeto da comunicação composta pelos seus conteúdos. O que 
se deseja comunicar. 
• Código – é o sistema de representação que será escolhido para realizar a comu-
nicação. Pode ser a língua, símbolos, imagens etc. 
• Canal – é o meio optado pelo emissor para transmitir sua mensagem. O canal 
tem de garantir o contato entre emissor e receptor. 
• Contexto – é a situação em que ocorre a comunicação. São as circunstâncias de 
espaço e tempo do contexto. Pode estar se referindo ao contexto do emissor ou 
dizer a respeito dos aspectos do mundo da mensagem.
Emissor – um professor ao dar uma aula, um namorado ao pedir uma namora-
da em casamento, um jornalista ao escrever uma notícia.
Receptor - estabelecendo um paralelo com os exemplos dados para emissor, 
temos respectivamente os alunos, a namorada, o leitor.
Mensagem – é o assunto da comunicação. Estabelecendo um paralelo com os 
exemplos dados para emissor e receptor, podemos apresentar respectivamen-
te: o conteúdo que se refere à aula do professor, o pedido de casamento, o as-
sunto da notícia.
Código – os exemplos, nesses casos supracitados, têm como código a palavra, 
língua.
Canal – no caso do professor, pode ser a voz ou qualquer outro instrumento que 
possa contribuir para o aprendizado do aluno. No pedido de casamento, o canal 
vai depender das escolhas do futuro noivo: música, gestos etc. Para o jornalista, 
o canal será o jornal, o blog etc.
Contexto - como exemplo para o que é contexto na estrutura da comunicação, 
pode-se descrever o do pedido de casamento. O contexto é, pressupostamente, 
de um noivo apaixonado e desejoso em se casar. Pressupõe-se que quem se 
deseja casar está apaixonado, amando e com desejo de ter uma vida a dois. Mas 
isso não é padrão, e o contexto pode ser diferente.
20
Fundamentos teóricos e metodológicos da língua Portuguesa
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
FIGURA 3 - PEDIDO DE CASAMENTO
FONTE: SHUTTERSTOCK, 2018
Jakobson foi o pioneiro nesses estudos. A partir de sua teoria, os estudos avançaram, 
surgindo a teoria da enunciação, que você estudará mais adiante, quando se falar 
sobre o sentido do texto.
FIGURA 4 - ESTRUTURA DA COMUNICAÇÃO
Fonte: elaborada pela autora.
1.2 TEORIAS SOBRE A AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM
Neste tópico, você estudará como as teorias da aprendizagem estão relacionadas aos 
processos de aquisição da linguagem. Serão abordados o inatismo, behaviorismo, 
cognitivismo construtivista e sociointeracionismo.
21
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Fundamentos teóricos e metodológicos da língua Portuguesa
SUMÁRIO
O interesse pela linguagem é antigo. Há relatos que contam que Heródoto, 
aproximadamente no século VII a.C., narrava uma história de que o rei Pasméti-
co, do Egito, muito interessado em saber como surgiram as línguas, ordena que 
duas crianças fossem isoladas do convívio interativo, trancadas em um quarto, 
até os dois anos de idade. Sua hipótese era de que a primeira palavra que es-
sas crianças falassem, ao saírem do quarto, pertenceria a língua mais antiga 
da humanidade. Era como se as pessoas tivessem uma língua internalizada e 
aprendesse outras com o convívio. Essas crianças, ao saírem dos seus quartos, 
emitiram um som que se assemelhava à palavra pão, do idioma frígio. Concluiu-
-se a partir dessa experiência que a língua mais antiga da humanidade era a do 
povo frígio e não a dos egípcios.
Fonte: CAMPBELL, R.; GRIEVE, R. Royal investigations of the origin of language. Historiographia linguística, Amsterdam, John 
Benjamins, v. 1/2, n. IX, 1982.
1.2.1 BEHAVIORISMO
FIGURA 5 - AÇÃO E REAÇÃO
FONTE: SHUTTERSTOCK, 2018.
22
Fundamentos teóricos e metodológicos da língua Portuguesa
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
O behaviorismo é uma teoria que tem por método de investigação psicológica o exa-
me objetivo do comportamento humano e dos animais com ênfase em estímulos 
e respostas. Para essa teoria, toda ação provoca uma reação e o indivíduo é movido 
por isso. Tem por objeto de análise e observação o comportamento do ser vivo. Beha-
vior, em inglês, significa comportamento ou conduta. Não faz uma observação ou 
reflexão filosófica ou subjetiva desse objeto. É com o olhar objetivo que os behavioris-
tas explicam os comportamentos. Para essa teoria, a aprendizagem se dá por meio 
da imitação. Ela é conhecida também por comportamentalismo. Dois estudiosos se 
destacaram nessa teoria: John Watson e Burrhus Frederic Skinner.
Watson era reconhecido como o pai do behaviorismo metodológico. Para ele, o estu-
do do meio que envolve um indivíduo possibilita a previsão e o controle do compor-
tamento humano. Skinner, conhecido como o precursor do behaviorismo radical, era 
claramente contra a utilização de elementos não observáveis para explicar a conduta 
humana. Segundo ele, o behaviorismo radical é a filosofia da ciência do comporta-
mento humano, cujo meio ambiente é o responsável pelo comportamento humano. 
Os indivíduos reagem de acordo com os estímulos que lhes é dado, como: reforço 
positivo ou reforço negativo. Essa vertente do behaviorismo teve grande popularida-
de no Brasil e nos Estados Unidos.
Reforço positivo – em uma empresa, o funcionário que conseguir atingir uma 
meta de vendas, recebe um bônus como forma de gratificação.
Reforço negativo – as multas de trânsito, ao infringir uma lei. O excesso de velo-
cidade deveria ser um ato de consciência do motorista. Todavia, são os radares 
de controle de velocidade espalhados que fazem com que o motorista respeite 
o limite, mesmo que seja apenas no local onde o radar esteja instalado.
23
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Fundamentos teóricos e metodológicos da língua Portuguesa
SUMÁRIO
1.2.2 A AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM NA PERSPECTIVA 
BEHAVIORISTA
Sob a perspectiva linguística, a teoria behaviorista considera que a criança adquire 
a linguagem por meio da exposição ao meio e em decorrência da imitação e do re-
forço que ocorre através do reforço positivo, quando há o acerto, e negativo, quando 
há o erro. Essa teoria defende que o ser humano aprende por condicionamento. Os 
behavioristas tendem a ver a criança como um receptor passivo da linguagem. Toda-
via, não explicam como a criança pode construir expressões que nunca foram ouvidas 
por elas.
