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Instituto Tocantinense Presidente Antônio Carlos – ITPAC-Palmas 
Curso: Medicina 
SOI VI 
Acadêmica: Karoline de Jesus Assandri - Turma 7 / 2020/02 
APG 22-Assistência Pré-Natal 
Objetivos: Orientar os hábitos de vida (higiene pré-natal) 
•Assistir psicologicamente a gestante 
•Realizar a prevenção, o diagnóstico e o tratamento das doenças próprias da gravidez ou nela intercorrentes. 
 
Conceitos fundamentais
A gravidez é um período de grandes transformações 
para a mulher, para seu(sua) parceiro(a) e toda a 
família. São vivências intensas e por vezes sentimentos 
contraditórios, momentos de dúvidas, de ansiedade, 
especialmente se você for adolescente. 
Você pode estar sonhando com esse momento há 
muito tempo ou talvez tenha sido surpreendida por 
uma gravidez inesperada. 
Mesmo quando a gravidez é planejada, você precisará 
de um tempo para se adaptar a essa nova etapa da vida. 
Agora seu bebê está a caminho e vocês dois vão passar 
muito tempo juntos. 
Ao longo desses nove meses seu corpo vai se modificar 
lentamente, se preparando para o parto e a 
maternidade. Enquanto o bebê se desenvolve, você 
também cresce como mulher. A gravidez lhe dará 
confiança e força para o parto e para cuidar do bebê. 
A assistência pré-natal nada mais é do que um conjunto 
de cuidados destinados à mulher e, consequentemente 
ao feto, que visa oferecer o desenvolvimento saudável 
da gestação permitindo o parto de um recém-nascido 
saudável sem impacto para a saúde materna. 
Vale ressaltar, que a assistência pré-natal é muitas 
vezes a primeira oportunidade que os serviços de saúde 
têm de abordar questões de saúde com a mulher, logo, 
os profissionais de saúde não devem deixar de 
estabelecer uma comunicação efetiva com esta mulher 
abordando questões fisiológicas, biomédicas, 
comportamentais, sociais e psicológicas. 
Consultas Pré-Natal 
O número mínimo de consultas é 6 conforme 
recomendação da Organização Mundial da Saúde 
(OMS) e do 
Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento 
do Ministério da Saúde, devendo ser realizada 1 no 1° 
trimestre, 2 no 2° trimestre e 3 no 3º trimestre. Já a 
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e 
Obstetrícia (FEBRASGO) recomenda realizar consultas 
mensais até as 28 semanas, quinzenais entre 28 e 36 
semanas e semanais até o termo. Porém, conforme 
recomendação da desta última, a segunda consulta do 
pré-natal deve ser realizada no máximo 15 dias após, 
pois será necessário avaliar resultados de exames e 
adotar medidas necessárias. Vale ressaltar que 
algumas gestantes irão demandar uma maior 
quantidade de consultas a depender de comorbidades 
associadas ou intercorrências. 
 
➢ Primeira consulta (0 semana – 13 semana) 
A consulta inicial deve ocorrer no 1º trimestre; e, em 
virtude da grande quantidade de informações, pode ser 
necessária uma segunda consulta inicial. Na primeira 
consulta pré-natal, é necessário considerar: 
▪ Data da última menstruação, para o cálculo da 
idade da gravidez e da época provável do parto; 
❖ Calculo da IG (idade 
Gestacional) 
A IG pode ser calculada pela regra de 
Nagele baseia-se na data da última 
menstruação (DUM), sendo realizada 
da seguinte maneira: somar o número 
de dias corridos desde a DUM até o dia 
no qual está sendo avaliada a IG e 
dividir por 7. 
 
Ex: DUM: 1 de fevereiro de 2022. 
Consulta :10 de abril de 2022. 
Calculo: 28+31+10=69/7=9,85 
IG: 9 semanas +5 dias 
❖ Cálculo de DPP 
Para este cálculo, soma-se 7 ao dia da 
DUM e 9 ao número referente ao mês em 
que a DUM ocorreu. Caso a DUM ocorra 
entre os meses de janeiro e março, é 
possível apenas subtrair 3 do mês da 
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DUM para encontrar o mês 
correspondente. 
 
