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Transmissão das Obrigações

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Transmissão das Obrigações
● Transmissão das Obrigações:
↳ Mudança no elemento subjetivo da obrigação, ou seja, mudança de
CREDORES ou DEVEDORES.
↳ Com essa substituição de um dos sujeitos da relação obrigacional, ela
continua a existir como se não houvesse sofrido qualquer tipo de alteração.
↳ Pode ocorrer pela cessão de crédito ou pela assunção de dívidas.
⇘ Art. 286. O credor pode ceder o seu crédito, se a isso não se opuser a
natureza da obrigação, a lei, ou a convenção com o devedor; a cláusula
proibitiva da cessão não poderá ser oposta ao cessionário de boa-fé, se não
constar do instrumento da obrigação.
⇘ Art. 299. É facultado a terceiro assumir a obrigação do devedor, com o
consentimento expresso do credor, ficando exonerado o devedor primitivo,
salvo se aquele, ao tempo da assunção, era insolvente e o credor o ignorava.
Parágrafo único. Qualquer das partes pode assinar prazo ao credor para que
consinta na assunção da dívida, interpretando-se o seu silêncio como recusa.
1) Cessão de crédito:
↳ Substituição pessoal quanto ao sujeito ativo da obrigação.
↳ Pode ser:
a) gratuita: assemelha-se ao contrato de doação, pela ausência do
caráter oneroso.
b) onerosa: assemelha-se ao contrato de compra e venda, diante da
presença de uma remuneração.
↳ Extensão dos efeitos:
a) total: cedente transfere todo o crédito ao cessionário.
b) parcial: cedente retém parte do crédito consigo.
↳ Requisitos:
a) capacidade: o cedente e o cessionário precisam ter capacidade
plena.
b) legitimação: algumas pessoas mesmo sendo capazes, não
possuem legitimação para adquirir determinados créditos, como
por exemplo o curador não pode ser cessionário de créditos
contra o seu curatelado.
↳ Espécies:
a) convencional: é a decorrente de acordo firmado entre o cedente e
o cessionário por meio de instrumento negocial.
b) legal: decorre da lei, tendo origem na norma jurídica.
⇘ exemplo: a que ocorre em relação aos acessórios da
obrigação.
c) judicial: é aquela derivada de decisão judicial após um processo
civil regular.
⇘ exemplo: caso de decisão que atribui ao herdeiro um crédito
do falecido.
↳ Existem dois tipos de cessão:
a) “pro-solvendo”: o cedente responde pela existência do crédito E
pela solvência do devedor, ou seja, ele se obriga a pagar caso o
devedor cedido seja insolvente.
b) “pro-soluto”: o cedente responde apenas pela existência do
crédito, ou seja, não responde pela insolvência do devedor.
⇘ Art. 287. Salvo disposição em contrário, na cessão de um crédito
abrangem-se todos os seus acessórios.
→ na cessão de crédito há a transferência do direito de crédito, de seus
acessórios e de suas garantias.
→ nessa modalidade aparecem três figuras:
a) cedente: o que cede.
b) cessionário: o que recebe ou adquire o crédito.
c) cedido: devedor.
↳ Em tese, todo crédito é acessível exceto por força de lei ou por vontade
das partes.
⇘ Art. 247. Incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o devedor
que recusar a prestação a ele só imposta, ou só por ele exeqüível.
⇘ Art. 426. Não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa viva.
⇘ Art. 497. Sob pena de nulidade, não podem ser comprados, ainda que
em hasta pública:
I - pelos tutores, curadores, testamenteiros e administradores, os bens
confiados à sua guarda ou administração;
II - pelos servidores públicos, em geral, os bens ou direitos da pessoa
jurídica a que servirem, ou que estejam sob sua administração direta ou
indireta;
III - pelos juízes, secretários de tribunais, arbitradores, peritos e outros
serventuários ou auxiliares da justiça, os bens ou direitos sobre que se
litigar em tribunal, juízo ou conselho, no lugar onde servirem, ou a que
se estender a sua autoridade;
IV - pelos leiloeiros e seus prepostos, os bens de cuja venda estejam
encarregados.
Parágrafo único. As proibições deste artigo estendem-se à cessão de
crédito.
↳ É preciso verificar também os requisitos gerais do negócio jurídico.
⇘ Art. 104. A validade do negócio jurídico requer:
I - agente capaz;
II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
III - forma prescrita ou não defesa em lei.
↳ A cessão de crédito abarca os acessórios, exceto se as partes
convencionarem de outro modo. O credor cede a sua posição na
obrigação a outra pessoa, mantendo inalterado o restante do que
havia sido combinado.
⇘ Art. 288. É ineficaz, em relação a terceiros, a transmissão de um
crédito, se não celebrar-se mediante instrumento público, ou
instrumento particular revestido das solenidades do § 1 o do art. 654.
→ não tem forma específica, mas para produzir efeitos em relação a
terceiros, deve ser feito por documento escrito.
