Buscar

04 - Aula

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 46 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 46 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 46 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DESCRIÇÃO
As doenças pulmonares restritivas, obstrutivas crônicas e as relações com a prática de
atividade física e prescrição de exercício.
PROPÓSITO
Compreender a estrutura e a função do sistema respiratório, sua função normal, seus
comprometimentos e como todos esses fatores se relacionam com o exercício físico é
imprescindível para a atuação do profissional de Educação Física, seja profilática seja
terapeuticamente.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Reconhecer as principais funções das estruturas que compõem o sistema respiratório
MÓDULO 2
Identificar os diferentes tipos de doenças obstrutivas que podem acometer o sistema
respiratório e sua interação com o exercício físico
MÓDULO 3
Identificar os diferentes tipos de doenças restritivas que podem acometer o sistema respiratório
e sua interação com o exercício físico
MÓDULO 4
Reconhecer o que é a asma e como o exercício físico pode impactar nessa enfermidade
INTRODUÇÃO
O corpo humano foi pedagogicamente dividido em dez sistemas orgânicos, sendo eles:
nervoso, hormonal, cardiovascular, respiratório, digestório, urinário, tegumentar, reprodutivo,
imunológico e musculoesquelético. É muito importante que você não se esqueça de que todos
esses sistemas funcionam de maneira integrada, sendo o corpo humano único e indivisível.
Nos próximos módulos, estudaremos especificamente o sistema respiratório, começando com
as principais estruturas que o compõem e as suas respectivas funções. Nos módulos 2 e 3,
vamos conhecer um pouco mais sobre as doenças pulmonares obstrutivas crônicas (DPOCs) e
as doenças restritivas, respectivamente. Por fim, no módulo 4, será abordada a asma, com
seus principais fatores de risco e as recomendações para prescrição de exercícios.
 Sistema respiratório.
SISTEMA RESPIRATÓRIO: ESTRUTURA E
FUNÇÃO
MÓDULO 1
 Reconhecer as principais funções das estruturas que compõem o sistema
respiratório
O sistema respiratório é constituído de um conjunto dos órgãos responsáveis pela absorção do
oxigênio do ar pelo organismo e da eliminação do gás carbônico retirado das células.
As estruturas que compõem esse sistema estão divididas em:
Trato respiratório superior: onde se encontram a cavidade nasal, a faringe e a laringe.
Trato respiratório inferior: onde se encontram a traqueia, os brônquios e os
bronquíolos.
 Estruturas do sistema respiratório.
 VOCÊ SABIA
Muitos fisiologistas consideram a boca como parte do sistema respiratório, visto que é
fisiológico o fato de o indivíduo utilizá-la durante uma respiração mais intensa. A boca e a
faringe, além de serem parte do sistema respiratório, fazem parte do sistema digestório.
Para garantir a respiração, o corpo realiza dois movimentos respiratórios: a inspiração e a
expiração.
javascript:void(0)
javascript:void(0)
INSPIRAÇÃO
Entrada de ar nos pulmões.
EXPIRAÇÃO
Eliminação de gás carbônico dos pulmões.
Inspiração
É através do sistema respiratório que o corpo humano, durante a inspiração, consegue captar o
oxigênio presente no meio ambiente e difundi-lo por meio dos alvéolos para a circulação.

Expiração
Em um caminho inverso, parte do dióxido de carbono presente no sangue difunde-se dos
capilares para o interior dos alvéolos, e daí para o meio ambiente durante a expiração.
A ventilação pulmonar é responsável pelo influxo (entrada) e efluxo (saída) de ar, realizando
uma troca constante entre o meio ambiente (atmosfera) e os alvéolos pulmonares.
Por falar em pulmões, qual é o papel deles no sistema respiratório?
Os pulmões são órgãos do sistema respiratório e têm um papel fundamental nas trocas
gasosas. Localizam-se na caixa torácica e ficam à direita e à esquerda do mediastino. Em
função da presença de pequenos sacos denominados de alvéolos pulmonares, que se
assemelham a cachos de uva, os pulmões têm um aspecto esponjoso.
A ventilação pulmonar é responsável pelo influxo (entrada) e efluxo (saída) de ar, realizando
uma troca constante entre o meio ambiente (atmosfera) e os alvéolos pulmonares.
 VOCÊ SABIA
Um ser humano tem aproximadamente 300 milhões de alvéolos pulmonares. Cada um desses
alvéolos é completamente envolvido por uma imensa rede de capilares, local onde ocorre a
troca gasosa alvéolo/capilar denominada de hematose.
Envolvendo externamente os pulmões, existe uma membrana denominada de pleura visceral.
Revestindo internamente a cavidade torácica, existe outra membrana chamada de pleura
parietal. Ambas as pleuras são contínuas uma com a outra e, entre elas, existe um líquido que
lhes permite deslizar entre si durante a respiração.
 SAIBA MAIS
O pulmão direito é maior que o pulmão esquerdo, sendo dividido em três lobos: superior, médio
e inferior. Já o pulmão esquerdo é dividido em apenas dois lobos: superior e inferior.
Nos dois pulmões, existe uma estrutura denominada de hilo, região por onde penetram os
brônquios, as artérias pulmonares e as veias pulmonares.
O pulmão tem uma gigantesca capacidade de se expandir durante a inspiração e se retrair
durante a expiração. Pode-se afirmar que, durante a inspiração, ocorre a expansão pulmonar
nos três diâmetros:
ANTEROPOSTERIOR
O osso esterno anterioriza-se e sobe em um movimento apelidado de “braço de bomba”, por
sua semelhança ao movimento que o braço das antigas bombas de água manuais realiza.
LATEROLATERAL
As costelas sobem e se afastam umas das outras em um movimento apelidado de “alça de
balde”, por sua semelhança ao movimento realizado pela alça de um balde.
LONGITUDINAL
O músculo diafragma contrai-se e desce.
Na expiração, ocorre retração pulmonar nos três diâmetros de maneira inversa aos
movimentos descritos anteriormente.
 Inspiração e expiração.
Uma respiração serena em repouso de um indivíduo saudável depende basicamente da
contração do diafragma.
INSPIRAÇÃO
A contração desse músculo puxando as extremidades inferiores dos pulmões para baixo é
suficiente para produzir uma alteração na pressão interna dos alvéolos, tornando a pressão no
interior dessas estruturas menor que a pressão atmosférica. Isso faz com que o ar entre
(influxo de ar) pela diferença de pressão gerada.
EXPIRAÇÃO
O simples relaxamento do músculo diafragma já é capaz de fazer com que ocorra retração
pulmonar pela sua característica de ser bastante elástico. Assim, a pressão no interior dos
alvéolos se torna maior do que a pressão atmosférica, permitindo que o ar saia (efluxo de ar).
Como funciona em uma respiração intensa, por exemplo, durante a prática de exercícios físicos
ou em uma obstrução das vias aéreas? Nesses casos, outros músculos, além do diafragma,
serão usados durante a inspiração. Esses músculos são denominados músculos
inspiratórios.
Durante a inspiração, ocorre uma elevação da caixa torácica permitindo uma expansão
pulmonar maior. Nessa mesma respiração intensa, a expiração não ocorrerá de maneira
passiva dependendo apenas do relaxamento do diafragma e da elasticidade pulmonar.
javascript:void(0)
MÚSCULOS INSPIRATÓRIOS
Os músculos inspiratórios mais importantes são os intercostais externos, o
esternocleidomastoideo - ECOM, o serrátil anterior e os escalenos.
