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Teoria do Crime e Criminologia

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Criminologia e Teoria do Crime 
Professor Mauricio Eing
E-mail: mauricio.eing@unoesc.edu.br
Ementa
	Direito Penal: objeto e princípios. Norma penal: validade e eficácia da lei penal no tempo e no espaço. Teoria do crime: tipicidade, ilicitude, culpabilidade, tentativa, tipologia do erro, descriminantes putativas e concurso de agentes. Criminologia: escolas criminológicas,
	Artigos 1º ao 32 do Código de Penal.
	Constituição da República Federativa do Brasil.
 “O estado é o titular do direito de punir” 
Histórico e princípios do Direito Penal
	Direito Penal e demais ramos do Direitos
O ilícito não é algo que somente exista no Direito Penal.
Toda violação à norma jurídica é um ilícito, porém nem todo ilícito diz respeito ao Direito Penal.
No entanto, a todo ilícito deve corresponder uma sanção.
Qual a diferença entre o ilícito penal e o ilícito civil?
	Finalidade do direito penal é a proteção dos bens jurídicos mais importantes necessários à sobrevivência da sociedade
	Função do direito penal: 
- define os fatos criminosos;
- dispõe sobre quem deva por eles responder;
- fixa as penas e as medidas de segurança a serem aplicadas.
História do Direito Penal
	Tempos primitivos
	Direito Penal Medieval
	Período humanitário
	Período Científico
Escolas Penais
	CLÁSSICA
	POSITIVA
	MODERNA ALEMÃ
Criminologia
	Conceito
	Movimentos:
	Clássica
	Crítica; 
	Terza
	Escola de Chicago
	Lei e ordem
	Abolicionismo
	Positiva
	Interacionista
	Minimalista
MODELO PENAL GARANTISTA
	garantias primárias – limites e vínculos normativos – ou seja, as proibições e obrigações, formais e substanciais, impostos na tutela dos direitos, ao exercício de qualquer poder; 
	garantias secundárias – diversas formas de reparação – a anulabilidade dos atos inválidos e a responsabilidade pelos atos ilícitos – subseqüentes às violações das garantias primárias.
PRINCÍPIOS
	Legalidade
	Anterioridade
	Fragmentariedade
	Intervenção Mínima
	Insignificância
	Culpabilidade
	Individualização da Pena
	Proporcionalidade
	Limitação das penas
NORMAS PENAIS
	 Normas Penais Não-Incriminadoras
	a. tornar lícitas determinadas condutas; 
	b. afastar a culpabilidade do agente, erigindo causas de isenção de pena; 
	c. esclarecer determinados conceitos; 
	d. fornecer princípios gerais para a aplicação da lei penal. 
	Normas Penais Incriminadoras
	preceito primário – preceptum iuris – faz a descrição detalhada e perfeita de uma conduta que se procura proibir ou impor 
	preceito secundário – sanctio iuris – individualiza a pena, cominando-a em abstrato
 
	Normas Penais em Branco
	 Normas Penais Incompletas ou Imperfeitas
CONCURSO (OU CONFLITO) APARENTE DE NORMAS PENAIS
	A) Princípio da Especialidade; 
	B) Princípio da Subsidiariedade; 
	C) Princípio da Consunção; 
	D) Princípio da Alternatividade.
INTERPRETAÇÃO E INTEGRAÇÃO 
DA LEI PENAL
	Autêntica
	Doutrinária
	Judicial
	Literal
	Teleológica
	Sistemática
	Histórica
	Declaratória
	Extensiva
	Restritiva
 
