Buscar

Banco-de-Provas-de-Concursos-Juridicos-Comentadas-2022

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3257 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 3257 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 3257 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Banco de Provas Comentadas 2022 
Estratégia Carreira Jurídica 
 
 
 
 
Banco de Provas Comentadas 2022 
 
1 
3256 
Olá, pessoal! Tudo bem? 
Aqui é Ricardo Torques, Professor e Diretor do Estratégia Carreiras 
Jurídicas. 
Gostaria de lhes apresentar o e-book "Banco de Provas Jurídicas 
Comentadas". Elaborado com muito carinho e cuidado por vários 
professores, você terá em suas mãos as questões de provas de 2022 
comentadas 
 
♾ Aproveito, ainda, para dar um aviso importante: a Assinatura Jurídica Vitalícia está de volta. 
Depois de muitos pedidos dos nossos alunos, o produto que dá acesso perpétuo a todos os 
materiais e ferramentas do Estratégia Carreira Jurídica ficará disponível por tempo limitado. 
💎 Anote na agenda o dia 15/05/2023, às 10h, e prepare-se para fazer o último investimento da 
sua vida na preparação para concursos jurídicos. 
Para ficar por dentro de tudo, garanta acesso antecipado às nossas Listas VIP no WhatsApp e 
Telegram. Por lá divulgaremos tudo em primeira mão. É só clicar nos botões abaixo ou no QR 
Code: 
 
 
 🔗[Clique aqui] 🔗 [Clique aqui] 
 
 
 
 
 
 
https://t.me/vitaliciajuridica
https://www.redirectmais.com/wpp/vitalicia-ecj
https://t.me/vitaliciajuridica
https://www.redirectmais.com/wpp/vitalicia-ecj
 
 
Banco de Provas Comentadas 2022 
Estratégia Carreira Jurídica 
 
 
 
 
Banco de Provas Comentadas 2022 
 
2 
3256 
Grande abraço, 
Ricardo Torques 
BANCO DE PROVAS COMENTADAS 2022 
DEFENSORIAS 
DPE-PA 
Direito Constitucional 
Questão 1. De acordo com a CF, observada a legislação eleitoral, são condições de elegibilidade 
para o cargo de deputado estadual, entre outras, 
A- a filiação partidária, a idade mínima de vinte e um anos e o domicílio eleitoral na circunscrição, 
não sendo obrigatório o alistamento eleitoral. 
B- a nacionalidade brasileira, a filiação partidária e a idade mínima de vinte e um anos, não havendo 
previsão de idade máxima. 
C- a nacionalidade brasileira, a idade mínima de vinte e um anos e o alistamento eleitoral, não 
sendo obrigatória a filiação partidária. 
D- o nascimento no Brasil, o alistamento eleitoral e a filiação partidária, não havendo previsão de 
idade máxima. 
E- o nascimento no Brasil, a idade mínima de vinte e um anos e o domicílio eleitoral na circunscrição 
eleitoral, não sendo obrigatória a filiação partidária. 
Solução Completa 
Gabarito: B 
A questão demanda do candidato o conhecimento sobre a literalidade das disposições normativas 
da CRFB/88 sobre direitos políticos. 
A resposta para o questionamento está presente no artigo 14, §3º, da CRFB/88. Confira: 
Art. 14. [...] 
§ 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei: 
I - a nacionalidade brasileira; 
II - o pleno exercício dos direitos políticos; 
 
 
Banco de Provas Comentadas 2022 
Estratégia Carreira Jurídica 
 
 
 
 
Banco de Provas Comentadas 2022 
 
3 
3256 
III - o alistamento eleitoral; 
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; 
V - a filiação partidária; 
VI - a idade mínima de: 
[...] 
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito 
e juiz de paz; 
A única alternativa que elenca de forma correta todos as condições de elegibilidade presentes no 
§3º do art. 14 da CRFB/88 é a letra ‘B’. 
Alternativa A: INCORRETA. 
Alternativa B: CORRETA. 
Alternativa C: INCORRETA. 
Alternativa D: INCORRETA. 
Alternativa E: INCORRETA. 
Solução Rápida 
A questão demanda do candidato o conhecimento sobre a literalidade das disposições normativas 
da CRFB/88 sobre direitos políticos. 
A resposta para o questionamento está presente no artigo 14, §3º, da CRFB/88. Confira: 
Art. 14. [...] 
§ 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei: 
I - a nacionalidade brasileira; 
II - o pleno exercício dos direitos políticos; 
III - o alistamento eleitoral; 
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; 
V - a filiação partidária; 
VI - a idade mínima de: 
[...] 
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito 
e juiz de paz; 
A única alternativa que elenca de forma correta todos as condições de elegibilidade presentes no 
§3º do art. 14 da CRFB/88 é a letra ‘B’. 
 
 
Banco de Provas Comentadas 2022 
Estratégia Carreira Jurídica 
 
 
 
 
Banco de Provas Comentadas 2022 
 
4 
3256 
Questão 2. O Conselho da Justiça Federal atua 
A- junto ao STJ, cabendo-lhe exercer a supervisão administrativa e orçamentária da justiça federal 
de primeiro e segundo graus, com poderes correicionais, cujas decisões terão caráter vinculante. 
B- junto ao CNJ, cabendo-lhe exercer apenas a supervisão orçamentária das justiças federal, do 
trabalho e eleitoral, sem poderes correicionais ou decisórios. 
C- junto ao STJ, cabendo-lhe exercer a supervisão administrativa e orçamentária das justiças 
federal, do trabalho e eleitoral, sem poderes correicionais e sem previsão de caráter vinculante 
para suas decisões. 
D- junto ao STF, cabendo-lhe exercer a supervisão administrativa e orçamentária da justiça federal 
de primeiro e segundo graus, com poderes correicionais, cujas decisões terão caráter vinculante. 
E- junto ao STF, cabendo-lhe exercer apenas a supervisão orçamentária do Poder Judiciário e do 
CNJ, sem poderes correicionais ou decisórios. 
Solução Completa 
Gabarito: A 
A questão demanda do candidato o conhecimento sobre a literalidade das disposições normativas 
da CRFB/88, sobre o Superior Tribunal de Justiça. 
A resposta para o questionamento está presente no artigo 105, parágrafo único, inciso II, da 
CRFB/88. Confira: 
Art. 105 [...] 
Parágrafo único. Funcionarão junto ao Superior Tribunal de Justiça: 
[...] 
II - o Conselho da Justiça Federal, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa 
e orçamentária da Justiça Federal de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema e 
com poderes correicionais, cujas decisões terão caráter vinculante. 
Como é possível observar, a alternativa ‘A’ é a única que encontra o perfeito amparo no artigo 
105, parágrafo único, inciso II, da CRFB/88, sendo, portanto, o gabarito da questão. 
Alternativa A: CORRETA. 
Alternativa B: INCORRETA. 
Alternativa C: INCORRETA. 
Alternativa D: INCORRETA. 
Alternativa E: INCORRETA. 
Solução Rápida 
 
 
Banco de Provas Comentadas 2022 
Estratégia Carreira Jurídica 
 
 
 
 
Banco de Provas Comentadas 2022 
 
5 
3256 
A questão demanda do candidato o conhecimento sobre a literalidade das disposições normativas 
da CRFB/88, sobre o Superior Tribunal de Justiça. 
A resposta para o questionamento está presente no artigo 105, parágrafo único, inciso II, da 
CRFB/88. Confira: 
Art. 105 [...] 
Parágrafo único. Funcionarão junto ao Superior Tribunal de Justiça: 
[...] 
II - o Conselho da Justiça Federal, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa 
e orçamentária da Justiça Federal de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema e 
com poderes correicionais, cujas decisões terão caráter vinculante. 
Como é possível observar, a alternativa ‘A’ é a única que encontra o perfeito amparo no artigo 
105, parágrafo único, inciso II, da CRFB/88, sendo, portanto, o gabarito da questão. 
 
Questão 3. A eficácia horizontal direta dos direitos fundamentais (unmittelbare Drittwirkung) é 
uma teoria atribuída ao jurista Hans Carl Nipperdey, o qual buscava superar a teoria clássica e 
demonstrar novas modalidades de violações de direitos fundamentais, até então não reconhecidas 
pela teoria mais tradicional, como a defendida por Jellineck. 
Constitui exemplo de aplicação inovadora da teoria da eficácia horizontal direta dos direitos 
fundamentais 
A- o ajuizamento de ação trabalhista contra uma fundação pública para que ela adote medidas 
concretaspara a proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos. 
B- a interposição de mandado de segurança para exigir que as universidades públicas tenham 
banheiros designados para atender a pessoas transgêneros. 
C- a propositura de habeas corpus para garantir a inviolabilidade do corpo do paciente e fazer 
valer a sua negativa para a realização de exame de DNA exigido pela autoridade policial. 
D a exigência de um cliente para que uma empresa privada, concessionária de serviço público de 
energia, respeite seu direito constitucional de inviolabilidade de domicílio, quando 
tal ingresso seja necessário à continuidade do serviço público em questão. 
E a exigência para que uma escola particular tenha de observar o contraditório e a ampla defesa 
ao expulsar um aluno, mesmo que o contrato entre as partes estabeleça o contrário. 
Solução Completa 
Gabarito: E 
Os direitos fundamentais regulam não apenas a relação do Estado com o indivíduo, mas também 
a relação entre os próprios indivíduos, de forma que são aplicáveis aos particulares. 
 