 COMENTÁRIO
Nessa condição, os músculos expiratórios serão recrutados, como os músculos abdominais
(reto do abdômen, transverso do abdômen, oblíquo interno e oblíquo externo) e os músculos
intercostais internos.
Durante a expiração forçada, ocorre a depressão da caixa torácica e uma retração pulmonar
mais efetiva para a saída (efluxo) de ar.
Existe nos pulmões uma grande tendência a fazer retração. Essa tendência é explicada por
dois fatores:
Pela sua elasticidade em função das suas fibras de elastina e colágeno, o que explica
um terço dessa tendência.
Pela tensão superficial existente no interior dos alvéolos, o que explica dois terços
dessa tendência de fazer retração.
O fato de haver grande quantidade de água no interior das vias aéreas explica esse fenômeno
denominado de tensão superficial.
A molécula de água é composta por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio(H2O). A
ligação covalente da molécula de água gera uma polarização em função dos elétrons do átomo
de hidrogênio a serem atraídos pelo átomo de oxigênio. Dessa forma, o oxigênio acaba ficando
com uma carga elétrica parcial negativa e os hidrogênios com uma carga elétrica parcial
positiva. Essa polarização gera uma agregação das moléculas de água, pois o oxigênio de uma
molécula atrai o hidrogênio de outra molécula (cargas opostas se atraem), e assim por diante.
 Agregação das moléculas de água (oxigênio negativo atraindo o hidrogênio positivo da
outra molécula).
Na superfície interna alveolar, também existem moléculas de água que, por estarem muito
próximas umas das outras, tendem a se agregar e causar uma retração alveolar, denominada
de colapso alveolar ou colabamento alveolar. Como os alvéolos têm tamanhos diferentes, foi
estipulada a Lei de La Place para o entendimento desse fenômeno.
Para impedir o colapso alveolar, o próprio alvéolo, em células especiais denominadas de
pneumócitos tipo II, produz uma substância lipoproteica denominada de surfactante. Essa
substância se posiciona entre as moléculas de água e reduz a tensão superficial, impedindo o
colabamento alveolar.
LEI DE LA PLACE
De acordo com essa lei, a pressão de retração é inversamente proporcional ao raio alveolar, ou
seja, quanto maior o tamanho do alvéolo, menor será a pressão de retração, e vice-versa.
 SAIBA MAIS
javascript:void(0)
Alvéolos maiores produzem menos surfactante, e alvéolos menores produzem mais quantidade
de surfactante e, desse modo, cada alvéolo se autorregula impedindo o colabamento.
ESPIROMETRIA
A função pulmonar pode ser avaliada por meio de um instrumento relativamente simples
denominado espirômetro.
 Espirometria.
Utilizando a espirometria, é possível mensurar o volume (quantidade) de ar que entra e sai dos
pulmões.
Os volumes pulmonares foram divididos em quatro itens:
VOLUME CORRENTE (VC)
VOLUME DE RESERVA INSPIRATÓRIO (VRI)
VOLUME DE RESERVA EXPIRATÓRIO (VRE)
VOLUME RESIDUAL (VR)
VOLUME CORRENTE (VC)
É a quantidade de ar inspirado ou expirado em cada respiração normal.
VOLUME DE RESERVA INSPIRATÓRIO (VRI)
É a quantidade de ar extra que pode ser inspirado além do volume corrente normal.
VOLUME DE RESERVA EXPIRATÓRIO (VRE)
É a quantidade de ar extra que pode ser expirado após o final da expiração corrente normal.
VOLUME RESIDUAL (VR)
É a quantidade de ar que fica nos pulmões após a expiração forçada.
Já as combinações de dois ou mais volumes são denominadas de capacidades pulmonares,
que também podem ser divididas em quatro itens. Veja:
Capacidade inspiratória (CI): é igual ao volume corrente mais o volume de reserva
inspiratório (CI = Vc + VRI).
Capacidade residual funcional (CRF): é igual ao volume de reserva expiratório mais o
volume residual (CRF = VRE + VR).
Capacidade vital (CV): é igual ao volume de reserva inspiratório mais o volume corrente
mais o volume de reserva expiratório (CV = VRI + VC + VRE).
Capacidade pulmonar total (CPT): é igual à capacidade vital mais o volume residual
(CPT = CV + VR).
Os valores dos volumes e das capacidades costumam ser menores em mulheres, pois têm
relação direta com o tamanho do indivíduo.
O SISTEMA RESPIRATÓRIO
O especialista Ercole Rubini fala sobre estruturas e função do sistema respiratório e sobre os
volumes e as capacidades pulmonares relacionados ao exame de espirometria.
VEM QUE EU TE EXPLICO!
Sistema respiratório: estrutura e função
O surfactante
VERIFICANDO O APRENDIZADO
DOENÇAS PULMONARES OBSTRUTIVAS
CRÔNICAS (DPOCS)
A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma doença respiratória que pode ser
prevenida e tratada. A DPOC caracteriza-se pela existência de obstrução crônica do fluxo
aéreo. A obstrução do fluxo aéreo costuma ser progressiva e tem relação direta com respostas
inflamatórias anormais dos pulmões em função da inalação de partículas irritantes, dos gases
tóxicos para o organismo humano, da poluição atmosférica e, principalmente, do fumo.
 COMENTÁRIO
O tabagismo é o principal fator de risco para a DPOC. Por sorte, a quantidade de indivíduos
fumantes no Brasil, sejam ativos sejam passivos, vem diminuindo de maneira significativa,
MÓDULO 2
 Identificar os diferentes tipos de doenças obstrutivas que podem acometer o sistema
respiratório e sua interação com o exercício físico.
segundo a VIGITEL (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por
Inquérito Telefônico) (BRASIL, 2020).
O percentual de tabagistas na população acima de 18 anos tem diminuído continuamente. Nos
homens, se compararmos os anos de 1989, 2008 e 2019, teremos percentuais de 43,3%,
22,9% e 15,9%, respectivamente; nas mulheres, de 27,0%, 13,9% e 9,6%.
Esses dados foram obtidos pela Pesquisa Nacional Sobre Saúde e Nutrição (INAN, 1990),
Pesquisa Especial de Tabagismo (BRASIL, 2008) e Pesquisa Nacional de Saúde (IBGE, 2020)
e demonstram resultados positivos e motivadores quanto ao combate ao fumo na população
brasileira.
Porém, como muitas pessoas acometidas pela DPOC permanecem assintomáticas por um
tempo, a quantidade de indivíduos diagnosticados é sempre subnotificada. Consequentemente,
a quantidade de indivíduos tratados também acaba sendo menor, embora os casos conhecidos
de bronquite crônica e enfisema pulmonar sejam significativos.
SERÁ QUE, ALÉM DO TABAGISMO E DA POLUIÇÃO,
HÁ OUTROS FATORES DE RISCO PARA O
DESENVOLVIMENTO DE DPOCS?
Além do fumo e da exposição do indivíduo à fumaça proveniente de carvão, gases, poeiras e
da poluição atmosférica em geral, os níveis da proteína α-1-antitripsina (AAT) baixos no
sangue levam a um desequilíbrio de protease-antiprotease, elevando o risco de desenvolver a
doença.
