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HAM 7 - Rotura Prematura de Membranas Ovulares PDF

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1 
Collab: Khilver Doanne Sousa Soares & Estefany de Sousa Mendes 
Material restrito, favor não reproduzir nem distribuir sua posse!!! Nenhum serviço de impressão e xerox pode redistribuir este material a outros clientes!!! 
Rotura 
Prematura de 
Membranas 
Ovulares 
Habilidades Médicas VII 
Definição: rotura espontânea das membranas 
coriônica e amniótica antes do início do trabalho 
de parto, independente da idade gestacional 
 Considera-se rotura prematura pré-termo 
de membranas ovalares quando acontece antes 
de 37 semanas de gestação: 
Período de latência – intervalo entre a rotura 
espontânea e o início do trabalho de parto – 
inversamente proporcional a IG 
Na rotura prematura no termo, a maioria 
das pacientes evolui para trabalho de parto em 
até 24h 
Membranas ovulares: barreira protetora, 
ambiente estéril, formação pulmonar, livre 
flutuação do cordão umbilical, desenvolvimento 
do TGI e sistema urinário 
Etiologia: 
 Na rotura pré-termo de membranas 
ovulares, diversos mecanismos patológicos podem 
estar envolvidos como: infecção, inflamação ou 
estresse mecânico 
Fatores que alteram a estrutura das membranas 
Principais causas: inflamação ou infecção 
 Fatores mecânicos – contrações uterinas, 
malformações mullerianas 
 Alteração da integridade cervical 
 Biopsia de vilo corial, amniocentese, 
cordocentese – risco menor 1% 
 Deficiências nutricionais 
 Doenças maternas 
 Atividade sexual – se a membrana estiver 
exposta 
 Traumatismo 
 Fraqueza das membranas 
 Fatores intrínsecos 
 Diminuição da atividade imunológica 
bactericida do líquido amniótico 
 Baixo peso 
 Baixo nível socioeconômico 
 Tabagismo e uso de drogas ilícitas 
 Placenta previa e sangramento de 
segundo e terceiro trimestre 
 Processo infeccioso ou inflamatório 
 Infecção ascendente de flora vaginal 
O principal fator de risco associado à RPMO 
é o seu antecedente em gestação prévia. Muitas 
vezes, não há definição etiológica ou associação 
com fatores de risco. 
Diagnostico: 
 Clinico – anamnese e exame fisco 
 Valorizar as queixas do paciente 
Queixa habitual: 
Perda abrupta de liquido vaginal que depois se 
torna intermitente – geralmente indolor, em 
quantidade moderada, molhando roupas. O liquido 
tem cheiro e aspectos peculiares 
 