Essa teoria foi bastante utilizada no desenvolvimento das metodologias de en-
sino de Língua Portuguesa, na década de 1970, quando os exercícios programá-
ticos de repetição eram muito utilizados. Solicitava-se que a criança repetisse 
diversas vezes a mesma palavra. Outro recurso utilizado como instrumento de 
aprendizagem e que provém do behaviorismo é o sistema de punição. A repro-
vação, as notas baixas e os “castigos” eram entendidos como ferramentas “posi-
tivas”, já que eram estímulos negativos, ao desenvolvimento da aprendizagem.
1.2.3 COGNITIVISMO CONSTRUTIVISTA
Cognitivismo construtivista é uma teoria sobre o desenvolvimento que considera que 
a criança passa por estágios para adquirir o conhecimento. Seu precursor é Jean Pia-
get (1970), que considera quatro fatores essenciais para o desenvolvimento da crian-
ça:
a. Biológico – relacionado ao crescimento orgânico e maturação do sistema bio-
lógico.
b. Da experiência e exercícios – adquirido na relação da criança com o objeto.
24
Fundamentos teóricos e metodológicos da língua Portuguesa
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciadapela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
c. Das interações sociais – que se desenvolve por meio da linguagem e da inte-
ração.
d. Da equilibração nas ações – relacionada à adaptação ao meio (POZO, 1998).
Piaget afirma que a criança, para desenvolver e adquirir conhecimento, precisa estar 
madura biologicamente, interagir com os objetos de aprendizagem e com o meio 
social. Para isso, ela tem de estar inserida em um esquema de ação composto por 
assimilação e acomodação. O indivíduo incorpora o objeto enquanto meio de conhe-
cimento, fenômeno este chamado de assimilação. Assim, o sujeito assimila o objeto. 
Em um segundo momento, transforma sua estrutura anterior para incorporar o ob-
jeto já assimilado, o que é chamado de acomodação. Após a acomodação, o sujeito 
entra em um novo processo de assimilação, mas com um “up grade” ou atualizado 
pela acomodação anterior.
Isto é, a relação entre o ambiente físico e o social ocasiona as oportunidades de inte-
ração entre sujeito e objeto, gerando conflitos e, consequentemente, uma reestrutu-
ração, pelo sujeito, de suas construções mentais anteriores. O equilíbrio/equilibração 
surge quando o indivíduo organiza o conhecimento. Para o autor, o conhecimento 
acontece a partir da ação do indivíduo na realidade e de seu estágio de desenvolvi-
mento.
1.2.4 A AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM NA PERSPECTIVA 
CONSTRUTIVISTA COGNITIVISTA
A teoria piagetiana sugere que o desenvolvimento linguístico depende do desenvol-
vimento da inteligência. Para o teórico, o desenvolvimento cognitivo que irá possibi-
litar o nascimento do simbolismo é a representação do que a criança vê e vivência. A 
linguagem nasce da interiorização dos esquemas sensório-motores produzidos pela 
experimentação ativa da criança. Piaget considera que as crianças não herdam capa-
cidades mentais prontas, apenas o modo de interação com o ambiente. A linguagem 
é construída mediante a interação entre criança e meio, mostrando-se como um re-
flexo das capacidades cognitivas. 
25
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Fundamentos teóricos e metodológicos da língua Portuguesa
SUMÁRIO
A grande precursora da aplicação dessa teoria no desenvolvimento da lingua-
gem, mais especificamente na alfabetização, foi Emília Ferreiro (1970), quando 
em seu doutorado, sob orientação de Jean Piaget, desenvolve um método de 
alfabetização. Para ela (FERREIRO, 1996), a linguagem é adquirida paulatina-
mente e de acordo com o desenvolvimento da criança. A partir dessa perspec-
tiva, ela desenvolveu um método de alfabetização cujo principal argumento é o 
do respeito às etapas de desenvolvimento da criança. A esse método deu-se o 
nome de psicogênese da língua escrita.
1.2.5 1.2.5 INATISMO
Inatismo vem da palavra inato, que significa algo que pertence ao ser desde o nas-
cimento – inerente, natural, congênito. Ou seja, tudo aquilo que nasce com o indiví-
duo é inato. São características que independem daquilo que o indivíduo venha a 
experimentar e perceber após o seu nascimento. Para os inatistas, a linguagem nasce 
com o indivíduo e não possui interferência externa da convivência. Essa teoria vem 
em contraposição com a behaviorista. Essa teoria postula que o desenvolvimento da 
linguagem ocorre de acordo com a maturação biológica, por isso é gradativa.
Noam Chomsky, um dos precursores dessa perspectiva, com seus estudos sobre a es-
trutura da linguagem, no final da década de 1950, impulsionou e reforçou os estudos 
que diziam que a língua é inata.
26
Fundamentos teóricos e metodológicos da língua Portuguesa
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
Uma das diferenças entre o behaviorismo e o inatismo está no fato de que, 
enquanto este está ligado a teorias racionalistas, aquele está ligado a teorias 
ambientalistas. Esse é um assunto a ser aprofundado pelas disciplinas de Psico-
logia da Aprendizagem e Psicologia do Desenvolvimento.
1.2.6 A AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM NA PERSPECTIVA 
INATISTA
A partir de um ponto de vista da Teoria Gerativista de Chomsky (ORLANDI, 2003), 
a criança possui a capacidade inata de adquirir uma língua rapidamente, porque 
possui uma gramática internalizada. Sabe, por exemplo, que a estrutura elementar 
de uma gramática é a de sujeito e verbo. Há um princípio universal das línguas. Isso 
porque todas as línguas naturais apresentam partes em comum, apesar de serem 
aparentemente diferentes. Por isso, toda criança está apta a aprender uma ou mais 
línguas, desde que a elas esteja exposta ou em contato (CHOMSKY, 1968). A partir 
dessa perspectiva, pressupõe-se que todo aprendizado é uniforme, então toda crian-
ça passa pelos mesmos processos e fases de aquisição da linguagem. Para Chomsky 
(1968), a língua não é um repertório de palavras, frases e estruturas memorizadas, 
por serem imitadas, mas sim uma combinação infinita de frases a partir de uma lista 
finita de palavras. É a gramática universal.
Segundo o autor, a linguagem é uma dotação genética do ser humano. A criança 
nasce pré-programada para adquirir a linguagem e, quando exposta à fala, é capaz 
de construir hipóteses sobre a língua em que está imersa. Os teóricos de Chomsky 
foram criticados por duas correntes das seguintes vertentes teóricas: o cognitivismo 
construtivista e o interacionismo social. 
27
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Fundamentos teóricos e metodológicos da língua Portuguesa
SUMÁRIO
Essa teoria foi utilizada no desenvolvimento das metodologias de ensino de Lín-
gua Portuguesa na década de 1980, quando os exercícios para o entendimen-
to das estruturas gramaticais ocorriam por meio das análises de três ângulos: 
sintático, semântico e fonológico. A teoria gerativa fornece uma teoria sintática 
universal, isto é, estabelece a lista das relações gramaticais capazes de dar uma 
descrição estrutural de todas as frases.
