Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO FACULDADE DE ENFERMAGEM PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO LATO SENSU ENFERMAGEM CLÍNICA Aspectos éticos e legais para a inserção do PICC ENF. ESP. DAYANA CARVALHO LEITE CHEFE DE SEÇÃO DE ENFERMAGEM DO NÚCLEO DE ESTUDO DA SAÚDE DO ADOLESCENTE – HUPE TUTORA DO PROGRAMA DE RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM NA SAÚDE DO ADOLESCENTE – HUPE MEMBRO DO TIME DE TERAPIA INFUSIONAL DO SERVIÇO DE CLÍNICA - HUPE LEGISLAÇÃO PRA QUE?? POR QUE?? Constituição Federal - 1988 ◦ Código de Deontologia de Enfermagem – COFEN (Lei Nª 7498/86) Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem (Nº564/2017) Resoluções, pareceres, leis complementares, estatutos (ECA, Idoso, Saúde Mental, Lei nº 8080/1990...) Legislação e Segurança em Terapia Infusional A realização da terapia intravenosa requer que enfermeiros desenvolvam competências e habilidades específicas na área, utilizem e saibam traduzir conhecimentos provenientes de pesquisa na prática, de modo a garantir uma assistência segura e de qualidade. Devem também conhecer os aspectos éticos e legais relativos às intervenções de enfermagem e a sua especialidade, por meio de consulta a legislações, regulamentações, declaração e pareceres. Primum Non Nocere A assistência ao paciente não deveria gerar consequências ruins, danosas aos indivíduos doentes. SEGURANÇA DO PACIENTE Programa Nacional de Prevenção e Controle de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde 5 objetivos específicos 11 metas Metas do plantão: ✓ Não matar ❑ Não morrer Resolução COFEN nº 258/2001 Art 1º. É lícito ao enfermeiro a inserção do cateter central de inserção periférica; Art 2º. O enfermeiro para o desempenho de tal atividade, deverá ter-se submetido a qualificação e/ ou capacitação profissional. PARECER DA CÂMARA TÉCNICA Nº 15/2014/ CTLN/COFEN – Anestesia local na inserção do PICC Oriundo do PAD COFEN nº122/2014: “(...) o Enfermeiro com curso de Capacitação/Qualificação para Inserção do PICC, em instituição que possua protocolo que normatize a aplicação de anestésico local pelo Enfermeiro, e treinamento do profissional para esta atividade, poderá realizar o procedimento de anestesia local, com a lidocaína 1% e 2% sem tecido subcutâneo, com a finalidade de inserção do PICC.” PARECER Nº 243/2017/COFEN Normatização do procedimento de inserção, fixação, manutenção e retirada de cateter periférico central por enfermeiro - PICC atualização. “(...) normatizando a competência técnica e legal para o Enfermeiro inserir, manipular e retirar o PICC, guiada pelo ultrassom e utilizando anestésico subcutâneo para inserção do PICC encontra-se amparada pela legislação maior (...) POSSO FIXAR O PICC POR SUTURA?? PAD nº1250/2015 Considerando que é vedado ao profissional de Enfermagem a realização de suturas, não se aplicando a situações de urgência, na qual , efetivamente haja iminente e grave risco de vida; Considerando que o procedimento é um ato de enfermagem, apenas quando praticado por Enfermeiro Obstetra, por meio da episiorrafia; Considerando que a ANVISA (2017) ressalta que as suturas em acessos venosos estão associadas a acidentes percutâneos, favorecem a formação de biofilme e aumentam o risco de Infecções Primárias de Corrente Sanguínea (IPCS) nos cateteres periféricos, como também nos cateteres centrais de curta permanência. Considerando a importância da utilização de fixadores sem sutura, visando a preservação da integridade do acesso, a prevenção e o deslocamento do dispositivo, além da sua perda, conforme destaca a literatura científica, Somos de PARECER DESFAVORÁVEL a realização do procedimento de sutura pelo enfermeiro visando ancorar (fixar) o cateter