 
Banco de Provas Comentadas 2022 
Estratégia Carreira Jurídica 
 
 
 
 
Banco de Provas Comentadas 2022 
 
6 
3256 
Quando as normas definidoras de direitos fundamentais dispõem sobre as relações entre o Poder 
Público e os particulares (pessoas naturais ou pessoas jurídicas de direito privado), ora mediante 
abstenções do Estado, ora mediante prestações, tem-se a chamada eficácia vertical dos direitos 
fundamentais. 
Há ainda incidência dos direitos fundamentais nas relações privadas, não obstante existir certa 
divergência doutrinária sobre o assunto, dada a garantia de autonomia de vontade. A projeção de 
direitos fundamentais às relações nas quais os particulares (pessoas naturais ou jurídicas) se 
encontram em uma hipotética condição de igualdade jurídica é denominada eficácia horizontal. 
Na eficácia indireta, os direitos fundamentais exigem que o legislador se abstenha de criar lei que 
viole direitos fundamentais e exigem que o mesmo legislador implemente os direitos 
fundamentais e indique quais poderão ser aplicados aos particulares em suas relações. Essa 
concepção tem como ponto de partida o reconhecimento de um direito geral de liberdade e não 
direitos subjetivos. A atuação do legislador é primordial para que não se desconfigure o direito 
privado a partir de infringência da autonomia de vontade. Esse modelo é adotado na Alemanha. 
Na eficácia direta, os direitos fundamentais são aplicáveis às relações entre particulares, 
independentemente da atuação do legislador ordinário, embora tal condição não seja absoluta e 
ainda que se respeite a autonomia de vontade. Esse é o modelo adotado na Espanha, em Portugal 
e na Itália. 
No Brasil, em algumas oportunidades, o Supremo Tribunal Federal já admitiu a eficácia horizontal 
dos direitos fundamentais, inclusive a eficácia direta. Podemos citar como exemplo o RE 158.215-
4, em que o STF entendeu existir violação das garantias constitucionais de ampla defesa e devido 
processo legal na exclusão de associado sem que este tenha o direito de se defender, por mera 
deliberação da assembleia. Bastante ilustrativa também foi a decisão proferida no RE 161.243-6, 
em que se percebeu ofensa ao princípio da isonomia no tratamento discriminatório dado a 
brasileiro, empregado de companhia aérea francesa, em favor de empregado francês, ambos em 
condições idênticas de trabalho. 
Há na doutrina ainda os que admitem a eficácia diagonal dos direitos fundamentais, quando se 
percebe na relação contratual entre particulares uma desigualdade fática e/ou jurídica. São 
exemplos as relações trabalhistas e as consumeristas. 
Alternativa A: INCORRETA. 
Não se trata de eficácia horizontal, porque uma das partes é Fundação Pública. Para se tratar de 
eficácia horizontal, ambas as partes devem ser particulares. 
Alternativa B: INCORRETA. 
Não se trata de eficácia horizontal, porque uma das partes é uma Autarquia ou Fundação Pública. 
Para se tratar de eficácia horizontal, ambas as partes devem ser particulares. 
Alternativa C: INCORRETA. 
 
 
Banco de Provas Comentadas 2022 
Estratégia Carreira Jurídica 
 
 
 
 
Banco de Provas Comentadas 2022 
 
7 
3256 
A projeção de direitos fundamentais às relações nas quais os particulares (pessoas naturais ou 
jurídicas) se encontram em uma hipotética condição de igualdade jurídica é denominada eficácia 
horizontal, na alternativa, um dos polos não é um particular. 
Alternativa D: INCORRETA. 
A concessionária é uma Pessoa Jurídica de Direito Privado, que presta um serviço cujo a natureza 
jurídica é natureza jurídica de serviço público. 
Alternativa E: CORRETA. 
Na alternativa ‘E’, a exigência para que uma escola particular tenha de observar o contraditório e 
a ampla defesa ao expulsar um aluno, mesmo que o contrato entre as partes estabeleça o 
contrário, configura a aplicação da Teoria Horizontal, considerando que em ambos os polos da 
relação estão presentes particulares e não é possível identificar desigualdade fática ou jurídica 
entre eles. 
Podemos citar como exemplo o RE 158.215-4, em que o STF entendeu existir violação das 
garantias constitucionais de ampla defesa e devido processo legal na exclusão de associado sem 
que este tenha o direito de se defender, por mera deliberação da assembleia. Confira a ementa 
do acórdão: 
DEFESA - DEVIDO PROCESSO LEGAL - INCISO LV DO ROL DAS GARANTIAS 
CONSTITUCIONAIS - EXAME - LEGISLAÇÃO COMUM. A intangibilidade do preceito 
constitucional assegurador do devido processo legal direciona ao exame da legislação comum. 
Daí a insubsistência da óptica segundo a qual a violência à Carta Política da República, suficiente 
a ensejar o conhecimento de extraordinário, há de ser direta e frontal. Caso a caso, compete ao 
Supremo Tribunal Federal exercer crivo sobre a matéria, distinguindo os recursos protelatórios 
daqueles em que versada, com procedência, a transgressão a texto constitucional, muito embora 
torne-se necessário, até mesmo, partir-se do que previsto na legislação comum. Entendimento 
diverso implica relegar à inocuidade dois princípios básicos em um Estado Democrático de Direito 
- o da legalidade e do devido processo legal, com a garantia da ampla defesa, sempre a 
pressuporem a consideração de normas estritamente legais. 
COOPERATIVA - EXCLUSÃO DE ASSOCIADO - CARÁTER PUNITIVO - DEVIDO PROCESSO 
LEGAL. Na hipótese de exclusão de associado decorrente de conduta contrária aos estatutos, 
impõe-se a observância ao devido processo legal, viabilizado o exercício amplo da defesa. Simples 
desafio do associado à assembléia geral, no que toca à exclusão, não é de molde a atrair adoção 
de processo sumário. Observância obrigatória do próprio estatuto da cooperativa. (STF - RE: 
158215 RS, Relator: MARCO AURÉLIO, Data de Julgamento: 30/04/1996, SEGUNDA TURMA, 
Data de Publicação: DJ 07-06-1996 PP-19830 EMENT VOL-01831-02 PP-00307 RTJ VOL-00164-
02 PP-00757) 
Solução Rápida 
 
 
Banco de Provas Comentadas 2022 
Estratégia Carreira Jurídica 
 
 
 
 
Banco de Provas Comentadas 2022 
 
8 
3256 
A projeção de direitos fundamentais às relações nas quais os particulares (pessoas naturais ou 
jurídicas) se encontram em uma hipotética condição de igualdade jurídica é denominada eficácia 
horizontal. 
Na alternativa ‘E’, a exigência para que uma escola particular tenha de observar o contraditório e 
a ampla defesa ao expulsar um aluno, mesmo que o contrato entre as partes estabeleça o 
contrário, configura a aplicação da Teoria Horizontal, considerando que em ambos os polos da 
relação estão presentes particulares e não é possível identificar desigualdade fática ou jurídica 
entre eles. 
Podemos citar como exemplo o RE 158.215-4, em que o STF entendeu existir violação das 
garantias constitucionais de ampla defesa e devido processo legal na exclusão de associado sem 
que este tenha o direito de se defender, por mera deliberação da assembleia. Confira a ementa 
do acórdão: 
DEFESA- DEVIDO PROCESSO LEGAL - INCISO LV DO ROL DAS GARANTIAS 
CONSTITUCIONAIS - EXAME - LEGISLAÇÃO COMUM. A intangibilidade do preceito 
constitucional assegurador do devido processo legal direciona ao exame da legislação comum. 
Daí a insubsistência da óptica segundo a qual a violência à Carta Política da República, suficiente 
a ensejar o conhecimento de extraordinário, há de ser direta e frontal. Caso a caso, compete ao 
Supremo Tribunal Federal exercer crivo sobre a matéria, distinguindo os recursos protelatórios 
daqueles em que versada, com procedência, a transgressão a texto constitucional, muito embora 
torne-se necessário, até mesmo, partir-se do que previsto na legislação comum. Entendimento 
diverso implica relegar à inocuidade dois princípios básicos em um Estado Democrático de Direito 
- o da legalidade e do devido processo legal, com a garantia da ampla defesa, sempre a 
pressuporem a consideração de normas estritamente legais. 
COOPERATIVA - EXCLUSÃO DE ASSOCIADO - CARÁTER PUNITIVO - DEVIDO PROCESSO 
LEGAL. Na hipótese de exclusão de associado decorrente de conduta contrária aos estatutos, 
impõe-se a observância ao devido processo legal, viabilizado o exercício amplo da defesa. Simples 
desafio do associado à assembléia geral, no que toca à exclusão, não é de molde a atrair adoção 
de processo sumário. Observância obrigatória do próprio estatuto da cooperativa. (STF - RE: 
158215 RS, Relator: MARCO AURÉLIO, Data de Julgamento: 30/04/1996, SEGUNDA TURMA, 
Data de Publicação: DJ 07-06-1996 PP-19830 EMENT VOL-01831-02 PP-00307 RTJ VOL-00164-
02 PP-00757) 
Portanto, o gabarito da questão é a letra ‘E’. 
Direito Tributário 
Questão 4. O produto da arrecadação do imposto sobre a renda da pessoa física (IRPF), cobrado 
na fonte e incidente sobre os rendimentos pagos por uma autarquia do estado do Pará a seus 
servidores, pertence 
 
 
Banco de Provas Comentadas 2022 
Estratégia Carreira Jurídica 
 
 
 
 
Banco de Provas Comentadas 2022 
 
9 
3256 
A) à União. 
B) ao Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal e ao Fundo de Participação dos 
Municípios, devendo ser repartido com estados e municípios na forma da legislação. 
C) à União, devendo ser repartido com os estados e municípios por meio do Fundo de Participação 
dos Estados e do Distrito Federal e do Fundo de Participação dos Municípios. 
D) ao estado do Pará. 
E) ao estado do Pará, devendo ser repartido com os respectivos municípios por meio do FPM 
Solução completa. 
(A) ERRADA. De acordo com a previsão do art. 157, I e art. 158, I da Constituição da República 
pertencem aos Estados, Distrito Federal e aos municípios a integralidade do produto da 
arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na 
fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que 
instituírem e mantiverem. Três situações devem ser observadas, a primeira é que a receita é 
limitada aos valores do imposto de renda retido na fonte, e a segunda é a de que o STF ao apreciar 
o tema RG 1130 (RE 1.293.453) fixou a tese de que inclui-se dentre as receitas arrecadadas em 
relação aos rendimentos pagos à “pessoas físicas ou jurídicas contratadas para a prestação de 
bens ou serviços”, e, por fim, deve ser observado que na forma da súmula 447 do STJ: 
“Os Estados e o Distrito Federal são partes legítimas na ação de restituição de imposto de renda 
retido na fonte proposta por seus servidores. 
(B) ERRADA. Na forma do art. 159, I da Constituição da República o repasse da União ao Fundo 
de Participação dos Estados e do Distrito Federal e ao Fundo de Participação dos Municípios se 
dá na proporção de 50% do produto da arrecadação dos impostos sobre produtos industrializados 
e sobre renda e proventos de qualquer natureza, excluindo-se a parcela da arrecadação do 
imposto de renda e proventos de qualquer natureza pertencente aos Estados, ao Distrito Federal 
e aos Municípios, nos termos do disposto nos arts. 157, I, e 158, I, sobre o imposto de renda retido 
na fonte. 
(C) ERRADA. Tanto o art. 159, I como os artigos 157, I e 158, I da Constituição preconizam que o 
produto da arrecadação dos impostos sobre renda e proventos de qualquer natureza sempre será 
repartido com os demais entes. 
(D) CORRETA. Como afirmado na letra A, a receita pertence ao Estado do Pará. 
(E) ERRADA. A repartição de receitas tributárias no atual modelo constitucional se dá somente no 
modelo vertical-descendente, ou seja, sempre dos entes maiores (União para os Estados, Estados 
para os Municípios) para os menores e nunca o contrário. 
Solução rápida. 
(A) Errada: Art. 157, I e art. 158, I da Constituição da República 
 