Α-1-ANTITRIPSINA (AAT)
A alfa-1 antitripsina (AAT) é um inibidor da elastase neutrofílica (antiprotease), cuja principal
função é proteger os pulmões da destruição tecidual mediada pela protease.
Apesar de a deficiência de AAT estar presente em apenas 1 ou 2% dos casos, é necessário
que os indivíduos diagnosticados com DPOC façam um exame de sangue para verificar a
quantidade de AAT.
javascript:void(0)
 ATENÇÃO
Se essa quantidade estiver baixa, deve-se realizar uma investigação para verificar se existe
uma mutação genética do gene Serpina. Embora a prevalência da deficiência de AAT seja
baixa, todos os pacientes com diagnóstico de DPOC devem realizar a investigação e, caso
constatada, a reposição de AAT deverá ser realizada semanalmente.
Em função do processo inflamatório crônico que envolve alterações nos brônquios e
bronquíolos, a DPOC não compromete apenas os pulmões, e essas respostas dependem de
cada indivíduo, de suas histórias e de seus sinais e sintomas apresentados. É comum a
existência de diversas comorbidades em pacientes com DPOC que merecem ser investigadas
e devidamente tratadas, tais como: as doenças cardiovasculares, a diabetes mellitus, o câncer
de pulmão, a osteoporose, a artrite e alguns transtornos psiquiátricos, como a ansiedade e a
depressão.
Nas DPOCs, os sintomas mais comuns são: dificuldade para respirar (dispneia), sibilos e
tosse, normalmente, produtiva e com expectoração. Na maioria dos casos de DPOC, a tosse e
a dificuldade para respirar ocorrem ao mesmo tempo e, à medida que a doença evolui, a
dificuldade para respirar aumenta.
 VOCÊ SABIA
Segundo informações da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (2018), a DPOC é
a terceira maior causa de morte no mundo, levando aproximadamente 251 milhões de pessoas
a óbito e com tendência de crescimento. No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, a
DPOC tem sido a quinta principal causa de internações no Sistema Único de Saúde (SUS) de
indivíduos com mais de 40 anos, gerando um gasto anual significativo (BRASIL, 2020).
Portanto, é imprescindível que os profissionais de saúde conheçam bem essas doenças, seus
respectivos fatores de risco, sinais e sintomas para um rápido diagnóstico e tratamento eficaz.
A realização da espirometriaé fundamental para o diagnóstico da DPOC, pois esse exame
confirma ou não a obstrução do fluxo aéreo. Mesmo os indivíduos totalmente assintomáticos,
mas com mais de 40 anos e que tenham sido expostos a fatores de risco, devem ser
submetidos ao teste espirométrico.
 Teste espirométrico.
A DPOC pode ser classificada de acordo com a sua gravidade, considerando o grau de
dispneia e a quantidade de exacerbações da doença ocorridas no ano anterior, podendo ser:
leve, moderada, grave ou muito grave.
Atualmente, apenas é considerada como DPOC a bronquite crônica e o enfisema pulmonar,
excluindo a asma, as bronquiectasias, bronquiolites, a pneumoconiose ou qualquer doença
parenquimatosa.
 Doenças pulmonares obstrutivas crônicas.
BRONQUITE
Bronquite é uma inflamação nos brônquios e pode se apresentar de duas formas: a bronquite
aguda e a bronquite crônica.
BRONQUITE AGUDA
A bronquite aguda, na maioria das vezes, é causada por vírus (90%) e, em alguns casos, por
bactérias (10%) que acabam por infectar o epitélio dos brônquios com consequente inflamação
e secreção aumentada de muco.
Na bronquite aguda, normalmente, ocorre tosse para eliminar o excesso de muco produzido
nos pulmões. Além da tosse, é comum ocorrerem outros sintomas, como: dores na garganta,
coriza, febre, desconforto e catarro.
A maioria dos casos de bronquite aguda se resolve rapidamente, durando em torno de uma
semana, com repouso, hidratação das vias aéreas e combate aos sintomas que se apresentem
em cada caso, como febre ou tosse.
BRONQUITE CRÔNICA
A bronquite crônica é causada por uma lesão repetida no epitélio dos brônquios e consequente
inflamação crônica, edema e produção de muco aumentada pelas células calciformes, o que
culmina no prejuízo do fluxo aéreo para dentro e para fora dos pulmões.
A bronquite crônica é considerada uma doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) que se
caracteriza por uma tosse produtiva com catarro de pelo menos três meses de duração por
ano, podendo ser não consecutivo, ou por dois anos ou mais sucessivos. Além da tosse
produtiva, que normalmente é pior quando o indivíduo acorda, normalmente há secreção
amarelada ou esverdeada, muitas vezes apresentando sinais de sangue. Podem também
ocorrer como sinais e sintomas: sibilância nas crises; dificuldade de respirar, principalmente
durante um esforço aumentado; cianose (cor azulada na pele), principalmente nas mãos e
face; febre; e, em casos mais graves em que já ocorre comprometimento do coração, pode
ocorrer o inchaço dos pés e das pernas.
Fumo, queimas orgânicas, poeira e poluição do ar são os maiores causadores da bronquite
crônica, sendo o fumo responsável por algo em torno de 90% dos casos. Portanto, a prevenção
e o tratamento passam por remover todos os irritantes inalados.
Conhecer esses sintomas é fundamental para o diagnóstico da doença, além de um rigoroso
exame físico e teste de função pulmonar. Muitas vezes, uma radiografia de tórax para examinar
os pulmões e excluir outras possibilidades é indicada.
 VOCÊ SABIA
Entre os leigos e alguns estudantes, existe muita confusão sobre a diferença entre a bronquite
crônica e a asma. Talvez isso ocorra em função de muitos chamarem a asma de “bronquite
asmática” ou “bronquite alérgica”, que são denominações inadequadas para essa enfermidade.
Apesar de terem alguns sintomas semelhantes, na bronquite crônica, ocorre inflamação nos
brônquios, já na asma a inflamação ocorre nas vias aéreas inferiores.
 Bronquite.
ENFISEMA PULMONAR
Como dissemos anteriormente, além da bronquite, o enfisema pulmonar é considerado uma
DPOC.
Como ele atinge os pulmões?
A inflamação crônica produz alterações no parênquima pulmonar. Ocorre uma obstrução
crônica do fluxo de ar em função de alterações anatômicas nas ramificações terminais dos
bronquíolos devido à dilatação ou destruição da parede alveolar, diminuindo a superfície
respiratória.
 Enfisema pulmonar.
Na maioria dos casos de enfisema pulmonar, a obstrução é progressiva e evolui depois de
anos de agressão aos tecidos do pulmão em função do processo inflamatório gerado por
partículas nocivas inaladas, gases, poeiras e, principalmente, tabagismo. Portanto, não fumar e
não permanecer perto de quem fuma, além de evitar ambientes poluídos, é parte fundamental
da prevenção dessa doença.
Muitos trabalhadores são expostos a ambientes nocivos e sem a proteção devida. Nem
sempre, as pessoas podem optar por viver ou trabalhar em ambientes mais salubres, assim
como não é tão simples se livrar do vício do fumo. Além da conscientização da sociedade,
medidas governamentais devem ser impostas para reduzir o risco e melhorar a
qualidade de vida dos indivíduos (políticas de saúde e regulamentação do trabalho
insalubre). No Brasil, medidas antifumo implantadas foram bem-sucedidas e conseguiram
reduzir significativamente o número de indivíduos fumantes, além de proteger os não fumantes
do perigo do fumo passivo.