	Analogia X Interpretação Analógica
	Interpretação conforme a Constituição
LEI PENAL NO TEMPO
A lei “vive” entre a sua promulgação e publicação e a sua revogação, princípio tempus regit actum.
A Constituição Federal traz a regra da retroatividade in mellius da lei penal, no inciso XL do art. 5º: A lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu.
Sucessão de leis no tempo
Leis temporárias e excepcionais.
Crimes permanentes e continuados
Tempo do Crime
Em qual momento se considera o delito cometido?
Três teorias analisam a questão:
- teoria da atividade: 
- teoria do resultado (do evento ou do efeito): 
- teoria da ubiqüidade ou mista:
Lugar do Crime
Onde deve ser considerado praticado um crime?
- teoria da atividade: 
- teoria do resultado: 
- teoria da ubiqüidade, mista ou da unidade: 
A lei penal no espaço
De regra, a lei penal é elaborada para ser aplicada nos limites do Estado que a editou, ou seja, nos limites do Estado soberano.
O crime, no entanto, não respeita limites territoriais.
Princípios da aplicação da lei no espaço
Princípio da territorialidade: 
Princípio da nacionalidade (ou da personalidade):
- princípio da nacionalidade ativa: 
- princípio da nacionalidade passiva:
Princípio da defesa (ou real): 
Princípio da justiça penal universal (ou universal):
Princípio da representação: 
 
	Territorialidade
	Extraterritorialidade
	Incondicionada
	condicionada
 
Contagem dos prazos penais
Frações não computáveis de pena
Aplicação do Código Penal à legislação especial
Conceito de Crime	
	Formal
	Material
	Formal e material
	Formal, material e Sintomático
	Analítico	
Fato Típico
- conduta humana dolosa ou culposa 
- resultado (salvo nos crimes de mera conduta);
- nexo de causalidade entre a conduta e o resultado (salvo nos crimes de mera conduta e formais);
- tipicidade: 
Antijurídico
	Excludentes
	Legitima defesa
	Estado de necessidade
	Exercício regular de direito
	Estrito cumprimento do dever legal
	Causa supralegais
Culpabilidade
	Imputabilidade
	Potencial Consciência da ilicitude
	Exigibilidade de conduta diversa
Requisitos, elementares e circunstâncias
	Requistos genéricos e específicos
	Elementares
	Circunstâncias
 
	Objeto Jurídico do crime
	Objeto material
	Título do delito
	Classificação doutrinária de crimes
Sujeitos do Crime	
	Ativo
		Autoria
	Imediata
	Mediata
	Colateral
	Sucessiva
	Passivo
	Formal
	Material
	