central de inserção periférica (PICC). PARECER TÉCNICO Nº 016/2019 COREN- ALAGOAS Enfermeiro pode solicitar radiografia para verificar posicionamento do cateter?? “(...) o enfermeiro pode solicitar/prescrever Raio X quando habilitado no manejo (inserção, manutenção e retirada) de PICC para avaliar posicionamento de ponta de cateter, respeitando as disposições legais e vigentes da profissão, pautado da Consulta de Enfermagem e respeitando as etapas da aplicabilidade do Processo de Enfermagem conforme a Resolução COFEN Nº 358/2009, bem como as recomendações da Resolução COFEN Nº 195/1997, desde que sejam elaborados e validados protocolos nas instituições de saúde em que serão efetivadas tais práticas.” E o técnico de enfermagem??? O Parecer GT nº 001/2014, COREN RJ, cuja ementa foi: “Aspectos legais, éticos e técnicos da assistência de Enfermagem na indicação, inserção, manutenção e remoção do Cateter Central de Inserção Periférica (CCIP/PICC)”. “Compete ao enfermeiro a realização dos procedimentos relacionados à assistência de Enfermagem ao paciente em uso do PICC, sendo a ele privativa a manutenção do mesmo (cuidados com o sítio de inserção, curativo e coleta de sangue em situações especiais). Quanto às atribuições do técnico de enfermagem, quando supervisionado por enfermeiro treinado, o mesmo poderá realizar a lavagem (flushing) e a administração de soluções parenterais intravenosas, através do PICC, resguardadas as particularidades da terapia medicamentosa.” CURSOS, CAPACITAÇÕES MINISTRADAS POR EMPRESAS O Parecer COREN SP nº 008/CAT/2009, cuja ementa foi: “Habilitação de Enfermeiros para passagem de PICC por empresa”. Descreve a seguinte conclusão: “O COREN-SP recomenda que o curso de capacitação em inserção de PICC oferecidos pelas Empresas de Insumos possa estar ligado a uma Sociedade de Especialistas ou uma Instituição de Ensino e que esta Empresa englobe a parte teórica e prática do procedimento para garantir melhor habilitação do Enfermeiro no procedimento, também que o Enfermeiro que ministre o curso seja profissional habilitado anteriormente“. E O PACIENTE??? RESOLUÇÃO COFEN Nº 0564/2017 APROVA O NOVO CÓDIGO DE ÉTICA DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM CAPÍTULO II – DOS DEVERES Art. 40 - Orientar à pessoa e família sobre preparo, benefícios, riscos e consequências decorrentes de exames e de outros procedimentos, respeitando o direito de recusa da pessoa ou de seu representante legal; A fim de resguardar os aspectos éticos e os direitos do paciente, ressalta-se a importância de solicitar a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), como parte de um conjunto de ações ligadas às boas práticas institucionais. CAPÍTULO III – DAS PROIBIÇÕES Art. 62 - Executar atividades que não sejam de sua competência técnica, científica, ética e legal ou que não ofereçam segurança ao profissional, à pessoa, à família e à coletividade. PORTARIA Nº 1820 DE 13/08/2009 Dispõe sobre os direitos e deveres do usuários da saúde. Parágrafo único. É direito da pessoa ter atendimento adequado, com qualidade, no tempo certo e com garantia de continuidade do tratamento, para isso deve ser assegurado: “e) objetivos, riscos e benefícios de procedimentos diagnósticos, cirúrgicos, preventivos ou de tratamento; f) duração prevista do tratamento proposto; g) quanto a procedimentos diagnósticos e tratamentos invasivos ou cirúrgicos; h) a necessidade ou não de anestesia e seu tipo e duração; i) partes do corpo afetadas pelos procedimentos, instrumental a ser utilizado, efeitos colaterais, riscos ou consequências indesejáveis; j) duração prevista dos procedimentos e tempo de recuperação;” ATO MÉDICO PARECER 144245 CREMESP Email:dayana.leite@hupe.uerj.br
Compartilhar