⇘ Art. 654. Todas as pessoas capazes são aptas para dar procuração
mediante instrumento particular, que valerá desde que tenha a
assinatura do outorgante.
§ 1 o O instrumento particular deve conter a indicação do lugar onde foi
passado, a qualificação do outorgante e do outorgado, a data e o
objetivo da outorga com a designação e a extensão dos poderes
conferidos.
⇘ Art. 289. O cessionário de crédito hipotecário tem o direito de fazer
averbar a cessão no registro do imóvel.
→ caso verse sobre direitos relativos a bens imóveis, deve ser feito por
escritura pública, como a cessão de crédito hipotecário, podendo até
ser averbada (ou registrada) a cessão no registro do imóvel.
→ cessão de direitos hereditários > escritura pública.
⇘ Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:
II - o direito à sucessão aberta.
⇘ Art. 1.793. O direito à sucessão aberta, bem como o quinhão de que
disponha o co-herdeiro, pode ser objeto de cessão por escritura
pública.
⇘ Art. 290. A cessão do crédito não tem eficácia em relação ao devedor,
senão quando a este notificada; mas por notificado se tem o devedor
que, em escrito público ou particular, se declarou ciente da cessão feita.
⇘ Art. 291. Ocorrendo várias cessões do mesmo crédito, prevalece a que
se completar com a tradição do título do crédito cedido.
→ se existirem várias cessões do mesmo crédito, irá prevalecer a que se
completar com a tradição do título do crédito cedido.
→ o cessionário que tiver a posse do título é o legítimo, podendo os
demais somente pleitear perdas e danos.
⇘ Art. 292. Fica desobrigado o devedor que, antes de ter conhecimento
da cessão, paga ao credor primitivo, ou que, no caso de mais de uma
cessão notificada, paga ao cessionário que lhe apresenta, com o título
de cessão, o da obrigação cedida; quando o crédito constar de
escritura pública, prevalecerá a prioridade da notificação.
⇘ Art. 293. Independentemente do conhecimento da cessão pelo
devedor, pode o cessionário exercer os atos conservatórios do direito
cedido.
⇘ Art. 294. O devedor pode opor ao cessionário as exceções que lhe
competirem, bem como as que, no momento em que veio a ter
conhecimento da cessão, tinha contra o cedente.
→ devedor pode opor as exceções cabíveis em face do cessionário.
⇘ Art. 295. Na cessão por título oneroso, o cedente, ainda que não se
responsabilize, fica responsável ao cessionário pela existência do
crédito ao tempo em que lhe cedeu; a mesma responsabilidade lhe cabe
nas cessões por título gratuito, se tiver procedido de má-fé.
→ dispõe acerca da EXISTÊNCIA do crédito cedido.
→ exemplo: se o cedente cedeu, de forma onerosa ou gratuita, de má-fé,
um título nulo ou inexistente, deverá ressarcir todos os prejuízos
causados.
⇘ Art. 296. Salvo estipulação em contrário, o cedente não responde pela
solvência do devedor.
→ não havendo convenção em contrário, a cessão é “pro-soluto”, isto é, o
cedente não responde pela solvência do devedor.
⇘ Art. 297. O cedente, responsável ao cessionário pela solvência do
devedor, não responde por mais do que daquele recebeu, com os
respectivos juros; mas tem de ressarcir-lhe as despesas da cessão e as
que o cessionário houver feito com a cobrança.
→ trata da cessão “pro-solvendo”, estabelecendo que a responsabilidade
do cedente não poderá ir além do montante recebido pelo cessionário
no tempo da cessão.
→ nessa situação estão incluídos os juros, despesas da cessão e
eventuaisdespesas de cobrança.
⇘ Art. 298. O crédito, uma vez penhorado, não pode mais ser transferido
pelo credor que tiver conhecimento da penhora; mas o devedor que o
pagar, não tendo notificação dela, fica exonerado, subsistindo somente
contra o credor os direitos de terceiro.
→ o credor ciente da penhora de seu crédito, está impedido de
transferi-lo a outrem.
2) Assunção de dívidas:
↳ “Negócio jurídico bilateral, pelo qual o devedor, com anuência expressa
do credor, transfere a um terceiro os encargos obrigacionais, de modo
que este assume sua posição na relação obrigacional, substituindo-o,
responsabilizando-se pela dívida, que subsiste com todos os seus
acessórios.” - Maria Helena Diniz.
↳ Trata-se da transferência do débito, alterando o polo passivo da
obrigação.
⇘ Art. 299. É facultado a terceiro assumir a obrigação do devedor, com o
consentimento expresso do credor, ficando exonerado o devedor
primitivo, salvo se aquele, ao tempo da assunção, era insolvente e o
credor o ignorava.
Parágrafo único. Qualquer das partes pode assinar prazo ao credor
para que consinta na assunção da dívida, interpretando-se o seu
silêncio como recusa.