Conduta
	Teorias da conduta
	Causal
	Social
	Finalista
	Formas de conduta
	Ação
	Omissão
	Própria
	imprópria
Resultado
É a modificação do mundo exterior provocada pela conduta do agente.
	- Teorias
		Naturalística
	Jurídica
Do nexo causal
Teoria da Equivalência dos Antecedentes Causais 
- causas e concausas
- Causa absolutamente independente
- Causa relativamente independente
- Superveniência causal
Tipicidade
	Tipo
	Tipicidade
	Elementos do tipo
	Descritivos, normativos e subjetivos
	Classificação dos tipos
	Fechados, abertos
	Fundamentais, derivados
	Elementos específicos
	Núcleo, sujeitos e objeto
Dolo
	Elemento subjetivo do tipo
	Teorias
	Vontade
	Assentimento
	representação
	Elementos
	Consciência da conduta e do resultado
	Consciência da nexo causal
	Vontade de realizar a conduta e produzir o resultado
Dolo - espécies
	Direto
	Primeiro e segundo grau
	Indireto
	Eventual
	Alternativo
	Dano e perigo
	Genérico e específico
	Geral
Culpa
	A culpa é elemento do tipo e diz respeito ao dever de diligência que todo ser humano deve ter no sentido de não produzir danos a terceiros
	Elementos
	Conduta voluntária
	Inobservância do cuidado objetivo (imprudência, imperícia e negligência)
	Previsibilidade objetiva
	Ausência de previsão
	Resultado involuntário
	Nexo de causalidade
	Tipicidadade
Formas de culpa
	Negligência
	Imprudência
	Imperícia
Espécies de culpa
	Inconsciente e consciente
	Própria e imprópria
Iter Criminis
A expressão iter criminis traduz-se por “caminho do crime”. É o itinerário que o crime percorre, desde a sua concepção até a sua consumação. É o conjunto de etapas pelas quais passa o delito.
Fases 
	Interna
	cogitação
	Externa
	Preparação
	Execução
	Consumação
Crime consumado
Consuma-se um crime quando o tipo está inteiramente realizado, ou seja, quando o fato concreto subsume-se ao tipo abstrato da lei penal. Ver art. 14, I, do CP.
- Crime exaurido
- Concurso de pessoas
A consumação nas várias espécies de crimes:
	Crimes materiais
	Crimes culposos
	Crimes formais e de mera conduta
	Crimes habituais
	Crimes permanentes
	Crimes omissivos próprios
	Crimes omissivos impróprios
Tentativa
É a execução iniciada de um crime, que não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente (ver art. 14, II, do CP). É a realização incompleta do tipo penal.
Elementos
	Início da execução
	Não consumação do crime porcircunstâncias alheias à vontade do agente
	Dolo dirigido à consumação do crime
Formas
	Tentativa imperfeita
	Tentativa perfeita
	Tentativa branca
Infrações que não admitem tentativa
	Crimes culposos
	Crimes preterdolosos
	Crimes omissivos próprios
	Crimes unissubsistentes
	Crimes habituais
	Crimes de atentado
	Contravenções penais
	Crimes em que há dolo eventual
Desistência voluntária
É também chamada de tentativa abandonada. Nela, o agente, embora tenha iniciado a execução, não a leva adiante, mesmo podendo prosseguir. Há uma mudança de propósito.
Arrependimento Eficaz
O agente pratica todos os atos de execução, mas arrepende-se e evita que o resultado ocorra. Ou seja, o agente empreende novo comportamento que evita a consumação do delito
Arrependimento Posterior
É causa de diminuição de pena.
Trata-se de arrependimento em que o crime já está consumado.
Atinge somente crimes com reflexos patrimoniais cometidos sem violência física ou moral.
Crime impossível
Também chamado de tentativa inidônea, tentativa inadequada ou quase-crime.
Ocorre que o crime, apesar da conduta do agente, jamais poderia se consumar, em virtude da:
- ineficácia absoluta do meio 
- absoluta impropriedade do objeto 
Erro de tipo
Erro, em Direito Penal, é a falsa percepção da realidade.
É o erro que vicia a vontade, que tanto pode incidir sobre situação fática prevista como elementar ou circunstância do crime (erro de tipo – art. 20 do CP) como sobre a ilicitude da conduta (erro de proibição – art. 21 do CP).
O erro pode atingir a tipicidade ou a antijuridicidade.
Erro de Tipo X Erro de Proibição
Erro de tipo: o agente tem uma falsa compreensão da realidade que o circunda. Seus sentidos não percebem com exatidão os dados e eventos ao seu redor. Ex: pessoa que ingressa em carro idêntico ao seu, supondo sê-lo.