 
Banco de Provas Comentadas 2022 
Estratégia Carreira Jurídica 
 
 
 
 
Banco de Provas Comentadas 2022 
 
10 
3256 
(B) Errada: art. 159, I da Constituição da República 
(C) Errada: art. 159, I como os artigos 157, I e 158, I 
(D) Correta. Art. 157, I e art. 158, I da CF/88 pertencem aos Estados, Distrito Federal e aos 
municípios a integralidade do produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e 
proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, 
por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem 
(E) Errada. A repartição de receitas tributárias no atual modelo constitucional se dá somente no 
modelo vertical-descendente, ou seja, sempre dos entes maiores (União para os Estados, Estados 
para os Municípios) para os menores e nunca o contrário. 
Gabarito D 
 
Questão 5. Segundo o STF, há princípios afetos à limitação material à ação normativa do Poder 
Legislativo que orientam o Estado a não agir imoderadamente ou com excessos no plano 
legislativo-tributário. 
São eles os princípios da 
A) legalidade e da capacidade contributiva. 
B) igualdade e da moralidade. 
C) transparência e da uniformidade. 
D) irretroatividade e da anterioridade. 
E) razoabilidade e da proporcionalidade. 
Solução completa. 
(A) ERRADA. Ainda que seja vetor constitucional essencial ao regime constitucional de garantias 
tributárias a legalidade tributária (CF/88, art. 150, I) não está ligada diretamente ao postulado da 
vedação do excesso, mas sim a própria legitimidade democrática da tributação, já que reflete a 
necessidade de que toda a imposição tributária decorra de lei, ou seja, seja fruto da soberana 
manifestação da vontade popular exercida por seus representantes no legislativo. 
(B) ERRADA. Ainda que a igualdade, especialmente, em seu aspecto da capacidade contributiva 
((CF, art. 145, §1º), tenha relevância na formação da base da tributação nacional, preservando, de 
certa forma o sistema contra excessos, a moralidade administrativa não tem qualquer reflexo nesse 
aspecto. 
(C) ERRADA. Nenhum dos princípios citados (transparência – CF/88, art. 150, §5º e uniformidade 
– CF/88, art. 151, I) tem qualquer relação com a vedação ao excesso de tributação. 
 
 
Banco de Provas Comentadas 2022 
Estratégia Carreira Jurídica 
 
 
 
 
Banco de Provas Comentadas 2022 
 
11 
3256 
(D) ERRADA. Os princípios da irretroatividade (CF, art. 150, III “a”) e da anterioridade (CF, art. 
150, III “b” e “c”) são predicados da segurança jurídica, preservando estabilidade, previsibilidade 
e calculabilidade do direito tributário. 
(E) CORRETA. Efetivamente, há muito tempo a jurisprudência do STF (ex. RE 1145279 AgR) 
caminha para identificar os postulados da razoabilidade e proporcionalidade como limitações 
essenciais no próprio texto constitucional instituídas em favor do contribuinte em garantia do 
princípio da vedação do excesso (STF, RE 656089) em matéria tributária, de modo que o valor das 
exações deve refletir, de forma proporcional, não só o dever fundamental de pagar tributos (STF, 
ADI 2859) mas também da vedação ao confisco (CF/88, art. 150, IV) e de respeito à capacidade 
contributiva (CF/88, art. 145, §1º). 
Solução rápida. 
(A) ERRADA: Os princípios não estão vinculadosà vedação ao excesso da tributação. 
(B) ERRADA: Os princípios não estão vinculados à vedação ao excesso da tributação. 
(C) ERRADA. Os princípios não estão vinculados à vedação ao excesso da tributação. 
(D) ERRADA. Os princípios não estão vinculados à vedação ao excesso da tributação. 
(E) CORRETA. A jurisprudência do STF (ex. RE 1145279 AgR) caminha para identificar os 
postulados da razoabilidade e proporcionalidade como limitações essenciais no próprio texto 
constitucional instituídas em favor do contribuinte em garantia do princípio da vedação do excesso 
(STF, RE 656089) em matéria tributária 
Gabarito C. 
 
Questão 6. Julgue os itens a seguir, a respeito das espécies tributárias. 
I É nulo o consentimento prévio do particular beneficiário que aceita pagar contribuição de 
melhoria com base de cálculo superior ao quantum da valorização imobiliária, apenas quanto ao 
excesso. 
II Taxa e preço público se distinguem quanto à obrigatoriedade de pagamento: a taxa é cobrada 
com suporte em base legal e o preço público é de pagamento facultativo para quem deseja 
beneficiar-se por serviços prestados. 
III O depósito judicial destinado a garantir o juízo caracteriza empréstimo compulsório, haja vista 
sua índole confiscatória, sem a qual não pode o contribuinte exercer o seu direito de defesa em 
execução fiscal. 
Assinale a opção correta. 
A) Apenas o item I está certo. 
B) Apenas o item III está certo. 
 
 
Banco de Provas Comentadas 2022 
Estratégia Carreira Jurídica 
 
 
 
 
Banco de Provas Comentadas 2022 
 
12 
3256 
C) Apenas os itens I e II estão certos. 
D) Apenas os itens II e III estão certos. 
E) Todos os itens estão certos. 
Solução completa. 
Afirmativa I – CORRETA. De fato, na contribuição de melhoria (CTN, art. 81 e 82) o fato gerador 
não é a realização da obra pública, mas sim a efetiva valorização imobiliária (STJ, REsp 1.076.948-
RS), a qual é aferida mediante a diferença entre o valor do imóvel antes do início da obra e após 
a sua conclusão (STJ, REsp 647.134-SP) de modo que não é possível ao contribuinte, antes da 
comprovação da efetiva valorização, o que é ônus da administração tributária (STJ, REsp 1698570 
/ PR), não mostra-se válida a manifestação de vontade que aceita o pagamento de valor tributário 
além daquele previsto pela regra-matriz de incidência tributária. 
AFIRMATIVA II – CORRETA. Efetivamente não há como confundir-se os conceitos de Taxa e Preço 
Público (ou tarifa). Ao passo que as primeiras representam espécie tributária constitucionalmente 
definida (CF/88, art. 145, II) e regida pelos artigos 77 e 78 do CTN, submetida às regras do Direito 
Tributário, o que é diverso das tarifas, fruto de regime contratual de direito administrativo, passível 
de flexibilização e de pagamento facultativo, conforme delineado na Súmula 545 do STF: 
“Preços de serviços públicos e taxas não se confundem, porque estas, diferentemente daqueles, 
são compulsórias e têm a sua cobrança condicionada a prévia autorização orçamentária, em 
relação à lei que as instituiu.” 
AFIRMATIVA III. ERRADA. Não há qualquer relação entre a figura do depósito integral do débito, 
causa de suspensão do crédito tributário (CTN, art. 151, II) causa e a espécie tributária (CF/88, art. 
148) do empréstimo compulsório que é tributo temporário e restituível, com a exação vinculada 
aos motivos que permitem a sua criação e não necessariamente a qualquer atuação específica do 
Estado em relação ao contribuinte. 
Solução rápida. 
Afirmativa I – CORRETA. Na contribuição de melhoria (CTN, art. 81 e 82) o fato gerador não é a 
realização da obra pública, mas sim a efetiva valorização imobiliária (STJ, REsp 1.076.948-RS), a 
qual é aferida mediante a diferença entre o valor do imóvel antes do início da obra e após a sua 
conclusão (STJ, REsp 647.134-SP) de modo que não é possível ao contribuinte, antes da 
comprovação da efetiva valorização. 
AFIRMATIVA II – CORRETA. Súmula 545 do STF: “Preços de serviços públicos e taxas não se 
confundem, porque estas, diferentemente daqueles, são compulsórias e têm a sua cobrança 
condicionada a prévia autorização orçamentária, em relação à lei que as instituiu.” 
AFIRMATIVA III. ERRADA. Não há qualquer relação entre a figura do depósito integral do débito, 
causa de suspensão do crédito tributário (CTN, art. 151, II) causa e a espécie tributária (CF/88, art. 
 
 
Banco de Provas Comentadas 2022 
Estratégia Carreira Jurídica 
 
 
 
 
Banco de Provas Comentadas 2022 
 
13 
3256 
148) do empréstimo compulsório que é tributo temporário e restituível, com a exação vinculada 
aos motivos que permitem a sua criação e não necessariamente a qualquer atuação. 
Gabarito C. 
Questão 7. As espécies tributárias de competência dos municípios incluem 
A) o ISSQN, o ITBI e o IPTU. 
B) o IPI, o IPTU e o ITR. 
C) o ICMS, o ITBI e o IPTU. 
D) o ICMS, o ITCMD e o IPTU. 
E) o ISSQN, o ITCMD e o IPTU. 
Solução completa. 
(A) CORRETA. Todos os tributos indicados são de competência tributária dos Municípios e do 
Distrito Federal: ISSQN (CF/88, art. 156, III), ITBI (CF/88, art. 156, II) e IPTU (CF/88, art. 156,I). 
(B) ERRADA. Tanto o IPI (CF/88, art. 153, IV) como o ITR (CF/88, art. 153, VI) são impostos de 
competência da União. 
(C) ERRADA. O ICMS é imposto de competência dos Estados e do DF (CF/88, art. 155, II). 
(D) ERRADA. O ICMS e o ITCMD são impostos de competência dos Estados e do DF (CF/88, art. 
155, I e II). 
(E) ERRADA. O ITCMD é imposto de competência dos Estados e do DF (CF/88, art. 155, I e II). 
Solução rápida. 
(A) CORRETA. Todos os tributos indicados são de competência tributária dos Municípios e do 
Distrito Federal: ISSQN (CF/88, art. 156,III), ITBI (CF/88, art. 156,II) e IPTU (CF/88, art. 156,I). 
(B) ERRADA. Tanto o IPI (CF/88, art. 153, IV) como o ITR (CF/88, art. 153, VI) são impostos de 
competência da União. 
(C) ERRADA. O ICMS é imposto de competência dos Estados e do DF (CF/88, art. 155, II). 
(D) ERRADA. O ICMS e o ITCMD são impostos de competência dos Estados e do DF (CF/88, art. 
155, I e II). 
(E) ERRADA. O ITCMD é imposto de competência dos Estados e do DF (CF/88, art. 155, I e II). 
Gabarito A 
Questão 8. Considerando que, em uma execução fiscal, o devedor indique semoventes, imóveis, 
veículos e títulos da dívida pública à penhora, assinale a opção que, de acordo com a Lei n.o 
6.830/1980, apresenta a sequência correta para a penhora desses bens. 
A) veículos – semoventes – imóveis – títulos da dívida pública 
 
 
Banco de Provas Comentadas 2022 
Estratégia Carreira Jurídica 
 
 
 
