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Resumo de Fisiologia do Sistema Somatossensorial 0 
 
 
 
 
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Resumo 
Fisiologia do Sistema 
Somatossensorial 
Gabriel Campos Lôbo 
Faculdade Santo Agostinho 
Resumo de Fisiologia do Sistema Somatossensorial 1 
 
 
 
 
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1. Introdução 
A somestesia é a capacidade que os indivíduos possuem de receber informações 
sobre as diferentes partes do corpo. Dessa forma, esse sistema é constituído por 
algumas submodalidades, como tato, propriocepção, dor, temperatura e algumas vias 
especiais (visão, audição, gustação e olfação). Nesse sentido, observa-se que o sistema 
somestésico é constituído por uma cadeia sequencial de neurônios, fibras nervosas e 
sinapses que são responsáveis por traduzir, codificar e modificar as informações 
percebidas por todo o corpo, sendo que algumas se tornam conscientes e outras são 
utilizadas de forma inconsciente. 
Lent divide o sistema somatossensorial em 03: exteroceptivo (tato), 
proprioceptivo (localização espacial das partes do corpo) e interoceptivo (dor, 
temperatura e informações metabólicas). Nesse contexto, tem-se o primeiro, como uma 
“via” precisa, rápida, discriminativa e dotada de representação da superfície corporal 
bem detalhada; o segundo, também é rápido e fornece informações ao cérebro sobre 
músculos e articulações; por fim, o terceiro, responsável por proporcionar uma noção 
do estado funcional do corpo, capaz de criar sensações de bem-estar ou mal-estar. 
Obs – A pele é o “órgão somestésico” por excelência, embora os receptores 
sensoriais estejam localizados em todos os órgãos do corpo. 
Diferenças entre os subsistemas somestésicos 
 Exteroceptivo Proprioceptivo Interoceptivo 
Submodalidades Trato fino 
Propriocepção 
consciente e 
inconsciente 
Tato grosseiro, sensibilidade 
visceral, 
termossensibilidade, dor, 
coceira 
Receptores Mecanoceptores 
Mecanoceptores, 
termoceptores, 
quimioceptores e 
polimodais 
Mecanoceptores, 
termoceptores, 
quimioceptores 
Velocidade de 
condução 
Alta Alta Média e baixa 
Somatotopia Precisa Pouco conhecida Grosseira 
 
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Resumo de Fisiologia do Sistema Somatossensorial 2 
 
 
 
 
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2. Tato 
Observa-se que a sensação tátil começa na pele, sendo ela, o maior órgão 
sensorial do corpo humano. Vale destacar que a pele é dividida em dois tipos principais: 
pilosa (com pelos) e glabra (sem pelos) e que a maioria dos receptores do sistema 
sensorial são os mecanoceptores. 
Figura 1. FONTE: BEAR, Mark F.; CONNORS, Barry W.; PARADISO, Michael A. Neurociências: 
desvendando o sistema nervoso. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. 
Os receptores presentes na pele são responsáveis por “sentir” os diferentes 
estímulos que a pele pode sofrer, tais como: vibração, pressão, aguilhoada, alisamento, 
além de ser capaz de perceber se os pelos estão sendo dobrados ou puxados. Percebeu-
se que diferentes receptores possuem territórios distintos, como os corpúsculos de 
Meissner e os de Merckel que possuem campos receptivos pequenos, enquanto que os 
de Pacini (mais sensíveis a vibrações) e as terminações de Ruffini apresentam campos 
grandes, estendendo-se por um dedo inteiro ou por cerca de metade da palma da mão. 
 
 
 
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Resumo de Fisiologia do Sistema Somatossensorial 3 
 
 
 
 
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Meissner Pacini Merkel Ruffini 
Campo receptivo 
pequeno e 
adaptação rápida 
Campo receptivo 
grande e 
adaptação rápida 
Campo receptivo 
pequeno e 
adaptação lenta 
Campo receptivo 
grande e 
adaptação lenta 
Obs – A capacidade de discriminação de dois pontos varia a depender da área 
do corpo testada, sendo a ponta dos dedos a região do corpo que possui uma maior 
precisão. Nesse sentido, percebe-se que a explicação para isso são algumas 
características específicas das pontas dos dedos, como: existir uma densidade maior de 
mecanoceptores, um maior número de receptores com campos receptivos pequenos 
(Meissner e Merkel) e a existência de mais tecido cerebral. 
As informações percebidas pelos receptores são levadas à medula espinhal ou 
ao tronco encefálico através dos axônios aferentes primários. Sabe-se que esses 
axônios penetram na medula por meio das raízes dorsais e que seus corpos celulares 
estão nos gânglios da raiz dorsal. 
Figura 2. FONTE: BEAR, Mark F.; CONNORS, Barry W.; PARADISO, Michael A. Neurociências: 
desvendando o sistema nervoso. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. 
Obs – Quanto maior o calibre e mais mielinizado for um axônio, mais rápida será 
a condução dos impulsos nervosos. Logo, os axônios do tipo Aalfa são mais rápidos que 
os do tipo C. 
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Resumo de Fisiologia do Sistema Somatossensorial 4 
 