Erro de proibição: a pessoa tem plena noção da realidade que a circunda. Portanto, o sujeito sabe exatamente o que faz. Seu equívoco, contudo, recai sobre uma regra de conduta.
Erro de tipo
No erro de tipo, o equívoco recai sobre situação fática prevista como elemento constitutivo do tipo penal ou sobre dados relevantes da conduta típica.
O agente realiza todos os elementos do tipo penal objetivamente, mas não subjetivamente.
Erro de tipo e delito putativo por erro de tipo
	Por erro de proibição
	Por obra do agente provocador
Espécies de erro de tipo
	Essencial
	Evitável
	Inevitável
	Incriminador
	permissivo
	Acidental
	Sobre o objeto material 
	Pessoa
	Objeto ou coisa
	Erro na execução do crime
	Aberratio ictus
	Aberratio criminis
Antijuridicidade
Formalmente, a antijuridicidade é a relação de contrariedade entre o fato e a norma jurídica.
A tipicidade é um indício de antijuridicidade, de ilicitude.
O fato típico somente não será antijurídico, quando estiver presente uma das causas que excluem a antijuridicidade.
Excludentes de Ilicitude
- estado de necessidade
- legítima defesa
- exercício regular de direito 
- estrito cumprimento de um dever legal
- causas supralegais
Estado de Necessidade
Caracteriza-se pela colisão de interesses juridicamente protegidos, devendo um deles ser sacrificado em prol do interesse social. É a imposição de sacrifício de um bem de menor valor, desde que imprescindível para salvar um outro bem.
Estado de Necessidade
	Teorias
	Diferenciadora
	unitária
	Espécies
	Real ou putativo
	Próprio ou de terceiro
	Agressivo ou defensivo
Requisistos do Estado de Necessidade
	Existência de perigo atual
	Não provocação voluntária do perigo
	Inevitabilidade da lesão ao bem jurídico em face do perigo
	Inexigibilidade de sacrifício do bem ameaçado
	Direito próprio ou alheio
	Finalidade de salvar o bem do perigo
	Ausência do dever legal de enfrentar o perigo
	Conhecimento da situação justificante	
Legítima Defesa
	Fundamentos
	necessidade de defender bens jurídicos;
	defender o ordenamento jurídico, que se vê afetado ante uma agressão ilegítima;
	reconhecimento de que o Estado é incapaz de solucionar imediatamente todas as violações à ordem jurídica;
	não constranger a natureza humana a violentar-se numa postura de covarde resignação.
Elementos da Legítima Defesa
	Agressão injusta, atual ou iminente
	Direito próprio ou alheio
	Meios necessários, usados moderadamente
	Animus defendi
Espécies de Legítima defesa
	Real ou própria
	Putativa
	Sucessiva
	Recíproca
Diferenças entre legítima defesa e estado de necessidade
- No Estado de Necessidade há um conflito de interesses legítimos. Na Legítima Defesa há interesses lícitos contra ilícitos.
- Na Legítima Defesa a preservação do interesse se dá através de defesa e no Estado de Necessidade através de ataque
- No Estado de Necessidade existe “ação” na Legítima Defesa “reação”.
- Na Legítima Defesa a agressão é humana.
- No Estado de Necessidade é possível dirigir o ataque contra terceiro.
Estrito Cumprimento do Dever Legal
- estrito cumprimento: somente os atos rigorosamente necessários justificam o comportamento.
- dever legal: é indispensável que o dever decorra de lei e não de obrigações sociais, morais ou religiosas. 
- a norma da qual emana o dever deve ser jurídica: lei, decreto.
Exercício Regular do Direito
Regular é o que está dentro dos limites. É o que obedece a todos os requisitos objetivos exigidos pela ordem jurídica.
Ofendículos
- são as chamadas defesas predispostas;
- deve-se diferenciar os ofendículos das defesas mecânicas predispostas (aparatos ocultos);
Consentimento do Ofendido
O consentimento do ofendido, em matéria penal, pode:
	ser um indiferente;
	afastar a atipicidade;
	excluir a antijuridicidade. 
		bem seja disponível 
	haja capacidade jurídica e mental 
	bem seja da pessoa que consente
	consentimento seja livre e consciente.
Culpabilidade
A culpabilidade é o que liga o agente à punibilidade.
A culpabilidade é o elo entre o autor de um crime (fato típico e antijurídico) e a pena (consequência reservada ao delito).
Elementos da culpabilidade
- imputabilidade
- potencial consciência da ilicitude
- exigibilidade de conduta diversa
Concurso de Agentes
Ocorre quando duas ou mais pessoas se envolvem na prática de uma infração penal.

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