Ou (se a DUM ocorreu em janeiro, 
fevereiro ou março): 
 
EX: 
Dia provável do parto: 
1+7=8 
Mês provável do parto: 
01-03=02 (então diminui dois meses 
janeiro e dezembro) 
DPP: 8 de novembro de 2022 
 
▪ Ultrassonografia de 1º trimestre (11 a 13+6 
semanas – época ideal: 12 semanas). A 
ultrassonografia de 1º trimestre pode ser 
transvaginal ou transabdominal. Atualmente, 
costuma ser oferecido o Modelo Piramidal de 
assistência pré-natal como o mais importante 
da gravidez, pois certifica ou corrige a idade 
menstrual (datação), diagnostica gravidez 
gemelar, identifica algumas malformações 
(anencefalia, onfalocele, megabexiga), rastreia 
aneuploidias (translucência nucal [TN]), prediz 
toxemia e parto pré-termo. Nessa 
oportunidade, faz-se também o exame do 
útero e dos anexos; 
▪ Teste pré-natal não invasivo (NIPT): realizado a 
partir de 9 semanas de gestação, rastreia 
aneuploidias e determina o sexo, o Rh fetal e a 
presença de antígeno plaquetário humano; 
▪ Peso e pressão arterial (PA); 
▪ Ausculta fetal: com o sonar Doppler, positiva 
entre 10 e 12 semanas; com o estetoscópio de 
Pinard, somente com 20 semanas 
▪ Exames complementares essenciais: 
✓ Urina (exame de elementos e sedimentos anormais 
[EAS] e cultura para rastrear bacteriúria 
assintomática); 
✓ Grupo sanguíneo e fator Rh (identificar a mulher Rh-
negativo); 
✓ Hemograma completo (rastrear anemia). À conta da 
hemodiluição fisiológica da gravidez os níveis de 
hemoglobina que configuram a anemia são bem 
mais baixos que os existentes fora da gestação. 
Assim, os níveis mínimos normais de hemoglobina 
na gestação são os valores de 11 g/dℓ no 1º 
trimestre, 10,5 g/dℓ no 2ºe no 3ºtrimestre e 10 g/dℓ 
no pós-parto; 
✓ Glicemia de jejum 
✓ Reações sorológicas: sífilis (VDRL), toxoplasmose, 
HIV, hepatite B (HBsAg); a sorologia para rubéola 
não é mais obrigatória no pré-natal; 
✓ Rastreamento de clamídia e gonococo; 
✓ Citologia cervicovaginal; 
▪ Identificação da mulher que necessita de 
cuidados adicionais; 
▪ Exame das mamas visando à promoção do 
aleitamento não está mais indicado na 
gravidez; 
Feito o exame inicial, a gestante retornará após 1 
semana, com as análises clínicas solicitadas, quando lhe 
será prescrita eventual medicação e instruções sobre a 
dieta a ser seguida. 
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O risco gestacional deve ser avaliado desde a 1º 
consulta pré-natal devendo ser reavaliado a cada 
retorno na tentativa de avaliar o quanto antes possíveis 
anormalidades clínicas ou obstétricas. A caracterização 
do risco gravídico inicia-se com anamnese e exame 
clínico, aliada aos exames complementares. Atenção 
especial deve ser direcionada às gestantes que 
possuem critérios de risco, devendo as mesmas serem 
referenciadas para uma Unidade que realize 
acompanhamento de pré-natal de alto risco. Porém, 
ainda assim a gestante deve continuar tendo seu 
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seguimento na unidade de saúde onde iniciou seu pré-
natal. 
 
 
 
Anamneses 
✓ Regularidade dos ciclos; 
✓ Uso de anticoncepcionais; 
✓ Paridade, Gemelaridade anterior; 
✓ Hábitos: fumo, álcool e drogas ilícitas; 
✓ Intercorrências obstétricas e cirúrgicas; 
✓ Detalhes de gestações prévias; 
✓ Hospitalizações em gestações anteriores; 
✓ Sintomas relacionados à gravidez. 
 