A dificuldade de respirar é o principal sintoma do enfisema pulmonar e evolui progressivamente
com a doença. Uma das hipóteses mais aceitas atualmente para explicar o enfisema pulmonar
é a de que a ativação de enzimas proteolíticas leva à destruição das paredes alveolares em
função da degradação da matriz extracelular, em especial das fibras colágeno e elastina.
Segundo Antonio Di Petta (2010), existem duas evidências que reforçam esse pressuposto:
PRIMEIRO PRESSUPOSTO
Existem indivíduos que, por uma alteração genética transmissível por um gene recessivo
autossômico, apresentam uma deficiência de alfa-1-antiprotease e, em função dessa
deficiência, costumam desenvolver de forma precoce, ainda jovens, um enfisema pulmonar
grave.
SEGUNDO PRESSUPOSTO
Foi verificado, através de estudos experimentais realizados com modelos animais, em que
foram utilizadas enzimas proteolíticas associadas à destruição da matriz extracelular do ácino
pulmonar e que geram modificações estruturais e fisiológicas nos pulmões, semelhantes às
que ocorrem no enfisema pulmonar nos seres humanos.
Ainda existem muitos questionamentos sobre a fisiopatologia do enfisema pulmonar, por
exemplo, se o fator desencadeador é o excesso de proteases em função da deficiência de alfa-
1-antiprotease ou as duas coisas ocorrendo juntas. Ao mesmo tempo, devem ser considerados
e investigados alguns mecanismos celulares e moleculares, imunológicos e genéticos que
podem estar relacionados ao entendimento fisiopatológico do enfisema pulmonar.
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA
CRÔNICA (DPOC) E EXERCÍCIOS FÍSICOS
É comum verificar em indivíduos com DPOC um baixo condicionamento físico, com fraco
desempenho nas variadas capacidades motoras, dentre elas a força muscular. A fraqueza
muscular é comumente associada com a perda de muscular e massa corporal, o que
compromete a realização de atividades físicas no dia a dia.
 VOCÊ SABIA
A saúde mental dos indivíduos com DPOC também é frequentemente afetada, principalmente
quando a sua autonomia funcional começa a ser comprometida. Não são raros os casos de
depressão e ansiedade com a diminuição do convívio social.
A atividade física comprovadamente exerce papel benéfico e importantíssimo em relação a
todos esses fatores, repercutindo de maneira direta na melhora do estado de saúde física e
mental desses indivíduos com DPOC.
A atuação do profissional de Educação Física deverá fazer parte de uma equipe
multiprofissional com pelo menos um médico (pneumologista preferencialmente), nutricionista
e, em alguns casos, psicólogos. A interação desses profissionais é fundamental para otimizar
os procedimentos e a melhora da saúde do indivíduo com DPOC.
Uma escala de dispneia de fácil aplicação, conhecida como Medical Research Council, pode
ser utilizada para classificar esse indivíduo em um dos seus cinco estágios:
Só sente falta de ar durante exercícios intensos.

Só sente falta de ar quando anda rápido ou sobe trechos com aclives.

Anda mais devagar do que indivíduos com a mesma idade por faltade ar e tem que parar
constantemente para respirar.

Tem que parar para respirar mesmo andando menos de 100 metros ou após alguns minutos.

Sente falta de ar ao se vestir e nem sai mais de casa em função da falta de ar.
Em muitas ocasiões, o indivíduo classificado no nível 1 tem uma preocupação menor e busca
um profissional de Educação Física sem ter procurado antes um médico para uma investigação
clínica mais aprofundada. Mesmo nesses casos, é necessário que o indivíduo seja
encaminhado para uma avaliação pneumológica e obtenção de um diagnóstico médico. Esse
encaminhamento e o posterior diagnóstico certamente farão com que o programa de exercícios
seja mais eficiente e seguro para o beneficiário.
 RECOMENDAÇÃO
Caso o indivíduo tenha obtido um valor na escala maior ou igual a 2 e com comprometimento
funcional verificado através da espirometria, com volume expiratório forçado no primeiro
segundo abaixo de 50% do valor predito, deve obrigatoriamente passar por avaliação
multiprofissional. Os fatores de risco para doenças cardiovasculares também devem ser
verificados e terão influência direta no prognóstico desse indivíduo.
O profissional de Educação Física não pode dar diagnóstico de doença, uma vez que essa
responsabilidade cabe ao médico. No entanto, as avaliações iniciais são muito importantes
para elaboração do programa de exercícios, acompanhamento da evolução do beneficiário e
registro dos procedimentos. O profissional de Educação Física só pode prescrever depois de
realizar a sua avaliação física/funcional, independentemente se outras avaliações já tenham
sido realizadas por outros profissionais.
Na avaliação inicial, é imprescindível saber qual ou quais são os medicamentos que o indivíduo
toma e quais comorbidades o afetam. É ainda importante saber quais exames esse indivíduo
realizou, sejam laboratoriais, de imagem ou qualquer outro.
 ATENÇÃO
Todos esses dados deverão estar devidamente registrados no prontuário e, sempre que
necessário, deverão ser atualizados. Avaliações e diagnósticos já elaborados por outros
profissionais também deverão ser considerados e registrados. Sem esses procedimentos, não
é possível fazer uma prescrição adequada e garantir a eficiência dos procedimentos.
Os exercícios físicos deverão ter como objetivo melhorar a potência aeróbica, força,
composição corporal e flexibilidade, com vistas a uma aptidão física relacionada à saúde. Com
a melhora da composição corporal (relação massa muscular e percentual de gordura), os
exercícios respiratórios e sensórios motores deverão fazer parte da rotina de atividades,
sempre considerando a individualidade e sintomatologia de cada beneficiário. Dependendo do
caso, exercícios aquáticos também poderão fazer parte do programa para melhorar a aptidão
física e a qualidade de vida.
De acordo com o Global Strategy for Diagnosis, Management, and Prevention of Chronic
Obstructive Pulmonary Disease (SINGH et al., 2019), uma combinação de atividades aeróbicas
com as de força demonstra melhores resultados que apenas um modo de exercício. Apesar de
os exercícios físicos não serem capazes de reverter a doença, sua prática regular pode
melhorar significativamente os sintomas de fadiga, dispneia e, sobretudo, a qualidade de vida
do indivíduo com DPOC.
AS DOENÇAS PULMONARES OBSTRUTIVAS
CRÔNICAS
O especialista Ercole Rubini fala sobre as principais DPOCs e como deve ser a prescrição dos
exercícios físicos para pacientes com esse tipo de doença.
VEM QUE EU TE EXPLICO!
Bronquite
Enfisema pulmonar
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 3
 Identificar os diferentes tipos de doenças restritivas que podem acometer o sistema
respiratório e sua interação com o exercício físico
A DOENÇA PULMONAR RESTRITIVA
A doença pulmonar restritiva apresenta uma baixa complacência pulmonar. Com isso, a
capacidade de expansão pulmonar fica diminuída, a tensão na parede alveolar aumenta, assim
como a tendência de ocorrer um colabamento alveolar. O fluxo aéreo prejudicado diminui a
ventilação pulmonar e, para que ocorra influxo aéreo, é preciso realizar uma força maior em
comparação àquela normalmente necessária, recrutando alguns músculos respiratórios que,
em repouso, não seriam recrutados em uma respiração normal.
