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Assistência de Enfermagem nas complicações do Diabetes Mellitus TÓPICOS A SEREM ABORDADOS • • • • DIABETES DIABETES MELITO OU DIABETES MELLITUS É UM GRUPO DE DOENÇAS METABÓLICAS QUE SE CARACTERIZAM POR NÍVEIS ELEVADOS DE GLICOSE NO SANGUE (HIPERGLICEMIA). A DIABETES É UMA DOENÇA CRÔNICA QUE REQUER CUIDADOS DE SAÚDE E AUTOCUIDADO DO CLIENTE PARA EVITAR OU REDUZIR O RISCO DE COMPLICAÇÕES (AMERICAN DIABETES ASSOCIATION [ADA], 2008). PODE RESULTAR DE DEFEITOS DE SECREÇÃO E/OU AÇÃO DA INSULINA ENVOLVENDO PROCESSOS PATOGÊNICOS ESPECÍFICOS, POR EXEMPLO, DESTRUIÇÃO DAS CÉLULAS BETA DO PÂNCREAS (PRODUTORAS DE INSULINA), RESISTÊNCIA À AÇÃO DA INSULINA, DISTÚRBIOS DA SECREÇÃO DA INSULINA, ENTRE OUTROS. Dados da Federação Internacional de Diabetes revela que o número de pessoas com a doença aumentou em 74 milhões, totalizando 537 milhões de adultos no mundo em 2021. No Brasil, as estimativas mais recentes somam 16,8 milhões de pessoas com a doença, cerca de 7% da população. IMPACTOS PARA A QUALIDADE E EXPECTATIVA DE VIDA ➢ A expectativa de vida é reduzida em média em 15 anos para o diabetes tipo 1 e em 5 a 7 anos na do tipo 2; ➢ Os adultos com diabetes têm risco 2 a 4 vezes maior de doença cardiovascular e AVC; ➢ É a causa mais comum de amputações de membros inferiores não traumática, cegueira irreversível e doença renal crônica terminal; ➢ Em mulheres, é responsável por maior número de partos prematuros e mortalidade materna. ➢ De acordo com Centers for Disease Control and Prevention (CDC), (2007) A doença afeta muitos sistemas do corpo e pode causar consequências físicas, sociais e financeiras de grande impacto a longo prazo. Diabetes é a principal causa de amputações não traumáticas, cegueira em adultos em idade laboral e doença renal em estágio terminal (DRET) Classificação ➢Tipo I (5 a 10% de todos os diabéticos) ➢Tipo II (90 a 95% de todos os diabéticos) 80% obesos ➢Gestacional ➢Diabetes secundário (associado a outros distúrbios ou síndromes) ➢Tolerância reduzida à glicose Diabetes tipo I • Processo de destruição da célula beta pancreática que leva ao estágio de deficiência absoluta de insulina; • Traço clínico definidor: tendência à hiperglicemia grave e cetoacidose; Diabetes tipo II • Estado de resistência à ação da insulina associado a um defeito na sua secreção; • Manifesta-se em adultos com história de excesso de peso e história familiar de Diabetes Mellitus tipo II; • Epidemia da obesidade infantil aumentou a incidência em jovens, inclusive crianças e adolescentes. Complicações agudas ➢HIPOGLICEMIA ➢CETOACIDOSE DIABÉTICA (CDA) ➢SÍNDROME HIPEROSMOLAR HIPERGLICÊMICA (SHH) Complicações crônicas ➢MICROVASCULARES: Retinopatia, Neuropatia, Nefropatia ➢MACROVASCULARES: Doença Vascular Periférica, Doença Coronariana, Acidente Vascular Encefálico A hipoglicemia pode ser causada por excesso de insulina ou hipoglicemiantes orais; ingestão insuficiente de alimentos; ou excesso de atividade física. LEVE Sudorese, tremor, taquicardia, palpitação, ansiedade e fome A Hipoglicemia (nível baixo de glicose no sangue) ocorre quando a glicemia diminui de 50 a 60 mg/dl. GRAVE Desorientação, convulsão, dificuldade de ser despertado do sono ou perda da consciência MODERADA Incapacidade de concentração, cefaléia, tontura, confusão, lapsos de memória, dormência nos lábios e na língua, fala arrastada, dificuldade de coordenação, alterações emocionais, comportamento agressivo ou irracional, visão dupla e sonolência Sem insulina, a quantidade de glicose que entra nas células é pequena e tanto a produção quanto a liberação de glicose pelo fígado aumentam. Esses dois fatores são responsáveis pela hiperglicemia. Na tentativa de eliminar o excesso de glicose no corpo, os rins excretam grande quantidade de glicose, causando diurese osmótica, o que resulta em desidratação e déficits de eletrólitos. Manifestações Clínicas Hiperglicemia, cetose, desidratação, déficits eletrolíticos, acidose A CAD é causada pela ausência ou escassez acentuada de insulina. Esse déficit de insulina causa distúrbios do