1.2.7 SOCIOINTERACIONISMO
A teoria sociointeracionista é a que está sendo usada na educação no que se refere à 
elaboração de metodologias de ensino de Língua Portuguesa. Essa é uma teoria de 
aprendizagem com o foco na interação, ou seja, a aprendizagem tem de ser contex-
tualizada histórica, sócia e culturalmente. É o conhecimento real da criança o ponto 
de partida para o conhecimento potencial. A aprendizagem só ocorre quando há a 
interação entre o sujeito e o objeto do conhecimento, isto é, o homem precisa socia-
lizar-se para estar predisposto à aprendizagem.
1.2.8 A AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM NA PERSPECTIVA 
SOCIOINTERACIONISTA
Por volta da década de 1970, os estudos de Lev Vygotsky (1896 – 1934) deram impul-
so ao desenvolvimento da teoria sociointeracionista. Tal fato se deu porque o autor 
discutiu sobre a importância das relações do sujeito com o contexto para a aprendi-
zagem. Ele não acredita no simples processo de estímulo e resposta, como aponta o 
behaviorismo, para o desenvolvimento da aprendizagem. Nessa perspectiva, a crian-
ça desenvolverá a linguagem a partir das interações com o meio em que convive. É a 
aprendizagem contextualizada e significativa. Por essa ótica, só ocorre a aprendiza-
gem quando há interação entre o sujeito aprendiz e o objeto a ser apreendido.
28
Fundamentos teóricos e metodológicos da língua Portuguesa
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
Dica: assista ao filme O enigma de Kaspar Hauser (1974). Kaspar Hauser é um 
jovem que foi trancado a vida inteira num cativeiro, desconhecendo toda a exis-
tência exterior. Quando ele é solto nas ruas sem motivo aparente, a sociedade 
se organiza para ajudá-lo, que sequer conseguia falar ou andar, mas este logo 
acaba se tornando uma atração popular. É interessanteobservar como é o com-
portamento desse menino em relação ao desenvolvimento de sua linguagem. 
Encontra-se o filme na web legendado.
1.3 ESTÁGIOS DO DESENVOLVIMENTO DA 
APRENDIZAGEM
Agora que você já estudou um pouco sobre as teorias da psicologia da aprendizagem 
e como estão relacionadas ao processo de aquisição da linguagem, verá como ocor-
rem os seus estágios de aprendizagem. 
1.3.1 ESTÁGIO PRÉ-LINGUÍSTICO
FIGURA 6 - PRIMEIROS MESES
FONTE: SHUTTERSTOCK, 2018.
29
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Fundamentos teóricos e metodológicos da língua Portuguesa
SUMÁRIO
Nos primeiros meses, a criança chora e começa a balbuciar, emitindo sons que não 
têm nenhum significado. Emite sons que não representam algo substancialmente, 
mas que estão servindo como exercício para o desenvolvimento físico para a pro-
núncia das palavras futuramente. Com o tempo, na interação com seus familiares, a 
criança percebe que alguns sons estabelecem a interação e com isso passa a repe-
ti-los ou utilizá-los para atender às suas necessidades. Este é considerado o estágio 
pré-linguístico, porque os sons produzidos não estão associados a nenhum significa-
do linguístico. Todavia, é importante ressaltar que o conhecimento adquirido pelas 
crianças nessa fase é imprescindível, visto que serve como elemento de construções 
linguísticas para o banco de dados que será utilizado posteriormente.
1.3.2 ESTÁGIO LINGUÍSTICO – PRIMEIRAS PALAVRAS
FIGURA 7 - PRIMEIRO ANO DE VIDA
FONTE: SHUTTERSTOCK, 2018.
30
Fundamentos teóricos e metodológicos da língua Portuguesa
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
O estágio linguístico aparece, normalmente, próximo ao primeiro ano de vida da 
criança. Ela passa a produzir sons que se relacionam aos que são significativos dentro 
do idioma nativo. Esse é o momento em que a criança começa a dizer mamãe, papai, 
água etc., que, mesmo sem a pronúncia fonética adequada ao signo correspondente, 
é interpretada e entendida pelas pessoas que estão ao seu redor, ou seja, não fala 
igual ao adulto, que, por questão da convivência, a compreende. Isso ocorre porque 
a criança ainda depende da maturação de alguns nervos cerebrais e vocais. Durante 
esse estágio, a comunicação se limita a uma palavra. 
A relação dessa palavra com o objeto a que ela se refere, nem sempre é exata, visto 
que a criança se apropria do contexto em que está ou que deseja atender à sua ne-
cessidade para estabelecer a inter-relação. 
Por exemplo, a criança pode dizer bolsa, quando deseja sair para passear, se 
quem a leva reforça a importância de se ter a bolsa para essa ocasião e diz a 
palavra bolsa nesse momento.
Aqui, podemos observar que há traços das teorias do desenvolvimento apresen-
tadas anteriormente. Elas se complementam. Há o aspecto de imitação tratado 
pelo behaviorismo, o aspecto da interação, abordado pelo cognitivismo cons-
trutivismo e sociointeracionismo, e também o inatismo, quando consideramos 
a questão da gramática universal ‘internalizada’. É evidente que a questão so-
ciointeracionista é essencial para que o desenvolvimento da linguagem ocorra 
de forma plena, já que este será o motivador para que a criança deseje apren-
der, mas não se pode ignorar os outros aspectos.
31
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Fundamentos teóricos e metodológicos da língua Portuguesa
SUMÁRIO
1.3.3 ESTÁGIO LINGUÍSTICO – AS PRIMEIRAS DUAS 
PALAVRAS
FIGURA 8 - CRIANÇA AO TELEFONE
FONTE: SHUTTERSTOCK, 2018.
Quando a criança começa a produzir duas palavras associadas, está iniciando o pro-
cesso de construção sintática da língua, mesmo que seja de maneira rudimentar. 
A partir daí, começa a desenvolver o processo de fala. Associa as palavras com uma 
lógica sintática, mesmo que não seja a correta. Isso porque a primeira gramática da 
criança está baseada na suposição de que toda relação sintática está correlacionada 
a uma relação temática. Toda sequência nome/verbo estará relacionada a sujeito/
ação, por exemplo. 
Quando deseja dizer que o bebê está chorando, diz: “bebê chora” em vez de “o 
bebê está chorando”.
32
Fundamentos teóricos e metodológicos da língua Portuguesa
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
1.3.4 ESTÁGIO LINGUÍSTICO – MAIS QUE DUAS 
PALAVRAS
FIGURA 9 - CRIANÇAS BRINCANDO
FONTE: SHUTTERSTOCK, 2018.
Quando a criança vai crescendo, a partir dos 2 anos, aproximadamente, ela começa 
a desenvolver a comunicação com períodos mais complexos e com mais palavras. 