Além da baixa complacência, as doenças pulmonares restritivas caracterizam-se por
diminuição do volume pulmonar, alterações no parênquima pulmonar, doença na pleura, na
caixa torácica ou até mesmo de origem neuromuscular. Essas doenças culminam em uma
diminuição da capacidade pulmonar total, diferentemente da asma e da doença pulmonar
obstrutiva crônica, que demonstram uma capacidade pulmonar total normal ou até aumentada.
A doença pulmonar restritiva é comumente dividida em dois grupos com base nas estruturas
anatômicas afetadas:
COMPLACÊNCIA PULMONAR
A complacência pulmonar é a capacidade que o pulmão tem de se expandir durante a
inspiração e está diretamente relacionada com o volume de ar que o pulmão alcança.
Doenças pulmonares intrínsecas
São aquelas que afetam as estruturas intrapulmonares com inflamação ou fibrose no tecido
pulmonar e ocupação dos espaços aéreos com exsudado.

Doenças pulmonares extrínsecas
javascript:void(0)
javascript:void(0)
São aquelas que afetam estruturas extrapulmonares, tais como a pleura, a caixa torácica e os
músculos respiratórios.
EXSUDADO
Exsudado é um produto seroso, purulento, composto de células, proteínas e outros materiais,
que passa através das paredes de um vaso para os tecidos adjacentes, sendo resultante de
processo inflamatório ou infeccioso.
A diminuição da complacência pulmonar pode ocorrer por duas principais razões:
Possíveis desordens na parede torácica que podem ser geradas por deformação óssea,
como uma escoliose intensa, por obesidade severa comprimindo mecanicamente as
estruturas pulmonares, por desordens neuromusculares que afetariam os músculos
respiratórios e por doenças pleurais.
Doenças intersticiais, como a Síndrome da Angústia Respiratória Aguda (SARA) de
maneira aguda, ou a pneumoconiose e a fibrose intersticial de maneira crônica.
Você sabe quais são os principais sintomas que atingem os pacientes com doença restritiva
pulmonar? Veja agora.
Nos indivíduos acometidos pela doença restritiva pulmonar, é comum a dispneia ao esforço. Já
em casos mais avançados da doença, mesmo em repouso, pode haver falta de apetite,
dificuldade para dormir, respiração ofegante, fadiga constante, dores de cabeça e tosse crônica
geralmente seca, mas, às vezes, produtiva com expectoração branca, além de ansiedade e
depressão.
DOENÇA PULMONAR INTERSTICIAL
Doença pulmonar intersticial é um grupo de doenças respiratórias caracterizadas pela
progressiva cicatrização do interstício pulmonar resultando em insuficiência respiratória.
A doença pulmonar intersticial também é conhecida como doença parenquimatosa difusa. Na
verdade, essa é uma denominação que abrange diversas enfermidades que acometem o
javascript:void(0)
espaço intersticial, já tendo sido identificados mais de 300 tipos diferentes, sendo a maioria
muito rara.
Com a persistência da inflamação, o tecido pulmonar começa a formar fibrose, fazendo com
que os alvéolos sejam destruídos de maneira progressiva com a formação de paredes
espessas, que são apelidadas de “favos de mel”, levando ao que se chama de fibrose
pulmonar.
INTERSTÍCIO
Interstício é o tecido que circunda os sacos aéreos (alvéolos) no pulmão e nas vias aéreas (os
tubos da respiração).
ESPAÇO INTERSTICIAL
Esse espaço intersticial compreende a parede externa dos alvéolos e o exterior dos capilares
que os envolvem. O aumento de células inflamatórias nesse espaço determina a doença.
 RESUMINDO
As doenças pulmonares intersticiais acabam por prejudicar a troca gasosa ao nível alveolar -
hematose e diminui a capacidade do pulmão de levar oxigênio para o interior dos capilares que
circundam os alvéolos.
Estudos sobre a prevalência das doenças pulmonares intersticiais são complicadosem função
da grande dificuldade de diagnóstico específico para essas doenças. No entanto, muitas
pesquisas apontam que a fibrose pulmonar idiopática e a sarcoidose correspondem à metade
do total de doenças intersticiais pulmonares.
FIBROSE PULMONAR
javascript:void(0)
A fibrose pulmonar é prevalente em indivíduos com idade mais avançada (acima de 50 anos) e
do sexo masculino. Fumantes e indivíduos que se expõem a poluentes, assim como os que
fizeram tratamento por radioterapia, também têm maior probabilidade de desenvolver a
doença.
 Fibrose pulmonar (pulmão normal e com fibrose pulmonar).
A fibrose pulmonar ocorre em função de uma lesão posterior com cicatrização do tecido dos
pulmões. Essa cicatrização faz com que ocorra um engrossamento do tecido que envolve os
alvéolos pulmonares. É justamente nos alvéolos que ocorre o fenômeno denominado
hematose.
Você sabe o que é hematose? Veja a seguir.
Na hematose, o oxigênio passa dos alvéolos para os inúmeros capilares que os circundam por
difusão simples e, dos capilares para os alvéolos, passa o dióxido de carbono também por
difusão simples, que será expirado para o meio ambiente. Desse modo, com o engrossamento
do tecido que envolve os alvéolos, essa troca gasosa fica cada vez mais comprometida e, por
isso, o indivíduo tem como sintoma comum a dispneia (falta de ar).
Embora a exposição crônica a determinadas toxinas, algumas condições médicas, como a
dermatomiosite ou a polimiosite, o tratamento oncológico por radioterapia e certas medicações
estejam relacionados ao desenvolvimento da doença, a causa desse processo de lesão e
posterior cicatrização dos tecidos pulmonares, na maioria das vezes, não é identificada. Por
javascript:void(0)
isso, a fibrose pulmonar é comumente denominada de fibrose pulmonar idiopática (de causa
desconhecida).
DIFUSÃO SIMPLES
Difusão simples é o processo de transporte de um soluto de forma passiva, ou seja, sem gasto
energético, com um movimento do meio mais concentrado em direção a um menos
concentrado.
 Fibrose pulmonar idiopática.
 COMENTÁRIO
A lesão pulmonar é irreversível e, no máximo, pode-se retardar a evolução do quadro clínico.
Em casos graves, o transplante de pulmão se faz necessário como única alternativa.
O profissional de Educação Física pode atuar ajudando a melhorar a função pulmonar e a
diminuir os possíveis sintomas. Isso ocorre por meio de exercícios respiratórios e físicos para
melhorar, principalmente, a condição aeróbica do indivíduo acometido pela fibrose pulmonar,
diminuindo a chance de complicações e melhorando a saúde e a qualidade de vida do
beneficiário.
SARCOIDOSE
A sarcoidose começou a ser desvendada em 1877, quando um médico inglês fez a primeira
descrição sobre a doença ao observar dois pacientes, sendo um homem e uma mulher. Depois
disso, novas pesquisas incorreram em novas descobertas, e outros estudos continuam a ser
realizados para tentar determinar a causa dessa doença e o seu melhor tratamento.