 
Banco de Provas Comentadas 2022 
 
14 
3256 
B) títulos da dívida pública – imóveis – veículos – semoventes 
C) veículos – imóveis – semoventes – títulos da dívida pública 
D) imóveis – semoventes – títulos da dívida públicas – veículos 
E) títulos da dívida pública – veículos – imóveis – semoventes 
Solução completa. 
(A) ERRADA. Antes de mais nada é necessário contextualizar que a Lei 6830/81, refletiu uma 
modernização em relação às previsões do CPC de 1973, contudo, na atualidade, especialmente 
após a vigência do atual Código de Processo Civil a norma criada sob o pálio de priorizar a 
satisfação dos créditos públicos, acaba sendo deficitária em relação ao regime processual geral. 
Assim na atualidade há duas ordens de prioridade da penhora, a do art. 11 da Lei 6.830/81 e a do 
CPC: 
Lei de Execuções fiscais Código de Processo Civil 
Art. 11 - A penhora ou arresto de bens obedecerá à seguinte ordem: 
I - dinheiro; 
II - título da dívida pública, bem como título de crédito, que tenham cotação em bolsa; 
III - pedras e metais preciosos; 
IV - imóveis; 
V - navios e aeronaves; 
VI - veículos; 
VII - móveis ou semoventes; e 
VIII - direitos e ações. Art. 835. A penhora observará, preferencialmente, a seguinte ordem: 
I - dinheiro, em espécie ou em depósito ou aplicação em instituição financeira; 
II - títulos da dívida pública da União, dos Estados e do Distrito Federal com cotação em mercado;III - títulos e valores mobiliários com cotação em mercado; 
IV - veículos de via terrestre; 
V - bens imóveis; 
VI - bens móveis em geral; 
VII - semoventes; 
VIII - navios e aeronaves; 
IX - ações e quotas de sociedades simples e empresárias; 
X - percentual do faturamento de empresa devedora; 
 
 
Banco de Provas Comentadas 2022 
Estratégia Carreira Jurídica 
 
 
 
 
Banco de Provas Comentadas 2022 
 
15 
3256 
XI - pedras e metais preciosos; 
XII - direitos aquisitivos derivados de promessa de compra e venda e de alienação fiduciária em 
garantia; 
XIII - outros direitos. 
Não se pode deixar de considerar que o STJ, no julgamento do Tema n. 578, vinculado ao Recurso 
Especial repetitivo n. 1.337.790/PR, fixou a orientação de que cumpre ao devedor fazer a 
nomeação de bens à penhora observando a ordem legal estabelecida no art. 11 da Lei de 
Execução Fiscal, incumbindo-lhe demonstrar, se for o caso, a necessidade de afastá-la, para 
somente de forma subsidiária aplicar a ordem do Código de Processo Civil. 
(A) ERRADA. Feitas essas considerações, e observando exclusivamente a ordem do art. 11 da LEF, 
se pode dizer que a letra A está errada já que na ordem da LEF os títulos da dívida pública 
precederiam aos veículos – semoventes – imóveis. 
(B) CORRETA. A alternativa está correta e reflete a ordem do art. 11 : títulos da dívida pública (Art. 
11, II) – imóveis (Art. 11, IV) – veículos (Art. 11, VI) semoventes (Art. 11, VII) 
(C) ERRADA. na ordem da LEF os títulos da dívida pública precederiam aos veículos – semoventes 
– imóveis. 
(D) ERRADA. Na ordem do art. 11 da LEF os títulos da dívida pública precederiam aos semoventes. 
(E) ERRADA: Na ordem do art. 11 da LEF os imóveis precederiam aos veículos. 
Solução rápida. 
(A) ERRADA. Feitas essas considerações, e observando exclusivamente a ordem do art. 11 da LEF, 
se pode dizer que a letra A está errada já que na ordem da LEF os títulos da dívida pública 
precederiam aos veículos – semoventes – imóveis. 
(B) CORRETA. A alternativa está correta e reflete a ordem do art. 11 : títulos da dívida pública (Art. 
11, II) – imóveis (Art. 11, IV) – veículos (Art. 11, VI) semoventes (Art. 11, VII) 
(C) ERRADA. na ordem da LEF os títulos da dívida pública precederiam aos veículos – semoventes 
– imóveis. 
(D) ERRADA. Na ordem do art. 11 da LEF os títulos da dívida pública precederiam aos semoventes. 
(E) ERRADA: Na ordem do art. 11 da LEF os imóveis precederiam aos veículos. 
Gabarito B 
Questão 9. De acordo com a jurisprudência do STF, deve ser considerada inconstitucional 
A a previsão, existente no Estatuto da Cidade, de cobrança de imposto sobre a propriedade 
predial e territorial urbana (IPTU) progressivo para fins extrafiscais. 
B a determinação, prevista em lei federal, de que locadoras de veículos disponibilizem um veículo 
adaptado a condutor com deficiência a cada conjunto de vinte automóveis de sua frota. 
 
 
Banco de Provas Comentadas 2022 
Estratégia Carreira Jurídica 
 
 
 
 
Banco de Provas Comentadas 2022 
 
16 
3256 
C a exigência, prevista em norma estadual, de diploma de licenciatura específica para o exercício 
do magistério na educação infantil e nos primeiros anos do ensino fundamental. 
D a regra existente no Estatuto do Idoso que assegura aos maiores de sessenta e cinco anos a 
gratuidade dos transportes coletivos públicos semiurbanos. 
E a proibição, contida em lei municipal, de utilização de fogos de artifício com efeitos sonoros 
ruidosos, seja qual for o critério utilizado pelo legislador local. 
Solução completa. 
(A) ERRADA. A jurisprudência do STF (RE 338589 AgR) reconhece constitucionalidade da cobrança 
do IPTU progressivo para fins extrafiscais na hipótese prevista no artigo 182, § 4º, inciso II, da 
CB/88, a partir da edição da Lei n. 10.257/01. 
(B) ERRADA. Ao apreciar a ADI 5452 (Julgamento: 22/09/2020) o STF reconheceu a 
constitucionalidade da previsão do parágrafo único e caput do art. 52 e art. 127 da lei n. 
13.146/2015 com a determinação a locadoras de veículos de disponibilização de um veículo 
adaptado a condutor com deficiência a cada conjunto de vinte automóveis da frota. 
(C) CORRETA. Ao apreciar a ADI 5.485 o STF considerou inconstitucionais “os artigos 1º e 2º, 
caput, da Lei estadual 7.675/2014, ao exigirem diploma de licenciatura específica também para o 
exercício do magistério na educação infantil e nos primeiros anos do ensino fundamental, violam 
o princípio da ampla acessibilidade a cargos públicos (artigo 37, I, da Constituição Federal), 
porquanto estabelecem requisito que excede a natureza e complexidade das atribuições, 
comprometendo a competitividade do certame”. 
(D) ERRADA. O Plenário do STF, quando do julgamento da ADI 3768/DF (DJe de 26/10/2007) , 
firmou entendimento de que o artigo 39 da Lei 10.741/2003 (Estatuto do idoso) que assegura 
gratuidade dos transportes públicos urbanos e semiurbanos aos que têm mais de 65 anos reproduz 
norma constitucional (§2º do art. 230 da Constituição Federal) de eficácia plena e aplicabilidade 
imediata. 
(E) ERRADA. Ao apreciar a ADPF 567 o STF entendeu que ao proibir o uso de fogos de artifício 
de efeito sonoro ruidoso a Lei do Município de São Paulo, promoveu um padrão mais elevado de 
proteção à saúde e ao meio ambiente, tendo sido editada dentro de limites razoáveis do regular 
exercício de competência legislativa pelo ente municipal, firmando que no caso, havia de sólida 
base técnico-científica para a restrição ao uso desses produtos como medida de proteção ao meio 
ambiente com base no princípio da precaução. 
Solução rápida. 
A alternativa correta é a letra C. 
Ao apreciar a ADI 5.485 o STF considerou inconstitucionais “os artigos 1º e 2º, caput, da Lei 
estadual 7.675/2014, ao exigirem diploma de licenciatura específica também para o exercício do 
magistério na educação infantil e nos primeiros anos do ensino fundamental, violam o princípio da 
 
 
Banco de Provas Comentadas 2022 
Estratégia Carreira Jurídica 
 
 
 
 
Banco de Provas Comentadas 2022 
 
17 
3256 
ampla acessibilidade a cargos públicos (artigo 37, I, da Constituição Federal), porquanto 
estabelecem requisito que excede a natureza e complexidade das atribuições, comprometendo a 
competitividade do certame”. 
Gabarito c 
Direito Civil 
Questão 10. De acordo com a jurisprudência do STJ sobre direito de propriedade, alienação 
fiduciária em garantia, contrato de seguro, direitos da personalidade e direito de família, assinale 
a opção correta. 
A Nos denominados "condomínios de fato", as taxas criadas por associações de moradores são 
obrigatórias aos não associados que se beneficiarem de serviços prestados à coletividade. 
B A teoria do adimplemento substancial se aplica a todo e qualquer contrato de alienação 
fiduciária em garantia de bem móvel. 
C A embriaguez do segurado que falece em acidente automobilístico é, por si só, causa suficiente 
a eximir a responsabilidade da seguradora em seguro de vida. 
D A verba recebida pelo genitor alimentante a título de horas extras integra a base de cálculo para 
o pagamento de pensão alimentícia que for fixada em percentual sobre seus rendimentos. 
E O direito à indenização por danos morais somente se transmite aos sucessores caso já haja 
sentença judicial fixando verba indenizatória no momento do óbito. 
 