Ainda não desenvolve a comunicação como a dos adultos, mas já consegue elaborar 
expressões que vão além da imitação. Os autores costumam chamar o fenômeno de 
discurso telegráfico, visto que as crianças omitem alguns elementos, como também, 
por associação a regras já assimiladas, trocam algumas estruturas que não fazem 
parte da regra.
33
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Fundamentos teóricos e metodológicos da língua Portuguesa
SUMÁRIO
Por exemplo, a criança diz “eu sabo” em vez de “eu sei”, porque associa à conju-
gação dos verbos regulares: ‘eu como’, ‘eu bebo’, então, ‘eu sabo’.
Após o estágio de duas palavras, as crianças vão ganhando mais autonomia em suas 
construções linguísticas, visto as interações que têm com o meio. Ampliam seu vo-
cabulário e sua compreensão pela estrutura sintática do idioma que aprendem. A 
construção linguística e discursiva dessa criança estará intrinsecamente relacionada 
às experiências vividas e conhecimentos adquiridos durante sua infância. Esse assun-
to será tratado mais adiante, quando formos abordar as variações linguísticas.
CONCLUSÃO 
Nesta unidade, você estudou o conteúdo que traz conhecimentos sobre a aquisição 
e o desenvolvimento da linguagem. Inicialmente, foi feita a distinção entre os con-
ceitos de linguagem e língua. Pode-se perceber que a língua pertence ao grupo da 
linguagem que possui um espectro amplo na comunicação, como: símbolos, ima-
gens, signos etc. Você estudou também quais são os elementos da comunicação, 
como emissor, receptor, mensagem, canal, código e contexto. A estrutura da comu-
nicação é o princípio básico para se compreender as metodologias sociointeracio-
nistas no ensino da Língua Portuguesa. Estudou, mesmo que com pouca profundi-
dade, as teorias que embasam a aquisição da linguagem: behaviorismo, inatismo, 
sociointeracionismo e cognitivismo. Refletiu que, apesar de possuírem sensíveis di-
ferenças, não são excludentes. O behaviorismo aponta que a linguagem é adquirida 
pelo comportamento de estímulo e resposta, e acredita-se que o indivíduo aprende 
por imitação e repetição. Já o inatismo diz que o indivíduo nasce com a capacidade 
de desenvolver a linguagem. Ambas, de alguma forma, embasam as teorias mais 
utilizadas atualmente: o sociointeracionismo e cognitivismo construtivismo, quan-
do abordam a questão das relações com o meio e da importância dos estágios de 
desenvolvimento. Por fim, você viu como ocorre o desenvolvimento da linguagem 
desde o nascimento da criança até aproximadamente 2 anos.
34
Fundamentos teóricos e metodológicos da língua Portuguesa
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
Esta unidade oferece conhecimentos importantes em sua formação profissional, vis-
to que o curso de Pedagogia forma o educador para atuar como professor, coorde-
nador pedagógico e diretor pedagógico na Educação Infantil (composta por creche 
e pré-escola) e Educação Básica (composta pelos Ensinos Fundamental e Médio). 
A Educação Infantil, principalmente na creche,é a etapa em que a criança adqui-
re e desenvolve a linguagem. Saber identificar as etapas e conhecer o processo de 
comunicação e as teorias cognitivas que embasam o desenvolvimento infantil per-
mite aprofundar os conhecimentos relacionados à educação e ao ensino de Língua 
Portuguesa. É importante que o profissional que esteja atuando nessa área tenha 
conhecimentos sobre o tema para poder saber como planejar, desenvolver e avaliar 
as ações educativas.
35
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Fundamentos teóricos e metodológicos da língua Portuguesa
SUMÁRIO
Teoria gerativista – a gramática gerativa tem por pressuposto que há uma es-
trutura universal de inspiração lógica na construção da língua. As línguas apre-
sentam caráter lógico e se organizam segundo leis e padrões universais. Afirma-
-se que todo falante possui uma gramática universal (GU) internalizada que lhe 
possibilita formar sentenças gramaticais em sua língua.
36
Fundamentos teóricos e metodológicos da língua Portuguesa
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos 
que você:
> Descrever a língua como 
construção humana, histórica e 
social, o seu caráter constitutivo 
de organização e significação 
da realidade, e como meio de 
construção de identidades de 
seus usuários e da comunidade 
a que pertencem. 
> Diferenciar a língua falada e a 
escrita.
> Distinguir língua formal e 
informal.
> Identificar atitude respeitosa 
diante de variedades 
linguísticas, rejeitando 
preconceitos linguísticos. 
UNIDADE 2
37
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Fundamentos teóricos e metodológicos da língua Portuguesa
SUMÁRIO
2 ARTICULAÇÃO ENTRE 
LÍNGUA FALADA E ESCRITA 
Nessa unidade, será abordado um tema bastante polêmico quando se trata dos estu-
dos em língua portuguesa. Você refletirá a respeito do erro e do acerto. Essa discussão 
tem por objetivo trazer a reflexão sobre por que o conceito de errado na língua portu-
guesa é polêmico atualmente. Para que se compreenda essa discussão, é importante 
saber distinguir o que é língua falada e língua escrita e por que há diferenças subs-
tanciais entre elas, entender por que achamos a língua portuguesa tão difícil e iden-
tificar o que é língua da norma informal ou coloquial e língua culta. Além disso, é im-
portante estudar o que são as variações linguísticas, quais são os seus tipos, por que 
elas ocorrem e como se deve compreender esse tema para não cometer preconceito 
linguístico e fazer com que os alunos também não o cometam. Esses conhecimentos 
são extremamente importantes para o ensino de língua portuguesa da atualidade. 
Tanto os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) quanto a Base Nacional Curricular 
Comum (BNCC) orientam que a sociolinguística seja a disciplina de base para a ela-
boração de metodologias para o ensino de língua na escola. Esperamos que, ao final 
da unidade, você reflita sobre o tema e seja capaz de criar planos de aula que privile-
giem o ensino da língua como instrumento de interação.
2.1 ARTICULAÇÃO DA LÍNGUA FALADA E ESCRITA
“Nois vai” ou “nós vamos”, “me dá” aquela caneta ou “dê-me” aquela caneta, “os me-
nino” ou “os meninos”. O que é certo? O que é errado? Muitas são as discussões em 
relação a isso. Houve, inclusive, uma polêmica em 2011 quando o Ministério da Edu-
cação editou um livro didático que, entre outros assuntos, tratava do uso das línguas 
falada e escrita.
Na obra Por uma vida melhor, voltada para a educação de jovens e adultos, há uma 
parte em que se afirma que a expressão “os menino pega o peixe” não está errada. O 
que você pensa sobre isso? Nesta unidade, vamos discutir sobre as características e 
diferenças entre as línguas falada e escrita para que você entenda como deve ser seu 
trabalho em sala de aula diante das competências que devem ser desenvolvidas no 
trabalho com os alunos. 