Atualmente, sabe-se que a sarcoidose é caracterizada pela atuação de macrófagos e linfócitos
T, especialmente, as células CD4. Os linfócitos CD4 atuam na identificação, no ataque e na
destruição de bactérias, fungos e vírus que invadem o corpo. Em um exame histológico,
encontram-se granulomas não caseosos nos tecidos acometidos pela doença. Granuloma é o
termo médico usado para designar um tipo de inflamação no tecido do organismo humano, em
forma de nódulo, em razão de uma reação de células imunológicas.
 Sarcoidose.
A sua maior prevalência ocorre nos países do Norte da Europa, principalmente na Suécia. Por
outro lado, é rara nos países asiáticos. Um detalhe importante é que essa doença costuma
ocorrer em pessoas entre 20 e 40 anos. Embora 70% dos indivíduos acometidos tenham
menos que 40 anos, é possível a ocorrência de casos em todas as idades. Além disso, parece
que o fato de ter sido tabagista não interfere no desenvolvimento da sarcoidose.
 VOCÊ SABIA
O diagnóstico da sarcoidose ainda é muito difícil, pois a sua causa (etiologia) permanece
desconhecida. Ainda assim, acredita-se que possam estar envolvidas nessa etiologia uma
infecção ou uma resposta imunológica anormal desencadeada por algum agente agressor
localizado em um fungo, uma bactéria, vírus ou produto químico na poeira, no mofo ou no
bolor. Os fatores genéticos também parecem afetar o surgimento dessa enfermidade.
Embora ainda permaneça um mistério, estudos tentam desvendar o mecanismo patológico da
sarcoidose. Evidências levam a crer que, logo depois de uma exposição inicial a um ou poucos
antígenos, já ocorra a ativação e o aumento dos linfócitos T CD4+, que produzem, entre outras
substâncias, as citocinas interferon-gama - IFN-γ e interleucina-2 - IL-2 que desencadeiam a
migração e a diferenciação dos linfócitos T CD4+. Ao mesmo tempo, monócitos são recrutados
e se diferenciam em macrófagos nos tecidos acometidos. Esses macrófagos liberam outra
citocina, a interleucina 8 (IL-8), que recruta mais monócitos para os locais inflamados. A
formação de granulomas é estimulada por essas células que liberam o fator de necrose tumoral
alfa (TNF-α) e interleucina 1 beta (IL-1β).
O médico precisará de muita experiência e conhecimento para descartar possibilidades até
chegar a um diagnóstico preciso. Chama-se esse procedimento de diagnóstico por exclusão. A
presença de granulomas, que são células inflamatórias, é uma característica da doença. Uma
tomografia computadorizada do tórax e uma biópsia dos pulmões fazem parte dos
procedimentos em busca de um diagnóstico.
 ATENÇÃO
A sarcoidose pode ser totalmente assintomática, porém é comum a presença de febre, perda
de peso, cansaço, sudorese noturna, tosse, dispneia, entre outros sintomas. Muitas vezes,
esses sintomas simplesmente diminuem com o tempo. Em dois terços dos casos, ocorrem
espontaneamente e, mesmo sem tratamento, os granulomas e os sintomas desaparecem.
Porém, em torno de um terço dos indivíduos, a sarcoidose se desenvolve de forma crônica e
progressiva e, em alguns casos, os granulomas podem desenvolver cicatrizações prejudiciais à
função pulmonar, embora não seja frequente.
A utilização de corticosteroides por parte dos médicos é muito comum na maioria das vezes.
A sarcoidose não é uma doença que se restringe ao sistema respiratório e pode acometer
outros órgãos além dos pulmões. Por isso, pode ser considerada uma doença multissistêmica,
embora na maioria dos casos (90%) ocorra nos pulmões ou nos gânglios intratorácicos. A
sarcoidose acomete gânglios extratorácicos, pele, olhos, fígado, coração, rins. Apesar de raro,
pode também acometer o sistema nervoso central.
Em função de o objeto de estudo deste módulo ser o sistema respiratório como um todo, o
enfoque será dado à sarcoidose pulmonar. No pulmão, os linfonodos aumentam justamente na
região em que esse órgão se encontra com o coração, ou próximo à traqueia, no seu lado
direito. Esses linfonodos aumentados podem ser visualizados na radiografia de tórax.
 SAIBA MAIS
Em alguns casos, o lado direito do coração pode ser sobrecarregado e desencadear uma
insuficiência cardíaca direita, prejudicando o prognóstico da doença.
Quais são os objetivos principais dos exercícios físicos para pacientes com sarcoidose?
A ênfase dos exercícios físicos para o indivíduo com sarcoidose tem como objetivo melhorar a
função da musculatura respiratória e deverá evoluir para melhoria do condicionamento geral do
indivíduo, priorizando a potência aeróbica (VO2máx). Nesse caso específico, os exercícios
aeróbios devem iniciar com intensidade baixa para moderada. O profissional deverá ajustar a
intensidade progressivamente.
O treinamento de força deverá ser realizado de modo complementar ao treinamento aeróbico,
assim como o da flexibilidade.
 ATENÇÃO
Por ser tratar de doença autoimune, cada sessão de exercícios deverá ser adequada ao estado
geral do paciente, preferencialmente detectado após uma anamnese pré-exercício.
AS DOENÇASPULMONARES RESTRITIVAS
O especialista Ercole Rubini fala sobre doenças restritivas pulmonares, seus mecanismos
fisiológicos e sua relação com o exercício físico.
VEM QUE EU TE EXPLICOOOOO!
Doença pulmonar restritiva
Doença pulmonar intersticial
Fibrose Pulmonar
Sarcoidose
VERIFICANDO O APRENDIZADO
ASMA
A asma é uma doença bastante heterogênea, caracterizada por uma inflamação crônica com
resposta exacerbada das vias aéreas inferiores, com crises reversíveis de broncoespasmos
pela contração da musculatura lisa em torno das vias aéreas, dificultando o fluxo de ar e
ocasionando uma hipersecreção de muco.
MÓDULO 4
 Reconhecer o que é a asma e como o exercício físico pode impactar nessa
enfermidade
 Asma.
Acredita-se que alguns fatores desencadeantes, como poeira, pólen e até mesmo o exercício
físico, provoquem uma entrada de cálcio no interior dos mastócitos, que fazem parte do tecido
nos brônquios. Isso provoca a liberação de histamina, prostaglandinas, leucotrienos e de uma
substância química que atrai os leucócitos. Esses mediadores químicos promovem a contração
da musculatura lisa, gerando a broncoconstrição e iniciando um reflexo broncoconstritor
mediado pelo nervo Vago (X par de nervos cranianos). Causam ainda um inchaço do tecido
como resposta à inflamação, com hipersecreção de muco. A asma pode ser revertida
espontaneamente ou com tratamento.
A asma pode ser classificada de acordo com a sua gravidade em:
Intermitente

Persistente leve

Persistente moderada

Persistente grave
Os episódios costumam ocorrer com mais frequência no início e ao final do dia, e são
recorrentes. A dispneia, os sibilos, a opressão retroesternal, a dor no peito e a tosse são
características comuns, que variam com o passar do tempo em sua duração e intensidade.
Em nosso país, a asma é a quarta causa de hospitalização no SUS. Um importante estudo
multicêntrico realizado pelo International Study for Asthma and Allergies in Childhood - ISAAC
(ASHER et al., 1995) encontrou uma prevalência mundial média de 11,6% em crianças de seis
a sete anos. Já entre adolescentes de treze a quatorze anos, há uma prevalência mundial
média de 13,7%.