Solução Completa 
Gabarito: D 
A questão demanda do candidato o conhecimento sobre o entendimento perfilhado no Superior 
Tribunal de Justiça, com a exceção da letra ‘A’, que por equívoco da banca, exige o domínio do 
entendimento do Supremo Tribunal Federal. 
Alternativa A: INCORRETA. 
O Supremo Tribunal Federal no leading case RE 695911, firmou a seguinte tese no Tema 492 – 
Cobrança , por parte de associação, de taxa de manutenção e conservação de loteamento 
imobiliário urbano de proprietário não-associado: “É inconstitucional a cobrança por parte de 
associação de taxa de manutenção e conservação de loteamento imobiliário urbano de 
proprietário nãoassociado até o advento da Lei nº 13.465/17, ou de anterior lei municipal que 
discipline a questão, a partir da qual se torna possível a cotização dos proprietários de imóveis, 
titulares de direitos ou moradores em loteamentos de acesso controlado, que i)já possuindo lote, 
adiram ao ato constitutivo das entidade equiparadas a administradoras de imóveis ou (ii) sendo 
 
 
Banco de Provas Comentadas 2022 
Estratégia Carreira Jurídica 
 
 
 
 
Banco de Provas Comentadas 2022 
 
18 
3256 
novos adquirentes de lotes, o ato constitutivo da obrigação esteja registrado no competente 
Registro de Imóveis”. 
Confira a ementa do citado julgado: 
Recurso extraordinário. Repercussão geral reconhecida. Liberdade associativa. Cobrança de taxas 
de manutenção e conservação de áreas de loteamento. Ausência de lei ou vontade das partes. 
Inconstitucionalidade. Lei nº 13.467/17. Marco temporal. Recurso extraordinário provido. Fatos e 
provas. Remessa dos autos ao tribunal de origem para a continuidade do julgamento, com 
observância da tese. 
1. Considerando-se os princípios da legalidade, da autonomia de vontade e da liberdade de 
associação, não cabe a associação, a pretexto de evitar vantagem sem causa, impor mensalidade 
a morador ou a proprietário de imóvel que não tenha a ela se associado (RE nº 432.106/RJ, 
Primeira Turma, Rel. Min. Marco Aurélio, DJe de 3/11/11). 
2. Na ausência de lei, as associações de moradores de loteamentos surgiam apenas da vontade 
de titulares de direitos sobre lotes e, nesse passo, obrigações decorrentes do vínculo associativo 
só podiam ser impostas àqueles que fossem associados e enquanto perdurasse tal vínculo. 
3. A edição da Lei nº 13.465/17 representa um marco temporal para o tratamento da controvérsia 
em questão por, dentre outras modificações a que submeteu a Lei nº 6.766/79, ter alterado a 
redação do art. 36-A, parágrafo único, desse diploma legal, o qual passou a prever que os atos 
constitutivos da associação de imóveis em loteamentos e as obrigações deles decorrentes 
vinculam tanto os já titulares de direitos sobre lotes que anuíram com sua constituição quanto os 
novos adquirentes de imóveis se a tais atos e obrigações for conferida publicidade por meio de 
averbação no competente registro do imóvel. 
4. É admitido ao município editar lei que disponha sobre forma diferenciada de ocupação e 
parcelamento do solo urbano em loteamentos fechados, bem como que trate da disciplina interna 
desses espaços e dos requisitos urbanísticos mínimos a serem neles observados (RE nº 
607.940/DF, Tribunal Pleno, Rel. Min. Teori Zavascki, DJe de 26/2/16). 
5. Recurso extraordinário provido, permitindo-se o prosseguimento do julgamento pelo tribunal 
de origem, observada a tese fixada nos autos: “É inconstitucional a cobrança por parte de 
associação de taxa de manutenção e conservação de loteamento imobiliário urbano de 
proprietário não associado até o advento da Lei nº 13.465/17 ou de anterior lei municipal que 
discipline a questão, a partir do qual se torna possível a cotização de proprietários de imóveis, 
titulares de direitos ou moradores em loteamentos de acesso controlado, desde que, i) já 
possuidores de lotes, tenham aderido ao ato constitutivo das entidades equiparadas a 
administradoras de imóveis ou, (ii) no caso de novos adquirentes de lotes, o ato constitutivo da 
obrigação tenha sido registrado no competente registro de imóveis.” 
Portanto, a alternativa ‘A’ não se afina com o entendimento perfilhado pelo Supremo Tribunal 
Federal. 
 
 
Banco de Provas Comentadas 2022 
Estratégia Carreira Jurídica 
 
 
 
 
Banco de Provas Comentadas 2022 
 
19 
3256 
Alternativa B: INCORRETA. 
A teoria do substancial adimplemento visa a impedir o uso desequilibrado do direito de resolução 
por parte do credor, preterindo desfazimentos desnecessários em prol da preservação da avença, 
com vistas à realização dos princípios da boa-fé e da função social do contrato 
Apesar de não estar expresso na legislação brasileira, tanto a doutrina quanto a jurisprudência 
entendem que tal instituto confere maior estabilidade jurídica às relações contratuais e protege 
os contratantes que, por motivos excepcionais e imprevisíveis, não conseguem cumprir de 
imediato o que foi pactuado. 
Uma tese de destaque envolvendo o tema é a de que não se aplica a teoria do adimplemento 
substancial aos contratos de alienação fiduciária em garantia regidos pelo Decreto-Lei 911/1969 
(REsp 1.622.555). 
O entendimento foi da Segunda Seção, ao analisar o recurso especial de um banco contra acórdão 
proferido pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), o qual excluiu a possibilidade de ação 
de busca e apreensão de veículo cujo comprador deixou de pagar as quatro últimas das 48 
prestações pactuadas. Com base na ideia do adimplemento substancial, a corte estadual 
considerou que só seria permitido ao credor, em tais circunstâncias, valer-se da ação de cobrança 
do saldo em aberto ou de eventual execução. 
O Decreto-Lei 911/1969 – norma regente do contrato de alienação fiduciária em garantia firmado 
pelas partes – não prevê nenhuma restrição ao uso da ação de busca e apreensão em razão da 
extensão da mora ou da proporção do inadimplemento. Ao contrário, o decreto-lei é expresso ao 
exigir a quitação integral do débito como condição imprescindível para que o bem alienado 
fiduciariamente seja restituído livre de ônus ao devedor. 
Confira a ementa do acórdão do REsp 1.622.555: 
RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO. CONTRATO DE FINANCIAMENTO DE 
VEÍCULO, COM ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA EM GARANTIA REGIDO PELO DECRETO-LEI 911/69. 
INCONTROVERSO INADIMPLEMENTO DAS QUATRO ÚLTIMAS PARCELAS (DE UM TOTAL DE 
48). EXTINÇÃO DA AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO (OU DETERMINAÇÃO PARA 
ADITAMENTO DA INICIAL, PARA TRANSMUDÁ-LA EM AÇÃO EXECUTIVA OU DE COBRANÇA), 
A PRETEXTO DA APLICAÇÃO DA TEORIA DO ADIMPLEMENTO SUBSTANCIAL. 
DESCABIMENTO. 1. 
ABSOLUTA INCOMPATIBILIDADE DA CITADA TEORIA COM OS TERMOS DA LEI ESPECIAL DE 
REGÊNCIA. RECONHECIMENTO. 2. REMANCIPAÇÃO DO BEM AO DEVEDOR CONDICIONADA 
AO PAGAMENTO DA INTEGRALIDADE DA DÍVIDA, ASSIM COMPREENDIDA COMO OS 
DÉBITOS VENCIDOS, VINCENDOS E ENCARGOS APRESENTADOS PELO CREDOR, 
CONFORME ENTENDIMENTO CONSOLIDADO DA SEGUNDA SEÇÃO, SOB O RITO DOS 
RECURSOS ESPECIAIS REPETITIVOS (REsp n. 1.418.593/MS). 3. INTERESSE DE AGIR 
EVIDENCIADO, COM A UTILIZAÇÃO DA VIA JUDICIAL ELEITA PELA LEI DE REGÊNCIA COMO 
SENDO A MAIS IDÔNEA E EFICAZ PARA O PROPÓSITO DE COMPELIR O DEVEDOR A CUMPRIR 
 
 
Banco de Provas Comentadas 2022 
Estratégia Carreira Jurídica 
 
 
 
 
Banco de Provas Comentadas 2022 
 
20 
3256 
COM A SUA OBRIGAÇÃO (AGORA, POR ELE REPUTADA ÍNFIMA), SOB PENA DE 
CONSOLIDAÇÃO DA PROPRIEDADE NAS MÃOS DO CREDOR FIDUCIÁRIO. 4. 
DESVIRTUAMENTO DA TEORIA DO ADIMPLEMENTO SUBSTANCIAL, CONSIDERADA A SUA 
FINALIDADE E A BOA-FÉ DOS CONTRATANTES, A ENSEJAR O ENFRAQUECIMENTO DO 
INSTITUTO DA GARANTIA FIDUCIÁRIA. VERIFICAÇÃO. 5. RECURSO ESPECIAL PROVIDO. 1. A 
incidência subsidiária do Código Civil, notadamente as normas gerais, em relação à 
propriedade/titularidade fiduciária sobre bens que não sejam móveis infugíveis, regulada por leis 
especiais, é excepcional, somente se afigurando possível no caso em que o regramento específico 
apresentar lacunas e a solução ofertada pela "lei geral" não se contrapuser às especificidades do 
instituto regulado pela lei especial (ut Art. 1.368-A, introduzido pela Lei n. 10931/2004). 
1.1 Além de o Decreto-Lei n. 911/1969 não tecer qualquer restrição à utilização da ação de busca 
e apreensão em razão da extensão da mora ou da proporção do inadimplemento, é expresso em 
exigir a quitação integral do débito como condição imprescindível para que o bem alienado 
fiduciariamente seja remancipado. Em seus termos, para que o bem possa ser restituído ao 
devedor, livre de ônus, não basta que ele quite quase toda a dívida; é insuficiente que pague 
substancialmente o débito; é necessário, para esse efeito, que quite integralmentea dívida 
pendente. 
2. Afigura-se, pois, de todo incongruente inviabilizar a utilização da ação de busca e apreensão na 
hipótese em que o inadimplemento revela-se incontroverso desimportando sua extensão, se de 
pouca monta ou se de expressão considerável , quando a lei especial de regência expressamente 
condiciona a possibilidade de o bem ficar com o devedor fiduciário ao pagamento da 
integralidade da dívida pendente. Compreensão diversa desborda, a um só tempo, do diploma 
legal exclusivamente aplicável à questão em análise (Decreto-Lei n. 
911/1969), e, por via transversa, da própria orientação firmada pela Segunda Seção, por ocasião 
do julgamento do citado Resp n. 
1.418.593/MS, representativo da controvérsia, segundo a qual a restituição do bem ao devedor 
fiduciante é condicionada ao pagamento, no prazo de cinco dias contados da execução da liminar 
de busca e apreensão, da integralidade da dívida pendente, assim compreendida como as 
parcelas vencidas e não pagas, as parcelas vincendas e os encargos, segundo os valores 
apresentados pelo credor fiduciário na inicial. 3. Impor-se ao credor a preterição da ação de busca 
e apreensão (prevista em lei, segundo a garantia fiduciária a ele conferida) por outra via judicial, 
evidentemente menos eficaz, denota absoluto descompasso com o sistema processual. 
Inadequado, pois, extinguir ou obstar a medida de busca e apreensão corretamente ajuizada, para 
que o credor, sem poder se valer de garantia fiduciária dada (a qual, diante do inadimplemento, 
conferia-lhe, na verdade, a condição de proprietário do bem), intente ação executiva ou de 
cobrança, para só então adentrar no patrimônio do devedor, por meio de constrição judicial que 
poderá, quem sabe (respeitada o ordem legal), recair sobre esse mesmo bem (naturalmente, se o 
devedor, até lá, não tiver dele se desfeito). 
[...] 
 