 
 
 
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A área de pele inervada pelas raízes dorsais dos nervos espinhais, é chamada de 
dermátomo, existindo uma correspondência entre os dermátomos e os segmentos 
espinhais. Quando uma raiz dorsal é seccionada, não é perdida toda a sensação do 
dermátomo correspondente, pois as raízes dorsais adjacentes inervam áreas 
sobrepostas. Logo, para que seja perdida toda a sensação de um determinado 
dermátomo, três raízes dorsais adjacentes devem ser seccionadas. 
Figura 3. FONTE: BEAR, Mark F.; CONNORS, Barry W.; PARADISO, Michael A. Neurociências: 
desvendando o sistema nervoso. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. 
Obs – As regiões coloridas (oftálmica, maxilar e mandibular) são áreas inervadas 
pelo nervo trigêmeo. 
Figura 4. FONTE: LENT, R. Cem Bilhões de Neurônios. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2010. 
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Resumo de Fisiologia do Sistema Somatossensorial 5 
 
 
 
 
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Como dito antes, os axônios primários penetram na medula através dos cornos 
dorsais e se ramificam, fazendo sinapses com neurônios sensoriais de segunda ordem, 
o que pode desencadear ou modificar uma variedade de respostas reflexas rápidas e 
inconscientes. Já, outros ramos, podem ascender diretamente para o encéfalo, sendo 
responsável pela percepção, o que permite elaborar julgamentos acerca dos estímulos 
táteis na pele. 
A via do tato, que segue da coluna em direção ao encéfalo é chamada de via 
coluna dorsal-lemnisco medial. Os axônios da coluna dorsal terminam nos núcleos da 
coluna dorsal, situados entre a medula espinhal e o bulbo. Vale lembrar que, até esse 
ponto da via, a informação ainda é representada ipsilateralmente, mas os axônios dos 
neurônios dos núcleos da coluna dorsal fazem uma curva em direção ao bulbo central e 
medial, onde decussam. Logo, a partir desse ponto, o sistema sensorial de um lado do 
encéfalo está relacionado com as sensações originadas do lado oposto do corpo. O 
lemnisco medial sobe através do bulbo, da ponte e do mesencéfalo, para que seus 
axônios façam sinapses com neurônios do núcleo ventral posterior (VP) do tálamo. 
Obs 1 – Nenhuma informação segue diretamente ao córtex cerebral, sem antes 
fazer sinapse no tálamo. Após essa sinapse talâmica, são projetados para regiões 
específicas do córtex somatossensorial primário. 
Obs 2 – Cada vez que uma informação passa por um conjunto de sinapses, ela 
pode ser alterada. 
Como mostra a figura 4, as sensações somáticas da face são supridas, 
principalmente, pelos grandes ramos do nervo trigêmeo (V par craniano), o qual 
conecta-se ao encéfalo através da ponte. Os axônios sensoriais do trigêmeo fazem 
sinapse com neurônios de segunda ordem do núcleo trigeminal ipsilateral, análogo a um 
núcleo da coluna dorsal. Desse núcleo, os axônios decussam e se projetam para a parte 
medial do núcleo VP do tálamo, de onde a informação é retransmitida para o córtex 
somatossensorial. 
 
Resumo de Fisiologia do Sistema Somatossensorial 6 
 
 
 
 
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www.sanarflix.com.brFiguras 5a e 5b. FONTE: BEAR, Mark F.; CONNORS, Barry W.; PARADISO, Michfael A. 
Neurociências:desvendando o sistema nervoso. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. 
Obs 1 – A maior parte do córtex relacionado com o sistema sensorial somático 
está localizado no lobo parietal, em especial no giro pós-central, a área 3b de Brodmann. 
Vale lembrar que a somatotopia respeita o homúnculo de Penfield. 
 
 
Resumo de Fisiologia do Sistema Somatossensorial 7 
 
 
 
 
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Figura 6. FONTE: BEAR, Mark F.; CONNORS, Barry W.; PARADISO, Michael A. Neurociências: 
desvendando o sistema nervoso. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. 
Obs 2 – Plasticidade do mapa cortical → É a capacidade do córtex de se adaptar 
a determinadas situações, ou seja, áreas mais “utilizadas” acabam tendo uma maior 
área de recepção no córtex, enquanto que as menos usadas acabam tendo uma 
“atrofia”. Isso foi demonstrado através de exames de imagem funcional realizados em 
violinistas, mostrando que a quantidade de córtex dedicada para a mão esquerda 
(dedilhado) era maior que a da mão direita. 
Obs 3 – O córtex parietal posterior é a área de convergência dos estímulos para 
que sejam feitas interpretações complexas das informações. Sabe-se que lesões nessa 
região podem ocasionar alguns distúrbios neurológicos, como a agnosia (incapacidade 
de reconhecer objetos) e síndrome de negligência (uma parte do corpo e/ou mundo é 
ignorada ou suprimida). 
 