metabolismo dos carboidratos, das proteínas e das gorduras ➢Glicose sanguínea acima de 250 mg/dl ➢Gasometria com PH sérico baixo (6,8 a 7,3) ➢Bicarbonato sérico baixo (0 a 15 mEq/dl) ➢Acumulação de cetonas no soro e na urina ➢Presença de glicose na urina ➢Níveis anormais de eletrólitos séricos (sódio, potássio e cloreto) ➢ ➢ ➢ ➢ ➢ ➢ Fonte: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/bde-19958 Fonte: http://www.enfermagemesquematizada.com.br/tudo-o-que-voce-precisa-saber- balanco-hidrico-do-paciente/ A hiperglicemia persistente causa a diurese osmótica, que acarreta perdas de água e eletrólitos. Como a SHH tende a ocorrer nos clientes idosos, dos quais muitos têm doenças cardíacas e renais coexistentes, a taxa de mortalidade oscila entre 10 e 40%. Manifestações Clínicas Hiperglicemia, desidratação profunda, hipotensão, taquicardia, sinais neurológicos variáveis A SHH é uma condição potencialmente fatal, que se caracteriza por hiperosmolaridade (> 340 mOsm/l) e hiperglicemia (> 600 mg/dl) com alterações do nível de consciência. ➢ ➢ ➢ ➢ ➢ ➢ Os sintomas da neuropatia periférica sensorial distal é a mais comum e inclui dores em queimação, pontadas, parestesia, sensações de frio e calor nos pés, hiperestesia; todos esses sintomas tendem a uma exacerbação noturna Os sintomas da neuropatia periférica sensorial distal é a mais comum e inclui dores em queimação, pontadas, parestesia, sensações de frio e calor nos pés, hiperestesia; todos esses sintomas tendem a uma exacerbação noturna. Os sinais incluem a redução da sensibilidade à dor, à vibração e à temperatura, hipotrofia dos pequenos músculos interósseos, ausência de sudorese e distensão das veias dorsais dos pés A Neuropatia diabética é “A presença de sintomas e/ou sinais de disfunção dos nervos periféricos em pessoas com diabetes, após a exclusão de outras causas”. Entretanto, a DAP e a neuropatia estão presentes, mais frequentemente, no mesmo paciente. É possível que a redução no fluxo sanguíneo na pele, devido à doença macrovascular, torne a vascularização mais sensível à oclusão durante períodos de elevada pressão biomecânica na pele. O exame clínico, avaliando-se a cor e temperatura da pele, a palpação dos pulsos dos pés, a medida da pressão do tornozelo, pode diagnosticar a DAP. A Doença Arterial Periférica (DAP), geralmente em combinação com traumas leves ou danos triviais, pode resultar em uma úlcera dolorosa, puramente isquêmica. Uma abordagem conservadora deve envolver um programa de caminhadas, uso de calçados adequados, suspensão do fumo e tratamento incisivo da hipertensão e dislipidemia, caso não haja úlcera ou gangrena presentes. PASSO-A-PASSO: • • • https://www.residenciamedica.com.br/indice-tornozelo-braquial-video/ ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Diagnósticos de Enfermagem Intervenções de Enfermagem Resultados Esperados Estilo de vida sedentário Estimular aquisição de hábitos ativosnas atividades de vida diária; Encaminhar paciente para educadorfísico. Capacidade de manter um nível habitual deatividade física Nutrição desiquilibrada mais que asnecessidades corporais Encaminhar o paciente para a nutrição; Estimular nutrição saudável e controle dietético. Controle da obesidade e excesso de peso Eliminação urinária prejudicada Orientar ao paciente sobre a importânciado controle glicêmico para evitar a diurese osmótica; Monitorar a eliminação urinária, inclusive frequência, consistência, odor,volume e cor, conforme apropriado. Controle da glicemia. Memória prejudicada Incluir familiares no planejamento, na prestação e avaliação dos cuidados. Proteção ao indivíduo. Medo Usar uma abordagem calma e segura; Buscar conhecer a perspectiva dopacientesobre uma situação temida; Encorajar o paciente no tratamento daDiabetes. Reduzir o medo. Risco para infecção Examinar as condições locais da pelecomo ruptura, cor, calor, textura, edemas, ulcerações, pontos de pressão, infecção, fontes de pressão e fricção eáreas de necrose. Prevenir infecção evitável. PRINCIPAIS REFERENCIAS ➢ ➢ ➢ ° ➢ ª ➢ ª ➢
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