 
Banco de Provas Comentadas 2022 
Estratégia Carreira Jurídica 
 
 
 
 
Banco de Provas Comentadas 2022 
 
21 
3256 
(REsp 1622555/MG, Rel. Ministro MARCO BUZZI, Rel. p/ Acórdão Ministro MARCO AURÉLIO 
BELLIZZE, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 22/02/2017, DJe 16/03/2017) 
Assim sendo, observa-se que a alternativa contraria o entendimento perfilhado pelo Superior 
Tribunal de Justiça. 
Alternativa C: INCORRETA. 
A alternativa contraria o enunciado sumular nº 620 do Superior Tribunal de Justiça, que possui a 
seguinte redação: “A embriaguez do segurado não exime a seguradora do pagamento da 
indenização prevista em contrato de seguro de vida”. 
Alternativa D: CORRETA. 
O valor recebido a título de horas extras integra a base de cálculo da pensão alimentícia fixada 
em percentual sobre os rendimentos líquidos do alimentante. 
Consoante a doutrina e a jurisprudência nacional, os alimentos devem ser fixados de acordo com 
o binômio necessidade/possibilidade, atendendo às peculiaridades do caso concreto. 
No que tange à possibilidade de pagamento do devedor de alimentos, especificamente, quanto 
à incidência das horas extras, verifica-se que há entendimento no âmbito da Quarta Turma do 
Superior Tribunal de Justiça no sentido de que os valores pagos a título de horas extras devem 
ser incluídos na verba alimentar. 
No julgamento do Recurso Especial 1.098.585/SP, de relatoria do Ministro Luis Felipe Salomão, a 
Quarta Turma, por maioria, entendeu que as horas extras têm caráter remuneratório e o acréscimo 
patrimonial delas advindo consubstancia aumento superveniente nas possibilidades do 
alimentante, o que autoriza a incidência dos alimentos. 
Soma-se a isso, que por ocasião do julgamento do Recurso Especial 1.358.281/SP, processado sob 
o rito do art. 543-C do CPC/1973, de relatoria do Min. Herman Benjamim, a Primeira Seção do 
STJ reafirmou o entendimento no sentido de que o adicional de horas extras possui caráter 
remuneratório. 
Assim, o valor recebido pelo alimentante a título de horas extras possui natureza remuneratória, 
integrando a base de cálculo dos alimentos fixados em percentual sobre os rendimentos líquidos 
do devedor. (informativo n. 698) 
Confira a ementa do REsp 1.741.716-SP: 
RECURSO ESPECIAL. DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. DIREITO DE FAMÍLIA. AÇÃO DE 
ALIMENTOS CUMULADA COM GUARDA E VISITA. CONTROVÉRSIA EM TORNO DE AS HORAS 
EXTRAS INTEGRAREM A BASE DE CÁLCULO DOS ALIMENTOS. CARÁTER REMUNERATÓRIO. 
ACRÉSCIMO PATRIMONIAL. 
1. Controvérsia em torno de as horas extras integrarem, ou não, a base de cálculo da pensão 
alimentícia. 
2. Inexistência de maltrato ao art. 1.022, incisos I e II, do Código de Processo Civil, quando o 
 
 
Banco de Provas Comentadas 2022 
Estratégia Carreira Jurídica 
 
 
 
 
Banco de Provas Comentadas 2022 
 
22 
3256 
acórdão recorrido, ainda que de forma sucinta, aprecia com clareza as questões essenciais ao 
julgamento da lide. 
3. Não ocorrência de afronta ao art. 489, § 1º, do CPC/2015 quando a Corte local pronunciou-se, 
de forma clara e suficiente, acerca das questões suscitadas nos autos, manifestando-se sobre todos 
os argumentos que, em tese, poderiam infirmar a conclusão adotada pelo Juízo. 
4. Os alimentos devem ser fixados de acordo com o binômio necessidade/possibilidade, 
atendendo as peculiaridades do caso concreto. 
5. Especificamente, quanto às horas extras, há precedente específico da Quarta Turma do Superior 
Tribunal de Justiça no sentido de que os valores pagos a título de horas extras devem ser incluídos 
na base de cálculo da verba alimentar, sob o fundamento de seu caráter remuneratório e o 
acréscimo patrimonial delas advindo consubstancia aumento superveniente nas possibilidades do 
alimentante (REsp n.º 1.098.585/SP, Relator o Ministro Luís Felipe Salomão, Quarta Turma, DJe 
29.8.2013). 
6. A Primeira Seção do STJ, por ocasião do julgamento do Recurso Especial n.º 1.358.281/SP, 
processado sob o rito do art. 543-C do CPC/73, relatoria do Min. Herman Benjamim, reafirmou o 
entendimento no sentido de que o adicional de horas extras possui caráter remuneratório para 
efeito de incidência de contribuição previdenciária. 
7. Identificada a necessidade dos credores demandantes e o pedido deduzido na petição inicial, 
deve ser reconhecido que o valor recebido pelo devedor demandado a título de horas extras 
integra a base de cálculo dos alimentos fixados em percentual sobre os rendimentos líquidos do 
alimentante. 
8. RECURSO ESPECIAL CONHECIDO E PROVIDO. (REsp 1.741.716-SP) 
Portanto, correta a alternativa ‘D’ 
Alternativa E: INCORRETA. 
A alternativa não se afina com o disposto no enunciado sumular nº 642 do Superior Tribunal de 
Justiça, confira sua redação: “O direito à indenização por danos morais transmite-se com o 
falecimento do titular, possuindo os herdeiros da vítima legitimidade ativa para ajuizar ou 
prosseguir a ação indenizatória”. 
Solução Rápida 
A questão demanda do candidato o conhecimento sobre o entendimento perfilhado no Superior 
Tribunal de Justiça. 
A alternativa ‘D’ reflete o posicionamento do Superior Tribunal de Justiça, que assentou que o 
valor recebido a título de horas extras integra a base de cálculo da pensão alimentícia fixada em 
percentual sobre os rendimentos líquidos do alimentante. 
Consoante a doutrina e a jurisprudência nacional, os alimentos devem ser fixados de acordo com 
o binômio necessidade/possibilidade, atendendo às peculiaridades do caso concreto. 
 
 
Banco de Provas Comentadas 2022 
Estratégia Carreira Jurídica 
 
 
 
 
Banco de Provas Comentadas 2022 
 
23 
3256 
No que tange à possibilidade de pagamento do devedor de alimentos, especificamente, quanto 
à incidência das horas extras, verifica-se que há entendimento no âmbito da Quarta Turma do 
Superior Tribunal de Justiça no sentido de que os valores pagos a título de horas extras devem 
ser incluídos na verba alimentar. 
No julgamento do Recurso Especial 1.098.585/SP, de relatoria do Ministro Luis Felipe Salomão, a 
Quarta Turma, por maioria, entendeu que as horas extras têm caráter remuneratório e o acréscimo 
patrimonial delas advindo consubstancia aumentosuperveniente nas possibilidades do 
alimentante, o que autoriza a incidência dos alimentos. 
Soma-se a isso, que por ocasião do julgamento do Recurso Especial 1.358.281/SP, processado sob 
o rito do art. 543-C do CPC/1973, de relatoria do Min. Herman Benjamim, a Primeira Seção do 
STJ reafirmou o entendimento no sentido de que o adicional de horas extras possui caráter 
remuneratório. 
Assim, o valor recebido pelo alimentante a título de horas extras possui natureza remuneratória, 
integrando a base de cálculo dos alimentos fixados em percentual sobre os rendimentos líquidos 
do devedor. (informativo n. 698) 
Confira a ementa do REsp 1.741.716-SP: 
RECURSO ESPECIAL. DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. DIREITO DE FAMÍLIA. AÇÃO DE 
ALIMENTOS CUMULADA COM GUARDA E VISITA. CONTROVÉRSIA EM TORNO DE AS HORAS 
EXTRAS INTEGRAREM A BASE DE CÁLCULO DOS ALIMENTOS. CARÁTER REMUNERATÓRIO. 
ACRÉSCIMO PATRIMONIAL. 
1. Controvérsia em torno de as horas extras integrarem, ou não, a base de cálculo da pensão 
alimentícia. 
2. Inexistência de maltrato ao art. 1.022, incisos I e II, do Código de Processo Civil, quando o 
acórdão recorrido, ainda que de forma sucinta, aprecia com clareza as questões essenciais ao 
julgamento da lide. 
3. Não ocorrência de afronta ao art. 489, § 1º, do CPC/2015 quando a Corte local pronunciou-se, 
de forma clara e suficiente, acerca das questões suscitadas nos autos, manifestando-se sobre todos 
os argumentos que, em tese, poderiam infirmar a conclusão adotada pelo Juízo. 
4. Os alimentos devem ser fixados de acordo com o binômio necessidade/possibilidade, 
atendendo as peculiaridades do caso concreto. 
5. Especificamente, quanto às horas extras, há precedente específico da Quarta Turma do Superior 
Tribunal de Justiça no sentido de que os valores pagos a título de horas extras devem ser incluídos 
na base de cálculo da verba alimentar, sob o fundamento de seu caráter remuneratório e o 
acréscimo patrimonial delas advindo consubstancia aumento superveniente nas possibilidades do 
alimentante (REsp n.º 1.098.585/SP, Relator o Ministro Luís Felipe Salomão, Quarta Turma, DJe 
29.8.2013). 
 
 
Banco de Provas Comentadas 2022 
Estratégia Carreira Jurídica 
 
 
 
 
Banco de Provas Comentadas 2022 
 
24 
3256 
6. A Primeira Seção do STJ, por ocasião do julgamento do Recurso Especial n.º 1.358.281/SP, 
processado sob o rito do art. 543-C do CPC/73, relatoria do Min. Herman Benjamim, reafirmou o 
entendimento no sentido de que o adicional de horas extras possui caráter remuneratório para 
efeito de incidência de contribuição previdenciária. 
7. Identificada a necessidade dos credores demandantes e o pedido deduzido na petição inicial, 
deve ser reconhecido que o valor recebido pelo devedor demandado a título de horas extras 
integra a base de cálculo dos alimentos fixados em percentual sobre os rendimentos líquidos do 
alimentante. 
8. RECURSO ESPECIAL CONHECIDO E PROVIDO. (REsp 1.741.716-SP) 
Portanto, correta a alternativa ‘D’ 
Questão 11. De acordo com Código Civil, se apenas um dos credores solidários demandar o 
devedor, em processo judicial, a respeito do crédito devido, 
A o juiz deverá determinar o ingresso de todos os credores solidários como litisconsortes 
necessários no processo, sob pena de nulidade. 
B a sentença judicial, seja ela favorável ou desfavorável a um dos credores solidários, atingirá os 
demais credores. 
C a sentença judicial, seja ela favorável ou desfavorável a um dos credores solidários, não atingirá 
os demais credores nem poderá ser aproveitada por eles. 
D a sentença judicial favorável a um dos credores solidários aproveitará aos demais, sem prejuízo 
de exceção pessoal que o devedor tenha contra outro credor. 
E a sentença judicial desfavorável a um dos credores solidários fará coisa julgada para todos os 
outros demais credores. 
Solução Completa 
Gabarito: D 
A questão demanda do candidato o conhecimento sobre a literalidade das disposições normativas 
do Código Civil sobre a solidariedade ativa, em especial o artigo 274, que é a reposta para a 
questão. Confira: 
Seção II 
Da Solidariedade Ativa 
Art. 267. Cada um dos credores solidários tem direito a exigir do devedor o cumprimento da 
prestação por inteiro. 
[...] 
Art. 274. O julgamento contrário a um dos credores solidários não atinge os demais, mas o 
julgamento favorável aproveita-lhes, sem prejuízo de exceção pessoal que o devedor tenha direito 
de invocar em relação a qualquer deles. 
 