No Brasil, os valores para essas idades são ainda maiores, ficando em torno de 20%, sendo
uma das mais altas do mundo. Felizmente, apesar da alta prevalência, a taxa de mortalidade
por asma é relativamente baixa, embora os gastos econômicos com a doença sejam bastante
expressivos. Veja na imagem a prevalência de asma no mundo.
 Mapa de prevalência de asma no mundo.
Fisiopatogenicamente, a asma apresenta uma inflamação brônquica. Essa é uma característica
encontrada em todos os indivíduos asmáticos, até mesmo na asma de início recente ou nas
suas formas mais leves e assintomáticas.
Você sabe como ocorre esse processo inflamatório? Acompanhe.
Essa resposta inflamatória se inicia pela ação de alérgenos do meio ambiente com os linfócitos
Th2, que fazem parte do sistema imunológico e produzem algumas citocinas que iniciam o
processo inflamatório. Os fatores ambientais mais comuns são partes do corpo e das fezes de
ácaros domésticos, polens, fungos, insetos, como as baratas, animais domésticos peludos,
como o cachorro e o gato, e alguns vírus respiratórios. A fumaça, seja proveniente do
tabagismo, dos automóveis ou da queima de carvão, também é um dos fatores que podem
desencadear um episódio em indivíduos com predisposição. Existe uma interação entre
alérgenos e substâncias irritantes encontradas no meio ambiente com fatores genéticos que
estariam associadas ao desencadeamento da resposta inflamatória. Diversos genes já foram
identificados e associados a tal resposta.
 RECOMENDAÇÃO
Para chegar ao diagnóstico da asma, será necessário fazer, além de uma boa anamnese e de
um exame clínico minucioso, provas de função pulmonar e cuidadosa investigação sobre a
alergia. Após o diagnóstico da doença, um acompanhamento será preciso.
Hoje, alguns instrumentos são bastante indicados e utilizados como o questionário de controle
da asma da Global Initiative for Asthma (GINA). Atualmente, existem outros instrumentos
adaptados para o Brasil que são igualmente importantes para o acompanhamento do indivíduo
asmático.
 EXEMPLO
Podemos citar, por exemplo, o Questionário de Controle da Asma e o Teste de Controle da
Asma, facilmente encontrados e aplicáveis com resultados numéricos que tornam mais simples
o acompanhamento do nível da doença por parte do asmático e dos terapeutas. Os testes
espirométricos também têm importante papel no acompanhamento da evolução do quadro.
Por outro lado, alguns fatores podem afetar diretamente a evolução do quadro clínico e o
controle da asma, por exemplo, a adesão ao tratamento. A exposição aos agentes alergênicos
por questões sociais ou laborais é outro fator de difícil controle, assim como o tabagismo e o
uso de drogas que podem afetar o tratamento.
A preocupação com a questão ambiental exigirá um papel pedagógico importantíssimo por
parte dos profissionais de saúde envolvidos. Alguns cuidados e precauções deverão ser
implementados na residência e no local de trabalho do indivíduo asmático. Para que tais
medidas tenham sucesso, é importante que todos os itens sejam considerados e que familiares
e até amigos próximos tenham tais informações.
Dentre tais fatores, destacam-se os seguintes:
1
Tapetes, carpetes e similares devem ser substituídos por pisos lisos que não acumulem muita
poeira e sejam de fácil limpeza.
Cortinas feitas de tecido devem ser substituídas por persianas de outro material que seja de
fácil limpeza.
2
3
Livros e papéis acumulados devem ser reduzidos e estar guardados longe do quarto em que o
indivíduo asmático costuma dormir, pois são fonte de fungos e facilitam a proliferação de
ácaros.
Bichos de pelúcia, travesseiros e colchão também são locais de fácil proliferação de fungos e
ácaros e devem ser encapados para minimizar seus efeitos negativos.
4
5
A limpeza desses locais deverá ser realizada com maior constância, nunca utilizando
vassouras ou espanadores que dispersam substâncias alergênicas no ar, e sim com pano
umedecido.
A roupa de cama deverá ser trocada e devidamente lavada com maior frequência e não pode
ficar guardada por muito tempo no armário sem lavagem. Colocar no sol é uma boa estratégia,
pois os ácaros são sensíveis a altas temperaturas (> 55°C).
6
7
Cachorros, gatos e demais animais com pelo não podem frequentar por muito tempo os
mesmos locais que os indivíduos asmáticos. Certamente, nos casos em que esses indivíduos
já tenham animais domésticos, não é justo se desfazer deles, mas restrições terão de ser
impostas, principalmente em relação ao acesso desses animais ao quarto de dormir e aos
locais mais frequentados.
Uma atenção e um cuidado especial terão de ser dados em relação à presença de baratas e
insetos. Caso sejam detectados, uma dedetização se faz necessária.
8
9
Ambientes esfumaçados devem ser evitados e o fumo, seja ativo ou passivo, interrompido.
Ao analisar tais medidas elencadas acima, fica bem claro que o envolvimento da família e dos
amigos mais próximos se faz necessário para que o indivíduo asmático não seja prejudicado.
Tais medidas requerem disciplina e cuidados especiais que não podem ser postergados.
ASMA E PRÁTICA DE EXERCÍCIOS FÍSICOS
Os exercícios físicos para indivíduos asmáticos podem ajudar bastante para uma melhor
evolução da doença, da resposta do indivíduo ao tratamento medicamentoso e, sobretudo,
para a saúde e qualidade de vida do asmático.
Tradicionalmente, sugere-se a prática de natação por ser uma atividade que pode ter um
predomínio aeróbico, trabalha a respiração e é praticada ao ar livre. A natação fortalece os
músculos respiratórios devido à resistência da água exercida contra a caixa torácica durante a
expiração. Além disso, o ar próximo à lâmina d’água é mais úmido, favorecendo o processo
respiratório. Por fim, existem diversos relatos de casos em que crianças asmáticaspraticantes
de natação tiveram a remissão da doença. No entanto, em muitos casos, a doença desaparece
de maneira espontânea, independentemente do tratamento. Tal fato produziu uma confusão
histórica em que muitos creditaram a ela a cura da asma, apesar de não haver cura.
Na prática da natação, o profissional de Educação Física deve observar se o indivíduo
asmático não tem, de forma associada, uma rinite alérgica, pois o cloro das piscinas tende a
provocar irritação química da mucosa nasal e piorar alguns sintomas. Por outro lado, piscinas
tratadas por salinização ou ozonização não desencadeiam esse problema.
 ATENÇÃO
Em alguns indivíduos, o exercício pode desencadear um estreitamento momentâneo das vias
aéreas durante ou após a prática. Essa resposta é denominada de asma induzida ou
broncoespasmo induzido pelo exercício, o que, de maneira alguma, impedirá o aluno de se
exercitar, apesar de necessitar de maiores cuidados. Uma investigação mais minuciosa deverá
ser realizada pelos profissionais para entender a razão dos sintomas, que podem ser
simplesmente pelo baixo condicionamento do indivíduo ou por uma asma mal controlada, mas
que poderá ser ajustada com medicação. Diversos atletas medalhistas olímpicos tinham asma
induzida pelo exercício.