 
 
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3. Dor 
A sensação somática depende dos mecanoceptores e, de maneira muito 
importante, dos nociceptores (terminações nervosas não-mielinizadas, que sinalizam 
quando o tecido corporal está sendo lesado ou em risco de sofrer uma lesão). A via 
responsável por levar os estímulos dolorosos é diferente daquela responsável pelas 
informações táteis. 
Obs 1 – Nocicepção é o processo sensorial que fornece os sinais que 
desencadeiam a experiência da dor. 
Os nociceptores podem ser ativados por diferentes estímulos, tais como: 
mecânicos, térmicos, privação de oxigênio e exposição a determinados agentes 
químicos. A transdução dos estímulos dolorosos ocorre em terminações nervosas das 
fibras não-mielinizadas do tipo C e nas pouco mielinizadas do tipo A-delta. Além disso, 
observa-se que a maioria dos nociceptores respondem a diferentes estímulos, são os 
receptores polimodais, no entanto, existem nociceptores que são altamente específicos 
para cada um dos estímulos citados anteriormente. 
Obs 2 – Locais que contém nociceptores: pele, ossos, músculos, maioria dos 
órgãos internos, vasos sanguíneos e coração. Embora não estejam no sistema nervoso 
em si, são localizados nas meninges. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Figura 7. FONTE: BEAR, Mark F.; CONNORS, Barry W.; PARADISO, Michael A. Neurociências: 
desvendando o sistema nervoso. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. 
O estímulo doloroso levado ao SNC pode ser de dois tipos, primária (rápida e 
aguda) e secundária (lenta e contínua). Sabe-se que a dor primária é causada devido a 
ativação de fibras A-delta, enquanto que a dor secundária é causada pela ativação de 
fibras do tipo C. Dessa forma, as fibras de pequeno calibre (tipo A), possuem seus corpos 
celulares nos gânglios da raiz dorsal segmentar e entram pelo corno dorsal da medula 
espinhal, onde se ramificam, percorrendo uma curta distância no sentido rostral e 
caudal na medula, em uma região denominada de tracto de Lissauer, fazendo sinapse 
com células da parte externa do corno dorsal, em uma região conhecida como 
substância gelatinosa. 
Obs 3 – O neurotransmissor das aferentes nociceptivas é o glutamato. No 
entanto, essa via também possui outras substâncias, como o peptídeo (substância P). 
Vale salientar que, os axônios de nociceptores viscerais entram na medula pelo 
mesmo trajeto que os nociceptores cutâneos. Dessa forma, sabe-se que na medula 
espinhal ocorre uma mistura substancial de informações dessas duas fontes aferentes, 
resultando em um fenômeno conhecido como dor referida, no qual a ativação de um 
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receptor visceral é percebida como uma sensação cutânea, sendo um exemplo clássico 
dessa situação, a angina. 
As informações sobre a dor são conduzidas da medula espinhal ao encéfalo 
através da via espinotalâmica. Nessa via, observa-se que os axônios dos neurônios de 
segunda ordem decussam imediatamente e ascendem através do tracto 
espinotalâmico, que como diz o nome, seguem até o tálamo. A partir do tálamo, tanto 
o tracto espinotalâmico, como os axônios do lemnisco trigeminal, projetam-se para 
várias áreas do córtex cerebral. 
Figura 8. FONTE: BEAR, Mark F.; CONNORS, Barry W.; PARADISO, Michael A. Neurociências: 
desvendando o sistema nervoso. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. 
Obs 4 – As informações dolorosas da face e do terço anterior da cabeça seguem 
uma via em direção ao tálamo, análoga à via espinhal. Ocorre através das fibras de 
pequeno calibre do trigêmeo, fazendo a primeira sinapse com os neurônios secundários 
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no núcleo espinhal do trigêmeo no tronco encefálico, sendo que os axônios dessas 
células decussam e ascendem ao tálamo pelo lemnisco trigeminal. 
Obs 5 – Regulação da dor → A teoria do portão da dor, proposta por Melzack e 
Wall, estabelece que determinados neurônios do corno dorsal, que projetam seus 
axônios pelo tracto espinotalâmico, são excitados tanto por axônios sensoriais 
calibrosos como por axônios não-mielinizados de nociceptores. Dessa forma, através 
desse circuito, se houverem estímulos provenientes dos mecanoceptores juntamente 
com os nociceptores, interneurônios serão ativados e isso pode ocasionar em uma 
supressão dos sinais nociceptivos. Ademais, algumas regiões encefálicas estão 
envolvidas na supressão da dor, como a substância cinzenta periaquedutal, a qual, 
quando estimulada pode ocasionar uma analgesia profunda. Além disso, sabe-se que o 
sistema nervoso produz substâncias endógenas semelhantes à morfina (opioide), 
chamadas de endorfinas, peptídeos relacionados com a modulação da informação 
nociceptiva. 
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Figura 9. FONTE: BEAR, Mark F.; CONNORS, Barry W.; PARADISO, Michael A. Neurociências: 
desvendando o sistema nervoso. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. 
 