 
Banco de Provas Comentadas 2022 
Estratégia Carreira Jurídica 
 
 
 
 
Banco de Provas Comentadas 2022 
 
25 
3256 
Observe que a grande semelhança entre o texto do artigo 274 do Código Civil e alternativa ‘D’, 
gabarito da questão. 
Alternativa A: INCORRETA. 
Alternativa B: INCORRETA. 
Alternativa C: INCORRETA. 
Alternativa D: CORRETA. 
Alternativa E: INCORRETA. 
Solução Rápida 
A questão demanda do candidato o conhecimento sobre a literalidade das disposições normativas 
do Código Civil sobre a solidariedade ativa, em especial o artigo 274, que é a reposta para a 
questão. Confira: 
Seção II 
Da Solidariedade Ativa 
Art. 267. Cada um dos credores solidários tem direito a exigir do devedor o cumprimento da 
prestação por inteiro. 
[...] 
Art. 274. O julgamento contrário a um dos credores solidários não atinge os demais, mas o 
julgamento favorável aproveita-lhes, sem prejuízo de exceção pessoal que o devedor tenha direito 
de invocar em relação a qualquer deles. 
Observe que a grande semelhança entre o texto do artigo 274 do Código Civil e alternativa ‘D’, 
gabarito da questão. 
Questão 12. De acordo com a jurisprudência do STJ, para que haja direito real de habitação, 
conferido ao cônjuge sobrevivente, relativamente ao imóvel destinado à residência da família, 
A deve haver regime de comunhão universal ou parcial de bens e o imóvel deve ser o único dessa 
natureza. 
B deve haver regime de comunhão universal ou parcial de bens e o imóvel deve integrar o 
patrimônio comum no momento da abertura da sucessão. 
C o imóvel deve ser o único dessa natureza e integrar o patrimônio comum ou particular do 
cônjuge falecido no momento da abertura da sucessão. 
D o imóvel deve integrar o patrimônio comum ou particular do cônjuge falecido no momento da 
abertura da sucessão e o cônjuge sobrevivente não pode ter outro bem imóvel. 
E o imóvel deve integrar o patrimônio comum no momento da abertura da sucessão e o cônjuge 
sobrevivente não pode ter outro bem imóvel. 
 
 
Banco de Provas Comentadas 2022 
Estratégia Carreira Jurídica 
 
 
 
 
Banco de Provas Comentadas 2022 
 
26 
3256 
Solução Completa 
Gabarito: C 
Para o Superior Tribunal de Justiça (STJ), o direito real de habitação tem como finalidade principal 
garantir o direito constitucional à moradia ao cônjuge sobrevivente, tanto no casamento como na 
união estável (EREsp 1.520.294 e Aglnt no Resp 1.757.984). 
Segundo a jurisprudência do tribunal, o direito real de habitação – vitalício e personalíssimo – 
emana diretamente da lei (artigo 1.831 do Código Civil de 2002 e artigo 7º da Lei 9.272/1996) e 
objetiva assegurar moradia digna ao viúvo ou à viúva no local em que antes residia com sua família. 
É instituto intrinsecamente ligado à sucessão, razão pela qual os direitos de propriedade 
originados da transmissão da herança sofrem um abrandamento temporário em prol da 
manutenção da posse exercida por um dos integrantes do casal (EREsp 1.520.294). 
Para o STJ, o direito real de habitação deve ser conferido ao cônjuge/companheiro sobrevivente 
não apenas quando houver descendentes comuns, mas também quando concorrem filhos 
exclusivos do cônjuge falecido (REsp 1.134.387). 
Além disso, devido à sua natureza, a corte tem decidido que, para o instituto produzir efeitos, é 
desnecessária a inscrição do bem no cartório de registro de imóveis (REsp 1.846.167). 
Como se vê, o direito real de habitação pode sofrer interpretações em relação à sua aplicabilidade 
e, como qualquer outro direito,também é passível de sofrer limitações. 
O direito real de habitação do cônjuge sobrevivente, nos termos do artigo 1.831 do CC/2002, é 
garantido independentemente de ele possuir outros bens em seu patrimônio pessoal. Confira: 
Art. 1.831. Ao cônjuge sobrevivente, qualquer que seja o regime de bens, será assegurado, sem 
prejuízo da participação que lhe caiba na herança, o direito real de habitação relativamente ao 
imóvel destinado à residência da família, desde que seja o único daquela natureza a inventariar. 
Com efeito, o gabarito da questão é a letra ‘C’. 
Alternativa A: INCORRETA. 
Alternativa B: INCORRETA. 
Alternativa C: CORRETA. 
Alternativa D: INCORRETA. 
Alternativa E: INCORRETA. 
Solução Rápida 
Para o Superior Tribunal de Justiça (STJ), o direito real de habitação tem como finalidade principal 
garantir o direito constitucional à moradia ao cônjuge sobrevivente, tanto no casamento como na 
união estável (EREsp 1.520.294 e Aglnt no Resp 1.757.984). 
https://processo.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=ITA&sequencial=1975217&num_registro=201500546254&data=20200902&peticao_numero=-1&formato=PDF
https://processo.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=ITA&sequencial=1857283&num_registro=201801945889&data=20190830&peticao_numero=201900221635&formato=PDF
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm#art1831
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9278.htm#art7
https://processo.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=ITA&sequencial=1975217&num_registro=201500546254&data=20200902&peticao_numero=-1&formato=PDF
https://processo.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=ITA&sequencial=1187380&num_registro=200901508033&data=20130529&peticao_numero=-1&formato=PDF
https://processo.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=ITA&sequencial=2018697&num_registro=201903262108&data=20210211&peticao_numero=-1&formato=PDF
https://processo.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=ITA&sequencial=1975217&num_registro=201500546254&data=20200902&peticao_numero=-1&formato=PDF
https://processo.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=ITA&sequencial=1857283&num_registro=201801945889&data=20190830&peticao_numero=201900221635&formato=PDF
 
 
Banco de Provas Comentadas 2022 
Estratégia Carreira Jurídica 
 
 
 
 
Banco de Provas Comentadas 2022 
 
27 
3256 
Segundo a jurisprudência do tribunal, o direito real de habitação – vitalício e personalíssimo – 
emana diretamente da lei (artigo 1.831 do Código Civil de 2002) e objetiva assegurar moradia 
digna ao viúvo ou à viúva no local em que antes residia com sua família. 
O direito real de habitação do cônjuge sobrevivente, nos termos do artigo 1.831 do CC/2002, é 
garantido independentemente de ele possuir outros bens em seu patrimônio pessoal. Confira: 
Art. 1.831. Ao cônjuge sobrevivente, qualquer que seja o regime de bens, será assegurado, sem 
prejuízo da participação que lhe caiba na herança, o direito real de habitação relativamente ao 
imóvel destinado à residência da família, desde que seja o único daquela natureza a inventariar. 
Com efeito, o gabarito da questão é a letra ‘C’. 
Questão 13. Ao final do contrato, o comodatário, possuidor de boa-fé, que tiver realizado 
benfeitorias em bem imóvel 
A não será indenizado pelas referidas benfeitorias, sejam elas necessárias, úteis ou voluptuárias. 
B deverá ser indenizado pelas benfeitorias necessárias ou úteis, e terá direito de levantar as 
benfeitorias voluptuárias que não lhe forem pagas, desde que isso não gere prejuízo à coisa. 
C deverá ser indenizado apenas pelas benfeitorias necessárias, e terá direito de levantar apenas 
as benfeitorias úteis que não lhe forem pagas, desde que isso não gere prejuízo à coisa. 
D deverá, obrigatoriamente, ser indenizado pelas benfeitorias necessárias, úteis e voluptuárias. 
E deverá ser indenizado apenas pelas benfeitorias necessárias, e terá direito de levantar as 
benfeitorias úteis ou voluptuárias que não lhe forem pagas, desde que isso não gere prejuízo à 
coisa. 
Solução Completa 
Gabarito: B 
A questão demanda do candidato o conhecimento sobre a literalidade das disposições normativas 
do Código Civil sobre os efeitos da posse. 
A resposta para a questão pode ser encontra no artigo 1.219 do Código Civil. Confira: 
Art. 1.219. O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das benfeitorias necessárias e úteis, 
bem como, quanto às voluptuárias, se não lhe forem pagas, a levantá-las, quando o puder sem 
detrimento da coisa, e poderá exercer o direito de retenção pelo valor das benfeitorias necessárias 
e úteis. 
Sobre o tema, já se pronunciou o Superior Tribunal de Justiça. Veja: 
APELAÇÃO CIVEL. REINTEGRAÇÃO DE POSSE. CONTRATO COMODATO. ALUGUEIS. 
DEVIDOS, CONFORME FORMULA DO PERITO. PAGAMENTO DE IPTU. INDEVIDOS. 
BENFEITORIAIS. DIREITO A INDENIZAÇÃO DOS APELADOS. SENTENÇA MANTIDA. 
SUCUMBENCIA REDISTRIBUÍDA CONFORME DISPOSIÇÃO DO ARTIGO 86 CPC. RECURSO 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm#art1831
 
 
Banco de Provas Comentadas 2022 
Estratégia Carreira Jurídica 
 
 
 