❖ Exame físico geral: 
 - Inspeção da pele e das mucosas; 
 - Sinais vitais: aferição do pulso, frequência cardíaca, 
frequência respiratória, temperatura axilar; 
- Palpação da tireoide , região cervical, supraclavicular e 
axilar (pesquisa de nódulos ou outras anormalidades); 
 - Ausculta cardiopulmonar; 
 - Exame do abdome; 
 - Exame dos membros inferiores; 
-Determinação do peso; 
 - Determinação da altura; 
 - Cálculo do IMC; 
 - Avaliação do estado nutricionale do ganho de peso 
gestacional; 
 - Medida da pressão arterial; 
 - Pesquisa de edema (membros, face, região sacra, 
tronco). 
❖ Exame físico específico (gineco-obstétrico): 
 - Palpação obstétrica; 
 - Medida e avaliação da altura uterina; 
 - Ausculta dos batimentos cardiofetais; 
 - Registro dos movimentos fetais; 
 - Teste de estímulo sonoro simplificado (Tess); 
 - Exame clínico das mamas; 
- Exame ginecológico (inspeção dos genitais externos, 
exame especular, coleta de material para exame 
colpocitopatológico, toque vaginal). 
Obs:. O exame físico das adolescentes deverá seguir as 
orientações do Manual de Organização de Serviços para 
a Saúde dos Adolescentes. 
✓ São indispensáveis os seguintes procedimentos: 
avaliação nutricional (peso e cálculo do IMC), 
medida da pressão arterial, palpação abdominal e 
percepção dinâmica, medida da altura uterina, 
ausculta dos batimentos cardiofetais, registro dos 
movimentos fetais, realização do teste de estímulo 
sonoro simplificado, verificação da presença de 
edema, exame ginecológico e coleta de material 
para colpocitologia oncótica, exame clínico das 
mamas e toque vaginal de acordo com as 
necessidades de cada mulher e com a idade 
gestacional. 
✓ No exame físico, os mais importantes componentes 
que precisam ser incluídos na primeira visita pré-
natal são os seguintes: peso, altura, pressão arterial, 
avaliação de mucosas, da tireoide, das mamas, dos 
pulmões, do coração, do abdome e das 
extremidades. 
✓ No exame ginecológico/obstétrico, deve-se avaliar a 
genitália externa, a vagina, o colo uterino e, no toque 
bidigital, o útero e os anexos. Após a 12ª semana, 
deve-se medir a altura do fundo uterino no abdome. 
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A ausculta fetal será possível após a 10ª-12ª semana, 
com o sonar-doppler [grau de recomendação D]. 
✓ Nas visitas subsequentes, torna-se obrigatório medir 
a altura uterina, pesar a paciente, mensurar a 
pressão arterial, verificar a presença de anemia de 
mucosas, a existência de edemas e auscultar os 
batimentos cardíacos fetais. Deve-se avaliar o 
mamilo para lactação. A definição da apresentação 
fetal deverá ser determinada por volta da 36ª 
semana [grau de recomendação D]. 
➢ Condutas gerais 
✓ Deve haver a interpretação dos dados da anamnese, 
o exame clínico/obstétrico e a instituição de 
condutas específicas; 
✓ Deve-se orientar a gestante sobre a alimentação e o 
acompanhamento do ganho de peso gestacional; 
✓ Deve-se incentivar o aleitamento materno exclusivo 
até os seis meses; 
✓ Deve-se fornecer todas as informações necessárias 
e respostas às indagações da mulher, de seu 
companheiro e da família; 
✓ Deve-se prescrever suplementação de sulfato 
ferroso (40mg de ferro elementar/dia) e ácido fólico 
(5mg/dia) para profilaxia da anemia; 
✓ Deve-se orientar a gestante sobre os sinais de risco 
e a necessidade de assistência em cada caso; 
✓ Deve-se referenciar a gestante para atendimento 
odontológico; 
✓ Deve-se encaminhar a gestante para imunização 
antitetânica (vacina dupla viral), quando a paciente 
não estiver imunizada; 
✓ Deve-se referenciar a gestante para serviços 
especializados quando o procedimento for indicado. 
Entretanto, mesmo com referência para serviço 
especializado, a mulher deverá continuar sendo 
acompanhada, conjuntamente, na unidade básica 
de saúde; 
✓ Deve-se realizar ações e práticas educativas 
individuais e coletivas. Os grupos educativos para 
adolescentes devem ser exclusivos dessa faixa 
etária, devendo abordar temas de interesse do 
grupo. Recomenda-se dividir os grupos em faixas de 
10-14 anos e de 15-19 anos, para obtenção de 
melhores resultados; 
✓ Deve-se agendar consultas subsequentes. 
➢ Roteiro das consultas subsequentes 
✓ Nas consultas subsequentes, devem ser realizados 
os seguintes procedimentos: 
✓ Anamnese atual sucinta: deve-se enfatizar a 
pesquisa das queixas mais comuns na gestação 
✓ e dos sinais de intercorrências clínicas e obstétricas, 
com o propósito de se reavaliar o risco 
✓ gestacional e de se realizar ações mais efetivas; 
✓ Exame físico direcionado (deve-se avaliar o bem-
estar materno e fetal); 
✓ Verificação do calendário de vacinação; 
✓ Deve-se avaliar o resultado dos exames 
complementares; 
✓ Devem ser feitas a revisão e a atualização do Cartão 
da Gestante e da Ficha de Pré-Natal. 
❖ Além disso, devemos executar as seguintes 
tarefas: 
I. Controles maternos: 
✓ Cálculo e anotação da idade gestacional; 
✓ Determinação do peso e cálculo do índice de massa 
corporal (IMC): anote no gráfico e realize a avaliação 
nutricional subsequente e o monitoramento do 
ganho de peso gestacional; 
✓ Medida da pressão arterial (observe a aferição da PA 
com técnica adequada); 
✓ Palpação obstétrica e medida da altura uterina 
(anote os dados no gráfico e observe o sentido da 