Perda de liquido – verificar: 
 Momento da perda 
 Quantidade 
 Aspecto 
 Odor – parece hipoclorito de sódio 
 Coloração 
Quando há corioamnionite: (inflamação aguda da 
membrana coriônica): 
 Secreção vaginal fétida 
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Collab: Khilver Doanne Sousa Soares & Estefany de Sousa Mendes 
Material restrito, favor não reproduzir nem distribuir sua posse!!! Nenhum serviço de impressão e xerox pode redistribuir este material a outros clientes!!! 
 Febre 
 Taquicardia materna e fetal 
No exame físico: 
 Avaliar temperatura axilar e pulso materno 
 Altura uterina 
 Dinâmica uterina 
 BCF 
 Inspeção da vulva 
 Exame especular – visualização da saída 
de líquido amniótico pelo orifício externo 
do colo 
 Altura uterina – geralmente menor que 
esperado 
Realizar o exame físico e especular 
 Vai ver o liquido escorrendo pelo colo 
Pode ser usado também a Manobra de Tarnier: 
Com o especulo introduzido deve ser feita a 
movimentação do abdome para verificar se há 
passagem de líquido, ou aguardar uma contração 
uterina. 
O toque vaginal se não foi possível a visualização 
com o especulo – elevar a apresentação fetal 
Laboratorial: 
 Ph vaginal - ph alcalino – pouco especifica 
 Para ver e há elementos fetais em 
secreção vaginal - Teste do azul nilo – 
observa-se células anucleadas com 
coloração laranja 
 Teste fenol vermelho – altera a coloração 
– de laranja para vermelho 
 Avaliar cristalização do líquido – aspecto 
de folha de samambaia no microscópio 
 Solicitar biomarcador – identificação da 
AFP na secreção vaginal 
 Padrão ouro: AmniSure – muito caro 
Imagem: USG – método auxiliar, porém não faz 
o diagnóstico definitivo 
USG – avalia o ILA (índice de líquido amniótico) 
 ILA de 8 a 18: normal 
 ILA abaixo de 8: diminuído 
 ILA abaixo de 5: oligoâmnio 
Prognostico: depende 
Complicações: 
Recém-nascido: 
 Doença da membrana hialina 
 Hemorragia intraventricular 
 Leucomalácia Periventricular 
 Sequelas neurológicas 
Maternas: 
 Endometriose 
 Corioamnionite, que pode levar a quadro 
de sepse materna e, se não tratada, até 
 Sepse; 
 Hemorragia 
 Risco elevado para DPP e prolapso de 
cordão 
Apresentações anômalas: 
 Oligodramnia (deficiência de líquido 
amniótico) – hipoplasia pulmonar, 
deformidade faciais e ortopédicas 
Em negrito estão as principais complicações 
Conduta: 
Avaliar – IG, apresentação, vitalidade, 
frequência cardíaca fetal, além de temperatura e 
frequência cardíaca materna. 
Exames iniciais: 
 Hemograma completo 
 PCR e VHS 
 Urina 1 e urocultura 
 Pesquisa de Streptococcus do grupo B em 
swab vaginal e anal 
 Cardiotocografia 
 USG 
 Pesquisar clamídia e gonococo 
Sinais de Corioamnionite 
 Febre > 37,8º C – critério maior 
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Collab: Khilver Doanne Sousa Soares & Estefany de Sousa Mendes 
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Critérios menores 
 Taquicardia materna 
 Taquicardia fetal 
 Sensibilidade uterina 
 Liquido com odor fétido 
 Leucocitose > 15.000 
Outros critérios 
 Elevação de PCR/VHS 
 Redução do ILA 
 Diminuição na Cardiotocografia 
Na presença de infecção: 
 Obrigatória a interrupção da gravidez, 
independente da idade gestacional 
 Deve-se preferir a via vaginal 
Corioamnionite: 
Antibioticoterapia 
 Ampicilina (1g IV 6/6 horas) + Gentamicina 
(5mg/Kg por dia ou 1,5mg/kg de 8/8 horas) 
 No lugar da Ampicilina, pode ser usado 
Clindamicina (900mg IV 8/8 horas) 
Deve manter até 48 horas após o último episódio 
febril; não é necessária a administração de 
manutenção oral. 
Sem infecção com IG < 24 semanas 
 Sobrevida baixa 
 Decisão terapêutica definida com a 
família 
 Internação 
 Repouso absoluto 
 Avaliação de sinais vitais de infecção e de 
início do trabalho de parto 
 Controle de temperatura corporal até 24 
semanas 
 Avaliação do estado fetal 
 Não administrar tocolíticos, antibióticos ou 
corticoides antes de 24 semanas 
A variável mais importante para a orientação 
sobre o prognostico fetal – ILA 
Sem infecção com IG de 24 a 34 semanas: 
 Adoção de conduta conservadora, visando 
o amadurecimento pulmonar fetal; 
 Internação e repouso absoluto; 
 Hidratação vigorosa; 
 Curva térmica de 4 em 4 horas; 
 Observar presença de contrações; 
 Controle infeccioso (a cada 48h) –
hemograma, PCR/VHS; 
 Avaliação do estado fetal; 
 Evitar toques vaginais, exceto diante da 
presença de contrações uterinas fortes ou 
quando se planeja a indução imediata do 
parto. 
Observar o peso do bebe para decidir a via do 
parto 
Antibioticoprofilaxia: 
 Ampicilina (2g IV 6/6 horas por 48 horas) 
+ Azitromicina (1g VO em dose única) 
seguido de Amoxicilina (500mg 8/8 horas 
por 5 dias). 
Corticoterapia: É feita para o feto, visando 
diminuição do risco de angústia respiratória, 
hemorragia intraventricular, e mortalidade em 
fetos prematuros - FOCO!!! 
 Betametasona 12mg IM a cada 24 horas 
por dois dias 
Ou 
 Dexametasona 6mg IM de 12 em 12 horas 
por dois dias 
Tocólise: NÃO deve ser feita!!!! Seu uso rotineiro 
não evidenciou melhoras nas taxas de 
prematuridade, morbidade e mortalidade fetais. 
O adiamento do TP pode estar associado a um 
maior risco de infecção. 
IG > 34 semanas: 
 Interrupção imediata 
 A escolha da via de parto deve seguir 
critérios obstétricos 
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Collab: Khilver Doanne Sousa Soares & Estefany de Sousa Mendes 
Material restrito, favor não reproduzir nem distribuir sua posse!!! Nenhum serviço de impressão e xerox pode redistribuir este material a outros clientes!!! 
 Não está indicadoo uso de tocolíticos ou 
corticoides 
Não há evidencias de que a cesariana apresenta 
benéficos adicionais em casos de RPMO 
 Preferencialmente o parto deve ocorrer 
por via vaginal 
A cesárea deve obedecer as indicações 
tradicionais 
 
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Referências 
Disque, Karl. PALS Pediatric life support. 
Provider Handbook. Satori Continuum 
Publishing, 2021.

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