→ aparição de três figuras:
→ a concordância do credor é imprescindível, já que apenas a sua
notificação não é o suficiente.
→ se o assuntor, ao tempo da assunção era insolvente e o credor por
não ter conhecimento desse fato, concordar com a assunção, o devedor
originário não ficará exonerado, pois isso caracteriza-se má-fé, devendo
ele ainda responder pela dívida.
→ o credor ao não se manifestar no prazo estipulado, não estará
consentindo com a cessão, ou seja, não haverá cessão alguma.
↳ Tipos de assunção:
a) por expromissão: terceiro assume espontaneamente a dívida do
devedor originário, dessa forma a assunção ocorre entre o credor
e o assuntor.
b) por delegação: devedor primitivo (delegante) transfere o seu
débito a um terceiro (delegatário) com a anuência do credor
(delegado).
c) por cumprimento: assunção legal, em que a concordância
expressa e inequívoca do credor é necessária para que ocorra a
assunção.
↳ Espécies:
a) privativa ou liberatória: substituição do devedor originário, o
liberando da relação obrigacional.
b) cumulativa ou de reforço: quando mais de um devedor participa
da relação obrigacional, reforçando o adimplemento da
obrigação.
“O art. 299 do Código Civil não exclui a possibilidade de assunção
cumulativa de dívida, quando dois ou mais devedores se tornam
responsáveis pelo débito com a concordância do credor.” - JDC.
➔ dois novos devedores se responsabilizam pela dívida; OU
➔ o antigo devedor continua responsável, em conjunto com
o novo devedor.
⇘ Art. 300. Salvo assentimento expresso do devedor primitivo,
consideram-se extintas, a partir da assunção da dívida, as garantias
especiais por ele originariamente dadas ao credor.
→ são consideradas extintas as garantias especiais dadas pelo devedor
primitivo ao credor, exceto se o devedor se manifestar, expressamente,
em sentido contrário.
→ “Salvo expressa concordância de terceiros, as garantias prestadas se
extinguem com a assunção, já as garantias prestadas pelo devedor
primitivo somente são mantidas no caso em que este concorde com a
assunção.” - Enunciado 352 da JDC.
⇘ Art. 301. Se a substituição do devedor vier a ser anulada, restaura-se
o débito, com todas as suas garantias, salvo as garantias prestadas por
terceiros, exceto se este conhecia o vício que inquinava a obrigação.
→ se por algum motivo a assunção de dívidas for anulada, a relação
obrigacional irá se restaurar, com o devedor originário e com as
garantias prestadas por ele.
→ entretanto, não se consideram restauradas as garantias prestadas
por terceiros (fiadores, avalistas etc), salvo se tinham conhecimento do
vício da obrigação.
→ “O art. 301 do Código Civil deve ser interpretado de forma a também
abranger os negócios jurídicos nulos e a significar a continuidade da
relação obrigacional originária em vez de ‘restauração’, porque,
envolvendo hipótese de transmissão, aquela nunca deixou de existir.” -
Enunciado 423 da JDC.
⇘ Art. 302. O novo devedor não pode opor ao credor as exceções
pessoais que competiam ao devedor primitivo.
→ extinguem-se as exceções pessoais que competiam ao devedor
originário, não podendo o novo devedor opô-las ao credor.
⇘ isso se aplica aos vícios do consentimento, à incapacidade - absoluta
ou relativa - e à falta de legitimação.
⇘ pode opor as exceções comuns.
⇘ Art. 303. O adquirente de imóvel hipotecado pode tomar a seu cargo
o pagamento do crédito garantido; se o credor, notificado, não
impugnar em trinta dias a transferência do débito, entender-se-á dado
o assentimento.
→ aquele que adquire bem imóvel hipotecado pode pagar o crédito
para ver o bem livre de ser garantia de outra obrigação
→ o credor desse crédito que ao ser notificado não o impugnar, no
prazo estipulado pelo dispositivo, terá concordado de forma tácita com
a transferência do débito.
⇘ exceção do art. 299.
⇘ é um caso de presunção de anuência decorrente do silêncio.
→ “A recusa do credor, quando notificado pelo adquirente do imóvel
hipotecado, comunicando-lhe o interesse em assumir a obrigação, deve
ser justificada.” - Enunciado 352 JDC.
3) Cessão de contrato:
↳ Transferência da posição contratual de débito e crédito a um terceiro,
transferindo-se toda a posição contratual de uma pessoa a outra.
↳ Pode ser gratuita ou onerosa.
↳ Para que ocorra é necessário o consentimento do outro contratante.
↳ Essa modalidade de transferência não está prevista no Código, mas
pode ser aplicada ao art. 286.
⇘ Art. 286. O credor pode ceder o seu crédito, se a isso não se opuser a
natureza da obrigação, a lei, ou a convenção com o devedor; a cláusula
proibitiva da cessão não poderá ser oposta ao cessionário de boa-fé, se
não constar do instrumento da obrigação.

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