curva para avaliação do crescimento fetal); 
✓ Pesquisa de edema; 
Exame ginecológico, incluindo das mamas, para 
observação do mamilo. 
II. Controles fetais: 
Ausculta dos batimentos cardiofetais; 
Avaliação dos movimentos percebidos pela mulher e/ou 
detectados no exame obstétrico/ registro dos 
movimentos fetais; 
Teste de estímulo sonoro simplificado (Tess), se houver 
indicação clínica. 
III. Condutas: 
✓ Interpretação dos dados da anamnese e do exame 
clínico/obstétrico e correlação com resultados de 
exames complementares; 
✓ Avaliação dos resultados de exames 
complementares e tratamento de alterações 
encontradas ou encaminhamento, se necessário; 
✓ Prescrição de suplementação de sulfato ferroso 
(40mg de ferro elementar/dia) e ácido fólico 
(5mg/dia), para profilaxia da anemia; 
✓ Oriente a gestante sobre alimentação e faça o 
acompanhamento do ganho de peso gestacional; 
✓ Incentive o aleitamento materno exclusivo até os 
seis meses; 
✓ Oriente a gestante sobre os sinais de risco e a 
necessidade de assistência em cada caso; 
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✓ Faça o acompanhamento das condutas adotadas em 
serviços especializados, pois a mulher deverá 
continuar a ser acompanhada pela equipe da 
atenção básica; 
✓ Proceda à realização de ações e práticas educativas 
individuais e coletivas; 
✓ Faça o agendamento das consultas subsequentes. 
➢ Higiene pré-natal 
▶ Asseio corporal. A gestação não contraindica o banho 
diário e outras medidas de higiene pessoal. O banho 
recomendado é o de chuveiro; pois o de imersão, 
quente, prolongado, predispõe a desmaios e vertigens. 
Irrigações vaginais estão proibidas. A região genitoanal 
merece especial atenção em virtude do aumento natural 
de umidade. A higiene dos dentes e das gengivas é 
obrigatória. Se necessário, a extração dentária pode ser 
realizada, evitando-se, por precaução, os anestésicos 
com epinefrina. 
▶ Vestuário. As roupas devem ser folgadas, confortáveis 
e compatíveis com o clima; quando há grande 
desenvolvimento mamário, o uso de sutiã é obrigatório. 
Deve-se estimular o uso de meia-calça elástica de média 
compressão para gestantes, a fim de evitar as varizes e 
diminuir a dor por estase nos membros inferiores. Os 
sapatos mais indicados são os de salto anabela, com 
solado antiderrapante, pois, ao caminhar, estimulam 
naturalmente a circulação sanguínea nos membros 
inferiores, colaborando para o bom funcionamento da 
bomba muscular venosa, além de diminuírem a dor nas 
pernas e a probabilidade de edema e formação de 
varizes. 
▶ Trabalho. A atividade doméstica ou profissional não 
exagerada é permitida. No último mês, recomenda-se a 
interrupção das atividades fora de casa. 
Contudo, vale ressaltar que o trabalho doméstico 
também deve ser diminuído, visto que, muitas vezes,é 
tão ou mais cansativo. Em geral, a licença-maternidade 
de 120 dias deve ser concedida por volta de 36 semanas 
de gravidez. 
▶ Atividade sexual. Nos casos de gravidez normal, fica a 
critério do casal; na ameaça de abortamento e de parto 
pré-termo, deve ser evitada. No último trimestre, o 
crescimento do ventre dificulta a atividade sexual. 
▶ Tabagismo, etilismo e uso de drogas ilícitas. A grávida 
deve ser encorajada a não fumar, pois o tabagismo 
aumenta a incidência de natimortalidade ante- e 
intraparto. O etilismo crônico é determinante de 
malformações congênitas em cerca de 30% dos casos (p. 
ex., microcefalia, retardo no neurodesenvolvimento). A 
síndrome alcoólica fetal pode ser reconhecida no recém-
nascido ou demorar a se manifestar (1 a 2 anos). 
A maconha é a droga ilícita mais usada na gravidez, com 
registro de 2 a 5% em muitas séries e mesmo de 15 a 
28% em grupo de jovens de baixo nível socioeconômico. 
A literatura recente tem responsabilizado a maconha por 
deficiências neurocomportamentais no bebê. Fala-se 
também em risco aumentado de anencefalia quando a 
maconha é usada no 1o trimestre da gravidez. Por esses 
motivos, o ACOG (2017) proíbe inclusive o seu uso 
medicinal na gestação. 
O aumento na incidência do uso de opioides na gravidez 
(2/3 dos casos com prescrição legal), na década passada 
nos EUA, levou a um acréscimo de 5 vezes na síndrome 
de abstinência neonatal. 
▶ Viagens aéreas. Os voos comerciais costumam ser 
seguros para a grávida e seu concepto; no entanto, 
muitas companhias aéreas restringem o transporte de 
grávidas. Em geral, mulheres com gestações únicas, não 
complicadas, podem voar longas distâncias com até 36 
semanas de gravidez. Após 28 semanas, pode ser exigido 
um atestado do médico que confirme a normalidade da 
gestação e a data provável do parto. As grávidas devem 
ser informadas de que longas viagens aéreas estão 
associadas a maior risco de trombose venosa, muito 
embora ainda não haja confirmação de que a gravidez 
agrave essa complicação. Na população geral, o uso de 
meias compressivas é efetivo na redução da trombose 
venosa. 
▶ Tintura de cabelo. Não há contraindicação para o uso 
das tinturas industrializadas; misturas oficinais não são 
recomendadas e é preferencial o uso de produtos à base 
de água. São proibidos alisantes, produtos para os 
tratamentos chamados de permanentes (para cachear 
os cabelos) e descolorantes. 
➢ Consultas 2º Trimestre (14 semanas- 26 
semanas) 
 