4. Temperatura 
Os receptores relacionados com a percepção de estímulos térmicos são os 
termorreceptores, que possuem mecanismos específicos em sua membrana, conferindo 
a eles essa característica. Logo, a sensibilidade desses neurônios depende dos tipos de 
canais iônicos expressos em sua membrana, sabendo que canais iônicos que respondem 
a um aumento na temperatura acima de 43º C, leva à sensação dolorosa. Diante disso, 
observou-se que os neurônios termorreceptores expressam apenas um tipo de canal 
específico, o que explica o fato de diferentes regiões da pele mostram sensibilidades 
distintas à temperatura. 
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Obs – A via da temperatura é idêntica à via da dor descrita acima. Sendo válido 
destacar que, os receptores para frio estão ligados a fibras A-delta e C, enquanto que os 
de calor estão ligados somente às fibras C. 
 
5. Vias Especiais 
- Audição → Sons são vibrações (20Hz – 20kHz) do meio que são transmitidas ao órgão 
receptor da audição e são transformadas em potenciais bioelétricos para que o sistema 
auditivo seja capaz de realizar o processamento. Observa-se que a modalidade auditiva 
se divide em algumas submodalidades, como: discriminação de intensidade sonora,de 
tons, identificação de timbres, localização espacial dos sons e compreensão da fala e de 
outros sons. 
O sistema auditivo é constituído por receptores, vias ascendentes, núcleos e 
áreas corticais. Os receptores são as células estereociliadas, situadas na orelha interna, 
mais especificamente na cóclea. As fibras aferentes pertencem a neurônios bipolares, 
localizados no gânglio espiral, e constituem o nervo auditivo, parte do VIII nervo 
craniano. No córtex, existem múltiplas áreas auditivas, dispostas em 03 conjuntos 
situados no firo temporal superior. 
Obs – As submodalidades complexas da audição, em especial a compreensão da 
fala, dependem de áreas corticais auditivas e de áreas associativas, como a área de 
Wernicke. 
 
 
 
 
 
 
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Figura 10. FONTE: LENT, R. Cem Bilhões de Neurônios. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2010. 
- Visão → Devido a interação existente entre a luz e os receptores da retina existe a 
possibilidade de formação de imagens. Essa imagem projetada na retina provoca uma 
reação de transdução fotoneural nos receptores, o que gera um potencial receptor, que 
é capaz de gerar nas células da retina um outro potencial, o bioelétrico. Nesse sentido, 
os potenciais gerados emergem pelo nervo óptico (II par craniano) em direção as regiões 
encefálicas relacionadas com a visão. As informações visuais vão da retina ao tálamo e 
deste ao córtex, em especial no lobo occipital. 
Figura 11. FONTE: LENT, R. Cem Bilhões de Neurônios. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2010. 
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- Sentidos químicos (gustação e olfação) → O sistema olfatório é constituído por 
receptor específico (nariz), local onde estão localizados os quimiorreceptores e suas 
fibras, bulbo olfatório (responsável por receber os axônios dos neurônios receptores) e 
o córtex piriforme, a amígdala e outras estruturas que recebem os axônios do bulbo 
olfatório. Esse sistema tem como função perceber estímulos olfatórios, traduzi-los e 
transmiti-los, através de padrões de impulsos, para que seja possível o reconhecimento 
teles pelo córtex. 
O sistema gustatório, constitui a modalidade sensorial denominada de gustação. 
É constituído por receptor específico (cavidade oral), onde estão localizados os 
quimiorreceptores gustatórios, fibras aferentes de três nervos cranianos (facial, 
glossofaríngeo e vago), que se conectam ao núcleo do trato solitário, no tronco 
encefálico, responsável por distribuir a informação para o tálamo e o córtex. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências Bibliográficas 
 
1. BEAR, Mark F.; CONNORS, Barry W.; PARADISO, Michael A. Neurociências: 
desvendando o sistema nervoso. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. 
 
2. LENT, R. Cem Bilhões de Neurônios. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2010. 
Resumo de Fisiologia do Sistema Somatossensorial 16 
 
 
 
 
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