38
Fundamentos teóricos e metodológicos da língua Portuguesa
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
O livro Por uma vida melhor: intelectuais, pesquisadores e educadores 
falam sobre o livro (Coleção viver e aprender. Ed. Ação Educativa) possui 
artigos que discutem sobre questões das variações linguísticas, seus usos e 
preconceitos deles advindos. É uma sugestão de leitura que você encontra 
disponível na internet. 
Para aprimorar a sua reflexão, busque também na internet por vídeos com 
entrevistas e debates com pessoas renomadas sobre esse livro.
2.2 CARACTERÍSTICAS DAS LÍNGUAS FALADA E 
ESCRITA
A língua é uma só, mas as possibilidades de seus registros criam variações que, em 
alguns casos, distanciam a forma escrita da falada. Para entendermos por que há 
diferença entre a língua falada e a escrita, temos de entender um pouco sobre como 
elas se desenvolvem. 
É sabido que a língua falada surgiu antes da língua escrita. Primeiramente, surgiu a 
necessidade de se comunicar oralmente. Com o tempo, a necessidade de se registrar 
o que se comunicava fez com que a escrita ganhasse sua relevância. Daí surgiram os 
diversos códigos escritos.
39
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Fundamentos teóricos e metodológicos da língua Portuguesa
SUMÁRIO
O primeiro sistema de língua escrita conhecido é o cuneiforme, pois era feito 
por cunhas que talhavam as pedras. Acredita-se que foram os sumérios que 
o criaram. A escrita era do tipo semântico-fonética, pois fazia uma associação 
com a forma de se falar. Havia também os ideogramas, que são códigos que 
representam palavras inteiras, como ocorre com a língua escrita no Japão, 
por exemplo. Várias foram as formas de se escrever desde que se tem conhe-
cimento.
FIGURA 10 - ESCRITA CUNEIFORME
FONTE: SHUTTERSTOCK, 2018.
FIGURA 11 - IDEOGRAMA
FONTE: SHUTTERSTOCK, 2018.
40
Fundamentos teóricos e metodológicos da língua Portuguesa
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
É importante ressaltar que a língua falada é viva, pois é utilizada, recriada, reelabora-
da e inventada pelo falante. Essa característica não é um privilégio apenas da língua 
portuguesa. Outros idiomas também passam por transformações.
O pronome de tratamento você(s), muito utilizado em diversas regiões do 
Brasil em substituição aos pronomes de 2ª pessoa (tu e vós), surgiu de vossa 
mercê. Pelo fato de a maioria dos falantes não conhecer a escrita, ao repro-
duzir este pronome da forma como era escrito, dizia-se “vosmicê”, “vuncê”; 
então, surgiu o você. A transformação não parou por aí, pois, atualmente, na 
fala muitos dizem “cê” e, na escrita, por conta da comunicação digital das 
redes sociais, encontramos o “vc”.
Importante destacar que, com o advento das tecnologias de informação e co-
municação (TIC) e a ampliação ao acesso das redes sociais digitais, está surgin-
do uma nova variedade de língua escrita que poderíamos chamar de língua 
falada escrita. Nas redes sociais da internet, o momento de interação entre o 
emissor e receptor ocorre , normalmente, em um ambiente informal e sur-
ge como um exercício da oralidade por meio da escrita. É o que Marchuschi 
(2004) chama de conversação em forma de escrita com marcas da oralidade.
w
41
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Fundamentos teóricos e metodológicos da língua Portuguesa
SUMÁRIO
FIGURA 12 - EXEMPLOS DE CONVERSA NO APLICATIVO DE CELULAR
Fonte: Elaborada pela autora.
QUADRO 1 - DIFERENÇAS ENTRE AS LÍNGUAS FALADA E ESCRITA
LÍNGUA FALADA LÍNGUA FALADA ESCRITA (REDESSOCIAIS) LÍNGUA ESCRITA
Interação face a face – síncrona.
Interação online ou offline – 
síncrona ou assíncrona.
Interação assíncrona: os tem-
pos de emissão e recepção 
não ocorrem concomitante-
mente.
O emissor utiliza, além das pa-
lavras para falar, outros códigos 
linguísticos, como entonação 
da voz, gestos e pausas.
O emissor utiliza, além das 
palavras, desenhos, figurinhas 
e reticências. Aqui, esse uso é 
opcional. 
Há o uso de sinais de pontua-
ção padronizados (vírgula e 
pontos).
42
Fundamentos teóricos e metodológicos da língua Portuguesa
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
LÍNGUA FALADA LÍNGUA FALADA ESCRITA (REDES SOCIAIS) LÍNGUA ESCRITA
Costuma ser mais espontânea. Costuma ser mais espontânea. 
Costuma ser mais formal e 
programada.
Permite a recondução da 
informação caso não ocorra a 
interação desejada. 
Permite a recondução da 
informação caso não ocorra a 
interação desejada. 
Não permite reescrita caso não 
seja bem compreendida.
Por ter uma comunicação 
síncrona, costuma ser menos 
planejada. 
A comunicação nesses casos 
poder ser síncrona ou assíncro-
na. O planejamento da escrita 
depende do contexto (formal 
ou informal) e da intenção do 
emissor.
Permite o planejamento do 
discurso que se deseja trans-
mitir, pois pode ser lida, relida 
e reescrita, já que a interação 
não é síncrona.
Fonte: Elaborado pela autora.
2.2.1 NORMA CULTA, LÍNGUA COLOQUIAL
FIGURA 13 - O PROCESSO SELETIVO
Fonte: UOL EDTECH, 2019.
Na situação apresentada, o jovem candidato não está tendo a postura adequada ou 
desejada para a vaga que está disponível. Seu discurso é extremamente informal 
para uma situação que pressupõe formalidade e uso da norma culta.
A palavra formal vem do latim formālis e que significa “relativo a” ou “que serve de 
molde ou fôrma”. É o que se refere ao formato, àquilo que segue um padrão e possui 
43
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Fundamentos teóricos e metodológicos da língua Portuguesa
SUMÁRIO
um rigor. Por isso, está associada à norma culta. informal significa não formal, pois o 
prefixo in (de origem latina), entre outros significados, representa negação. Associa-
mos a comunicação informal à língua coloquial.
Os contextos formais possuem regras sociais ou de cortesia. Não que as pessoas se-
jam obrigadas a segui-las, mas é comum que as sigam para poderem estar de acordo 
com o seu precedente social e cultural. Com a língua, acontece o mesmo. Na situação 
apresentada, não é comum utilizar gírias como as ditas pelo candidato. Não porque 
seja desrespeitoso, mas porque as gírias são expressões utilizadas em determinados 
grupos que as compreendem e que podem não ser compreendidas por outros. Ima-
gine esse candidato em uma recepção de hotel em que chegam pessoas de todas as 
partes do país? Nesse contexto, é desejável que se use a norma culta padrão.