 
Banco de Provas Comentadas 2022 
 
28 
3256 
PARCIALMENTE PROVIDO. (...) Segundo as razões recursais do autor, não haveria direito às 
benfeitorias em prol do comodatário. É certo que o art. 584 do Código Civil disciplina que "o 
comodatário não poderá jamais recobrar do comodante as despesas feitas com o uso e gozo da 
coisa emprestada". Porém, não há como se olvidar de que o comodatário é possuidor de boa-fé 
e, nessa condição, a ele aplica-se a norma contida no artigo 1.219 do Código Civil, que assim 
estabelece: (...) Dessa maneira, apesar de não poder recobrar do comodante as despesas feitas 
com o uso da coisa, é assegurado ao comodatário a indenização pelas despesas extraordinárias. 
Flávio Tartuce, ao discorrer sobre o tema, adverte que: Todavia, justamente por ser possuidor de 
boa-fé, conforme aponta a renomada jurisprudência, é que o comodatário, em regra, terá direito 
à indenização e direito de retenção pelas benfeitorias necessárias e úteis, conforme prevê o art. 
1.219 do CC. Além disso, poderá levantar as voluptuárias, se isso não danificar o bem. (TARTUCE, 
Flávio. Direito Civil. Vol. 3.12. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2017, p. 674). Destarte, deve ser 
assegurado o direito dos réus às benfeitorias. A Corte local entendeu que as benfeitorias 
realizadas no imóvel eram extraordinárias. Desconstituir a premissa estabelecida pelo TJPR exigiria 
a apreciação do conjunto fático-probatório dos autos, procedimento vedado pela Súmula n. 7/STJ. 
Ante o exposto, NÃO CONHEÇO do recurso especial. Publique-se e intimem-se. Brasília, 16 de 
dezembro de 2021. Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA Relator 
(STJ - REsp: 1786996 PR 2018/0271731-9, Relator: Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA, Data 
de Publicação: DJ 17/12/2021) 
Portanto, o gabarito da questão é a letra ‘B’. 
Alternativa A: INCORRETA. 
Alternativa B: CORRETA. 
Alternativa C: INCORRETA. 
Alternativa D: INCORRETA. 
Alternativa E: INCORRETA. 
Solução Rápida 
A questão demanda do candidato o conhecimento sobre a literalidade das disposições normativas 
do Código Civil sobre os efeitos da posse. 
A resposta para a questão pode ser encontra no artigo 1.219 do Código Civil. Confira: 
Art. 1.219. O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das benfeitorias necessárias e úteis, 
bem como, quanto às voluptuárias, se não lhe forem pagas, a levantá-las, quando o puder sem 
detrimento da coisa, e poderá exercer o direito de retenção pelo valor das benfeitorias necessárias 
e úteis. 
Portanto, o gabarito da questão é a letra ‘B’. 
 
 
Banco de Provas Comentadas 2022 
Estratégia Carreira Jurídica 
 
 
 
 
Banco de Provas Comentadas 2022 
 
29 
3256 
Questão 14. De acordo com a Lei nº 8.245/1991, que dispõe sobre as locações dos imóveis 
urbanos, a exigência, pelo locador, de pagamento antecipado do aluguel pelo locatário 
A se encontraexpressamente vedada em qualquer hipótese de contrato. 
B somente será permitida na hipótese de locação para temporada. 
C estará autorizada em qualquer hipótese de contrato regulamentado pela referida lei. 
D apenas será permitida na hipótese de o contrato não estar assegurado por alguma das 
modalidades de garantia previstas na referida lei. 
E poderá ser feita na hipótese de locação para temporada ou se o contrato não estiver assegurado 
por alguma das modalidades de garantia autorizadas pela lei. 
Solução Completa 
Gabarito: E 
A questão demanda do candidato o conhecimento sobre a literalidade das disposições normativas 
constantes da Lei nº. 8.245/91, que dispõe sobre as locações dos imóveis urbanos e os 
procedimentos a elas pertinentes. 
Dispõe o mencionado diploma normativo, em seu artigo 20, que salvo as hipóteses do art. 42 e 
da locação por temporada, o locador não poderá exigir o pagamento antecipado do aluguel. 
Confira: 
Art. 20. Salvo as hipóteses do art. 42 e da locação para temporada, o locador não poderá exigir o 
pagamento antecipado do aluguel. 
Por oportuno, transcrevemos o artigo 42 para fins de verificar as hipóteses nas quais o locador 
poderá exigir o pagamento antecipado do aluguel: 
Art. 42. Não estando a locação garantida por qualquer das modalidades, o locador poderá exigir 
do locatário o pagamento do aluguel e encargos até o sexto dia útil do mês vincendo. 
Com efeito, a letra ‘E’ é o gabarito da questão. 
Alternativa A: INCORRETA. 
Alternativa B: INCORRETA. 
Alternativa C: INCORRETA. 
Alternativa D: INCORRETA. 
Alternativa E: CORRETA. 
Solução Rápida 
A questão demanda do candidato o conhecimento sobre a literalidade das disposições normativas 
constantes da Lei nº. 8.245/91, que dispõe sobre as locações dos imóveis urbanos e os 
procedimentos a elas pertinentes. 
 
 
Banco de Provas Comentadas 2022 
Estratégia Carreira Jurídica 
 
 
 
 
Banco de Provas Comentadas 2022 
 
30 
3256 
Dispõe o mencionado diploma normativo, em seu artigo 20, que salvo as hipóteses do art. 42 e 
da locação por temporada, o locador não poderá exigir o pagamento antecipado do aluguel. 
Confira: 
Art. 20. Salvo as hipóteses do art. 42 e da locação para temporada, o locador não poderá exigir o 
pagamento antecipado do aluguel. 
Por oportuno, transcrevemos o artigo 42 para fins de verificar as hipóteses nas quais o locador 
poderá exigir o pagamento antecipado do aluguel: 
Art. 42. Não estando a locação garantida por qualquer das modalidades, o locador poderá exigir 
do locatário o pagamento do aluguel e encargos até o sexto dia útil do mês vincendo. 
Com efeito, a letra ‘E’ é o gabarito da questão. 
Questão 15. À luz das disposições do direito civil a respeito de pessoas naturais, pessoas jurídicas, 
obrigações e contratos em espécie, julgue os itens que se seguem. 
I- A validade da doação feita ao nascituro dependerá da aceitação por parte de seu representante 
legal. 
II- O registro da pessoa jurídica no órgão ou entidade competente possui natureza constitutiva. 
III- O contrato estimatório possui natureza real quanto ao momento de seu aperfeiçoamento. 
IV- A eficácia da cessão de crédito dependerá da anuência, expressa ou tácita, do devedor. 
Estão certos apenas os itens 
A- I e II. 
B- II e IV. 
C- III e IV. 
D- I, II e III. 
E- I, III e IV. 
Solução Completa 
Gabarito: D 
A questão demanda do candidato o conhecimento sobre a literalidade das disposições normativas 
do Código Civil. 
A assertiva I encontra amparo legal no artigo 542 do Código Civil. Observe: 
Art. 542. A doação feita ao nascituro valerá, sendo aceita pelo seu representante legal. 
A assertiva II encontra amparo legal no artigo 45 do Código Civil. Confira: 
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato 
constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação 
 
 
Banco de Provas Comentadas 2022 
Estratégia Carreira Jurídica 
 
 
 
 
Banco de Provas Comentadas 2022 
 
31 
3256 
do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato 
constitutivo. 
A assertiva III encontra amparo legal no artigo 534 do Código Civil. Confira: 
Art. 534. Pelo contrato estimatório, o consignante entrega bens móveis ao consignatário, que fica 
autorizado a vendê-los, pagando àquele o preço ajustado, salvo se preferir, no prazo estabelecido, 
restituir-lhe a coisa consignada. 
Preleciona Flávio Tartuce que “ O contrato estimatório ou venda em consignação pode ser 
conceituado como o contrato em que alguém, o consignante, transfere ao consignatário bens 
móveis, para que o último os venda, pagando um preço de estima; ou devolva os vens findo o 
contrato, dentro do prazo ajustado (art. 534 do CC). 
[...] 
Segundo o entendimento majoritário, trata-se de um contrato bilateral ou sinalagmático, pois, 
segundo a maioria da doutrina ambas as partes assumem deveres, tendo também direitos, 
presentes o sinalagma obrigacional. É contrato oneroso, diante do pagamento do preço de estima 
e por envolver uma disposição patrimonial (prestação + contraprestação). O contrato é real, tendo 
aperfeiçoamento com a entrega da coisa consignada. Também é comutativo pelo fato de as partes 
já saberem quais são as suas prestações”. (TARTUCE, Flávio. Manual de Direito Civil. Volume 
único. 10ª ed. rev. atual. e ampl. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2020. p. 1.0714) 
A assertiva IV está em dissonância com o disposto no artigo 290 do Código Civil. Confira: 
Art. 290. A cessão do crédito não tem eficácia em relação ao devedor, senão quando a este 
notificada; mas por notificado se tem o devedor que, em escrito público ou particular, se declarou 
ciente da cessão feita. 
Assim sendo, estão corretas as assertivas I, II e III, e, por conseguinte, o gabarito da questão é a 
letra ‘D’. 
Alternativa A: INCORRETA. 
Alternativa B: INCORRETA. 
Alternativa C: INCORRETA. 
Alternativa D: CORRETA. 
Alternativa E: INCORRETA. 
Solução Rápida 
A questão demanda do candidato o conhecimento sobre a literalidade das disposições normativas 
do Código Civil. 
A assertiva I encontra amparo legal no artigo 542 do Código Civil. Observe: 
Art. 542. A doação feita ao nascituro valerá, sendo aceita pelo seu representante legal. 
 
 
Banco de Provas Comentadas 2022 
Estratégia Carreira Jurídica 
 
 
 
 
Banco de Provas Comentadas 2022 
 
32 
3256 
A assertiva II encontra amparo legal no artigo 45 do Código Civil. Confira: 
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato 
constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação 
do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato 
constitutivo. 
A assertiva III encontra amparo legal no artigo 534 do Código Civil. Confira: 
Art. 534. Pelo contrato estimatório, o consignante entrega bens móveis ao consignatário, que fica 
autorizado a vendê-los, pagando àquele o preço ajustado, salvo se preferir, no prazo estabelecido, 
restituir-lhe a coisa consignada. 
Preleciona Flávio Tartuce que “ O contrato estimatório ou venda em consignação pode ser 
conceituado como o contrato em que alguém, o consignante, transfere ao consignatário bens 
móveis, para que o último os venda, pagando um preço de estima; ou devolva os vens findo o 
contrato, dentro do prazo ajustado (art. 534 do CC). 
[...] 
Segundo o entendimento majoritário, trata-se de um contrato bilateral ou sinalagmático, pois, 
segundo a maioria da doutrina ambas as partes assumem deveres, tendo também direitos, 
presentes o sinalagma obrigacional. É contrato oneroso, diante do pagamento do preço de estima 
e por envolver uma disposição patrimonial (prestação + contraprestação). O contrato é real, tendo 
aperfeiçoamento com a entrega da coisa consignada. Também é comutativo pelo fato de as partes 
já saberem quais são as suas prestações”. (TARTUCE, Flávio. Manual

Outros materiais