Os exercícios físicos podem reduzir alguns sintomas negativos da asma, e isso é
extremamente importante para a qualidade de vida de um indivíduo asmático. Por meio do
exercício físico (principalmente, o aeróbico), a inflamação das vias aéreas poderá diminuir e,
consequentemente, aumentará a resistência do indivíduo, bem como a sua capacidade
pulmonar, força muscular (inclusive da musculatura respiratória) e seu condicionamento
cardiovascular.
Em 2020, a American Lung Association foi bastante enfática ao apontar a importância dos
exercícios físicos tanto para a saúde em geral quanto para a pulmonar, especificamente. Foram
destacados ainda os benefícios dos exercícios para indivíduos asmáticos, ressaltando na
melhora da capacidade pulmonar e no aumento do fluxo sanguíneo para os pulmões.
 COMENTÁRIO
A American Academy of Allergy Asthma and Immunology (GREIWE et al., 2020),
recentemente, também recomendou que indivíduos que apresentem a asma induzida pelo
exercício devem realizar preferencialmente atividades como natação, caminhada e ciclismo.
Além disso, devem evitar atividades em ambientes frios e secos, pois aumenta a probabilidade
de desencadear alguns sintomas. No entanto, ressaltam que, com diagnóstico e tratamento
adequados, as pessoas com asma induzida pelo exercício podem participar e se destacar em
quase todos os esportes ou atividades.
Abre-se um questionamento especial em relação ao mergulho autônomo realizado com cilindro
de ar comprimido, pois discute-se que mergulhadores, caso venham a ter um ataque de asma
durante o mergulho, teriam maior probabilidade de ter um barotrauma pulmonar em função da
alta pressão.
Nas últimas décadas, surgiram evidências robustas na literatura científica de que o exercício
físico pode reduzir as ocasiões de asma induzida pelo exercício, a responsividade brônquica.
Além disso, a utilização de medicamentos corticosteroides e a redução de mecanismos
relacionados com a manutenção do processo inflamatório do pulmão, como uma menor síntese
de imunoglobulinas alérgicas do estresse oxidativo, promovem a migração de eosinófilos e
linfócitos para as vias aéreas, além da melhora da qualidade de vida comumente relatada.
Cabe destacar que o profissional de Educação Física responsável pela elaboração do
programa de atividades, sabendo que exercícios predominantemente aeróbicos são mais
eficientes no controle clínico da asma, também deve considerar a opinião do beneficiário em
relação ao tipo de exercício que ele se sinta mais à vontade para realizar, aquele que lhe seja
mais prazeroso, pois isso é fundamental para obter a imprescindível adesão e, principalmente,
a aderência do asmático à prática de exercícios regulares.
O local da prática deve ser livre dos fatores desencadeantes alérgicos e o processo precisa ser
agradável para o beneficiário. Assim, deve-se levar em consideração que exercícios de
intensidades leve e moderada normalmente geram maior aderência em indivíduos portadores
de doenças crônicas. Para esses casos específicos, nem sempre mais exercícios e maior
intensidade é melhor. Justamente o inverso, o exercício de leve a moderado seria o mais
adequado.
ASMA E EXERCÍCIO FÍSICO
O especialista Ercole Rubini apresenta as principais características da asma e como deve ser a
prática de exercícios físicos para asmáticos.
VEM QUE EU TE EXPLICO!
Asma
Asma e prática de exercícios físicos
VERIFICANDO O APRENDIZADO
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste conteúdo, você aprendeu sobre a estrutura e a função do sistema respiratório, as
doenças obstrutivas pulmonares, as principais doenças restritivas pulmonares e a asma.
É de extrema importância o conhecimento a respeito das doenças respiratórias com maior
prevalência, suas causas e seus sintomas. Também é imprescindível conhecer sua evolução,
prevenção, seu tratamento e, sobretudo, como o exercício físico pode impactar a vida dos
indivíduos acometidos por essas enfermidades.
Ainda existem muitas lacunas a serem respondidas sobre o funcionamento do sistema
respiratório e essas doenças, as quais começam a ser desvendadas gradativamente por
cientistas através das novas técnicas investigativas. Por isso, uma constante atualização por
meio da leitura regular de artigos científicos, da participação em congressos, cursos e
similares, é imprescindível para que o profissional da área esteja sempre atualizado e pronto
para utilizar seus conhecimentos da melhor maneira possível.
 PODCAST
Agora, o especialista Ercole Rubini encerra o conteúdo falando sobre a prática de exercícios
físicos e as doenças respiratórias.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
ASHER, M. I. et al. International Study of Asthma and Allergies in Childhood (ISAAC):
rationale and methods. European respiratory journal, v. 8, n. 3, p. 483-491, 1995.
BOUSQUET, J.; KHALTAEV, N. Vigilância global, prevenção e controlo das doenças
respiratórias crónicas: uma abordagem integradora. OMS, 2007.
BRASIL. Ministério da Saúde. Pesquisa Especial de Tabagismo – PETab: Relatório Brasil.
Brasília, DF. 2008.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Vigitel Brasil 2019:
vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico.
Brasília, DF. 2020.
DI PETTA, A. Patogenia do enfisema pulmonar–eventos celulares e moleculares. Einstein,
v. 8, p. 248-251, 2010.
GREIWE, J. et al. Work Group Report: Perspectives in Diagnosis and Management of
Exercise-Induced Bronchoconstriction in Athletes. The Journal of Allergy and Clinical
Immunology: In Practice, v. 8, n. 8, p. 2542-2555, 2020.
HALL, J. E. Tratado de Fisiologia Médica. Rio de Janeiro, RJ: Elsevier, 2011.
HETZEL, J. L.; FELICETTI, J. C.; MOREIRA, J. S.; CAMARGO, J. J.; PORTO, N.
Pneumologia: princípios e prática. Porto Alegre, RS: Artmed, 2012.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. IBGE. Pesquisa Nacional de
Saúde: Informações sobre domicílios, acesso e utilização dos serviços de saúde. Rio de
Janeiro, 2020.
INSTITUTO NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO. INAN. Pesquisa Nacional sobre
Saúde e Nutrição, PNSN, 1989 – Arquivo de Dados da Pesquisa. Brasília: INAN/Ministério da
Saúde, 1990.
KUMAR, V.; ABBAS, A. K.; ASTER, J. C. Robbins & Cotran Patologia - Bases Patológicas
das Doenças. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan, 2016.
POWERS, S. K.; HOWLEY, E. T. Fisiologia do Exercício: teoria e aplicação ao
condicionamento e ao desempenho. São Paulo, SP: Manole, 2017.
SINGH, D. et al. Global strategy for the diagnosis, management, and prevention of
chronic obstructive lung disease: the GOLD science committee report 2019. European
Respiratory Journal, v. 53, n. 5, 2019.
WEST, J. B. Fisiologia respiratória: princípios básicos.Porto Alegre, RS: Artmed, 2013.
WEST, J. B. Fisiopatologia respiratória: princípios básicos. Porto Alegre, RS: Artmed, 2013.
EXPLORE+
Para aprimorar os seus conhecimentos, leia os consensos e as diretrizes da Sociedade
Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, encontrados no site da instituição.
Leia também o artigo Efeitos do exercício físico no controle clínico da asma, de
Patrícia Freitas, Ronaldo da Silva e Celso de Carvalho, publicado pela Revista de
Medicina em 2015.
CONTEUDISTA
Ercole Rubini

Outros materiais