O contexto de comunicação é um dos elementos que deve ser considerado para que 
de fato a interação ocorra e a mensagem seja compreendida. Então, deve-se usar 
linguagem formal em contextos formais, mas, por outro lado, caso se esteja em um 
contexto cuja linguagem formal não é bem compreendida, deve-se valer da lingua-
gem informal. O bom comunicador é aquele que é poliglota em seu próprio idioma, 
aquele que consegue se comunicar com todas as pessoas, de todas as classes sociais, 
de todas as regiões do país, de todas as faixas etárias.
Todavia, isso é muito difícil, pois, como a língua é viva, esse poliglota teria de se atuali-
zar quase que diariamente para conhecer todas as novas palavras, expressões e gírias 
que surgem.
Uma boa razão para que todos tenham conhecimento das regras que regulam a lín-
gua é que, além de ser a utilizada em contextos formais, ela permite que possamos 
nos comunicar no país inteiro por meio de um “único” idioma. Por isso, que se estuda 
a língua portuguesa pelo viés da norma culta padrão durante a educação básica, 
mesmo sendo a língua materna e já termos sido alfabetizados.
Para saber mais, pesquise na internet sobre variações linguísticas: o modo 
de falar do brasileiro.
44
Fundamentos teóricos e metodológicos da língua Portuguesa
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
2.2.2 A FALA, A ESCRITA E O ENSINO
O ensino de língua portuguesa só começou a ser valorizado a partir de 1871 quando 
ela passou a ser necessária para o ingresso nas faculdades do Império. Todavia, a dis-
cussão a respeito do formato de seu estudo teve sua primeira crítica apenas em 1919, 
quando Said Ali publicou uma gramática que não partia do latim para o português, 
como era feito até então, mas do português arcaico para o moderno. Essa sua crítica, 
porém, não foi acolhida naquela ocasião. Somente em 1930, quando Ismael de Lima 
Coutinho publicou a gramática Histórica, é que tal forma de se estudar passou a ser 
valorizada. Juntamente com essa publicação de Ismael Coutinho, surge outra obra 
importante, porém antagônica à anterior: lições de Português, de Souza da Silveira, 
que criticava o dogmatismo purista do ensino da língua e valorizava os regionalismos.
O fato é que, desde aquele tempo, já não se havia um consenso de como se ensinar 
a língua portuguesa. 
Em 11 de agosto de 1971, o governo federal publica a Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação – LDB (Lei nº 5.692). Essa lei determina que a disciplina de língua portugue-
sa tenha o nome de Comunicação e Expressão (da 1ª à 4ª série) e Língua Portuguesa 
(da 5ª série ao 3ª ano do ensino médio). Essa nomenclatura ficou até a década de 
1980, quando Comunicação e Expressão voltou a ser Língua Portuguesa.
Em 1985, novas discussões surgiram a respeito do ensino da língua portuguesa. Gra-
máticos como Evanildo Bechara (1987) eram defensores de um ensino de gramática 
mais contextualizado e significativo.
(...) uma língua histórica não é um sistema homogêneo e unitário, mas um 
diassistema, que abarca diversas realidades diatópicas (isto é, a diversidade de 
dialetos regionais), diastráticas (isto é, a diversidade de nível social) e diafásicas 
(isto é, a diversidade de estilos de língua), e que cada porção da linguística re-
almente possui de direito sua língua funcional (BECHARA, 1987, p. 15).
Em 1997, surgem os Parâmetros Curriculares Nacionais, que, a respeito do ensino 
de língua portuguesa, orientam que ele deve ser contextualizado para que haja uma 
aprendizagem de fato e que sejam respeitadas as diferenças para que se cumpra um 
direito de todos:
45
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Fundamentos teóricos e metodológicos da língua Portuguesa
SUMÁRIO
O domínio da língua tem estreita relação com a possibilidade de plena participação 
social, pois é por meio dela que o homem se comunica, tem acesso à informação, 
expressa e defende pontos de vista, partilha ou constrói visões de mundo, produz 
conhecimento. Assim, um projeto educativo comprometido com a democratização 
social e cultural atribui à escola a função e a responsabilidade de garantir a todos os 
seus alunos o acesso aos saberes linguísticos necessários para o exercício da cidada-
nia, direito inalienável de todos (BRASIL, 1997, p. 21).
A Base Nacional Comum Curricular (BRASIL, 2018, p. 7) também mantém os 
princípios dos PCN quanto aos direitos para o exercício da cidadania:
Este documento normativo aplica-se exclusivamente à educação escolar, tal 
como a define o § 1o do Artigo 1o da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Na-
cional (LDB, Lei no 9.394/1996), e está orientado pelos princípios éticos, políti-
cos e estéticos que visam à formação humana integral e à construção de uma 
sociedade justa, democrática e inclusiva, como fundamentado nas Diretrizes 
CurricularesNacionais da Educação Básica (DCN) (BRASIL, 2018, p. 7).
tipos de gramática
Na escola, costumamos priorizar o estudo da gramática da norma culta, que 
é usada no contexto de língua formal. No entanto, há outras, a saber:
• gramática de usos – é uma obra que parte da observação dos usos 
realmente ocorrentes no Brasil para, refletindo sobre eles, oferecer 
uma organização que os sistematize.
• gramática descritiva – busca descrever o mecanismo pelo qual deter-
minada língua funciona, num dado momento, como meio de comu-
nicação entre os seus falantes e analisar a sua estrutura ou configura-
ção formal que nesse momento a caracteriza.
• gramática histórica – é aquela que estuda e analisa a evolução histó-
rica de uma língua.
• gramática comparativa – tem como objetivo estabelecer correspon-
dências entre línguas para determinar suas relações de parentesco.
46
Fundamentos teóricos e metodológicos da língua Portuguesa
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
2.3 VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS
Dito isto, expirei às duas horas da tarde de uma sexta-feira do mês de agosto 
de 1869, na minha bela chácara de Catumbi. Tinha uns sessenta e quatro anos, 
rijos e prósperos, era solteiro, possuía cerca de trezentos contos e fui acompa-
nhado ao cemitério por onze amigos. Onze amigos! Verdade é que não houve 
cartas nem anúncios. Acresce que chovia — peneirava uma chuvinha miúda, 
triste e constante, tão constante e tão triste, que levou um daqueles fiéis da úl-
tima hora a intercalar esta engenhosa idéia no discurso que proferiu à beira de 
minha cova: — “Vós, que o conhecestes, meus senhores, vós podeis dizer comi-
go que a natureza parece estar chorando a perda irreparável de um dos mais 
belos caracteres que têm honrado a humanidade. Este ar sombrio, estas gotas 
do céu, aquelas nuvens escuras que cobrem o azul como um crepe funéreo, 
tudo isso é a dor crua e má que lhe rói à Natureza as mais íntimas entranhas; 
tudo isso é um sublime louvor ao nosso ilustre finado” (ASSIS, 1994).