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Consultas 3º trimestre (27 semanas -40/41 semanas) 
 
 
Alimentação 
O prognóstico da gestação é influenciado pelo estado 
nutricional materno antes e durante a gravidez. A 
inadequação do estado nutricional materno tem grande 
impacto sobre o crescimento e desenvolvimento do 
recém-nascido, pois o período gestacional é uma fase 
na qual as necessidades nutricionais são elevadas, 
decorrentes dos ajustes fisiológicos das gestantes e de 
nutrientes para o crescimento fetal. Assim, a nutrição é 
de fundamental importância para o prognóstico da 
gestação. É importante que a gestante esteja 
consciente disto e que o profissional de saúde saiba 
orientá-la e motivá-la a ter hábitos alimentares 
saudáveis nesse período. 
 
 
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Ganho de peso na gravidez 
É motivo de preocupação de nutricionistas e obstetras 
a relação entre o consumo de energia e o crescimento 
e o desenvolvimento fetal, quer dizer, entre o ganho de 
peso na gravidez e o seu prognóstico. 
 
 
 
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Vacinas na Gravidez 
 
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Referências 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cadernos
_atencao_basica_32_prenatal.pdf 
https://www.mds.gov.br/webarquivos/arquivo/crianca
_feliz/Treinamento_Multiplicadores_Coordenadores/C
aderneta-Gest-Internet(1).pdf 
MONTENEGRO, Carlos Antonio B.; FILHO, Jorge de R. 
Rezende Obstetrícia Fundamental, 14ª edição . [Digite 
o Local da Editora]: Grupo GEN, 2017. 
9788527732802. Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/97
88527732802/. Acesso em: 10 abr. 2022. 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cadernos_atencao_basica_32_prenatal.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cadernos_atencao_basica_32_prenatal.pdf
https://www.mds.gov.br/webarquivos/arquivo/crianca_feliz/Treinamento_Multiplicadores_Coordenadores/Caderneta-Gest-Internet(1).pdf
https://www.mds.gov.br/webarquivos/arquivo/crianca_feliz/Treinamento_Multiplicadores_Coordenadores/Caderneta-Gest-Internet(1).pdf
https://www.mds.gov.br/webarquivos/arquivo/crianca_feliz/Treinamento_Multiplicadores_Coordenadores/Caderneta-Gest-Internet(1).pdf

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