Esse trecho da obra de Machado de Assis é o segundo parágrafo do primeiro capítu-
lo do romance memórias Póstumas de Brás cubas, escrito em 1881. Ele descreve a 
própria morte e funeral. Você pode observar que há, nesse trecho, várias palavras que 
não são mais utilizadas na língua portuguesa nos dias atuais, por exemplo: (i) expirei, 
no sentido de morrer, e (ii) a segunda pessoa do plural – vós – “Vós, que o conhecestes”.
Por que esse fato ocorre? Por que muitas vezes precisamos utilizar o dicionário para 
compreender textos escritos em tempos mais antigos? 
Porque a língua muda! Porque a língua é viva! Só não muda a língua morta, aquela 
que não é mais utilizada, aquela que não é mais falada; por exemplo, o latim.
Por que isso ocorre? 
Porque a língua é falada pelos falantes que são vivos e, no seu cotidiano, transformam 
termos, criam expressões, palavras etc.
O linguista brasileiro Marcos Bagno fez um estudo sobre este assunto e, em sua obra 
Preconceito linguístico: o que é e como se faz, explica por que tais transformações 
ocorrem: “Só existe língua se houver humanos que a falem” (BAGNO, 2007, p. 9). Como 
humanos, somos seres criativos, dinâmicos e inovadores. Imagine você se fôssemos 
conservadores? Quantas coisas não teríamos nos dias de hoje?
47
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Fundamentos teóricos e metodológicos da língua Portuguesa
SUMÁRIO
O mesmo ocorre com a língua. Ela vai se adaptando aos tempos, porque os falantes 
a transformam. Há um jeito particular de cada um ao falar.
E o que isso tem a ver com o preconceito linguístico? É o que vamos estudar no pró-
ximo tópico.
2.3.1 VARIAÇÃO LINGUÍSTICA E O PRECONCEITO 
LINGUÍSTICO
Ficou claro até aqui que a língua falada é diferente da escrita, que temos as línguas 
formal e informal, a coloquial e a culta etc. O distanciamento da língua escrita da fa-
lada se dá porque quem faz a língua é o falante e, consequentemente, é ele quem faz 
a gramática, e não o contrário. Como estudamos anteriormente, há várias gramáticas. 
Todavia, a que nos referimos neste tópico é a gramática da norma culta padrão (ou 
de prestígio, como alguns linguistas chamam). É a partir desse viés que construímos 
nossa reflexão.
O que é preconceito? É a criação de um conceito sem que se faça um exame crítico 
do contexto. É a discriminação do outro por sua diferença ou por não se encaixar em 
um padrão predeterminado. Há o preconceito de diversas formas: raça, condição so-
cial, gênero etc. Dentro desse universo, temos o preconceito linguístico.
Qualquer pessoa que não utilize a norma culta padrão ou de prestígio está sujeita a 
sofrer preconceito, sendo assim discriminada. Ou a pessoa é discriminada pelo modo 
de falar de sua região, ou pelo modo de falar do grupo ao qual pertence; ou seja, toda 
pessoa que é discriminada por ser diferente em seu modo de falar sofre preconceito.
O que temos de combater como educadores é justamente o julgamento que se faz 
do outro por conta da sua maneira de falar. Sabemos que há, por exemplo, precon-
ceito entre os povos das diversas regiões do país. Há uma tendência a se acreditar 
que há uma região que fala o português correto. As explicações são muitas para essa 
afirmação:
• Há os que dizem que regiões que foram as primeiras a serem colonizadas 
falam o português correto, pois falam o português mais próximo de Portugal, 
país que colonizou o Brasil.
48
Fundamentos teóricos e metodológicos da língua Portuguesa
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
• Há quem diga que São Paulo é quem utiliza o português mais correto, pois 
recebe pessoas do Brasil inteiro e mescla os falares.
E por aí vão as opiniões. Na verdade, isso é um mito que se tem em relação à lín-
gua portuguesa e que, muitas vezes, gera preconceito linguístico. Na verdade, não há 
quem fale o português correto, pois a fala une as características culturais e sociais de 
cada um. A fala representa a identidade de um povo.
Há diversos tipos de variedade linguística, como veremos no próximo tópico.
Para saber mais, sugere-se a leitura do livro Preconceito linguístico: o que é 
e como se faz. Nessa obra, Marcos Bagno (1999) chama a atenção para outro 
tipo de preconceito, que, em geral, passa despercebido ou é ignorado pela 
maioria da população brasileira: o preconceito linguístico.
2.3.2 TIPOS DE VARIAÇÃO LINGUÍSTICA
Estudos dos registros linguísticos apontam que há tipos de variação linguística. Varia-
ções são as diferentes manifestações e realizações da língua, as suas diversas formas, 
que decorrem de fatores de natureza histórica, regional, social ou situacional. Essas 
variações podem ocorrer na fonética ou fonologia, morfologia, sintaxe e semântica.
Podemos considerar os seguintes campos de estudo da variação linguística:
Variação diacrônica ou histórica – é aquela que ocorre porque a língua é viva e muda. 
É a que faz com que um texto antigo seja mais difícil de ser compreendido. São as 
manifestações da língua dentro de um tempo.
49
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Fundamentos teóricos e metodológicos da língua Portuguesa
SUMÁRIO
Eram dois, ele e ela, ambos na flor da beleza e da mocidade.
O viço da saúde rebentava-lhes no encarnado das faces, mais aveludadas 
que a açucena escarlate recém aberta ali com os orvalhos da noite. No fres-
co sorriso dos lábios, como nos olhos límpidos e brilhantes, brotava-lhes a 
seiva d’alma. 
Ela, pequena, esbelta, ligeira, buliçosa, saltitava sobre a relva, gárrula e cin-
tilante do prazer de pular e correr; saciando-se na delícia inefável de se di-
fundir pela criação e sentir-se flor no regaço daquela natureza luxuriante. 
(ALENCAR,2012).
Variação diafásica - é aquela que ocorre devido ao contexto ou situação em que 
ocorre a fala. Está associada às línguas formal e informal.
Se o senhor num tá alembrado
Dá licença de contar
Ali agora onde está
Aquele ardifício alto
(BARBOSA, Adoniran. Saudosa Maloca. In: DEMÔNIOS DA GAROA. saudosa 
maloca: Os Demônios da Garoa nos Sambas de Adoniran Barbosa. Rio de 
Janeiro: Odeon, 1955)
50
Fundamentos teóricos e metodológicos da língua Portuguesa
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
Variação diastrática (ou social) – é aquela que ocorre para demarcar o grupo so-
cial do falante. Podemos citar a linguagem técnica de juristas, médicos, policiais etc., 
como também as gírias utilizadas por grupos de surfistas.
Trecho de um processo jurídico
No caso posto a julgamento, não há qualquer prova de ter sido a guarda da 
autora deferida ao avô. Os documentos carreados ao processo - a exemplo 
do processo de Justificação Judicial - se prestam a provar, unicamente, que a 
postulante vivia sob a dependência econômica do de cujus, mas não só ela, 
como também seus pais, já que possuidores de uma condição sócio-econô-
mica insuficiente para prover seu sustento. Apelação improvida.
Variação diatópica ou regionalismo – refere-se a variações resultantes da região em 
que a pessoa nasceu ou vive, tais como pronúncia diferente, diferentes palavras para 
designar as mesmas realidades ou conceitos, expressões peculiares da região, pro-
núncias, modos de falar, etc.
A palavras sinal, sinaleira, semáforo e farol indicam o mesmo objeto, mas são 
utilizadas de acordo com o lugar em que a pessoa está falando – sinaleira, no 
Paraná; sinal, no Rio de Janeiro; semáforo ou farol, em São Paulo.
51
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Fundamentos teóricos e metodológicos da língua Portuguesa
SUMÁRIO
FIGURA 14 - SEMÁFORO
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2019.
Mandioca, macaxeira, aipim, costelinha, uaipi, mandioca-doce, mandioca-mansa, 
maniva, maniveira, pão-de-pobre, mandioca-brava e mandioca-amarga dão o nome 
para o mesmo alimento.
FIGURA 15 - ALIMENTO
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2019.[[[
52
Fundamentos teóricos e metodológicos da língua Portuguesa
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
2.3.3 VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS E O ENSINO
Ninguém está falando aqui que você, como professor, não deva ter como conteúdo o 
ensino da norma culta – o aluno tem de ser poliglota no seu idioma. Ele deve saber se 
expressar em várias situações, mas deve saber respeitar o outro em sua forma de falar.
Tanto os Parâmetros Curriculares quanto a Base Nacional Comum Curricular privile-
giam o ensino sob a ótica da concepção de linguagem como forma ou processo de 
interação. Por isso, o trabalho com os gêneros textuais é o mais usado. O foco fica na 
leitura e interpretação de texto e redação e produção de texto.
Em relação à variação linguística, a norma culta é apenas mais uma variante entre ou-
tras. A gramática da norma culta é a possibilidade que representa a forma da língua a 
ser utilizada em contextos formais. Não existe o certo ou errado, mas o adequado ou 
inadequado de acordo com o contexto.
O texto é visto como uma forma de interação social; por isso, é importante fazer com 
que os alunos reflitam sobre o contexto de utilização da língua. O professor não pos-
sui o papel de avaliador ou juiz dos textos produzidos pelos alunos, mas, sim, o de 
orientador. Ele age como interlocutor: questiona, sugere, provoca, refuta, exige expli-
cações e argumentos. Faz com que o aluno tenha a consciência do seu papel como 
autor do seu texto, sempre vislumbrando todos os elementos que compõem a comu-
nicação (emissor, receptor, mensagem, canal, código, contexto).
Sob a ótica da sociolinguística, que considera a fala e suas variantes, a sala de aula se 
torna um espaço de interação, construção e compartilhamento do conhecimento. 
E para compartilhar, o aluno precisa saber registrar e reconhecer o contexto desse re-
gistro. Para dizer isso por escrito, ele deve saber escolher os recursos linguísticos mais 
adequados para que o objetivo de comunicação seja atendido. Os diferentes saberes 
estabelecem uma relação dialógica com o conhecimento.
A prática pedagógica é exercida por meio da ação e da reflexão para o domínio do 
uso dos textos em situações concretas e compreensão das diferenças entre uma for-
ma de expressão e outra.
Nesse formato de ensino, a gramática da norma culta deixa de ser o único referencial 
no ensino da língua culta padrão. Textos publicados em mídias como jornais, revistas, 
sites etc. podem servir de referência para a redação.
53
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Fundamentos teóricos e metodológicos da língua Portuguesa
SUMÁRIO
É importante destacar que em nenhuma literatura a sociolinguística despreza 
a gramática da norma culta, tampouco o trabalho com ela no ensino e apren-
dizagem da língua. A gramática é o registro de normas e regras de mais uma 
variante da língua no contexto formal. É imprescindível que o aluno saiba uti-
lizar esse registro para ser um cidadão ativo em todos os setores existentes. É 
importante que ele saiba reconhecer as variações linguísticas e os contextos 
comunicativos em que estão ocorrendo e que ele tenha o direito de usar qual-
quer tipo de linguagem. Alienar o aluno dessa variante é ampliar o abismo 
social. Evanildo Bechara (1987) comenta que o privilégio não deve ser dado 
nem à língua culta, nem à coloquial, mas, sim, a adequação da linguagem em 
suas diversas situações de uso. 
54
Fundamentos teóricos e metodológicos da língua Portuguesa
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
CONCLUSÃO
Os estudos desta unidade são muito importantes para os futuros educadores. Eles 
são a resposta para uma grande polêmica que existe, desde a década de 1980, em 
relação ao ensino de língua portuguesa: o que se deve considerar certo ou errado. 
Tal fato se deu porque, como vimos, a língua portuguesa era ensinada a partir da 
gramática que era desvinculada da prática de comunicação. Nesta unidade, vimos 
que a língua da gramática é a escrita, e ela nem sempre é a correspondência direta 
da língua falada. Vimos também que a língua falada é viva e se renova a cada dia, e 
que a gramática é estanque, feita a partir de um recorte de um registro considerado 
culto da língua.
Refletimos sobre o preconceito linguístico gerado por tais diferenças. Tais estudos 
são importantes para o que propõem os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) e 
a Base Nacional Curricular Comum (BNCC), em que a sociolinguística é a tendência 
pedagógica a ser observada na elaboração de planos de aula. Importante ressaltar 
que em hipótese alguma defendemos que a gramática seja abolida da escola, mas 
apontamos que seu uso deve ser contextualizado e significativo diante da perspecti-
va da língua, pois tratamos o ensino de língua portuguesa sob a concepção da língua 
como construção humana, histórica e social e, também, como meio de construção 
de identidades de seus usuários e da comunidade a que pertencem.
55
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Fundamentos teóricos e metodológicos da língua Portuguesa
SUMÁRIO
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos 
que você:
> Identificar os princípios 
e fundamentos que 
norteiam os Parâmetros 
Curriculares Nacionais.
> Identificar os princípios 
e fundamentos que 
norteiam a Base Nacional 
Comum Curricular.
> Aplicar os 
conhecimentos dos PCN 
e da BNCC em práticas 
educativas.
UNIDADE 3
56
Fundamentos

Mais conteúdos dessa disciplina